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1 LICENÇA DE OPERAÇÃO LO N.º Processo n.º 7350 / 2012-DL A Fundação Estadual de Proteção Ambiental, criada pela Lei Estadual n.º 9.077, de 04/06/90, e com seus Estatutos aprovados pelo Decreto n.º , de 28/12/90, registrado no Ofício do Registro Oficial em 01/02/91, no uso das atribuições que lhe confere a Lei n.º 6.938, de 31/08/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, regulamentada pelo Decreto n.º , de 06/06/90 e com base nos autos do processo administrativo n.º /11-0 concede a presente LICENÇA DE OPERAÇÃO nas condições e restrições abaixo especificadas. I - Identificação: EMPREENDEDOR: SOMAR - SOCIEDADE MINERADORA LTDA CPF / CNPJ: / ENDEREÇO: RUA GENERAL TASSO FRAGOSO, N 92, 3 ANDAR BAIRRO BOA VISTA PORTO ALEGRE - RS. EMPREENDIMENTO: LOCALIZAÇÃO: LEITO DO RIO JACUÍ, A PARTIR DA PORÇÃO LESTE DA ILHA DO ARAÚJO ATÉ O INÍCIO DA ILHA DO CARIOCA. TRIUNFO - RS COORDENADAS GEOGRÁFICAS (SIRGAS 2000): EXTREMO NOROESTE º; º EXTREMO SUDOESTE º, º EXTREMO SUDESTE º; º EXTREMO NORDESTE º; º PARA A ATIVIDADE DE LAVRA DE AREIA E OU CASCALHO - A CÉU ABERTO, EM RECURSO HÍDRICO E COM RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA. RAMO DE ATIVIDADE: 530,12 DNPM Nº: /1985 E /1985 GRUPAMENTO MINEIRO Nº: 185/2002 ÁREA (HA) GM: 838,00 II - Condições e Restrições: 1. Quanto ao empreendimento: 1.1- esta Licença autoriza a operação da atividade de lavra de areia em recurso hídrico e somente terá validade juntamente com a Licença Municipal, o título minerário expedido pelo Departamento Nacional de Produção Mineral DNPM, todos em vigor; 1.2- antes do início da operação de lavra, deverá ser comunicada a Capitania dos Portos/Autoridade Marítima local as informações elencadas na NORMAM-11 para a dragagem de mineração. Uma cópia do protocolo junto a Capitania dos Portos/Autoridade Marítima local deverá ser juntada aos autos deste processo administrativo; 1.3- a extração de areia pela draga só poderá ser realizada com a respectiva Licença de Operação da embarcação draga em vigor; 1.4- a atividade de mineração deve se restringir às áreas das poligonais do DNPM processos n /1985 e /1985; 1.5- o local de extração de minério deverá ter sua sinalização conforme as normas e regulamentos estabelecidos pela Capitania dos Portos Marinha Brasileira e Superintendência de Portos e Hidrovias SPH; 1.6- as Licenças de Operação da Lavra de Areia, e da Draga, deverão estar disponíveis na embarcação, as quais deverão ser lidas aos operadores como parte das orientações a serem dadas pelo responsável técnico; 1.7- a posição da lança de extração deverá manter afastamento referente as margens, conforme especificado na tabela abaixo, a título de faixas de exclusão, a fim de não haver qualquer contribuição direta da mineração à erosão das margens. Demarcar estes distanciamentos através de bóias fixas; LO N.º 7350 / 2012-DL Identificador de Documento Folha 1/4

2 REGISTRO DNPM MARGEM ESQUERDA (METROS) MARGEM DIREITA (METROS) / RESTRIÇÕES Processo n.º 150m da margem esquerda entre as coordenadas geográficas (SIRGAS 2000): º; º e º; º 150m da margem esquerda entre as coordenadas geográficas (SIRGAS 2000): º, º e º, º 200 m da margem esquerda entre as coordenadas geográficas (SIRGAS 2000): º; º e º; º / m da margem esquerda da Ilha dos Amarelos, entre as coordenadas geográficas (SIRGAS 2000): º; º e º; º 1.8- as margens de que trata a condição anterior são as margens do leito menor do rio. Considera-se a linha de margem do leito menor como o local onde as características de cordão marginal ocorrem e/ou a linha representada pela mata ciliar ou seu prolongamento onde foi retirada e/ou outras feições geomorfológicas que identifiquem a linha que separa os terrenos ordinariamente enxutos dos ordinariamente cobertos por água; 1.9- o limite inferior da atividade de extração de areia será de 1m (um metro) contado a partir do bed rock, ou seja, de baixo para cima a partir do embasamento da camada de areia (jazida); a profundidade máxima permitida para extração de areia no referido trecho de rio deve obedecer a relação de 1:4, ou seja, um metro de extração na camada de areia para cada quatro metros de deslocamento na horizontal, contados a partir das linhas de faixa de exclusão, descritas no item 1.7. Esta relação é válida tanto para a margem esquerda quanto para a margem direita do rio e para margens de ilhas fluviais. Importante apontar que o valor quatro da relação apresentada é medido horizontalmente enquanto o valor um da relação é medido verticalmente (profundidade) na camada de areia (jazida), independentemente da posição topográfica do jazimento em relação à altura da lâmina d água; a lavra deverá ser executada pela extração de sucessivas camadas horizontais regulares no sentido de jusante para montante e do centro para as margens, evitando-se a formação de depressões acentuadas, esburacamentos. 2. Quanto às questões biológicas: 2.1- a ancoragem das embarcações utilizadas não poderá prejudicar a vegetação ciliar; 2.2- não deverá ocorrer supressão ou nenhuma forma de prejuízo à qualquer espécie de vegetação nativa existente na área licenciada; 2.3- as medidas ambientais compensatórias para este empreendimento estão em análise nesta Fundação FEPAM. No período de vigência desta Licença de Operação, o empreendedor será informado, via ofício, das deliberações e propostas a serem apresentadas como medidas compensatórias. 3. Quanto à preservação e conservação ambiental: 3.1- a operação do empreendimento deverá respeitar as Áreas de Preservação Permanente - APP s definidas nas legislações federal e estadual vigentes. 4. Quanto ao monitoramento ambiental: 4.1- realizar levantamento batimétrico, com periodicidade semestral, em escala não inferior a 1:2.000 com curvas de nível a cada 0,5 metros, georreferenciado ao datum horizontal SIRGAS 2000 e datum vertical Marégrafo de Imbituba com coordenadas em graus decimais (ex. Lat.-29,00000 ; Long. - 51,00000º). Os resultados obtidos a partir do levantamento batimétrico devem ser apresentados anualmente a esta Fundação, como juntada a este processo; 4.2- apresentar anualmente a esta Fundação, como juntada a este processo, os perfis transversais comparativos do curso d água contendo a representação das superfícies batimétricas determinadas semestralmente, as delimitações das superfícies do bedrock, bem como as superfícies limítrofes de extração, de 1 (um) metro acima do bedrock. A escala de apresentação dos perfis deve ser a mesma adotada para o levantamento batimétrico seguindo como georreferência o datum horizontal SIRGAS 2000 e datum vertical Marégrafo de Imbituba, com coordenadas em graus decimais (ex. Lat.- 29,00000 ; Long. -51,00000º). A localização dos perfis deverá ser sempre a mesma para todos levantamentos; LO N.º 7350 / 2012-DL Identificador de Documento Folha 2/4

3 Processo n.º 4.3- apresentar também os arquivos digitais em extensão.shp (Shape File) com tabela de atributos associada (informações planimétricas, altimétricas e demais dados pertinentes), referenciados ao datum horizontal SIRGAS 2000 e ao datum vertical Marégrafo de Imbituba com coordenadas em graus decimais (ex. Lat.-29,0000 ; Long. -51,0000º). Estes arquivos deverão permitir a consulta e manipulação dos seus dados pelo órgão ambiental para fins de fiscalização, e deverão conter: dados referentes às linhas de margem; dados da batimetria: linhas de aquisição batimétrica (deverão ser sempre as mesmas para todos levantamentos), pontos cotados, isolinhas/curvas batimétricas e MDT s; localização dos perfis/seções transversais eqüidistantes em 100m (a localização destes perfis deverá ser sempre a mesma para futuros levantamentos); superfície do bedrock: pontos cotados, curvas de nível e MDT s 4.4- anualmente, a partir da data de publicação desta licença, deverão ser protocolados como juntada ao processo administrativo, os Relatórios Técnicos ilustrados, assinados pelos responsáveis técnicos, contemplando: a execução das medidas ambientais e de monitoramento previstas, com a discussão item a item desta Licença; o monitoramento da estabilidade das margens através da observação dos marcos geodésicos implantados, para a verificação da progressão da erosão marginal nos trechos do Rio Jacuí, relativos aos DNPM n /1985 e /1985; os dados do monitoramento da taxa de sedimentação na AID, considerando as variações de vazão. 5. Quanto a Autorização dos gestores de Unidades de Conservação: 5.1- o empreendimento possui a Declaração de Anuência nº 120/2012 do Parque e Área de Preservação Ambiental (APA) Estadual Delta do Jacuí, emitida pelo Gestor da Unidade de Conservação, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, que contempla as seguintes condições e restrições: nas áreas operacionais de retirada de areia junto aos limites da APA e Parque Estadual do Jacuí (APAEDJ/PEDJ) deverá ser deixada uma zona de segurança de 200m, partindo de todos os pontos da linha limítrofe dessas Unidades de Conservação, que se comunicam com a área manejada, onde não poderá ser realizada lavra de areia e ou cascalho; dentro dos limites da APA e Parque Estadual Delta do Jacuí não poderá ser realizada lavra de areia e/ou cascalho, sob pena das medidas cabíveis em Leis de crimes ambientais; após a elaboração do Plano de Manejo da APA e Parque Estadual Delta do Jacuí a área objeto poderá ser reavaliada quanto ao uso para fins de mineração de areia, dependendo das normas do Plano de Manejo do Parque Estadual delta do Jacuí para a sua Zona de Amortecimento; sendo área de mineração já operacional com licença emitida pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental FEPAM-RS, para a renovação do documento o empreendedor deverá cumprir todas as condicionantes e encaminhar toda documentação solicitada pelo órgão licenciador. 6. Quanto à publicidade da licença: 6.1- deverá ser fixada, em local de fácil visibilidade, placa para divulgação da presente licença, conforme modelo disponível no sitio da FEPAM, A placa deverá ser mantida durante todo o período de vigência desta licença. III Documentos a apresentar para solicitação de Renovação de Licença de Operação: 1- requerimento solicitando a Licença de Operação; 2- formulário de Extração Mineral, devidamente preenchido, disponível em 3- cópia desta licença; 4- cópia do CNPJ da empresa contendo na descrição da atividade principal ou secundária o ramo/atividade para o qual está sendo solicitada a Licença; 5- comprovante do cadastro/registro de empresa mineradora junto ao CREA; 6- procuração do proprietário da empresa, com a assinatura reconhecida em cartório, autorizando os profissionais responsáveis técnicos à representar a empresa perante a FEPAM; 7- cópia do Registro junto ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), em vigor; 8- Licença atualizada (em vigor) do Poder Público Municipal, conforme descrito no Formulário de Extração Mineral; 9- relatório operacional das atividades licenciadas e medidas de controle ambiental implantadas, contemplando relatório fotográfico de cada etapa; 10- relatório técnico discutindo os resultados dos monitoramentos da estabilidade das margens e taxa de sedimentação para a Área de Influência Direta AID; 11- Relatório de Controle Ambiental e Plano de Controle Ambiental (PCA) atualizado para as atividades de lavra e medidas de controle ambiental a serem desenvolvidas neste período; LO N.º 7350 / 2012-DL Identificador de Documento Folha 3/4

4 Processo n.º 12- Anotação de Responsabilidade Técnica ART da área de biota (Biólogo/Eng. Agrônomo/Eng. Florestal) e do meio físico (Geólogo/Eng. Minas) de execução (ou de cargo e função), acompanhamento e implantação das medidas mitigadoras e compensatórias no PCA; 13- comprovante de pagamento dos custos dos Serviços de Licenciamento Ambiental, conforme Tabela de Custos disponível em Havendo alteração nos atos constitutivos, cópia da mesma deverá ser apresentada, imediatamente, à FEPAM, sob pena do empreendedor acima identificado continuar com a responsabilidade sobre a atividade/empreendimento licenciado por este documento. Este documento licenciatório perderá sua validade caso os dados fornecidos pelo empreendedor não correspondam à realidade ou algum prazo estabelecido nas condições acima seja descumprido. Esta Licença não dispensa nem substitui quaisquer alvarás ou certidões de qualquer natureza exigidos pela legislação Federal, Estadual ou Municipal, nem exclui as demais licenças ambientais. Esta licença deverá estar disponível no local da atividade licenciada para efeito de fiscalização. Data de emissão: Porto Alegre, 27 de Novembro de Este documento licenciatório é válido para as condições acima no período de 27/11/2012 à 27/11/2016. A renovação desta licença deverá ser solicitada até 120 dias antes de seu vencimento, conforme Art º da Lei Complementar Nº 140, de 08/12/2011. Este documento licenciatório foi certificado por assinatura digital, processo eletrônico baseado em sistema criptográfico assimétrico, assinado eletronicamente por chave privada, garantida integridade de seu conteúdo e está à disposição na página fepam. LO N.º 7350 / 2012-DL Identificador de Documento Folha 4/4

5 Nome do arquivo: pdf DOCUMENTO ASSINADO POR DATA CPF/CNPJ VERIFICADOR Rafael Volquind 28/11/ :29:12 GMT-03: Assinatura válida