ILUSTRÍSSIMA SENHORA JEANE ELIAD FIGUEIREDO DO AMARAL I DIRETORA REGIONAL DO SESC - AR/RN. ASSUNTO : APRESENTAÇÃO DE RECURSO

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1 CAMINHOES ILUSTRÍSSIMA SENHORA JEANE ELIAD FIGUEIREDO DO AMARAL I DIRETORA REGIONAL DO SESC - AR/RN. ASSUNTO : APRESENTAÇÃO DE RECURSO REFERENTE À CONCORRÊNCIA SESC- AR/RN N. 0 13/ CC A Empresa JR Comercio de Caminhões e Peças Ltda., inscrita no CNPJ/MJ sob no / sediada à BR 101, n Km Parque Industria.l - Parnamirim/RN, por intermédio de seu Procurador o Sr. JOÃO AURÉLIO DINIZ infraassinado, portador da Carteira de Identidade e órgão emitente no SSP/RN e do CPF no , apresentar RECURSO (REFERENTE À CONCORRÊNCIA SESC - AR/RN N. o 13/ CC), com base nos fatos e fundamentos jurídicos abaixo elencados : I - DOS FATOS E FUNDAMENTOS Do Princípio da Vinculação ao Edita l (Qualificação Técnica) No dia 12/11/2013, às 14h30min, ocorreu a reunião para o recebimento dos Documentos de Habilitação e das ( Propostas Comerciais referente à CONCORRÊNCIA SESC - AR/RN N 13/ CC para aquisição 05 (cinco) veículos. JR COMÉRCIO DE CAMINHÕES E PEÇAS L TDA CNPJ: Inscrição Estadual: Rodov1a BR 101,533 - KM Parque Industrial - Parnamirim/RN Fone: Fax:

2 CAMINH0ES No momento da abertura dos envelopes de habilitação, ficou comprovado, conforme rol de documentos em anexo, que a empresa "Dunas Automóveis Ltda. ", em seu envelope de habilitação (páginas 30/41), não preencheu o requisito da qualificação técnica (Atestado de capacidade técnica), apresentando uma declaração, cujo conteúdo não tem nada haver com o que é solicitado no edital que se pede um ATESTADO DE CAPACIDADE TÉCNICA, referente ao bem licitado, descumprindo, deste modo, o subitem do edital. Diante da situação fática narrada, a empresa ora recorrente impugnou a licitação sob a alegação de ausência do ATESTADO DE CAPACIDADE TÉCNICA da Dunas Automóveis Ltda., o que, para a nossa surpresa, foi rechaçada pela Comissão da CPL, que indeferiu o nosso pleito com os seguintes fundamentos : Após a análise dos questionamentos feitos pelos licitantes, bem como o exame. Dos documentos de habilitação esta comissão resolve : b) Não acolher a observação feita pela empresa JR Comércio de Caminhões Ltda., posto que, caso colhesse, configurar-se-ia excesso de formalidade, o ato recusar um atestado de Capacidade Técnica com objeto similar ao desta licitação. Portarto, em respeito a o princ ~p~ o da i nstrumentalidade das f ormas, o documento será aceito. Com a devida vênia, o esposado pela Comissão não deve prosperar. Isso porque, consoante dispõe o art. 154 do Código de Processo Civil, " os atos e t e rmos processuais não dependem de forma d e terminada senão quando a lei expressamente a exigir, reputando- se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial" (grifos nossos). No presente caso, a qualificação técnica (ATESTADO DE CAPACIDADE TÉCNICA), conforme dispõe o art. 37, XXI, da CF, é condição sine qua non para a empresa comprovar a sua capacidade técnica de cumprimento do bem licitado, ou seja, o seu potencial técnico de poder cumprir o que contratou perante o Poder Público, indispensável à garantia do cumprimento da obrigação. A exigência técnica, portanto, conforme literalidade da norma, é condição expressa com previsão constitucional. Eis a literalidade do art. 37, XXI, da CF : JR COMÉRCIO DE CAMINHOES E PEÇAS L TOA. CNPJ: / Inscrição Estadual: Rodovia BR 101, 533- KM Parque lndustnal - Parnamirim/RN Fone: Fax

3 CAMINHÕES XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienaçôes serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condiçôes a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigaçôes de pagamento, mantidas as condiçôes efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as ex~gencias de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. (grifos nossos) Nesse sentido, a empresa " vencedorau infringiu o princípio da vinculação ao instrumento convocatório, atingindo o artigo 3 e 41 da Lei 8666/93, que rezam : Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta' mais vantajosa para a administração e a promoção do óesenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. (Grifo nosso) Art. 41. A Administração não pode normas e condições do edital, ao estritamente vinculada. descumprir as qual se acha Com sapiência, nos ensina : o doutrinador Hely Lopes Meirelles " A vinculação ao edital significa que a Administração e os licitantes ficam sempre adstritos aos termos do pedido ou do permitido no instrumento convocatório da licitação, quer quanto ao procedimento, quer quanto à documentação, às propostas, ao julgamento e ao contrato. Em outras palavras, estabelecidas as regras do certame, tornam- se obrigatórias para aquela licitação durante todo o procedimento e para todos os seus participantes, inclusive para o órgão ou entidade licitadora." (in Licitação e contrato administrativo, 14 o ed. 2007, p. 39) (grifos nossos) JR COMÉRCIO DE CAMINHÓES E PEÇAS L TOA. CNPJ / Inscrição Estadual: Rodov1a BR 101, KM Parque lndustnal - Parnamirim/RN Fone Fax:

4 CAMINH0ES Ante o exposto, vez que essencial do edital, embora formal, presente licitação. descumprida exigência não deve prosperar a 1.2. Do Princípio da Isonomia Noutro giro, o mesmo art. 3, da lei /93, impõe o dever de observância do princípio constitucional da isonomia no procedimento licitatório, o que, in casu, não subsistiu. Isso porque a Dunas Automóveis Ltda. foi a única empresa a concorrer ao item 01 do edital, (se é que podemos usar a palavra concorrência) ; não existiu nenhuma outra empresa que pudesse concorrer, disputar, com a mesma no i tem 01 (um) (VEÍCULO UTILITÁRIO TIPO EXECUTIVO, ZERO KM) ; não obstante, de ter havido impugnação ao edital, conforme doc. em anexo. Des-carte, infringindo o princípio da livre concorrência, não subsistiu sequer outra licitante com o poder de competir e disputar uma melhor proposta comercial para o SESC/RN, objetivando com esta concorrência, um menor preço e, consequentemente, uma economia para os cofres público. Cumpre, ainda, observar que os Serviços Sociais Autônomos (SESC/RN), também chamados de Sistema "S", criados por lei, de regime jurídico predominantemente de direito privado, sem fins lucrativos, foram instituídos para ministrar assistência ou ensino a determinadas categorias sociais e possuem autonomia administrativa e financeira. No cumprimento de sua missão institucional, estão ao lado do Estado (a atuação da União é de fomento e não de prestação de serviços público) Embora sejam criados por lei, não integram a Administração Direta ou Indireta. Contudo, por adminis t rarem r ecursos públicos, especificamente as contribu i ções parafiscais, devem justificar a sua regular apli cação, em conformidade com as normas e regulamentos emanados das autoridades administrativas competentes. Por gerenciarem recursos públicos provenientes de contribuições parafiscais e por gozarem de uma série de privilégios próprios dos entes públicos, estão sujeitos a algumas normas semelhantes às da Administração Pública, entre elas a Prestação de Contas Anual, conforme estabelecido art. 70, parágrafo único, da Constituição Federal. JR COMÉRCIO DE CAMINH0ES E PEÇAS L TOA. CNPJ: / Inscrição Estadual: Rodovia BR 101, 533- KM Parque Industrial - Parnammm/RN Fone: Fax:

5 CANJINHOES II - DO PEDIDO Em face de tudo que já foi exposto acima, pedimos deferimento : a) QUE ALTERE A ATA DE JULGAMENTO DOS DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO, ACOLHENDO AS OBSERVAÇÕES FEITAS PELA NOSSA EMPRESA, REFERENTE A "A Empresa Dunas Automóveis Ltda", DESABILITANDO- A; b) QUE ACATE A IMPUGNAÇÃO FEITA PELAS OUTRAS EMPRESAS, ABRINDO PARA QUE OUTROS CONCORRENTES POSSAM PARTICIPAR DESTA CONCORRÊNCIA, ABRINDO A DISPUTA PARA O ITEM 01 DO TERMO DE REFERÊNCIA DESTE EDITAL, COMO FOI FEITO PELOS OS OUTROS ITENS ; c) PELO PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE E DA LIVRE CONCORRÊNCIA, NÃO DEIXAR QUE SOMENTE UMA EMPRESA (Dunas Automóveis Ltda), CONCORRA E VENÇA SEM QUE OUTROS CONCORRENTES POSSAM PARTICIPAR DO CERTAME, INFRINGINDO O PRINCIPIO MAIOR DE UM PROCEDIMENTO LICITATÓRIO QUE É O MENOR PREÇO, PROPORCIONADO PELA CONCORRÊNCIA IGUALITÁRIA DE OUTRAS EMPRESAS. Aguardo deferimento. JR COMÉRCIO DE CAMINH0ES E PEÇAS L TOA. CNPJ: / Inscrição Estadual: Rodovia BR 101, 533- KM Parque Industrial - Parnamirim/RN Fone: Fax: