Condições fundamentais para competitividade da energia solar no Brasil. Rafael Kelman, Diretor da PSR
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1 Condições fundamentais para competitividade da energia solar no Brasil Rafael Kelman, Diretor da PSR
2 Recurso solar no Brasil Abundante e bem conhecido. Maiores irradiações no semiárido. Atlas disponíveis (ex: SWERA). Medições de campo não precisam ser obrigatória nos leilões. Porém a exigência de instalação de estação solarimétrica poderia afastar aventureiros.
3 Recurso solar - Irradiação média em plano inclinado No Brasil: 4 a 6 kwh/m 2 /d Na Alemanha (Baviera): Na Alemanha (Baviera): 3,4 kwh/m 2 /d (máx.)
4 Recurso solar no Brasil - características A produção de energia FV é mais previsível em escala anual que outras fontes renováveis. Há também menor variabilidade sazonal. A maior variabilidade está no curto prazo.
5 Recurso solar no Brasil aspectos favoráveis Terra barata em áreas com alta irradiação. Reservatórios das hidros modulam a variação da produção diária da solar e armazenam a energia para uso em horas sem sol. Tecnologia confiável (garantias dadas pelos fabricantes de equipamentos). Sinergia entre produção e carga (efeito ar condicionado).
6 Quanto custa a energia solar? Redução do preço dos módulos FV. Fonte: Navigant Solar Outlook (Fev.2012). $/W
7 Quanto custa a energia solar? PREÇOS GERAÇÂO DC MÓDULOS INVERSORES Capacidade de um container de 40 pés (Watts) FOB (eur/wp) 0,98 0,19 FOB (eur) , ,00 FRETE + SEGURO INTERNACIONAL (eur) 5.200, ,00 CIF (eur) = FOB + FRETE + SEGURO , ,00 (A) =II (12% DO VALOR CIF P/MÓDULOS E 14% P/ INVERSORES) , ,00 (B) = IPI (0% P/ MÓDULO E 15% INVERSORES) INCID. CIF + (A) 4.565,70 (C) = PIS (1,65% "POR DENTRO", APLICÁVEL A CIF + (A) + (B) 2.700,22 636,43 (D) = COFINS (7,6% "POR DENTRO", APLICÁVEL A CIF + (A) + (B) , ,44 (E) = ICMS, 12% INCIDENTE SOBRE CIF + (B) 7.918,18 (F) Total Impostos (eur) (A+B+C+D+E) , ,75 (G) Taxas diversas (Siscomex, AFRMM, Armaz, etc.) = 12%F 3, ,77 (H) Despachante (importadora) 1.200, ,00 (I) CUSTOS DE INTERNALIZAÇÃO (F+G+H) , ,52364 CUSTOS FINAIS MÓDULOS INVERSORES CUSTO (eur) (CIF + I) , ,52 TAXA CAMBIO (R$/eur) 2,30 CUSTO (R$) , ,39 CUSTO (R$/W) 3,87 Fonte: PHOTON, Set. 2011
8 Quanto custa a energia solar? CAPEX por tipo de instalação. APLICAÇÃO Residencial Comercial Usina CAPACIDADE (kw) CUSTO DOS MÓDULOS E INVERSORES (R$) CUSTO DE CABOS E PROTEÇÕES (R$) CUSTO DO SISTEMA FIXAÇÃO (R$) DEMAIS CUSTOS (CONEXÃO, PROJETO, ETC.) (R$) TOTAL (R$) TOTAL (R$/W) 7,12 6,27 5,37
9 Quanto custa a energia solar? CAPEX de R$/kW (residencial). O custo de produção depende da irradiação e vários parâmetros: Taxa de desconto real: 7,5%/ano. Custo fixo de O&M: 1% CAPEX/ano. Vida útil: 25 anos. Performance ratio (PR): 75%. Perda de eficiência dos módulos: -0,7%/ano. Resultado: 500 R$/MWh (Rio de Janeiro).
10 Quanto custa a energia solar? CP = [CAPEX + VP (OPEX)] / VP(EP) CP Custo de produção (R$/kWh) CAPEX VP(OPEX) R$ /kw Valor Presente do Custo de O&M (R$) VP(EP) Vl Valor Presente da energia produzida (kwh) Repetimos a conta 85 mil vezes (cada pixel tem 10x10km)
11 Quanto custa a energia solar? Já competitiva quando comparada à conta de luz de consumidores na baixa tensão que pagam 522 R$/MWh. Há clientes que pagam 700 R$/MWh em outras concessionárias.
12 Tarifa das distribuidoras com impostos* (Baixa Tensão) * Tarifa / (1-PIS-COFINS-ICMS)
13 Quanto custa a energia solar? Custo de produção depende da irradiação local. A tarifa de energia depende da área de concessão da distribuidora ib id e do ICMS. As duas informações foram combinadas num mapa com índice de competitividade da energia solar em aplicações na BT. Para cada pixel, calculou-se a razão entre a tarifa final e o da energia solar.
14 Índice de competitividade da energia solar (BT) No exemplo do Rio, o índice é 522/500 = 1,044
15 Ressalvas O cálculo assumiu que o consumidor compra e instala os equipamentos. Na prática: empresas integradoras desenvolvem os projetos, compram os equipamentos, instalam e cuidam da papelada e autorização. Se considerarmos o custo da margem das integradoras e os impostos em cascata o mapa muda.
16 Índice de competitividade (via integradoras) Incremento dos custos da ordem de 40%
17 Modelos de negócio Com amadurecimento do mercado a energia solar será um serviço. Ex: a Solar City: oferece serviço de energia solar residencial i e comercial. Resolve barreira financeira (ex: sistema FV de 3 kw custa mais que R$ 21 mil). Possibilidade de redução de custo de compra de energia ao usuário final.
18 Modelos de negócio Lease
19 Modelos de negócios (Brasil) Financiamento de equipamentos (CAIXA, cartão BNDES, etc.). Empresas de serviços (estilo Solar City). Sistema de compensação energia (Aneel). IV - os montantes de energia ativa injetada que não tenham sido compensados na própria unidade consumidora poderão ser utilizados para compensar o consumo de outras unidades previamente cadastradas para este fim e atendidas pela mesma distribuidora, cujo titular seja o mesmo da unidade com sistema de compensação de energia elétrica, ou cujas unidades consumidoras forem reunidas por comunhão de interesses de fato ou de direito.
20 Leilão de energia solar no Brasil? Aprendizado Quais as melhores soluções/tecnologias? (cristalino, filme fino, rastreadores, CPV, etc.) Tropicalização de equipamentos e de soluções de engenharia. O preço é dado d pelo mercado. Ganhos para cadeia produtiva. Tendência: preços seguirão diminuindo (positivo para o governo).
21 Tracking PV: 1-Axis Tracking PV: 2 Axis CPV CSP Trough CSP Tower 20 CSP Linear Fresnel 1-EIXO U.S. & International Patents Pending 2-EIXOS Dish Stirling Steam Peaking Energy Technology Advisors 13 Hours Molten Salt Storage
22 Preço de venda em leilão de energia: uma estimativa CAPEX entre e R$/kW Energia gerada: Fator de capacidade de 18,5%. (irradiação de 6 kwh/m 2 /d e PR de 74%). Degradação da produção dos módulos: 1,4% no primeiro ano. 0,7% ao ano em anos subsequentes. Contratos: PPA de 25 anos.
23 Preço de venda em leilão de energia (Financiamento) Juros: TJLP (0,5% ao mês) + 2,5% de spread de risco + 0,9% de remuneração básica do BNDES. Carência: 12 meses. Amortização: 15 anos. Desembolso: pari passu. Limite: i 70% do CAPEX (devido ao índice de cobertura da dívida).
24 Preço de venda em leilão de energia (Impostos+encargos) Regime Lucro Presumido. IRPJ: 25% sobre base de cálculo (8% receita bruta). CSLL: 9% sobre base de cálculo (12% receita bruta). PIS/COFINS: 3,65% receita bruta. Isenção de PIS/COFINS para os equipamentos (REIDI). ICMS: 0%. Encargos setoriais i (TSFEE, CCEE, ONS). TUST/TUSD: 100% de desconto (ABINEE).
25 Preço de venda em leilão de energia (Demais custos) Seguro Garantia: 0,5% financiamento. Seguro Operação: 0,4% do valor do imobilizado. Custo de O&M: 0,5% do CAPEX.
26 Resultados da simulação com o modelo OptValue (PSR) Preço do PPA (25 anos) para TIR real do acionista de 7,5% e 10%. TIR 7.5% TIR 10% R$/KW-inst 5000 R$/KW-inst 6000 R$/KW-inst
27 Futuro Redução de preços P&D para otimizar produção de células de silício e novos materiais semicondutores. É preciso diminuir demais custos ( BOS ). Fonte: Rocky Mountain Institute
28 Futuro Redução de preços Departmento de Energia dos EUA. Custo do sistema FV de $1/W em O que significa isso para o Brasil? Calculamos no OptValue o preço PPA: 121 R$/MWh. Conclusão: a geração solar pode se tornar competitiva na próxima década. Além do avanço da tecnologia, será importante: Aumentar a eficiência industrial brasileira. Desonerar as atividades id d produtivas.
29 Obrigado pela atenção
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