Pró-Reitoria de Graduação Curso de Engenharia Ambiental Trabalho de Conclusão de Curso

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1 Pró-Reitoria de Graduação Curso de Engenharia Ambiental Trabalho de Conclusão de Curso AVALIAÇÃO PRELIMINAR DO USO DA ENERGIA SOLAR NO DISTRITO FEDERAL: EMPRESAS, TIPOS DE USOS E PRODUÇÃO DE ENERGIA Autor: Thaynara Duarte de Andrade Orientador: Prof. Dr. Luiz Fernando W. Kitajima BRASÍLIA - DF 2014

2 THAYNARA DUARTE DE ANDRADE AVALIAÇÃO PRELIMINAR DO USO DA ENERGIA SOLAR NO DISTRITO FEDERAL: EMPRESAS, TIPOS DE USOS E PRODUÇÃO DE ENERGIA Artigo apresentado ao curso de graduação em Engenharia Ambiental da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para a obtenção de Título de Bacharel em Engenharia Ambiental. Orientador: Prof. Dr. Luiz Fernando W. Kitajima Brasília 2014

3 Artigo de autoria de Thaynara Duarte de Andrade, intitulado Avaliação Preliminar do Uso da Energia Solar no Distrito Federal: Empresas, Tipos de Usos e Produção de Energia, apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Ambiental da Universidade Católica de Brasília, em / / defendido e aprovado pela banca examinadora abaixo assinada: Prof. Dr. Luiz Fernando W. Kitajima Orientador Curso de Engenharia Ambiental UCB Prof. Dr. Douglas José da Silva Examinador Curso de Engenharia Ambiental UCB Brasília 2014

4 Dedico este trabalho a todos os familiares que acreditaram, investiram e me apoiaram durante a carreira estudantil e universitária. Tudo valeu a pena, e hoje eu conquisto mais esta vitória, não sozinha, mas levo cada um que me ajudou na memória.

5 AGRADECIMENTO Primeiramente agradeço a Deus por todas as oportunidades que me deste. Em segundo ao Prof. Dr. Luiz Fernando W. Kitajima, por me emprestar horas e horas de seu tempo para me orientar neste trabalho. Sem sua sabedoria, compreensão, paciência e direção, não seria possível a elaboração deste estudo. Agradeço também as empresas Via do Sol Energia solar, Euro Solar Aquecedores, Heliossol Energia Solar, Recol Aquecedor Solar, pela ajuda prestada ao responderem o questionário. Ao Especialista em Regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL, Daniel Vieira, pelas informações prestadas e duvidas esclarecidas. E enfim ao meu marido pela compreensão e apoio.durante todo percurso do trabalho.

6 Tudo posso Naquele que me fortalece. (Felipenses, 4:13)

7 RESUMO Referência: DUARTE, Thaynara. Avaliação preliminar do uso da energia solar no distrito federal: empresas, tipos de usos e produção de energia folhas. Engenharia Ambiental Universidade Católica de Brasília, Brasília, O Brasil e o mundo têm assistido a um aumento das demandas de energia nas últimas décadas devido ao aumento da população e do consumo. A energia é gerada principalmente por meio do uso de combustíveis fósseis ou hidroeletricidade, que têm forte impacto ambiental negativo ou não são renováveis. A energia solar é uma alternativa possível, sendo renovável e com pouco impacto ambiental, sendo utilizada para o abastecimento de eletricidade ou aquecimento. O Brasil (e o Distrito Federal) tem grande potencial devido à insolação, além de também ter registrado aumento no consumo de energia. Neste trabalho, são listadas um total de oito empresas que trabalham com energia solar no Distrito Federal. A maioria trabalha apenas com aquecimento solar, atendendo usuários, e apenas 50 usuários utilizaram energia solar para gerar eletricidade que destina-se a consumo próprio, não havendo geração compartilhada. A maioria dos consumidores está em área urbana, especialmente na região do Lago. Os custos de instalação de energia elétrica fotovoltaica são altos, até R$ ,00, os sistemas de aquecimento tem valor mais acessíveis (entre R$ 3.000,00 e R$ ,00) e sistemas artesanais de aquecimento podem custar até R$ 600,00. Não há organizações que unam os vendedores de produtos e serviços, nem existe procedimento técnico pós uso (descarte). A quantidade de energia economizada foi tentativamente calculada em quase kwh/mês, o que poderia atender mensalmente cerca de 5000 consumidores e evitar a emissão de CO 2 entre 685 e 5000 toneladas do gás. Há ainda o potencial para produzir aquecedores de baixo custo e artesanais, havendo pessoas que trabalham de forma independente neste ramo. Portanto, o potencial do uso de energia solar ainda é grande e pode ser desenvolvido ainda mais no Distrito Federal. Palavras-chave: Energia solar. Emissão de CO 2. Energia economizada. Insolação. Aquecimento solar.

8 ABSTRACT In the last decades there were an increasing consumption of energy in Brazil and in the world. The energy is produced specially by means of fossil fuels or hydroelectricity, which have negative environmental impacts or are not renewable. The solar energy is a possible alternative, as is renewable and has less negative environmental impacts, and is used for electricity or heating. Brazil (and the Distrito Federal) has a great potential for solar energy due to the insolation as well having a growing energy demand. On Distrito Federal there are many enterprises that deal with solar energy, and on the present work is listed eight of those enterprises. The majority of those enterprises work only with solar energy for heating, with users, and only 50 users employ solar energy for electricity generation, being the energy generated used only for local purposes, not having any shared electricity generation (iy is, share the extra energy with other consumers). The majority of the customers are located in the Lago region. Photovoltaic generation costs are high (up to R$ ,00), and heating systems are cheaper (between R$ 3.000,00 and R$ ,00), and home-made heating systems costs up to R$ 600,00. There are no organizations joining the solar energy enterprises, neither exists any technical support for the after use (discarded systems). The quantity of saved energy (by a heating system) was tentatively measured in almost kwh/month, which could be used for consumers by one month and avoid emit between 685 and tons of CO 2. There is still the potential to produce home-made and cheap heating systems, and there are people who independently works on this business. The potential for solar energy use in Distrito Federal is large and can be even more developed on Distrito Federal. Keywords: Solar energy. CO 2 emission. Energy saved. Heatstroke. Solar heating.

9 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ENERGIA E SOCIEDADE FONTES DE ENERGIA (EXCETO A SOLAR) A ENERGIA SOLAR Tipos, vantagens e desvantagens Energia solar térmica ativa Energia solar elétrica ativa (ou fotovoltaica) Energia solar passiva Geração de energia solar no mundo e no Brasil No mundo No Brasil OBJETIVOS OBJETIVO GERAL OBJETIVOS ESPECÍFICOS JUSTIFICATIVA MATERIAL E METODOS RESULTADOS EMPRESAS QUE TRABALHAM COM ENERGIA SOLAR NO DF UTILIZAÇÃO DA ENERGIA SOLAR NO DF Formas de aproveitamento de energia solar no DF Número de usuários Distribuição e tipo dos usuários Custos Produção e economia de energia Empresas fabricantes dos equipamentos e procedimento técnico em caso de desistência ou descarte Outras informações Aquecedores artesanais ANÁLISE DOS DADOS CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES REFERENCIAS ANEXO

10 ANEXO

11 10 1. INTRODUÇÃO 1.1 ENERGIA E SOCIEDADE Com o enredo da evolução do homem, a sociedade tornou-se dependente da energia (e toda a tecnologia advinda da energia). Inicialmente era baseada na energia da queima de biomassa (madeira), do movimento das águas e dos ventos. Posteriormente foi descoberta a energia do vapor, dos motores de combustão interna (gasolina, diesel) e da eletricidade, em suas diversas formas de geração (REIS et al. 2005). A energia também facilitou a transmissão de informações, o transporte e as comunicações. É necessidade da sociedade absorver o máximo de informações transmitidas por meio de toda tecnologia à sua volta e de se deslocar (trabalho/casa/diversão, etc.). No entanto as fontes tradicionais de energia nem sempre são suficientes para a demanda e ao mesmo tempo são agressivas ao meio ambiente. Além disso, também aumentou em muito a velocidade deste processo de desenvolvimento do consumo de energia e do uso das tecnologias de comunicação. A tecnologia evolui tão rápido que se torna quase impossível acompanhar suas atualizações e as informações transmitidas por ela. Hoje é impossível viver isolado da tecnologia e energia elétrica. Um exemplo do crescimento do uso da energia e de uma nova tecnologia de comunicação é a internet e o uso de aparelhos de telefonia celular para acessá-la. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2011 (BRASIL, 2012b) a porcentagem da população com 10 anos ou mais que acessaram a internet em 2005, subiu de 20,9% para 46,5%, e a porcentagem da população com 10 anos ou mais que obtiveram celular para uso pessoal em 2005, subiu de 36,6% para 69,1% (BRASIL, 2012b). Estes aparelhos exigem energia elétrica vinda de baterias de lítio, que por sua vez são recarregadas com a energia vinda das redes de energia elétrica. Portanto, o combustível que alimenta toda essa tecnologia é a eletricidade. Atualmente, maior parte da energia elétrica é produzida por meio da queima dos combustíveis fósseis (carvão, derivados do petróleo e gás natural) ou biomassa, advinda de hidrelétricas e em menor proporção, de usinas nucleares e outras fontes (ANEEL, 2008). Com as atuais crises energéticas causadas pela escassez destas

12 11 fontes tradicionais, e a degradação do meio ambiente originadas do tipo de fonte de energia, surge à necessidade de estudar novas fontes de energia, que sejam renováveis e que não causem degradação do meio ambiente. Uma destas formas de energia é a energia solar, que pelas suas características, a serem discutidas adiante, mostram vantagens tanto no que se refere ao fato de ser renovável quanto a sua baixa agressividade ambiental, sendo escolhida como o objeto deste trabalho. Só assim pode-se manter a evolução das tecnologias, a disponibilidade de energia e a velocidade com que as informações são transmitidas e dos transportes, o que está relacionado ao desenvolvimento sustentável (REIS et al 2005). 1.2 FONTES DE ENERGIA (EXCETO A SOLAR) Os combustíveis fósseis representam uma parte importante da matriz energética mundial (REIS et al. 2005). A utilização de energia derivada de combustíveis fósseis é um grande problema, pois essa é uma matéria não renovável e muitas das principais regiões produtoras estão afetadas por distúrbios políticos, como o Oriente Médio. Os combustíveis fósseis foram gerados pela compressão de matéria orgânica (vegetais e micro-organismos marinhos) debaixo camadas de rochas e solo por milhões de anos, gerando substâncias formadas por cadeias de carbono, o que dá a sua principal característica, seu potencial termo energético. Essas substâncias são o carvão, petróleo e o gás natural. No entanto sua segunda característica é o alto grau de liberação de gases poluentes e material particulado durante sua combustão, e muitas vezes o refino de combustíveis a partir dos mesmos gera ainda mais resíduos (REIS et al. 2005). Um exemplo do uso intenso dos combustíveis fósseis está nos usos para o setor residencial e de transporte. No setor residencial, as principais formas de utilização de energia são: energia elétrica (eletrodomésticos), lenha e GLP (para aquecimento). Só no Brasil, segundo o Plano Decenal de Energia PDE 2020 do Ministério de Minas e Energia, em 2009 o número de domicílios particulares permanentes com energia elétrica, em 2020 sofrerá um crescimento de 29,3%, indo de 58 milhões de unidades em 2009 para 75 milhões de unidades em 2020 (BRASIL, 2011).

13 12 No setor de transporte, o crescimento é evidenciado na previsão do crescimento de 29 milhões de veículos leves em 2009, para 56 milhões de veículos leves em 2020 (BRASIL, 2011). Este crescimento de 93,1% no número de veículos, assim como o crescimento no número de domicílios com energia elétrica, resultará no aumento do consumo de combustíveis derivados de petróleo e com isso a emissão de CO 2 na atmosfera. As hidrelétricas geram energia a partir do movimento das águas de rios ou de represas (naturais ou artificiais), e portanto são fontes de energias renováveis. No entanto, com o aumento da necessidade e procura de energia, torna-se necessário a construção de mais hidrelétricas, o que é inviável, pois para tal é preciso inundar áreas secas, mudando o curso de rios, destruindo vegetação muitas vezes nativa, desabrigando animais da região e ocasionando na emissão de gases devido a decomposição da matéria orgânica nos lagos das hidrelétricas (REIS et al 2005). Além disso, elas são dependentes dos regimes de chuvas, e em caso de secas prolongadas ou fora de época, podem forçar. Um exemplo contemporâneo do caos gerado pelo projeto/construção de uma hidrelétrica, esta nos conflitos de Belo Monte. Batalha que se iniciou no campo político e teve envolvimento da comunidade indígena que invadiu a área de construção por ser contra a construção de Belo Monte e também por não ter sido consultado com relação ao projeto. Fato este que torna o projeto inconstitucional. (PONTES Jr, 2011). Outras fontes de energia podem ser citadas, como por exemplo: nuclear, eólica, maremotriz, geotérmica e biomassa. Cada uma delas apresenta suas vantagens e desvantagens, apresentadas a seguir (REIS et al, 2005; PORTAL ENERGIA, 2012; FRANCISCO, 2014; BRASIL, 2014c), sendo que a solar, que é o objeto deste trabalho, será discutido em separado no próximo tópico. Energia nuclear: é obtida através da fissão do núcleo do átomo de urânio enriquecido. Em outras palavras, através da divisão do núcleo em duas partes, o que ocasiona a liberação de uma grande quantidade de energia; o Vantagens: Existem mais reservas de energia nuclear que reservas de combustíveis fósseis; Requer área menor para implantação de usinas comparada as usinas de combustíveis fósseis.

14 13 Possibilitam maior independência energética para os países importadores de petróleo e gás; Não contribui para o aquecimento global. o Desvantagens: Custos altos para construção e operação das usinas; Possibilidade de utilização para fins militares; Destinação do lixo atômico; Acidentes que resultam em liberação de material radioativo; O plutônio 239 leva cerca de anos para tornar-se inócuo. Energia Eólica: é gerada por intermédio de aerogeradores, nos quais a força do vento é captada por pás (hélices) ligadas a uma turbina que aciona um gerador elétrico; o Vantagens: Fonte inesgotável; Não emite gases poluentes; Não contribui para o aquecimento global. o Desvantagens: O vento não sopra constantemente; Impacto sobre as aves, principalmente pelo choque destas nas pás, efeitos desconhecidos sobre a alteração de seus comportamentos de migração; Impacto sonoro: o som do vento bate nas pás produzindo um ruído constante. As habitações mais próximas deverão estar, no mínimo a 200m de distância. Energia maremotriz: resumidamente, a energia é gerada pelo desnível da maré alta para a maré baixa. Na maré alta a água é captada e na maré baixa a água é liberada passando por um gerador e gerando energia. o Vantagens: Fonte limpa e inesgotável; Alternativa para países com dificuldades para gerar energia elétrica por intermédio de outras fontes. o Desvantagens:

15 14 Necessidade de ter marés no litoral e desnível no solo do oceano; Alto custo de investimento para construção de uma usina maremotriz; Podem ocorrer impactos ambientais com a implantação da usina; Baixo aproveitamento energético. Energia Geotérmica: pode ser gerada através da perfuração do solo em regiões onde há grande incidência de vapor e água quente, que devem ser drenados até a superfície terrestre por meio de tubulações específicas. Após a drenagem o vapor é transferido a uma central elétrica geotérmica, o que irá ocasionar na rotação das lâminas de um gerador, e assim o gerador transformará a energia mecânica da rotação em energia elétrica. o Vantagens: Não há emissão de gases poluentes; Não contribui para o efeito estufa; A área para implantação de uma usina é demasiada pequena; Pode abastecer comunidades isoladas. o Desvantagens: Eficiência baixa; Investimento muito alto; Pode ocasionar no esgotamento do campo geotérmico; O calor perdido aumenta a temperatura do ambiente; Ocorre a emissão de ácido sulfúrico H 2 S. Energia Biomassa: é formada principalmente por matéria orgânica, e sua energia é derivada da combustão, gaseificação ou fermentação dessa matéria que pode ser convertida em energia elétrica. o Vantagens: Baixo custo de operação; Fácil logística. Proporciona o reaproveitamento dos resíduos; Alta eficiência energética; É uma fonte energética renovável e limpa;

16 15 Emite menos gases poluentes. o Desvantagens: O uso sem o devido planejamento pode ocasionar o corte incontrolado de árvores, perda dos nutrientes do solo, erosões e emissão excessiva de gases. 1.3 A ENERGIA SOLAR Tipos, vantagens e desvantagens Fonte de calor e de luz, o sol é uma fonte de energia renovável que tem se destacado como uma das alternativas para os desafios do novo milênio. A energia solar é uma fonte de energia da qual pode-se definir como vantagens (REIS et al. 2005, ZILES E BENEDITO, 2012, PEREIRA, 2012): energia gerada é limpa, não emitindo nenhum tipo de resíduo sólido, líquido ou gasoso durante a produção de energia; sua tecnologia tem um baixo custo de manutenção; é ideal para lugares com difícil acessibilidade para instalação de rede elétrica, pois seus equipamentos podem ser instalados em residências. a fonte de energia é renovável (o sol) Entretanto, a energia solar ainda apresenta algumas limitações e desvantagens, que são: não é possível produzir energia a noite e, em dias chuvosos ou com baixa incidência de sol, sendo este problema mais evidente nas latitudes mais altas onde a insolação tende a ser menor (MENDONÇA E DANNI- OLIVEIRA, 2007) custo elevado dos equipamentos para se obter a tecnologia e da própria energia gerada, pois uma das razões é que não há o aproveitamento total da energia do sol. Entre 10 e 15% da energia do sol pode ser convertida em eletricidade, por exemplo, por meio de células fotovoltaicas (MOURÃO, 1982, REIS et al. 2005). há possibilidade de produção de poluentes e gastos de matérias-primas durante a fabricação dos equipamentos e da disposição final do material

17 16 que não pode mais ser utilizado. Por exemplo, certas células fotovoltaicas podem utilizar elementos tóxicos em sua produção, como o cádmio e o chumbo (ZILES E BENEDITO, 2012). a vida útil dos equipamentos pode variar. Por exemplo, células fotovoltaicas podem ser menos produtivas em altas temperaturas, ou então elas podem levar muito tempo para produzir, a partir do sol, a mesma quantidade de energia gasta para produzi-las, entre dois e três anos (ZILES E BENEDITO, 2012). Existem duas formas diferentes de conversão da utilização da energia solar: Ativa e passiva. A ativa é a transformação dos raios solares em outras formas de energia, a térmica e a elétrica. A passiva é o aproveitamento da energia solar para aquecimento de edifícios ou prédios através de concepções estratégicas construtivas (AFRIZAL, s/d) Energia solar térmica ativa O principio da energia solar térmica ativa diz que qualquer objeto na presença da radiação solar aquece, e ao mesmo tempo, sofre perdas térmicas por radiação, convecção e condução que aumentará com a temperatura do corpo. Assim se tem o equilíbrio: o aquecimento é igual às perdas térmicas. Se for possível extrair continuamente uma parte do calor produzido as condições de equilíbrio se alteram, assim sendo o aquecimento é igual as perdas térmicas mais a extração contínua de energia do corpo. A energia solar térmica ativa é o aproveitamento direto da energia solar através de coletores solares, constituindo uma das energias renováveis alternativas economicamente mais competitivas. Os coletores podem ser de dois tipos: planos ou focalizantes (BRASIL, 1978). Os coletores planos (Figura 1) consistem em um painel por onde passa um fluido (geralmente água), ou então por tubos formando painéis. O painel (ou os tubos) é feito de material que absorve o calor solar, e portanto aquece o fluido. A adição de um painel de vidro acima do painel ou dos tubos aumenta a capacidade de aquecimento, por aumentar a retenção do calor, como numa estufa. Nos coletores focalizantes (ou sistemas termo-solares) empregam-se superfícies refletoras (ou espelhos) com forma adequada para concentrar a luz solar

18 17 em uma pequena área, que fica muito aquecida e este calor pode então ser aproveitado, por exemplo, passando-se um cano por onde flui um fluido (ver Figura 2). Este tipo de coletor pode ainda ser movimentado para acompanhar o movimento do sol no céu. Figura 1 Sistema de aquecimento solar com coletor plano. A água é aquecida no coletor de onde é utilizada. No sistema ilustrado, há ainda o uso de um aquecedor a gás. Fonte: PRALON (2013). Figura 2 Sistema de aquecimento solar com coletor focalizador, sendo que à esquerda é a representação esquemática de seu funcionamento e à direita, foto mostrando um exemplo deste sistema. Fonte: (CRESESB, 2012). Este fluido é aquecido e é dirigido para o meio onde se deseja utilizar a energia térmica (chuveiros, piscinas, etc.). Em alguns tipos de aquecedores o fluido é reutilizado após transferir seu calor para outro meio, sendo necessários nesse

19 18 processos o uso de bombas (PEREIRA, 2012). Além disso o mesmo fluido aquecido pode ser armazenado em tanques onde o seu calor pode ser utilizado mesmo após o pôr-do-sol, conforme mostrado na Figura 1 (PRALON, 2013) Esta forma de energia pode ser utilizada para: aquecimento de água e de piscinas (Figura 3), aquecimento de residências, prédios e outros ambientes; estufas para secagem (Figura 4), operações industriais, como geração de vapor. Geração de energia elétrica. Algumas das maiores usinas de energia solar funcionam com coletores focalizantes, como na Califórnia, onde está a maior usina do mundo, com 392 Megawatts (SPITZCOVSKY, 2014) Segundo a Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG, 201-) o aquecimento solar pode gerar uma economia de até 80% de energia elétrica no aquecimento da água usada no banho, em comparação a utilização de energia elétrica para a mesma finalidade. Figura 3 (esquerda): aquecedor solar plano instalado no teto de uma residência. Observar os painéis coletores e os tubos de água (em branco). Fonte: ECOCASA (2011). Figura 4 (direita): estufa para secagem de frutas do CELOGS. A energia solar térmica pode ser implantada com sucesso em qualquer latitude, mesmo em regiões que apresentam poucos índices de radiação solar, podendo possuir grande potencial de aproveitamento energético. No mercado é possível encontrar grande disponibilidade de tecnologia para utilização dessa

20 19 energia. No entanto para se obter essa tecnologia é necessário um alto investimento inicial Energia solar elétrica ativa (ou fotovoltaica) A conversão direta da energia solar em energia elétrica ocorre por meio de efeitos da radiação sobre determinados materiais, em particular os semicondutores. Com a incidência da radiação solar, gera-se corrente elétrica (MOURÃO, 1982). Dentre esses efeitos o que se sobressai é o fotovoltaico, decorrente da excitação dos elétrons de determinados materiais na presença da luz solar. Estes materiais são chamados de células fotovoltaicas, e dentre os materiais, o mais adequado é o silício policristalino ou amorfo, que usam o silício que é um elemento muito abundante, mas pode-se utilizar o arsenieto de gálio e o sulfato de cádmio (REIS et al 2005). A tecnologia de energia solar fotovoltaica tem vida útil muito elevada (até 20 anos), com baixa ou nenhuma necessidade de manutenção contínua, não possui partes móveis que possam ser quebráveis, não produzem odor ou ruídos, porém suas principais desvantagens são seu baixo rendimento (até 15% em média) e o custo elevado para produção das células fotovoltaicas e na própria produção da energia elétrica, e como citado anteriormente, há o uso de matérias primas que podem ser tóxicas (MOURÃO, 1982; ZILES E BENDITO 2012). No que se refere aos custos, entretanto, tem sido observado que os custos das células fotovoltaicas têm decrescido, sendo que em países com a Alemanha os custos de instalação de sistemas foi reduzido em até 50% (PRESERVAÇÃO BRASIL 2013). A energia solar fotovoltaica é usada principalmente: na eletrificação de áreas remotas, onde o custo para se levar uma rede elétrica convencional se torna maior que o custo da implantação de um sistema de conversão de energia solar; em sistemas autônomos: como bomba de água para irrigação, sinalização, alimentação de sistemas de telecomunicações, iluminação pública em áreas rurais (ver Figura 5 a seguir); na aplicação de micro-potência: relógios e calculadoras;

21 20 na integração de sistemas energéticos em edifícios, representando a redução de custos construtivos e energéticos; em satélites; em veículos: como sistema auxiliar de energia; na iluminação pública; dentre outros. Estes usos podem ser reunidos em quatro grandes grupos (REIS et al, 2005): Geração de energia elétrica conectada à rede de distribuição, em que a energia gerada vai direto aos sistemas de distribuição. Sistemas autônomos, não estando conectados à rede elétrica para distribuição. São usados com ou sem sistemas de armazenamento (baterias). São os mais usados nas áreas rurais. Uma variedade desde sistema é o híbrido, em que as células fotovoltaicas existem em conjunto com outras fontes de energia elétrica, como geradores diesel. Aplicações técnicas e equipamentos, em que são usadas células solares para relógios, lanternas, rádios, sinalização marítima, etc.. Deve-se ainda observar que nos trópicos os períodos de seca onde ocorre menor volume de chuvas e portanto a produção de energia hidroelétrica é menor, a insolação é contínua, devido a seca, e portanto pode-se gerar mais energia elétrica. Outra possibilidade é que a residência com painéis de células fotovoltaicas possa não apenas consumir, mas também gerar energia elétrica para a rede de distribuição de energia. Neste caso, o proprietário do imóvel pode receber em dinheiro ou abatimento na conta. Na Figura 6 a seguir, exemplo de painéis fotovoltaicos no teto de uma residência. Figura 5 (esquerda): lâmpada de iluminação pública abastecida a energia solar em chácara no DF. Figura 6 (direita): painéis fotovoltaicos em residência. Fonte: NOTICIAJATO (2013).

22 Energia solar passiva A energia solar passiva se dá pela absorção de calor dos raios solares incidentes para o aquecimento de prédios, edifícios e casas. Tudo começa a partir do projeto de construção, sempre utilizando estratégias para o maior aproveitamento da luz solar (REIS et al, 2005). O edifício deve ser construído de tal forma que maximize o recebimento de raios solares no inverno e minimize no verão, com um desenho e uso de materiais que permitam o maior aquecimento e iluminação nos períodos mais frios do ano e maior sombreamento e resfriamento nos períodos mais quentes. No Brasil, existe uma tendência a copiar desenhos arquitetônicos de edifícios construídos em países mais frios, que acabam por acumular excessivo calor e exigem sistemas de refrigeração que por sua vez exigem mais energia elétrica (MOURÃO, 1980) Geração de energia solar no mundo e no Brasil No mundo A participação da energia solar na produção de energia no mundo ainda é pequena (representa menos de 1% do total mundial) mas é uma das que mais cresceu, aumentando 2000% entre 1996 e 2006 (ANEEL, 2008). No ano de 2012, a energia solar foi uma das fontes de energia que mais recebeu investimentos, em um valor aproximado de 1,5 bilhões de dólares, e seus principais investidores são a Europa, Ásia e América do Norte, utilizando principalmente o método de conversão direta pelas células fotovoltaicas (TERRA, 2013). Segundo dados da Associação Europeia da Indústria Fotovoltaica (TERRA, 2013) em 2012 a capacidade acumulada de geração de energia fotovoltaica no mundo ultrapassou a casa dos 102 gigawatts (GW), poupando uma média de 53 milhões de toneladas de gás carbônico por ano. Outra fonte cita que a produção de

23 22 energia solar no mundo em 2013 foi de aproximadamente 68 GW, com a Alemanha representando cerca de 35% do total (ECODESENVOLVIMENTO, 2013). De acordo com tabela 1 e gráfico 1 a seguir, estão no ranking de maiores produtores de energia solar fotovoltaica estão: Alemanha em primeiro lugar, com a produção de MW/ano; Itália em segundo com MW/ano; Japão em terceiro MW/ano; EUA em quarto com MW/ano; Espanha em quinto também com MW/ano; China em sexto com MW/ano; França em sétimo com MW/ano; República Checa com MW/ano; Bélgica com MW/ano e; em décimo lugar a Austrália com MW/ano (PRESERVAÇÃO BRASIL 2013; TERRA 2013). Tabela 1 Ranking dos 10 maiores produtores de energia solar fotovoltaica Colocação País MW/ano 1º Alemanha º Itália º Japão º EUA º Espanha º China º França º República Checa º Bélgica º Austrália Fonte: TERRA (2013)

24 MW/ano 23 Gráfico 1 Ranking dos 10 Maiores Produtores de Energia Solar Fotovoltaica Países Alemanh a Itália Japão EUA Espanha China França Repúblic a Checa Bélgica Austrália Países Fonte: TERRA (2013) Em 2005, maior parte da energia elétrica produzida por células fotovoltaicas era produzida para geração conectada à rede (36%), com geração autônoma em áreas rurais (27%), com aplicação técnica (28%) e equipamentos (9%) representando os tipos de consumo restantes (REIS et al, 2005) No Brasil O Brasil é um país que, devido a sua localização geográfica, com grande parte do território nas regiões inter-tropicais, apresenta intensa insolação e por isso, grande potencial de aproveitamento da energia solar (MENDONÇA E DANNI- OLIVEIRA 2007). A Figura 7 a seguir apresenta o potencial de irradiação (ou a insolação) do território brasileiro.

25 24 Figura 7 Potencial de irradiação do território brasileiro. As cores mais claras indicam maior potencial, as cores mais escuras indicam potenciais menores. Fonte: FERRAZ, 2012 Segundo o Atlas de Energia Elétrica do Brasil (ANEEL, 2008), a radiação solar no país varia de 8 a 22 Megajoules por metro quadrado ao dia, com maior intensidade na região Nordeste e menor na região Sul-Sudeste. Hoje no Brasil existem projetos em curso e em operação visando o aproveitamos da energia solar, particularmente por meio de sistemas fotovoltaicos e de aquecimento de água, embora a sua geração ainda seja muito pequena, e o aproveitamento de energia solar ainda é principalmente para aquecimento de água (BRASIL, 2008). No total, em 20 de maio de 2014, no Brasil havia 107 usinas (ou centrais geradoras) de energia elétrica através de células fotovoltaicas (eram 87 registradas em abril de 2014), a maioria de pequeno porte (até 30 kw), e gerando kw, sendo kw em abril de 2014 (ANEEL, 2014; BRASIL, 2014a). Quanto ao aquecimento de água, indica-se a existência de dez milhões ( ) de metros quadrados de área de coletores, que produziriam uma

26 25 economia de 1000 GWh (Gigawatts-hora), o que corresponde a 0,2% da demanda de energia elétrica em 2013 (BRASIL, 2014a). A pouca geração de energia elétrica a partir de células fotovoltaicas é causada pelos preços elevados e a taxação da energia gerada, embora a ANEEL recomende que não seja feita esta taxação (JORNAL NACIONAL, 2014). Mesmo assim, a produção de energia elétrica fotovoltaica, no Brasil, seria mais competitiva ou mais barata através de pequenas geradoras, e não grandes centrais, de acordo com estudo elaborado pela EPE Empresa de Pesquisa Energética, entregue ao Ministério de Minas e Energia no dia 03 de julho de 2012 (BRASIL 2012a). Um exemplo dos custos está indicado na tabela 2 a seguir, que indica o custo da geração de energia fotovoltaica para aplicações residenciais, comerciais e industriais (BRASIL, 2012a). Tabela 2 Custo de geração de energia fotovoltaica e valor de investimento inicial Aplicação Potência (kw p ) Investimento Inicial Custo Nivelado de (R$ mil) Geração (R$/MWh) Residencial Comercial Industrial Fonte: EPE (2012) Observação: kwp = potência no momento de máxima insolação. Enquanto o Custo Nivelado de Geração para energia solar fotovoltaica é de R$ 602,00/MWh, empresas concessionárias cobram R$ 603,00/MWh. Dentre elas se destacam: Energisa Minas Gerais-MG, Cemar-MA, Cepisa-PI, Ampla-RJ e Cemig- MG. O valor do investimento inicial para 5kW p de R$ ,00 varia de estado para estado, por causa dos impostos que são regulamentados por leis estaduais. Alguns exemplos de projetos do uso de energia solar no Brasil são: -Sistema Comercial de Aquecimento Solar de Água de Belo Horizonte/MG; - Sistema Fotovoltaico de Bombeamento de Água para Irrigação de Capim Grosso/BA; -Sistema de Bombeamento Fotovoltaico Santa Cruz I de Mirante do Paranapanema/SP;

27 26 -Sistema de Eletrificação Fotovoltaica do Núcleo do Perequê de Vale do Ribeira/SP; -Sistema Fotovoltaico para Atendimento Domiciliar do Projeto Ribeirinhas; Sistema Hibrido Solar-diesel de Araras, Nova Mamoré/RO; dentre outros. Iniciativas para a geração de energia elétrica por células fotovoltaicas no Brasil têm sido mais recentes. Um exemplo: em Juazeiro (BA) 9500 painéis solares em dois condomínios residenciais gerarão 3600 Megawatts / ano que serão vendidos (NOTIACIAJATO, 2013). Outra iniciativa, na área administrativa, é a Resolução Normativa (RN) 482/2012, que estabelece o Sistema de Compensação de Energia Elétrica no Brasil (ANEEL, 2012; BRASIL, 2014a). Esse sistema é também conhecido pelo termo em inglês net metering. Nele, um consumidor de energia elétrica instala pequenos geradores em sua unidade consumidora (como, por exemplo, painéis solares fotovoltaicos e/ou pequenas turbinas eólicas) e a energia gerada é usada para abater o consumo de energia elétrica da unidade. A RN 481/2012 amplia este desconto (BRASIL, 2014a). Quando a geração for maior que o consumo, o saldo positivo de energia poderá ser utilizado para abater o consumo em outro posto tarifário ou na fatura do mês subsequente. Os créditos de energia gerados continuam válidos por 36 meses. Este excedente de energia é então distribuído pela rede de distribuição existente de eletricidade. Esse envio de energia pelo sistema é também chamado de Geração Compartilhada (BRASIL, 2014a) É importante ainda ressaltar que, para poder participar do Sistema de Compensação, os geradores instalados na unidade consumidora precisam se enquadrar como micro ou minigeração distribuída (ANEEL, 2012).

28 27 2. OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Avaliar preliminarmente o uso e produção da energia solar no Distrito Federal. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Identificar as empresas que operam ou trabalham com energia solar, em suas várias formas, no Distrito Federal; Determinar a quantidade de usuários; Determinar as formas de aproveitamento da energia solar no DF; Definir preliminarmente os benefícios gerados pelo aproveitamento da energia solar no DF.

29 28 3. JUSTIFICATIVA A energia solar é uma fonte de energia limpa (não emite resíduos durante a produção de energia) e é renovável. Ela não agride ao meio ambiente com a mesma força com que as outras fontes de energia, como a hidrelétrica e a queima de combustíveis fósseis. A radiação solar no território Brasileiro possui um elevado potencial energético, sendo comparável a qualquer outra fonte energética existente. A geração de energia solar pode contribuir para mitigar os efeitos das mudanças climáticas relacionadas ao aquecimento global. Ela pode ainda ajudar na economia do custo de energia elétrica domiciliar, dando maior qualidade de vida, e proporcionar maior disponibilidade de energia. Em áreas afastadas e ainda não eletrificadas, se houver bons índices de insolação (como no caso de grande parte do território brasileiro), a energia solar se apresenta como uma provável solução para a falta de energia. Nas áreas urbanas, a energia solar também é uma opção viável para várias aplicações (em especial energia elétrica e aquecimento), e é especialmente importante durante o período de secas, já que o Brasil é um país dependente da energia hidroelétrica. Tomando como base os fatos citados, torna-se viável a avaliação ambiental dos benefícios da utilização da energia solar, pois é preciso manter e expandir as atividades econômicas e sociais do homem, que estão diretamente ligadas à energia, de forma a não degradar ainda mais o meio ambiente. Esta é uma das bases do Desenvolvimento Sustentável, permitindo o desenvolvimento social sem comprometer a qualidade ambiental e de vida (REIS et al. 2005). No caso do presente trabalho, procurou-se verificar a atual situação do uso da energia solar no Distrito Federal. Com o rápido crescimento populacional da região (em especial na área urbana), que chegou a 2% ao ano em 2008, e com uma população de 2,5 milhões de habitantes (GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL, 2012) ocorreu também um crescimento na demanda de energia, o que gera mais pressão sobre as geradoras de energia hidroelétrica (SOUZA, 2010). Considerando-se ainda que o Distrito Federal está em uma região cujo clima, caracterizado por períodos de seca e muita insolação durante o inverno, de junho a setembro (MENDONÇA E DANNI-OLIVEIRA, 2007), a energia solar pode ser uma alternativa para a geração complementar de energia, reduzindo assim a

30 29 necessidade de energia das usinas hidroelétricas e de outras fontes, como geradores a combustíveis fósseis. O uso da energia solar pode também reduzir a necessidade do consumo de gás para aquecimento, reduzindo também os riscos de acidentes e as emissões de gases do efeito estufa. Finalmente, o uso de energia solar pode ser feito de maneira a que seja acessível às populações de baixa renda, em especial da periferia das principais cidades do DF e também no entorno, auxiliando a melhorar a qualidade de vida das populações de mais baixa renda.

31 30 4. MATERIAL E METODOS A etapa preliminar para coleta dos dados necessários do presente trabalho consistiu em um levantamento bibliográfico relacionado à energia solar. Neste levantamento foram consultadas publicações (livros e periódicos) impressos e sites da internet relacionados ao assunto (energia solar), ou seja, foram consultadas fontes primárias, como publicações especializadas no assunto, como fontes secundárias, tais como notícias da imprensa em geral (MARCONI E LAKATOS, 2006). Estes sites e publicações estão relacionados nas referências bibliográficas. Este levantamento preliminar procurou obter informações mais específicas sobre os seguintes tópicos da temática da energia solar relacionadas a seguir: Quais os tipos básicos de aproveitamento de energia solar? Quais as vantagens e desvantagens do uso da energia solar? Qual o atual quadro de produção de energia solar, incluindo a distribuição da produção por país? Qual o atual quadro de produção de energia solar no Brasil e as políticas de promoção do uso da energia solar? As informações obtidas foram necessárias para definir aspectos mais específicos sobre o uso e produção da energia solar no Distrito Federal, de forma a definir também as perguntas do questionário relacionado no Anexo 1. A etapa seguinte consistiu no estudo específico de caso, que é a atual situação do uso da energia solar em Brasília. Para esta etapa inicialmente foram feitas pesquisas em publicações ou material em meio eletrônico (internet), especialmente das autarquias e órgãos do governo brasileiro (federal e distrital) relacionados com a energia elétrica, como o Ministério das Minas e Energia e Agência nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Em paralelo a este levantamento, e com os dados obtidos previamente, foram obtidas informações diretamente com técnicos destes órgãos governamentais, em especial da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). Os aspectos da energia solar no Distrito Federal que, a partir dos estudos anteriormente definidos, foram considerados de interesse são:

32 31 Tipos de usos de energia solar empregadas no Distrito Federal; Empresas: número de empresas, localização e contato; Número de usuários: o de cada empresa; o por tipo de uso de energia solar; Distribuição geográfica do uso da energia solar no DF: o Usuários por região; o Tipo de uso por região. A identificação das empresas que trabalham com a energia solar no Distrito Federal foi feita através de levantamento pela internet. Uma vez que as empresas foram listadas, seguiu-se o envio de questionário (que está detalhado no Anexo 1). O Questionário que foi enviado às empresas locais identificadas que trabalham com a energia solar e suas tecnologias procurou obter as demais informações acima relacionadas. O questionário foi enviado por intermédio de correio eletrônico, e em alguns casos houve contato por meio de telefone ou visita direta às empresas, quando foi possível. Uma vez que os dados sobre energia solar foram obtidos, passou-se a fase final da pesquisa, que procurou a verificação dos benefícios trazidos com o consumo de energia solar no DF, especificamente em termos de: Energia produzida (em quilowatts / quilowatts-hora), especialmente nos sistemas fotovoltaicos; Energia economizada e emissões de CO 2 que não foram feitas graças ao uso de sistemas de energia solar. Neste último caso, empregaram-se sites da internet que possuem calculadoras de emissão de dióxido de carbono por quilowatt-hora consumido. Como estas estimativas são variáveis, dependendo da fonte, decidiu-se pelo cálculo em pelo menos dois sites, para fins de comparação.

33 32 5. RESULTADOS 5.1 EMPRESAS QUE TRABALHAM COM ENERGIA SOLAR NO DF A pesquisa pela internet identificou um total de oito empresas que trabalham com energia solar no DF e anunciam suas atividades na internet. Elas são listadas na tabela 3: Tabela 3 Custo de geração de energia fotovoltaica e valor de investimento inicial Via do Sol Energia Solar Euro Solar Aquecedores Heliossol Energia Solar Recol Aquecedor Solar Metalessa Art e Sol Energia Solar Raios de Sol Energia Solar DF Solar Equipamentos SCLN 113 Bloco C Asa Norte - Brasília - DF Fones: (61) / SCS Q 7 Bl A Edifício Maristela Sl 9 Asa Sul Brasília Fone: (61) SCRLN 713 Bloco E Loja 56 Fone: (61) Rua 03 Ch. 81 Qd. 01 Lote 17 Vicente Pires Brasília / DF Fone: (61) Setor de oficinas Norte, Q. 2, Bl. B, Lj. 35 Fone: (61) / SCHN Bloco. "B" Loja 18 Fone: (61) CRS 511, Bl. A, Lj 57 Fone: (61) b Qe 12, Ae I, s/n Lj 3 Scia (Estrutural) Fone: (61) Uma informação complementar obtida através do professor Luiz Fernando Kitajima (KITAJIMA, 2014, comunicação pessoal) e do Engenheiro Militar Nilo Mendes (MENDES, 2014, comunicação pessoal), é de que há pessoas físicas que realizam a montagem de aquecedores solares no DF, mas que não possuem registro da empresa ou da atividade, o que indica a possiblidade de haver mais empresas ou pessoas que trabalhem na área mas que não possuem, por diversas razões, registro junto as autoridades. 5.2 UTILIZAÇÃO DA ENERGIA SOLAR NO DF

34 33 Conforme citado anteriormente, foi elaborado um questionário a ser utilizado na pesquisa de empresas que atuam no ramo de energia solar no distrito federal. O modelo de pesquisa esta no anexo 1 deste trabalho. Tabela 4 Resultado da pesquisa a empresas. 1. Atua com aquecimento solar ou painel fotovoltaico? Via do Sol Energia solar Aquecimento / Painel fotovoltaico Euro Solar Aquecedores Heliossol Energia Solar Recol Aquecedor Solar Aquecimento Aquecimento Aquecimento 2. Quantos usuários? 3. Energia mais utilizada? 4. Distribuição dos Usuários? 5. Mais procurado por PF ou CNPJ? 6. Custo da Instalação e Manutenção mensal? 7. Geração de Energia Elétrica de Painéis Fotovoltaicos? 8. Economia por aquecimento solar? E fotovoltaico? 9. Quem fabrica os equipamentos? 10. Procedimento técnico para desistência? 50 PF 950Aq Aquecimento Aquecimento Aquecimento Aquecimento Lago Sul / Asa Sul / Park way Asa Sul / Lago Sul Lago Sul / Park way Os dois. PF. PF. CNPJ. Instalação Aquecimento de 4 à 10 mil reais. Visita técnica R$ 600,00. Painel transcende 100 mil. -80,2 kwh/mês.m² -140 Wh/m² De 60% à 80%. Tosi, Transsen, Tuma, Unisol, Jms/Termotron, Thermosystem, Soltec, Tégula e etc... Instalação Aquecimento de 3 à 10 mil reais. Visita técnica R$ 750,00. Instalação Aquecimento de 4 à 10 mil reais. Visita técnica R$ 650,00. Asa Sul / Lago Norte / Lago Sul Instalação Aquecimento de 3 à 10 mil reais. Visita técnica R$ 700,00. De 60% à 80%. De 60% à 80%. De 60% à 80%. Tosi, Transsen, Tuma, Unisol, Jms/Termotron, Thermosystem, Soltec, Tégula e etc... Tosi, Transsen, Tuma, Unisol, Jms/Termotron, Thermosystem, Soltec, Tégula e etc... Não Não Não Não Tosi, Transsen, Tuma, Unisol, Jms/Termotron, Thermosystem, Soltec, Tégula e etc...

35 34 Das empresas listadas na tabela 3, apenas quatro responderam ao questionário enviado. São elas: Via do Sol, Euro Solar, Heliossol e Recol. As demais empresas não responderam às mensagens eletrônicas ou aos chamados telefônicos (algumas nem tinham telefone de contato) ou informaram que não podiam passar mais informações. Na Tabela 3 está o resultado do questionário com as empresas que responderam às questões Formas de aproveitamento de energia solar no DF O questionário indicou que apenas uma empresa (a Via do Sol) trabalha com a instalação de painéis fotovoltaicos para a geração de energia elétrica. Esta mesma empresa, assim como as demais, trabalham com sistemas de aquecimento solar, não envolvendo geração de energia elétrica. Nas Figuras 8 e 9, estão exemplos do uso de energia solar no DF, na forma de aquecimento de água (Figura 8) e de geração de energia elétrica (Figura 9). Figura 8 (esquerda): sistema de aquecimento solar em residência do Lago Norte. Figura 9 (direita): painéis fotovoltaicos em estacionamento do SEBRAE (Asa Sul) Número de usuários Admitindo-se que cada empresa tem usuários próprios, ou seja, não há usuário que empregue os mesmos produtos (ou serviços) de duas empresas ao

36 35 mesmo tempo, observa-se um total de (onze mil e cento e cinquenta) usuários destas empresas. Quanto a forma de uso, como apenas a Via do Sol informou instalar painéis fotovoltaicos, a mesma indicou que tem 50 (cinquenta) usuários deste tipo de uso de energia solar. A Recol é a empresa com o maior número de usuários (6000 usuários) seguido pela Euro Solar (3500 usuários), Via do Sol (1000 usuários) e Heliossol (650 usuários) Distribuição e tipo dos usuários As empresas indicaram ter usuários nas seguintes regiões: Lago Sul, Lago Norte, Asa Sul e Park Way. Todas as empresas tem usuários no Lago Sul, três empresas cada têm usuários na Asa Sul ou no Park Way e apenas uma informou ter usuário no Lago Norte. Quanto aos usuários propriamente ditos, todas as empresas têm como fregueses pessoas físicas e duas atendem a pessoas jurídicas Custos Nos custos deve-se notar que há o custo de instalação do sistema de aquecimento solar e o custo de instalação dos painéis fotovoltaicos. No custo de instalação do sistema de aquecimento solar, foram indicados valores entre um mínimo de R$ 3.000,00 (três mil reais) e máximo de R$ ,00 (dez mil reais). Já o custo de instalação de painéis fotovoltaicos pode superar os R$ ,00 (cem mil reais). Quanto aos custos de manutenção, as empresas limitaram-se a informar que a visita técnica varia entre R$ 600,00 a R$ 750, Produção e economia de energia fotovoltaicos: A empresa Via do Sol forneceu as seguintes informações sobre os painéis

37 36 os painéis mais pedidos são os de 150W e 175W, sendo pedidos de 2 a 4 painéis. o podem produzir até: o painel de 150W produz 18,75 kwh/mês em condições ideais, e o painel de 175W gera 21,88 kwh/mês em condições ideais. 80 kwh/mês.m² (80 kilowatts por hora a cada mês por metro quadrado) ou 140 watts/hora/m². Além disso todas as empresas informaram que a economia de energia elétrica no aquecimento de água está entre 60% a 80%. Ou seja, a energia solar faz com que o usuário gaste entre 60 a 80% menos (em energia) do que utilizar aquecedores elétricos convencionais de água Empresas fabricantes dos equipamentos e procedimento técnico em caso de desistência ou descarte Todas as empresas de energia solar no DF (que responderam ao questionário) vendem e instalam produtos das seguintes empresas fabricantes: Tosi. Empresa de sistemas de aquecimento solar instalada em São Paulo. Transsen. Empresa de sistemas de aquecimento solar instalada em São Paulo. Tuma. Empresa de sistemas de aquecimento solar instalada em Minas Gerais. Unisol. Empresa de sistemas de aquecimento solar instalada em São Paulo. JMS/Termotron. Empresa de sistemas de aquecimento solar instalada em Minas Gerais. Thermosystem. Empresa de sistemas de aquecimento solar instalada em Santa Catarina. Soltec. Empresa de sistemas de aquecimento solar instalada em São Paulo. Tégula. Empresa de sistemas de aquecimento solar instalada em São Paulo.

38 37 As empresas informaram que não possuem procedimento técnico em caso de desistência ou descarte do equipamento. A empresa Via do Sol informou que os painéis fotovoltaicos são importados, principalmente do Japão (Kyocera) e Alemanha (Siemens) Outras informações As empresas informaram que não há nenhuma organização que agrupe os vendedores ou produtores de energia solar no DF. A empresa Via do Sol informou que, em média, um painel fotovoltaico (não foi informado de qual tipo) com área de 1,6 m² é o suficiente para abastecer parcialmente uma casa. Por parcialmente entende-se: um rádio, uma televisão e algumas lâmpadas. Além disso, essa é a média de painel pedido pelos consumidores da empresa. No caso de abastecer uma geladeira, ainda segundo a mesma empresa, é necessário um painel exclusivo para o eletrodoméstico, devido ao seu consumo continuado (24 horas), com 3,2 m². Além disso, para fornecimento de energia a noite, é necessário ligar uma bateria do tipo automotiva que se recarrega durante o dia e abastece a geladeira durante a noite Aquecedores artesanais Visando aumentar o acesso das comunidades de menor poder aquisitivo aos benefícios da energia solar, vários projetos tem sido feitos para promover o uso desta energia com custos menores que os listados pelas empresas citadas. Um exemplo é o do CELOGS (Campo-Escola de Logística de Subsistência), localizado na área do Campus 1 da Universidade Católica de Brasília, e realizado por Nilo Mendes (VISÃO SUSTENTÁVEL, 2010). Nesta área são testados e produzidos diversos sistemas ambientalmente sustentáveis e de baixo custo (fabricação de tijolos ecológicos, aproveitamento de água da chuva, piscicultura, etc.). Para o aproveitamento de energia solar o CELOGS desenvolveu um sistema que emprega materiais encontrados em lojas de materiais de construção (encanamentos de PVC, tanques de água), sendo que os coletores são do tipo

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