Novas Atitudes e Respostas para o Sector Empresarial
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- João Lucas Beretta das Neves
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1 Regime Jurídico Responsabilidade Ambiental Novas Atitudes e Respostas para o Sector Empresarial 6 MAIO 2010
2 TÓPICOS Leitura sintética do DL 147/2008 O que as empresas pedem à APA O que as empresas podem fazer
3 A MUDANÇA PARADIGMA This is not our accident but it's our responsibility. Tony Hayward, CEO da BP, sobre o recente acidente no Golfo do México. 3
4 DL 147/ tipos de responsabilidade 2 TIPOS A (clássica) responsabilidade civil para reparação de danos sofridos por pessoas e seu património derivados da lesão de uma componente ambiental A (nova) responsabilidade administrativa dirigida à prevenção e reparação de danos ambientais é esta a nova dimensão da responsabilidade introduzida pela Directiva 2004/35/CE
5 Que danos ambientais? Danos com efeitos significativos e adversos - causados às espécies e habitats naturais protegidos (só Rede Natura 2000?) ADMINISTRATIVA (ARTIGOS 11.º E SS. DL 147/2008) Danos com efeitos significativos e adversos - causados à água Danos causados ao solo que crie um risco significativo para a saúde humana
6 Quem pode ser responsável? Operadores que exerçam actividades com risco intrínseco de causar danos ambientais (exclusivamente as enunciadas no Anexo III- DL147/2008) respondem independentemente de culpa (regime mais gravoso) ADMINISTRATIVA (ARTIGOS 11.º E SS. DL 147/2008) Operadores que exerçam as restantes actividades económicas só respondem em caso de culpa (dolo ou negligência regime menos gravoso)
7 Quem é considerado operador? Qualquer pessoa singular ou colectiva, pública ou privada, que execute, controle, registe ou notifique uma actividade cuja responsabilidade ambiental esteja sujeita ao DL 147/2008, quando exerça ou possa exercer poderes decisivos sobre o funcionamento técnico e económico dessa mesma actividade, incluindo o titular de uma licença ou autorização para o efeito ADMINISTRATIVA (ARTIGOS 11.º E SS. DL 147/2008) Conceito complexo O que são poderes decisivos? Quem é operador numa instalação desenvolvida em conjunto?
8 Em que casos são adoptadas medidas de prevenção? ADMINISTRATIVA (ARTIGOS 11.º E SS. DL 147/2008) Quando se verifique uma ameaça iminente de danos ambientais: as medidas de prevenção destinam-se a prevenir a ocorrência de danos Quando ocorra um dano ambiental: as medidas de prevenção destinam-se a prevenir a ocorrência de novos danos
9 Momentos críticos da adopção de medidas de prevenção ADMINISTRATIVA (ARTIGOS 11.º E SS. DL 147/2008) 1.º momento - a solução da lei: A adopção de medidas de prevenção pelo operador responsável constitui uma obrigação legal directa! não depende de prévia ordem administrativa
10 Momentos críticos da adopção de medidas de prevenção ADMINISTRATIVA (ARTIGOS 11.º E SS. DL 147/2008) 2.º momento - dúvida: A minha actividade pode provocar isto? Pode agravar isto?
11 Momentos críticos da adopção de medidas de prevenção ADMINISTRATIVA (ARTIGOS 11.º E SS. DL 147/2008) 3.º momento - na dúvida sobre a existência de nexo de causalidade entre o exercício da actividade e a ameaça iminente ou a ocorrência de danos ambientais, os operadores serão impelidos a adoptarem as medidas de prevenção. Actue e pague primeiro, defina-se a responsabilidade depois
12 Momento da reparação ADMINISTRATIVA (ARTIGOS 11.º E SS. DL 147/2008) O operador dispõe de 10 dias (exequível!?) para submeter à APA uma proposta de medidas de reparação A APA não tem prazo de decisão decide quais as medidas de reparação a adoptar, quer haja proposta ou não por parte do operador Nota: O operador destinatário da ordem de medidas de reparação tem direito/deve fazer com que a APA faça um primeiro juízo quanto à sua efectiva responsabilidade
13 Garantias Financeiras Obrigatórias Quem está obrigado? ADMINISTRATIVA (ARTIGOS 11.º E SS. DL 147/2008) só os operadores abrangidos pelo Anexo III Para que danos? só danos ambientais Com que limites mínimos? sem limites mínimos, dada a ausência de portaria
14 Garantias Financeiras Obrigatórias ADMINISTRATIVA (ARTIGOS 11.º E SS. DL 147/2008) O impacto económico da efectivação da responsabilidade ambiental é incomensurável para as empresas As empresas não irão correr o risco de não disporem de garantias para suportar esse impacto As empresas acabarão elas próprias por perspectivar dimensões possíveis de eventuais danos ambientais para estipularem os valores das garantias
15 O que as empresas vêm pedindo à APA Que clarifique os conceitos de operador e de ameaça iminente de dano ambiental O QUE AS EMPRESAS PEM À APA Que estabeleça orientações técnicas sobre o conteúdo e o alcance das medidas de prevenção e reparação Que estabeleça uma metodologia para a caracterização do estado inicial Que clarifique o modo de articulação da intervenção da APA com o de outras entidades (ex. ANPC) perante a ocorrência de acidente Que regulamente o regime das garantias financeiras obrigatórias
16 O que pode fazer a APA? Publicitar o seu modo de actuação nos casos concretos até agora ocorridos no âmbito de aplicação do DL 147/2008 O QUE PO FAZER A APA? Divulgar os termos de articulação com outras entidades na aplicação prática do DL 147/2008 Divulgar FAQ s do DL 147/2008 mais práticas que não a mera reprodução do texto legal Criar um GAP (Grupo de Acompanhamento Permanente) com a participação de stakeholders para a monitorização da aplicação do DL 147/2008
17 O que a APA não pode fazer? O QUE A APA NÃO PO FAZER? Não pode clarificar (com força obrigatória geral) os conceitos legais Não pode estabelecer uma doutrina única e aplicável aos diversos sectores de actividade face à novidade e à complexidade do regime e à diversidade de situação aplicáveis
18 O que as empresas podem fazer? Não esperar que a APA dê respostas nesta fase procurar dar respostas à APA por antecipação O QUE AS EMPRESAS POM FAZER? Prestar colaboração à APA (v.g. no eventual GAP ) Reforço das medidas operacionais que mitiguem o risco de ocorrência de danos ambientais Fazer trabalhos de casa em casa definição e actualização do estado inicial com recurso a auditores externos na dúvida, será essa análise que prevalecerá Potenciar a criação de uma «Comissão de Especialistas» que, a nível geral e sectorial, produza análises, estudos e orientações normativas sobre o regime da responsabilidade ambiental cuja autoridade e credibilidade venha a ser imediatamente reconhecida pela Administração e pelos Tribunais
19 CONTACTOS Sofia Galvão Imobiliário, Urbanismo e Ambiente ssg@vda.pt Pedro Amaral e Almeida Imobiliário, Urbanismo e Ambiente paa@vda.pt
20 O DIREITO À EXCELÊNCI A A RIGHT TO EXCELLEN CE
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