ASPECTOS TERAPÊUTICOS DA DERMATITE ATÓPICA EM CÃES - REVISÃO DE LITERATURA

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1 inh UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO XIMENES MARQUES DE BARROS CORREIA ASPECTOS TERAPÊUTICOS DA DERMATITE ATÓPICA EM CÃES - REVISÃO DE LITERATURA RECIFE - PE 2009

2 XIMENES MARQUES DE BARROS CORREIA ASPECTOS TERAPÊUTICOS DA DERMATITE ATÓPICA EM CÃES - REVISÃO DE LITERATURA Monografia apresentada à Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Clínica Médica de Pequenos Animais. Orientador: Ms. Roberto Rômulo Ferreira da Silva - CESMAC. RECIFE - PE 2009

3 XIMENES MARQUES DE BARROS CORREIA ASPECTOS TERAPÊUTICOS DA DERMATITE ATÓPICA EM CÃES - REVISÃO DE LITERATURA Monografia apresentada à Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), como exigência final para obtenção do título de especialização em Clínica Médica de Pequenos Animais. APROVADA EM.../.../... BANCA EXAMINADORA

4 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a DEUS por estar sempre me iluminando em todos os momentos de minha vida. Ao meu orientador Prof. Roberto Rômulo, com sua extrema competência e experiência, me ajudando nessa etapa difícil da minha vida; A minha mãe por está sempre presente em todos os momentos de minha vida, sempre dando carinho, amor e atenção. Aos meus familiares, por acreditarem na minha capacidade. A minha namorada Alice que sempre está ao meu lado nas horas tristes e felizes, te amo.

5 RESUMO Objetivou-se com esta revisão, discorrer sobre a etiopatogenia, sinais clínicos, métodos diagnósticos e os diversos protocolos terapêuticos empregados no tratamento da dermatite atópica canina. A enfermidade vem sendo diagnosticado com uma freqüência maior na clínica de caninos, tratando-se da segunda dermatopatia alérgica mais comum em cães. Os sintomas iniciam com eritema e prurido cutâneo, normalmente esse prurido acomete face, patas, flancos, virilhas, axilas, face e orelhas. O diagnóstico de dermatite atópica baseia-se no histórico, nos achados clínicos, na exclusão de outras dermatopatias pruriginosas, podendo ser confirmado com a realização de exames complementares como teste alérgico intradérmico e o teste histopatológico. O corticosteróide, ainda é o medicamento de eleição no tratamento da doença, sendo geralmente necessário usá-lo durante toda a vida do animal. Outras drogas como a ciclosporina, pentoxifilina, anti-histamínicos e ácidos graxos também podem contribuir para o controle da enfermidade, principalmente quando associadas ao corticosteróide. Palavras-chave: atopia, cães, tratamento.

6 ABSTRACT The objective with this review, discuss the pathogenesis, clinical signs, diagnostic methods and different treatment protocols used in the treatment of canine atopic dermatitis. The disease has been diagnosed with a higher frequency in the clinic for dogs, this is the second most common allergic skin diseases in dogs. The symptoms begin with itching and skin redness, itching usually affects the face, feet, flanks, groin, armpits, face and ears. The diagnosis of atopic dermatitis based on history, the clinical findings, the exclusion of other skin itchy and can be confirmed with the completion of additional tests such as intradermal allergy test and histopathological tests. The corticosteroid, is still the drug of choice in the treatment of disease and is generally necessary to use it throughout the lifetime of the animal. Other drugs such as cyclosporin, pentoxifylline, antihistamines and fatty acids may also help control the disease, especially when associated with steroids. Keywords: Atopic, dog, treatment

7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA ESTRUTURA E FISIOLOGIA DA PELE CONCEITO E FISIOPATOLOGIA DA DERMATITE ATÓPICA CANINA ANIMAIS PREDISPOSTOS SINAIS CLÍNICOS DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ASPECTOS TERAPÊUTICOS Medicações de uso tópico para infecções secundárias (Xampus) Clorexidine Peróxido de benzoíla Emolientes e hidratantes Antisseborreicos Antibióticos e antifúngicos orais Anti-histamínicos Hipossensibilização ou imunoterapia Corticosteróides Ciclosporina Ácidos graxos essenciais Biotina Pentoxifilina PROGNÓSTICO... 23

8 3. METODOLOGIA CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS... 26

9 Ficha catalográfica preparada pelo setor de classificação e catalogação da Biblioteca Orlando Teixeira da UFERSA C824a Correia, Ximenes Marques de Barros. Aspectos terapêuticos da dermatite atópica canina / Ximenes Marques de Barros Correia. -- Mossoró, f. Monografia (Especialização em Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais) Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Orientador: Prof. Ms. Roberto Rômulo 1.Cão. 2.Atopia. 3.Tratamento. I.Título. Bibliotecária: Keina Cristina Santos Sousa e Silva CRB/ CDD: 636.7

10 1.INTRODUÇÃO A dermatite atópica canina (DAC) é descrita como uma predisposição hereditária para desenvolver anticorpos contra agentes alérgicos no ambiente, a exposição repetida a alguma substância, tais como, ácaros da poeira ou pólen (FOIL 2003, HARVEY 1999). Os sintomas iniciam com eritema e prurido cutâneo (lambedura, mordedura, coceira, esfregação) que podem ser ou não sazonais, dependendo do alérgeno envolvido. Normalmente o prurido acomete face, patas, flancos, virilhas, axilas, face e orelhas (LORENZ 1996, BOORD 1999 JONES 2000, MEDLEAU 2003). O diagnóstico da dermatite atópica é subsidiado pelo histórico, de um membro da raça com predisposição para a atopia, pela manifestação dos sintomas clínicos entre 6 meses e 4 anos deidade, sintomas associados a mudanças sazonais, dermatite crônica e recidivante, com presença de prurido, envolvimento facial e ou digital, liquenificação e antecedentes com histórico de atopia (BOORD 1999, DETHIOUX 2006) O tratamento inicial consiste em identificar e evitar o alérgeno, permitindo que o animal caia abaixo dos seu limiar pruriginoso, mas isso é muito difícil (LÓPEZ, 2002; MEDLEAU, 2003; ABRAHÃO 2008, HARVEY, 2008; TILLEY 2008). O uso de corticóides, antihistamínicos, ciclosporina, ácidos graxos, entre outros, ajudam a controlar a enfermidade que não tem cura. 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1 ESTRUTURA E FISIOLOGIA DA PELE A pele é o maior órgão do corpo, podendo atingir, tanto em humanos quanto em animais, 16% do peso corporal. Ela recobre toda a superfície corporal e apresenta-se constituída por uma porção epitelial a epiderme e uma porção conjuntiva a derme. Abaixo e em continuidade com a derme, encontra-se a hipoderme ou tecido subcutâneo,

11 que não faz parte da pele, servindo apenas de união com os órgãos subjacentes (JUNQUEIRA, 2004). A epiderme forma a camada mais externa da pele, possuindo três tipos celulares: os melanócitos, as células de Langerhans e os queratinócitos. Os melanócitos são responsáveis pela produção de um pigmento, a melanina, que tem a função de filtro endógeno contra raios ultravioletas. As celas de Langerhans captam e processam estímulos antigênicos (DÄNGELO, 1998). Os queratinócitos são as células mais numerosas e formam diversas camadas ou extratos (BANKS ET al, 1992). A camada mais interna da epiderme é chamada de extrato basal, seguindo-se de estrato espinhoso, extrato granuloso e extrato córneo superficial (células queratinizadas). As células mortas descamam na porção periférica desta zona (BANKS et al, 1992). O processo de queratinização garante a substituição contínua da epiderme com células derivadas de um pool de divisão existente na camada basal, transcorrendo cerca de 21 dias em animais (RADOSTITIS, 2002). A derme é constituída de tecido conjuntivo e apresenta muitos vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos, além de vários tipos de células, incluindo fibroblastos e fibrócitos, macrófagos, mastócitos e alguns tipos de leucócitos (neutrófilos, eosinófilos, linfócitos e monócitos (ARNOLD JUNIOR et al, 1994). Os mastócitos liberam muitas substâncias que estão envolvidas nas respostas alérgicas, como a histamina, serotonina, fatores quimiotáticos eosinofílicos da anafilaxia (FQE-A), fator ativador das plaquetas (FAP), prostaglandinas, leucotrienos e bradicidina. Já os plasmócitos, na derme, são células transitórias, sintetizando anticorpos humorais (BANKS ET AL, 1992). A pele tem função de barreira, proteção ambiental, regulação térmica, percepção sensorial, movimento e forma, ação antimicrobiana, controle de pressão arterial, secreção, pigmentação, produção de vitamina D. A secreção produzida pelas glândulas sebáceas é composta predominantemente de ceras e ácidos graxos esterificados, que se espalham sobre a superfície da camada córnea, retendo a umidade e promovendo a hidratação. A secreção envolve as hastes capilares dando-lhes a aparências de brilhosas (SCOTT 1995) 2.2 CONCEITO E FISIOPATOLOGIA DA DERMATITE ATÓPICA CANINA (DAC)

12 A dermatite atópica canina (DAC) é descrita como uma predisposição hereditária para desenvolver anticorpos contra agentes alérgicos no ambiente, a exposição repetida a alguma substância, tais como, ácaros da poeira ou pólen (HARVEY, 1999; FOIL, 2003) e ainda, mofos, alérgenos epiteliais e outros alérgenos ambientais (REEDY, 1997; RHODES, 2005; TILLEY, 2008). Os mecanismos da dermatite atópica, ainda não são totalmente definidos, porém, sabe-se que a patogenia da atopia envolve um defeito na barreira epidérmica, que pode provocar maior contato entre o sistema imunológico cutâneo (SIC) e antígenos ambientais, sensibilização maior das células de Langerhans; maior ativação de linfócitos T e reação de hipersensibilidade do tipo 1. O que significa que vários alérgenos são capazes de promover anticorpos alérgenos- específicos IgE e IgD. A reação destes anticorpos fixados a superfície dos mastócitos cutâneos, com os alérgenos específicos, induzem a liberação de mediadores tais como histamina, enzimas proteolíticas, leucotrienos (JONES, 2000; TIZARD, 2002; MEDLEAU, 2003; DETHIOUX, 2006; LUCAS, 2006) e ainda citocinas e quimiocitocinas.(reedy, 1997). Esses mediadores provocam prurido, vasodilatação, edema e eritema. (WILLENSE, 1998). 2.3 ANIMAIS PREDISPOSTOS As raças mais predispostas são: fox Terrier, dálmata, west white highland Terrier, poodle, boxer, setter irlandês, lhasa apso, sharpei, pug, golden retrievier, bulldog, labrador, Shi-tzu (OHLÉN, 1990; LORENZ, 1996; JONES, 2000, FOIL, 2003, RHODES, 2005; LUCAS, 2006; DETHIOUX, 2006). A DAC é relatada em animais entre 3 meses a 12 anos de idade. Entretanto, na maioria dos cães com a enfermidade, os sintomas surgem entre 1 e 3 anos de idade (MEDLEAU 2003; FOIL 2003; CHEVILLE 2004; DETHOUX, 2006, ABRAHÃO 2008; TILLEY 2008). Estudos revelaram que a incidência desta afecção é de 3 a 15% da população canina, sendo a segunda dermatopatia alérgica mais comum, ficando atrás apenas da dermatite alérgica por picada de ectoparasitas. (OHLÉN 1990, RHODES 2005; TILLEY, 2008). Ambos os sexos são acometidos representados, embora as cadelas possam apresentar incidência ligeiramente mais alta (WHITE 1998)

13 2.4 SINAIS CLÍNICOS Os sintomas iniciam com eritema e prurido cutâneo (lambedura, mordedura, coceira, esfregação) que podem ser ou não sazonais, dependendo do alérgeno envolvido. Normalmente o prurido acomete face, patas, flancos, virilhas, axilas, face e orelhas (LORENZ 1996, JONES 2000, MEDLEAU 2003, BOORD 1999) (FIGURA 2). As lesões demonstram pêlos quebradiços, alteração na coloração dos pêlos pela saliva, eritema, reações papulares, crostas, escoriações, alopecia, hiperpigmentação, liquenificação e seborréia. (RHODES 2005, WHITE 1998). Alterações comportamentais como perda de apetite e agressividade podem ocorrer. As otites estão presentes em 75 % dos cães com diagnóstico de dermatite atópica. (DETHIOUX, 2006) Alguns animais atópicos podem apresentar espirros, lacrimejamento com base na conjutivite alérgica (RHODES, 2005) e hiperidrose (10 a 20 % dos casos). A asma é uma manifestação rara da doença (WILLENSE 1999). O prurido da atopia comumente provoca infecções secundárias, bacterianas (piodermites), por leveduras e também por ácaro. (LUCAS 2006, RHODES 2005). 2.5 DIAGNÓSTICO O diagnóstico da dermatite atópica é subsidiado pelo histórico, de um membro da raça com predisposição conhecida para atopia, manifestação de sintomas clínicos entre 6 meses e 4 anos de idade, sintomas associados a mudanças sazonais, dermatite crônica e recidivante, com presença de prurido, envolvimento facial e ou digital, liquenificação e antecedentes com histórico de atopia (BOORD 1999, DETHIOUX 2006), e só deve ser estabelecido após o exame clínico e a exclusão de outras dermatopatias pruriginosas. (WILLENSE 1998) O Teste alérgico intradérmico é um meio diagnóstico através do qual, inocula-se os antígenos que podem provocar a degranulação dos mastócitos com formação da pápula pruriginosa. Este teste pode ser reativo a antígeno de grama, erva daninha, árvore, mofo, inseto, fragmentos de pêlos e pele, ácaros de poeira doméstica (RHODES 2005; DETHIOUX 2006).

14 Dos cães suspeitos de dermatite atópica com base em seus aspectos clínicos, 80 a 90% exibem reação imediata ao teste cutâneo por inalantes (ABRAHÃO 2008). É essencial o teste contenha alérgenos padronizados para cães, devendo ser injetado num volume padronizado de 0,05 ml e os alérgenos devem ser representativos para a região geográfica (WILLENSE 1998). Pode haver reação falso-positiva ou falso-negativa (TILLEY 2008). Algumas medicações devem ser suspensas antes da realização do teste. Ao menos 4 semanas para a prednisona oral, 10 a 14 dias para os antihistamínicos, 10 a 14 dias para os esteróides tópicos (otológicos ou medicações para a pele), 2 dias para tranqüilizantes e 2 meses para corticosteróides de ação prolongada e progestágenos em casos de cadelas submetidas a contracepção injetável (FOIL, 2003; DETHIOUX,,2006) Um método alternativo é o teste in vitro com alérgeno, exigindo reação do soro do cão com antígenos, sendo disponíveis comercialmente vinculado a um sólido substrato em um radioallergosorbent test (RAST) ou enzima ligada ao ensaio imunoenzimático (ELISA), que irá medir a quantidade de IgE no soro do paciente que se liga para o alérgeno. Uma limitação deste teste (in vitro) é que em um subconjunto de cães com atopia pode ser encontrados níveis elevados de IgG no soro ao invés de IgE (BOORD 1999). Pode-se fazer o exame histopatológico da pele onde as células inflamatórias são predominantemente linfócitos e histiócitos. Eosinófilos são raros, a não ser que o animal tenha ectoparasitas concomitantes (MEDLEAU 2003). A presença de neutrófilos ocorre quando há infecção bacteriana secundária (JONES 2000, MEDLEAU 2003). 2.6 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL No diagnóstico diferencial da DAC, deve-se icluir a piodermite (afecção secundária mais comum na atopia canina), malasseziose, alergia alimentar (que poderá ser não sazonal), demodicose, distúrbio hormonal, sarna sarcóptica, alergia a picada de ectoparasitas, hipersensibilidade à endoparasitas (CHEVILLE, 2004, RHODES, 2005; LUCAS, 2006; BLEICH, 2008). Para descartar outras afecções pode ser feito exame

15 parasitológico de raspado de pele, culturas de bactérias e fungos, exame de fezes para detectar a presença de ancilóstoma e teste com dieta hipoalergênica (HILLIER, 2002; CHEVILLE, 2004; ABRAHÃO, 2008). 2.7 ASPECTOS TERAPÊUTICOS O tratamento inicial consiste em identificar e evitar o alérgeno, permitindo que o animal caia abaixo dos seu limiar pruriginoso, mas isso é muito difícil (LÓPEZ, 2002, MEDLEAU, 2003; ABRAHÃO, 2008; HARVEY, 2008; TILLEY, 2008). O procedimento consiste em evitar contato com pólens, poeira doméstica onde se encontra o ácaro (Dermatophagoides farinae), eliminar penas e tecidos ambientais. (DETHIOUX 2006) Fungos podem ser destruídos por antisépticos ou antifúngicos (WILLENSE 1998; DIDIER 2001). O tratamento tópico pode ser feito com benzoato de benzoíla aplicado cuidadosamente e repetidamente para eliminação do ácaro (SWINNEN 2004). As principais ações terapêuticas consistem em reduzir o ressecamento da pele e reforçar a barreira cutânea através de xampus e ácidos graxos, reduzir a inflamação, modificar a resposta imunitária, reduzir a carga alergênica, prevenir novas sensibilizações, combater infecções secundárias (DETHIOUX 2006, LÓPEZ 2002) MEDICAÇÕES DE USO TÓPICO PARA INFECÇÕES SECUNDÁRIAS (XAMPUS) Clorexidine O seu uso é indicado para o tratamento adjuvante de infecções bacterianas secundárias, principalmente por Staphylococcus intermedius, que é a principal bactéria da microbiota bacteriana residente da pele. Em casos de piodermite, foliculites, dermatites úmidas os banhos podem ser dados 3 ou 4 vezes por semana. Com a redução

16 dos sinais, reduz para um banho semanal e sua melhor concentração para esse tipo de tratamento é de 3%. (LUCAS 2006) Peróxido de benzoíla O peróxido de benzoíla, produto da interação do peróxido de sódio com o cloreto de benzoíla, é um poderoso agente antibacteriano de amplo espectro com ação queratolítica, antipruriginosa, desengordurante e de lavagem folicular (ANDRADE 2002). Não deve ser empregado em concentrações superiores a 2,5% em felinos, ou acima de 5% em cães. O xampu à base de peróxido de benzoíla é considerado o mais eficiente, contudo deve ser utilizado com cautela em peles severamente inflamadas e escoriadas (SPINOSA, 1999) Emolientes e hidratantes Evitam a desidratação cutânea e reidratam a camada queratinosa, a pele adquire maior flexibilidade e maior capacidade de defesa. Xampus contendo aloe vera e aveia coloidal, podendo ser usados em banhos duas vezes na semana durante todo o tratamento. (DETHIOUX 2006) Antissebeorréicos Xampus anti-seborreicos a base de ácido salicílico (2%), enxofre (2%), alcatrão (3%), esses banhos devem ser duas vezes por semana até a redução dos sintomas, sempre deixando o animal enxaguar durante 10 minutos. Essas moléculas possuem propriedades antipruriginosas e antibacterianas suaves além da sua capacidade de reduzir a produção de escamas epidérmicas (LORENZ,1996) ANTIBIÓTICOS E ANTIFÚNGICOS ORAIS

17 A maioria das piodermites são causas de prurido, comumente desprezadas em cães alérgicos, caracterizando-se clinicamente por lesões papulares ou pustulares foliculares, crostas, colarinhos epidérmicos e alopecias maculares, devido a isso deve-se usar moléculas de amplo espectro tais como cefalexina(30 a 60mg/kg/BID), enrofloxacina (5mg/kg/SID), difloxacina (5mg/kg/SID), amoxicilina com clavulanato (14mg/kg/BID), para o combate de dermatites bacterianas (WHITE 1998; DETHIOUX 2006). Em piodermites superficiais recomenda-se a duração de 21 dias de tratamento e em piodermites profundas tratar no mínimo por duas semanas, podendo chegar até 6 semanas (BIRCHARD,1998) Os antifúngicos são utilizados em lesões provocadas por leveduras, drogas como cetoconazol (10mg/kg/SID), itraconazol (5 a 10mg/kg/SID), griseofulvina. A melhora clínica vem com 7 a 14 dias, preconizando-se a manutenção por mais uma ou duas semanas após a cura clínica. Essas moléculas devem ser empregadas com cautela devido ao seu potencial de hepatotoxicidade e capacidade de provocar êmese e anorexia, devendo-se realizar monitoração hepática regularmente. (DETHIOUX 2006) ANTIHISTAMÍNICOS A histamina é liberada dos mastócitos e dos basófilos em situações de alergia e ou inflamação e se fixam em receptores H1 e H2. Os receptores H1 são responsáveis pela dor, pelo prurido e pela vasodilatação. Os receptores H2 se situam no coração, estômago e sistema nervoso central e são responsáveis pele secreção de ácidos gástricos e vasodilatação (GUAGUÈRE 2007). Alguns antihistamínicos que bloqueiam receptores H1podem ser úteis, mas os anti H2 são ineficazes contra o prurido. Muitos estudos foram realizados mostrando que os produtos mais eficientes são a clemastina (0,05-0,15 mg/kg BID), hidroxizina (2mg/kg TID), clorfeniramina (0,4mg/ kg/ TID), ciproeptadina (2-12mg/cão BID) e difenidramina (2mg/kg/ BID ou TID). Essas drogas podem ser benéficas em 20 a 30% dos casos benéficos (DIDIER 2001).

18 A amitriptilina (1-2 mg/kg VO) é um anti-depressivo tricíclico com atividade no receptor H1 e pode ser eficiente em animais atópicos com distúrbios de comportamento (LÓPEZ 2002). Estudos demonstram que os anti-histamínicos associados com os ácidos graxos polinsaturados reduziram o prurido em 43% dos animais com atopia (PATERSON 2007), apresentando sinergismo com os glicocorticóides, reduzindo assim sua dosagem e consequentemente seus efeitos colaterais (MEDLEAU 2003; RHODES 2005; HARVEY 2008). O efeito adverso mais comum dos antihistamínicos é a sonolência. Em caso de superdosagem o animal pode apresentar irritabilidade, convulsões, hiperpirexia (FOIL 2003; ETTINGER 2004), constipação, sialorréia e dispnéia (SCOTT 2001). Devido ao fato de sua eficácia variar de fraca a moderada, antihistamínicos não são indicados em casos graves de prurido (GUAGUÈRE 2007) HIPOSSESNSIBILIZAÇÃO OU IMUNOTERAPIA Hipossensibilização também chamada de imunoterapia ou dessensibilização tem sido utilizado em seres humanos, desde o início do século 20, para tratar asma e rinite alérgica. Em dermatologia veterinária, foi relatado o primeiro caso nos anos 40. (DIDIER 2001). Trata-se de uma abordagem terapêutica em que um alérgeno é administrado a um doente hipersensível, na tentativa de reduzir reação alérgica quando o paciente é naturalmente exposto ao alérgeno no ambiente, ou ainda visando reduzir a dosagem dos glicocorticóides, diminuindo seus efeitos colaterais (RHODES 2005; PENEDA 2007; TILLEY 2008). Após descobrir qual o alérgeno está afetando o animal através do teste intradérmico (HARVEY 2008), esse tipo de tratamento pode ser indicado quando os sinais estão presentes por mais de 4 meses ou quando as drogas antipruriginosas não estiverem respondendo satisfatoriamente (ETTINGER 2004). Durante as primeiras aplicações do alérgeno, ocorre um aumento de anticorpos IgE circulantes que mais tarde diminui. Acredita-se que o elevado nível inicial de IgE pode induzir a formação de anticorpos bloqueadores, formação de supressores de células-t e diminuir a susceptibilidade de ativação dos mastócitos (ANGARANO 1992).

19 Essas aplicações podem ser feitas com intervalos de uma a quatro semanas até uma reposta efetiva com concentrações progressivas, aumentando o nível de tolerância do animal às substâncias alergênicas (BLEICH 2008), porém se isso não acontecer com 9 meses após o início do tratamento, provavelmente não ocorrerá mais tarde e será necessário o controle sintomático (FOIL, 2003; ETTINGER 2004; DETHIOUX 2006; ETTINGER 2004; HARVEY 2008). Em grande parte, os animais tratados não apresentam efeitos colaterais. O uso de alérgenos diluídos em hidróxido de alumínio faz aumentar a segurança deste tratamento. Ao serem preparados com este veículo, os alérgenos são absorvidos mais lentamente, diminuindo o risco de provocar reação anafilática (PENEDA 2007). Esse tipo de tratamento é eficaz em 40% e 60% dos cães. O efeito da terapia deverá ser avaliado a cada 6 a 9 meses após seu início, para que seja estimada sua eficácia a longo prazo (WILLENSE 1998; MEDLEAU 2003; GAYLE 2003, SHAW, 2007; HARVEY 2008; ABRAHÃO 2008) CORTICOSTERÓIDES Um dos primeiros corticosteróides descobertos foi o cortisol, que é produzido naturalmente pelas glândulas supra-renais de todos os animais. As glândulas suprarenais são as estruturas pequenas, emparelhadas e cada uma delas se encontra na frente de cada rim. Produzem três tipos diferentes de esteróides: mineralocorticóides, esteróides do sexo, e os glicocorticóides (FOSTER 2007) Os corticosteróides são os medicamentos mais eficazes para o tratamento sintomático da dermatite alérgica. Elas tem ação anti-inflamatória e anti-pruriginosa (DIDIER 2001), porém o uso prolongado destas substâncias, principalmente aquelas aplicadas por via injetável, podem causar sérios problemas colaterais tanto a médio como a longo prazo (MEDLEAU 2003; BLEICH 2008). São moléculas lipossolúveis rapidamentes absorvidas por via oral. Mais de 90% do cortisol encontra-se ligado a uma proteína transportadora específica, a transcortina ou,

20 menos freqüente, a albumina. Somente a parte não ligada penetra nos tecidos e sua eliminação é biliar e renal (GUAGUÈRE 2007). Prednisona, prednisolona e metilprednisolona são as moléculas mais utilizadas e estão indicadas para cães com alergia estacional de curta duração (menos de quatro meses) (FOIL 2003, MEDLEAU 2003), cães que não podem ser mantidos sob controle com hipossensibilização e aqueles cães idosos demais para se esperar um efeito benéfico da hipossensibilização durante um período de tempo razoável. A dexametasona, betametasona e a triamcinolona são menos utilizadas por serem mais potentes e de ação prolongada (GUAGUÈRE 2007). A prednisona pode ser administrada por via oral na dose de 0,5 a 1mg/kg durante 7 a 10 dias a cada 12 ou 24 horas; em seguida passa-se para a terapia em dias alternados com a mesma dosagem, finalmente a dose é reduzida para a mais baixa dose de manutenção efetiva (WILLENSE 1998), A metilprednisolona é utilizada na dosagem de 0,4 a 0,8mg /kg. O corticóide injetável de liberação lenta, tal como acetato de metilprednisolona, deve ser evitados em cães devido aos freqüentes efeitos colaterais (RHODES 2005). Corticosteróides podem provocar vários efeitos colaterais, como dificuldade na cicatrização de ferimentos, comedões; frouxidão dos ligamentos, distensão abdominal, diarréia, vômitos devido a diminuição na produção de muco, polifagia, hepatomegalia, atrofia testicular, anestro em fêmeas, hematomas devido a fragilidade capilar, neutrofilia, eosinopenia, linfopenia (GUAGUÈRE 2007) e ainda ulceração gástrica, poliúria, predisposição a infecções bacterianas e fúngicas, além de obesidade (LUCAS 2006). A poliúria e polidipsia ocorrem devido ao aumento da atividade dos glomérulos, que são as unidades da filtragem dos rins. Isto faz com que o animal excrete níveis mais elevados de urina. A perda estimula a sede na tentativa de substituir líquidos perdidos (FOSTER 2007). Pacientes acometidos por diabetes, pancreatite, doença hepática, presença de foco infeccioso, demodicose, micose, infecção viral e imunodepressão, está contra-indicado o uso dessas moléculas (GUAGUÈRE 2007).

21 2.7.6 CICLOSPORINA Este agente imunossupressor pode ser usado em doses baixas para tratar com sucesso a alergia em aproximadamente 60% dos pacientes. Pode também ser usado com a finalidade de reduzir as dosagens dos corticosteróides. Os efeitos adversos à curto prazo são problemas gastrointestinais. A dosagem pode frequentemente ser abaixada após algumas semanas do tratamento bem sucedido (FOIL 2003). A Ciclosporina A (CsA) é um composto isolado de extratos do fungo telúrico (Tolypocladium inflatum gams), utilizado desde o início dos anos setenta (STEFFAN 2006). Este fármaco tem sido empregado na prevenção da rejeição de transplante de órgãos em humanos desde Ela modula a resposta imunitária exagerada característica da dermatite atópica (PENEDA 2007), inibindo a ativação dos mastócitos, eosinófilos e células de Langerhans, reduzindo as respectivas funções de apresentação ao antígeno, explicando, deste modo, a ação do fármaco (DETHIOUX 2006, ZANINE 2007). Deve ser administrada 2 horas antes ou apos a alimentação, embora o jejum seja menos importante quando se utiliza a fórmula microemulsificada. A CsA é eliminada principalmente pela via hepática, havendo uma menor fração excretada pelos rins. Tem sido avaliada como opção terapêutica principalmente nos casos de atopia, fístula e ou furunculose perineal, pênfigo foliáceo e lúpus eritematoso, na dosagem de 5-10 mg/kg/sid por via oral. (STEFFAN 2006 TILLEY 2008). A aplicação local se revela ineficaz devido a ausência de penetração percutânea (DETHIOUX 2006). Os efeitos desejados aparecem após 4 semanas de uso. Estudos sugerem que a ciclosporina pode ter o mesmo efeito dos corticosteróides, porém com menos reações adversas (FERRER 2005). Vômitos e diarréia são os efeitos colaterais mais observados com o uso da ciclosporina, porém são prontamente resolvidos com a interrupção do tratamento; com a divisão da dose total em duas administrações diárias; com a adição de pequenas quantidades de alimento; ou com a administração conjunta de antieméticos. Outros efeitos colaterais em cães foram observados ao se administrar doses mais elevadas (>45 mg/kg/dia), incluindo hiperplasia gengival, papilomatose, bacteriúria, piodermites, nefropatia e supressão da medula óssea. (DETHIOUX 2006, STEFFAN 2006).

22 A ciclosporina não deve ser prescrita a pacientes na presença de insuficiência renal, hipertensão arterial sistêmica mal controlada, doenças neoplásicas, epilepsia, doenças infecciosas, animais prenhes, síndrome da má absorção intestinal e insuficiência hepática (ZANINE 2007) ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS Os ácidos graxos, linoléico (ômega-6), alfa-linolênico (ômega-3) e araquidônico, são denominados essenciais porque precisam ser adquiridos através da dieta, uma vez que o organismo não consegue produzí-los na quantidade necessária aos órgãos e tecidos. São utilizados na formação das membranas de todas as células e são precursores dos eicosanóides (fatores imprescindíveis nas respostas imunológicas e inflamatórias) servindo de base estrutural para a síntese de alguns hormônios, além de controlar o movimento transepidermal de água e outras moléculas da pele (WATSON 1998; SALMERON 2008). Os ácidos graxos otimizam a camada intercelular de lipídeos, dentro do extrato córneo, minimizando o fluxo de água percutâneo e aumentando a hidratação superficial (HARVEY 2008). A deficiência de ácidos graxos essenciais é rara em cães e gatos, podendo estar relacionada ao consumo de rações mal balanceadas, dietas caseiras, rações sem antioxidantes ou que foram mal armazenadas (oxidação de lipídios). O ômega-6 é oriundo do ácido linoléico e o componente de origem do ômega-3 é o ácido alfalinolênico. O ácido graxo ômega-6 é naturalmente obtido dos óleos de açafrão, soja, girassol, milho e também está presente na gordura de aves e de gordura de suínos, mas é muito pouco presentes na carne (DUNN 2002). O ácido graxo ômega-3 é encontrado em peixes marinhos de águas frias (salmão, truta, cavala, linguado), sementes de linho, soja. (SALMERON 2008) No caso de doenças de pele, a associação dos ácidos graxos essenciais com antihistamínicos ou com glicocorticóides revela-se muito eficaz tanto em cães quanto em gatos (SALMERON 2008). Na prática, estão a ser utilizado principalmente com outros tratamentos antipruriginosas, assim podendo reduzir as dosagens de corticóides e antihistamínicos (WILLENSE 1998; ANGARANO 1999; LÓPEZ 2002; DETHIOUX 2006, PENEDA

23 2007, CARR 2008). Estudos revelam que a combinação de ácidos graxos e anthistamínicos (clorfeniramina e hidroxizina) produziram controle do prurido em 43% dos cães atópicos (TRAPP 1999). Combatem a inflamação através da passagem da produção de mediadores próinflamtórios para a produção de prostaglandinas e leucotrienos não inflamatórios (DETHIOUX, 2006). Suplementos com ácidos graxos essenciais ajudam a controlar o prurido em 20 a 50 % dos casos com efeito benéfico normalmente em 3 a 4 semanas após o início do tratamento (MEDLEAU 2003), a proporção é de 5:1 para ômega 6 e ômega 3 (TILLEY, 2008). Segundo (DETHIOUX 2006) pode-se usar a dosagem consensual de 50mg/kg. Uma dieta adequada, com base na quantidade ômega 3/ômega- 6 podem ser muito úteis. (DIDIER, 2001). Entretanto, aumentar o índice dietético de ácidos graxos aumenta simultaneamente a exigência para a vitamina E pode igualmente aumentar a exigência para outras vitaminas e minerais envolvidos na utilização do ácido gordo (SALMERON 2008, WATSON, 1998) Raramente são relatados efeitos adversos na suplementação com ômegas, estando relacionados ao excesso da quantidade de ácidos graxos essenciais ingeridos na dieta. O excesso, pode provocar mau hálito, vômitos, diarréia, deficiência na agregação plaquetária (DIDIER, 2001) e, raramente, pancreatite (DETHIOUX, 2006). Alguns pesquisadores sugeriram que suplementos contendo ácidos graxos pudessem ser úteis também na prevenção da atopia nas proles dos animais acometidos. A teoria é que as mães atópicas grávidas têm uma quantidade diminuída de prostaglandina E (PGE) em seus sistemas. Como a PGE é necessário para o desenvolvimento de um sistema imunológico saudável nos neonatos. Se as mães são deficientes em PGE, sua prole pode ter maiores chances de desenvolver sistemas imunológicos anormais, aumentando a possibilidade de tornarem-se atópicos. O ácido gama linolênico (GLA), quando convertido a ácido dihomo gama linolênico (DGLA), causa a liberação de PGE. A suplementação da fêmea grávida com GLA, um mês antes do acasalamento e durante o período de lactação, pode aumentar a quantidade de PGE e diminuir a incidência de atopia em sua prole (NASH 2001) BIOTINA

24 É uma das vitaminas do complexo B e estudos mostraram que cães que apresentam de seborréia seca e processos alérgicos com ressecamento da pele, apresentam melhora quando recebem suplementação diária de biotina. A biotina é usada frequentemente em combinação com ácidos graxos para tratar cães com as alergias, sendo muito segura e não causa efeito secundário ou toxicidade. Pode ser encontrada em forma de pó suplementar contendo apenas biotina ou em fermento de fabricantes de cerveja (ACKERMAN, 1997) PENTOXIFILINA A pentoxifilina é um derivado da metilxantina com propriedades hematológicas e imunomoduladoras, melhorando as condições do fluxo sanguíneo através da diminuição da viscosidade, favorecendo a deformabilidade eritrocitária devido a sua ação sobre hemácias patologicamente comprometidas. Como conseqüência, melhora a microcirculação nutritiva em áreas com comprometimento do fluxo sanguíneo. Nos casos dermatológicos da espécie canina onde existem um comprometimento vascular ou imunológico, a pentoxifilina pode ser utilizada como auxiliar, em conjunto com outras terapias, devendo ser administrada por via oral. Em princípio, a posologia é baseada no tipo e na severidade do distúrbio circulatório, na tolerância individual do paciente e na resposta clínica esperada do medicamento. Normalmente utiliza-se 5 mg a 10 mg/kg BID, guardar pelo menos 4 semanas de tratamento antes de avaliar a resposta individual e se necessário promover um ajuste na dosagem. A pentoxifilina deve ser administrada em jejum ou, pelo menos, meia hora antes da alimentação, devendo-se evitar seu uso em animais gestantes (BLEICH, 2007) 2.8 PROGNÓSTICO O prognóstico é bom, embora alguns cães necessitem de tratamento de manutenção durante toda a vida, é comum as crises recidivantes com presença de prurido, de modo que ajustes individuais no tratamento possam ser necessários periodicamente, em cães que não respondam adequadamante ao tratamento devem-se excluir infecções secundárias por malassezia, escabiose, demodicose, alergia alimentar, por picada de

25 pulgas e ou de contato (MEDLEAU 2003, RHODES 2005). A doença é claramente hereditária, mas o modo exato desta transmissão ainda não foi esclarecido, então devese evitar acasalamentos de animais atópicos (ETTINGER 2004; ABRAHÃO 2008). Segundo (SHAW, 2007) cerca de 60% dos descendentes de cães atópicos terão o mesmo problema. Há boas evidências para sugerir que os cães atópicos apresentam melhores condições, requerem a administração de menos esteróides e o tratamento de suas complicações secundárias, desde que disponham de boa motivação de seus clientes, boa comunicação com eles e uma visão clara do que pode ser obtido. (HARVEY 2008).

26 3. METODOLOGIA A metodologia utilizada neste trabalho foi feita através da pesquisa na biblioteca do Centro de Ensino Superior de Maceió (CESMAC), localizada no município de Marechal Deodoro. Foram utilizados artigos científicos, revistas sobre clínica médica e também em artigos presentes na internet.

27 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Casos de dermatite atópica canina, vem sendo diagnosticada com uma freqüência cada vez maior na clínica de pequenos animais, tornando-se necessário que médico veterinário se familiarize com os principais sinais clínicos, exames complementares e protocolos terapêuticos empregados atualmente. O diagnóstico desta afecção é baseado no histórico, anamnese, nos sinais clínicos e confirmados através do teste intradérmico. O uso de corticosteróides ainda é a melhor opção para o controle da enfermidade, porém a associação com outras moléculas, e o uso da ciclosporina é uma grande opção para o futuro do controle da doença.

28 REFERÊNCIA ABRAHÃO, L. M; Dermatite atópica Canina. Leitura interativa disponível em < acesso em 15 de Nov. 08. ACKERMAN, L. Selecting fatty acid supplements for use in small animal dermatology.supplement to the Compendium on Continuing Education for the Practicing Veterinarian. 19(3); pág ANDRADE. S.F.. Manual de terapêutica veterinária. Ed. Roca. São Paulo ANGARANO D.W., MACDONALD JM. Imunoterapia em Atopia canina. Em Kirk's Current Veterinary Therapy XI, Bonagura, JD (ed.), WB Saunders Co., Philadelphia, Pp ARNOLD Jr., H.L.; ODOM L.B.; James W.D. A pele: estrutura básica e função. In: Doenças básicas da pele de Andrews: Dermatologia clínica. 8ed. São Paulo: Manole, p BANKS, W. J. Histologia Veterinária Aplicada. 2.ed. São Paulo: Manole, p. BIRCHARD, S.J; SHERDING, R.G; Manual saunders clínica de pequenos animais. Ed.Roca, Seção 5, pág BLEICH, M. I. Alergia em cães. Leitura interativa disponível em: < Laboratório Cepav. Acesso em 10. Nov BOND, R; LLOYD D.H. Double-blind comparison of three concentrated assencitial fatty acid supplements in the management of canine atopy. Vet. Dermatology. 4; 185, BOORD, MJ, ensaios in vitro no diagnóstico e tratamento da doença atópica. Em Kirk's Current Veterinary Therapy XIII, Bonagura, JD (ed.), WB Saunders Co., Philadelphia, Pp CARR, A.; Utilização dos ácidos graxos essenciais na clínica veterinária. DACV Vet Med. Santa fé. New méxico CHEVILLE, F. N. Introdução a patología veterinaria, 2ª edição, pag169, ed. Roca DANGELO, J.G.; FATTINE, C.A. Sistema tegumentar. In:. Anatomia humana sistema e segmentar: para o estudante de medicina. 2. ed. São Paulo: Ateneu, p DETHIOUX. F; Dermatite atópica canina, desafio para o clínico. Walthan Focus. Edição especial. Royal canin DIDIER, N. C. França. World small animal veterinary association. France, 2001.

29 DUNN, T.J.; Fatty acids, you and your pet leitura interativa disponível em: Acesso em: 24. Dez ELLERIN, J.L.; Bourdeau, P.; Sebbag, H.; Person, J.M. Epidemiosurveillance of antimicrobial compound resistance of Staphylococcus intermedius clinical isolates from canine pyodermas. Comp. Immun., Microb & Infec. Dise. 21, p , ETTINGER, S.J.; Felldman, E.C.; Tratado de Medicina Interna Veterinária, 5º ed. Vol. 2, Rio de Janeiro: Guanabara, FERRER, L.; Canine atopic dermatitis: Evidence based dermatology. The North American Veterinary Conference. Orlando, florida FOIL, S.C.; canine atopics dermatitis in: the Veterinary Information Network, FOSTER; SMITH; Corticosteroides.Leitura interativa disponível em: Acesso em: 24. dez GAYLE, S. Current veterinary dermatology. Missouri: Mosby year book, 378,1993 GUAGUÈRE, E; BENSIGNOR E. Terapêutica dermatológica do cão. Cap. 3. Pág Ed. Roca HARVEY, R. G; MARKWELL, P; Manejo da atopia em cães. Walthan news. Jan, fev, HILLIER, A. allergy testing and treatment for canine atopic dermatitis. Veterinary medicine, V.97, n.3, p , JONES, T. C.; Hunt, D. R.; King, W. N., Patologia veterinária. 6ª edição. Pág.859. ed. Manole, JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. LÓPEZ, J.R; Uso de fármacos em dermatologia de pequeños animales. Difusíon veterinária. Universidade de Léon. Pág Lorenz, M. D.; CORNELIUS, L.M.; Diagnóstico clínico em pequenos animais, 2ª edição, pág. 93, Ed. Interlivros, LORENZ, M.D.; CORNELIUS, L.M.; Ferguson, D.C. Terapêutica clínica em pequenos animais. Ed. Interlivros, 1ª edição, pág LUCAS, R.; Diagnóstico diferencial das principais doenças alérgicas de cães, Revista nosso clínico, MEDLEAU. L; HNILICA, A. K.; dermatologia de pequenos animais. Atlas colorido e guia terapêutico. Cap.6, pág , 1ª ed. Ed. Roca, 2003.

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