IMAFLORA. Certificação Florestal. Guilherme de Andrade Lopes. Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola
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- Sonia Cruz de Miranda
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1 IMAFLORA Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola Certificação Florestal Guilherme de Andrade Lopes Coordenador de Certificação Florestal
2 Imaflora: ONG sem fins lucrativos Missão: Incentivar mudanças nos setores florestal e agrícola, visando a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais e a promoção de benefícios sociais.
3 Imaflora hoje empreendimentos certificados (florestais e agrícolas) 17 Estados no Brasil 15 anos de atividades (1995) Equipe de 43 pessoas Equipe de certificação: 23 Auditores associados Extensão: África, América do Sul e Europa Projetos de clima Projetos com Políticas Públicas
4 Fontes de Recursos Outros Recursos 2% Financiamentos Institucionais 7% Projetos Específicos 23% Programa de Certificação 68% TOTAL DE RECEITAS EM 2009 ~ R$ 7 MILHÕES
5 Organograma Conselho Diretor Conselho Fiscal Conselho Consultivo Secretaria Executiva Comitê de Gestão Comunicação Administração Certificação Projetos Florestal Políticas Públicas Agrícola Consumo Responsável Serviços Ambientais Treinamento e Capacitação
6 Certificação Socioambiental Principal ferramenta para atingir a nossa Missão Parceria (desde 1996) com a Rainforest Alliance Liderança em certificação socioambiental (florestal e agrícola) no Brasil + área, = empreendimentos certificados e diversidade de produtos (florestais e agrícolas)
7 Certificação É um mecanismo que tem por objetivo garantir a conformidade de um processo de produção ou de um produto a uma determinada especificação. Deforestation ; Poverty reduction 350 million of the poorest people in the world are forest dependent
8 Certificação Florestal FSC Mecanismo não governamental, voluntário e independente de controle da sociedade sobre a origem de produtos florestais, baseado numa avaliação independente dos aspectos sociais, econômicos e ambientais de operações florestais naturais, plantadas e de produtos não-madeireiros.
9 Tipos de Certificação FSC CERTIFICAÇÃO DO MANEJO FLORESTAL CERTIFICAÇÃO DA CADEIA DE CUSTÓDIA
10 Tipos de Certificação FSC ECONÔMICO COC (Cadeia de Custódia) SOCIAL RASTREABILIDADE AMBIENTAL
11 O FSC Forest Stewardship Council ou Conselho de Manejo Florestal: Organização Internacional, presente em 81 países e em todos os continentes. É o único sistema de certificação florestal com padrões aceitos mundialmente; É o único sistema criado e mantido por um fórum de representantes dos setores ambiental, econômico e social.
12 Funcionamento do FSC Internacional Composição: Membros do FSC: empresas, ONGs, movimentos indígenas, associações de classe e indivíduos de vários países. Atualmente são mais de 850 membros. Participação: os membros são divididos em 6 câmaras. ambiental, social e econômica (norte e sul). Assembléia Geral: instância máxima de decisão no FSC que reúne todos os membros e é realizada a cada três anos. Conselho Diretor: composto por 9 membros, 3 de cada câmara, eleitos a cada 3 anos. Diretor Executivo: conta com o apoio de uma equipe multidisciplinar do FSC para as ações do dia-a-dia.
13 Composição: Certificação Florestal FSC - Brasil Câmara Social Assembléia Geral Conselho Diretor N N N Câmara Ambiental Mário Abreu Suécia Câmara Econômica S S S Câmara Social Câmara Ambiental Roberto Waack Brasil Câmara Econômica
14 O Imaflora e o FSC FSC: entidade responsável pelo sistema de certificação. SmartWood: programa de certificação norte-americano, filiado à ONG Rainforest Alliance, autorizado pelo FSC para certificar florestas; Imaflora: representante do SmartWood no Brasil; Atuação em plantações e áreas naturais em diferentes escalas; Única certificadora no Brasil a atuar com comunidades e produtos florestais não madeireiros na Amazônia.
15 Certificação Florestal FSC - Mundo Deforestation ; 35% 47% 2% Poverty reduction 350 million of the poorest people in the 3% world are forest 2% dependent 11%
16 Certificação Florestal FSC - Brasil Tipo de Manejo Nativas Plantadas Total Área (ha)
17 EVOLUÇÃO DA CERTIFICAÇÃO FLORESTAL NO MUNDO
18 Certificação Florestal Imaflora 3,4 milhões de ha 54% da área certificada no Brasil Florestas Naturais: 1,9 milhões ha 15 Empresas e 9 Comunidades Plantações Florestais 1,5 milhão ha 37% área destinada à conservação trabalhadores beneficiados Outubro,2009
19 Funcionamento do sistema CREDENCIADOR Elabora Credencia Monitora Avalia CERTIFICADORA PADRÕES Avalia Atesta PRODUTOR CONSUMIDOR Vende produtos com características atestadas
20 Padrões As normas compreendem princípios, critérios e indicadores que definem parâmetros mínimos e limites, ou seja, definem como o manejo florestal deve ser implantado. A diferenciação entre princípios, critérios e indicadores é apresentada a seguir: Princípio: uma regra ou elemento essencial do manejo florestal. Critério: um meio de julgar, se um princípio (de manejo florestal) foi ou não satisfeito. Indicador: um indicativo de como um critério pode ser aceito ou refutado.
21 Princípios e Critérios do FSC 1. Atendimento ás Leis e aos Princípios do FSC. 2. Posse, direito de uso e responsabilidades. 3. Direitos dos povos indígenas. 4. Direitos dos trabalhadores, responsabilidade social e desenvolvimento local.
22 Princípios e Critérios do FSC 5. Benefícios da floresta. 6. Impactos ambientais. 7. Plano de manejo e consulta.
23 Princípios e Critérios do FSC 8. Monitoramento e avaliação. 9. Manutenção de florestas de alto valor de conservação. 10. Plantações.
24 Por que certificar plantações florestais Diminuição da pressão de consumo sobre florestas naturais; Conservação de áreas naturais em ecossistemas ameaçados; Melhora do desempenho ambiental, social e econômico do setor.
25 O Papel da certificação Ferramenta decisiva para difusão e implementação do bom manejo florestal (aspectos ambientais, sociais e econômicos): Iniciativas sociais junto às comunidades de entorno; Aprimoramento das condições dos trabalhadores florestais; Otimização da atuação ambiental; Cumprimento da legislação.
26 Não é papel da certificação A resolução mágica de todos os problemas; Garantia de preços diferenciados; Um certificado de qualidade de produto final. Qualificador de um processo industrial.
27 Alcance da certificação Atendimento aos P&C do FSC dentro dos limites da área da empresa e da responsabilidade sobre o manejo florestal.
28 Passo a passo da certificação Avaliação de Pré-Qualificação Preparação Interna para Avaliação Completa Consulta Pública Avaliação de Campo Relatório da Avaliação Completa Revisão de Especialistas Decisão de Certificação
29 O processo de certificação Avaliação completa; Auditorias anuais; Vencimento em 5 anos e necessidade de renovação; Não conformidades identificadas são tratadas a partir de ações corretivas com prazo imediato ou de no máximo um ano.
30 Transparência e participação Participação dos interessados, direta ou indiretamente durante as auditorias; Recebimento de comentários a qualquer momento enquanto a empresa estiver certificada; Resumo público do relatório de auditoria com as conclusões da equipe de auditores.
31 Certificando Produtores Florestais Tipos de certificações FSC aplicáveis: Certificação Individual; Certificação de Grupo; Certificação Individual ou de Grupo SLIMF.
32 Certificação Individual Cada proprietário busca sozinho a certificação florestal; Mesmas demandas de um empreendimento empresarial; Tomada de decisão sem consultar outros proprietários. Fragilidades: Viabilidade econômica; Elevados custos; Dificuldades de cumprimento dos critérios de certificação; Atividades realizadas sempre de maneira esparsas dificultando a auditoria.
33 Certificação de Grupo Um grupo de produtores reunidos busca a certificação; O grupo pode ser representado por um administrador florestal, associação, comunidade ou empresa; Os custos são diluídos entre todos os integrantes viabilizando a certificação no longo prazo; As auditorias anuais são amostrais no grupo. Fragilidades: Integração e continuidade do grupo; Administração do grupo; O erro de um integrante se reflete sobre todo o grupo.
34 Certificação SLIMF (Small and Low Intensity Managed Forest) O que é? Padrões diferenciados de avaliação do empreendimento definidos pelo FSC internacional, focados na certificação de comunidades, coleta de produtos não-madeireiros e pequenos produtores rurais. Qual o objetivo? Buscar a simplificação de alguns processos ou exigências decorrentes do padrão de certificação. Ex: não necessidade de possuir um resumo público. Quem se qualifica? Pequenos proprietários. Os critérios para ser pequeno no Brasil são: Amazônia: ha de área total; Restante do País: 100 ha de área total.
35 Certificações do Programa SmartWood da Rainforest Alliance
36 Certificação de Madeira Controlada O que é? É uma certificação para atestar que a madeira não provém de fontes consideradas inaceitáveis para o FSC na composição de produtos FSC mistos. Qual o objetivo? Comprovar que a madeira não é: ilegal, proveniente de áreas nas quais não houve violação de direitos civis e tradicionais, de florestas de alto valor para conservação, de desmatamentos, ou de florestas geneticamente modificadas. Fragilidades Não existe selo para madeira controlada, nem marketing aceitável. A informação só aparece na nota fiscal de venda. A venda de madeira controlada só pode acontecer entre empresas certificadas. Não pode ser vendida para empresas não certificadas.
37 SmartStep O que é? Uma abordagem modular para certificação de manejo florestal FSC. Quem se beneficia? Empreendimentos que querem se certificar mas que ainda não estão adequados frente aos padrões de certificação.
38 SmartStep Passos do programa: 1. Avaliação preliminar; 2. Plano de ação; 3. Auditorias periódicas para acompanhamento do cumprimento do plano de ação; 4. Certificação FSC. Floresta não certificada
39 SmartLogging O que é? Certificação de empreiteiros de colheita (ou atividades de silvicultura) baseada nos critérios e exigências dos Padrões FSC. Qual o objetivo? Permitir ao produtor contratar uma empresa prestadora de serviços florestais que possa ter garantias de terceiras partes, que tenha capacidade e qualidade para cumprir as regras da certificação.
40 SmartLogging O que é avaliado? Requisitos legais Plano de colheita e monitoramento Técnicas de colheita Valores comunitários Saúde e segurança ocupacional Viabilidade do negócio Melhoria contínua e inovações Silvicultura e reflorestamento.
41 Possibilidades Combinadas Certificação SmartStep Avaliação de fragilidades com base no padrão de grupo FSC; Tempo para adequação aos padrões; Compromisso público do grupo com a certificação; Certificação FSC Grupo O grupo já demonstrou capacidade ao longo do programa SmartStep; Maior garantia de continuidade; Maior solidez do grupo quando for buscar a certificação. Prazo maior para as adequações necessárias; Pode servir como um teste de longo prazo ao grupo antes de se certificar.
42 Possibilidades Combinadas Certificação FSC de Grupo Divisão de responsabilidades do grupo com as prestadoras de serviço certificadas; Diminuição dos custos para o grupo em monitoramento e acompanhamento; Garantia de que as empresas contratadas estão em acordo com as diretrizes da certificação florestal. SmartLogging Melhoria na qualidade dos prestadores que prestam serviço ao grupo; Prestador possui garantias de que está apto a trabalhar em uma floresta certificada; Possibilidade ao prestador de trabalhar para diversos grupos ou propriedades certificadas.
43 VLO e VLC (Verification of Legal Origin and Legal Compliance) Origem Legal (direitos legais para colheita) - VLO A autorização para a colheita, na unidade de manejo florestal foi concedida ao proprietário. Existe uma licença válida ou instrumento similar. As licenças são emitidas em conformidade com as leis e regulamentos que regem a jurisdição da(s) operação (es). Deve haver aprovação e implementação dos planos aplicáveis. Pagamento de taxas e impostos. Produtos transportados e comercializados legalmente, com o devido pagamento de impostos de exportação / importação, contribuições e demais obrigações.
44 VLO e VLC (Verification of Legal Origin and Legal Compliance) Conformidade legal - VLC Madeira colhida respeitando o direito legal de colheita na UMF. Em conformidade com a legislação que regulamenta a gestão e exploração dos recursos florestais: Sociais, ambientais e trabalhistas. Cadeia de Custódia (CoC) A verificação requer um robusto sistema de cadeia de custódia para garantir a rastreabilidade e controle da madeira verificada de um ponto a outro.
45 Conexão entre VLO e VLC Direitos legais para colheita Planos aprovados VLC Regulamentações da colheita Regulamentações ambientais Regulamentações sociais e trabalhistas Taxas e impostos CoC Comercialização e transporte Controle das atividades não autorizadas
46 VLO e VLC (Verification of Legal Origin and Legal Compliance) As normas de VLO e VLC são aplicáveis a: Empreendimentos de manejo florestal. Processadores. Fabricantes. Comerciantes e corretores. Fornecedores de produtos florestais em um espaço definido na cadeia de abastecimento.
47 Escalada da legalidade à certificação Produçãoo de madeira B Custo da conformidade A tempo de validade --- 3
48 Temas Florestais - Naturais 56% das emissões brasileiras de gases para o efeito-estufa Mais de 80% da produção de madeira na Amazônia Brasileira é ilegal e predatória: péssimas condições de trabalho Deforestation ; Poverty reduction 350 million of the poorest people in the world are forest dependent conflitos sociais com populações indígenas e comunidades locais
49 Temas Florestais - Plantações Uso de insumos químicos Plantios homogêneos (monocultura) Conversão de ecossistemas naturais Ocupação de áreas agricultáveis Aspectos sociais envolvidos: Trabalhadores Deforestation ; Poverty reduction 350 million of the poorest people in the world are forest dependent Outras partes interessadas
50 Temas Agricultura Maior causa do desmatamento Maior responsabilidade pela extinção de habitats e diminuição de espécies Precariedade das condições de trabalho Poluição de Solo e Água Agroquímicos O destino da biodiversidade mundial está na mão dos produtores rurais
51 Certificação Agrícola Imaflora RAS (Rede de Agricultura Sustentável) - rede de ONGs da América que se uniram para tratar o tema. Principais produtos certificados: cana-de-açúcar, café, banana, castanha, laranja, cupuaçu, goiaba, cacau, babosa, palmito, borracha, uva e chá. Aberto para a certificação de outros produtos, inclusive a pecuária.
52 OBRIGADO!
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