UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ. Daniela Caruso Pereira

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1 1 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Daniela Caruso Pereira TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (T.C.C) CURITIBA 2010

2 2 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (T.C.C) CURITIBA 2010

3 3 Daniela Caruso Pereira TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (T.C.C) Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Medicina Veterinária da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para obtenção do grau de Médico Veterinário. Orientadora Acadêmica: Dra. Maria Aparecida de Alcântara Orientadora Profissional: Dra. Gisalda Bortolotto. CURITIBA 2010

4 4 TERMO DE APROVAÇÃO Daniela Caruso Pereira TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (T.C.C) Este trabalho de Conclusão de Curso foi julgado e aprovado para a obtenção de título Médico Veterinário por uma banca examinadora do curso de Medicina Veterinária da Universidade Tuiuti do Paraná. Curitiba, 16 de junho de Medicina Veterinária Universidade Tuiuti do Paraná Orientadores: Profª Drª Maria Aparecida de Alcântara Universidade Tuiuti do Paraná Profa. Dra. Elza Maria Galvão Ciffoni Universidade Tuiuti do Paraná Prof. Dr. Lourenço Rolando Malucelli Neto Universidade Tuiuti do Paraná

5 5 Aos meus pais, Nilton e Luciana, minha família e meu esposo, pelo apoio e pela dedicação, a Ninna, Hully, Ranny e Chambinho pela inspiração, motivação e alegria. DEDICO

6 6 A nós seres humanos, Deus outorgou a proteção e a condução de nossos irmãos mais novos, os animais. (Chico Xavier)

7 7 AGRADECIMENTOS Primeiramente agradeço a Deus, por ter me dado o dom da vida e a oportunidade de ajudar aqueles que exigem o mínimo de nós, os animais. Agradeço imensamente aos meus pais Nilton e Luciana pela educação que a mim foi dada, pelo meu crescimento como pessoa, pela dedicação, força, pela paciência e por ter sempre acreditado no meu potencial. Especialmente ao meu pai Nilton, por ter estado sempre ao meu lado antes e depois da sua partida, que dedicou anos da sua vida tentando me oferecer sempre o melhor, acreditando sempre que um dia eu iria realizar todos os meus sonhos. Ao meu esposo, que contribuiu para a realização deste trabalho, e que esteve comigo sempre nos piores e melhores momentos, agradeço de todo meu coração pelas noites sem dormir, e pela enorme paciência que a mim foi dedicada, me ajudando sempre de todas as formas e acreditando sempre na minha capacidade profissional. Aos meus familiares e amigos, à minha tia Lúcia que colaborou com a realização deste sonho, pela força, pelo apoio, sempre me incentivando a nunca desistir. Aos meus colegas de faculdade, agradeço pelo companheirismo e pelo incentivo nestes longos anos.

8 8 Aos profissionais da S.O.S Clínica Veterinária pelo meu primeiro estágio e também pelo estágio curricular, onde aprendi os ensinamentos básicos de um ótimo profissional, oportunidade de vivenciar e a capacidade de amar os animais acima de tudo e de qualquer circunstância. Agradeço à Professora Doutora Maria Aparecida de Alcântara, pela orientação e por me guiar nestes últimos caminhos da vida universitária e início da vida profissinal. Agradeço aos inúmeros professores e profissionais da área que passaram por mim e que deixaram uma semente do conhecimento plantado em minha vida. Aos meus filhos de coração Ninna, Hully, Ranny e Chambinho que foram as minhas inspirações durantes todos estes anos, e que me motivaram a lutar dia a dia.

9 9 APRESENTAÇÃO Este trabalho de Conclusão de Curso (T.C.C) é apresentado ao Curso de Medicina Veterinária da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do título de Médico Veterinário. É composto de um Relatório de Estágio, no qual são descritas as atividades realizadas por Daniela Caruso Pereira durante o período de 18 de fevereiro a 12 de abril de 2010, na S.O.S Clínica Veterinária, localizada no município de Curitiba, cumprindo estágio curricular.

10 10 RESUMO O Estágio Curricular Supervisionado foi realizado na S.O.S Clínica Veterinária na Avenida Comendador Franco, 3036 bairro Guabirotuba município de Curitiba Paraná. Com um total de 360 horas, teve início em 18 de fevereiro e término em 12 de abril de 2010, sob a supervisão profissional da Médica Veterinária Dra. Gisalda Bortolotto (CRMV PR 3917), proprietária e diretora da clínica e sob a orientação acadêmica da Professora Dra. Maria Aparecida de Alcântara. As atividades realizadas abrangeram as áreas da Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais, Radiologia, Laboratório Clínica e como complementar a área de Acupuntura. Durante o período de estágio acompanhados os exames laboratoriais, de imagens e juntamente com o clínico, observar como a vivência é importante para entender o paciente e o proprietário. Duranteo período analisado, houve uma maior incidência em imunoprofilaxias, seguida da tratamentos dermatológicos, e desverminações. Além disso, a casuística maior foi na espécie canina que totalizou 84% dos casos. Para o relato de casos clínicos foram escolhidas uma paciente que apresentou Babesiose e outra com Demodicidose Juvenil Generalizada. Palavras chave: babesiose canina, anemia hemolítica em cães, demodicidose juvenil generalizada, ivermectina.

11 11 LISTA DE ABREVIATURAS DAAP: Dermatite Alérgica a Picada de Pulga DDIV: Doença do Disco Intervertebral SID: uma vez ao dia BID: duas vezes ao dia TID: três vezes ao dia µm: micrômetro ou mícron mg: miligramas Kg: kilograma mg/kg: miligrama por kilo ml: mililitro CID: Coagulação Intravascular Disseminada SSP: espécie VCM: Volume Corpuscular Médio CHCM: Concentração de hemoglobina Corpuscular Média IFI: Imunofluorescência Indireta PCR: Reação em Cadeia de Polimerase SRD: sem raça definida g: grama dl: decilitro VO: via oral Dra: doutora AVC: Acidente Vascular Cerebral

12 12 LISTA DE QUADROS QUADRO 1 - FREQUÊNCIA DE DISTRIBUIÇÃO DE ATENDIMENTOS DURANTE O ESTÁGIO REALIZADO NA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA NO PERÍODO DE 18 DE FEVEREIRO A 12 DE ABRIL DE 2010, SEGUNDO A ESPÉCIE E O SEXO QUADRO 2 - DISTRIBUIÇÃO DOS EXAMES ELETROCARDIOGRÁFICOS, ULTRASSONOGRÁ - FICOS E RADIOGRÁFICOS ACOMPANHADOS DURANTE O ESTÁGIO REALIZADO NA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA NO PERÍODO DE 18 DE FEVEREIRO A 12 DE ABRIL DE 2010, SEGUNDO A ESPÉCIE E O SEXO QUADRO 3 - DISTRIBUIÇÃO DAS REGIÕES RADIOGRAFADAS ACOMPANHADAS DURANTE O ESTÁGIO REALIZADO NA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA NO PERÍODO DE 18 DE FEVEREIRO A 12 DE ABRIL DE 2010, SEGUNDO A ESPÉCIE E O SEXO QUADRO 4 - INTERVENÇÕES CIRÚRGICAS ACOMPANHADAS DURANTE O ESTÁGIO REALIZADO NA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA NO PERÍODO DE 18 DE FEVEREIRO A 12 DE ABRIL DE 2010, SEGUNDO A ESPÉCIE E O SEXO... 33

13 13 QUADRO 5 - TRATAMENTOS COM A ACUPUNTURA DURANTE O ESTÁGIO REALIZADO NA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA NO PERÍODO DE 18 DE FEVEREIRO A 12 DE ABRIL DE 2010, SEGUNDO A ESPÉCIE E O SEXO QUADRO 6 - ENFERMIDADES OBSERVADAS NO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO ACOMPANHADAS DURANTE O ESTÁGIO REALIZADO NA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA NO PERÍODO DE 18 DE FEVEREIRO A 12 DE ABRIL DE 2010, SEGUNDO A ESPÉCIE E O SEXO QUADRO 7 - DOENÇAS DERMATOLÓGICAS ACOMPANHADAS DURANTE O ESTÁGIO REALIZADO NA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA NO PERÍODO DE 18 DE FEVEREIRO A 12 DE ABRIL DE 2010, SEGUNDO A ESPÉCIE E O SEXO QUADRO 8 - ALTERAÇÕES GASTROINTESTINAIS ACOMPANHADAS DURANTE O ESTÁGIO REALIZADO NA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA NO PERÍODO DE 18 DE FEVEREIRO A 12 DE ABRIL DE 2010, SEGUNDO A ESPÉCIE E O SEXO QUADRO 9 - ALTERAÇÕES NEUROLÓGICAS ACOMPANHADAS DURANTE O ESTÁGIO REALIZADO NA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA NO PERÍODO DE 18 DE FEVEREIRO A 12 DE ABRIL DE 2010, SEGUNDO A ESPÉCIE E O SEXO... 35

14 14 QUADRO 10 - ALTERAÇÕES ODONTOLÓGICAS ACOMPANHADOS DURANTE O ESTÁGIO REALIZADO NA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA NO PERÍODO DE 18 DE FEVEREIRO A 12 DE ABRIL DE 2010, SEGUNDO A ESPÉCIE E O SEXO... 36

15 15 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - S.O.S. CLÍNICA VETERINÁRIA FIGURA 2 - CONSULTÓRIO 1 DA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA FIGURA 3 - CONSULTÓRIO 1 DA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA FIGURA 4 - CONSULTÓRIO 2 DA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA FIGURA 5 - ÁREA DE RECEPÇÃO DA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA FIGURA 6 - ÁREA DE RECEPÇÃO DA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA FIGURA 7 - SALA PARA EXAMES RADIOGRÁFICOS DA S.O.S. CLÍNICA VETERINÁRIA FIGURA 8 - LABORATÓRIO CLÍNICO DA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA FIGURA 9 - SALA DE CIRURGIA DA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA FIGURA 10 - SALA DE CIRURGIA DA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA FIGURA 11 - PERCENTUAL DE ATENDIMENTOS ACOMPANHADOS DURANTE O ESTÁGIO REALIZADO NA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA NO PERÍODO DE 18 DE FEVEREIRO A 12 DE ABRIL DE FIGURA 12 - PERCENTUAIS DE ESPÉCIES E SEXOS ACOMPANHADOS DURANTE O ESTÁGIO REALIZADO NA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA NO PERÍODO DE 18 DE FEVEREIRO A 12 DE ABRIL DE

16 16 FIGURA 13 Dermacentor reticulatus FIGURA 14 Rhipicephalus sanguineus FIGURA 15 - Riphicephalus sanguineus MACHO FIGURA 16 - Riphicephalus sanguineus FÊMEA FIGURA 17 - FASES DE DESENVOLVIMENTO DO CARRAPATO FIGURA 18- CICLO EVOLUTIVO DO Rhipicephalus sanguineus FIGURA19- OVODEPOSIÇÃO DE Rhipicephalus sanguineus FIGURA 20 - ANISOCITOSE FIGURA 21 POLICROMATOFILIA FIGURA 22 - CORPÚSCULO DE HOWELL JOLLY... FIGURA 23 - IMUNOFLUORESCENDIA INDIRETA (IFI) FIGURA 24 - TESTE DE ELISA (IMUNOENSAIO ENZIMÁTICO) FIGURA 25 - PCR (REAÇÃO DE POLIMERASE EM CADEIA) FIGURA 26 - PACIENTE MARIA PETÚNIA FIGURA 27 - CARRAPATO EM REGIÃO DORSAL NA PACIENTE MARIA PETÚNIA... FIGURA 28 - DISTRIBUIÇÃO DA DEMODICIDOSE GENERALIZADA EM CÃO FIGURA 29 - OVO DE Demodex canis FIGURA 30 - LARVA DE Demodex cani FIGURA 31 - NINFA DE Demodex canis FIGURA 32 - ADULTO DE Demodex canis FIGURA 33 - PACIENTE WENDY FIGURA 34 - ALOPECIA MULTI FOCAL DIFUSA NA PACIENTE WENDY FIGURA 35 - ALOPECIA MULTI FOCAL DIFUSA NA PACIENTE WENDY FIGURA 36 - ALOPECIA E CROSTAS MULTI FOCAL E DIFUSA NA ORELHA DA PACIENTE WENDY 48 57

17 17 NA ORELHA DA PACIENTE WENDY FIGURA 37 - ALOPECIA MULTI-FOCAL DIFUSA E PÚSTULAS EM REGIÃO ABDOMINAL NA PACIENTE WENDY... FIGURA 38 - EXAME PARASITOLÓGICO DE RASPADO PROFUNDO POSITIVO PARA Demodex canis DA 75 PACIENTE WENDY... FIGURA 39 - PACIENTE WENDY DECORRIDOS 8 SEMANAS

18 18 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO CORPO CLÍNICO E FUNCIONÁRIOS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DESCRIÇÃO DE CASOS CLÍNICOS BABESIOSE Morfologia e Etiologia Rhipicephalus sanguineus Epidemiologia Controle Transmissão e Ciclo Evolutivo Patogenia Aspectos Clínicos Aspectos Hematológicos Anemia Anemia Hemolítica ou Regenerativa Aspectos Bioquímicos e Renais Diagnóstico Diagnóstico Diferencial Tratamento Prevenção e Profilaxia Caso Clínico Anamnese Exame Físico Exames Complementares Diagnóstico Tratamento Discussão do Caso Clínico DEMODICIDOSE JUVENIL GENERALIZADA Morfologia Patogenia e Transmissão Aspectos Clínicos Diagnóstico Tratamento Prognóstico Caso Clínico Anamnese Exame Físico Exames Complementares Diagnóstico Tratamento Discussão do Caso Clínico CONCLUSÃO... 79

19 10 REFERÊNCIAS ANEXO ANEXO

20 20 1 INTRODUÇÃO O relatório apresentado refere-se ao estágio curricular realizado na S.O.S Clínica Veterinária na Cidade de Curitiba, no período de 18 de fevereiro a 12 de abril de O estágio foi realizado no setor de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais, onde foi possível aplicar na prática conhecimentos adquiridos durante o curso de Medicina Veterinária, juntamente com o acompanhamento de profissionais. A S.O.S Clínica Veterinária está situada na Avenida Comendador Franco, número 3036, bairro Guabirotuba, em Curitiba, Paraná. As consultas são realizadas de segunda a sábado das 08:30 às 20:00 hs, e de domingo das 09:00 às 19:00 hs, com o clínico plantonista, além de atendimentos em domícílio. Inicialmente, as recepcionistas recebem os pacientes e seus responsáveis, encaminhando-os aos consultórios. Durante as consultas o acadêmico do curso de Medicina Veterinária pode acompanhar os procedimentos, auxiliando quando necessário; também tem a possibilidade de acompanhar e auxiliar nos exames radiográficos, ultrassonográficos, assim como nas colheitas de material e na medicação de pacientes internados. O estágio teve a duração de 360 horas, sob a orientação profissional da Dra. Gisalda Bortolotto (CRMV PR 3917) e a orientação acadêmica da Professora Dra. Maria Aparecida de Alcântara, o que permitiu aprender acrescentando no meu desenvolvimento profissional.

21 21 No presente trabalho estão descritas as atividades desenvolvidas na clínica durante o período de estágio, os casos clínicos acompanhados, e dois relatos de casos, cujos temas são Babesiose e Demodicidose Juvenil Generalizada.

22 22 2 DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO A S.O.S Clínica Veterinária (FIGURA 1), encontra-se na Avenida Comendador Franco 3036, bairro Guabirotuba, no município de Curitiba Paraná. FIGURA 1 S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA,2010 A S.O.S Clínica Veterinária foi fundada em 3 de julho de 1995, com um conceito em oferecer sempre o que há de melhor na qualidade de vida dos pequenos animais. É composta por 3 consultórios podendo 2 deles serem visualizados nas FIGURAS 2, 3 e 4; ala de internamento; área de recepção FIGURAS 5 e 6, sala para exames radiográficos FIGURA 7, laboratório clínico FIGURA 8, sala de cirurgia FIGURAS 9 e 10 e farmácia. Ainda possui área para banho e tosa, cozinha, uma área administrativa e financeira. A S.O.S Clínica Veterinária também possui um veículo para os atendimentos a domícilio.

23 23 FIGURA 2 CONSULTÓRIO 1 DA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA, 2010 FIGURA 3 CONSULTÓRIO 1 DA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA, 2010

24 24 FIGURA 4 CONSULTÓRIO 2 DA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA, 2010 FIGURA 5 ÁREA DE RECEPÇÃO DA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA, 2010

25 25 FIGURA 6 ÁREA DE RECEPÇÃO DA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA, 2010 FIGURA 7 SALA PARA EXAMES RADIOGRÁFICOS DA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA, 2010

26 26 FIGURA 8 -LABORATÓRIO CLÍNICO DA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA, 2010 FIGURA 9 SALA DE CIRURGIA DA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA, 2010

27 FIGURA 10 - SALA DE CIRURGIA DA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA,

28 CORPO CLÍNICO E FUNCIONÁRIOS O quadro de funcionários da S.O.S Clínica Veterinária é composto por 6 Médicos Veterinários, sendo 4 clínicos e 2 cirurgiões. Do corpo clínico destaca-se especialistas em dermatologia, odontologia e acupunturista. Dentre os cirurgiões encontra-se um especialista em ortopedia. A anestesista não integra o corpo clínico, sendo contratada para os procedimentos cirúrgicos. A Clínica ainda conta com uma estagiária remunerada que acompanha a rotina. Dentre os funcionários destacam-se duas recepcionistas, a responsável pela limpeza e três funcionários responsáveis pelo banho e tosa.

29 29 3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Durante o estágio curricular foram acompanhados atendimentos clínicos em diversas especialidades como, dermatologia, ortopedia, odontologia, neurologia, acupuntura, anestesiologia, colheita de material para exames complementares e de biópsia, acompanhamentos em procedimentos cirúrgicos, diagnóstico por imagem como, radiografias e ultrassonografias, além da realização de prescrições médicas e acompanhamento de pacientes internados e seus prognósticos, junto ao responsável clínico (FIGURA 11). Durante o período de estágio foram atendidos 46% de cães fêmeas seguido de 38% de cães machos (FIGURA 12). Os atendimentos clínicos acompanhados, podem ser observados no quadro 1, distribuídos de acordo com a espécie e sexo.

30 30 FIGURA 11 - PERCENTUAL DE ATENDIMENTOS ACOMPANHADOS DURANTE O ESTÁGIO REALIZADO NA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA NO PERÍODO DE 18 DE FEVEREIRO A 12 DE ABRIL DE % 2% 5,70% 4,00% 9,00% 4% Acupuntura Alterações Reprodutivas Dermatologia 24% Derverminação Eut anásia Gastroenterologia Imunoprofilaxia Neurologia Odontologia 6,00% 18% Ortopedia 2% FIGURA 12 - PERCENTUAIS DE ESPÉCIES E SEXOS ACOMPANHADOS DURANTE O ESTÁGIO REALIZADO NA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA NO PERÍODO DE 18 DE FEVEREIRO A 12 DE ABRIL DE ,20% 46% 6,70% 38% Cães Machos Cães Fêmeas Felinos Machos Felinos Fêmeas

31 31 QUADRO 1 FREQUÊNCIA DE DISTRIBUIÇÃO DE ATENDIMENTOS DURANTE O ESTÁGIO REALIZADO NA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA NO PERÍODO DE 18 DE FEVEREIRO A 12 DE ABRIL DE 2010, SEGUNDO A ESPÉCIE E O SEXO ESPÉCIES CANINA FELINA PROCEDIMENTOS CLÍNICOS M F M F TOTAL N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) Acupuntura 6 (6,5%) 2 (2%) 1 (4,5%) 1 (6%) 10 (4,3%) Alterações do (9%) (4%) aparelho reprodutor feminino Dermatologia 29 (31%) 22 (22%) 3 (13%) 2 (12%) 56 (24%) Desverminação 16 (17%) 14 (14%) 8 (36%) 4 (25%) 42 (18%) Eutanásia 2 (2%) 1 (1%) (6%) 4 (1,7%) Gastroenterologia 6 (6,5%) 8 (8%) (6%) Imunoprofilaxia 17 (18%) 23 (23%) 10 (45%) 7 (44%) 57 (25%) Neurologia 3 (3,2%) 9 (9%) (6%) 13 (5,7%) Odontologia 1 (1%) 3 (3%) (1,7%) Ortopedia 13 (14%) 8 (8%) (9%) TOTAL 93 (100%) 99 (100%) 22 (100%) 16 (100%) 230 (100%) Durante o período de estágio curricular observou se uma incidência maior em imunoprofilaxias sendo utilizadas vacinas Rabisin (anti rábica), Vanguard HTLP5/CV-L (cepas da parvovirose, cinomose, adenovirus, parainfluenza, coronavirose e leptospirose canina), BronchiGuard (Bordetella bronchiseptica), Felocell CVR (calicivirose, rinotraqueíte e panleucopenia dos felinos).

32 32 QUADRO 2 - DISTRIBUIÇÃO DOS EXAMES ELETROCARDIOGRÁFICOS, ULTRASSONOGRÁFICOS E RADIOGRÁFICOS ACOMPANHADOS DURANTE O ESTÁGIO REALIZADO NA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA NO PERÍODO DE 18 DE FEVEREIRO A 12 DE ABRIL DE 2010, SEGUNDO A ESPÉCIE E O SEXO EXAMES ESPÉCIES CANINA FELINA M F M F TOTAL N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) Eletrocardiogramas 1 (5%) 1 (7%) (5.5%) Radiografias 10 (60%) 12 (71%) 1 (50%) (62%) Ultrassonografias 7 (35%) 3 (21%) 1 (50%) 1 (100%) 12 (32%) TOTAL 20 (100%) 14 (100%) 2 (100%) 1 (100%) 37 (100%) Nota-se que houve uma predominância nas radiografias totalizando 62% dos atendimentos, seguido das ultrassonografias. QUADRO 3 - DISTRIBUIÇÃO DAS REGIÕES RADIOGRAFADAS ACOMPANHADAS DURANTE O ESTÁGIO REALIZADO NA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA NO PERÍODO DE 18 DE FEVEREIRO A 12 DE ABRIL DE 2010, SEGUNDO A ESPÉCIE E O SEXO ESPÉCIES RADIOGRAFIAS CANINA FELINA M F M F TOTAL N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) Contrastada de 1 (10%) 1 (8%) (8%) Esôfago Crânio (8%) (4,5%) Gestacional (8%) (4,5%) Membros Pélvicos 4 (40%) 3 (25%) (30%) Pelve 1 (10%) 2 (16%) (13%) Rádio e ulna 3 (30%) 2 (16%) (21%) Torácicas 1 (10%) 2 (16%) 1 (100%) (17%) TOTAL 10 (100%) 12 (100%) 1 (100%) - (100%) 23 (100%) Segundo o quadro 3, observa-se um incidência nas radiografias de membros pélvicos, seguido dos exames de radio e ulna, ambos decorrentes a traumas, segundo relato de responsáveis.

33 33 Conforme observado no quadro 4 nota-se que dentre as intervenções cirúrgicas, há uma maior prevalência da ovariosalpingohisterectomia, onde se incluem as eletivas e ás relacionadas a piometra e hemometra. QUADRO 4 INTERVENÇÕES CIRÚRGICAS ACOMPANHADAS DURANTE O ESTÁGIO REALIZADO NA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA NO PERÍODO DE 18 DE FEVEREIRO A 12 DE ABRIL DE 2010, SEGUNDO A ESPÉCIE E O SEXO ESPÉCIES CANINA FELINA INTERVENÇÕES M F M F TOTAL CIRÚRGICAS N N (%) N (%) N (%) N (%) (%) Exérese da cabeça do 2 (15%) (5%) fêmur Osteossíntese de fratura 7 (54%) 5 (20%) (30%) de rádio e ulna Osteotomia corretiva 2 (15%) 2 (8%) (10%) Ovariosalpingohisterec (68%) (100%) 18 (46%) tomia Trocleoplastia 2 (15%) 1 (4%) (7,7%) TOTAL 13 (100%) 25 (100%) - (100%) 1 (100%) 39 (100%) QUADRO 5 TRATAMENTOS COM A ACUPUNTURA DURANTE O ESTÁGIO REALIZADO NA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA NO PERÍODO DE 18 DE FEVEREIRO A 12 DE ABRIL DE 2010, SEGUNDO A ESPÉCIE E O SEXO ESPÉCIES CANINA FELINA DOENÇAS M F M F TOTAL N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) AVC (33%) (10%) DDIV 2 (40%) 1 (33%) 1 (100%) 1 (100%) 5 (50%) Espondilose 2 (40%) (20%) deformante Osteofitose 1 (20%) 1 (33%) (20%) TOTAL 5 (100%) 3 (100%) 1 (100%) 1 (100%) 10 (100%)

34 34 QUADRO 6 ENFERMIDADES OBSERVADAS NO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO ACOMPANHADAS DURANTE O ESTÁGIO REALIZADO NA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA NO PERÍODO DE 18 DE FEVEREIRO A 12 DE ABRIL DE 2010, SEGUNDO A ESPÉCIE E O SEXO ESPÉCIES CANINA FELINA M F M F ENFERMIDADES TOTAL N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) Nódulos mamários (33%) (33%) Piometra e Hemometra (33%) (33%) Pseudociese (33%) (33%) TOTAL - (100%) 9 (100%) - (100%) - (100%) 9 (100%) QUADRO 7 DOENÇAS DERMATOLÓGICAS ACOMPANHADAS DURANTE O ESTÁGIO REALIZADO NA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA NO PERÍODO DE 18 DE FEVEREIRO A 12 DE ABRIL DE 2010, SEGUNDO A ESPÉCIE E O SEXO DOENÇAS DERMATOLÓGICAS ESPÉCIES CANINA FELINA M F M F TOTAL N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) Adenite Seborreica (4.5%) (1,7%) Atopia 7 (24%) 5 (22%) (21%) DAAP 3 (10%) 4 (18%) (12,5%) Demodicidose 3 (10%) 3 (13%) (10%) Dermatite 3 (10%) 1 (4,5%) (7%) piotraumática Dermatite por 2 (6,8%) 1 (4,5%) (5,3%) malassezia Dermatofitose 2 (6,8%) 3 (13%) (9%) Intertrigo 1 (3%) (1,7%) Miíase 3 (10%) 1 (4,5%) (7%) Otite externa 5 (17%) 3 (13%) 3 (100%) 2 (100%) 13 (23%) TOTAL 29 (100%) 22 (100%) 3 (100%) 2 (100%) 56 (100%) Conforme observado no quadro 7, há uma maior predominância dos atendimentos dermatológicos em machos da espécie canina, onde as otites externas aparecem em maior incidência, sendo causadas pela Otodectes cynotis e seguida pela

35 35 Demodex canis. Notou-se também que a atopia apresenta-se com uma prevalência relativamente alta, sendo diagnosticada em sua maioria como atopia pela picada da pulga, e em outros casos como hipersensibilidade alimentar. Com relação as alterações gastrointestinais como nota-se no quadro 8, as mais observadas foram as gastroenterites, dentre elas, as verminóticas e as hemorrágicas. QUADRO 8 ALTERAÇÕES GASTROINTESTINAIS ACOMPANHADAS DURANTE O ESTÁGIO REALIZADO NA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA NO PERÍODO DE 18 DE FEVEREIRO A 12 DE ABRIL DE 2010, SEGUNDO A ESPÉCIE E O SEXO. ESPÉCIES ALTERAÇÕES GASTROINTESTINAIS CANINA FELINA M F M F TOTAL N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) Enterite 2 (33%) 1 (12,5%) (21%) Gastroenterite 3 (50%) 7 (87,5%) (71%) Intoxicação 1 (16%) (7%) alimentar TOTAL 6 (100%) 8 (100%) - (100%) - (100%) 14 (100%) QUADRO 9 - ALTERAÇÕES NEUROLÓGICAS ACOMPANHADAS DURANTE O ESTÁGIO REALIZADO NA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA NO PERÍODO DE 18 DE FEVEREIRO A 12 DE ABRIL DE ESPÉCIES ALTERAÇÕES CANINA FELINA NEUROLÓGICAS M F M F TOTAL N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) DDIV 1 (33%) 5 (55%) (46%) Espondilose (33%) (23%) deformante Osteofitose 1 (33%) 1 (11%) (15%) Síndrome vestibular 1 (33%) (100%) 2 (15%) central TOTAL 3 (100%) 9 (100%) - (100%) 1 (100%) 13 (100%)

36 36 Com relação aos atendimentos neurológicos observados (QUADRO 9), nota-se que a doença do disco intervertebral foi a mais freqüente totalizando 46%, seguida dos quadros de espondilose, osteofitose e síndrome vestibular central. QUADRO 10 ALTERAÇÕES ODONTOLÓGICAS ACOMPANHADOS DURANTE O ESTÁGIO REALIZADO NA S.O.S CLÍNICA VETERINÁRIA NO PERÍODO DE 18 DE FEVEREIRO A 12 DE ABRIL DE ALTERAÇÕES ODONTOLÓGICAS ESPÉCIES CANINA FELINA M F M F TOTAL N (%) N (%) N (%) N (%) N (%) Fístula oro - nasal (33%) (25%) Tratamento periodontal 1 (100%) 2 (66%) (75%) TOTAL 1 (100%) 3 (100%) - (100%) - (100%) 4 (100%)

37 37 4 DESCRIÇÃO DOS CASOS CLÍNICOS 4.1 BABESIOSE A Babesiose é uma moléstia de significado mundial, causada por parasitos hematozoários, pertencentes ao gênero Babesia, veiculados por carrapatos. O cão é o hospedeiro mais importante para as babesias, já o gato é infectado com muito menos frequência (ETTINGER e FELDMAN, 1995). A Babesia canis foi descrita pela primeira vez por Piana e Galli Valerio em 1895, na Itália. Os sintomas associados ao parasito incluíam anemia, febre e icterícia. Segundo Almosny (2002), existem três subespécies de babesia que variam em função do vetor, patogenicidade e localização geográfica. Para Urquhart (1996) as Babesias são parasitos intra-eritrocitários de animais domésticos e são a causa de anemia e hemoglobinúria. Dentre as inúmeras espécies de babesia, apenas duas atingem os cães, a B. canis e a B. gibsoni. Atualmente admite-se três subespécies da Babesia canis, onde a Babesia canis canis, quando a transmissão se dá pelo Dermacentor reticulatus (FIGURA 13); Babesia canis vogeli, quando a transmissão se dá pelo Riphicephalus sanguineus (FIGURA 14); e a Babesia canis rossi, quando a transmissão se dá pelo Haemphysalis leachi, sendo esta a mais patogênica, porém encontrada no Sul da África (ALMOSNY, 2002)

38 38 FIGURA 13 Dermacentor reticulatus Font e: FIGURA 14 Rhipicephalus sanguineus e: Font O período de incubação da Babesia canis varia de 10 a 20 dias. O micro organismo se replica intracelularmente nos eritrócitos resultando em anemia intravascular hemolítica (NELSON e COUTO, 2006).

39 Morfologia e Etiologia A família Ixodidae é a mais importante com relação a babesiose, cujos membros são frequentemente denominados carrapatos duros, por causa da presença de um rígido escudo quitinoso que cobre toda a superfície dorsal do macho adulto (FIGURA 15); na fêmea adulta, na larva e na ninfa, ele se estende apenas por uma pequena área, permitindo a dilatação do abdômen depois da alimentação (FIGURA 16) (URQUHART, 1996). FIGURA 15 Riphicephalus sanguineus MACHO Fonte: FIGURA 16 - Riphicephalus sanguineus FÊMEA Fonte:

40 40 Existem dois tipos de Babesia, a B. canis que é uma grande Babesia medindo de 4 a 7µm, e a B. gibsoni que é uma pequena Babesia medindo de 2 a 5µm (BARR e BOWMAN, 2010). As grandes babesias se apresentam em formas piriformes, predominam parasitos redondos, ovais, alongados ou amebóides (ALMOSNY, 2002). Os organismos ficam isoladamente ou em pares dentro dos eritrócitos (URQUHART, 1996) Rhipicephalus Sanguineus O carrapato Rhipicephalus sanguineus tem hábitos nidícolas, termo de origem latina que significa nidi (nidus = ninho); cola (cola = que habita). Quando não estão parasitando o hospedeiro, estes carrapatos estão sob a forma de vida livre, escondidos nas frestas e buracos das tocas (LABRUNA e PEREIRA, 2001). Para (URQUHART, 1996), os Rhipicephalus sanguineus são carrapatos não ornamentados, com olhos e festões presentes. A espécie mais comum de três hospedeiros é o Rhipicephalus sanguineus que tem a distribuição mais disseminada, sendo encontrada em todo o hemisfério sul. Fundamentalmente parasitos de cães, e é denominada como carrapato castanho do cão ou do canil e é responsável pela transmissão da Babesia canis e da Erlichia canis. (URQUHART, 1996).

41 Epidemiologia Os diversos gêneros de carrapatos têm diferentes limiares de temperatura e umidade dentro dos quais são ativos e se nutrem, sendo a sua distribuição regidas por estes limiares. De modo geral, os carrapatos são mais ativos durante a estação quente, desde que as chuvas sejam suficientes, mas em algumas espécies os estágios larvais e ninfas também são ativos em clima mais ameno, e isto afeta a duração e a escolha da época dos programas de controle (URQUHART, 1996) Controle Segundo URQUHART, 1996 vários fatores influenciam para o controle dos carrapatos, como, a atividade sazonal e a duração da alimentação da espécie do carrapato em questão, a importância das doenças que transmitem e o efeito residual e a toxicidade do acaricida para o hospedeiro. Outro fator importante, é que o controle do carrapato de um hospedeiro é mais fácil, pois o ciclo evolutivo ocorre no mesmo hospedeiro, o que já não acontece no Rhipicephalus sanguineus que é considerado um carrapato de três hospedeiros (URQUHART, 1996) Transmissão e Ciclo Evolutivo A transmissão da Babesia se dá pela inoculação de esporozoítos que é a forma infectante. Na grande maioria dos casos ocorre a transmissão transovariana, onde a fêmea infectada e ingurgitada (FIGURA 19) transmite o parasito para a sua prole,

42 42 conhecida como transmissão vertical, sendo importante quando o vetor é um carrapato de três hospedeiros. Durante o ciclo evolutivo (FIGURA 18), a fêmea ingurgitada é infectada, deixa o hospedeiro e no chão deposita os ovos, onde eclodem e se transformam em larvas. As larvas migram para um segundo hospedeiro, se alimentam de sangue e voltam ao chão onde se transformam em ninfa. As ninfas migram novamente para um terceiro hospedeiro onde se alimentarão de sangue, no chão elas se transformam em um carrapato adulto, onde migrará pela terceira e última vez no hospedeiro, concluindo o ciclo. As larvas que nascem infectadas, ao mudarem para ninfas e depois adultos, carregam a Babesia, transmitindo-a (FIGURA 17) (ALMOSNY, 2002). É interessante observar que, ao final de um repasto sanguíneo, os carrapatos nidícolas tendem a se desprender do hospedeiro, quando este se encontra no interior da toca ou do abrigo, a fim de garantir o ciclo nidícola naquele ambiente, de forma a que o estágio subseqüente do parasita não tenha dificuldade de encontrar o hospedeiro. As principais áreas do corpo que o Rhipicephalus sanguineus parasita são a cabeça, o pescoço, o dorso, as orelhas e os espaços interdigitais (LABRUNA e PEREIRA, 2001).

43 43 FIGURA 17 FASES DE DESENVOLVIMENTO DO CARRAPATO Fonte: www bayer.com.br FIGURA 18 CICLO EVOLUTIVO DO Rhipicephalus sanguineus Fonte:

44 44 FIGURA 19 OVODEPOSIÇÃO DE Rhipicephalus sanguineus Patogenia Durante o repasto sanguíneo no cão, o carrapato pode transmitir o parasita por meio da saliva infectante, sendo necessário um período médio de três dias para que isso ocorra. Um a dois dias após a inoculação do agente, ocorre no hospedeiro canino a parasitemia inicial com cerca de quatro dias de duração, havendo novo pico de dez a quatorze dias depois (BRANDÃO e HAGIWARA, 2002). A patogenia da babesiose está relacionada com a ação hemolítica intra e extravascular, variando com a espécie de Babesia, com a dose infectante, com a imunidade e idade do hospedeiro (ALMOSNY, 2002). Para Urquhart (1996) os parasitas que se dividem rapidamente nos eritrócitos produzem rápida destruição destas células, apresentando hemoglobinemia, hemoglobinúria e febre, este quadro pode ser tão agudo a ponto de causar morte em poucos dias, durante os quais o volume globular cai para menos de 20%.

45 45 O aumento da destruição de hemácia intravascular, leva a uma sobrecarga hepática, surgindo icterícia. Ocorre congestão hepática e esplênica, com conseqüente aumento do baço e fígado (ALMOSNY, 2002). Podem ocorrer manifestações do sistema nervoso central como, convulsões, astenia e ataxia. Acredita-se que as manifestações neurológicas sejam causadas pela sedimentação dos eritrócitos parasitados no interior dos capilares do sistema nervoso central (ETTINGER e FELDMAN, 1995). Ascite, sinais gastrintestinais, doença do S.N.C, edema e evidência clínica de doença cardiopulmonar ocorre em alguns caninos com infecção atípica (NELSON e COUTO, 2006) Aspectos Clínicos As manifestações variam de doenças subclínicas até a doença hiperaguda, onde segundo Almosny (2002) os cães mais jovens com idade inferior a quatro semanas, irão apresentar com maior frequência a forma hiperaguda da doença. Nessa forma é comum ocorrer anemia intensa, hemoglobinúria, icterícia e febre (ALMOSNY, 2002). Para Ettinger e Feldman (1995,) pode ocorrer morte em seguida a menos de um dia de anorexia e letargia, podendo também ser observada hematúria. Para Brandão e Hagiwara (2002), as manifestações clínicas da babesiose são classificadas como complicadas e não complicadas na dependência do

46 46 comprometimento sistêmico do animal, que está diretamente relacionado à intensidade da parasitemia e da hemólise. A fase aguda é caracterizada por anemia hemolítica, trombocitopenia e esplenomegalia, além de anorexia, letargia e vômito que também podem ser observados (ETTINGER e FELDMAN, 1995). Casos complicados de babesiose canina podem levar a acidose, coagulação intravascular disseminada (CID) e pancreatite aguda e como afirma Brandão e Hagiwara (2002) podem ser observados intensa crise hemolítica ocasionada pelo parasita e da liberação sistêmica de fatores inflamatórios que levam ao choque hipovolêmico e insuficiência renal aguda. Muitos cães que se infectam apresentam apatia e febre, recuperam-se rapidamente e tornam-se portadores do parasita, entretanto, animais portadores podem adoecer quando são submetidos a stress intenso como, por exemplo, doenças concomitantes (ALMOSNY, 2002), ou como relatou Ettinger e Feldman (1995) se forem administrados corticosteróides. Segundo Ettinger e Feldman (1995) muitas das manifestações atípicas podem ter causa similar. Infecções duplas por Babesia spp e Erlichia canis provavelmente contribuem para a diversidade dos sinais clínicos. Apesar da anemia hemolítica auto imune ser a característica principal, variações severas da doença e complicações podem ocorrer, tais como: insuficiência renal aguda, sinais neurológicos, coagulopatias, hepatopatia, hemoconcentração, hipotensão e síndrome de angústia respiratória ou como relatou Brandão e Hagiwara (2002) alterações digestivas, emese e edema de membros. O desenvolvimento das

47 47 alterações renais pode ocorrer devido a deposição de imuno complexos devido à presença do hemoparasita (CAVALCANTE et al, 2006) Aspectos Hematológicos O achado mais consistente é a anemia hemolítica, do tipo regenerativa, com presença de reticulócitos, anisocitose (FIGURA 20) e policromatofilia (FIGURA 21), presença de Corpúsculo de Howell Jolly (FIGURA 22), trombocitopenia, a trombocitose é um achado também bastante freqüente na babesiose canina, porém, na maioria das vezes é branda, não sendo suficiente para desencadear fenômenos hemorrágicos (ALMOSNY, 2002). FIGURA 20 ANISOCITOSE Fonte: MORFOLÓGICAS-NAS-CELULAS- DO-SANGUE-DE-CAES-E-GATOS

48 48 FIGURA 21 POLICROMATOFILIA Fonte: MORFOLOGICAS-NAS CELULAS- DO-SANGUE-DE-CAES-E-GATOS FIGURA 22 CORPÚSCULO DE HOWELL - JOLLY Fonte: CELULA-DO-SANGUE-DE-CAES-E-GATOS A anemia torna - se macrocítica, hipocrômica e regenerativa à medida que a moléstia progride. A azotemia e a acidose metabólica são comuns, e parecem

49 49 contribuir para a morbidade e a mortalidade onde segundo Ettinger e Feldman (1995) ambas são comumente causadas pela desidratação e/ou choque Anemia Para Ettinger e Feldman (2004) a anemia não é um diagnóstico mas sim um sinal clínico e uma anormalidade no teste laboratorial. A anemia é definida como uma diminuição na massa de células vermelhas segundo Bush (2004) e que pode ocorrer pela excessiva perda de sangue (hemorragia) ou pela destruição (hemólise) ou diminuição da produção de eritrócitos (MEYER; COLES; RICH, 1995). Para Meyer, Coles e Rich (1995), as anemias podem ser classificadas pelos índices eritrocitários que são, o VCM que se refere ao tamanho da célula podendo ser normal (normocítica), menor que o normal (microcítica), ou maior que o normal (macrocítica), e o CHCM que se refere a concentração média de hemoglobina num dado volume de eritrócitos, os valores normais são determinados como normocrômicos, e menor que o normal hipocrômicos. Os eritrócitos não podem ser produzidos com o conteúdo de hemoglobina maior que o normal, um valor elevado neste parâmetro será sempre um artefato Anemia hemolítica ou regenerativa A anemia hemolítica consiste na diminuição da quantidade de eritrócitos, e consequentemente no decréscimo da concentração de hemoglobina, que ocorre por

50 50 uma queda na vida média eritróide. A hemólise intravascular define a forma de hemólise em que ocorre a ruptura dos eritrócitos dentro dos vasos sanguíneos, já a hemólise extravascular é a retirada exacerbada dos eritrócitos pelo sistema fagocítico mononuclear, a hemólise extravascular é o principal mecanismo patogênico no desenvolvimento da anemia hemolítica de cães e gatos (FIGHERA, 2007) Aspectos Bioquímicos e Renais Filhotes com babesiose aguda severa apresentaram aumento do nível de uréia e billirubina séricas, e filhotes que morreram em conseqüência da doença também podem apresentar hipoglicemia e hipercalemia (ALMOSNY, 2002). Quanto ao Sistema Renal o paciente pode apresentar alterações renais graves, o desenvolvimento das alterações renais pode ser decorrente da deposição de imuno complexos devido à presença do hemoparasita, sendo que animais com babesiose podem apresentar intensa reação inflamatória, caracterizada por proteinúria, hipoalbuminemia, hipercolesterolemia, hiperlipemia e edema, sendo assim pacientes com o diagnóstico de babesia canis podem apresentar Síndrome Nefrótica como conseqüência da doença glomerular renal (CAVALCANTE, et al 2006) Diagnóstico A história e a sintomatologia clínica em geral são suficientes para justificar um diagnóstico presuntivo de babesiose (ETTINGER e FELDMAN, 1995). Para Almosny

51 51 (2002) podemos suspeitar de babesiose canina sempre que observamos cães, principalmente jovens, com apatia, anorexia e febre e com histórico de infestação de carrapatos. Entretanto como estes exames são inespecíficos, devemos realizar exames laboratoriais para confirmar as suspeitas clínicas. O diagnóstico presuntivo pode ser baseado nos achados de anamnese e exame físico e na detecção da anemia regenerativa, hiperbilirrubinemia, bilirrubinúria e trombocitopenia (CORRÊA; NASCIMENTO e FARIA, 2005). Para confirmação é preciso um diagnóstico parasitológico, sendo que quadros agudos, o animal encontra-se febril, a parasitemia é geralmente elevada e o diagnóstico feito pelo achado de parasitos durante o esfregaço sanguíneo, corado com Giemsa ou Panótico Rápido, que revela os parasitas nos eritrócitos do sangue periférico, principalmente de pequenos capilares da orelha. Pode ocorrer reação sorológica cruzada entre Babesia canis e Babesia gibsoni em testes indiretos com anticorpo fluorescentes, portanto os resultados dos testes sorológicos não podem ser utilizados para determinar definitivamente a espécie infectante, sendo que resultados falso negativo nos testes sorológicos podem ocorrer nos casos agudos ou em caninos com imunosupressão concomitante (NELSON e COUTO, 2006). Segundo Ettinger e Feldman (1995) a presença de grandes microorganismos piriformes e em pares é indicativa da infecção, enquanto que microorganismos intracelulares menores provavelmente pertencerão a espécie Babesia gibsoni. Entretanto uma vez cessada a fase febril aguda, frequentemente é impossível encontrá-

52 52 los, pois são rapidamente removidos da circulação (URQUHART, 1996). Para Ettinger e Feldman (1995) embora algumas vezes seja fácil encontrar os parasitos em animais agudamente infectados, eles são raramente evidentes em animais cronicamente infectados ou em portadores assintomáticos. São vários os testes sorológicos que podem ser empregados no diagnóstico de anticorpos anti - Babesia, sendo que o teste de Imunofluorescência Indireta (IFI) (FIGURA 23) para anticorpos contra a babesia tem utilidade no diagnóstico da babesiose, visto que provavelmente os cães não eliminam completamente o parasito, após a infecção. Outras técnicas como ELISA (FIGURA 24), têm sido utilizadas, porém testes genéticos, que detectam o DNA do parasito também vem sendo utilizados cada vez mais (ALMOSNY, 2002). O emprego de técnicas de biologia molecular, como o PCR (Reação da Polimerase em Cadeia), tem sido de grande auxílio na identificação de animais portadores crônicos da doença, ou ainda na avaliação da efetividade da terapia, através do termociclador que faz ciclos de temperatura adequado para o DNA (FIGURA 25) (BRANDÃO e HAGIWARA, 2002).

53 53 FIGURA 23 IMUNOFLUORESCENDIA INDIRETA (IFI) Fonte: FIGURA 24 TESTE DE ELISA (IMUNOENSAIO ENZIMÁTICO) Fonte: FIGURA 25 PCR (REAÇÃO DE POLIMERASE EM CADEIA) Fonte:

54 Diagnóstico Diferencial Como diagnóstico diferencial podemos citar a erliquiose, doenças imunomediadas, como anemia hemolítica e hemobartonelose (BARR e BOWMAN, 2010) Tratamento O tratamento suporte, com transfusão sanguínea, terapia com bicarbonato de sódio para a acidose e fluidoterapia devem ser administrados. O Dipropionato de imidocarb pode ser eficaz para o tratamento da babesiose quando administrado na dose de 5 a 6,5 mg/kg por via subcutânea ou intramuscular, com um intervalo de 14 dias, ou 7,5 mg/kg por via subcutânea ou intramuscular em dose única (NELSON e COUTO, 2006). Cães de áreas onde não ocorra Babesia canis e que viagem para áreas endêmicas, podem ser tratados profilaticamente com Dipropionato de imidocarb, na dose de 6mg/kg, ficando protegidos por duas semanas, e Cloridrato de Doxiciclina na dose de 10mg/kg, BID por 11 dias (ALMOSNY, 2002). O Dipropionato de imidocarb tem efeito sobre o parasita, alterando a forma do núcleo e a morfologia citoplasmática. A interrupção da parasitemia e dos sintomas clínicos ocorre depois de 24 a 48 horas de sua aplicação, a dose recomendada é de 5 a 7 mg/kg em duas aplicações, com intervalo de 14 dias.

55 55 Para Nelson e Couto (2006), pode ocorrer efeitos adversos no tratamento com o Dipropionato de imidocarb como, salivação transitória, diarréia, dispnéia, lacrimejamento e depressão. Segundo Brandão e Hagiwara (2002) para prevenir os efeito colinérgicos indesejados da droga, pode ser utilizada atropina (0,04 mg/kg) 10 minutos antes de sua aplicação Prevenção e Profilaxia Para Ettinger e Feldman (1995), o modo principal de prevenção é o controle do carrapato vetor. As quantidades de carrapatos e, portanto, o nível de infecção por Babesia podem ser reduzidos por pulverização ou banhos carrapaticidas regulares com acaricidas. É recomendado o uso do Fipronil spray (Frontline ) a cada 30 dias e uma coleira anti carrapaticida (Kiltix Bayer ) como prevenção. Segundo Almosny (2002) o tratamento profilático também pode ser feito através da administração de Dipropionato de imidocarb, injeção subcutânea, 6 mg/kg, ficando protegidos por duas semanas e Cloridrato de doxiciclina a uma dose de 10 mg/kg, duas vezes ao dia por 11 dias.

56 56 5 Caso Clínico Durante o período de estágio curricular observou se o caso clínico da paciente Maria Petúnia (FIGURA 26). FIGURA 26 PACIENTE MARIA PETÚNIA Nome: Maria Petúnia Espécie: Canina Sexo: Fêmea Raça: SRD Idade: 3 meses Peso, 3,320 KG

57 Anamnese A paciente, foi encaminhada a S.O.S Clínica Veterinária no dia 01 de março de 2010, o proprietário relatou que em uma viagem a encontrou, com 20 carrapatos. A queixa principal era apatia e vômito. 5.2 Exame Físico Durante o exame físico observou-se, ectoparasitas (FIGURA 27), desidratação, anorexia, mucosas pálidas, hipertermia (40ºC) e dor a palpação abdominal. FIGURA 27 CARRAPATO EM REGIÃO DORSAL NA PACIENTE MARIA PETÚNIA

58 Exames Complementares Foi solicitado hemograma completo (ANEXO 1), verificando-se anemia normocítica, normocrômica com hemácias (2,0 milhões/µl); hemoglobina (4,1g), 13% de hematócrito, VCM (65 u³), CHCM (31,54 g/dl), plaquetas ( ) e proteína plasmática (4,8g/dl). No leucograma observou-se leucócitos (20200 /mm³), moderada policromatofilia, moderada anisocitose e discreta quantidade de Corpúsculos de Howell - Jolly. 5.4 Diagnóstico O diagnóstico foi determinado pelo histórico clínico, anamnese, exame físico e hemograma da paciente em questão. A paciente permaneceu internada na Clínica, pelo período de 5 dias. 5.5 Tratamento Durante o período de internamento foi realizado um novo hemograma (ANEXO 2) observando-se novamente a anemia normocítica, normocrômica com hemácias (2,08 milhões / µl); hemoglobina (4,66g); 14% de hematócrito, VCM (67,31 u³); CHCM (33,29 g/dl); plaquetas ( ); proteína plasmática (4,6 g/dl). No leucograma o hemograma apresentou o número de leucócitos (29035 /mm³); monócitos 16% (4645.6/mm³), com intensa policromatofilia e intensa anisocitose.

59 59 A paciente também recebeu medicamentos para a êmese, irritação gástrica juntamente com a fluidoterapia. Foram administrados: - Solução Fisiológica 500 ml por via endovenosa INFUSÃO LENTA 24 horas; - Cloridrato de Metoclopramida na dose de 0,5mg/kg sendo administrado 0,3 ml (TID) por via subcutânea; - Cloridrato de Ranitidina na dose 2 mg/kg sendo administrado 0,3 ml (TID) por via subcutânea; - Glicose sendo administrada 10 ml (SID) dissolvidas na fluidoterapia em infusão lenta, por via endovenosa; - Cloridrato de doxiciclina na dose de 5 mg/kg administrando-se 0,3 ml (BID) por via subcutânea; - Suplemento Vitamínico Energy Pet sendo administrado 0,5 ml ( BID) por via oral; - Diaceturato de 4,4 diazoaminodibenzamidina (Diaseg ) na dose de 3,5 mg/kg onde foi administrado 0,2 ml em dose única por via intra muscular; Após 5 dias de internamento a paciente já apresentava melhoras, tendo recebido alta, porém o proprietário foi instruído de que deveria retornar no prazo de 3 dias para uma nova reavaliação e um novo hemograma. Foi prescrito para casa: - Hemolitan Pet 1 comprimido (SID), durante 5 dias; - Doxifin 50mg/kg, 1/2 comprimido (BID), durante 14 dias;

60 60 - Prednisona na dose de 1mg/kg/dia, 0,5 comprimido (SID), durante 10 dias, na dose de imunosupressão. A paciente retornou no dia 08 de março de 2010, sendo realizada reavaliação e solicitado novo hemograma que apresentou hemácias (4,61 milhões/µl); hemoglobina (10,33g); 31% de hematócrito; VCM (70 u³); CHCM (33,2g/dl); plaquetas ( ); proteína plasmática (5,8 g/dl); leucócitos (16.800/mm³). Foi recomendado ao proprietário que continuasse com o Doxifin pelo prazo de 14 dias, e que aplicasse 1 vez ao mês fipronil 0,25% (Frontline ), para o combate dos carrapatos, além da limpeza de canis e ambientes, com Assuntol pó, para o controle e prevenção. A vacina para babesiose canina chamada NOVIBAC PIRO - INTERVET, tem sido bastante utilizada fora do Brasil, apesar de não impedir a infecção do parasito, inibi os sinais clínicos. 5.6 Discussão do Caso Clínico A babesiose é uma das enfermidades mais comuns que acometem cães filhotes, devido a intensa infestação do carrapato conhecido por Rhipicephalus sanguineus que são responsáveis pela transmissão do hematozoário do gênero Babesia. Conforme relatado, o procedimento de atendimento teve como início uma anamnese feita junto ao proprietário que relatou ter encontrado a paciente abandonada apresentando inúmeros carrapatos. Posteriormente, a paciente foi encaminhada a clínica apresentando sinais clínicos como, apatia, anorexia, letargia, falta de apetite,

61 61 vômito, dor a palpação abdominal e febre intensa, sendo assim tudo levava a suspeita de uma possível babesiose. Portanto, foi realizado exame laboratorial como o hemograma, onde foi constatado que a paciente em questão apresentava uma intensa anemia hemolítica. Não foram realizados exames sorológicos como imunofluorescência (IFI), PCR, e teste de Elisa, pois devido o alto custo o proprietário optou por não fazê-los, também não foram realizados exames de ultrassonografia para uma possível hepatomegalia, esplenomegalia e pancreatite, sinais físicos decorrentes da babesiose. Contudo, constatou-se apenas com o exame clínico, sintomatologia, anamnese e hemograma que a paciente apresentava-se com babesiose. Dessa forma, o procedimento realizado foi, internação pelo prazo de 5 dias com intervenção medicamentosa de antibioticoterapia, antieméticos, protetores gástricos, antiparasitário, corticosteróide e suplemento vitamínico juntamente com a fluidoterapia. Decorridos os 5 dias, a paciente já apresentava melhoras significativas, recebendo alta, com medicação para casa e uma dieta a base de fígado. Deste modo concluímos que os proprietários devem estar atentos as infestações parasitárias, tanto no ambiente quanto em seus animais, estando atentos também aos sinais clínicos apresentados, como principalmente, falta de apetite, apatia, e anorexia, pois uma vez instalada a enfermidade, o animal rapidamente começa a apresentar os sintomas acima descritos. Se houver uma intervenção rápida, o resultado é positivo, contudo, se houver uma demora no atendimento, os sinais podem se agravar, podendo levar o paciente à óbito.

62 62 6 DEMODICIDOSE JUVENIL GENERALIZADA A demodicidose canina, sarna demodécica, sarna folicular ou sarna vermelha como também é conhecida, é uma doença parasitária inflamatória de cães, caracterizada pela presença de números maiores que o normal de ácaros demodécicos (SCOTT et al, 1995). O ácaro é um habitante normal do folículo piloso e das glândulas sebáceas (BIRCHARD e SHERDING, 2003). Para Medleu e Hnilica (2003), dependendo da idade do cão a demodicidose generalizada é classificada como de início juvenil ou de ínício adulto. Ambas as formas são comuns em cães, a demodicidose generalizada juvenil acomete cães jovens normalmente com 3 a 18 meses, com maior incidência em cães de raça pura de tamanho médio a grande. Para Scott et al, (1995), existe um outro ácaro com características morfológicas diferente podendo ser um mutante do Demodex canis, sendo este o parasita mais comum em cães. A alopecia e o eritema resultantes são conhecidos como Demodicidose. Provavelmente pela sua localização profunda na derme, é quase impossível a transmissão de Demodex entre animais, a menos que haja contato prolongado (URQUHART, 1996).

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