3. MATERIAL E MÉTODOS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "3. MATERIAL E MÉTODOS"

Transcrição

1 3. MATERIAL E MÉTODOS Para atingir seus objetivos, o presente estudo foi realizado em três etapas distintas: a) desenvolvimento e construção do canal de solo; b) realização dos testes para quantificação das perdas de solo para as condições de interesse; e c) comparação das perdas de solo obtidas experimentalmente com as obtidas utilizando os modelos WEPP e ANSWERS Desenvolvimento e construção do canal de solo O canal de solo foi desenvolvido objetivando isolar o efeito das diversas variáveis que intervêm no processo de erosão hídrica do solo, possibilitando, assim, estudar o efeito da declividade e da energia cinética decorrente das intensidades de precipitação adotadas Construção do canal de solo O canal de solo foi constituído de cinco partes, as quais estão descritas e esquematizadas a seguir: 25

2 a) Dois cavaletes para suporte do canal, os quais foram feitos com tubos de aço galvanizado, sendo um deles em sistema telescópio para permitir a variação da declividade do canal. Os cavaletes, distanciados 850 mm, tinham dimensões de 500 mm de altura e 620 mm de largura (Figura 1). 620 mm 100 mm 400 mm 620 mm 850 mm 500 mm Figura 1 Representação esquemática dos cavaletes para suporte do canal. b) Base de apoio para a caixa de acomodação do solo, construída com perfil metálico tipo cantoneira, em L, com barras transversais a cada 340 mm, apresentando dimensões semelhantes às da caixa de contenção do solo (Figura 2). c) Caixa de contenção do solo, que é o canal de solo propriamente dito, construída com chapa metálica n o 16 (Figura 3). Esta caixa tem mm de comprimento, 700 mm de largura e 250 mm de altura, com a ressalva de que a extremidade do canal onde se fez a coleta do escoamento superficial dispunha de sistema de comporta para possibilitar que a altura da caixa, nessa seção, fosse 26

3 38,1 mm 710 mm 58 mm 1010 mm 340 mm Figura 2 Representação esquemática da base de apoio para a caixa de acomodação. 700 mm 250 mm 1000 mm Figura 3 Representação esquemática da caixa de acomodação do solo. 27

4 mantida igual à da lâmina de solo disposto na caixa. A área do canal de solo foi definida em função da área efetiva de precipitação do simulador, utilizado no experimento, conforme recomendado por ALVES SOBRINHO (1997). No fundo da caixa foram inseridas mangueiras para permitir a saída do ar no momento de saturação do solo. Essa caixa teve drenagem impedida com o objetivo de permitir a caracterização apenas do processo de desprendimento das partículas de solo pelo impacto das gotas da chuva simulada. Foram colocadas também, no fundo dessa caixa, chapas transversais (aletas) no sentido da declividade, para evitar o escoamento rente ao fundo da caixa e, dessa forma, fazer com que todo o escoamento ocorresse sobre a superfície do solo. d) Calha para condução do escoamento superficial, construída com chapa metálica n o 20, apresentando formato afunilado, com dimensões de 700 mm no lado maior, 200 mm no lado menor, 500 mm de comprimento e declividade de 20% (Figura 4). 700 mm 200 mm 200 mm 50 mm Figura 4 Representação esquemática da calha para condução do escoamento superficial. 28

5 e) Caixa de coleta do escoamento superficial, confeccionada com chapa metálica n o 16, com mm de comprimento, 700 mm de largura e 300 mm de altura. Nessa caixa foi interligado um linígrafo para registrar a lâmina de água acumulada ao longo do tempo Descrição do experimento O experimento foi conduzido na área do Laboratório de Hidráulica do Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa, MG. Os ensaios foram realizados, utilizando-se o canal de solo (Figura 5), descrito no item 3.1, no qual foi colocada uma camada de solo de aproximadamente 150 mm de altura. Entre o fundo do canal e a camada de solo, colocou-se uma camada de areia de 5 cm, para facilitar a drenagem da água aplicada durante o preparo do solo no canal, bem como no momento da realização da saturação prévia do solo antes de cada ensaio. O solo foi passado em peneira de 4,5 mm, após ser secado ao ar por um período de dois dias, e, posteriormente, acomodado sobre o canal em três camadas de 5 cm cada uma. As camadas foram compactadas, individualmente, a partir da carga exercida com a queda de um peso de 10 kg de uma altura de 600 mm, em uma chapa de aço colocada sobre o solo. A compactação foi feita de forma que a massa específica do solo no canal se aproximasse da massa específica existente em condições de campo. Para atingir tal objetivo, fizeram-se alguns testes preliminares para determinar a massa da barra de ferro e o número de golpes necessários para que a massa específica se aproximasse da original do solo, em condições de campo. Foram feitas ranhuras entre as camadas de solo após a compactação da camada, para evitar a formação, entre estas, de caminhos preferenciais de escoamento (Figura 6). A massa de solo colocada em cada camada foi calculada em função do volume de cada camada e da massa específica obtida nos testes preliminares de compactação. Primeiramente, colocaram-se 80% da massa de solo calculada e aplicou-se um 29

6 (a) (b) Simulador de chuva Comporta Canal Aleta Calha Dreno Cavalete Caixa de coleta Figura 5 Vista geral do canal de solo sob o simulador de chuva (a) e interior do canal de solo (b). Figura 6 Vista do solo no momento da realização das ranhuras antes de ser colocada a próxima camada de solo. 30

7 volume de água de 50 litros. Após a drenagem do excesso de água, colocaram-se os 20% restantes e, após 30 minutos, fez-se a compactação da camada de solo. O equipamento utilizado para compactação do solo constituiu-se de tubo de aço galvanizado de 100 mm de diâmetro e 1 m de comprimento, com uma roldana na parte superior do tubo, na qual um cabo de aço, possuindo uma barra tubular de aço de massa de 10 kg, deslizava. A altura de elevação da barra dentro do tubo foi de 60 cm (Figura 7). Cabo Compactador Figura 7 Vista do solo sendo compactado. As aplicações da precipitação foram realizadas, utilizando-se o simulador de chuvas desenvolvido por ALVES SOBRINHO (1997), equipado com bocais tipo Veejet , sob o qual o canal de solo foi locado a uma altura de 2,5 m do 31

8 bico do simulador. Foram feitos testes preliminares de uniformidade de distribuição de água pelo simulador para a locação do canal. As intensidades de precipitação a serem aplicadas nos ensaios foram obtidas conforme recomendado por ALVES SOBRINHO (1997), em função do número de obturadores a serem abertos e da abertura desses obturadores, sendo a pressão de serviço do simulador fixada em 32,75 kpa para todas as intensidades de precipitação utilizadas. Foram feitos testes preliminares para obtenção das precipitações desejadas com o auxílio de uma calha de área igual à do canal (0,7 m 2 ) e locada na mesma posição do canal de solo. A intensidade de precipitação média foi determinada pela relação entre o volume de água coletado na calha durante o intervalo de tempo estabelecido e a área da calha de coleta. Para cada intensidade de precipitação utilizada no estudo de perda de solo, foi determinada a uniformidade de distribuição de água pelo simulador de chuvas, empregando-se o coeficiente de uniformidade de Christiansen (CHRISTIANSEN, 1942). Os testes de uniformidade de precipitação foram feitos com três repetições para cada intensidade. Para obtenção do volume de água aplicada, foram utilizados 35 coletores, distribuídos eqüidistantemente na área do canal de solo (0,7 m 2 ). O volume de água nos coletores foi determinado, utilizando-se uma proveta de 250 ml. Sabendo que a condição crítica para a ocorrência de escoamento superficial e perdas de solo é aquela em que o solo se encontra saturado antes da incidência da chuva de projeto, procedeu-se, antes da aplicação da água pelo simulador de chuvas, à aplicação de uma lâmina d'água de 100 mm, capaz de proporcionar a saturação do solo. Para evitar que durante a saturação do solo ocorressem alterações drásticas na sua superfície, esta foi protegida com uma manta sintética de alta permeabilidade (Bidim). O experimento consistiu de um esquema fatorial, no qual o material de solo foi submetido a cinco distintos valores de energia cinética (495, 832, 1.151, e J.m -2 ), correspondentes às intensidades de precipitação de 30, 46, 69, 88 e 107 mm h -1, respectivamente, com duração de 60 minutos, e a cinco declividades do canal de solo (2, 6, 10, 14 e 18%). 32

9 3.3. Caracterização do solo O solo foi coletado do horizonte A de um Latossolo Vermelho-Amarelo, nas imediações da localidade denominada "Tiro de Guerra", no município de Viçosa, MG, onde foram retiradas amostras para análise de algumas de suas características físicas e químicas, sendo os resultados apresentados nos Quadros 1 e 2, respectivamente. Quadro 1 Características físicas do solo utilizado Profundidade cm Argila 1 Massa específica Areia fina Areia grossa Silte aparente 2 dag kg -1 kg dm ,06 Classe textural Muito argilosa 1) Método da pipeta (EMBRAPA, 1997) e 2) determinada pelo método do anel volumétrico (EMBRAPA, 1997). Quadro 2 Características químicas do solo utilizado ph 1 P 2 K 2 Ca 3 Mg 3 Al 3 SB CTC CTC Saturação Profund. C-Org 4 Efetiva ph 7,0 de Al Cm -mg dm cmol c dm % g kg ,2 2,7 6,0 0,1 0,0 1,5 0,12 1,62 11,02 92,6 24,7 1 - ph em água - Relação 1:2,5; 2 - P e K = fósforo e potássio disponíveis, respectivamente, extraídos com Mehlich 1 e determinados conforme o método definido por DELFELIPO e RIBEIRO (1981); 3 - Ca, Mg, e Al = cálcio, magnésio e alumínio trocável, respectivamente, extraídos com KCl 1 mol L -1 e determinados conforme DELFELIPO e RIBEIRO (1981); e 4 - Determinado pelo método Walkley-Black (DELFELIPO e RIBEIRO, 1981). 33

10 Foram também retiradas amostras de solo na profundidade de 0-20 cm, as quais foram submetidas às tensões de 10, 30, 100, 500, e kpa, para obtenção da curva de retenção de água no solo. Os conteúdos de água retidos nas amostras de solo submetidas às referidas tensões estão apresentados na Figura Umidade (dag kg -1 ) Tensão (kpa) Figura 8 Curva de retenção de água no solo, na profundidade de 0-20 cm Determinação da energia cinética das precipitações A energia de impacto da precipitação sobre o solo, por unidade de área, foi estimada por meio da equação 5, proposta por STILLMUNKES e JAMES (1982). A energia cinética da chuva natural foi estimada pela equação proposta por WISCHMEIER e SMITH (1958) e expressa na forma EcN = (17, ,229log I) It (16) em que EcN é a energia cinética da chuva natural por unidade de área, J m

11 Velocidade de impacto das gotas na superfície do solo Partindo do pressuposto de que o jato d água fraciona-se em gotas de diâmetros diferentes ao sair de um bocal, pode-se estimar, com base nos fundamentos da hidrodinâmica, a velocidade de impacto da gota na superfície do solo. A equação diferencial que caracteriza a trajetória de uma gota que deixa um bocal posicionado verticalmente para baixo pode ser representada, segundo o princípio fundamental da dinâmica, da seguinte forma: em que 2 d y = m g - m f (17) d t m 2 m = massa da gota, M; y = altura de queda da gota, L; g = aceleração da gravidade, L T -2 ; f = resistência de arrastamento, L T -2 ; e t = tempo, T. A resistência do ar ao deslocamento da gota foi calculada a partir da relação entre a velocidade da gota e o coeficiente de arraste proposta por SEGINER (1965), ou seja: em que n f = C v (18) n C n = coeficiente de arraste cuja dimensão depende do valor de n. Substituindo a equação 18 na equação 17 e procedendo-se às devidas simplificações, tem-se 2 d y n = g - Cn v (19) 2 d t 35

12 diferencial A variação da velocidade das gotas no tempo é descrita pela equação d 2 d t y 2 d y = (20) d t A velocidade de uma gota proveniente de um bico, que, posicionado a uma altura y em relação ao solo, pulveriza a água verticalmente para baixo, foi estimada, fazendo-se n = 2 e igualando-se as equações 19 e 20, ou seja: d y = g - C v 2 2 (21) d t A velocidade foi estimada com a solução da equação diferencial 21, utilizando-se a técnica númerica de Runge-Kutta de quarta ordem. Para tal, utilizou-se uma subrotina do programa ENERCHUVA, desenvolvido por ALVES SOBRINHO (1997). Para a estimativa do coeficiente de arraste modificado em função do diâmetro da gota, empregou-se a relação entre C 2 e o diâmetro da gota proposta por HILLS e GU (1989), isto é: -0,9859 C = (22) 2 0,4671d em que d é o diâmetro médio da gota, em mm. A velocidade inicial da gota é calculada pela equação em que V 0 0,5 2 g P = C d (23) γ V 0 = velocidade inicial da gota, m s -1 ; C d = coeficiente de descarga do bico, adimensional; 36

13 g = aceleração da gravidade, m s -2 ; P = pressão de serviço, kpa; e γ = peso específico da água, N m Distribuição do diâmetro de gotas da precipitação A distribuição do diâmetro médio das gotas da precipitação foi determinada nas intensidades de precipitação de 30, 46, 69, 88 e 107 mm h -1, aplicadas com o simulador de chuvas operando com pressão de 32,75 kpa, numa altura de 2,5 m em relação à superfície do solo no canal. O método utilizado na estimativa da distribuição de tamanhos de gotas foi o da farinha, conforme descrito por OLIVEIRA (1991). A curva de calibração da farinha foi efetuada pelo impacto de gotas d água de massa conhecida, caindo de uma altura de 1,5 m dentro de bandejas contendo uma camada de 2,5 cm de farinha de trigo previamente secada em estufa ( C, por 24 horas) e passada em peneria de malha de 50 mesh. As bandejas foram feitas de tubos de PVC de 250 mm de diâmetro, com 2,5 cm de altura. Após a coleta das gotas, foi acrescentada uma fina camada de farinha às bandejas, via peneiramento, para evitar perdas por evaporação. A gota d água, em contato com a farinha, formou pequenos grânulos, que, após serem secados ao ar, por um período de 24 horas, foram separados por peneiramento e secados em estufa ( C, por 24 horas), sendo, então, pesados em balança analítica de precisão de 0,0001 g, para obtenção do peso médio dos grânulos. Esse procedimento foi repetido, usando-se gotas de massas diferentes, obtidas por meio de microtubos e agulhas de seringas. O diâmetro da gota, considerada esférica, foi determinado diretamente pela equação D 6 m π ρ = 3 (24) w 37

14 em que D = diâmetro da gota, mm; m = massa média da gota, mg; e ρ w = massa específica da água, mg.mm -3. A massa média de uma gota d água foi determinada pela coleta e pesagem de 10 gotas. Com a finalidade de minimizar os erros devido à evaporação, a coleta das gotas foi feita em placa de Petri parcialmente cheia com óleo de soja. Foram feitas três repetições para obtenção definitiva, tanto da massa média das gotas d água de determinado diâmetro quanto do correspondente peso médio dos grânulos. A curva de calibração foi obtida, correlacionando-se os diversos valores de peso médio dos grânulos com os respectivos valores de diâmetro médio das gotas d água. A colocação da farinha nas bandejas foi acompanhada de um nivelamento da superfície, mediante o uso de réguas, tomando-se o cuidado para minimizar o problema de compactação. As bandejas foram preparadas imediatamente antes de sua exposição à precipitação artificial, com a finalidade de evitar alterações expressivas no conteúdo de umidade da farinha seca, dado o seu alto poder higroscópio. Foram utilizadas três bandejas na amostragem das gotas, as quais foram passadas sob a precipitação do simulador a aproximadamente 0,2 m da superfície do solo, para evitar respingos. As bandejas foram expostas à precipitação em três posições distintas do canal (inicial, central e final), por um período de aproximadamente dois segundos. Os grânulos secos procedentes de cada bandeja, referentes a determinada intensidade de precipitação, foram separados em classes de diâmetros, utilizandose um conjunto de 11 peneiras U. S. Standard, de números 4, 5, 7, 10, 12, 16, 18, 20, 30, 35 e

15 O peso médio dos grânulos para cada peneira foi obtido pela relação entre o peso total e o número de grânulos retidos em cada peneira. O diâmetro da gota correspondente foi determinado, utilizando-se a curva de calibração Determinação das perdas de solo As perdas de solo foram determinadas pelo método direto, por meio da quantificação do solo arrastado pelo escoamento superficial. O solo foi coletado a cada intervalo de dois minutos, por um período de 30 segundos, sendo feitas coletas por um período de uma hora de precipitação. Para coleta do solo, utilizou-se o filtro de café Mellita, o qual foi previamente pesado, colocado em uma armação de tela e apoiado em um copo de plástico descartável. Após a coleta, esperou-se completar a filtragem de todo líquido coletado, para, então, colocar o filtro com solo em estufa a 105 C, por aproximadamente 36 horas, para posterior determinação da massa seca. Para quantificação do solo em suspensão que passou pelo material filtrante, foi utilizado o método da pipeta, em que todo o volume de escoamento superficial que passou pelo filtro foi agitado e, com o auxílio de uma pipeta volumétrica, foi retirada uma alíquota de 50 ml. A alíquota coletada foi colocada em uma lata, previamente pesada, e levada à estufa a 105 C, por aproximadamente 36 horas, para posterior determinação da concentração de solo em suspensão. Com base no volume total escoado durante o tempo de coleta, obteve-se a massa de solo seco que passou pelo material filtrante. A massa total de solo seco foi obtida por meio do somatório do solo retido no material filtrante e do solo em suspensão na solução que passou pelo filtro Estabelecimento dos modelos de regressão Foram realizadas análises de regressão, utilizando-se o programa estatístico "SAEG", desenvolvido pela Universidade Federal de Viçosa, com o objetivo de obter equações matemáticas ajustadas aos dados obtidos, tendo como 39

16 variável dependente a perda de solo e, como independentes, a declividade e a energia cinética decorrentes das precipitações aplicadas ao solo Comparação das perdas de solo obtidas experimentalmente com as perdas estimadas com o uso dos modelos WEPP e ANSWERS A perda de solo foi estimada, utilizando-se os modelos de predição da erosão empregados nos programas ANSWERS e WEPP. Os dados de perdas de solo obtidos experimentalmente foram comparados, por meio de correlação linear, com os valores estimados pelas equações usadas nos modelos Modelo ANSWERS No modelo ANSWERS, o desprendimento e o arraste de partículas pelo impacto das gotas da precipitação foram calculados com o uso da equação 11, descrita por MEYER e WISCHMEIER (1969). O fator de erodibilidade do solo (K) foi obtido segundo a equação proposta por WISHEMEIER e SMITH (1965), qual seja: em que -4 1,14 [2,1.10 (12 - OM) M + 3,25(s - 2) + 2,5 (p - 3)] K = (25) 100 OM = porcentagem de matéria orgânica; M = produto das frações dos tamanhos de partículas primárias; s = classe de estrutura do solo, adimensional; e p = permeabilidade do perfil, adimensional. O valor de M é calculado pela equação M = (% silte + % areia fina).(100 - % argila). 40

17 WEPP A taxa efetiva de desprendimento de sedimentos entre sulcos para este modelo foi determinada, utilizando-se a equação 14, proposta por FLANAGAN e NEARING (1995). Tendo em vista que a equação 14 foi desenvolvida para condições de chuva natural e pelo fato de o experimento ter sido conduzido utilizando chuvas simuladas, fez-se necessário proceder à correção dos valores de intensidade de chuva empregados no experimento, de forma a obter a intensidade de chuva natural que corresponda ao nível de energia cinética da chuva aplicada pelo simulador, uma vez que as chuvas simuladas apresentaram valor de energia cinética inferior ao da chuva natural. Para tal, utilizou-se a equação 16, proposta por WISCHMEIER e SMITH (1958), substituindo na equação o valor de energia cinética da chuva simulada; obteve-se, assim, a intensidade de precipitação natural correspondente a cada valor de energia cinética estudado. O efeito da cobertura vegetal foi estimado com o uso da equação em que i c -0.34Hc C = 1- F e (26) F c = fração do solo protegida pela cobertura das copas das plantas; e H c = altura efetiva da copa das plantas, m. Em razão de o solo estudado ter apresentado teor de areia menor que 30%, o K i foi estimado pela equação 27, proposta no manual do usuário do WEEP (UNIÃO... USDA, 1995): K i = Arg (27) em que K i = parâmetro de erodibilidade em áreas entre sulcos para um solo cultivado (kg.s.m -4 ); e 41

18 Arg = fração de argila no solo, g g -1. O fator de ajuste relativo à declividade entre sulcos foi estimado pela equação 9, proposta por LIEBERNOW et al. (1990). O efeito da cobertura do solo no desprendimento de sedimentos em áreas entre sulcos foi estimado por meio da equação -2,5 G gi e = e (28) em que g i é a fração da área entre sulcos que se encontra coberta. 42

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INFLUÊNCIA DA INTENSIDADE DE PRECIPITAÇÃO NA PERDA DE SOLO E NAS CARACTERÍSTICAS DE INFILTRAÇÃO DE ÁGUA DE

Leia mais

ESTUDO DIRIGIDO EM FÍSICA DO SOLO. Não estudar apenas por esta lista

ESTUDO DIRIGIDO EM FÍSICA DO SOLO. Não estudar apenas por esta lista ESTUDO DIRIGIDO EM FÍSICA DO SOLO QUESTÕES: Não estudar apenas por esta lista 1) Cite três importantes aplicações da moderna física do solo. 2) Cite as principais causas de compactação do solo. 3) Descreva

Leia mais

CALIBRAÇÃO DE TDR PARA DOIS SOLOS DE IMPORTÂNCIA AGRÍCOLA NO RS

CALIBRAÇÃO DE TDR PARA DOIS SOLOS DE IMPORTÂNCIA AGRÍCOLA NO RS CALIBRAÇÃO DE TDR PARA DOIS SOLOS DE IMPORTÂNCIA AGRÍCOLA NO RS Maurício Kunz 1, Gilberto Loguercio Collares 2 Dalvan José Reinert 3, José Miguel Reichert 3, Douglas Rodrigo iser 4 Introdução A Reflectometria

Leia mais

SOLO. Matéria orgânica. Análise Granulométrica

SOLO. Matéria orgânica. Análise Granulométrica SOLO ph Matéria orgânica Análise Granulométrica Disponibilidade dos nutrientes em função do ph Os nutrientes necessários aos vegetais são divididos em duas categorias: Macronutrientes - N, P, K, Ca, Mg,

Leia mais

Estimativa da infiltração de água no solo através de pedofunções em área de floresta plantada

Estimativa da infiltração de água no solo através de pedofunções em área de floresta plantada Estimativa da infiltração de água no solo através de pedofunções em área de floresta plantada Schreiner, D. T. 1 ; Vogelmann, E. S. 2 ; Prevedello, J. 2 ; Reichert, J. M. 2 ; Reinert, D. J. 2 ; Consensa,

Leia mais

ANÁLISE GRANULOMÉTRICA (Dispersão Total)

ANÁLISE GRANULOMÉTRICA (Dispersão Total) 12 ANÁLISE GRANULOMÉTRICA (Dispersão Total) 12.1 Método do densímetro 12.2.1 Princípio Baseia-se na sedimentação das partículas que compõem o solo. Após a adição de um dispersante químico, fixa-se um tempo

Leia mais

ENSAIOS DE LABORATÓRIO

ENSAIOS DE LABORATÓRIO Pós-Graduação em Engenharia Civil - UPE Mestrado em Engenharia Civil ENSAIOS DE LABORATÓRIO Profª Drª Kalinny Lafayette POLI/UPE ÍNDICE 1. Composição Gravimétrica 2. Beneficiamento 3. Peso Específico das

Leia mais

AVALIAÇÃO DO VOLUME DE ÁGUA ESCOADO EM DIFERENTES DECLIVES SOB CHUVA SIMULADA 1

AVALIAÇÃO DO VOLUME DE ÁGUA ESCOADO EM DIFERENTES DECLIVES SOB CHUVA SIMULADA 1 AVALIAÇÃO DO VOLUME DE ÁGUA ESCOADO EM DIFERENTES DECLIVES SOB CHUVA SIMULADA 1 FRAGA JUNIOR, E. F. 2 ; VALLE JUNIOR, R.F. 3 ; FERREIRA JUNIOR, J. A. 4 ; CASSIA, M. T. 4 ; BONTEMPO, A.R. 4 ; FERREIRA,

Leia mais

CAPITULO 5 INFILTRAÇÃO

CAPITULO 5 INFILTRAÇÃO CAPITULO 5 INFILTRAÇÃO 5.0.Definição.- É a fase do ciclo hidrológico pela qual as águas precipitadas penetram nas camadas superficiais do solo, indo alimentar os aqüiferos e lençóis d água subterrâneos.-

Leia mais

TC-033 LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS SOLOS

TC-033 LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS SOLOS LISTA DE EXERCÍCIOS Distribuição Granulométrica, Índices de Consistência (Limites de Atterberg) e Compactação 1) Para um determinado solo foram procedidos os ensaios de peneiramento e sedimentação que

Leia mais

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL GEOTECNIA I

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL GEOTECNIA I UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL GEOTECNIA I Aula 02 Augusto Romanini Sinop - MT 2017/2 Versão: 2.0 AULAS Aula

Leia mais

Calagem no Sistema Plantio Direto para Correção da Acidez e Suprimento de Ca e Mg como Nutrientes

Calagem no Sistema Plantio Direto para Correção da Acidez e Suprimento de Ca e Mg como Nutrientes Calagem no Sistema Plantio Direto para Correção da Acidez e Suprimento de Ca e Mg como Nutrientes Eduardo Fávero Caires Professor Associado - Fertilidade do Solo UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA SIMPÓSIO

Leia mais

MODELAGEM MATEMÁTICA PARA A PREDIÇÃO DA EROSÃO HÍDRICA

MODELAGEM MATEMÁTICA PARA A PREDIÇÃO DA EROSÃO HÍDRICA MODELAGEM MATEMÁTICA PARA A PREDIÇÃO DA EROSÃO HÍDRICA 1. Introdução O uso de equações empíricas para avaliar as perdas de solo em trabalhos de planejamento conservacionista. O método do plantio em declive

Leia mais

HIDROLOGIA ENGENHARIA AMBIENTAL. Aula 06

HIDROLOGIA ENGENHARIA AMBIENTAL. Aula 06 HIDROLOGIA ENGENHARIA AMBIENTAL Aula 06 EVAPORAÇÃO E TRANSPIRAÇÃO 2 Definição Evaporação: é o processo natural pelo qual a água, de uma superfície livre (líquida) ou de uma superfície úmida, passa para

Leia mais

HIDROLOGIA AULA semestre - Engenharia Civil EVAPOTRANSPIRAÇÃO. Profª. Priscila Pini

HIDROLOGIA AULA semestre - Engenharia Civil EVAPOTRANSPIRAÇÃO. Profª. Priscila Pini HIDROLOGIA AULA 08 5 semestre - Engenharia Civil EVAPOTRANSPIRAÇÃO Profª. Priscila Pini prof.priscila@feitep.edu.br CONCEITOS Retorno da água precipitada para a atmosfera, fechando o ciclo hidrológico.

Leia mais

HIDROLOGIA AULA 06 e semestre - Engenharia Civil INFILTRAÇÃO. Profª. Priscila Pini

HIDROLOGIA AULA 06 e semestre - Engenharia Civil INFILTRAÇÃO. Profª. Priscila Pini HIDROLOGIA AULA 06 e 07 5 semestre - Engenharia Civil INFILTRAÇÃO Profª. Priscila Pini prof.priscila@feitep.edu.br INTERCEPTAÇÃO DE ÁGUA DA CHUVA Retenção de água da chuva antes que ela atinja o solo.

Leia mais

Universidade Tecnológica Federal do Paraná. CC54Z - Hidrologia. Infiltração e água no solo. Prof. Fernando Andrade Curitiba, 2014

Universidade Tecnológica Federal do Paraná. CC54Z - Hidrologia. Infiltração e água no solo. Prof. Fernando Andrade Curitiba, 2014 Universidade Tecnológica Federal do Paraná CC54Z - Hidrologia Infiltração e água no solo Prof. Fernando Andrade Curitiba, 2014 Objetivos da aula Definir as grandezas características e a importância da

Leia mais

Projeto: Modelagem de Coberturas Secas em Rejeitos de Carvão Grupo 25

Projeto: Modelagem de Coberturas Secas em Rejeitos de Carvão Grupo 25 SEMINÁRIO DA REDE DE P&D&I EM CARVÃO MINERAL Projeto: Modelagem de Coberturas Secas em Rejeitos de Carvão Grupo 25 Anderson Borghetti Soares Vicente Paulo de Souza Mario Valente Possa Paulo Sérgio Moreira

Leia mais

ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ ESALQ/USP LEB 1440 HIDROLOGIA E DRENAGEM. Prof. Fernando Campos Mendonça. Aula 11 Drenagem Subterrânea

ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ ESALQ/USP LEB 1440 HIDROLOGIA E DRENAGEM. Prof. Fernando Campos Mendonça. Aula 11 Drenagem Subterrânea Hidrologia e Drenagem Aula 11 Drenagem Subterrânea 1 ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ ESALQ/USP LEB 1440 HIDROLOGIA E DRENAGEM Prof. Fernando Campos Mendonça Aula 11 Drenagem Subterrânea

Leia mais

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DOS SOLOS E INTERAÇÃO COM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DOS SOLOS E INTERAÇÃO COM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DOS SOLOS E INTERAÇÃO COM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 2 Vagner R. Elis Produção e destinos de resíduos urbanos: problemas de contaminação ambiental 2.1 Introdução 2.2 Propriedades físicas

Leia mais

RICARDO SANTOS SILVA AMORIM DESPRENDIMENTO E ARRASTE DE PARTÍCULAS DE SOLO DECORRENTES DE CHUVAS SIMULADAS

RICARDO SANTOS SILVA AMORIM DESPRENDIMENTO E ARRASTE DE PARTÍCULAS DE SOLO DECORRENTES DE CHUVAS SIMULADAS RICARDO SANTOS SILVA AMORIM DESPRENDIMENTO E ARRASTE DE PARTÍCULAS DE SOLO DECORRENTES DE CHUVAS SIMULADAS Tese apresentada à Universidade Federal de Viçosa, como parte do Programa de Pós-Graduação em

Leia mais

Interfaces entre a Física e outros campos da Ciência DO SOLO. Prof. Hugo A. Ruiz Prof. Igor R. de Assis

Interfaces entre a Física e outros campos da Ciência DO SOLO. Prof. Hugo A. Ruiz Prof. Igor R. de Assis Interfaces entre a Física e outros campos da Ciência DO SOLO Prof. Hugo A. Ruiz hruiz@ufv.br Prof. Igor R. de Assis igor.assis@ufv.br FÍSICA DO SOLO Estuda o estado e o movimento de matéria e o fluxo e

Leia mais

4. Características da CTC do Solo

4. Características da CTC do Solo 4. Características da CTC do Solo Dada a importância da CTC no solo, as características relacionadas com esta propriedade são constantemente determinadas e utilizadas em interpretações e em cálculos de

Leia mais

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL - Laboratório de Mecânica dos Solos ENSAIO DE DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA DOS SÓLIDOS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL - Laboratório de Mecânica dos Solos ENSAIO DE DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA DOS SÓLIDOS ANEXO A a1 ENSAIO DE DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA DOS SÓLIDOS SONDAGEM Nº: PROFUNDIDADE: entre 50 e 90 cm CLASSIFICAÇÃO: DATA: 22/02/02 DETERMINAÇÃO DA UMIDADE Cápsula nº: MU (g) M0 (g) Tara (g) U

Leia mais

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS - O ESTADO DO SOLO - ÍNDICES FÍSICOS

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS - O ESTADO DO SOLO - ÍNDICES FÍSICOS EXERCÍCIOS RESOLVIDOS - O ESTADO DO SOLO - ÍNDICES FÍSICOS Questão 1- Uma amostra de solo foi coletada em campo. Verificou-se que a amostra, juntamente com seu recipiente, pesavam 120,45g. Após permanecer

Leia mais

Compactação Exercícios

Compactação Exercícios Compactação Exercícios 1. Num ensaio de compactação foram obtidos os dados listados na tabela abaixo Identificação 1 2 3 4 5 Teor de umidade, w (%) 5,2 6,8 8,7 11,0 13,0 Massa do cilindro + solo (g) 9810

Leia mais

HIDROLOGIA INFILTRAÇÃO

HIDROLOGIA INFILTRAÇÃO HIDROLOGIA INFILTRAÇÃO Prof o Miguel Toledo del Pino 5.1 INTRODUÇÃO A infiltração representa a passagem da água da superfície para o interior do solo. Importância: conservação dos recursos naturais solo

Leia mais

DESEMPENHO DO MÉTODO DAS PESAGENS EM GARRAFA PET PARA A DETERMINAÇÃO DA UMIDADE DO SOLO

DESEMPENHO DO MÉTODO DAS PESAGENS EM GARRAFA PET PARA A DETERMINAÇÃO DA UMIDADE DO SOLO DESEMPENHO DO MÉTODO DAS PESAGENS EM GARRAFA PET PARA A DETERMINAÇÃO DA UMIDADE DO SOLO E. D. ARAÚJO 1 ; A. M. A. AVILEZ 1 ; J. M. SANTOS 1 ; E. C. MANTOVANI 2 1 Estudante de Mestrado, Universidade Federal

Leia mais

Condensação

Condensação Condensação Condensação Condensação Condensação Condensação Condensação em Filme Tal como no caso de convecção forçada, a transferência de calor em condensação depende de saber se o escoamento é laminar

Leia mais

DA NECESSIDADE DE CALCÁRIO (NC) Dr. José Ribamar Silva

DA NECESSIDADE DE CALCÁRIO (NC) Dr. José Ribamar Silva MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA NECESSIDADE DE CALCÁRIO (NC) Dr. José Ribamar Silva MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA NECESSIDADE DE CALCÁRIO (NC) NECESSIDADE DE CALAGEM (NC). Conceito NC Quantidade corretivo para

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRONÔMICA NUCLEO DE GEOLOGIA PROPRIEDADES DO SOLO. Profa. Marciléia Silva do Carmo

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRONÔMICA NUCLEO DE GEOLOGIA PROPRIEDADES DO SOLO. Profa. Marciléia Silva do Carmo UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRONÔMICA NUCLEO DE GEOLOGIA PROPRIEDADES DO SOLO Profa. Marciléia Silva do Carmo Propriedades Físicas e Química Características Físicas Textura

Leia mais

Disciplina: Mecânica dos Solos e Fundações

Disciplina: Mecânica dos Solos e Fundações Disciplina: Mecânica dos Solos e Fundações Caracterização e Estado dos solos Prof. Caio Rubens Caracterização dos solos 2) Índices de Consistência (Limites de Atterberg) Somente a distribuição granulométrica

Leia mais

GERAÇÃO DE UM ÍNDICE DE FERTILIDADE PARA DEFINIÇÃO DE ZONAS DE MANEJO EM AGRICULTURA DE PRECISÃO

GERAÇÃO DE UM ÍNDICE DE FERTILIDADE PARA DEFINIÇÃO DE ZONAS DE MANEJO EM AGRICULTURA DE PRECISÃO GERAÇÃO DE UM ÍNDICE DE FERTILIDADE PARA DEFINIÇÃO DE ZONAS DE MANEJO EM AGRICULTURA DE PRECISÃO ¹L.M.Gimenez, ²J.P. Molin (orientador): Departamento de Engenharia Rural ESALQ/USP RESUMO: A realização

Leia mais

ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ ESALQ/USP LEB 1440 HIDROLOGIA E DRENAGEM Prof. Fernando Campos Mendonça

ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ ESALQ/USP LEB 1440 HIDROLOGIA E DRENAGEM Prof. Fernando Campos Mendonça Hidrologia e Drenagem Aula 2 1 ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ ESALQ/USP LEB 1440 HIDROLOGIA E DRENAGEM Prof. Fernando Campos Mendonça Aula 12 Drenagem Subterrânea (Continuação) 6. Localização

Leia mais

Mecânica dos solos AULA 4

Mecânica dos solos AULA 4 Mecânica dos solos AULA 4 Prof. Nathália Duarte Índices físicos dos solos OBJETIVOS Definir os principais índices físicos do solo; Calcular os índices a partir de expressões matemáticas; Descrever os procedimentos

Leia mais

Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em solos

Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em solos e Fluxo Unidimensional em solos GEOTECNIA II SLIDES 0 Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt prof.douglas.pucgo@gmail.com Propriedade do solo que indica a facilidade com que um fluido poderá passar através

Leia mais

DETERMINAÇÃO DA GRANULOMETRIA

DETERMINAÇÃO DA GRANULOMETRIA DETERMINAÇÃO DA GRANULOMETRIA 1. Objetivo Determinar as dimensões das partículas e suas proporções relativas de ocorrência de forma a se obter o traçado da curva granulométrica de um determinado solo.

Leia mais

Protocolo Gessagem. Doses de gesso agrícola e seu residual para o sistema de produção soja/milho safrinha

Protocolo Gessagem. Doses de gesso agrícola e seu residual para o sistema de produção soja/milho safrinha Protocolo Gessagem Doses de gesso agrícola e seu residual para o sistema de produção soja/milho safrinha Set/ 2016 Out/ 2016 Nov/ 2016 Dez/ 2016 Jan/ 2017 Fev/ 2017 Mar/ 2017 Abr/ 2017 Mai/ 2017 Precipitação

Leia mais

4) Movimento da Água no solo - Bibliografia. 4) Movimento da Água no solo

4) Movimento da Água no solo - Bibliografia. 4) Movimento da Água no solo - Bibliografia Sucção Solo Argiloso Solo Arenoso Umidade do solo 2 Água Gravitacional Capilaridade Higroscópica Saturação Capacidade de Campo PMP Y (cbar) -0 5 Sucção -0 4-0 3-00 -0 0 0 0 20 30 40 50 60

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA 2014 Análise da Resistência à Compressão Simples e Diametral de Misturas com Areia, Metacaulim e Cal Aluno: Ricardo José Wink de

Leia mais

Técnicas de determinação das características de infiltração

Técnicas de determinação das características de infiltração UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA CURSO DE MESTRADO EM IRRIGAÇÃO E DRENAGEM Disciplina: AD 732 - Irrigação por superfície Professor: Raimundo

Leia mais

Avaliação das perdas de solo e água em canais de solo sob diferentes intensidades de precipitação

Avaliação das perdas de solo e água em canais de solo sob diferentes intensidades de precipitação IV SIMPÓSIO MINEIRO DE CIÊNCIAS DO SOLO Solos no espaço e tempo: Trajetórias e Tendências Solos no espaço e no tempo: Trajetórias e Tendências Universidade Federal de Viçosa UFV 3 a 6 de maio, Viçosa -

Leia mais

3. Metodologia experimental

3. Metodologia experimental 3. Metodologia experimental 3.1. Introdução Os ensaios foram desenvolvidos no Laboratório de Estruturas e Materiais (LEM) do Departamento de Engenharia Civil, no Laboratório de Vibrações do Departamento

Leia mais

AVALIAÇÃO DE 4 PONTEIRAS DE HASTES SULCADORAS NA SEMEADURA DIRETA EM SOLOS MAIS COMPACTADOS

AVALIAÇÃO DE 4 PONTEIRAS DE HASTES SULCADORAS NA SEMEADURA DIRETA EM SOLOS MAIS COMPACTADOS AVALIAÇÃO DE 4 PONTEIRAS DE HASTES SULCADORAS NA SEMEADURA DIRETA EM SOLOS MAIS COMPACTADOS DAIANA CRISTINA JOHANNS 1*, MARCOS ANTÔNIO ZAMBILLO PALMA 1 1 Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Cerro

Leia mais

Marcílio Vieira Martins Filho Prof. Adjunto Departamento de Solos e Adubos Unesp - Jaboticabal. EventoStab Mecanização Agrícola

Marcílio Vieira Martins Filho Prof. Adjunto Departamento de Solos e Adubos Unesp - Jaboticabal. EventoStab Mecanização Agrícola Marcílio Vieira Martins Filho Prof. Adjunto Departamento de Solos e Adubos Unesp - Jaboticabal EventoStab Mecanização Agrícola Refere-se à compressão do solo não saturado durante a qual existe um aumento

Leia mais

O EFEITO DA RESISTÊNCIA À TRAÇÃO E COMPRESSÃO SIMPLES NA FUNÇÃO DE UMIDADE DE SOLOS RESIDUAIS NÃO SATURADOS

O EFEITO DA RESISTÊNCIA À TRAÇÃO E COMPRESSÃO SIMPLES NA FUNÇÃO DE UMIDADE DE SOLOS RESIDUAIS NÃO SATURADOS O EFEITO DA RESISTÊNCIA À TRAÇÃO E COMPRESSÃO SIMPLES NA FUNÇÃO DE UMIDADE DE SOLOS RESIDUAIS NÃO SATURADOS Alunos: Pedro Oliveira Bogossian Roque e Douglas Souza Alves Júnior Orientador: Tácio Mauro Pereira

Leia mais

Construção de um "silo secador

Construção de um silo secador Construção de um "silo secador Ao decidir por finalizar a secagem durante o armazenamento ou secagem em silo e que a construção seja realizada na fazenda, um passo muito importante é a escolha do local.

Leia mais

PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CURSOS DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL HIDROLOGIA APLICADA.

PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CURSOS DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL HIDROLOGIA APLICADA. PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CURSOS DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL HIDROLOGIA APLICADA Água no solo Prof: Dr. Felipe Corrêa V. dos Santos INFILTRAÇÃO DE ÁGUA NO

Leia mais

O tubo extrator do equipamento compõe-se de um material rígido (tubo de PVC-PBA rígido marrom) com diâmetro interno de 20,5cm, diâmetro externo de

O tubo extrator do equipamento compõe-se de um material rígido (tubo de PVC-PBA rígido marrom) com diâmetro interno de 20,5cm, diâmetro externo de 109 O tubo extrator do equipamento compõe-se de um material rígido (tubo de PVC-PBA rígido marrom) com diâmetro interno de 20,5cm, diâmetro externo de 25,0cm e altura de 100,0cm. É possível, ainda, adaptar

Leia mais

UFPR - Setor de Tecnologia Departamento de Engenharia Mecânica TM Laboratório de Engenharia Térmica Data : / / Aluno :

UFPR - Setor de Tecnologia Departamento de Engenharia Mecânica TM Laboratório de Engenharia Térmica Data : / / Aluno : UFPR - Setor de Tecnologia Departamento de Engenharia Mecânica TM-58 - Laboratório de Engenharia Térmica Data : / / Aluno : Tabela de controle de presença e entrega de relatórios Data Assinatura Entrega

Leia mais

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010 27 de setembro a 1 de outubro de 21 MODELO MATEMÁTICO PARA REPRESENTAÇÃO DA CURVA GRANULOMÉTRICA DOS SOLOS RESUMO FABIANO HENRIQUE DE SOUZA 1, KÁTIA DANIELA RIBEIRO 2 O conhecimento da distribuição das

Leia mais

Laboratório de Mecânica dos Solos. Primeiro Semestre de 2017

Laboratório de Mecânica dos Solos. Primeiro Semestre de 2017 Laboratório de Mecânica dos Solos Primeiro Semestre de 2017 Aula 3 Compactação dos solos 1. Razões e histórico da compactação A compactação é a densificação do solo por meio de energia gerada por equipamentos

Leia mais

Um simples teste de campo para avaliação da capacidade de infiltração e comportamento hidrodinâmico de horizontes pedológicos superficiais 1

Um simples teste de campo para avaliação da capacidade de infiltração e comportamento hidrodinâmico de horizontes pedológicos superficiais 1 Um simples teste de campo para avaliação da capacidade de infiltração e comportamento hidrodinâmico de horizontes pedológicos superficiais 1 Pedro Luiz de Freitas 2 Para realizar um bom diagnóstico do

Leia mais

Unidade IX. José Ribamar Silva

Unidade IX. José Ribamar Silva Unidade IX PROFESSOR: Dr. José José Ribamar Silva 1. ANÁLISE DA AMOSTRA 01. Tabela 1. Resultados Analíticos. H 2 O 2 ph Cátions Trocáveis KCl Al Al 3+ Ca Ca 2+ Mg Mg 2+ K + Al+H C 4,6 4,0 -------------------

Leia mais

LSN 5855 Conservação do Solo Exercício prático N 3

LSN 5855 Conservação do Solo Exercício prático N 3 LSN 5855 Conservação do Solo Exercício prático N 3 Considere a área da figura cultivada com cana de açúcar localizada no estado de SP. O solo que domina na área é um Latossolo Vermelho Amarelo textura

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS AULA 3 ROTEIRO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS AULA 3 ROTEIRO 1 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS LEB 047 HIDRÁULICA Prof. Fernando Campos Mendonça AULA 3 ROTEIRO Tópicos da aula 3:

Leia mais

TÍTULO: BOMBEAMENTO DE POLPA: CURVA EXPERIMENTAL DA PERDA DE CARGA EM FUNÇÃO DA VELOCIDADE E VISCOSIDADE APARENTE DE SUSPENSÕES DE AREIA EM ÁGUA

TÍTULO: BOMBEAMENTO DE POLPA: CURVA EXPERIMENTAL DA PERDA DE CARGA EM FUNÇÃO DA VELOCIDADE E VISCOSIDADE APARENTE DE SUSPENSÕES DE AREIA EM ÁGUA 16 TÍTULO: BOMBEAMENTO DE POLPA: CURVA EXPERIMENTAL DA PERDA DE CARGA EM FUNÇÃO DA VELOCIDADE E VISCOSIDADE APARENTE DE SUSPENSÕES DE AREIA EM ÁGUA CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: ENGENHARIAS E ARQUITETURA

Leia mais

APOSTILA DE EXERCÍCIOS PARTE I

APOSTILA DE EXERCÍCIOS PARTE I APOSTILA DE EXERCÍCIOS PARTE I CCA 039 - IRRIGAÇÃO E DRENAGEM Centro/Setor: Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas Núcleo de Engenharia de Água e Solo NEAS Professores: Prof. Dr. Vital Pedro

Leia mais

PRÁTICAS PARA A DISCIPLINA LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL 2 AGREGADOS

PRÁTICAS PARA A DISCIPLINA LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL 2 AGREGADOS PRÁTICAS PARA A DISCIPLINA LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL 2 AGREGADOS APOSTILA DO PROFESSOR LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL APOSTILA DE ENSAIOS DE LAB. DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

Leia mais

Var. Mar. Mar = massa de ar Var = volume de ar Ma = massa de água Va = volume de água Ms = massa de sólidos Vv = volume de poros (vazios) = Var + Va

Var. Mar. Mar = massa de ar Var = volume de ar Ma = massa de água Va = volume de água Ms = massa de sólidos Vv = volume de poros (vazios) = Var + Va RELAÇÕES ÁGUA-SOLO SOLO-PLANTA 1. Relação massa volume dos constituintes do solo. Var Mar Vv Vt Va Ma Mt Vs Ms Mar = massa de ar Var = volume de ar Ma = massa de água Va = volume de água Ms = massa de

Leia mais

Capítulo 7. Permeabilidade. Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt GEOTECNIA I SLIDES 08.

Capítulo 7. Permeabilidade. Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt GEOTECNIA I SLIDES 08. Capítulo 7 Permeabilidade GEOTECNIA I SLIDES 08 Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt prof.douglas.pucgo@gmail.com Propriedade do solo que indica a facilidade com que um fluido poderá passar através de

Leia mais

6 - Infiltração. Diâmetro (mm) 0,0002 a 0,002 0,002 a 0,02. 0,02 a 0,2 Areia fina 0,2 a 2,0 Areia grossa

6 - Infiltração. Diâmetro (mm) 0,0002 a 0,002 0,002 a 0,02. 0,02 a 0,2 Areia fina 0,2 a 2,0 Areia grossa 6 - Infiltração Passagem de água da superfície para o interior do solo Composição do solo: Classificação das partículas que compõe o solo de acordo com o diâmetro Diâmetro (mm) 0,0002 a 0,002 0,002 a 0,02

Leia mais

Hidráulica e Hidrologia

Hidráulica e Hidrologia 86 VIII. ESCOAMENTO SUPERFICIAL 8.1. Introdução Das fases básicas do ciclo hidrológico, talvez a mais importante para o engenheiro seja a do escoamento superficial, que é a fase que trata da ocorrência

Leia mais

16 EFEITO DA APLICAÇÃO DO FERTILIZANTE FARTURE

16 EFEITO DA APLICAÇÃO DO FERTILIZANTE FARTURE 16 EFEITO DA APLICAÇÃO DO FERTILIZANTE FARTURE EM RELAÇÃO AO FORMULADO PADRÃO O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho do fertilizante Farture (00-12-12) em diferentes dosagens em relação ao

Leia mais

Noções elementares de água no solo

Noções elementares de água no solo Noções elementares de água no solo Densidade aparente O volume da amostra não perturbada é o volume da sonda onde a amostra é recolhida. O peso de água calcula-se pesando a amostra antes de entrar para

Leia mais

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL GEOTECNIA I

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL GEOTECNIA I UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL GEOTECNIA I Aula 03 Granulometria dos solos Augusto Romanini Sinop - MT 2017/1

Leia mais

PEF3305 Mecânica dos Solos e das Rochas I Experimento P Laboratório

PEF3305 Mecânica dos Solos e das Rochas I Experimento P Laboratório Areias e filtros-drenos (com caracterização) 1. Proposição do problema Na construção de uma barragem de terra está prevista a necessidade de utilização de filtrosdrenos de areia para proteger o corpo da

Leia mais

PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA CURSOS DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL HIDROLOGIA APLICADA

PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA CURSOS DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL HIDROLOGIA APLICADA PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA CURSOS DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL HIDROLOGIA APLICADA Água no solo Prof: Felipe Corrêa Condutividade Hidráulica em meio saturado APLICAÇÃO

Leia mais

15 AVALIAÇÃO DOS PRODUTOS SEED E CROP+ EM

15 AVALIAÇÃO DOS PRODUTOS SEED E CROP+ EM 15 AVALIAÇÃO DOS PRODUTOS SEED E CROP+ EM ASSOCIAÇÃO COM LOCKER NA CULTURA DA SOJA O objetivo neste trabalho foi avaliar o desempenho dos produtos (Seed e Crop+) e a sua associação com Locker em aplicação

Leia mais

INFLUÊNCIA DA TEXTURA DO SOLO SOBRE OS PARÂMETROS DOS MODELOS DE VAN GENUCHTEN E BROOCKS E COREY. Donizete dos Reis Pereira, Danilo Pereira Ribeiro

INFLUÊNCIA DA TEXTURA DO SOLO SOBRE OS PARÂMETROS DOS MODELOS DE VAN GENUCHTEN E BROOCKS E COREY. Donizete dos Reis Pereira, Danilo Pereira Ribeiro INFLUÊNCIA DA TEXTURA DO SOLO SOBRE OS PARÂMETROS DOS MODELOS DE VAN GENUCHTEN E BROOCKS E COREY Donizete dos Reis Pereira, Danilo Pereira Ribeiro Universidade Federal de Viçosa/DEA, Campus Universitário,

Leia mais

MECÂNICA DOS SOLOS PROF. AUGUSTO MONTOR LISTA DE EXERCÍCIOS 1

MECÂNICA DOS SOLOS PROF. AUGUSTO MONTOR LISTA DE EXERCÍCIOS 1 MECÂNICA DOS SOLOS PROF. AUGUSTO MONTOR LISTA DE EXERCÍCIOS 1 1) Uma amostra indeformada de solo foi recebida no laboratório. Com ela realizou-se o ensaio de determinação da umidade (w): tomou-se uma amostra

Leia mais

DETERMINAÇÃO DA PERMEABILIDADE DO SOLO

DETERMINAÇÃO DA PERMEABILIDADE DO SOLO DETERMINAÇÃO DA PERMEABILIDADE DO SOLO 1. Objetivo Determinar o coeficiente de permeabilidade à carga constante e à carga variável, com percolação de água através do solo em regime de escoamento laminar.

Leia mais

Fertilidade de Solos

Fertilidade de Solos Cultivo do Milho Economia da Produção Zoneamento Agrícola Clima e Solo Ecofisiologia Manejo de Solos Fertilidade de Solos Cultivares Plantio Irrigação Plantas daninhas Doenças Pragas Colheita e pós-colheita

Leia mais

Massa Específica. Massa Específica MASSA ESPECÍFICA. Massa Específica Aparente ou Unitária. Massa Específica Real ou Absoluta.

Massa Específica. Massa Específica MASSA ESPECÍFICA. Massa Específica Aparente ou Unitária. Massa Específica Real ou Absoluta. Associação Educativa Evangélica UniEvangélica Curso de Engenharia Civil Professora Moema Castro, MSc. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL II AGREGADOS MASSA ESPECÍFICA 2 As definições de massa específica e massa

Leia mais

Construção de Perfil do Solo

Construção de Perfil do Solo Gargalos Tecnológicos para Produção Agrícola Construção de Perfil do Solo Eduardo Fávero Caires Universidade Estadual de Ponta Grossa Solos com Fertilidade Baixa ou Muito Baixa Acidez Excessiva Teor tóxico

Leia mais

ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ ESALQ/USP LEB 1440 HIDROLOGIA E DRENAGEM Prof. Fernando Campos Mendonça.

ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ ESALQ/USP LEB 1440 HIDROLOGIA E DRENAGEM Prof. Fernando Campos Mendonça. Hidrologia e Drenagem Aula 2 1 ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ ESALQ/USP LEB 1440 HIDROLOGIA E DRENAGEM Prof. Fernando Campos Mendonça Aula 10 Drenagem 9. Drenagem 9.1. Introdução: Drenagem

Leia mais

Exemplos de questões em provas práticas

Exemplos de questões em provas práticas Exemplos de questões em provas práticas 1. Por que o NaOH ajuda a dispersar a fração argila durante a analise granulométrica do solo (textura)? 2. Compare o efeito dos cátions cálcio e sódio na estabilidade

Leia mais

ADAPTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROCEDIMENTO SIMPLIFICADO PARA DETERMINAÇÃO DA UMIDADE DO SOLO PARA FINS DE IRRIGAÇÃO DE HORTALIÇAS

ADAPTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROCEDIMENTO SIMPLIFICADO PARA DETERMINAÇÃO DA UMIDADE DO SOLO PARA FINS DE IRRIGAÇÃO DE HORTALIÇAS ADAPTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROCEDIMENTO SIMPLIFICADO PARA DETERMINAÇÃO DA UMIDADE DO SOLO PARA FINS DE IRRIGAÇÃO DE HORTALIÇAS M. B. BRAGA 1 ; W. A. MAROUELLI 1 ; M. CALGARO 2 RESUMO: Este trabalho teve

Leia mais

Compactação dos Solos. Fernando A. M. Marinho 2012

Compactação dos Solos. Fernando A. M. Marinho 2012 Compactação dos Solos Fernando A. M. Marinho 2012 Por que Compactar os Solos? Objetivos da Compactação Aumentar a capacidade suporte do solo. Diminuir os recalques indesejados nas estruturas. Controlar

Leia mais

5 CURVAS CARACTERÍSTICAS OU DE SUCÇÃO

5 CURVAS CARACTERÍSTICAS OU DE SUCÇÃO CURVAS CARACTERÍSTICAS OU DE SUCÇÃO. Considerações Iniciais Segundo Campos (984), a relação entre o teor de umidade de um solo e a sucção é uma função contínua, gradativa, na qual a sucção varia inversamente

Leia mais

Professora: Amanara Potykytã de Sousa Dias Vieira HIDROLOGIA

Professora: Amanara Potykytã de Sousa Dias Vieira HIDROLOGIA Professora: Amanara Potykytã de Sousa Dias Vieira HIDROLOGIA O que é? Na hidrologia, estuda-se a água presente na natureza, buscando-se a quantificação do armazenamento e movimentação da água nos vários

Leia mais

peneira abertura Peneiramento Pó A Pó B # μm Intervalos % % #

peneira abertura Peneiramento Pó A Pó B # μm Intervalos % % # Lista de exercícios Ao produzir uma peça de pó de ferro de diâmetro 20mm e altura 20mm, numa prensa de dupla ação, qual a densidade obtida na linha neutra da peça quando a força aplicada era de 18,8 toneladas.

Leia mais

Vazão de Projeto NAG. Universidade Regional do Cariri URCA. Coordenação da Construção Civil

Vazão de Projeto NAG. Universidade Regional do Cariri URCA. Coordenação da Construção Civil EM SUPE ERFIC CIAL Universidade Regional do Cariri URCA Pró Reitoriade Ensino de Graduação Coordenação da Construção Civil Vazão de Projeto DREN NAG Prof. Me. Renato de Oliveira Fernandes Professor Assistente

Leia mais

DETERMINAÇÃO DO CONTEÚDO DE ÁGUA DE SOLO PELO MÉTODO DA FRIGIDEIRA EM UM LATOSSOLO VERMELHO ESCURO

DETERMINAÇÃO DO CONTEÚDO DE ÁGUA DE SOLO PELO MÉTODO DA FRIGIDEIRA EM UM LATOSSOLO VERMELHO ESCURO DETERMINAÇÃO DO CONTEÚDO DE ÁGUA DE SOLO PELO MÉTODO DA FRIGIDEIRA EM UM LATOSSOLO VERMELHO ESCURO Márcio Rodrigues TAVEIRA 1; Mário dos SANTOS 2 ; Antonio Clarette Santiago TAVARES 3, José ALVES Jr. 4,

Leia mais

REDUÇÃO DA SALINIDADE E DA SODICIDADE EM SOLOS IRRIGADOS: AÇÃO DA IRRIGAÇÃO, LAVAGEM, CORRETIVOS QUÍMICOS E INSUMOS ORGÂNICOS

REDUÇÃO DA SALINIDADE E DA SODICIDADE EM SOLOS IRRIGADOS: AÇÃO DA IRRIGAÇÃO, LAVAGEM, CORRETIVOS QUÍMICOS E INSUMOS ORGÂNICOS REDUÇÃO DA SALINIDADE E DA SODICIDADE EM SOLOS IRRIGADOS: AÇÃO DA IRRIGAÇÃO, LAVAGEM, CORRETIVOS QUÍMICOS E INSUMOS ORGÂNICOS Fortaleza CE Abril - 2014 Lourival Ferreira Cavalcante CCA /UFPB, Areia,PB

Leia mais

RELAÇÕES SOLO-ÁGUA-PLANTA-ATMOSFERA

RELAÇÕES SOLO-ÁGUA-PLANTA-ATMOSFERA RELAÇÕES SOLO-ÁGUA-PLANTA-ATMOSFERA 1 ABSORÇÃO DE ÁGUA PELAS PLANTAS MOVIMENTO DA ÁGUA DO SOLO PARA A ATMOSFERA ATRAVÉS DA PLANTA COMPOSIÇÃO DO SOLO SOLO material poroso, constituído de três fases: Sólida

Leia mais

VII Semana de Ciência Tecnologia IFMG campus

VII Semana de Ciência Tecnologia IFMG campus Avaliação do efeito do corretivo líquido sobre o ph, Ca 2+, Mg 2+, porcentagem de saturação por bases (V) e alumínio (m) em um Latossolo Vermelho distroférrico André Luís Xavier Souza 1 ; Fernando Carvalho

Leia mais

EFEITO DE ADUBAÇÃO NITROGENADA EM MILHO SAFRINHA CULTIVADO EM ESPAÇAMENTO REDUZIDO, EM DOURADOS, MS

EFEITO DE ADUBAÇÃO NITROGENADA EM MILHO SAFRINHA CULTIVADO EM ESPAÇAMENTO REDUZIDO, EM DOURADOS, MS EFEITO DE ADUBAÇÃO NITROGENADA EM MILHO SAFRINHA CULTIVADO EM ESPAÇAMENTO REDUZIDO, EM DOURADOS, MS Carlos Hissao Kurihara (1), Bruno Patrício Tsujigushi (2) Introdução A adubação da cultura do milho safrinha

Leia mais

EFEITO DO TRÁFEGO DE MÁQUINAS SOBRE ATRIBUTOS FÍSICOS DO SOLO E DESENVOLVIMENTO DA AVEIA PRETA. Instituto Federal Catarinense, Rio do Sul/SC

EFEITO DO TRÁFEGO DE MÁQUINAS SOBRE ATRIBUTOS FÍSICOS DO SOLO E DESENVOLVIMENTO DA AVEIA PRETA. Instituto Federal Catarinense, Rio do Sul/SC EFEITO DO TRÁFEGO DE MÁQUINAS SOBRE ATRIBUTOS FÍSICOS DO SOLO E DESENVOLVIMENTO DA AVEIA PRETA Vitória, Guilherme 1 ; Weber, Francieli S. 1 ; Lopes, Herberto 1 ; Salvador, Rodrigo 1 ; Alves, Tainah Triani

Leia mais

17 EFEITO DA APLICAÇÃO DE MICRONUTRIENTES NA

17 EFEITO DA APLICAÇÃO DE MICRONUTRIENTES NA 17 EFEITO DA APLICAÇÃO DE MICRONUTRIENTES NA PRODUTIVIDADE DA SOJA O objetivo deste experimento foi avaliar a resposta do programa nutricional via foliar recomendado pela microquímica na cultura da soja

Leia mais

EFEITO DO CARBONO ORGÂNICO E DA TEXTURA SOBRE AS CURVAS DE COMPACTAÇÃO DE UM LATOSSOLO VERMELHO EM DOIS SISTEMAS DE MANEJO

EFEITO DO CARBONO ORGÂNICO E DA TEXTURA SOBRE AS CURVAS DE COMPACTAÇÃO DE UM LATOSSOLO VERMELHO EM DOIS SISTEMAS DE MANEJO 25 a 28 de Outubro de 2011 ISBN 978-85-8084-055-1 EFEITO DO CARBONO ORGÂNICO E DA TEXTURA SOBRE AS CURVAS DE COMPACTAÇÃO DE UM LATOSSOLO VERMELHO EM DOIS SISTEMAS DE MANEJO Edner Betioli Junior 1 ; Wagner

Leia mais

HIDROLOGIA AULA semestre - Engenharia Civil. ESCOAMENTO SUPERFICIAL 2 Profª. Priscila Pini

HIDROLOGIA AULA semestre - Engenharia Civil. ESCOAMENTO SUPERFICIAL 2 Profª. Priscila Pini HIDROLOGIA AULA 11 5 semestre - Engenharia Civil ESCOAMENTO SUPERFICIAL 2 Profª. Priscila Pini prof.priscila@feitep.edu.br INTRODUÇÃO Bacia hidrográfica transforma chuva em vazão Chuva que escoa superficialmente:

Leia mais

18 PRODUTIVIDADE DA SOJA EM FUNÇÃO DA

18 PRODUTIVIDADE DA SOJA EM FUNÇÃO DA 18 PRODUTIVIDADE DA SOJA EM FUNÇÃO DA APLICAÇÃO DE MACRONUTRIENTES EM PÓS- EMERGÊNCIA DA CULTURA O objetivo neste trabalho foi avaliar a aplicação de macronutrientes de diversas fontes e épocas de aplicação

Leia mais

4 Avaliação do Desempenho do Permeâmetro de Vazão Constante de Campo

4 Avaliação do Desempenho do Permeâmetro de Vazão Constante de Campo 69 4 Avaliação do Desempenho do Permeâmetro de Vazão Constante de Campo Este capítulo descreve a avaliação do desempenho do permeâmetro cravado. Nele esta descrita o procedimento dos ensaios realizados

Leia mais

INFILTRÔMETRO DE CARGA CONSTANTE NA DETERMINAÇÃO DAS PROPRIEDADES HIDROLÓGICAS DO SOLO

INFILTRÔMETRO DE CARGA CONSTANTE NA DETERMINAÇÃO DAS PROPRIEDADES HIDROLÓGICAS DO SOLO INFILTRÔMETRO DE CARGA CONSTANTE NA DETERMINAÇÃO DAS PROPRIEDADES HIDROLÓGICAS DO SOLO Lúcio Flávio Ferreira Moreira; Antonio Marozzi Righetto; Victor Moisés de Araújo Medeiros Universidade Federal do

Leia mais

INFILTRAÇÃO* E ARMAZENAMENTO NO SOLO. Prof. José Carlos Mendonça

INFILTRAÇÃO* E ARMAZENAMENTO NO SOLO. Prof. José Carlos Mendonça INFILTRAÇÃO* E ARMAZENAMENTO NO SOLO Prof. José Carlos Mendonça ÁGUA NO SOLO As propriedades do solo, estão associadas ao funcionamento hidrológico do solo. Causa a destruição da estrutura do solo Excesso

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DO SOLO. Disciplina: GCS 104 FÍSICA DO SOLO E CONSERVAÇÃO DO SOLO E ÁGUA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DO SOLO. Disciplina: GCS 104 FÍSICA DO SOLO E CONSERVAÇÃO DO SOLO E ÁGUA MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DO SOLO Disciplina: GCS 104 FÍSICA DO SOLO E CONSERVAÇÃO DO SOLO E ÁGUA ROTEIRO DAS AULAS PRÁTICAS DE FÍSICA DO SOLO Prof.

Leia mais