Origens da. Cidade Moderna. Tony Garnier. Arturo Soria. Ebenezer Howard
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- Irene Carrilho Salgado
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1 Pontifícia Universidade Católica de Goiás Curso de Arquitetura e Urbanismo Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo III TH3 Profa. Ana Paula de Oliveira Zimmermann as cidades modernas
2 Origens da Tony Garnier Ebenezer Howard Cidade Moderna Arturo Soria
3 A Cidade Industrial O projeto para uma cidade industrial é apresentado pela primeira vez em 1904, e demonstra a crença de Tony Garnier no fato de que as grandes cidades do futuro teriam que se basear na indústria. A cidade industrial antecipava alguns princípios da Carta de Atenas do CIAM de Projetada para habitantes. Tony Garnier
4 A proposta era, sobretudo de uma cidade socialista sem muros ou propriedade privada, onde todas as áreas não construídas eram parques públicos. O plano de Garnier separava as zonas: Agrupamento racional da indústria da administração das residências Exclusão dos pátios internos e estreitos Criação de uma quantidade suficiente de espaços verdes na cidade. Propunha também o uso do novo material, o concreto armado, que era a potencialidade estética do século XX.
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6 Livro A Cidade Industrial de 1917 é considerado o primeiro manifesto do urbanismo progressista. Uma cidade industrial tem como princípios diretores a análise e a separação das funções urbanas, a exaltação dos espaços verdes, que desempenham o papel de elementos isoladores, a utilização sistemática dos materiais novos. Diferentes tipos de edifícios são padronizados
7 Sítio de implantação escolhido pela proximidade à fonte de matéria-prima, curso d água ou meio de transporte. Industria planície Estrada de ferro passa entre a indústria e a cidade
8 Cidade esta num planalto, acima da fábrica Estabelecimentos sanitários (hospitais e asilos) estão num patamar acima da cidade, mais afastados
9 A fábrica principal está situada na planície, na confluência de uma torrente com o rio. Uma estrada de ferro de grande comunicação passa entre a fábrica e a cidade, que está numa posição um pouco mais elevada, num altiplano. (...) Cada um destes elementos (fábrica, cidade, instalações sanitárias) está isolado de modo a permitir uma futura ampliação em caso de necessidade; isto permitiu que se desenvolvesse o estudo a partir de um ponto de vista mais geral.
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11 Para o estudo da cidade industrial foi escolhida a região Sudeste da França. Essa área foi determinada depois de concluído que ela era bem localizada e teria suas necessidades sanadas por soluções próximas. Alguns fatores que levaram a essa escolha foram: a presença de matéria-prima, a força natural que pode ser usado pelo homem (um leito da torrente represado) e a comodidade dos meios de transporte devido a uma estrada de ferro próxima à área. Para dispor as construções na cidade buscou-se levar em conta as necessidades materiais e morais do indivíduo, então se criou regulamentos para manter a qualidade de vida humana. As divisões da casa deveriam corresponder aos regulamentos e cada habitação deveria dar acesso para a construção localizada atrás, criando um passeio público que permitiria o acesso em qualquer sentido desejado dentro da cidade.
12 Normas gerais: 1ª - Na habitação os dormitórios devem ter pelo menos uma janela orientada para o sul, bastante grande para que haja luz no cômodo todo; 2ª - Os pátios maiores e menores, quer dizer, os espaços, fechados por paredes, que servem para iluminar ou para arejar, estão proibidos. Qualquer espaço deve ser iluminado e ventilado pelo exterior; 3ª - Dentro das habitações, as paredes, o chão, etc., são de materiais lisos, com os ângulos arredondados. Lotes definidos em 15 x 15m, sempre com um dos lados dando pra rua. A superfície construída deve ser sempre inferior à metade da superfície total.
13 Não deve haver muros separando os lotes. O solo da cidade é visto em conjunto, como um grande parque. O espaço entre duas habitações é pelo menos igual à altura da construção situada ao sul. No centro da aglomeração há um vasto espaço destinado aos estabelecimentos públicos. Implantação de escolas primárias para as crianças. Estabelecimentos sanitários estabelecidos ao norte do centro da cidade, protegidos dos ventos frios. Compoese de hospital, setor dos inválidos, doenças contagiosas. Ruas ortogonais, sentido norte-sul e leste-oeste. Há hierarquia entre as vias.
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15 Cidade Jardim Howard em seus estudos, perguntou-se Para onde as pessoas irão?, então considerou três imãs de atração da população, a cidade inchada, o campo vazio, e a cidade-campo, que seria a terceira solução. Ebenezer Howard
16 A proposta das cidades-jardim parte do problema da propriedade privada. Para Howard, ao se eliminar a especulação privada, os edifícios das grandes cidade poderiam dar lugar a espaços verdes, e a ausência de incentivos para o crescimento ilimitado das cidades possibilitaria que se estabelecesse as dimensões da cidade oportunamente, de modo que o campo pudesse ser atingido por um simples passeio. Assim conseguiria unir os benefícios das cidades com os benefícios do campo.
17 Para Howard a cidade-jardim deve ser autosuficiente e deve obter um equilíbrio entre indústria e agricultura. Propõe que 1/6 do terreno seja ocupado por moradias e indústrias e o resto seja destinado à agricultura, localizando em torno do núcleo urbano, um cinturão verde de fazendas.
18 Ele propõe muito mais do que a harmonia entre homem e natureza, ele apresenta toda uma política para a manutenção do equilíbrio social, ameaçado pelas sórdidas condições de urbanização das camadas populares inglesas durante o século XIX. Planeja não só as formas, as funções, os meios financeiros e administrativos de uma cidade ideal, sadia e bela, mas, principalmente, um processo para satisfazer as massas e controlar sua concentração nos centros metropolitanos. A cidade-jardim seria construída no centro dos 2400 hectares, e ocupando 400 hectares, o resto seria para o campo. Seria cortada por seis bulevares com 36 metros, uma avenida central com 125 metros de largura, formando um parque.
19 No centro ficariam órgãos públicos e para o lazer (teatro, museu e etc..), o Palácio de Cristal, ocuparia uma grande área servindo como mercado e jardim de inverno, proporcionando aos ingleses, durante o longo período chuvoso, um lugar para recreação. A população seria de cerca de pessoas, sendo 2000 no campo; as industrias ficariam na periferia ao longo da linha férrea, facilitando o escoamento da produção; a área agrícola seria constituídas por fazendas, cooperativas ou particular. Na cidade jardim, o solo urbano é socializado e o lucro obtido pelo loteador vem das cotas pagas mensalmente, ninguém se torna proprietário de sua casa, loja, indústria, isso se da pelo arrendamento.
20 Letchworth Inglaterra Projetada para habitantes.
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22 Welwyn Inglaterra Projetada para habitantes.
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25 A Cidade Linear A cidade linear é um modelo concebido pelo urbanista espanhol Arturo Soria y Mata em fins do seculo XIX, construída como bairro experimental na perifería de Madrid, Espanha, em A noção de cidade linear foi utilizada no modernismo a partir do final da década de 20 por alguns urbanistas como Le Corbusier, Ernst May, Lúcio Costa, Kenzo Tange, entre outros. Arturo Soria
26 A Cidade Linear parte do problema do congestionamento das grandes cidades tradicionais que se desenvolvem concentricamente em torno de um núcleo. Soria propõe uma alternativa radical: uma faixa de largura limitada, percorrida por uma ou mais ferrovias ao longo de seu eixo, que pode ter comprimento indefinido. Propõe uma cidade extensível, feita de pequenas casas isoladas, cada uma com sua horta e seu jardim.
27 (...) o tipo de cidade quase perfeita será aquela que se estende ao longo de uma única via, com uma largura de 500 metros, e que se estenderá, se necessário de Cádiz a São Petersburgo, de Pequim a Bruxelas. Este modelo só foi executado em Madrid, com 700 casas unifamiliares ao longo de 5 km que em 1920 alojavam habitantes (atual Avenida Arturo Soria).
28 A cidade linear tem como característica mais marcante o desenvolvimento em linha, geralmente com uma via central que funciona como estrutura principal, em torno da qual se desenvolvem ramos secundários. A interpretação da cidade linear varia segundo cada um dos autores: 1) Para Miliutin ela estava ligada ao sistema de produção industrial; 2) Le Corbusier a utiliza para atingir maior liberdade formal e de igual maneira trabalhar livremente o sistema viário dentro de sua proposta de hierarquia viária apresentada tambem em Sur Les Quatre Routes ( Sobre as 4 Vias );
29 1) Ernst May desenvolve a relação cidade/indústria proposta por Miliutin no seu projeto para a cidade soviética de Magnitogorsk; 2) No pós-guerra Lúcio Costa adota o partido linear no desenvolvimento do plano piloto de Brasília; 3) Em 1960, Kenzo Tange apresenta um plano monumental de cidade sobre a baía de Tóquio; 4) Lúcio Costa utilizará novamente o partido linear como um dos elementos do seu plano para a Barra da Tijuca no Rio de Janeiro.
30 A cidade linear está ligada em muitos aspectos à questão do transporte, por este motivo da crescente importância ao sistema viário no planejamento da cidade. Em sua concepção inicial, com Soria y Mata, esteve ligado ao movimento higienista e de igual maneira à questão dos bairros operários. Desde a década de 1880, Soria y Mata acreditava que sua cidade poderia se estender pelo território se ligando a outras e até a diferentes países, em uma grande rede urbana. Este fenômeno não está longe da realidade dos nossos dias. Através de sistemas de transporte super-rápidos (como o trem-bala), cidades são interligadas em poucas horas no Japão e em alguns países da Europa.
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32 Referências CHOAY, Françoise. O Urbanismo. Ed. Perspectiva. São Paulo FRAMPTON, Kenneth. História Crítica da Arquitetura Moderna. São Paulo. Martins Fontes PEREIRA, José Ramon Alonso. Introdução à História da Arquitetura. Porto Alegre. Bookman
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