Sweep Picking I. Técnica de Guitarra. Sweep Picking I. Assista a aula completa em:

Transcrição

1 Técnica de Guitarra Assista a aula completa em:

2 Sumário ntrodução Apresentação da Apostila Conhecendo o Exercícios de Mão Direita Explicação Exercícios Sincronismo Entre as Duas Mãos Exercícios Arpejos Definição Exercícios em três cordas Misturando Técnicas Definição Palhetada Alternada e Palhetada Alternada, e Ligados Glossário...21 Aulas relacionadas Créditos... 23

3 ntrodução O estudo da técnica é um componente importante no desenvolvimento do instrumentista e além de mais mobilidade com as mãos, permite que o lado musical seja bem explorado. Gostaria de dedicar esta prefação àqueles guitarristas que sempre buscam estudar melhorias na execução do seu instrumento mas sempre se deparam em muros grandes indagando: Porque? Para Que? Como faz? Essa apostila é um material complementar à vídeo-aula sobre o assunto e aqui nós vamos estudar o de forma mais detalhada, preparando bem para a próxima aula do curso. Veremos que o é uma técnica simples de ser entendida mas requer boas horas de treino diariamente para que a melhora na sua execução seja perceptível. Durante todo o tempo que você passar estudando a técnica, procure começar sempre tocando as progressões lentamente e depois vá aumentando a velocidade. A repetição leva à perfeição! Certa vez um aluno me perguntou se era mesmo necessário estudar essa técnica e se era bom fazer as frases com uma alta velocidade, durante sua pergunta ele utilizou o argumento de que nem todos guitarristas famosos sweepam. Eu respondi que era necessário sim! Quanto ao argumento eu lhe disse que se fossemos pensar assim, colocando em consideração que nem todos sweepam, temos que levar em conta também que não são todos que utilizam o tapping no fraseado, o bend nem sempre é utilizado, o slide e os ligados também não, e no caso do Stanley Jordan, nem palheta ele utiliza. O estudo da técnica deve ser visto como algo expansivo na vida de um músico, tudo que estudamos e dominamos nos dá liberdade para criar e executar depois. Não é sempre que vamos encontrar momentos oportunos e não é sempre que vamos saber encaixar uma frase com sweep picking em uma música, ou o tapping, por exemplo. Mas caso não tenhamos conhecimento e domínio da técnica nós nunca vamos encaixá-la em momento nenhum e em música nenhuma! O estudo dessa técnica, assim como de qualquer outra, vai permitir que você tenha novas possibilidades ao executar as notas e as frases, tornando cada vez mais suas limitações menores. Estude o com bastante disciplina, dedicação e atenção! Conhecendo o O auxilia no desenvolvimento do guitarrista e possibilita novas situações na hora de tocar as notas, pois é uma técnica que trabalha o movimento da palheta quando há uma mudança de corda na sequência das notas. A técnica consiste em aproveitar o movimento anterior da palhetada (pra cima ou pra baixo) e tocar o primeiro toque da próxima corda (caso não seja o único) com a mesma direção de palhetada. A imagem acima mostra as seis cordas da guitarra sendo tocadas em uma única direção, sempre pra baixo. 3

4 Esta imagem mostra o sweep sendo realizado a cada troca de corda (palhetas em destaque) Fique atento à palavra APROVETAR, pois ela exprime o real sentido do. Há uma diferença enorme entre palhetar só para baixo e fazer o sweep picking. Resumindo, quando nós palhetamos só para baixo, a todo momento nós enfatizamos o ataque nas cordas, já no sweep não, nós tocamos de forma direta, sem fazer o movimento de um novo ataque. Ao aproveitar a direção da palhetada nós ganhamos mais agilidade e possibilitamos tocar algumas frases que antes pareciam impossíveis. Por exemplo, as tradicionais sequências de arpejos em que nós tocamos apenas uma nota por corda, são impossíveis de serem executadas em um andamento muito alto. Sim, eu disse impossíveis pois até hoje não há relatos e nem provas de alguém que conseguiu fazer, por exemplo, uma sequência de arpejo em sextina no andamento de 180 BPM utilizando palhetada alternada, já em sweep já. O sweep além de possibilitar uma maior velocidade em alguns casos tem como principal ação facilitar e tornar mais simples a execução das notas. Durante o curso nós vamos aprender também a combinar as outras técnicas com o, para enriquecer ainda mais o fraseado. Nós vamos abordar as duas principais formas de : O em arpejos e também em sequências que possuem no padrão uma quantidade ímpar de toques por corda (três toques, cinco toques e etc.). É importante que antes de acompanhar o conteúdo dessa apostila e da vídeo-aula sobre você tenha uma boa bagagem no instrumento e tenha acompanhado também as aulas sobre palhetada alternada, pois tudo proposto aqui terá relação com o que foi falado no curso de palhetada alternada. Desde as formas de treino, uso do metrônomo e a escolha da palheta que você usa pra tocar pois diferentes tipos de palhetas causam diferentes formas de fazer o sweep e também afetam na forma como ornamentamos a técnica. As palhetas podem ser basicamente divididas quanto ao seu tamanho (Grande ou Pequena e também quanto ao formato da sua ponta (Pontiaguda ou Arredondada). Cortex Black ce 0,70mm 1,10mm SurePicks 0.76mm, 0.91mm e 1.17mm Além da palheta deve-se observar a forma como damos o ataque durante a execução. 4

5 Existem duas formas básicas de dar o ataque nas cordas: A primeira é com a palheta reta, que em tese causa um ataque mais forte, mais definido, e dependendo da forma da palheta, evita sujar o som por não arrastar na corda durante o atrito. Com a pelheta inclinada, nós percebemos uma maior mobilidade da mão durante a execução, essa forma facilita principalmente quando existem outras técnicas misturadas ao sweep, como o harmônico artificial e a palhetada alternada. 5

6 Ao estudar você deve estar ciente que a todo momento terá que pensar em como economizar esforços. Para executar bem a técnica é necessário ter plena consciência e controle de cada movimento para que esforços adicionais sejam poupados, a ponto de ficarmos com um sincronismo perfeito entre as duas mãos. Durante todo o treinamento procure manter bastante discplina e começar fazendo os exercícios lentos. A repetição muitas vezes ocasiona em uma execução perfeita, portanto, a melhor forma de treinar o é tendo paciência e sempre que possível utilizando o metrônomo para tocar no tempo e dominar as subdivisões do tempo. Dependendo do nível em que você está, será difícil começar treinando com o metrônomo e de acordo com o planejamento do curso, o uso do metrônomo será indispensável a partir da segunda aula. Mão Direita Definimos a qualidade do de acordo com a sincronia das duas mãos, mas para boa execução da técnica a mão direita impacta um pouco mais na qualidade do que a outra. Desde já temos que começar treinando nossa mão direita para responder aos comandos de forma correta. Treine as sequências num andamento mais lento e vá aumentando aos poucos; Tente fazer todos os ataques nas cordas de forma constante, ou seja, com o mesmo intervalo de tempo entre todos. Respeite as indicações de sentido da palhetada, afinal, é isto que define essa técnica. Exercício A Duas Cordas: E ----X X X-----X X X---- B -X X X X X X- G E ----X--X X--X X--X X--X B -X X--X X--X X--X X---- G Exercício B Três Cordas: E X X-----X X B ----X X X X G -X X X X

7 Palhetada Alternada E X--X X--X B ----X X X X G -X X--X X E X X X X B ----X-----X-----X-----X-----X-----X-----X-----X---- G -X X X X X- Exercício C Quatro Cordas: E X X-----X X B X X X X G ----X X X X---- D -X X X X- E X X B X-----X X-----X G ----X X-----X X D -X X x E X--X X--X B X X X X G ----X X X X D -X X--X X---- Exercício D Cinco Cordas: E X X B X X G X X D ----X X---- A -X X- E

8 E X--X B X X G X X D ----X X A -X X E X X B X-----X X-----X G X X X X D ----X X-----X X---- A -X X X- Exercício E Seis Cordas: E X X B X X G X X D X X A ----X X---- E -X X- E X--X B X X G X X D X X A ----X X E -X X E X B X-----X G X X D X X A ----X X E -X X Sincronismo entre as Duas Mãos Hora de colocar as duas mãos pra trabalharem juntas! Nos exercícios a seguir vemos a necessidade de conciliar os movimentos das duas mãos e que, qualquer atraso de alguma das mãos pode ocasionar em um som sujo e com notas indefinidas. A dica agora é lembrar sempre de economizar os movimentos! 8

9 Exercício A: E B G D A E E B G D A E Exercício B: E B G D A E E B G D A E Exercício C: E B G D A E Exercício D: E B G D A E

10 E B G D A E Exercício E: E B G Exercício F: E B G D Exercício G: E B G D E B G D A E E ~~ B G D

11 Arpejos Na terceira aula do curso sobre palhetada alternada nós aprendemos um pouco sobre arpejos e nessa aula continuaremos a falar do assunto porém com um foco diferente. Nessa primeira apostila do curso vamos aprender os fundamentos básicos de arpejos e também vamos aprender a executar alguns shapes de arpejos em três cordas. Arpejo é o nome que damos quando executamos de forma sucessiva as notas que formam um acorde. Por exemplo, se tocarmos em sequência as notas Dó, Mi e Sol estaremos arpejando a tríade de Dó Maior (C), pois estas são as notas que formam esse acorde. Existem várias categorias de acordes e durante as primeiras aulas do curso de nós vamos utilizar as mais comuns: Tríades e Tétrades, que foram explicadas anteriormente pelo Philippe Lobo em uma série de aulas especiais sobre Formação de Acordes. Nesta apostila que acomopanha a primeira vídeoaula do curso, nós vamos encontrar apenas os principais shapes das tríades maiores e menores simples em três cordas: Observem que alguns dos shapes não possuem a fundamental como a nota mais grave, que dessa vez está na terceira corda. sso é bem comum quando falamos de arpejos, pois é a sucessividade dessas notas que causam a sensação que determinado acorde está sendo executado. Clareando as idéias, os arpejos podem ser executados a partir de qualquer nota do acorde. 11

12 Sequências de Arpejos em Três Cordas Agora que nós já conhecemos os principais shapes para arpejar acordes utilizando as três primeiras cordas da guitarra nós vamos procurar identificar os vários acordes existentes, ou seja, vamos transpor a tonalidade dos shapes acima e encontrar outros acordes. As progressões iniciais serão todas feitas em cima de campos harmônicos maiores. Exercício A: E B G E B G B -13~~ G Exercício B: E B G E B ~~ G

13 Exercício C: E B G E B G E B G E B G Exercício D: E B G E B G

14 E B G Exercício E: E B G E B G Exercício F: E B G ~- Exercício G: E B G E B G

15 Exercício H: E B G E B G E B ~~--- G Misturando Técnicas Por se tratar de uma técnica bem específica e necessária para o desenvolvimento do guitarrista, o quando articulado com outras técnicas permite ao guitarrista maior fluência e desenvoltura em seu fraseado. É difícil observarmos alguma melodia que seja inteiramente tocada com sweep, pois a técnica sempre aparece entre várias outras como os ligados, o tapping e até mesmo o slide. O bom domínio dessas técnicas e a mistura entre elas causam um bom resultado quando aplicadas. Como exemplo prático podemos citar uma melodia que começa sendo executada com um arpejo em sweep pela necessidade de executar as notas de forma mais rápida e depois, para o restante da melodia, nós usamos outras técnicas como a palhetada alternada, que é também uma técnica de mão direita, e ligados, slides e bends, que são técnicas de mão esquerda. Algumas vezes nós misturamos técnicas não apenas por uma busca de resultados melhores, mas também por necessidade ou a falta dela, como é o caso do exemplo acima. De fato, é importante começarmos a perceber os melhores momentos para utilizar cada uma das técnicas ou então saber alternar entre uma técnica e outra para que em momento nenhum você se sinta limitado. Com o nós podemos tocar sequências de arpejos com maior velocidade e precisão, podemos executar sequências de notas que possuem quantidade ímpar ou indefinida de notas por corda, e além disso, estudar uma nova técnica sempre traz novas possibilidades de raciocínio e execução. 15

16 Exercício Palhetada Alternada e Exercício A: E B G Exercício B: E B G D A E Exercício C: E ~ ~ B G E ~ ~ B G Exercício D: E B G D A

17 B G D A E Exercício E: E B G D A E B G D ~ Exercício F: E ~ B G D A E Exercício G: E B G D A ~~ E Exercício H: E B G D A

18 B G D A ~ Exercício Palhetada Alternada, e Ligados Exercício A: E p p B ~-- G Exercício B: E -15p p12-12p p B G E -8p p5-10p p B G Exercício C: E -5p p p B G h h h11--- E -8-14p ~~ B G h

19 Exercício D: E B p p G -14b b Exercício E: B G h12p11p9h11~---8h11-9~ D A -7h9h E h10h B h10h G h9h D h9h A h9h E -7h9h Exercício F: E -12p p p B G E -13p p p p8-- B G E p p p p6- B G

20 E p p p B G E -13p p B G Exercício G: E -12p p p p10- B G E p p B G E -14p p p B G E p p p B G E B G

21 Glossário : Técnica utilizada por guitarristas e violonistas que utilizam palheta. A técnica consiste em aproveitar o movimento anterior da palhetada, seja pra cima ou pra baixo, e tocar o primeiro toque da próxima corda (caso não seja o único) com a mesma direção de palhetada. Palhetada Alternada: Técnica que consiste em tocar sempre alternando os movimentos da palhetada. Ligados: Técnica que consiste em produzir mais sons com o esforço dessa mão dando apenas um ataque na corda. Técnicamente podemos efetuar o ligado através do Hammer-On, do Pull-Off ou do Tapping. Frase: Grupos de notas tocadas uma após a outra e seguidas de pequena pausa; Pequena melodia criada como parte de uma melodia maior. Aprender a construir frases é essencial para para se criar solos que soem bem estruturados e com sentido musical coerente. Arpejo: Consiste em tocar as notas de um acorde de forma separada; sucessivamente. Arpejos não precisam seguir uma ordem exata de execução das notas do acorde, podem ser iniciados e terminados em qualquer uma nota que forma o acorde. Metrônomo: Aparelho utilizado por músicos para estudo. O Metrônomo marca o andamento da música ou de uma sequência através de pulsos regulares e uniformes. Andamento: Andamento é a velocidade própria da pulsação. O andamento é determinado pela quantidade de pulsos dentro de um espaço de tempo padronizado, o minuto. Para determinar o andamento utilizamos a sigla BPM (Batimentos por Minuto). Nota Mais Grave: É a nota de menor frequência em um acorde. Geralmente ela está na corda mais grave que tocamos na sequência. Nota Fundamental: É a primeira nota de um acorde, aquela que lhe dá o nome e a referência pra a classificação das demais notas do acorde. A fundamental muitas das vezes não está indicada como a nota mais grave de um acorde, como o caso dos acordes com inversão. Tapping: Especificamente é uma técnica executada pela mão direita, que consiste em usá-la para apertar uma nota no braço do instrumento através de um tapa, tap, reproduzindo o mesmo efeito do hammer-on. Shape: Do inglês: Molde, Fôrma. Pode ser entendido como fragmento de uma escala ou algum acorde que é padronizado por conter características específicas; alguma sequência em suas notas ou em sua formação. 21

22 Sincronismo: Consiste em definir e executar ações distintas simuiltaneamente. Na guitarra o sincronismo se dá por diversos fatores, mecanicamente, através dos movimentos das duas mão. Bends: Técnica executada pela mão esquerda que consiste em levantar (ou abaixar) a corda para que seja aumentada a altura da nota em uma determinada casa. Melodia: É a execução coerente dos sons e do silêncio de forma sucessiva, gerando uma sequência com identidade própria. Slide: Técnica que consiste em arrastar o dedo de uma determinada casa para outra. O slide pode ser executado com qualquer dedo de ambas as mãos. Tom: Tom ou tonalidade é a nota ou acorde que funciona como referência em uma música. De forma mais aprofundada, Tom é o conjunto de acordes e notas ligadas hierarquicamente a uma nota tônica nas escalas Maior Natural ou Menor harmônica. A tônica possui a função de resolver ou concluir a música, ela é a primeira nota da escala e o acorde que a usa como fundamental adquire estabilidade e pode concluir a música com sensação de repouso. Transposição de Tonalidade: É um processo que objetiva modificar altura de uma sequência de acordes ou notas, ocasionando em uma nova tonalidade. Campo Harmônico: Conjunto dos acordes formados a partir de uma mesma escala. O Campo Harmônico de uma escala nos ajuda a compreender as possibilidades de combinação dos acordes em uma tonalidade, bem como, permite escolher os acordes em função de sua relação com as notas da escala e sua função neste contexto. Digitações: São formas com padrões das posições em que devemos colocar os dedos da mão esquerda para tocar as notas específicas de determinada escala, arpejo ou acorde. No violão ou guitarra, as digitações se mantém iguais para todas as tonalidades, bastando posicionar corretamente a nota Tônica da escala para se tocar no tom correto. Tônica: É a primeira nota de uma escala, aquela que define a tonalidade e a referência para a classificação das outras notas da escala. Também é o nome da função harmônica exercida pelo acorde de primeiro grau em uma tonalidade qualquer. Aulas relacionadas Palhetada Alternada Palhetada Alternada 22

23 Palhetada Alternada ntervalos Teoria Musical Formação de acordes Tríades Formação de acordes Tétrades Pentatônica Menor e Pentablues Escala Maior Natural Créditos Elaboração Vinícius Dias Diagramação Philippe Lobo Revisão Adriano Ferreira e Philippe Lobo magens Site oficial Planet Waves e Gabriel Bueno Textos Vinícius Dias Fotos Lylibete Cabral Realização Cifra Club TV / Studio Sol comunicação digital Bom Som! 23