PNPB/MS GTI PLANO NACIONAL DE PROMOÇÃO DA BICICLETA E OUTROS MODOS SUAVES

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1 PLANO NACIONAL DE PROMOÇÃO DA BICICLETA E OUTROS MODOS SUAVES RESUMO DOS CONTRIBUTOS DA 2ª REUNIÃO DE AUSCULTAÇÃO DE STAKEHOLDERS A. Transportes Colectivos do Barreiro Eng. Nuno Ferreira A rede ciclável do município do Barreiro está em construção, estando prevista a sua ligação ao transporte rodoviário; Os TCB dispõem de viaturas adaptadas para o transporte de bicicletas. O maior constrangimento identificado é o espaço que a bicicleta ocupa em hora de ponta. B. Invesfer Dr. Luís Silvestre (Gestor do Plano Nacional de Ecopistas) O Plano Nacional de Ecopistas envolve 49 municípios, tendo por objectivo a reconversão das antigas linhas férreas em pistas adaptadas à utilização das bicicletas. Um dos seus propósitos é o desenvolvimento rural. A não continuidade dos troços das ecopistas não permite ter uma rede de nível nacional; Existem algumas ecopistas que promovem a intermodalidade (percurso ciclável e pedonal), nomeadamente a linha do Dão desde a estação de Santa Comba Dão até Viseu (extensão de 49km, em fase final) e a linha do Tâmega; O projecto Autolib em Paris ( é um programa de partilha de carros eléctricos fabricados em Turim pelo grupo Bolloré, integrando pontos de carregamento espalhados pela cidade e estacionamento garantido. O objectivo é retirar carros das congestionadas ruas parisienses, melhorando, a qualidade do ar da cidade. O projecto surgiu na sequência do sucesso do Vélib sistema de partilha de bicicletas, contando, actualmente, com 17 mil veículos, estações uma em cada 300 metros; Defende que seja alterado o Código da Estrada de forma a incluir a bicicleta como um meio de transporte; A introdução de zonas 30, para travar a velocidade do automóvel, seria um ponto importante na promoção da mobilidade ciclável; Considera que a meta estabelecida para 2012 não é possível de alcançar e sugeriu que fossem tidos em conta os dados recolhidos pelo INE nos Censos de 2011; A intermodalidade é um aspecto fundamental na governança do espaço público (Ex. estação da Pontinha); Informou ainda que irá decorrer a National Bike Summit em Nova Iorque de 8 a 10 de Março de 2011 ( C. CP Eng. Gualdino Cruz O transporte público não está vocacionado para o transporte de bicicletas; Nos últimos meses a CP construiu parques de estacionamento nas 83 estações concessionadas pela Refer. No entanto, a sua utilização é muito baixa; 1

2 As ecopistas são importantes num contexto de lazer, mas não são a solução para as deslocações; Há barreiras físicas a ultrapassar e há que promover a acalmia de tráfego no sentido de possibilitar a convivência dos diferentes utilizadores, protegendo o mais fraco. D. Carris Eng. Carlos Miguel A Carris tem desenvolvido acções de promoção da bicicleta desde 2007, data em que implementou o serviço bikebus permitindo o transporte de bicicleta em 2 carreiras aos fins-de-semana e feriados. Em 2009 alargou esta possibilidade a 6 carreiras, sem qualquer restrição, e em 2010 a 8 carreiras. A escolha das carreiras procurou privilegiar zonas da cidade com maior apetência para o uso da bicicleta, nomeadamente a Zona Oriental e o parque de Monsanto; Este serviço foi divulgado através da distribuição de flyers e do site da Carris, no qual também estão disponíveis as condições gerais de transporte; As infra-estruturas de apoio à bicicleta têm uma fraca utilização e requerem vigilância para que o utilizador tenha confiança em usar as consolas e os abrigos para guardar os seus objectos; O sentimento de insegurança relativo ao uso da via pública precisa de ser ultrapassado; Entende que é necessário rever o Código da Estrada para tornar compatível a coexistência dos diferentes meios; Sugere promover a bicicleta junto dos núcleos escolares, de forma a incentivar as deslocações até 5km, à semelhança do projecto Bicibus. Deverá ainda existir formação específica nas escolas; Os locais de emprego deverão promover a utilização dos modos suaves e ao mesmo tempo dificultar o acesso ao estacionamento gratuito do TI; Os dirigentes e os políticos deverão dar o exemplo; Psicologicamente, é necessário desdramatizar o uso da bicicleta; O desenvolvimento de incentivos fiscais para a compra e manutenção da bicicleta é outro dos pontos a abordar; A Carris é contra o uso do Corredor Bus pelas bicicletas, porque diminui a velocidade comercial e não oferece segurança ao ciclista. E. Metropolitano de Lisboa Eng.ª Mafalda Veiga Alves Eng. Miguel Aparício O Metropolitano de Lisboa integra a Alamys (Asociación Latinoamericana de Metros y Subterráneos) e a UITP (International Association of Public Transport); O Metropolitano de Lisboa tem evoluído no que toca à possibilidade de transporte de bicicletas, mas mantém algumas restrições. Está a ser discutido internamente a possibilidade de alargamento de horário e de novas áreas de estacionamento para bicicletas. 2

3 Enviará o seu contributo F. Refer Eng. Eduardo Borges Pires É necessário uniformizar as condições de transporte de bicicletas, bem como proceder a melhorias na via pública; A Refer, nas estações que não estão concessionadas à CP, tem promovido o estacionamento para bicicletas em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa; A Refer é parceira do projecto das Ecopistas, nos troços desactivados. G. Transtejo/Soflusa Dra. Marisa Fatela A Transtejo impõe limites ao transporte de bicicletas, no entanto está disponível para rever a questão, em função da procura. Tem ainda promovido estacionamento para bicicletas junto das estações fluviais, apesar da procura ser baixa. No entanto, caso se registe uma maior procura, está disposta a alargar o estacionamento. H. Fertagus Sr. João Rodrigues Desde 2005 que a Fertagus permite o transporte de bicicletas. Em 2006, implementou locais de estacionamento para bicicletas, que reforçou em 2010; A maior dificuldade é o transporte das bicicletas em hora de ponta. O transporte de bicicletas compactas não tem qualquer restrição; Os operadores têm feito esforços no sentido de promover a intermodalidade TP/bicicleta, no entanto falta desenvolver esforços em outras áreas; Entende que a bicicleta deve ser encarada como um meio complementar e não como um meio exclusivo. I. Metro Sul do Tejo Dra. Cristina Vasconcelos A MTS permite o transporte gratuito de bicicletas. Em hora de ponta o transporte é limitado a 2 veículos; As Câmaras Municipais do Seixal e de Almada apostam nas infra-estruturas cicláveis, pelo que todas as estações da MTS são acessíveis por bicicleta; A MTS não dispõe de espaço, junto às paragens, para promover o estacionamento de bicicletas. Vai enviar nova informação. 3

4 J. Rede Nacional de Expressos Dr. Carlos Oliveira Nos autocarros de longo curso é permitido o transporte de bicicletas dobradas, acondicionadas como bagagem; O transporte de bicicletas regista alguma procura no mês de Agosto, por parte dos turistas estrangeiros. Antes da viagem, os clientes costumam contactar o callcenter para conhecer as condições de transporte; É, no entanto, necessário melhorar as infra-estruturas dos transportes colectivos, nomeadamente no que diz respeito às suas condições de segurança e acessibilidade. K. Barraqueiro Eng. Martinho Santos Costa Eng. Nuno Carmo A Barraqueiro não tem tido solicitações para transporte de bicicletas. Considera que o maior problema é o acesso às paragens, bem como o estacionamento das bicicletas; As bicicletas não estão preparadas para circular nas cidades, entendendo que a sua circulação nos corredores bus é muito complicada. L. SMTUC Eng. António Coelho Permitem o transporte de bicicletas nos seus autocarros há bastante tempo e sem restrições, no entanto, a procura deste serviço é praticamente inexistente; Na cidade de Coimbra a orografia constitui uma barreira ao uso da bicicleta. M. TREVO Transportes Rodoviários de Évora Dr. Rui Cristo A Trevo permite o transporte de bicicletas nos seus autocarros (desde que a lotação também o permita), sem cobrar qualquer tarifa; Évora poderia ser um case study dado que é uma cidade quase plana, tem ecopistas, mas não tem aderentes ao uso da bicicleta, a não ser grupos que se deslocam em bicicleta por motivos de lazer. N. ANTROP Dr. Oswaldo Moreno A ANTROP está disponível para promover o Plano, reconhecendo que actualmente há pouco interesse pela bicicleta. Entende que se houver procura, os operadores saberão adaptar-se; É necessário fazer alterações ao nível do ordenamento do território e as ciclovias têm de ser eficazes, rápidas, seguras, e vocacionadas para as deslocações casa-trabalho ou casaescola. 4

5 O. TRANSDEV Sr. Christophe L Henaff Considera que existem quatro pontos-chave para desenvolver a utilização da bicicleta: o Condições físicas adaptadas para os utilizadores nas cidades: pistas adaptadas, vias reservadas e uma atenção particular para os pontos de cruzamento. As conexões com a rede de TP devem encarar as bicicletas como um modo complementar; o Implementar sistemas de aluguer de bicicletas de longo prazo (1, 2 meses) (ex. França); o Implementar sistemas de Bikesharing, permitindo experimentar sem compromisso (Ex. Paris). Se aproveitar o efeito moda pode ser um acelerador à utilização da bicicleta; o Condições de estacionamento de bicicletas/problemas de segurança: desenvolver cartões de acesso reservado ao estacionamento (que pode ser implementado em edifícios públicos abandonados) que evite o roubo das bicicletas e promover a localização de estacionamento em pontos-chave (como escolas ou hospitais). P. Metro do Porto Eng. Pedro Costa O Metro do Porto permite o transporte das bicicletas dobradas como volume de bagagem e pondera alargar o transporte de bicicletas ao sábado (dia inteiro) e às horas de ponta com limite a 1 bicicleta. Estão neste momento a identificar estações para proceder à colocação de estacionamento e nova sinalética; Entende que devem ser considerados no Plano: preocupações com a segurança e vigilância do estacionamento para bicicletas; revisão da legislação relativa aos Planos de Mobilidade Municipal; apoio técnico e financeiro à promoção dos modos suaves, nomeadamente interfaces. Q. STCP Eng. João Aires de Sousa Nos veículos de tipo 1 é possível transportar bicicletas. De referir que os carrinhos de bebé e as cadeiras de roda têm prioridade sobre a bicicleta; A bicicleta deve ser um parceiro do sistema de transportes, pelo que deverá ser possível deixar a bicicleta em determinado ponto e a seguir entrar num autocarro; Não concorda com o transporte de bicicletas no exterior, nem com a sua circulação no corredor bus, devido à diminuição da velocidade comercial e ao perigo que representa ter um autocarro e uma bicicleta em paralelo; É necessário fazer muitas adaptações às cidades para que possam acolher as bicicletas. O papel das autarquias é determinante na promoção dos modos suaves, com especial relevância para o andar a pé, e na sua interligação com as paragens do transporte colectivo. 5

6 R. ARRIVA Sr. Manuel Oliveira No Norte do país não existem ciclovias, corredores de bus, as paragens com abrigo são poucas; A promoção da mobilidade ciclável passa pela atitude, infra-estruturas e pela promoção das bicicletas de uso comum. Ao ultrapassar as barreiras para o uso da bicicleta deixa de ser necessário equipar os veículos de transporte colectivo com suportes para bicicletas, minimizando assim o investimento necessário; A Arriva não tem domínio das infra-estruturas, pelo que apenas poderá actuar na promoção da intermodalidade através da promoção de títulos de transporte. 6