Modelo contabilístico pode perder peso na tomada de decisões estratégicas

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1 Abril 2007 Este suplemento faz parte integrante da Vida Económica nº 1198, de Fiscalidade p. 8 Trabalhadores dos impostos acusam Governo de não cumprir promessas O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) está em rota de colisão com a Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais (SEAF). Acusa esta última instituição de não estar a cumprir com as promessas feitas e o seu responsável, João Amaral Tomaz, de nem sequer dar uma audição à estrutura sindical. As condições de trabalho são apontadas como num estado de degradação acelerado a todos os níveis. Os trabalhadores dos impostos não se coibem de tecerem duras críticas, desde logo o facto das carreiras estarem definidas, mas a decisão de avançar com o processo estar congelada. Entretanto, o presidente do sindicato, Manuel Baptista da Silva, acha que aquele organismo está mais preocupado em promover a sua imagem, do que resolver os problemas relacionados com os funcionários, o que, directa ou indirectamente, acaba por afectar os serviços fiscais. Actualidade p. 5 Detractores da câmara colocam em risco credibilidade dos TOC O presidente da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas (CTOC) lamenta os ataques que têm sido feitos aos órgãos directivos da instituição, uma situação que tem como consequência a descredibilização dos profissionais. E não compreende os motivos das críticas que têm sido feitas. Desde logo, recusa que os profissionais da contabilidade sejam comparados com outras profissões, menosprezando o seu contexrto e o enquadramento histórico. Refere ainda que os detractores não fazem uma avaliação objectiva do percurso de 10 anos da instituição. Modelo contabilístico pode perder peso na tomada de decisões estratégicas A polémica, mas também o debate, está instalada no que se refere às normas internacionais de contabilidade. Começam a surgir muitas dúvidas quanto à sua real aplicação e respectivas vantagens. O que acontece é que se está num momento de perturbação contabilística. Sendo que se está muito longe de chegar à estabilização. Há muitos receios entre os técnicos oficiais de contas, face à evolução sentida na sua actividade. Também os revisores oficiais de contas têm mostrado a sua preocupação. Há mesmo quem não coloque de parte a possibilidade do modelo contabilístico perder algum do seu protagonismo, face à sua utilidade para a tomada de decisões estratégicas. Há uma situação que é encarada com bons olhos, o facto das empresas acabarem por ser obrigadas a manterem dos modelos de contabilidade em simultâneo. No mínimo, é uma perda de eficiência e um aumento desnecessário dos custos. Pode-se afirmar que haverá que tomar medidas rápidas para superar os desafios que se colocam. O mais importante, sem dúvida, passa por alterar a cultura contabilística ainda existente no país, o que não se adivinha nada simples. Mesmo que não exista acordo, a realidade é que terá que haver uma adaptação ao enquadramento normativo das NIC. Cada vez mais, a Actualidade p. 4 Capital de risco reforça e alarga intervenção contabilidade tem que ser aplicada numa óptica de estratégia da empresa, portanto muito ligada aos mercados. Sectores p. 11 Construção insiste no acerto de contas com o sistema fiscal p. 18

2 Guias de Negócios Informação especializada para si ou para a sua empresa Título: Guia de Negócios na Polónia Autores: António Vilar & Associados - Advogados Págs.: 251 (15,5 x 23 cm) Preço: 14 A Título: Guia de Negócios em Angola Autores: António Vilar & Associados - Advogados Págs.: 308 (15,5 x 23 cm) Preço: 20 A Título: Guia de Negócios no Brasil (no prelo) Autores: António Vilar & Associados - Advogados Págs.: 232 (15,5 x 23 cm) Preço: 16 A GUIA DE NEGÓCIOS NA POLÓNIA O Guia de Negócios na Polónia representa o primeiro de vários guias que o Grupo Editorial Vida Económica se propôs lançar, com o objectivo de apoiar a internacionalização das empresas nacionais. Este guia, da responsabilidade de António Vilar & Associados, inclui textos e documentação que se entende serem relevantes, no âmbito de uma perspectiva de negócios na Polónia promovidos por empresas portuguesas. Destaque para temas como a mobilidade internacional de trabalhadores, as questões laborais que se colocam, a segurança social e os problemas de carácter fiscal. Esta obra assume especial importância numa altura em que muitas empresas estão a desenvolver esforços para iniciarem ou reforçarem a sua presença nos mercados externos. Com uma linguagem simples e objectiva, o guia caracteriza-se, essencialmente, pela sua vertente prática. GUIA DE NEGÓCIOS EM ANGOLA Angola e Portugal caminham, hoje, em diversificados e largos modos, numa rota de inegável cooperação estratégica em que sobreleva a importância da iniciativa empresarial privada. O Guia de Negócios em Angola foi concebido para acompanhar essa viagem, providenciando informação útil aos que quiserem empreendê-la. Não é, decerto, obra acabada, mas um arrimo no esforço de quantos tiverem o grande país angolano na sua trajectória de negócios. Depois, com o saber de experiência feita, cada leitor há-de enriquecer o conhecimento inicial aqui vertido com a maior eficácia na acção. Se este livro se destina, em primeiro lugar, aos empresários portugueses tocados pelo chamamento de Angola, esperamos que também possa ter alguma singela utilidade no acalentar do espírito da lusofonia que, afinal, se há-de entretecer, também, de pequenos contributos, como este. GUIA DE NEGÓCIOS NO BRASIL Este livro foi concebido para quantos quiserem aproveitar as enormes possibilidades de exportar e de investir no imenso mercado brasileiro - um país que apresenta vantagens comparativas de enorme importância para os empresários portugueses: desde a língua comum a uma cultura partilhada há séculos e interesses noutros espaços de língua portuguesa (PALOP). O que é preciso saber para exportar para o Brasil? E para investir? Como se desenvolve a cultura dos negócios no Brasil? Valerá a pena criar uma empresa, ou, apenas, uma parceria (jointventure)? E quais são os dados essenciais da regulamentação fiscal e jurídica brasileiras e o respectivo contexto institucional? VANTAGEM ASSINANTE 10% DESCONTO Pedidos para: Vida Económica - R. Gonçalo Cristóvão, 111, 6º esq PORTO Tel Fax encomendas: encomendas@vidaeconomica.pt Nome GUIAS DE NEGÓCIOS - CUPÃO DE ENCOMENDA Morada C. Postal Nº Contribuinte SIM. Solicito o envio dos guias abaixo indicados: Quantidade Guia Guia de Negócios na Polónia Guia de Negócios em Angola Guia de Negócios no Brasil Para o efeito envio cheque/vale nº, s/ o, no valor de A Debitem A, no meu cartão com o nº Cód. Seg. emitido em nome de e válido até /. Solicito o envio à cobrança. (Acrescem A4 para despesas de envio e cobrança). ASSINATURA

3 Sumário Actualidade Fisco detecta mais de quatro mil com prejuízos fiscais em sede de IRC Detractores da câmara colocam em risco credibilidade da profissão Fiscalidade DGCI inicia processo de reestruturação organizativa Finanças criam gabinete de apoio à política financeira do Estado Trabalhadores dos impostos acusam Governo de não cumprir promessas Profissão TOC têm boas saídas profissionais Sectores Sector da construção insiste no acerto de contas com o sistema fiscal Informática na Contabilidade McAfee aposta na gestão do risco Segurança da informação vai muito para além da informática Qualidade é factor inegociável na escolha do software open source ou proprietário Contabilidade TOC são responsáveis pelo sucesso da Informação Empresarial Simplificada Modelo contabilístico pode perder peso na tomada de decisões estratégicas Contabilidade tem que se libertar de pressupostos excessivos Consultório Editorial Guilherme Osswald A prepotência não compensa Uma das mais recentes medidas da administração fiscal é reveladora da sua forma de actuação. Os fornecedores de serviços e bens ao Estado que não tenham as situações regularizadas junto do fisco e da segurança social verão o respectivo pagamento ser-lhes retido num quarto do total. Naturalmente, dirão os mais incautos, é uma medida justa. Só que não o é, já que o primeiro incumpridor dos seus deveres é exactamente o Estado. Que o digam, em particular, as empresas de construção. Como tem sido referido por muitos operadores económicos e privados, a administração fiscal, gradualmente, apropriou-se de mecanismos que lhe permitem uma prepotência quase total. A legislação é aprovada em catadupa, muitas vezes sem que as consequências sejam entendidas pelos visados. É certo que o incumprimento fiscal, em Portugal, ainda é algo de endémico, mas não é admissível que se entre pela linha do vale tudo para garantir a receita fiscal. Jamais as empresas estiveram tão ameaçadas e muitos privados vêem-se em sérias dificuldades para resolverem problemas de âmbito fiscal, muitas das vezes que não são da sua responsabilidade. Paradigma desta situação de exagero é que os processos entrados em tribunais civis, de uma maneira geral, dão razão ao contribuinte. O que significa que resolver as questões junto do contencioso dos serviços de Finanças, na maior parte dos casos, é tempo perdido. Infelizmente, não há outras soluções possíveis, até porque a tal obriga a inversão do ónus da prova. A realidade é que o fisco acaba por julgar o contribuinte em causa própria. É acusador, juiz e, na maioria dos casos, o carrasco. A cegueira de aumentar a receita fiscal impede que os casos sejam analisados de forma individual. Ora, há casos e casos, como em tudo na vida. Acontece que continuam a ser os cumpridores a serem os perseguidos. E caso o erro seja da administração fiscal, é esquecer que os incómodos provocados, para além dos gastos realizados, alguma vez serão compensados. É ingenuidade a mais. Afinal, em que assenta tanta prepotência? Duas respostas são imediatas (o que não invalida que existam outras). Antes de mais, as ditas reformas não estão a ter efeitos na redução da despesa do Estado. A inércia é quase completa neste âmbito. O que se sente é que se procuram soluções milagrosas. Os governantes têm que se convencer que há que tomar medidas concretas, objectivas, bem planeadas, evitar os tão tradicionais remendos portugueses. A segunda resposta é que se continuam a privilegiar alguns, em detrimento da maioria. Notícias vindas a público, a propósito de reformas e indemnizações milionárias, não são uma novidade, mas tomam uma dimensão diferente quando se pedem tantos sacrifícios. Guilherme Osswald Contabilidade & Empresas Rua Gonçalo Cristóvão, 111-6º Esq Porto Telef.: Fax: Contabilidade & Empresas - Abril

4 Actualidade BREVES Fisco detecta mais de quatro mil com prejuízos fiscais em sede de IRC A Direcção-Geral de Impostos detectou cerca de quatro mil contribuintes de IRC que apresentaram prejuízos fiscais em 2004 e Aos eventuais incumpridores foi enviada, tendo em conta a actividade preventiva assumida pelos serviços da DGCI, uma carta a alertar para o facto de, caso apresentem um resultado tributável nulo ou um prejuízo fiscal, relativamente ao exercício fiscal do ano passado, então passam a reunir os pressupostos da avaliação indirecta da matéria tributável. Apesar destes números ainda algo preocupantes, a administração fiscal considera que têm sido dados passos importantes no sentido da regularização dos deveres fiscais em sede de IRC. O número de empresas que se encontram na situação atrás descrita tem registado um decréscimo. De facto, passou de , relativamente ao exercício de 2004, para pouco mais de quatro mil no ano fiscal seguinte. A inspecção tributária garante que vao continuar a desenvolver esforços nesta área. O controlo das empresas que apresentam, sistematicamente, prejuízos fiscais tem sido uma das prioridades da inspecção tributária. Tendo em conta que o número de empresas nesta situação é, actualmente, relativamente reduzido, permitirá que essas entidades sejam na sua totalidade ou quase objecto de acções inspectivas, de modo a atestar a veracidades dos prejuízos declarados, refere o Ministério das Finanças em comunicado. De acordo com a lei em vigor, quando os contribuintes apresentam, sem razão justificada, resultados tributáveis nulos ou prejuízos fiscais durante três anos consecutivos, a administração tributária pode proceder à avaliação indirecta da respectiva matéria tributável. Nestes casos, o contribuinte deverá apresentar à administração fiscal, logo que esta o solicite, as razões que justifiquem tais prejuízos. Entretanto, a administração fiscal sofreu um revés junto da Justiça, desta feita em sede de IRS. Ao contrário do que era defendido pela administração fiscal, até à clarificação da lei na redacção dada pelo Orçamento do Estado para este ano, um acórdão do Supremo Tribunal Administrativo defende ser legal que a opção dos sujeitos passivos de IRS pelo regime de contabilidade organizada, relativamente aos anos de 2002 e 2003, fosse formulada no ano de 2001 e que essa opção fosse válida por um período de cinco anos, de acordo com uma brochura distribuída pelos serviços da DGCI. A obrigatoriedade de as declarações de opção pelo regime de contabilidade organizada terem de ser renovadas todos os anos carece de suporte legal, refere o tribunal. Capital de risco reforça e alarga intervenção Uma portaria conjunta dos ministérios das Finanças e da Economia veio regulamentar a medida Inovação Financeira, no âmbito das medidas de consolidação e alargamento das formas de financiamento das empresas. Nessa medida passa a integrar-se a acção Criação e reforço de um fundo de sindicação de capital de risco, passando a denominar-se por Fundo de Sindicação de Capital de Risco (FSCR). Para além desta alteração, alarga-se a capacidade de intervenção do fundo, ao permitir-se que possa prestar garantias e recorrer a contratos de opções para partilha de riscos inerentes a operações de capital de risco. Importa conhecer que se pretende por via do Fundo de Sindicação de Capital de Risco. O fim é a realização de operações combinadas na área do capital de risco, através do investimento em participações no capital de empresas, da concessão de financiamentos a entidades especializadas naquele domínio, da prestação de garantias e de contratos de opções, inerentes a operações de capital de risco. Interessa o reforço de capitalização de PME que desenvolvam actividade nos sectores abrangidos pelo Programa Operacional de Economia. 4 - Contabilidade & Empresas - Abril 2007

5 Actualidade CTOC Domingues de Azevedo lamenta Detractores da câmara colocam em risco credibilidade da profissão Com alguma frequência são colocados em causa valores elementares de uma profissão regulamentada, como são as preocupações com o controlo da qualidade e a criação do dever de diligências, consubstanciado nas alterações introduzidas no âmbito da Lei Tributária. Tem-se tentado vender uma imagem do profissional assente em algum laxismo, em contraponto com a mensagem de rigor que se procura transmitir. É desta forma que Domingues de Azevedo, presidente da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas (CTOC), sem referir nomes, lamenta a tomada de posições de detractores dos órgãos directivos da instituição. Entretanto, também chama a atenção para as exigências crescentes a que estão sujeitos os profissionais deste sector de actividade. Considera aquele dirigente que é um erro crasso comparar os TOC com outras profissões, menosprezando o seu contexto e enquadramento histórico. Esta é uma situação incompreensível para Domingues de Azevedo, até porque não é feita uma avaliação objectiva do percurso de dez anos da instituição. E é duro nas suas críticas: A vontade demonstrada pelos nossos críticos para tentar ignorar essa realidade tem na sua base a constatação que os responsáveis pelos destinos da CTOC conseguiram realizar num curto espaço de tempo o que muitos desses mesmos críticos não conseguiram numa vida inteira. O presidente da CTOC explica as razões que estão na base dos seus protestos. Por exemplo, para se atacar a instituição inventamse coisas como institucionalizar mecanismos dilatórios do cumprimento das obrigações declarativas, sempre que o profissional se encontre impedido, ou a criação de medidas excepcionais, sempre que se proceda à substituição de uma declaração. Ou ainda a tentativa de não diferenciar a câmara, pessoa colectiva pública, das entidades de carácter privado, no que respeita à formação e ao controlo da qualidade. Assim, adianta que o dever de diligência não foi criado especificamente para os TOC, já que existe há muito tempo no ordenamento jurídico com contornos de aplicação menos claros dos que são aplicáveis aos revisores oficiais de contas. Não obstante essa norma, nunca qualquer revisor oficial de contas foi alvo de reversão fiscal. Nem qualquer TOC o será se cumprir com o dever de diligência. Assume que os serviços de Finanças podem ser tentados a adoptar comportamentos diferenciados para uma outra profissão. Mas fica a garantia que a instituição reguladora não vai aceitar procedimentos desse tipo, estando mesmo disposta a colocar o Estado em tribunal. E conclui Domingues de Azevedo sobre esta matéria: Temos que saber o que queremos e de ter a consciência muito bem esclarecida que a nossa profissão só pode ser construída por nós próprios. Num contexto algo diferente, o presidente da CTOC quis deixar claro que hoje se colocam muito mais exigências aos profissionais. Aliás, houve progressos consideráveis para a profissão na última década, sendo que a relação que existe entre a contabilidade e a fiscalidade atribui aos TOC uma dimensão que não existe em muitos países. O leque de responsabilidades atribuídas é muito maior, o que obriga a que estes profissionais devam estar em formação constante. Para Domingues de Azevedo não podem existir dúvidas, o ensino da contabilidade no ensino superior deve ter em conta o mercado de trabalho. É importante entender que tipo de profissional a sociedade necessita. E a sociedade empresarial precisa de profissionais que tenham conhecimentos em váreas áreas. Nesta perspectiva, lembrou que a entidade reguladora tem desenvolvido vários acordos e parcerias com instituições de ensino superior e estas têm-se revelado bastante positivas. A CTOC tem espírito e raciocínio esclarecidos daquilo que devem ser os profissionais e quais os objectivos a atingir. O próprio processo de Bolonha veio alterar muita coisa. Por isso mesmo, segundo aquele responsável, a instituição teve o cuidado de ir adequando a formação dos profissionais à realidade empresarial. Por outro lado, por sugestão da CTOC, foram alterados vários currículos no ensino superior. Estas, por seu lado, entenderam essa necessidade e tudo mudou desde há uns anos a esta parte. Contabilidade & Empresas - Abril

6 Fiscalidade FISCO DGCI inicia processo de reestruturação organizativa A DGCI está a passar por um processo de reestruturação. O objectivo central é a racionalização da respectiva estrutura. As etapas e os procedimentos de concretização serão implementados no contexto da reorganização geral dos serviços desconcentrados. Aquela direcção pretende a distribuição equilibrada dos serviços públicos no âmbito das regiões, a optimização de recursos físicos e a eventual partilha de serviços ou a criação de balcões multisserviços aos níveis sub-regional e local. Até ao final do ano, a estrutura está definida, esperando o Governo retirar o máximo proveito da mesma. Destaque para o conselho de administração fiscal (CAF), sobre o qual recaem competências decisórias e consultivas. Cabe a este organismo aprovar os regulamentos internos da DGCI, incluindo o seu próprio regimento, bem como os projectos do plano e do relatório de actividades, a proposta de orçamento, o projecto de plano anual e do relatório de actividades e ainda o projecto de balanço social. No âmbito das competências consultivas, destaque para a criação, a modificação ou a extinção de serviços e a gestão do pessoal. Também aconselha sobre eventuais alterações ao regime do pessoal, entre outros aspectos. Compete também ao CAF acompanhar a execução do plano de actividades e do orçamento. Este organismo é constituído pelo director-geral de Finanças, pelos subdirectores-gerais, pelos directores de Finanças de Lisboa e do Porto e pelo director do Centro de Estudos Fiscais. Importante é que a DGCI está obrigada a seguir instrumentos concretos em termos de gestão, avaliação e controlo, nos âmbitos dos planos estratégico plurianual e de actividades, do orçamento, do relatório de actividades, do plano de formação profissional e do balanço social. Naturalmente, a DGCI é parte integrante e dependente do Ministério das Finanças. Actualmente, o organismo é dirigido por um director-geral, coadjuvado por oito subdirectores-gerais. Existem ainda as direcções de Finanças, dirigidas por directores de Finanças. De notar que a DGCI é dotada de autonomia administrativa. Racionalização de procedimentos administrativos Um aspecto que se pretende impulsionar é o princípio da desburocratização, que visa racionalizar os procedimentos administrativos relativos ao cumprimento das obrigações tributárias. Não menos importante é o princípio da flexibilidade, que passa por optimizar a adequação das unidades de trabalho aos objectivos a atingir, por via de normativos regulamentares e de decisões administrativas. Um outro princípio subjacente é o da desconcentração administrativa. Trata-se de cometer aos serviços periféricos as tarefas operativas e aos serviços centrais as tarefas de concepção, planeamento, regulamentação, avaliação e controlo, bem como as tarefas operativas que não possam ser desenvolvidas a outra nível sem diminuição de qualidade. Igualmente, a DGCI considera essencial a valorização dos recursos humanos, o que implica a formação permanente e a mobilidade profissional, entre outros aspectos. Finalmente, haverá que intensificar o princípio da coordenação interadministrativa. Consiste na coordenação institucional da DGCI com outros serviços públicos que intervenham na área tributária fiscal, incluindo a Polícia Judicária e as administrações tributárias de outros países. O esforço de racionalização referido enquadra-se no quadro das orientações definidas pelo Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE) e dos objectivos do Governo no sentido da modernização administrativa, numa perspectiva de ganhos de eficiência. A obtenção de metas será feita de modo gradual, por etapas. 6 - Contabilidade & Empresas - Abril 2007

7 Fiscalidade REFORMA Sob a designação de GPEARI Finanças criam gabinete de apoio à política financeira do Estado O novo Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais (GPEARI) do Ministério das Finanças constitui-se como o serviço operacional de suporte técnico à governação na definição da política financeira do Estado e das políticas da administração pública. O ministro das Finanças considera que esta entidade tem um peso determinante no apoio à definição e à concretização das políticas económicas da sua competência. Referiu Teixeira dos Santos na tomada de posse do seu responsável: A nova unidade orgânica assumirá um papel decisivo na concretização de um dos principais eixos da reforma do Estado, o qual visa o aprofundamento e o aperfeiçoamento do sistema de avaliação assente na meritocracia e daquilo que de menos bom se vai fazendo na prestação dos serviços públicos. O processo de criação desta estrutura resulta numa das faces mais visíveis da aplicação do PRACE no Ministério das Finanças e da Administração Pública. Em termos gerais, o GPE- ARI desenvolverá a sua actividade em áreas como o apoio técnico à definição e estruturação das políticas, prioridades e objectivos do Ministério. Terá a seu cargo o desenvolvimento de instrumentos de planeamento, programação financeira e avaliação de políticas, o apoio técnico à definição das principais opções em matéria fiscal e orçamental. Não menos importante será o desenvolvimento de sistemas de avaliação de desempenho de serviços do Ministério. O ministro das Finanças quis deixar claro que o novo organismo representa uma racionalização das estruturas orgânicas e apontou a eliminação de 164 cargos dirigentes, a que correspondeu a uma redução de quase 26% no universo dos serviços do ministério. E referiu a este propósito: A modernização da administração pública terá nos seus funcionários os actores principais de todo o processo, com base na promoção da excelência no emprego público. A prossecução do interesse público conduzida pela administração pública precisa de acompanhar a mudança que a nossa sociedade está a atravessar, adoptando as melhores práticas reveladas internacionalmente, mas sem abdicar dos princípios fundamentais que a caracterizam. Teixeira dos Santos considera que a reforma na administração pública está em curso e que os sinais de mudança se multiplicam, quer no plano normativo, com a sucessão de centenas de diplomas, quer no plano operacional, com o levantamento em todos os ministérios dos postos de trabalho necessários para a prossecução das atribuições dos serviços, tendo em conta a plena utilização dos mecanismos de mobilidade geral e especial, agora ao dispor dos dirigentes e das respectivas tutelas. Rigor nos processos de afectação de recursos Aquele responsável político quis deixar claro que a generalização das práticas de gestão por objectivos e de avaliação do desempenho pelos resultados obtidos resulta da progressiva consciência da necessidade de promover na administração pública um rigor crescente nos processos de afectação de recursos. O sucesso deste processo de afectação de recursos depende de uma correcta percepção dos níveis de eficácia e eficiência dos próprios serviços, só possível com sistemas de avaliação funcionais. E exaltou o PRACE, considerando que o mesmo está a aproximar-se da sua conclusão, já que foram publicados os diplomas que aprovam as novas orgânicas de serviços de quatro ministérios, entre os quais os do Ministério das Finanças e da Administração Pública. O programa em causa é uma das alavancas do processo de modernização da administração pública que o Governo está a empreender, pretendendo-se que a nova arquitectura da administração permita maior produtividade, flexibilidade e excelência na prestação dos serviços aos cidadãos, de acordo com o ministro das Finanças. Contabilidade & Empresas - Abril

8 Fiscalidade STI Trabalhadores dos impostos acusam Governo de não cumprir promessas O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos acusa a Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais (SEAF)de não cumprir com os respectivos deveres para com os seus funcionários. Mas que não se inibe de promover a sua imagem, quer junto dos profissionais, quer do público em geral. Aquela estrutura sindical tece duras críticas à entidade e ao responsável da tutela, depois de esperar mais de um ano por uma audição. Sobretudo, os trabalhadores dos impostos referem que as condições de trabalho, a todos os níveis, estão num processo acelerado de degradação. Os problemas que afectam a profissão são vários e o STI lamenta que nada esteja a ser feito para inverter este estado de coisas. A Secretaria de Estado em nada se preocupa com os cobradores de impostos, os quais, sob constante e enorme pressão, têm arrecadado sempre e cada vez mais a receita com que o país se vai sustendo, contribuindo decisivamente para a diminuição do défice orçamental. Nada é feito para que as nobres e soberanas funções de cobrar impostos integrem as carreiras relacionadas com poderes soberanos e de autoridadee, já definidas, mas não decididas pelo Governo, de acordo Manuel Baptista da Silva, presidente daquele sindicato. As críticas, em particular ao secretário de Estado, não se ficam por aqui. Este, conhecendo a nefasta realidade com que se defrontam os trabalhadores face aos vínculos, carreiras e remunerações, está mais preocupado em fazer passar a nova imagem das Finanças. Nada tem sido feito para corrigir as iníquas anomalias salariais existentes nas carreiras e categorias e que levam a que um chefe de Finanças, quando promovido por concurso, receba menos do que antes de o ser e ainda que haja funcionários que, sendo mais novos na categoria, aufiram valores superiores aos dos seus chefes e directos superiores hierárquicos, sem que a qualquer deles caiba qualquer responsabilidade. O sindicato continua a exigir, insistentemente, a negociação da proposta para alteração do decreto-lei que está na base das anomalias salariais e da manutenção do aviltante regime do nonénio para as chefias e que bloqueia a progressão de carreiras de inúmeros profissionais. E adianta o presidente do STI: A estrutura não está preocupada com a reestruturação das carreiras informáticas que afectarão também os profissionais da DGITA, apesar da sua especificidade no desenvolvimento e tratamento dos sistemas fiscais. Acompanhar o processo negocial Entretanto, está a decorrer a reforma na administração pública, sendo que o sindicato está a acompanhar as negociações. Compilado está já um conjunto de documentos, que é acessível a todos os interessados. Considera aquele sindicato, apesar de não ser parceiro social, que é importante acompanhar de perto todas as fases negociais. Afinal, é o destino de milhares de profissionais do sector que está em causa.aliás, tem sido feito um esforço, garante o seu presidente, de informar atempadamente os dirigentes distritais e os órgãos representativos do STI. De lembrar que as negociações respeitam a aspectos tão importantes como os vínculos, as carreiras e remunerações. O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos assume que não critica ou comenta as políticas do Governo em termos fiscais, mas o mesmo não se passa quanto às medidas avançadas para alterar o funcionamento dos serviços fiscais. E o saldo final da estrutura sindical é francamente negativo. Parece evidente que os profissionais do sector não têm sido ouvidos, pelo que as alterações são anunciadas sem qualquer conhecimento prévio dos principais interessados. Também continuam a subsistir os problemas relacionados com os locais de trabalho. Ainda que se tenham verificado algumas melhorias, vários serviços há que continuam a funcionar sem as condições mínimas. O próprio atendimento não é o desejado em várias repartições de Finanças. 8 - Contabilidade & Empresas - Abril 2007

9 Coluna do Técnico de Contas MANUEL BENAVENTE RODRIGUES TOC TRÊS VíRGULA NOVE Como sabemos, o deficit público foi reduzido para 3,9 por cento. O Governo por intermédio do Primeiro-Ministro aprestou-se a dar a notícia aos portugueses. Inclusivamente um partido da oposição por intermédio do seu mais alto responsável, deu os parabéns ao Governo. Entretanto, tinham sido feitas reformas nas pensões da Segurança Social e da Função Pública, fizeram-se reformas no Serviço Nacional de Saúde e aumentaramse impostos. Tudo isto no sentido de arrecadar mais e gastar menos, como é óbvio, o que se compreende, dada a situação de penúria em que o país subitamente descobriu em que vive. Haverá outro caminho, transformando o pão em rosas? Sinceramente, não me parece. Estamos apenas a retornar ao fado maior da pobreza endémica que nos persegue há já uns séculos. Mas o estar de acordo que é necessário reduzir o défice público não significa concordar com este cavalgar à desfilada rumo aos 3,9 por cento, como perceber que se tem de arrecadar mais e gastar menos, não significa concordar com medidas draconianas que afectam brutalmente populações, como entender a inelutabilidade de que se reveste a pobreza a que estamos a regressar, depois deste sonho europeu de uma noite de verão, não significa aceitar este cair da tripeça a que estamos a assistir, muitos de nós batendo palmas. Mas baixar o défice de 6,2 para 3,9 não consubstancia em si algum mérito? É claro que sim, muita firmeza e obstinação decerto, como bem sabemos, características deste Primeiro-Ministro. Porém inevitavelmente e por arrasto vêm também outras questões, como a promessa da criação anual dos 150 mil empregos, ou do não aumento dos impostos. Aliás, já desde o tempo do governo de Durão Barroso, que passámos a descer aos infernos de palavrões como, desemprego, desinvestimento e deslocalização. Só que o primeiro-ministro continua a vender um produto que verdadeiramente não está na montra do estabelecimento. E não está na montra porque na verdade não existe: o Portugal onde se criam 150 mil empregos por ano não existe; o Portugal onde não se aumentavam os impostos não existe; o Portugal onde o desemprego desce não existe. O Portugal que continua a existir é o Portugal do encerramento das empresas, é o Portugal emigrante, é o Portugal analfabeto funcional. E um pequeno país como Portugal, presa fácil das globalizações alheias, que tem uma pneumonia mal a Europa espirra, terá estrutura para aguentar com dignidade, descer o défice público de 6,2 por cento para 3,9 por cento num ano apenas? E o primeiroministro acredita mesmo que o consegue sem custos, esperemos que não irreparáveis para muitos dos cidadãos do país? Mas estaremos nós, portanto, num perfeito caso de quadratura do círculo? Claro que não; porém, com dignidade e humildade que não são antagónicas, teria de ser negociada uma moratória com a União Europeia para a descida do défice até aos limites considerados razoáveis, num período temporal bastante mais longo, de forma a que se esbatessem os seus efeitos mais perniciosos na economia. Porque estão em causa pessoas, muitas pessoas, com aspirações, rendas para pagar, filhos para educar, que não se governam nem ficam felizes com macroeconomias e fiscalidades que as expulsam pura e simplesmente do sistema. E o Primeiro-Ministro já pensou como o país acordará no dia 1 de Janeiro de 2009, quando o défice estiver finalmente vencido? O Primeiro-Ministro firme e obstinado, decerto acordará com a alegria do dever cumprido, mas provavelmente o país acordará com muitos e muitos desempregados, muitíssimos emigrantes e muitas empresas a fechar portas. E já pensou o Primeiro-Ministro quanto é que custou no quotidiano aos portugueses, já no ano de 2006, o seu super-êxito de 0,7 por cento no controle do défice, que estava para ser de 4,6 por cento? Quantos mais empregos deixaram de ser criados? Quantas mais empresas fecharam portas? Quantos mais cidadãos foram obrigados a emigrar? Senhor Primeiro-Ministro: desça o défice, mas não seja obcessivo; faça a reforma administrativa do Estado sem a formatar ao seu mandato; reforme a educação e faça disso sim, uma verdadeira cruzada nacional. Por fim, duas coisas: primeiro, os portugueses têm o direito de que lhes falem verdade. Só isso. E é importante que alguém com responsabilidades diga aos cidadãos, olhos nos olhos, que estão a fazer sacrifícios, não para melhorar de vida, mas apenas para não a piorar demais; segundo, que esta história da licenciatura do primeiro-ministro que deve ser esclarecida, pois trata-se da imagem dum homem público não conduza a um desfecho que o faça abandonar o barco. Contabilidade & Empresas - Abril

10 Profissão ACESSO Joaquim Guimarães está optimista TOC têm boas saídas profissionais É uma perspectiva optimista da profissão de técnico oficial de contas. Para mais, vindo de um profissional do sector. Joaquim Guimarães é de opinião que se trata de uma profissão com um futuro promissor e com um adequado enquadramento em termos sociais e profissionais. É um facto que se colocam muitos desafios a estes profissionais, para mais de índole muito diferente daquela de há escassos anos atrás, mas não é menos verdade que os mesmos assumiram uma muito maior credibilidade e tornaram-se essenciais para o tecido económico. O seu trabalho começa a ser reconhecido numa perspectiva diferente. As considerações sobre a profissão foram feitas aquando da apresentação de dois livros seus na cidade de Braga. Um dos aspectos que merecem o optimismo de Joaquim Guimarães é que se trata de uma das classes profissionais mais jovens do nosso país. A grande maioria dos TOC está na faixa etária entre os 25 e 35 anos. Donde se pode concluir que se trata de uma actividade interessante e que tem captado muitos profissionais. Por outro lado, na sua óptica, o mercado não está saturado. Como é uma profissão exigente, os mais competentes têm boas oportunidades de realização. Os potenciais clientes são cada vez mais selectivos, já que o TOC não se limita a preencher as declarações fiscais. Aquele profissional lembrou ainda que o acesso à profissão já não acontece como anteriormente. Pelo contrário, não há facilitismo, a partir do momento em que se exigem exames, um estágio profissional e mesmo a simulação empresarial. Ou seja, a vertente prática assumiu uma especial importância. Tendo em conta as novas normas legislativas, como é o caso do alargamento da responsabilidade subsidiária, os profissionais passam a ter responsabilidades muito maiores. Terão que garantir a devida regularidade técnica contabilística e fiscal. Em exercício estão, neste momento, cerca de 40 mil profissionais, apesar das inscrições na CTOC ascenderem a mais de 80 mil. O que terá a ver com o facto de mesmo aqueles que não exercem a profissão usufruírem dos serviços da entidade reguladora, desde informação de carácter técnico até ao seguro de saúde e os complementos de reforma. Profissão tem um importante peso social O técnico e revisor oficial de contas lembrou outras características da profissão: Os profissionais têm agora uma função social, uma responsabilidade social, contabilística e fiscal que lhes incute um grande dever de cidadania. Afinal, são os TOC que assinam as peças contabilísticas das empresas, que enviam as declarações fiscais para os serviços de Finanças, entre outras responsabilidades relacionadas com a profissão. Não deixou também de comentar o papel desenvolvido pela Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas (CTOC), sendo que a instituição tem afirmado a profissão na sociedade como um garante do cumprimento fiscal, sendo que o próprio TOC é responsável pela regularidade fiscal e contabilística dos contribuintes. Não deixou de avisar que existem desafios como jamais. Desde logo, o Plano Oficial de Contas será revisto e vai dar lugar ao Sistema de Normalização Contabilística, no âmbito das NIC. As alterações vão trazer dificuldades de adaptação, sobretudo aos níveis da informática e da formação, adiantou José Araújo. Quanto às obras publicadas, uma respeita a cerca de duas centenas de estudos e artigos de opinião. São apenas 50 páginas em que se fala sobre contabilidade, fiscalidade e auditoria. Inclui ainda algumas estatísticas da profissão. Já a outra obra, sob a designação Técnicos Oficiais de Contas, tem mais de 500 páginas e nela são abordados assuntos essenciais da profissão, como a história, o associativismo ou o código deontológico Contabilidade & Empresas - Abril 2007

11 Sectores CONSTRUÇÃO Empresas queixam-se de tributação indiscriminada Sector da construção insiste no acerto de contas com o sistema fiscal O sector da construção entrou em rota de colisão com a administração fiscal. Em causa estão questões tão importantes como o acerto de contas ou o novo regime de IVA. As empresas, que já se defrontam com as dificuldades inerentes ao mercado, contam com dificuldades acrescidas no âmbito fiscal, a que se juntam ainda os atrasos de pagamentos por parte das entidades públicas. Acontece que a administração fiscal está a planear vedar aos contribuintes a possibilidade de estes reclamarem ou impugnarem judicialmente o relatório final das inspecções, sempre que resolvam prescindir do exercício, na altura certa do procedimento inspectivo, do direito de audição prévia que lhes assiste. As principais associações do sector da construção estão a reagir às pretensões do fisco e do próprio Governo, pelo que a controvérsia está instalada. Os representantes desta indústria insistem na possibilidade do encontro de contas em sede de compensação de dívidas e créditos entre o sistema fiscal e os contribuintes, nomeadamente os empreiteiros, quando se verifiquem atrasos nos pagamentos do Estado a estes contribuintes. E chamam a atenção para a necessidade de as empresas estarem particularmente atentas para os seus direitos e deveres face à fiscalização tributária. Para o sector, terá que haver uma cooperação efectiva entre o contribuinte e o técnico da inspecção, que deve presidir a todo o procedimento inspectivo e com base na qual se pretende desmistificar o relacionamento dos cidadãos e das empresas com o Estado no domínio da fiscalidade. Por outro lado, as associações sectoriais defendem o aumento da eficácia da máquina estatal, através do recurso às novas tecnologias da informação e ao cruzamento de dados. Tendo em conta uma concorrência saudável, as empresas de construção, na sua maioria, acham que é importante ir mais longe no combate à fraude e à evasão fiscais. Pelo que haverá que reforçar a cobrança efectiva das dívidas e privilegiar a prevenção e o pagamento voluntário, tornando as inspecções tributárias e a execução coerciva, em especial as penhoras, meramente instrumentais. Novo regime de IVA suscita contestação Muita polémica tem causado o novo regime de IVA para a construção e do qual consta a inversão do sujeito passivo nas prestações de serviços. A federação do sector considera que a nova legislação tem um carácter discriminatório. Ficam excluídos da norma o Estado, as autarquias e as regiões autónomas. É assim eliminado o único aspecto positivo da lei. O sector continuará a ser obrigado a entregar ao Estado o IVA de facturas cujo atraso no pagamento por parte do Estado e das autarquias é um fenómeno recorrente e constitui um factor estrangulador da actividade. Um dos grandes problemas que se colocam, neste momento, é que as empresas não estão em condições operacionais para darem resposta às exigências colocadas pelo novo diploma. É o caso da adaptação dos programas informáticos aos novos métodos de facturação e a outros aspectos relevantes. São, pois, muitos os problemas práticos e colocam-se diversas indefinições. A juntar a tudo isto, o sector continua a ser fortemente prejudicado pelos atrasos nos pagamentos das entidades públicas, mas tem que cumprir atempadamente os seus deveres fiscais, sob pena de serem aplicadas pesadas coimas. Contabilidade & Empresas - Abril

12 Análise AGOSTINHO COSTA Como estimular a mudança na sua empresa 8ª Parte AGOSTINHO COSTA «O progresso é impossível sem mudança. Aqueles que não conseguem mudar as suas mentes não conseguem mudar nada». George Bernard Shaw Os sinais de mudança Em muitas empresas, os sinais de mudança nem sempre são perceptíveis, porque toda a gente está ocupadíssima a executar tarefas urgentes, pontualmente interrompidas por outros assuntos ainda mais urgentes, de tal forma que não há tempo para detectar os sinais de alerta. E isto acontece dia após dia. Cria-se uma rotina. Como diz Michael Hammer, na maior parte das empresas, reparar na mudança não faz parte do trabalho de ninguém. As empresas têm então que criar e implementar processos através dos quais os sinais de mudança possam ser facilmente detectados. O não reagir à necessidade de mudança pode criar nas organizações comportamentos análogos aos das duas histórias que contámos no último artigo. As pessoas já nem sequer questionavam o porquê de determinados procedimentos. Como tal tinham comportamentos inadequados à nova realidade. Mas continuavam a mantê-los, período após período, sem sequer questionarem a sua necessidade. O mesmo acontece em muitas organizações. Quantos procedimentos úteis no passado, em determinadas organizações, deixaram de ser úteis no presente? Mas, no entanto, continuam a ser aplicados. E quantos procedimentos seria necessário criar e aplicar no presente para sermos mais eficientes? Na maior parte das situações, estamos demasiado ocupados para pensar nisto. Habituamo-nos a determinados procedimentos e já não questionamos tais comportamentos. E qual é então o resultado dessa situação? A ocupação diária nas nossas tarefas não nos deixa tempo para reflectir sobre as mudanças que ocorrem e nos impelem a ter que melhorar. Como tal, estagnamos. Com toda a certeza não estaremos a fazer uma boa gestão dos nossos recursos, humanos, materiais, financeiros, Mas o assunto pode ser ainda mais grave, pois não estaremos a ser eficazes, a fazer aquilo que deveríamos fazer para aumentar a excelência da nossa organização. Estaremos a condicionar a boa construção do futuro da empresa. Poderemos ser surpreendidos por acontecimentos, por factos que seriam detectáveis com a análise de uma série de indicadores de alerta, de modo a encontrar no presente informação que nos antecipe o que pode vir a ocorrer no futuro mais ou menos próximo. Dessa forma, permitir-nos-ia tomar atempadamente, nas organizações, as mudanças internas que evitem perdas desnecessariamente inúteis. Quantas vidas poderiam ter sido salvas se um sistema de alarme tivesse sido despoletado, quando ocorreu este tsunami, a 250 km das costas da Indonésia? Um alerta com 30 minutos de antecedência relativamente à chegada das vagas às zonas costeiras teria salvo dezenas de milhar de vidas. E, pelo que se comenta agora, esse sinal de alerta até teria sido possível. Ao nível dos negócios, também precisamos de sinais de alerta. Todas as empresas precisam duma forma organizada para recolher e analisar informação que pode exigir uma grande resposta. Nas empresas que procuram a excelência no desempenho da sua organização, este tipo de informação é já habitual O fundador da Wal-Mart, Sam Walton, considerava que uma das principais razões pela qual a empresa dominava o seu sector de actividade tinha a ver com a sua rápida adaptação à mudança. A capacidade de reacção às mudanças externas é muito maior na Wal-Mart que nos seus concorrentes. Como tal, aproveita melhor as oportunidades e reduz as perdas. Para que isso funcione na prática, os responsáveis da Wal-Mart, todas as semanas reúnem-se para partilhar novas ideias e observações sobre factos que possam estar a traduzir mudanças externas num futuro próximo. Há um trabalho de equipa. Procuram-se respostas. Definem-se acções. Reajustam-se direcções. Isso implica ajustamentos da estratégia da empresa, porque ter estratégia não é ter um plano rígido. Não é proceder como procediam os elementos das histórias referidas. Não podemos esquecer por que razão se aplicou determinado procedimento em determinada situação. Qual a causa que o motivou? Se a causa deixou de existir, e se surgiu uma nova causa, os procedimentos têm que ser alterados, os métodos de gestão têm que ser melhorados. É, pois, fundamental um rápido ajustamento às mudanças, fruto duma leitura atenta do que se passa no meio ambiente em que a empresa desenvolve a sua actividade. Depois, reagir rápida e de forma adequada, às alterações ocorridas Contabilidade & Empresas - Abril 2007

13 Análise AGOSTINHO COSTA Mas o problema reside aí. Geralmente, quando reagimos, reagimos tarde e lentamente. E actuamos com informação e com métodos desajustados às novas realidades. Tal situação implicará resultados significativamente menores do que os que a empresa poderia obter se tivesse um rápido reajustamento às alterações externas ocorridas, podendo mesmo provocar, em muitas situações, prejuízos, que irão descapitalizar a empresa e transmitir às entidades financiadoras da actividade um sinal desfavorável sobre a condução dos negócios, resultando daí possíveis restrições de crédito, que irão agudizar as dificuldades da empresa. Teremos, pois, menos capitais próprios para financiar a actividade (em virtude dos prejuízos) e menos capitais alheios (em virtude das restrições ao crédito por parte das instituições financeiras). Mas, às vezes, parece que as organizações estão demasiado ocupadas para se aperceberem da possibilidade de estes aspectos ocorrerem nas suas organizações. Estaremos, então, perante um estado de saúde económica que, num futuro próximo, irá ficar debilitado, agravado, levando a uma saúde financeira frágil, em que os meios financeiros irão escassear, provocando tais factos uma mistura explosiva: «enfraquecimento económico e financeiro da empresa.» Como poderemos então resistir aos desafios dum mundo em rápida mudança, encontrando-nos tão debilitados? É, pois, urgente revitalizar a saúde da empresa, em termos económicos e financeiros. Mas, se não revitalizarmos a empresa em termos económicos, qualquer injecção de capitais, sejam eles próprios ou alheios, apenas permitirá prolongar a vida da organização por mais algum tempo. O problema da saúde económica, muito provavelmente, não ficará resolvido. Não houve qualquer reajustamento em termos de exploração, face às novas exigências externas. Dessa forma, possivelmente, não irá ocorrer nenhum milagre económico. Mas tudo isto não é novo. No passado ocorreram já situações análogas, embora talvez com uma vantagem: ocorriam muito mais lentamente. E quais foram as consequências de tais situações no passado? Vejamos: Jean Pierre Rioux, comentando as mudanças ocorridas, em termos económicos e sociais, na Europa, a partir de meados do século XVIII e no decorrer do século XIX, período a que vulgarmente se denomina de Revolução industrial, dizia o seguinte: Os homens são mais lentos que os capitais e as técnicas: tomarão muito desigualmente consciência da sua nova condição, pelo contacto quotidiano e sobretudo pela luta. Antes desta identificação do trabalhador da revolução industrial, muitas vezes, toda uma geração terá sido esmagada sem dó nem piedade. E isso acontecia, como o autor refere, porque a capacidade de ajustamento às novas realidades era reduzida. Os homens só tardiamente tomavam consciência da sua nova condição. Ora acontece que o ritmo de mudança actual é muito maior do que nos séculos XVIII e XIX. Hoje as mudanças externas ocorrem a uma velocidade muito maior do que ocorriam no passado, e terão um impacto significativo na forma como se irá desenrolar o futuro das nossas empresas. Temos, pois, que estar atentos, para não sermos esmagados por tais mudanças. E toda a organização tem que sentir essa necessidade de mudança. Caso contrário, muitas empresas irão passar por grandes dificuldades. Muito provavelmente, poderão surgir situações análogas às que ocorreram durante a revolução industrial. Muitas empresas irão encerrar as portas, se não tomarem consciência de que precisam mudar, ou se tomarem consciência demasiado tarde. Mas não é suficiente ter consciência de que as mudanças no meio onde as nossas organizações desenvolvem a sua actividade estão a ocorrer a um ritmo elevado. De nada nos serve ter consciência de tais mudanças, se nada fizermos para nos adaptarmos, aproveitando até as oportunidades que as referidas mudanças proporcionam. Vejamos o que nos diz James Belasco sobre este aspecto. James Belasco diz-nos que as empresas são como os elefantes. As empresas levam muito tempo a mudar. Porquê tal comparação? Segundo Belasco, numa grande parte das empresas, da mesma forma que nas pessoas, os hábitos são uma segunda natureza. Habituamo-nos a proceder de determinada forma, e como tal, aquilo que nunca fizemos, consideramos que não é possível fazer. Inconscientemente, pomos limites às nossas capacidades. Dessa forma, nem tentamos muitas vezes melhorar o que apenas exigiria um esforço mínimo. Estamos condicionados pelo que sempre fizemos. O mesmo acontece com os elefantes, pela razão, que a seguir se expõe: Quando os elefantes são pequenos, os domesticadores prendem-nos, com correntes pesadas, a estacas enterradas. Nessa fase da vida do elefante, ele não tem a força suficiente para arrancar a estaca. A partir de então, fica condicionado por essa informação. Nunca mais tenta fugir, mesmo quando adulto. Quando adultos, mesmo que tenham apenas uma pequena pulseira de metal à volta da pata, sem estar presa a qualquer estaca, não tentarão fugir. Os seus movimentos estão limitados pelo condicionamento que tiveram no passado. A pulseira estava ligada a um estaca que eles não poderiam arrancar. Inicialmente, tentaram, mas, como não conseguiram, desistiram. Não voltaram a tentar. Tentar para quê, se não conseguiam? O mesmo acontece com muitas empresas. Encontram-se condicionadas por limitações anteriormente adquiridas. «Sempre o fizemos desta maneira». Porquê mudar? (Continua no próximo número) Contabilidade & Empresas - Abril

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