Desafios e políticas no domínio da energia

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1 Desafios e políticas no domínio da energia Contribuição da Comissão para o Conselho Europeu de 22 de maio de 2013

2 Desafio e políticas no domínio da energia Contribuição da Comissão para o Conselho Europeu de 22 de maio de 2013 A fim de preparar o Conselho Europeu de 22 de maio de 2013, o presente documento analisa alguns desafios energéticos que a Europa enfrenta, incidindo sobre questões de atualidade ligadas à competitividade da economia. Não aborda a questão mais vasta da dimensão climática e ambiental da utilização da energia, que é o tema de uma consulta pública atualmente em curso 1. Em anexo ao presente documento são apresentados alguns factos e números relativos ao perfil energético e aos desafios neste domínio na Europa, bem como os principais elementos da política e do quadro legislativo da UE. Os Estados-Membros têm perfis energéticos que assentam em combinações muito diferentes. Em média, em 2011, as necessidades energéticas totais da UE, em termos de consumo interno bruto, foram asseguradas pelas seguintes fontes: 35 % de petróleo, 24 % de gás natural, 17 % de combustíveis sólidos, como o carvão, 14 % de energia nuclear, 10 % de fontes de energia renováveis, como a energia hidroelétrica ou eólica. Esta combinação varia muito entre países (ver anexo 5) e evolui ao longo do tempo, em virtude da situação geográfica, isto é, em função da disponibilidade e do acesso aos recursos naturais, das políticas nacionais, nomeadamente a decisão de recorrer ou não à energia nuclear, dos incentivos financeiros variáveis, dos progressos tecnológicos, dos requisitos em termos de descarbonização e do desenvolvimento do mercado interno 2. Partilham objetivos idênticos... Apesar das suas diferenças, os Estados-Membros têm três objetivos políticos comuns: reduzir a fatura energética para os agregados familiares e as empresas («competitividade»), garantir um aprovisionamento fiável e ininterrupto de energia («segurança do aprovisionamento») e limitar o impacto ambiental da produção, transporte e utilização da energia («sustentabilidade»). Em muitos casos, estes objetivos serão atingidos de melhor forma através de um quadro comum e de uma ação conjunta a nível da UE. É por esta razão que foram acordadas pelos Chefes de Estado ou de Governo três grandes objetivos a atingir até 2020 (muitas vezes denominados « até 2020»): reduzir as emissões de CO 2 de 20 % em relação aos níveis de 1990, aumentar a quota de fontes de energia renováveis como parte da combinação energética da UE para 20 % e aumentar em 20 % a eficiência energética. Estes objetivos encontram-se igualmente no centro da estratégia Europa 2020 para um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo. e um quadro comum. Está em vigor um quadro legislativo que visa aprofundar e unificar o mercado europeu da energia, com o desenvolvimento de interligações infraestruturais, de salvaguardas para garantir o aprovisionamento de gás e eletricidade, de direitos dos consumidores e de condições equitativas para a concorrência e a supervisão entre os diversos intervenientes no setor energético. A legislação da UE foi criada para promover a utilização de fontes de energia renováveis, intensificar os esforços em matéria de eficiência energética e garantir a segurança da exploração de petróleo e de gás offshore. Alguns destes instrumentos ainda não foram aplicados (ver anexo 3). 1 2 Em 27 de março de 2013, a Comissão Europeia apresentou um Livro Verde consultivo relativo a um quadro para as políticas de clima e energia pós-2020 (COM(2013) 169). O resultado do período de consulta (de fim de março a início de julho) será tido em conta na preparação pela Comissão de propostas concretas no final de Informações mais pormenorizadas sobre possíveis cenários podem ser consultadas nos roteiros elaborados pela Comissão Europeia: «Roteiro de transição para uma economia hipocarbónica competitiva em 2050» (COM(2011) 112) e «Roteiro para a Energia 2050» (COM(2011) 885). 1

3 1. Principais desafios energéticos para a Europa A Europa está cada vez mais dependente da importação de energia de países terceiros Atualmente, estamos muito longe de produzir a energia necessária para cobrir a nossa própria procura. A dependência das importações da Europa aumentou nas últimas duas décadas e prevê-se que até 2035 venha a aumentar para mais de 80 % no caso do petróleo e do gás. Alguns Estados- Membros dependem, para 80 % a 100 % do seu consumo de gás, de um único fornecedor russo e, muitas vezes, de uma única rota de abastecimento. Esta situação expõe esses países ao poder de mercado do seu único fornecedor, cuja política de preços pode nem sempre seguir uma lógica de mercado. A Europa está envolvida numa corrida mundial para a aquisição de fontes de energia. De acordo com a Agência Internacional da Energia (AIE), a procura mundial de energia deverá aumentar mais de um terço até 2035 com a China, a Índia e o Médio Oriente a representarem 60 % do aumento. Um aumento da procura da energia noutras partes do mundo pode ter repercussões diretas na Europa. Por exemplo, devido aos elevados preços pagos pelo Japão e pela Coreia pelo gás natural liquefeito (GNL) cerca de 60 % mais do que o preço médio das importações de GNL para a UE em fevereiro de 2013 as importações de GNL para a UE diminuíram 30 % em relação a Os Estados-Membros com uma carteira diversificada de fornecedores de gás e de rotas de aprovisionamento e com mercados de gás bem desenvolvidos tiram benefício desta situação pagando menos pelas importações. Em média, a estimativa dos preços fronteira para as importações de gás para o Reino Unido, Alemanha e Bélgica são consideravelmente inferiores (em cerca de 35 %) à estimativa dos preços fronteira para as importações de gás para os países que dependem de um número limitado de fornecedores, como a Bulgária e a Lituânia. Enquanto aumenta a dependência da Europa em relação às importações de combustíveis fósseis, os EUA estão em vias de se transformar de um importador de gás num exportador líquido. As diferenças nos preços da eletricidade são determinadas em grande parte pelos preços dos combustíveis fósseis e a recente retoma da produção endógena de petróleo e de gás nos EUA, em especial de gás de xisto, está a conduzir a um agravamento do diferencial dos preços da energia para o setor industrial entre a UE e os EUA. Em 2012, os preços do gás para a indústria nos Estados Unidos foram mais de quatro vezes inferiores aos da Europa. Este facto reduz a competitividade das empresas europeias. Trata-se de uma evolução que tem também impacto no resto do mundo. O índice dos preços de venda industriais da AIE para os preços reais da eletricidade aumentou em 37 % nos membros da OCDE em apenas 7 anos (entre 2005 e 2012), enquanto a evolução correspondente nos EUA foi de - 4 %. O índice dos preços para as famílias aumentou menos na Europa (+22 %), mas, mesmo assim, significativamente mais do que nos EUA (+8 %). Outro efeito da expansão americana do gás de xisto é a utilização crescente de carvão com emissões de CO 2 em centrais elétricas da Europa. O elevado consumo de gás nos EUA liberta o carvão deste país para exportação para a Europa. O consumo e as importações da UE de carvão (hulha e lenhite) aumentaram, respetivamente, 2 % e quase 9 % nos primeiros 11 meses de 2012, em comparação com o mesmo período de No Reino Unido e em Espanha, o consumo de carvão (hulha e lenhite) aumentou 28 % nos primeiros 11 meses de 2012; o consumo de carvão em França aumentou 16 % e na Alemanha 3 %. O maior crescimento foi registado na Irlanda (duplicação do consumo de carvão nos 11 primeiros meses de 2012) e em Portugal (+38 %). 2

4 Um recente estudo realizado pelo Centro Comum de Investigação da Comissão Europeia incluiu a análise de cenários relativos ao possível impacto da produção endógena de gás de xisto sobre a dependência face às importações. Embora seja altamente improvável que a Europa se venha a tornar autossuficiente em gás natural, num cenário otimista o gás não convencional endógeno poderia substituir a produção convencional em declínio, mantendo a dependência das importações a um nível de cerca de 60 %. Já são exploradas na Europa fontes não convencionais: a Estónia cobre 90 % das suas necessidades de abastecimento de energia elétrica com a exploração mineira de óleo de xisto. Alguns dos aumentos de preços da UE são o resultado de opções de política nacionais As faturas energéticas dos consumidores estão a aumentar e representam uma parte crescente da despesa média dos agregados familiares, variando entre 7 % e 17 %, incluindo o transporte pessoal, consoante os Estados-Membros. Em alguns Estados-Membros, os segmentos mais pobres da população confrontam-se com despesas energéticas correspondentes a 22 % da despesa total. Prevê-se que as despesas das famílias com energia, incluindo impostos e taxas, continuem a aumentar, mesmo tendo em conta todos os possíveis benefícios da realização do mercado interno da energia. Tal deve-se, em parte, à pressão do aumento da procura mundial sobre os recursos, bem como aos custos ligados à existência de uma infraestrutura envelhecida e mais difícil de manter. No entanto, os preços da energia são também, em grande medida, o resultado das decisões dos Estados-Membros em matéria de tarifas, taxas (incluindo o custo dos regime de auxílio) e impostos. Para a UE-15 (não estão disponíveis dados para a UE-27), representavam 28 % do preço final para os consumidores domésticos em 2010, face a 22 % em Os valores correspondentes para os utilizadores industriais foram de 19 % em 1998 e de 27 % em Em alguns Estados- Membros, como a Dinamarca, os impostos e taxas para algumas categorias de consumidores de eletricidade e gás representam até 50 % do total da fatura energética. Investimentos no setor da energia a níveis historicamente baixos De acordo com os roteiros da Comissão para a energia hipocarbónica em 2050, a transição para uma energia segura, competitiva e hipocarbónica exige grandes investimentos sustentáveis em equipamento elétrico, redes, tecnologias de transporte, infraestruturas e edifícios eficientes do ponto de vista energético. Este aumento do investimento é estimado num valor equivalente a 1,5 % do PIB numa base anual durante o período até Até 2020, é necessário um investimento na ordem de 1 bilião de EUR na UE para garantir a segurança do aprovisionamento, a diversificação das fontes de energia mais limpas e preços competitivos num mercado integrado da energia. Alguns Estados-Membros continuam a constituir uma «ilha energética», em resultado de ligações infraestruturais insuficientes com o resto da UE. No norte e no leste da Europa continua a prevalecer a dependência das importações de gás de uma única fonte. Em certas regiões da Europa, um volume crescente de energias renováveis intermitentes não pode ser transportado até aos consumidores devido à falta de infraestruturas suficientes. Para ultrapassar estas deficiências, são necessários novos investimentos (de cerca de 200 mil milhões de EUR) em linhas de transporte, interligações, instalações de armazenamento, etc., até Tal exige um aumento do investimento de mais de 50 % para a eletricidade e de cerca de 30 % para o gás entre o período e No entanto, o impacto nos custos para os consumidores deverá continuar a ser muito limitado (cerca de 1 % no caso da eletricidade) e amplamente compensado pelas vantagens em termos de convergência de preços, aumento da segurança do aprovisionamento e menores necessidades de reserva, bem como em termos de uma maior presença das energias renováveis. 3

5 Até 2020, deve ser reduzida em quase um quinto a capacidade total de produção de carvão da UE, isto é, um volume comparável com a capacidade total instalada de eletricidade na Polónia. Um valor equivalente a 11 % da capacidade de geração de energia do Reino Unido será desligado da rede. Na UE, Suíça e Noruega, a desconexão prevista de centrais elétricas é superior em 70 % à dos cinco anos anteriores. Devido à baixa procura de energia e à crescente produção de eletricidade a partir de fontes de energia renováveis, foram adiados ou cancelados nos últimos três anos diversos projetos de centrais elétricas de gás com uma capacidade total de cerca de 40 GW e projetos de centrais elétricas de carvão com uma capacidade de 25 GW, o que corresponde aproximadamente à capacidade combinada dos Países Baixos, da Bélgica e da Dinamarca. O investimento em fontes renováveis de energia diminuiu no primeiro trimestre de 2013 em 25 % na Europa com uma quase paralisação em países como a Espanha (- 96 %), Itália e França. 2. As políticas adequadas já estão em vigor, mas a sua aplicação é demasiado lenta Pelo menos no curto a médio prazo, a Europa não será capaz de competir com o seu maior parceiro comercial, os EUA, em matéria de preços da energia, devido à diferença de recursos naturais exploráveis. Como importador líquido de energia, a estratégia da Europa para um sistema de energia seguro, competitivo e sustentável depende essencialmente de seguir uma ampla estratégia baseada na eficiência energética, na criação de mercados competitivos com base em infraestruturas inteligentes, na diversificação dos combustíveis e das rotas de aprovisionamento, na exploração de fontes de energia convencionais e não convencionais e na inovação. (1) Eficiência energética: investir numa fonte de energia mais barata e mais limpa Cumprir o objetivo da UE de 20 % de eficiência energética até 2020 significa poupar o equivalente a centrais elétricas de carvão ou a turbinas eólicas. A eficiência energética reduz a procura de energia, reduz as importações de energia e diminui a poluição. Oferece igualmente uma solução a longo prazo para o problema da escassez de combustível e dos preços energéticos elevados. Apesar do papel vital que a eficiência energética desempenha na redução da procura, apenas uma pequena parte do seu potencial económico é atualmente aproveitado. A Europa continua a ser o mercado mais importante do mundo no domínio da eficiência energética (representando 40 % dos investimentos mundiais em matéria de eficiência energética em 2011) e o BEI é o maior mutuante do setor da energia limpa. A China (investimentos anuais equivalentes a 3-4 % das receitas do setor da energia) e os EUA (mais do dobro da despesa em eficiência energética entre ) estão a aproximar-se rapidamente. 4

6 Caixa 1: Normas mínimas de eficiência energética para os produtos industriais (regulamentação sobre a conceção ecológica) Prevê-se que os primeiros quatro regulamentos sobre a conceção ecológica dos produtos industriais elétricos (motores, bombas de circulação, ventoinhas e bombas de água) 3 produzam poupanças anuais de energia até 2020 equivalentes ao atual consumo final de energia da Hungria (195 TWh) e contribuam de forma significativa para os objetivos da estratégia Europa Estes regulamentos são os primeiros no mundo a considerar conjuntamente uma série de produtos afins (abordagem alargada do produto), bem como as necessidades e os novos padrões de consumo do utilizador (sensíveis aos padrões de consumo). O caráter inovador da legislação também já deu um forte impulso ao desenvolvimento tecnológico. O êxito de alguns destes regulamentos desencadeou um processo de normalização europeu e mundial. A China foi o primeiro país a utilizar o Regulamento europeu relativo aos motores como base para a sua legislação nacional. A Arábia Saudita está atualmente a considerar a possibilidade do estabelecer requisitos idênticos ao do Regulamento europeu relativo aos motores. O Governo dos EUA está a reproduzir os requisitos da legislação europeia relativa às bombas e às ventoinhas e também a norma de medição que a acompanha. (2) Mercados da energia abertos e competitivos satisfazer as necessidades da UE A abertura dos mercados, o aumento do comércio transfronteiras, a integração dos mercados e o reforço da concorrência, impulsionados pela legislação da UE e pela aplicação das regras de concorrência e em matéria de auxílios estatais, permitem manter sob controlo os preços da energia. Embora os preços das matérias-primas da energia primária tenham registado um aumento anual de 14 % para o petróleo bruto, de quase 10 % para o gás e de 8 % para o carvão entre 2002 e 2012, os preços de venda de eletricidade por grosso, na UE, registaram um aumento muito inferior, da ordem de 3,4 % 4. A liberalização do mercado exerceu pressão no sentido da baixa sobre os preços nos mercados grossistas em que a liberalização foi autorizada. Os mercados concorrenciais contribuíram igualmente para otimizar a utilização das infraestruturas elétricas e estabelecer indicações de preços para o investimento. Existe uma grande margem para melhoria. Os trabalhos em curso sobre o custo da não existência de um mercado integrado do gás na Europa estimam que os benefícios da plena aplicação do terceiro pacote energético em 2015, em comparação com 2012 (dados de referência) poderão atingir 8 mil milhões de EUR por ano. Estes benefícios poderiam elevar-se a 30 mil milhões de EUR por ano se a UE-27 fosse um mercado plenamente integrado. No setor da eletricidade, o benefício da integração (ao contrário da autossuficiência nacional) permitiria uma poupança anual nos custos até 35 mil milhões de EUR. 3 4 Regulamentos (CE) n.º 640/2009, relativo ao motores elétricos, (CE) n.º 641/2009, relativos às bombas de circulação, (CE) n.º 327/2011 relativo às ventoinhas acionadas por motores com uma potência elétrica de entrada de 125 W a 500 kw e (CE) n.º 547/2012 relativo às bombas de água. A diferença entre os preços por grosso e os preços de retalho é determinado pelos impostos e taxas nacionais, ou seja, os componentes não energéticos dos custos da energia. 5

7 Segundo estimativas da Agência de Cooperação dos Reguladores da Energia (ACER) seria possível uma poupança equivalente a 15 mil milhões de EUR por ano (10 % dos preços grossistas do gás) se fossem solucionadas as atuais deficiências de mercado, que permitem diferenciais de preços não competitivos entre os Estados-Membros da UE. No comércio retalhista, a abertura do mercado é ainda dificultada pela regulação do preço final. Esta situação é prejudicial para a concorrência e para o investimento; e nos casos em que os preços são regulamentados abaixo do custo, conduz à produção de défices que acabam por se repercutir nos contribuintes. Caixa 2: Investimentos nas infraestruturas energéticas transfronteiras A UE precisa de investir em ligações transfronteiras para criar o mercado interno da energia e pôr fim às «ilhas energéticas». Graças ao Programa Energético Europeu para o Relançamento (PEER), vários projetos de inversão de fluxos de gás já estão em curso na Europa Central e Oriental. Contribuem para evitar problemas de abastecimento de gás, como os verificados na recente vaga de frio de fevereiro de As orientações recentemente adotadas para as redes de infraestruturas energéticas transeuropeias introduzem um novo método para identificar projetos de infraestruturas de interesse comum e acelerar a sua aplicação através de uma cooperação regional reforçada, da racionalização dos procedimentos de concessão de autorizações, do tratamento regulamentar adequado e da assistência financeira europeia no âmbito do Mecanismo Interligar a Europa. A cooperação regional entre os Estados-Membros pode ser muito útil para a realização dos investimentos necessários. Em 25 de março de 2013, os Estados-Membros que cooperam no âmbito do plano de interconexão dos mercados energéticos da região do Báltico (BEMIP) acordaram num vasto pacote de desenvolvimento de infraestruturas de gás natural e num roteiro para a sua execução. Os investimentos propostos para o novo terminal de GNL que pode cobrir até 40 % das atuais necessidades de gás destes países e para projetos de oleodutos (conector báltico, conexões entre os países bálticos, interconector Polónia/Lituânia) ascenderiam a cerca de 1,3 mil milhões de EUR, poriam fim ao isolamento dos Estados Bálticos e da Finlândia e aumentariam a segurança do aprovisionamento. (3) Poupanças nos custos das fontes de energia renováveis e de outros recursos energéticos convencionais e não convencionais Para reduzir as emissões de CO 2, a dependência de aprovisionamentos de energia de países terceiros e a fatura da importação de combustíveis fósseis, os Estados-Membros aumentaram a percentagem de fontes de energia renováveis para 13,40 % do seu consumo final de energia em 2011 (5 pontos percentuais em 6 anos). Em 2011, 20,6 % da eletricidade foi produzida a partir de fontes renováveis. Esta evolução tem potencial para manter os preços grossistas da eletricidade sob controlo, dado que as principais tecnologias para a produção de energia eólica e solar têm custos marginais quase nulos. Os investimentos em energias renováveis têm potencial para criar três milhões de novos postos de trabalho até 2020 (atualmente, existem já 1,19 milhões de trabalhadores neste setor na UE). Até agora, a UE está no bom caminho para atingir o objetivo de 20 % de energias renováveis no consumo final de energia previsto na Diretiva da UE relativa às energias renováveis, embora a situação varie de um Estado-Membro para outro. 6

8 Os regimes de auxílio nacionais, em conformidade com a Diretiva Energias Renováveis, desempenharam um papel fundamental na promoção do crescimento significativo destas fontes de energia. No entanto, o crescimento das fontes de energia renováveis ainda se baseia, em grande parte, em subvenções, e alguns regimes de auxílio pouco flexíveis não tiveram em conta as significativas reduções de preços após a consolidação das tecnologias. Esta situação deu origem a uma compensação excessiva num momento de sérias restrições económicas. Ao mesmo tempo, alterações repentinas dos regimes de auxílio, com efeitos retroativos, contribuíram em alguns casos para a incerteza entre os investidores. Os mecanismos de cooperação disponíveis no âmbito da Diretiva Energias Renováveis ainda não foram utilizados e os regimes de auxílio nacionais devem convergir para explorar a dimensão europeia de um mercado integrado da energia. Estima-se que o comércio de energias renováveis à escala da UE e o cumprimento do objetivo de 20 % de energias renováveis de forma eficiente em todos os Estados-Membros poderia reduzir os custos do sistema global de energia até 8 mil milhões de EUR até Uma quota elevada de energias renováveis no perfil de eletricidade coloca a questão da adequação das capacidades de produção e das redes. Este facto passa a ser um problema no momento em que a geração de energias renováveis intermitentes de origem solar ou eólica deve ser complementada por outras fontes. Alguns Estados-Membros preveem pagar para dispor de uma capacidade de produção a nível nacional («mercados de capacidade») e esta capacidade baseia-se, na maior parte das vezes, nos combustíveis fósseis. Esta abordagem corre o risco de ser ineficiente do ponto de vista económico e é provável que perpetue a fragmentação do mercado interno da energia e sature as capacidades de produção dos combustíveis fósseis. Existem outras medidas para dar flexibilidade ao sistema de modo a responder a eventuais problemas de adequação, que são economicamente mais sustentáveis e mantêm ou mesmo reforçam o mercado interno da energia. Estas medidas incluem o investimento em infraestruturas transfronteiras (quanto mais ampla for a rede, mais fácil será o equilíbrio entre as fontes de energia renovável), as medidas de resposta à procura e o armazenamento. (4) Tecnologia e inovação A mudança tecnológica necessária para atingir os objetivos energéticos da UE só será possível com uma modernização substancial das nossas atuais infraestruturas energéticas. A inovação e a I&D no setor energético continuam a desempenhar um papel essencial para o desenvolvimento de tecnologias energéticas mais baratas, eficazes e fiáveis. Apesar da crise, a despesa da UE em I&D está a aproximar-se dos níveis do Japão e os EUA. Os investimentos públicos e privados no desenvolvimento tecnológico nos setores incluídos no Plano Estratégico Europeu para as Tecnologias Energéticas (Plano SET) passaram de 3,2 mil milhões de EUR em 2007 para 5,4 mil milhões de EUR em Atualmente, a indústria representa cerca de 70 % do total do investimento na investigação e na inovação estabelecido nas prioridades do Plano SET, enquanto os Estados-Membros representam cerca de 20 % e a Comissão Europeia 10 %. Os esforços em termos de I&D continuam a ser fragmentádos entre os Estados-Membros. Uma melhor coordenação e a congregação de recursos entre os Estados-Membros podem aumentar a eficiência dos esforços de investigação, evitando duplicações e permitindo atingir uma massa crítica para avanços tecnológicos. 7

9 Os esforços de investigação por parte da UE contribuíram de forma significativa ao longo das últimas duas décadas para a reduções dos preços e para o desenvolvimento tecnológico em diversos setores energéticos essenciais, como a energia eólica e o sistema de energia fotovoltaica. Por estes e outros motivos, o custo dos módulos fotovoltaicos diminuiu fortemente (um terço em dois anos). O objetivo do Plano SET de 1 EUR/kW até 2030 poderá ser uma realidade já em Também nos transportes, os esforços da UE permitiram um arranque positivo dos biocombustíveis de «segunda geração». Desde 2007, o programa «Energia Inteligente para a Europa» (EIE) promoveu a absorção de tecnologias pelo mercado e abordou o problema das barreiras não tecnológicas através de mais de 300 projetos, gerando mais de 4 mil milhões de EUR de investimentos conexos. O programa EIE II estabeleceu também uma cooperação com instituições financeiras de modo a mobilizar investimentos de cerca de 2 mil milhões de EUR (dos quais 38 mil milhões de EUR são financiamento da UE) em energia sustentável através dos mecanismos de assistência ao desenvolvimento de projetos (ELENA e mobilização de investimentos locais no domínio da energia, MLEI). Estes investimentos deverão gerar uma poupança de energia superior a 2000 GWh/ano. Anexos: 1. Progressos para os objetivos de Seguimento das orientações sobre a energia formuladas pelo Conselho Europeu de 4 de fevereiro de Aplicação da principal legislação da UE no domínio da energia 4. Panorâmica dos instrumentos financeiros da UE de apoio às políticas energéticas 5. Factos essenciais sobre a energia na Europa 8

10 Anexo 1: Progressos para os objetivos de 2020 (1) Objetivo da UE de reduzir em 20% as emissões de gases com efeito de estufa, em relação aos níveis de 1990 Em 2011, as emissões de gases com efeito de estufa foram estimadas em 16 % abaixo dos níveis de Este objetivo é aplicado através do regime de comércio de licenças de emissão da UE (RCLE- UE) e da Decisão Partilha de Esforços. (2) Quota de 20 % para as fontes de energia renováveis (FER) no consumo bruto final de energia na UE Em 2011, a quota de FER no consumo final de energia da UE foi de 13 % em comparação com 8,5 % em Com metas nacionais vinculativas, o crescimento em energias renováveis acentuou-se, mas tem de atingir uma média anual de 6,3% para cumprir a meta global para A Comissão identificou, pois, quatro domínios em que devem ser intensificados esforços: mercado da energia, regimes de auxílio, mecanismos de cooperação e cooperação na região do Mediterrâneo 5 e está agora a preparar orientações nestes domínios (por exemplo, abertura do mercado interno da eletricidade, uma melhor integração do mercado das FER, cooperação e comércio, infraestruturas e consumidores e inovação tecnológica). (3) Poupança de 20 % no consumo de energia primária da UE em comparação com as projeções realizadas em 2007 Este objetivo não é juridicamente vinculativo para os Estados-Membros. O consumo de energia primária atingiu o seu ponto culminante em 2005/2006 (cerca de 1825 Mtep) e está a decrescer ligeiramente desde 2007 (atingindo 1730 Mtep em 2011). Esta situação é devida à crise económica, à eficácia das políticas em vigor e à redução da intensidade energética da indústria da UE. 5 Comunicação «Energias renováveis: um agente decisivo no mercado europeu da energia» (COM(2012) 271). 9

11 Anexo 2: Seguimento das orientações sobre a energia formuladas pelo Conselho Europeu de 4 de fevereiro de 2011 Eficiência energética A Diretiva Eficiência Energética foi adotada em outubro de 2012 e deverá permitir que a UE atinja aproximadamente até 17 % do objetivo de 20 % em matéria de eficiência energética em Também em 2012, foi concluído o acordo «Energy Star» entre a UE e os EUA sobre rotulagem em matéria de eficiência energética para equipamento de escritório e foi criado o Fundo para a eficiência energética com um orçamento de 265 milhões de EUR. A proposta da Comissão para o desafio energético do Horizonte 2020, com uma proposta de afetação de um montante de 6,5 mil milhões de EUR, está a ser negociada e deverá integrar programas de promoção da eficiência energética. Por último, foi lançada em julho de 2012 a iniciativa «Cidades inteligentes e comunidades inteligentes Parceria Europeia de Inovação» com o objetivo de impulsionar soluções baseadas nas tecnologias no domínio da energia, dos transportes e das TIC que reforcem a sustentabilidade nas cidades e comunidades. Mercado interno «Um mercado interno da energia plenamente operacional, interligado e integrado até 2014»: Registaram-se progressos no crescente acoplamento do mercado da eletricidade e na convergência dos preços por grosso, bem como no aumento da concorrência dentro do setor do gás graças a melhores interconexões. O Grupo de Coordenação da Eletricidade, criado em novembro de 2012, deverá reforçar a coordenação dos Estados-Membros para identificar os riscos e garantir uma resposta adequada às crises de segurança do aprovisionamento. Foi proposto um plano de ação (COM(2012) 663) para responder aos problemas ainda por resolver em relação ao prazo fixado para 2014, como parte da Comunicação da Comissão sobre o mercado interno da energia. «Fim do isolamento de certos Estados-Membros das redes europeias de gás e de eletricidade até 2015»: Continuam a realizar-se trabalhos preparatórios relativos ao desenvolvimento de infraestruturas na Europa, enquanto se aguarda o Quadro Financeiro Plurianual definitivo e o Mecanismo Interligar a Europa, no qual a Comissão propôs a afetação de um montante de 9,1 mil milhões de EUR para infraestruturas energéticas. As Orientações para as Infraestruturas Energéticas Transeuropeias foram adotadas em março de 2012, criando um conjunto de 12 corredores estratégicos transeuropeus no setor da energia e estabelecendo um método para selecionar projetos de interesse comum e acelerar a sua execução. A Rede Europeia de Operadores de Redes de Transporte de Eletricidade (REORT-E) e a Rede Europeia de Operadores de Redes de Transporte de Gás («REORT-G») também obtiveram progressos consideráveis na preparação dos Planos Decenais de Desenvolvimento de Redes (PDDR) do gás e da eletricidade. «Uma melhor coordenação das atividades da UE e dos Estados-Membros, a fim de garantir a consistência e a coerência nas relações externas da UE»: Prosseguiram os trabalhos de reforço da dimensão externa da política energética da UE, em resposta ao apelo do Conselho Europeu no sentido de uma melhor coordenação. Houve progressos nas negociações para um gasoduto transcaspiano e um Corredor Meridional de gás. Foi adotado o Roteiro para a energia 2050 entre a UE e a Rússia e prosseguiram as negociações com a Rússia e a Bielorrússia sobre exploração da rede de eletricidade dos Estados-Membros Bálticos. Em relação à China, foi lançada uma Parceria de Urbanização UE-China, bem como um diálogo em matéria de segurança energética. No que se refere 10

12 ao pedido formulado pelo Conselho Europeu no sentido de serem notificados os acordos bilaterais no domínio da energia, foi criado e entrou em vigor em novembro de 2012 um mecanismo de intercâmbio de informações sobre acordos intergovernamentais entre Estados-Membros e países terceiros. 11

13 Anexo 3: Execução da legislação essencial da UE em matéria de energia Transposição das diretivas do terceiro pacote energético (Situação em 30 de abril de 2013) Regras comuns para o mercado interno da eletricidade (Diretiva 2009/72/CE, de 13 de julho de 2009) e regras comuns para o mercado interno de gás natural (Diretiva 2009/73/CE, de 13 de julho de 2009) Prazos comuns de transposição: 3 de março de 2011 Estado-Membro Estado de transposição tal como atualmente declarado pelo EM -Diretiva Eletricidade- Estado de transposição tal como atualmente declarado pelo EM -Diretiva Gás- Bélgica Integral Integral Bulgária Integral Integral República Checa Integral Integral Dinamarca Integral Integral Alemanha Integral Integral Estónia Integral Integral Irlanda Integral Integral Grécia Integral Integral Espanha Integral Integral França Integral Integral Itália Integral Integral Chipre Integral Integral Letónia Integral Integral Lituânia Integral Parcial Luxemburgo Integral Integral Hungria Integral Integral Malta Integral Integral Países Baixos Integral Integral Áustria Integral Integral Polónia Integral Integral Portugal Integral Integral Roménia Integral Integral Eslovénia Parcial Parcial Eslováquia Integral Integral Finlândia Parcial Parcial Suécia Integral Integral Reino Unido Parcial Parcial

14 O terceiro pacote energético exige a certificação nacional por parte dos operadores das redes de transporte M Notificado / parecer emitido Em curso Por notificar

15 Execução da Diretiva Energias Renováveis (objetivo UE de 20 % de quota de energias renováveis (FER) no consumo bruto final de energia) Diretiva 2009/28/CE, de 23 de abril de 2009 Data de transposição: 5 de dezembro de 2010 Panorâmica geral dos progressos alcançados em relação ao primeiro objetivo intermédio (OI)* (de acordo com o relatório intercalar de 27 de março de 2013) >2% acima do OI <1% abaixo ou <2% acima do OI >1% abaixo do OI Estado-Membro Quota FER 2005 Quota FER 2010 Primeiro objetivo intermédio Objetivo FER 2020 Áustria 23,3% 30,1% 25,4% 34% Bélgica 2,2% 5,4% 4,4% 13% Bulgária 9,4% 13,8% 10,7% 16% Chipre 2,9% 5,7% 4,9% 13% República Checa 6,1% 9,4% 7,5% 13% Alemanha 5,8% 11,0% 8,2% 18% Dinamarca 17% 22,2% 19,6% 30% Estónia 18% 24,3% 19,4% 25% Grécia 6,9% 9,7% 9,1% 18% Espanha 8,7% 13,8% 10,9% 20% Finlândia 28,5% 33% 30,4% 38% França 10,3% 13,5% 12,8% 23% Hungria 4,3% 8,8% 6,0% 13% Irlanda 3,1% 5,8% 5,7% 16% Itália 5,2% 10,4% 7,6% 17% Lituânia 15% 19,7% 16,6% 23% Luxemburgo 0,9% 3% 2,9% 11% Letónia 32,6% 32,6% 34,0% 40% Malta 0% 0,4% 2,0% 10% Países Baixos 2,4% 3,8% 4,7% 14% Polónia 7,2% 9,5% 8,8% 15% Portugal 20,5% 24,6% 22,6% 31% Roménia 17,8% 23,6% 19,0% 24% Suécia 39,8% 49,1% 41,6% 49% Eslovénia 16,0% 19,9% 17,8% 25% Eslováquia 6,7% 9,8% 8,2% 14% Reino Unido 1,3% 3,3% 4,0% 15% UE 8,5% 12,7% 10,7% 20% * A medida mais objetiva para analisar os progressos realizados consiste em avaliar os Estados-Membros face ao seu primeiro objetivo intermédio, calculado como a média das suas quotas 2011/2012. Embora, em média, esses progressos para 2010 sejam positivos, tal facto não reflete as incertezas políticas e económicas que os produtores de energias renováveis parecem enfrentar atualmente.

16 Eficiência energética: Transposição da Diretiva Desempenho Energético dos Edifícios Diretiva 2010/31/UE, de 19 de maio de 2010 Data de transposição: 9 de julho de 2012 Diretiva Desempenho Energético dos Edifícios* Estado-Membro Transposição Relatório relativo aos edifícios de balanço energético quase zero** Cálculos de otimização dos custos Áustria Bélgica Bulgária Chipre República Checa Dinamarca Estónia Finlândia França Alemanha Grécia Hungria Irlanda Itália Letónia Lituânia Luxemburgo Malta Países Baixos Polónia Portugal Roménia Eslováquia Eslovénia Espanha Suécia Reino Unido * O estado de transposição baseia-se na transposição declarada pelos Estados-Membros (Verde: integral; Laranja: parcial; Vermelho: não). A Comissão está a realizar controlos prima facie e de conformidade relativamente aos Estados-Membros que notificaram medidas de transposição. No que se refere aos relatórios relativos aos edifícios de balanço energético quase zero e aos cálculos de otimização dos custos, o estado de transposição baseia-se no facto de terem ou não sido recebidos relatórios e não na exaustividade dos relatórios. A Comissão está a efetuar uma análise dos relatórios recebidos. ** Edifícios de balanço energético quase zero.

17 Anexo 4: Panorâmica dos instrumentos financeiros da UE de apoio às políticas energéticas Panorâmica dos fundos da UE consagrados à energia por programa e dos instrumentos financeiros (existentes e, eventualmente, novos para o período ) Fundos afetados nas Perspetivas Financeiras Proposta da Comissão de atribuição de fundos no âmbito das Perspetivas Financeiras para Montantes em milhões de EUR Infraestruturas de gás e eletricidade (1) 155 Total Energia sustentável (2) Nuclear (3) Redes Transeuropeias de Energia (RTE-E) Mecanismo Interligar a Europa Infraestruturas de gás e eletricidade (1) Total Energia sustentável (2) Nuclear (3) incluindo instrumentos financeiros Programa Energético Europeu para o Relançamento (EEPR) (1 000) Fundos UE incluindo instrumentos (265) financeiros (Fundo Europeu para a Eficiência Energética) PCI -Programa Energia (A) - (B) Inteligente- Europa incluindo o mecanismo (132) ELENA (assistência técnica) Fundos estruturais Programa-Quadro de IDT (C) Mecanismo de Financiamento com Partilha de Riscos (CE-BEI) (D) Política da política de 112 alargamento 7.º PQ EURATOM Cisão nuclear 7.º PQ Fusão nuclear Desmantelamento (LT, SK, BG) SUBTOTAL TOTAL A. inclui ELENA, em cooperação com o BEI, o CEB, o BERD e o KfW B. Parte do novo Programa-Quadro de Investigação («Horizonte 2020») C. IDT : fundos afetados à investigação sobre energia não nuclear em geral D. 14 % do total pacote do Mecanismo de Financiamento com Partilha de Riscos (MFPR), que são principalmente para a energia solar e eólica

18 Anexo 5: Factos essenciais sobre o setor da energia na Europa 1. Perfil energético da Europa O perfil energético da Europa está a mudar Energia nuclear Consumo interno bruto na UE em 2011 Energias renováveis 14% 10% 17% Combustíveis sólidos Energia nuclear Consumo interno bruto na UE 2030 (projeção) Energias renováveis 14% 18% 12% Combustíveis sólidos Gás 24% 35% Petróleo Gás 22% 33% Petróleo Fonte: Comissão Europeia A energia potencia a nossa sociedade e a nossa economia Consumo final de energia na UE por setor em 2011 Outros Serviços 1% Indústria Agricultura 2% 13% 26% 25% Necessidades dos agregados familiares e do setor da habitação 33% Transportes Fonte: Comissão Europeia

19 Os perfis energéticos variam significativamente entre os países da UE Consumo interno bruto nos Estados-Membros em 2011 Petróleo Gás Combustíveis sólidos Energia nuclear Energias renováveis 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% AT BE BG CY CZ DE DK EE EL ES FI FR HU IE IT LT LU LV MT NL PL PT RO SE SI SK UK Fonte: Comissão Europeia

20 2. Dependência Europeia das importações A Europa importa anualmente o equivalente a 406 mil milhões de EUR (3,2% do PIB) de petróleo, gás e carvão e prevê-se um aumento desta dependência Percentagem do combustível importado no consumo total da UE (cenário de «statu quo») % 100 Petróleo Gás Combustíveis sólidos Fonte: Comissão Europeia A Europa depende de alguns fornecedores Importação de petróleo bruto na UE em 2011 Azerbaijão 5% Cazaquistão 6% Noruega 12% México 1% Outros 8% Países membros da OPEP 33% Importação de gás natural na UE em 2011 Nigéria 4% Não especificado 10% Catar 11% Egito, Líbia, Trinidade e Tobago, outros 1% cada Rússia* 30% Rússia 35% Argélia 13% Noruega 28% * Este dado inclui o gás proveniente de outros países diferentes da Rússia exportado através deste país para a UE Fonte: Comissão Europeia

21 3. As tendências mundias afetam a Europa Aumento da procura energética mundial Evolução da procura energética mundial em milhões de toneladas de equivalente de petróleo (Mtep) Resto do mundo China Resto da OCDE UE Mtep Fonte: Agência Internacional da Energia Preços da eletriciade: os EUA estão a aumentar a sua vantagem, fundamentalmente graças ao gás de xisto Evolução dos preços a nível do utilizador final da eletricidade para a indústria, excluindo impostos (2005 = índice 100) 150 Países europeus da OCDE EUA Japão Q Fonte: Agência Internacional da Energia

22 O aumento de fornecimento de gás não convencional e de GNL contribui para diversificar os fluxos comerciais Principais fluxos comerciais de gás a nível mundial em 2035 América do Norte América Latina Eurásia África Médio Oriente Oceania Ásia (excluindo os países asiáticos da OCDE, China e Índia) Fonte: Agência Internacional da Energia Investimentos crescentes em fontes renováveis a nível mundial 120 Novos investimentos em energias limpas por região em (mil milhões de USD) Ásia e Oceania Europa América do Norte e Caraíbas Médio Oriente e África América Central e América do Sul Fonte: Bloomberg

23 O apoio às energias renováveis está a aumentar no mundo, mantendo a UE a liderança em As subvenções totais ascendem a 88 mil milhões de USD, 1/6 das quais destinadas aos combustíveis fósseis. Subvenções globais às energias renováveis por região Resto do mundo Índia China EUA UE Mil milhões 250 USD 200 USD 150 USD 100 USD 50 USD 0 USD O mercado interno europeu da energia ainda não está concluído Importância dos impostos e taxas nos preços da eletricidade para os agregados familiares Preço da eletricidade para os agregados familiares, primeiro semestre de 2012 (EUR/kWh) Fonte: Agência Internacional da Energia Preços líquidos (excluindo impostos) IVA Outros impostos e taxas DK CY DE BE IE IT SE PT AT EU NL ES SK MT LU UK HU FI SI CZ PL FR LV LT HR EE RO BG Fonte: Comissão Europeia

24 Menos diferenças entre os preços da eletridade industrial na Europa Preço da eletricidade industrial, primeiro semestre de 2012 (EUR/kWh) 0.30 Preços líquidos (excluindo impostos) IVA Outros impostos e taxas CY DK MT IT DE SK IE EU ES PT LT UK LV HU AT BE CZ NL SI PL HR FR LU RO SE EE FI BG Fonte: Comissão Europeia Os mecanimos de fixação de preços variam entre os países da UE Regulamentação do preço a retalho da eletricidade e/ou do gás (LV unicamente eletricidade; IE unicamente gás) Sem regulamentação do preço a retalho / Prevista a supressão gradual da regulamentação / Regulamentação que não causa, ou possivelmente causa menos, distorção (devido por exemplo a mercados isolados) Fonte: Comissão Europeia

25 Os preços do gás variam significativamente na UE em função do nível de concorrência Preço médio do gás em EUR/MWh < > 35 Dados não disponíveis Fonte: Comissão Europeia Os preços do gás tornam-se mais competitivos com a existência de mais fornecedores / fontes Comparação dos preços por grosso do gás na UE (EUR/MWh) Rússia face à Lituânia NL face ao UK Noruega face à Bélgica Preço médio na fronteira alemã 45 /MWh 45 /MWh 40 /MWh 35 /MWh 30 /MWh 25 /MWh 20 /MWh 15 /MWh 10 /MWh 5 /MWh Fonte: Comissão Europeia

26 Grande potencial por explorar de eficiência energética no mundo Potencial projetado de eficiência energética que (não) se realizará antes de 2035 Potencial de eficiência energética realizado 100% Potencial de eficiência energética não realizado 80% 60% 40% 20% 0% Indústria Transportes Geração de eletricidade Edifícios Fonte: Agência Internacional da Energia Serão necessários investimentos significativos para renovar ou reequipar o nosso sistema energético Idade das instalações geradoras de energia na UE em 2013 (em anos) Petróleo Gás Carvão Energia nuclear Energias renováveis 140,000 MW 120,000 MW 100,000 MW 80,000 MW 60,000 MW 40,000 MW 20,000 MW 0 MW Fonte: Comissão Europeia

27 As fontes de energia renováveis representaram 13 % do consumo final de energia em % 2011 Objetivo % 40% 30% 20% Objetivo UE % 0% MT LU UK BE NL CY IE HU CZ SK PL FR IT EL DE EU BG ES SL LT RO DK PT EE AT FI LV SE Fonte: Comissão Europeia 40% O aumento das fontes intermitentes exige também medidas complementares para garantir uma geração adequada Quota das fontes de energia renováveis intermitentes (eólica e solar) por Estado-Membro em 2010 e 2020 Energia eólica e solar 2010 Energia eólica e solar % 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% AT BE BG CY CZ DE DK EE EL ES FI FR HU IE IT LT LU LV MT NL PL PT RO SE SK SL UK EU Fonte: Comissão Europeia

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