TORÇÃO DE ÚTERO EM CADELA: RELATO DE CASO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "TORÇÃO DE ÚTERO EM CADELA: RELATO DE CASO"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO LUIS ANTÔNIO DA COSTA BENTO TORÇÃO DE ÚTERO EM CADELA: RELATO DE CASO Niterói RJ 2010

2 LUIS ANTÔNIO DA COSTA BENTO TORÇÃO DE ÚTERO EM CADELA: RELATO DE CASO Monografia apresentada a Universidade Federal Rural do Semi-Árido UFERSA, Departamento de Ciências Animais, para obtenção do título de Especialista em Clínica Médica de Pequenos Animais. Orientador: Nelson Domingues Pena Niterói RJ 2010

3 LUIS ANTÔNIO DA COSTA BENTO TORÇÃO DE ÚTERO EM CADELA: RELATO DE CASO Monografia apresentada a Universidade Federal Rural do Semi-Árido UFERSA, Departamento de Ciências Animais, para obtenção do título de Especialista em Clínica Médica de Pequenos Animais. APROVADA EM: / / BANCA EXAMINADORA Prof. Presidente Prof. Primeiro Membro Prof. Segundo Membro Niterói RJ 2010

4 Dedico este trabalho àquelas que me motivam a levantar todos os dias e ir atrás do meu melhor: Roberta, minha esposa e Rebeca, razão do meu viver.

5 AGRADECIMENTOS Agradeço aos meus pais por me conduzirem neste caminho tortuoso, mesmo que para isso tivessem que abrir mão de suas necessidades e conforto. Agradeço ao meu irmão e minha irmã pelo incentivo a minha profissão e apoio técnico e afetivo. Agradeço a minha esposa pela paciência, pelas noites de preocupação, pelo incentivo a minha profissão e por acreditar em minha capacitação. Agradeço a minha maior riqueza minha filha Rebeca, por amar os animais e amar a profissão do papai; obrigado por você existir. Agradeço ao professor Nelson Domingues Pena por me iniciar nas técnicas cirúrgicas. Agradeço ao professor Alceu Raizer por me mostrar que a medicina veterinária pode ser praticada em alto nível. Agradeço a banca examinadora por abrir mão de tão precioso tempo para estar aqui. Agradeço a todos os aos animais que são nossa fonte de trabalho, estudo e inspiração; os quais eu respeito e amo. Agradeço a Deus pelas pessoas especiais que colocou em minha vida e em nenhum momento me deixou trilhar sozinho.

6 Durante uma instrução militar quando tenente do Exercito Brasileiro ouvi do instrutor de sobrevivência na selva a mnemônica palavra: E-S-A-O-N, que quer dizer: E- estacione S- sente-se A- alimente-se O- oriente-se N- navegue Diante dos desafios do dia a dia sinto que estas palavras são atuais para a sobrevivência em qualquer ambiente e me motiva a continuar navegando. Luis Antônio da Costa Bento

7 LISTA DE FIGURAS Página FIGURA 01 Aparelho reprodutor de cadela FIGURA 02 Anatomia de útero e ovários FIGURA 03 Esquematização de ovário-salpingo-histerectomia FIGURA 04 ovário-salpingo-histerectomia FIGURA 05 Paciente demonstrando distensão do abdome FIGURA 06 Paciente demonstrando distensão do abdome FIGURA 07 Ultrassom identificando a presença de massas no útero FIGURA 08 Início da cirurgia, exteriorizando um corno uterino dilatado FIGURA 09 Iniciando a exteriorização de ambos os cornos uterinos FIGURA 10 Exteriorizando todo o útero (observa-se várias aderências) FIGURA 11 Torção uterina no corpo uterino, próximo a cérvix FIGURA 12 Visualização de todo útero exteriorizado, com a torção FIGURA 13 Observa-se várias aderências FIGURA 14 Identificando o ovário e preparando a ligadura FIGURA 15 O útero com seu conteúdo pesava 2,500 kg FIGURA 16 Término da cirurgia FIGURA 17 Expondo o conteúdo uterino FIGURA 18 Conteúdo uterino observa-se a presença de fetos macerados (ossos) FIGURA 19 Conteúdo uterino observa-se a presença de fetos macerados (ossos)... 34

8 RESUMO A torção uterina é uma afecção do trato reprodutivo, rara em cadelas, tendo difícil diagnóstico clínico, sendo comumente confirmado através de laparotomia exploratória. Geralmente ocorre em úteros gravídicos ou em casos de piometra ou hematometra, associados à intensa movimentação da fêmea, que faz com que o útero gire em torno de si mesmo. A literatura cita ser mais comum a ocorrência de torção em um ou ambos os cornos uterinos. A distocia é uma das causas que leva a torção do útero, sendo, portanto, importante suspeitar desta ocorrência sempre que atender um caso de parto distócico. Este estudo procura esclarecer a etiologia desta patologia, através de uma revisão da literatura, associando as informações encontradas com o relato de caso clínico de uma cadela SRD, com seis anos, que apresentava abdome distendido, porém temperatura normal, mucosas normocoradas e tempo de perfusão normal. Foi feito o diagnóstico de torção uterina, através de laparotomia exploratória, e a cirurgia de ovário-salpingo-histerectomia. Palavras-chave: torção uterina; cadela; ovário-salpingo-histerectomia.

9 ABSTRACT Uterine torsion is a disorder of the reproductive tract, rare in dogs, with clinical diagnosis difficult, and often confirmed by exploratory laparotomy. Usually occurs in the gravid uterus or in cases of pyometra or hematometra associated with the intense movement of the female, which causes the uterus to turn around itself. The literature refers to be more common occurrence of twist in one or both uterine horns. The dystocia is one of the causes that lead to twisting of the uterus, and is thus important to suspect this event ever to attend a case of dystocia. This study sought to clarify the etiology of this disease, through a literature review, gathering the information found with a case report of a bitch, with six years, who presented abdominal distension but normal temperature, normal colored mucosa and normal perfusion time. Was made the diagnosis of uterine torsión, by exploratory laparotomy, and ovarysalpingo-hysterectomy surgery. Keywords: uterine torsion; bitch; ovary-salpingo-hysterectomy.

10 SUMÁRIO Página LISTA DE FIGURAS RESUMO ABSTRACT INTRODUÇÃO REVISÃO DA LITERATURA ANATOMIA E FISIOLOGIA DO APARELHO REPRODUTOR DE CADELAS Ovário Tuba Uterina Útero Cérvix Vagina Vulva Ciclo Estral DEFINIÇÃO DE TORÇÃO UTERINA ETIOLOGIA SINAIS CLÍNICOS DIAGNÓSTICO TRATAMENTO Ovário-salpingo-histerectomia CASO CLÍNICO DISCUSSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS... 39

11 1 INTRODUÇÃO O atendimento obstétrico a cadelas para diagnóstico de gestação, gestantes ou em distocia é muito frequente na clínica veterinária de animais de companhia. Fêmeas caninas possuem particularidades reprodutivas diferenciadas quando comparadas a outras espécies domésticas, como a duração do período fértil e da ovulação. Além disso, altas taxas de distocia são observadas nesta espécie, especialmente em algumas raças. Distocias de gestação são problemas que ocorrem no parto ou no terço final da prenhez, sendo um conjunto de causas que tornam o parto uma função difícil, impossível ou perigosa para a mãe e para o(s) feto(s). Entre as distocias está a torção uterina, que é uma afecção do trato reprodutivo, não exclusiva de gestação. É uma patologia bastante rara, de diagnóstico difícil, geralmente associada ao aumento do volume uterino em combinação com outras alterações dos órgãos pélvicos, podendo envolver um ou ambos os cornos uterinos. As torções uterinas são mais comuns em fêmeas com útero gravídico no terço final da gestação ou no puerpério, podendo ser causadas por mudanças bruscas de posição do animal (comportamento muito agitado), durante movimentos fetais intensos, porém podem acontecer em úteros não-gravídicos, principalmente na presença de hemometra ou piometra. A torção uterina é uma patologia incomum tanto em cadelas quanto em gatas, tendo sido descritos alguns casos em animais gestantes que se movimentaram bruscamente no final da gestação ou que apresentaram movimentos fetais ativos. Os sinais clínicos são inespecíficos, como descarga vulvar, distensão abdominal, apatia, inapetência e dor abdominal, mas podem estar ausentes. O diagnóstico é feito quase sempre durante o ato cirúrgico, pois o exame de ultrassonografia geralmente é inespecífico. Este estudo procurou esclarecer a etiologia desta patologia, através de uma revisão da literatura, associando as informações encontradas com o relato de caso clínico de uma cadela com torção uterina, atendida em clínica veterinária particular, no município de Petrópolis RJ, onde foi feito o diagnóstico e a cirurgia de ovário-salpingo-histerectomia.

12 2 REVISÃO DA LITERATURA 2.1 ANATOMIA E FISIOLOGIA DO APARELHO REPRODUTOR DE CADELAS Os órgãos femininos da reprodução são compostos por (Figuras 01 e 02): ovários, ovidutos ou tubas uterinas, útero, cérvix uterina, vagina e genitália externa (vulva). A irrigação sanguínea destes órgãos é feita pelas artérias ovariana, uterina média e pudenda interna e a vascularização segue através dos ligamentos até os órgãos (GETTY, 1975).

13 Figura 01: Aparelho reprodutor de cadela. Fonte: GUIDO, 2010.

14 Figura 02: Anatomia de útero e ovários. Fonte: SICARD; FINGLAND, Ovário O ovário é um órgão duplo de forma variável, encontrado dorsalmente na cavidade abdominal, próximo ao bordo pélvico, apresentando função celular (liberação de gametas) e endócrina (secreção de hormônios). Apresenta epitélio superficial (germinativo), túnica albugínea (tecido conjuntivo fibroso que cobre todo o ovário), cortical externa e medular interna (com vasos e nervos). Na cortical ficam os folículos primários, que se desenvolvem até a ovulação. Durante o cio, os ovários de cadelas ficam com formato de cachos de uva, pois possuem múltiplas ovulações (GETTY, 1975; HAFEZ; HAFEZ, 2003).

15 Possuem função celular, que é a produção de gametas femininos (oócitos óvulos), e função endócrina, que consiste na secreção de hormônios (FELDMAN; NELSON, 2003; HAFEZ; HAFEZ, 2003): Estrogênio: responsável principalmente pelas características sexuais secundárias, sinais de cio e desenvolvimento da glândula mamária. Progesterona: responsável pela manutenção da gestação, lactação e comportamento materno. Inibina: importante para a regulação endócrina por feedback negativo. Ocitocina ovariana: influi no processo de involução do corpo lúteo. Relaxina: facilita a passagem do feto no canal do parto Tuba Uterina Segundo Feldman; Nelson (2003) e Hafez; Hafez (2003), a tuba uterina tem as funções de: captar o óvulo e encaminhá-lo até o útero, secreção de muco e transporte dos espermatozóides. Possui formato sinuoso e divide-se em três porções: Infundíbulo: é a porção mais próxima ao ovário. O infundíbulo afunila formando um tubo (alarga na extremidade). Em sua abertura se encontram fímbrias, que na época da ovulação se prolongam e envolvem o ovário para que o(s) óvulo(s) seja(m) atraído(s) para tuba. Ampola: é uma porção mais dilatada dorsalmente, correspondendo aproximadamente à metade do comprimento da tuba. Istmo: estreita porção proximal, ligando as tubas ao útero Útero

16 O útero de cadela é do tipo bipartido, possui corpo em forma cilíndrica e dois cornos uterinos, extremamente compridos e estreitos, localizando-se na cavidade abdominal. Histologicamente é composto por (GETTY, 1975; HAFEZ; HAFEZ, 2003): Camada serosa (perimétrio); Camada muscular (miométrio): músculo liso, tecido conjuntivo e vasos; Camada mucosa (endométrio): rico em glândulas. 2003): As funções do útero são (FELDMAN; NELSON, 2003; GRUNERT; BIRGEL, 1989; HAFEZ; HAFEZ, Transporte espermático: feito pelo endométrio, do ponto de ejaculação até o local de fertilização, no oviduto. Receber o embrião (concepto) e permitir sua nidação (fixação). Gestação. Expulsão do feto (parto). Secreção de prostaglandina, relaxina e ocitocina. Regulação da função do corpo lúteo. O útero é o órgão do aparelho reprodutor feminino que recebe o embrião, faz sua implantação e ainda estabelece as relações vasculares do embrião ou feto durante todo o período de gestação. É um órgão cavitário que apresenta parede relativamente espessa, grande capacidade de distender-se e de voltar ao tamanho normal (NASCIMENTO; SANTOS, 1997) Cérvix A cérvix se localiza entre o útero e a vagina. Suas funções são (FELDMAN; NELSON, 2003; HAFEZ; HAFEZ, 2003): Secreção de muco cervical para facilitar o transporte dos espermatozóides até o útero;

17 Atua como reservatório de espermatozóides, que ficam alojados nas criptas cervicais, abastecendo o trato reprodutivo com subsequentes liberações de material seminal, ou impedindo que um número excessivo atinja o local da fertilização. Promove a retenção de espermatozóides defeituosos e inviáveis. Passagem do feto. A cérvix é semelhante a um esfíncter, permanecendo fechada, exceto durante o cio, quando relaxa para permitir a passagem de espermatozóides para o útero, e durante o parto, permitindo a passagem do feto (GRUNERT et al., 2005; HAFEZ; HAFEZ, 2003). Durante a gestação, o muco produzido pela cérvix se torna altamente viscoso, espesso, turvo e não se cristaliza, formando uma barreira contra o trânsito de espermatozóides e bactérias, prevenindo infecções uterinas. No momento do parto este tampão se liquefaz e a cérvix se dilata para passagem do feto e de suas membranas fetais. A secreção do muco cervical é estimulada pelos estrógenos ovarianos e inibida pela progesterona (FELDMAN; NELSON, 2003; HAFEZ; HAFEZ, 2003) Vagina Possui formato cilíndrico, é músculo membranosa (para dilatar na saída do feto) e produz muco. Localiza-se na cavidade pélvica, posterior a cérvix e anterior a vulva. Suas funções são (GETTY, 1975; HAFEZ; HAFEZ, 2003): Secreção de muco: para umidificar a vagina. Acolhimento de pênis durante a cópula. Passagem do feto. Depósito de sêmen.

18 2.1.6 Vulva É a porção externa da genitália feminina, se estendendo da vagina para o exterior. Possui dois lábios (maior e menor), uma comissura dorsal e outra ventral. Na ventral fica o clitóris. As funções da vulva são (GETTY, 1975; HAFEZ; HAFEZ, 2003): Proteção da entrada do trato genital. Cópula. Passagem da urina. Passagem do feto Ciclo Estral Ciclo estral é o período compreendido entre dois estros (entre uma ovulação e outra), variando de duração de acordo com a espécie animal. Apresenta fases bem evidentes, caracterizadas por modificações da genitália interna e externa, assim como no comportamento da fêmea (HAFEZ; HAFEZ, 2003). O ciclo estral possui duas grandes fases: proliferativa (sob influência estrogênica) e secretora (influência progesterônica). A fase sob ação do estrogênio é a em que ocorre manifestação do cio. Essa fase corresponde ao pró-estro e ao estro: Pró-estro é a fase em que ocorre liberação de hormônio folículo estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH) pela hipófise, para que haja desenvolvimento do folículo e produção de estrógeno. Iniciam-se as modificações da genitália e as alterações comportamentais. Estro (cio) é a fase em que ocorre um pico de LH, determinando um aumento na liberação de estrógeno. A fêmea passa a apresentar todas as características de cio (cérvix relaxada, vulva edemaciada, aceita o macho, entre outras) e culmina com a ruptura do folículo. Na fase secretora ou progesterônica ocorre quiescência do trato genital. Corresponde às

19 fases de metaestro e diestro. Metaestro é a fase pós-ovulatória, que se segue à formação do corpo lúteo funcional. Ocorre redução do estrogênio e aumento da progesterona. O aparelho genital entra em estado de quiescência. O útero fica flácido e a cérvix começa a fechar. Vulva e vagina ficam mais pálidas e menos umidificadas. Diestro é a fase onde há plena atividade do corpo lúteo, com produção de progesterona e o órgão quiescente. É a fase secretora. Vulva e vagina se apresentam com coloração normal, cérvix fechada, umidificação. Há também a fase de anestro, que corresponde a um longo período de quiescência (inatividade) do trato genital, ocorrendo entre os períodos de reprodução (GRUNERT; BIRGEL, 1989; GRUNERT et al., 2005; HAFEZ; HAFEZ, 2003). As cadelas são monoéstricas, ciclam duas vezes ao ano, tendo períodos de anestro. Seu período fértil estende-se do final do proestro ao meio do estro e cada uma dessas fases do ciclo estral pode durar de três dias a três semanas, com duração média de sete a dez dias. Após a cópula, os espermatozóides podem permanecer armazenados em glândulas uterinas durante o estro, e a proximidade do espermatozóide com o epitélio colunar não apenas ajuda a manter a sua viabilidade, mas pode também promover ou modular a capacitação espermática e as mudanças na motilidade. Durante a fase folicular do ciclo (proestro e estro), folículos monovulares (com apenas um ovócito) ou poliovulares (contendo em média de dois a quatro ovócitos) desenvolvem-se nos ovários. Nas cadelas, as ovulações ocorrem em média 48 horas após o pico pré-ovulatório de LH e caninos podem permanecer fertilizáveis por período superior a 200 horas. O período de gestação em cadelas é de 63 dias, com uma variação de 56 a 72 dias (CONCANNON, 2000; CONCANNON et al., 1989; HAFEZ; HAFEZ, 2003; KAWAKAMI et al., 2000; LINDE-FORSBERG; ENEROTH, 2004; VERSTEGEN et al., 2001 apud LUZ et al., 2005). 2.2 DEFINIÇÃO DE TORÇÃO UTERINA Torção uterina é definida como sendo uma rotação de mais de 45º do útero em torno do seu eixo axial (LARA et al., 1999). É uma condição aguda, rara em cadelas e gatas, e que traz riscos a vida, e as manifestações clínicas variam desde nenhum sinal até sintomas de distocias, dores abdominais ou choque, e geralmente está relacionada com o útero gravídico próximo ao final da gestação. Um ou ambos os cornos uterinos podem rotacionar ao longo do eixo longitudinal ou em torno do outro corno,

20 ocorrendo mais frequentemente em fêmeas agitadas e saltadoras (LINDE-FORSBERG; ENEROTH, 2004; NELSON; COUTO, 2006; SORRIBAS, 2006; WYKES; OLSON, 1996). 2.3 ETIOLOGIA As principais causas de torção de útero estão relacionadas com movimentos fetais ativos, contração uterina prematura, anormalidades do útero, estiramento do ligamento ovariano próprio e excessiva atividade da fêmea no final da gestação (WYKES; OLSON, 1996). As torções uterinas podem ser de diferentes graus e podem predispor um parto distócico ou ser consequência de um. Em algumas situações, casos de distocia por ou com torção uterina, por ser difícil identificar a torção, levam a administração de ocitocina, muitas vezes feita por leigos, sem prescrição médica, em dose excessiva, e podem levar a ruptura uterina, o que agrava ainda mais o quadro, elevando o risco à saúde e a vida da paciente (MARTINS et al., 2007; SAMPAIO et al., 2002). Distocias são comuns em cadelas e isso ocorre porque a conformação do canal do parto nesta espécie é inadequada para possibilitar a parição, em razão de um tamanho relativamente desproporcional do feto ou por fatores que possam interferir na função contrátil do útero. Acreditase que a incidência mundial de distocias em cadelas seja de 5%, podendo chegar a 100% em algumas raças, especialmente as do tipo acondroplásico e as selecionadas para terem a cabeça grande. Fêmeas de raças pequenas, como Toy, que possuem cabeça grande e canal pélvico relativamente estreito, são predispostas a distocias. Em raças como Bulldog e Pekingese, os partos distócicos são tão comuns que os criadores geralmente solicitam cesariana antes mesmo que as fêmeas entrem em trabalho de parto (GRAVES, 2008; LINDE-FORSBERG; ENEROTH, 2004). Em estudo desenvolvido por De DARVELID; LINDE-FORSBERG (1994) apud LINDE-FORSBERG; ENEROTH (2004) foram estudados182 casos de distocias em cadelas e destes, 1,1% envolveram torção uterina, demonstrando não ser uma patologia muito comum. Estudos epidemiológicos têm demonstrado que a produção e acúmulo de secreção purulenta de natureza infecciosa no útero, denominada como piometra, tem se destacado como a principal patologia do trato reprodutivo das fêmeas caninas, e é uma das alterações que ocorrem no útero que podem predispor à ocorrência de torção uterina, segundo relatos que associam a torção uterina

21 também ao útero não gravídico. Outros casos citam a hematometra (presença de sangue no útero) como outra causa que predispõe a torção. Tanto a piometra quanto a hematometra promovem saculações no útero, sendo esta a causa que favorece a ocorrência da torção (SAMPAIO, 2010). Piometra é o acúmulo de pus no útero. Difere da endometrite, que é inflamação do endométrio, e da metrite, que é a inflamação das três camadas. Piometra é o acúmulo de pus no lúmem uterino. Podendo ser causada pela endometrite ou pela metrite ou por infecção por microrganismos. Os patógenos mais comuns são as bactérias, mas pode ocorrer por fungos, vírus e protozoários. Os principais sintomas são apatia, febre e prostração. O acúmulo de pus pressiona o endométrio, lesando-o, fazendo com que perca sua funcionalidade: não libera prostaglandinas, não lisa o corpo lúteo (corpo lúteo persistente), diestro constante até que entra em anestro (infertilidade). O diagnóstico é feito através de palpação e ultra-sonografia. Hemograma com aumento de leucócitos, associado à clínica, pode ser indicativo. Geralmente a piometra surge após o cio, pois há abertura da cérvix, possibilitando entrada de patógenos. Se a imunidade da fêmea estiver baixa, leva a instalação do patógeno (endometrite). No início se traduz em uma fase assintomática, subclínica. Com o fim do período de cio, a cérvix se fecha e a proliferação de patógenos leva a formação de pus (piometra) e ao aparecimento da sintomatologia. É comum em cadelas, pois só ciclam de seis em seis meses, ficando a cérvix fechada por todo esse tempo, favorecendo a proliferação de bactérias, criando um ambiente propício (FELDMAN; NELSON, 2003; GRAVES, 2008; GRUNERT et al., 2005). A causa da torção do útero gravídico ou daqueles com saculações geralmente está relacionada à movimentação intensa do animal, levando a ocorrência da torção de todo um corno, ou parte de um, sobre o seu próprio eixo. Na gata e na cadela a torção normalmente afeta apenas um corno ou parte do mesmo, sendo a torção de ambos os cornos mais rara e isto se explica pela ausência do ligamento intercornual nestas espécies. Os pontos de fixação são o mesovário e o corpo uterino. Os vasos do mesovário e mesométrio ipsilaterais à torção sofrem colapso o que dá origem à lesão isquêmica da parede uterina e às suas consequências como ruptura e septicemia, quando a torção está acompanhada de piometra (MARTINS et al., 2007; SAMPAIO, 2010). Pacientes em trabalho de parto prolongado e que apresentem distocias sempre devem ser minuciosamente avaliadas, pois podem apresentar graves alterações, como é o caso da torção uterina, que coloca em risco a vida do paciente (MARTINS et al., 2007).

22 2.4 SINAIS CLÍNICOS Nem sempre há sinais clínicos aparentes, mas mesmo quando há sinais estes são inespecíficos, incluindo distensão abdominal, dor abdominal, descarga vaginal hemorrágica, pulso fraco, palidez das mucosas, rápida diminuição na temperatura corporal, massa abdominal dura à palpação, levando ao choque e a morte se não tratada a tempo (GROOTERS, 1998; SORRIBAS, 2006). 2.5 DIAGNÓSTICO Por não oferecer sintomas específicos e pela ultrassonografia não fornecer exatidão sobre o problema, o diagnóstico é frequentemente estabelecido durante a laparotomia exploratória (WYKES; OLSON, 1996). É importante suspeitar de torção uterina sempre que houver um parto distócico, pois a utilização de ocitocina para auxiliar o parto pode agravar o problema e levar a ruptura uterina. Às vezes alguns fetos podem nascer e o processo de parto continuar, ocorrer a torção uterina e a condição da cadela pode deteriorar rapidamente, sendo indispensável a cirurgia de ovário-salpingohisterectomia e o diagnóstico rápido da torção para salvar a vida da paciente (LINDE-FORSBERG; ENEROTH, 2004; MARTINS et al., 2007). 2.6 TRATAMENTO O tratamento da torção uterina é a ovário-salpingo-histerectomia, pois o tecido uterino fica isquêmico e geralmente se encontra desvitalizado. Usam-se muitas técnicas para ovário-salpingohisterectomia, no entanto os objetivos são os mesmos: remoção dos ovários, mais cornos e corpo uterinos. Pode-se tentar desfazer a torção uterina, porém geralmente é uma manobra que não dá resultado positivo (BOJRAB, 1996; FOSSUM, 2005; GROOTERS, 1998; SORRIBAS, 2006).

23 Além do tratamento cirúrgico, é importante verificar os sinais vitais e de saúde da paciente, visto que esta patologia geralmente leva a desidratação e alterações metabólicas, bem como o risco de septicemia, principalmente se vinculada a piometra. Para isso é necessário promover uma terapia antimicrobiana e reposição de fluidos para a devida correção dos desvios metabólicos (SAMPAIO, 2010) Ovário-salpingo-histerectomia O objetivo deste procedimento é a remoção do útero e dos ovários. É indicada não apenas para esterilização ou para prevenção de tumores mamários, mas também é o tratamento de escolha para a maior parte das doenças uterinas, que incluem a piometra, hiperplasia cística de endométrio, neoplasia uterina e torção uterina (FOSSUM, 2005; SICARD; FINGLAND, 2008). O material cirúrgico utilizado, segundo Sicard; Fingland (2008) inclui: material cirúrgico padrão; fios de sutura; gancho para ovário-salpingo-histerectomia. A técnica segue os seguintes passos (Figuras 3 e 4), segundo Fossum (2005) e Sicard; Fingland (2008): 1. Realizar a tricotomia e preparar cirurgicamente o abdome ventral desde a cartilagem xifóide até o púbis, antes da indução da anestesia para reduzir o tempo de anestesia total; 2. Proceder a anestesia; 3. Posicionar o animal em decúbito dorsal; 4. Fazer a incisão na pele, na linha média ventral, desde a cicatriz umbilical até a margem do púbis (porém em caso de útero aumentado uma incisão mais ampla é necessária); 5. Penetrar na cavidade abdominal através da linha alba; 6. Localizar o corno uterino esquerdo,e com a utilização de um gancho de ováriosalpingo-histerectomia, ou com o dedo indicador deslocar o omento e o intestino no sentido cranial, para alcançar o útero; 7. Aplicar uma pequena pinça hemostática de halsted através do ligamento próprio, para auxiliar na retração caudal do ovário;

24 8. Segurar o ovário entre o polegar e o dedo médio; posicionando o dedo indicador o mais próximo possível do ligamento suspensor; aplica-se tensão neste ligamento, girando o dedo indicador sentido caudal até que o mesmo se rompa; 9. Identificar o complexo arteriovenoso ovariano (CAVO), e com o auxílio de uma pinça (clampe) hemostática Rochester-Carmalt, faz-se uma abertura no mesovário imediatamente caudal ao CAVO em uma área livre de vasos e gordura; 10. Aplica-se três pinças hemostáticas Rochester-Carmalt e faz-se a transecção do CAVO (a primeira é colocada imediatamente proximal ao ovário; a segunda cerca de 5mm proximal a primeira; a terceira no ligamento próprio, entre o ovário e o corno uterino); 11. Aplicar uma ligadura em circunferência frouxa ao redor da pinça proximal, aperta-se a ligadura enquanto remove a pinça, assim ela se posicionará no sulco de tecido formado pela pinça; 12. Aplicar outra ligadura, por transfixação, entre a ligadura em circunferência e a extremidade seccionada do CAVO; 13. Prender o CAVO distal à ligadura, com uma pinça digital; remove-se a pinça do meio e verifica-se se há hemorragia. Se houver, aplicar uma segunda ligadura em circunferência no CAVO, proximal à primeira; 14. Seguir o corno uterino esquerdo distalmente até a bifurcação, localizar o corno uterino direito seguindo até o CAVO direito; 15. Repetir o procedimento descrito de ligadura e transecção do CAVO direito; 16. Seccionar o ligamento largo; 17. Exteriorizar o corpo uterino e localizar a cérvix; 18. Seccionar o corpo uterino após a aplicação de duas ligaduras, removendo todo o útero proximal à cérvix; 19. É importante verificar se há presença de hemorragia nos pedículos dos CAVOs e no corpo uterino antes de proceder a sutura abdominal; 20. Suturar a incisão abdominal como se faz na rotina.

25 Figura 03: Esquematização de ovário-salpingo-histerectomia. Fonte: FOSSUM, 2005.

26 Figura 04: Ovário-salpingo-histerectomia: A- isolando o ligamento suspensor; B- Fazendo abertura no mesovário, caudal ao CAVO; C- Ligadura tripla no CAVO; D- Secção do CAVO entre ovário e pinça; E- Método alternativo; F- Ligadura em circunferência ao redor da pinça proximal; G- Apertando o fio de sutura no sulco de tecido; H e I- Ligadura por transfixação; J- Abertura no ligamento largo (próximo a cérvix, adjacente à veia e artéria uterinas); K-Segurando o ligamento largo; L- Tracionando o ligamento largo no sentido cranial até que

27 ele e o ligamento redondo sejam liberados; M- Aplicando a 1ª ligadura por transfixação; N- aplicando a 2ª ligadura por transfixação; O- Fazendo a transecção do corpo uterino. Fonte: Sicard; Fingland, Indicar a administração de antibiótico e analgésico após a cirurgia, caso se faça necessário. É importante limitar a atividade física e observar se há ocorrência de complicações ou hemorragias na ferida cirúrgica. Em casos de cadelas com piometra, é comum a ocorrência de disfunção renal, podendo apresentar azotemia, oligúria ou anúria, portanto deve-se monitorar a função renal e manter a hidratação da paciente após a cirurgia. E É recomendada a diurese induzida com administração intravenosa (IV) de fluido cristalóide por no mínimo 24 a 36h após a cirurgia. A colocação de um cateter uretral auxilia a monitoração da produção urinária. A administração de antibiótico de amplo espectro é fundamental em casos de piometra, para evitar o risco de toxemia ou sepse, devendo ser aplicado durante a cirurgia e no pós-operatório (SICARD; FINGLAND, 2008). Segundo Sicard; Fingland (2008), as complicações mais comuns que podem surgir no pósoperatório são: Hemorragia: é a mais comum, principalmente em fêmeas que pesem mais de 25kg. Ocorre principalmente por erro de técnica, como por aperto insuficiente das ligaduras, laceração do CAVO ao romper o ligamento suspensor, falha em ligar os grandes vasos, laceração da artéria uterina (por tração excessiva do corpo uterino e remoção prematura da pinça na ligadura). Pacientes com distúrbios de coagulação (não tratados ou não identificados ex: doença de Willebrand) também podem apresentar hemorragia persistente. O risco de hemorragia pode ser evitado através da aplicação da técnica corretamente, para isso é necessário evitar sempre o excesso de confiança durante uma ovário-salpingo-histerectomia de rotina. Piometra de coto uterino: pode ocorrer quando não se remove uma porção de corpo ou corno uterino e o animal apresenta alta concentração sérica de progesterona, geralmente causada por tecido ovariano remanescente (causa endógena) ou por administração de compostos a base de progesterona para tratamento de dermatite (causa exógena). Síndrome de tecido ovariano remanescente: causa cio recorrente e ocorre devido à presença de tecido ovariano remanescente funcional. O tratamento se resume à remoção do tecido ovariano remanescente. Caso não se consiga localizar o tecido ovariano, localiza-se os dois ureteres e faça a ressecção dos pedículos de CAVO

28 bilaterais remanescentes. Recomenda-se enviar o tecido para exame histopatológico. Ligadura de ureter: mais provável ocorrer quando a ovário-salpingohisterectomia está associada a hemorragia, piometra ou cesariana. Também pode ocorrer quando a bexiga está distendida e o trígono e a junção ureterovesical estão deslocados cranialmente. Esta complicação pode resultar em hidronefrose e pielonefrite. Pode levar a realizar uma ureteronefrectomia. Para evitar que isto ocorra, deve-se fazer uma aplicação cuidadosa de ligaduras no CAVO e no corpo uterino. Incontinência urinária: mais comum de ocorrer em fêmeas suscetíveis (são em torno de 20% das fêmeas caninas), em razão de uma combinação de baixo teor de estrógeno sistêmico e maior produção e secreção de FSH e LH. Nestes casos podese recomendar a administração cuidadosa de estrógenos exógenos ou α- adrenérgicos. Algumas causas estruturais também podem estar envolvidas, como aderência ou granuloma de coto uterino (compromete a função do esfíncter da bexiga, ou uma condição mais rara que é a fístula vaginureteral decorrente de ligadura de vagina e ureter. Fístula e granuloma: pode ocorrer o desenvolvimento de fístula sublombar em fêmeas caninas castradas, quando se utiliza fio de sutura não absorvível de multifilamentos, como caprolactama polimerizada contaminada, para ligadura de CAVO ou corpo uterino. O tratamento envolve celiotomia exploratória e remoção dos fios de sutura. Ganho de peso corporal: muitas fêmeas demonstram ganho de peso após a ovário-salpingo-histerectomia e a causa disto é pouco compreendida. Síndrome eunucóide: rara complicação identificada em cadelas de trabalho, após ovário-salpingo-histerectomia, que envolve sintomas como menor grau de agressividade, perda de interesse pelo trabalho e menor resistência. Complicações relacionadas à celiotomia: automutilação da ferida cirúrgica; formação de seroma; deiscência de sutura; esquecimento de compressas de gaze na cavidade abdominal; laceração de baço ou bexiga.

29 3 CASO CLÍNICO A paciente, da espécie canis familiaris,srd, de aproximadamente seis anos pesando 5.500kg, porte pequeno e pelagem branca chegou à clínica para uma consulta dia 30 de outubro Durante a anamnese, a ficou constatado que o animal havia acasalado em janeiro, tendo o coito bruscamente interrompido no final ao jogarem água nos cães, apos nove meses não apresentava sintoma de prenhez. Porém, nas últimas semanas a proprietária observou que o abdome da cadela crescia rapidamente. Durante o exame clinico foi observado abdome estava bastante distendido (Figuras 05 e 06), temperatura corpórea normal, mucosas normocoradas e o tempo de perfusão normal. A cadela mostrava cansaço ao se deslocar e visível desconforto com o volume abdominal, porém com apetite normal.

30 Figura 05: Paciente demonstrando distensão do abdome. Fonte: Própria autoria.

31 Figura 06: Paciente demonstrando distensão do abdome. Fonte: Própria autoria. Solicitado exame ultrassonográfico (Figura 07), onde ficou evidente que a dilatação uterina era causada pela presença de massas em seu interior,sendo recomendada a laparotomia exploratória.

32 Figura 07: Imagem utrassonográfica identificando a presença de massas no útero. Fonte: Própria autoria. Laparotomizada no dia 09 de novembro de 2006, sob anestesia inalatória e epidural. o útero apresentava-se distendido, com torção do corpo uterino e várias aderências (Figura 08 a13). Figura 08: Início da cirurgia, exteriorização do corno uterino dilatado. Fonte: Própria autoria.

33 Figura 09: Inicio da exteriorização de ambos os cornos uterinos. Fonte: Própria autoria. Figura 10: Exteriorização de todo o útero (observa-se várias aderências - setas). Fonte: Própria autoria.

34 Figura 11: Torção uterina no corpo uterino (seta preta), próximo a cérvix (seta azul). Fonte: Própria autoria.

35 Figura 12: Visualização de todo útero exteriorizado, com a torção. Fonte: Própria autoria.

36 Figura 13: Observação de várias aderências. Fonte: Própria autoria. Foi feita a ovário-salpingo-histerectomia (Figura 14). Figura 14: Identificando o ovário e preparando a ligadura. Fonte: Própria autoria.

37 Comparando-se o peso corpóreo no pré-operatório com o volume e o peso do útero (2,500kg), após a cirurgia (Figura 15), deduz-se que o animal perdeu cerca de 45% do seu peso corporal (Figura 16) o que indica uma incrível adaptabilidade do organismo. Figura 15: O útero com seu conteúdo pesava 2,500 kg. Fonte: Própria autoria.

38 Figura 16: Término da cirurgia. Fonte: Própria autoria. O útero continha muito líquido inflamatório e fetos macerados (ossos) (Figuras 17 a 19).

39 Figura 17: Exposição do conteúdo uterino. Fonte: Própria autoria. Figura 18: Conteúdo uterino presença de fetos macerados (ossos). Fonte: Própria autoria.

40 Figura 19: Conteúdo uterino presença de fetos macerados (ossos). Fonte: Própria autoria. A cirurgia levou cerca de 2 horas, tendo se iniciado com uma incisão pré-retroumbilical na linha media, seccionando se a linha alba para acessar a cavidade abdominal. Foi feita a ováriosalpingo-histerectomia, as ligaduras foram feitas com fio de algodão e as camadas muscular, subcutânea e pele com pontos simples, separados. As aderências foram desfeitas através de divulsão com tesoura romba. O pós-operatório se deu na clínica com analgesia (cloridrato de tramadol), antibioticoterapia (cefalexina) e reposição da volemia com soro ringer lactato. A cadela demonstrou ótima recuperação.

41

42 4 DISCUSSÃO Os autores Linde-Forsberg; Eneroth (2004), Nelson; Couto (2006), Sorribas (2006) e Wykes; Olson (1996) definem a torção uterina como uma condição aguda, rara em cadelas e gatas, e que traz riscos a vida, geralmente estando relacionada com o útero gravídico próximo ao final da gestação, onde um ou ambos os cornos uterinos podem rotacionar ao longo do eixo longitudinal ou em torno do outro corno, ocorrendo mais frequentemente em fêmeas agitadas e saltadoras. No caso clínico estudado neste trabalho a rotação uterina ocorreu no corpo uterino, próximo à cérvix, e não nos cornos uterinos, como é mais comumente relatado na literatura. A fêmea em estado de prenhes, seus fetos estavam macerados, não sendo possível identificar há quanto tempo havia ocorrido a torção. Wykes; Olson (1996) afirmam que as principais causas de torção de útero estão relacionadas com movimentos fetais ativos, contração uterina prematura, anormalidades do útero, estiramento do ligamento ovariano próprio e excessiva atividade da fêmea no final da gestação. No caso do presente estudo, não foi possível identificar o que causou a torção, porém é possível que se encaixe no que relatam os autores, que tenha ocorrido no final da gestação, visto que os fetos macerados já deviam estar bem formados antes de terem seu desenvolvimento interrompido, a deduzir pelo tamanho de seus ossos, presentes no lúmen uterino. Mas também é possível que tenha ocorrido no início da gestação, visto que o local onde ocorreu a torção foi próximo a cérvix, não interrompendo o fluxo sanguíneo para os fetos, porém impedindo o nascimento. Martins et al. (2007) e Sampaio et al. (2002) citam que os vasos do mesovário e mesométrio ipsilaterais à torção sofrem colapso o que dá origem à lesão isquêmica da parede uterina e isso ocorre principalmente quando a torção se dá nos cornos uterinos, pois a irrigação sanguínea proveniente das artérias e veias que seguem por seus ligamentos fica prejudicada. Porém, neste caso, não constatou-se isquemia no tecido uterino, visto que os vasos sanguíneos citados não sofreram torção. Ainda segundo Martins et al. (2007) e Sampaio et al. (2002), as torções uterinas podem ser de diferentes graus e podem predispor um parto distócico ou ser consequência de um. Pelos dados colhidos supomos que a torção ocorreu no corpo uterino, o que tanto pode ter sido no início da gestação, neste caso sendo motivo de parto distócico, impedido a passagem dos fetos, ou pode ter ocorrido no final da gestação em consequência da distocia.

43 De acordo com as publicações de Grooters (1998) e Sorribas (2006), nem sempre há sinais clínicos aparentes, Quando há estes são inespecíficos, incluindo distensão abdominal, dor abdominal, descarga vaginal hemorrágica, pulso fraco, palidez das mucosas, rápida diminuição na temperatura corporal e massa abdominal dura à palpação. No nosso estudo, a paciente apenas apresentava distensão abdominal, incômodo por ela e consequente intolerância ao exercício. Wykes; Olson (1996) lembram que pela torção uterina não oferecer sintomas específicos e a ultrassonografia não fornecer exatidão sobre a patologia, o diagnóstico é frequentemente estabelecido após a laparotomia exploratória, no concordamos plenamente. Os sintomas demonstrados pela paciente estavam relacionados a distensão abdominal, enquanto a ultrassonografia demonstrou a presença de massas no lúmen uterino. Os autores Bojrab (1996), Fossum (2001), Grooters (1998) e Sorribas (2006) afirmam que o tratamento da torção uterina é a ovário-salpingo-histerectomia, pois o tecido uterino fica isquêmico e geralmente se encontra desvitalizado. No caso clínico citado o tecido uterino encontrava-se normal, sem áreas isquêmicas, visto que a torção ocorreu no corpo do útero, não causando grandes prejuízos a vascularização.

44 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS A torção uterina é uma condição rara em cadelas, de difícil diagnóstico clínico, sendo comumente confirmado através de laparotomia exploratória. Geralmente ocorre em úteros gravídicos ou em casos de piometra ou hematometra, associados à intensa movimentação da fêmea, que faz com que o útero gire em torno do se próprio eixo, sendo mais comum em um ou ambos os cornos uterinos. Existem raças mais propensas a ocorrências de distocias durante a gestação, e a distocia é uma das causas que leva a torção do útero, sendo, portanto, importante suspeitar desta ocorrência sempre que atender um caso de parto distócico. Nunca deve-se usar ocitocina em fêmeas com parto distócico, pois se houver torção pode levar a ruptura do útero, agravando ainda mais o quadro clínico e pondo em risco a vida da cadela. O caso apresentado difere do que é citado na literatura consultada devido a torção ter ocorrido no corpo uterino, fato não encontrado registrado na literatura consultada e que resultou em quadro não tão agudo quanto normalmente seria o de uma torção uterina, visto que, por não causar isquemia, não desenvolveu maiores problemas sistêmicos a paciente. Com isso, desenvolve-se a suspeita de que a torção possa ter ocorrido logo após a cópula, que foi interrompida de forma brusca, o que pode ter levado a ocorrência da torção no corpo do útero, o que permitiu que a gestação ocorresse normalmente, porém impediu o nascimento dos

45 filhotes, levando os fetos a serem macerados no útero e com isso se desenvolvido o quadro de distensão abdominal, que levou a proprietária a encaminhar a cadela à clínica veterinária. REFERÊNCIAS BOJRAB, M.J. Técnicas atuais em cirurgia de pequenos animais. São Paulo: Roca, Cap. 29, p CONCANNON, P.W. Canine pregnancy: predicting parturition and timing events of gestation In: Recent advances in small animal reproduction. Disponível em: < Acesso em 10 fev CONCANNON, P.W.; MCCANN, J.P; TEMPLE, M. Biology and endocrinology of ovulation, pregnancy and parturition in the dog. Journal of Reproduction and Fertility, v.39, p.3-25, 1989.

46 DE DARVELID, A.W; LINDE-FORSBERG, C. Dystocia in the bitch: a retrospective study of 182 cases. Journal of Small Animal Practice, v.35, p , FELDMAN, E.C.; NELSON, R.W. Canine and feline endocrinology and reproduction. 3ª ed. Philadelphia: Saunders, p. FOSSUM, T.W. Cirurgia de pequenos animais. 2ª ed. São Paulo: Roca, p. GETTY, R. Sisson/Grossman: anatomia dos animais domésticos. vol.1, 5ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. GRAVES, T.K. Doenças de ovários e útero. In: BIRCHARD, S.J.; SHERDING, R.G.; Manual Saunders: clínica de pequenos animais. São Paulo: Roca, cap.90, p GROOTERS, A.M. Ovariopatias e uteropatias. In: BIRCHARD, S. J.; SHERDING, R. G.; Manual Saunders: Clínica de Pequenos Animais. São Paulo: Roca, Seção 8, p GRUNERT, E.; BIRGEL, E.H. Obstetrícia veterinária. 3ª ed. Porto Alegre: Sulina, p. GRUNERT, E.; BIRGEL, E.H.; VALE, G.W. Patologia e clínica da reprodução dos animais mamíferos domésticos - ginecologia. São Paulo: Varela, p. GUIDO, M.C. Anatomia aparelho genital feminino (diferentes espécies). Disponível em: < Acesso em: 23 jan HAFEZ, E.S.E.; HAFEZ, B. Reprodução animal. 7ª ed. São Paulo: Manole, p. KAWAKAMI, E.; ARAI, T.; OISHI, I.; HORI, T.; TSUTSUI, T. Induction of dog sperm capacitation by glicosaminoglycans and glycosaminoglycan amounts of oviductal and uterine fluids in bitches. Journal of Veterinary Medical Science, v.62, p.65-68, 2000.

47 LARA, L.A.S; MACÊDO, A.G.; FARIA, A.C.; BATISTA, A.; LIMA, R.A.S.; SUCENA, M.A.S. Torção de útero não-grávido. RBGO, v.21, n.3, p , LINDE-FORSBERG, C.; ENEROTH, A. Anormalidades da prenhez, do parto e do período periparto. In: ETTINGER, S.J.; FELDMAN, E.C. Tratado de medicina interna veterinária, doenças do cão e do gato. 5ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, cap.159, p LUZ, M.R.; FREITAS, P.M.C.; PEREIRA, E.Z. Gestação e parto em cadelas: fisiologia, diagnóstico de gestação e tratamento das distocias. Revista Brasileira de Reprodução Animal, Belo Horizonte, v.29, n.3/4, p , jul./dez MARTINS, E.C.; SILVA, D.F.; RIBEIRO, E.A.; BOPP, S.; RUSSO, C. Torção uterina em felino: relato de caso. In: Anais do II Congresso Científico da Região Centro Ocidental do Paraná (CONCCEPAR). Paraná: Conccepar, NASCIMENTO, E.F.; SANTOS, R.L. Patologias do útero. In:. Patologias da reprodução dos animais domésticos. 9ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p NELSON, R.W.; COUTO, C.G. Medicina interna de pequenos animais. Rio de Janeiro: Elsevier, SAMPAIO, R.L. Torção uterina em gata com piometra: relato de caso. Disponível em: < Acesso em: 23 jan SAMPAIO, R.L.; SAMPAIO, R.; LACERDA, M.S. Ruptura de útero em cadelas gestantes após a aplicação de ocitocina: relato de 2 casos. In: Anais do Congresso Brasileiro de Medicina Veterinária (Conbravet), 2002, Gramado, RS. Gramado: Conbravet, CD- ROM. SICARD, G.K.; FINGLAND, R.B. Cirurgias de ovários e útero. In: BIRCHARD, S.J.; SHERDING, R.G.; Manual Saunders: clínica de pequenos animais. São Paulo: Roca, cap.91, p

48 SORRIBAS, C.E. Atlas de reprodução canina. São Caetano do Sul, SP: Interbook, VERSTEGEN, J.P.; SILVA, L.D.M.; ONCLIN, K. Determination of the role of cervical closure infertility regulation after mating or artificial insemination in Beagle bitches. Journal of Reproduction and Fertility, Supplement, v.57, p.31-34, WYKES, P.M.; OLSON, P.N. Moléstias do útero. In: BOJRAB, M.J. Mecanismos da moléstia na cirurgia dos pequenos animais. 2ª ed. São Paulo: Manole, p

ANATOMIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

ANATOMIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO ANATOMIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO Estruturas do Sistema Reprodutor Feminino Gônadas - Ovários Genitais - Ovidutos - Útero - Vagina - Vestíbulo - Vulva KÖNIG, 2002 Cada componente do trato reprodutivo

Leia mais

O sistema reprodutor feminino. Os ovários e os órgãos acessórios. Aula N50

O sistema reprodutor feminino. Os ovários e os órgãos acessórios. Aula N50 O sistema reprodutor feminino. Os ovários e os órgãos acessórios. Aula N50 Sistema reprodutor feminino Ovários = produz óvulos Tubas uterinas = transportam e protegem os óvulos Útero = prove meio adequado

Leia mais

CIRURGIAS DO SISTEMA GENITAL FEMININO. João Moreira da Costa Neto

CIRURGIAS DO SISTEMA GENITAL FEMININO. João Moreira da Costa Neto CIRURGIAS DO SISTEMA GENITAL FEMININO João Moreira da Costa Neto CIRURGIAS DO OVÁRIO E ÚTERO Ovariosalpingohisterectomia Cesariana Ovariosalpingohisterectomia Indicações Inibição do ciclo estral Distúrbios

Leia mais

Sistema Reprodutor Feminino. Acadêmica de Veterinária Carolina Wickboldt Fonseca

Sistema Reprodutor Feminino. Acadêmica de Veterinária Carolina Wickboldt Fonseca Sistema Reprodutor Feminino Acadêmica de Veterinária Carolina Wickboldt Fonseca Introdução Apresento este trabalho sobre o Sistema Reprodutor Feminino (SRF), histologicamente, descrevendo algumas estruturas

Leia mais

É composto por : Sistema reprodutor Vulva (órgão genital externo). Vagina Útero Duas tubas uterinas Tem Dois ovários Função: secretar o óvulo (célula

É composto por : Sistema reprodutor Vulva (órgão genital externo). Vagina Útero Duas tubas uterinas Tem Dois ovários Função: secretar o óvulo (célula É composto por : Sistema reprodutor Vulva (órgão genital externo). Vagina Útero Duas tubas uterinas Tem Dois ovários Função: secretar o óvulo (célula sexual) e abrigar e fornecer condições para o desenvolvimento

Leia mais

Semiologia do sistema genital de ruminantes e pequenos animais

Semiologia do sistema genital de ruminantes e pequenos animais Universidade Federal de Pelotas Faculdade de Veterinária Disciplina de Semiologia Semiologia do sistema genital de ruminantes e pequenos animais MARCELO MOREIRA ANTUNES Médico Veterinário Mestrando em

Leia mais

2) Observe o esquema. Depois, seguindo a numeração, responda às questões. C) Onde a urina é armazenada antes de ser eliminada do corpo?.

2) Observe o esquema. Depois, seguindo a numeração, responda às questões. C) Onde a urina é armazenada antes de ser eliminada do corpo?. Professor: Altemar Santos. Exercícios sobre os sistemas urinário (excretor), reprodutores masculino e feminino e fecundação para o 8º ano do ensino fundamental. 1) Analise o esquema: Identifica-se pelas

Leia mais

Aparelho Reprodutor Feminino

Aparelho Reprodutor Feminino Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Biologia Aparelho Reprodutor Feminino Prof. Msc. Macks Wendhell Gonçalves mackswenedhell@gmail.com É formado por: Parte interna: - Dois ovários

Leia mais

Transtornos clínicos do sistema genital dos ruminantes

Transtornos clínicos do sistema genital dos ruminantes Universidade Federal de Pelotas Faculdade de Veterinária Clínica Médica de Grandes Animais I Transtornos clínicos do sistema genital dos ruminantes Marcelo Moreira Antunes e Marcio Nunes Corrêa Na conversa

Leia mais

Sistema reprodutor masculino e feminino: origem, organização geral e histologia

Sistema reprodutor masculino e feminino: origem, organização geral e histologia Sistema reprodutor masculino e feminino: origem, organização geral e histologia CIÊNCIAS MORFOFUNCIONAIS DOS SISTEMAS TEGUMENTAR, LOCOMOTOR E REPRODUTOR Profa. Msc. Ângela Cristina Ito Sistema reprodutor

Leia mais

Profª LETICIA PEDROSO

Profª LETICIA PEDROSO Profª LETICIA PEDROSO É composto por : Dois ovários Sistema reprodutor Duas tubas uterinas Útero Vagina Vulva (órgão genital externo). Tem como função secretar o óvulo (célula sexual) e abrigar e fornecer

Leia mais

INTUSSUSCEPÇÃO UTERINA EM GATA (Felis catus): RELATO DE CASO. UTERINE INTUSSUSCEPTION IN CAT (Felis catus): CASE REPORT

INTUSSUSCEPÇÃO UTERINA EM GATA (Felis catus): RELATO DE CASO. UTERINE INTUSSUSCEPTION IN CAT (Felis catus): CASE REPORT 1 INTUSSUSCEPÇÃO UTERINA EM GATA (Felis catus): RELATO DE CASO INTUSSUSCEPÇÃO UTERINA EM GATA (Felis catus): RELATO DE CASO UTERINE INTUSSUSCEPTION IN CAT (Felis catus): CASE REPORT Camila Caroline CARLINI

Leia mais

Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) Em Bovinos Leiteiros

Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) Em Bovinos Leiteiros Gado de Leite 1/27 Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) Em Bovinos Leiteiros Erick Fonseca de Castilho Doutor em Reprodução Animal (UFV/MG) efcmv@yahoo.com.br 2/27 Introdução PIB (pecuária): 21

Leia mais

hormônios do sistema genital masculino gônadas masculinas

hormônios do sistema genital masculino gônadas masculinas Gônadas masculinas Os hormônios do sistema genital masculino são produzidos nas gônadas masculinas, muito conhecidas como testículos. São os hormônios que determinam as características sexuais secundárias,

Leia mais

Prof.ª. LETICIA PEDROSO

Prof.ª. LETICIA PEDROSO Prof.ª. LETICIA PEDROSO Sistema reprodutor feminino Vulva (órgão genital externo). Vagina Útero Duas tubas uterinas Tem Dois ovários Função: secretar o óvulo e abriga e fornece condições para o desenvolvimento

Leia mais

REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA ISSN: Ano X Número 19 Julho de 2012 Periódicos Semestral

REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA ISSN: Ano X Número 19 Julho de 2012 Periódicos Semestral MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS NA OVARIOISTERECTOMIA EM CADELAS : ÚTERO UNICÓRNIO RELATO DE CASO CONGENITAL MALFORMATIONS IN THE OVARIOHYSTERECTOMY IN BITCHES: UNICORN UTERUS - CASE REPORT PAGLIUCA, Thais Cristina

Leia mais

Sistemas Humanos. Sistema Genital Compreende o conjunto de órgãos com função reprodutora, sendo diferente entre homens e mulheres.

Sistemas Humanos. Sistema Genital Compreende o conjunto de órgãos com função reprodutora, sendo diferente entre homens e mulheres. Sistemas Humanos Prof. Leonardo F. Stahnke Sistema Compreende o conjunto de órgãos com função reprodutora, sendo diferente entre homens e mulheres. Hipófise 1 Além da produção de testosterona e androgênio

Leia mais

17/10/2016 ANATOMIA DO REPRODUTOR DE CANINO CIRURGIAS DO APARELHO REPRODUTOR MASCULINO ANATOMIA DO REPRODUTOR DE FELINO ANATOMIA DO REPRODUTOR

17/10/2016 ANATOMIA DO REPRODUTOR DE CANINO CIRURGIAS DO APARELHO REPRODUTOR MASCULINO ANATOMIA DO REPRODUTOR DE FELINO ANATOMIA DO REPRODUTOR ANATOMIA DO REPRODUTOR DE CANINO CIRURGIAS DO APARELHO REPRODUTOR MASCULINO Profº Ms. Paula R. Galbiati Terçariol ANATOMIA DO REPRODUTOR DE FELINO ANATOMIA DO REPRODUTOR Os testículos são órgãos ovóides

Leia mais

Fisiologia da Reprodução

Fisiologia da Reprodução Texto de Referência Fisiologia da Reprodução Conhecimentos de anatomia e fisiologia são imprescindíveis para o Médico Veterinário que pretende trabalhar de forma correta e tirar o máximo proveito da técnica

Leia mais

Hipotálamo: Está intimamente relacionado com a hipófise no comando das atividades. Ele controla a secreção hipofisária.

Hipotálamo: Está intimamente relacionado com a hipófise no comando das atividades. Ele controla a secreção hipofisária. Fisiologia da reprodução Os órgãos do sistema reprodutor masculino produzem os gametas por meio da gametogênese e são anatomicamente moldados para inserir estes gametas no sistema reprodutor feminino para

Leia mais

ENDOCRINOLOGIA REPRODUTIVA. M. V. Doutorando Lucas Balinhas Farias

ENDOCRINOLOGIA REPRODUTIVA. M. V. Doutorando Lucas Balinhas Farias ENDOCRINOLOGIA REPRODUTIVA M. V. Doutorando Lucas Balinhas Farias Anatomia do sistema reprodutivo feminino Genitália externa, vagina, cérvix, útero, ovidutos e ovários Maturidade Sexual É representada

Leia mais

SINCRONIZE CICLO ESTRAL: Vaca Poliéstrica, ou seja, manifesta vários cios durante o ano, sendo interrompido pela gestação.

SINCRONIZE CICLO ESTRAL: Vaca Poliéstrica, ou seja, manifesta vários cios durante o ano, sendo interrompido pela gestação. SINCRONIZE CICLO ESTRAL: Vaca Poliéstrica, ou seja, manifesta vários cios durante o ano, sendo interrompido pela gestação. Estro caracteriza-se pela receptividade sexual da fêmea e é nesta fase que ocorre

Leia mais

ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER. Assistência de Enfermagem ao Pré-Natal Parte 1. Profª. Lívia Bahia

ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER. Assistência de Enfermagem ao Pré-Natal Parte 1. Profª. Lívia Bahia ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER Assistência de Enfermagem ao Pré-Natal Parte 1 Profª. Lívia Bahia Anatomia e Fisiologia do Sistema Reprodutor Feminino O sistema reprodutor feminino consiste nas estruturas externas

Leia mais

AGENESIA VULVAR EM CADELA (Canis lupus familiaris): RELATO DE CASO

AGENESIA VULVAR EM CADELA (Canis lupus familiaris): RELATO DE CASO 1 AGENESIA VULVAR EM CADELA (Canis lupus familiaris): RELATO DE CASO AGENESIS VULVAR IN BITCH (Canis lupus familiaris): CASE REPORT Hortência Laporti de SOUZA 1,Talita Oliveira MENDONÇA 1 ; Suelen GUALTIERE

Leia mais

Patologia Clínica e Cirúrgica

Patologia Clínica e Cirúrgica V e t e r i n a r i a n D o c s Patologia Clínica e Cirúrgica Prolapso Retal Definição É uma enfermidade caracterizada pela protrusão de uma ou mais camadas do reto através do ânus. Ele pode ser parcial

Leia mais

Capacidade que os seres vivos possuem de produzir descendentes;

Capacidade que os seres vivos possuem de produzir descendentes; Reprodução Humana Reprodução Capacidade que os seres vivos possuem de produzir descendentes; Ocorre a reprodução sexuada. Na mulher os órgãos sexuais são os ovários, que produzem os óvulos; no homem, são

Leia mais

Eixo hipotalamico-hipofisario-gonadal na femea Funcoes dos hormonios Organizacao das gonadas e desenvolvimento folicular Ciclo estral da vaca

Eixo hipotalamico-hipofisario-gonadal na femea Funcoes dos hormonios Organizacao das gonadas e desenvolvimento folicular Ciclo estral da vaca Topicos Eixo hipotalamico-hipofisario-gonadal na femea Funcoes dos hormonios Organizacao das gonadas e desenvolvimento folicular Ciclo estral da vaca Fertilizacao e desenvolvimento embrionario Cerebro

Leia mais

OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA

OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA Prof. Dr. Marcos Chalhoub Coelho Lima POSSIBILIDADES DE AUXÍLIO NO PARTO DISTÓCICO 1. Estímulos as contrações 2. Tração

Leia mais

Anatomia do Sistema Reprodutor Feminino. Professora: Karin

Anatomia do Sistema Reprodutor Feminino. Professora: Karin Anatomia do Sistema Reprodutor Feminino Professora: Karin Função? O sistema reprodutor feminino é o responsável por desempenhar toda a trajetória de reprodução, desde a ovulação até a expulsão do bebê

Leia mais

TÍTULO: EFEITO DA CASTRAÇÃO E DA REPOSIÇÃO HORMONAL SOBRE OS PARÂMETROS CORPORAIS E ÓRGÃOS GENITAIS INTERNOS DE RATOS MACHOS E FÊMEAS

TÍTULO: EFEITO DA CASTRAÇÃO E DA REPOSIÇÃO HORMONAL SOBRE OS PARÂMETROS CORPORAIS E ÓRGÃOS GENITAIS INTERNOS DE RATOS MACHOS E FÊMEAS TÍTULO: EFEITO DA CASTRAÇÃO E DA REPOSIÇÃO HORMONAL SOBRE OS PARÂMETROS CORPORAIS E ÓRGÃOS GENITAIS INTERNOS DE RATOS MACHOS E FÊMEAS CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: MEDICINA

Leia mais

1. SISTEMA REPRODUTOR

1. SISTEMA REPRODUTOR 1. SISTEMA REPRODUTOR 1.1 FEMININO O aparelho reprodutor feminino consiste em ovários, tubas uterinas (ovidutos), útero, cérvix e vagina. Dentre suas funções, destacam-se a produção de gametas femininos

Leia mais

ENDOMETRIOSE: CONHEÇA OS SINTOMAS E TRATAMENTOS

ENDOMETRIOSE: CONHEÇA OS SINTOMAS E TRATAMENTOS ENDOMETRIOSE: CONHEÇA OS SINTOMAS E TRATAMENTOS INTRODUÇÃO 3 ENDOMETRIOSE 5 ENDOMETRIOSE E GRAVIDEZ 11 A IMPORTÂNCIA DE CONTAR COM AJUDA ESPECIALIZADA EM FERTILIDADE 14 CONCLUSÃO 16 SOBRE A CLÍNICA ORIGEN

Leia mais

Ciências Naturais, 6º Ano. Ciências Naturais, 6º Ano FICHA DE TRABALHO 1. Escola: Nome: Turma: N.º:

Ciências Naturais, 6º Ano. Ciências Naturais, 6º Ano FICHA DE TRABALHO 1. Escola: Nome: Turma: N.º: Conteúdo: Carateres Sexuais FICHA DE TRABALHO 1 adolescência 9 e os 15 anos nascimento Conteúdo: Carateres Sexuais FICHA DE TRABALHO 1 adolescência 9 e os 15 anos nascimento 8 e os 12 anos secundários

Leia mais

Escola: Nome: Turma: N.º: Data: / / FICHA DE TRABALHO 1. adolescência 9 e os 15 anos nascimento. 8 e os 12 anos secundários primários

Escola: Nome: Turma: N.º: Data: / / FICHA DE TRABALHO 1. adolescência 9 e os 15 anos nascimento. 8 e os 12 anos secundários primários Conteúdo: Carateres Sexuais FICHA DE TRABALHO 1 adolescência 9 e os 15 anos nascimento 8 e os 12 anos secundários primários comportamento psicológicas puberdade Os caracteres sexuais estão presentes desde

Leia mais

Sistema urinário. Aparelho Urinário. Órgãos urinários. Órgãos urinários. Rins. Ureteres. Bexiga urinária. Uretra. Sistema urogenital

Sistema urinário. Aparelho Urinário. Órgãos urinários. Órgãos urinários. Rins. Ureteres. Bexiga urinária. Uretra. Sistema urogenital Sistema urinário Aparelho Urinário Sistema urogenital - Órgãos urinários - Órgãos genitais -- Origem embriológica comum (mesoderma intermediário) -- Anatomicamente ligados Profa. Rosane Silva cadela ovário

Leia mais

O efeito das taxas de morte embrionária na eficiência de programas de sincronização de cio em vacas

O efeito das taxas de morte embrionária na eficiência de programas de sincronização de cio em vacas NUPEEC Núcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão em Pecuária O efeito das taxas de morte embrionária na eficiência de programas de sincronização de cio em vacas Apresentadores: Andressa Stein Maffi Mauri Mazurek

Leia mais

SISTEMA GENITAL FEMININO

SISTEMA GENITAL FEMININO SISTEMA GENITAL FEMININO PROF STUART - BIOLOGIA Anatomia Feminino PROF STUART - BIOLOGIA 1 Anatomia Feminino PROF STUART - BIOLOGIA 1) Anatomia a) Pequenos e grandes lábios: Delimitam a entrada da vagina

Leia mais

SISTEMA REPRODUTOR FEMININO. Prof. Dr. José Gomes Pereira

SISTEMA REPRODUTOR FEMININO. Prof. Dr. José Gomes Pereira Prof. Dr. José Gomes Pereira 1. CONSIDERAÇÕES GERAIS 2. CONSTITUINTES 2.1. Ovários 2.2. Tubas Uterinas 2.3. Útero 2.4. Cérvix 2.5. Vagina 2.6. Vulva 2.7. Clitóris 2.8 Uretra Ovários Glândula Exócrina e

Leia mais

SISTEMA REPRODUTOR. Profª Talita Silva Pereira

SISTEMA REPRODUTOR. Profª Talita Silva Pereira SISTEMA REPRODUTOR Profª Talita Silva Pereira O sistema reprodutor masculino é formado: Testículos Vias espermáticas: epidídimo, canal deferente, uretra. Pênis e Escroto Glândulas anexas: próstata, vesículas

Leia mais

60 horas Prof.ª Leticia Pedroso

60 horas Prof.ª Leticia Pedroso 60 horas Prof.ª Leticia Pedroso Trabalhos patologias obstétricas Grupo 1 Gravidez ectópica Grupo 2 - Mola Hidatiforme Grupo 3 Aborto Grupo 4 Hiperêmese Gravídico Grupo 5 Placenta Prévia Grupo 6 Descolamento

Leia mais

Djane Dallanora. Patos de Minas MG

Djane Dallanora. Patos de Minas MG ANATOMIA E FISIOLOGIA DO APARELHO REPRODUTIVO DA FÊMEA E DO MACHO Djane Dallanora Patos de Minas MG OBJETIVOS Revisar os principais órgãos e hormônios que coordenam o processo de reprodução de suínos;

Leia mais

TÉCNICA CIRÚRGICA PARA CESARIANAS EM CADELAS E GATAS SURGICAL TECHNIQUE ENUCLEATION - REVIEW OF LITERATURE

TÉCNICA CIRÚRGICA PARA CESARIANAS EM CADELAS E GATAS SURGICAL TECHNIQUE ENUCLEATION - REVIEW OF LITERATURE TÉCNICA CIRÚRGICA PARA CESARIANAS EM CADELAS E GATAS SURGICAL TECHNIQUE ENUCLEATION - REVIEW OF LITERATURE SIMAS, Rafael de Carvalho BACCHIEGA, Thais Silva Discentes da Associação Cultural e Educacional

Leia mais

Introdução. Sistema Urinário. Rim. Rim. A urina é um dos veículos de excreção de substâncias tóxicas e atóxicas.

Introdução. Sistema Urinário. Rim. Rim. A urina é um dos veículos de excreção de substâncias tóxicas e atóxicas. Introdução A urina é um dos veículos de excreção de substâncias tóxicas e atóxicas. Compreende os órgãos formadores da urina (rins) e órgãos destinados à condução (ureteres), reservatório (bexiga) e eliminação

Leia mais

ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER. Planejamento Familiar Parte 2. Profª. Lívia Bahia

ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER. Planejamento Familiar Parte 2. Profª. Lívia Bahia ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER Planejamento Familiar Parte 2 Profª. Lívia Bahia Métodos naturais e comportamentais Tabelinha (Ogino- Knaus); Muco cervical (Billings); Curva térmica basal; Sintotérmico; Método

Leia mais

Índice. Introdução e Importância Econômica. Introdução e Importância Econômica 07/04/2014. Marco Monteiro de Lima

Índice. Introdução e Importância Econômica. Introdução e Importância Econômica 07/04/2014. Marco Monteiro de Lima Reprodução Índice Introdução e importância econômica Aula prática no setor animais reprodutores) (seleção de Marco Monteiro de Lima marcomonteiro85@gmail.com Introdução e Importância Econômica O controle

Leia mais

ENCCEJA RESUMO. Reprodução e contracepção. Natureza 1

ENCCEJA RESUMO. Reprodução e contracepção. Natureza 1 Reprodução e contracepção RESUMO A reprodução é uma característica dos organismos vivos, que produzem descendentes que contenham os seus genes, fazendo-os semelhantes para perpetuar a vida. Reproduzir

Leia mais

SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO Anatomia Genitália externa: pênis e bolsa escrotal; Órgãos reprodutores internos: testículos culos, epidídimos dimos, ductos(deferente, ejaculador e uretra) e as glândulas

Leia mais

Programa para Seleção Clínica Cirúrgica e Obstetrícia de Pequenos Animais

Programa para Seleção Clínica Cirúrgica e Obstetrícia de Pequenos Animais Programa para Seleção Clínica Cirúrgica e Obstetrícia de Pequenos Animais - Princípios cirúrgicos básicos: assepsia/antissepsia; pré, trans e pós-operatório; instrumentação cirúrgica; fundamentos em esterilização

Leia mais

CIRURGIAS DO TRATO URINÁRIO

CIRURGIAS DO TRATO URINÁRIO CIRURGIAS DO TRATO URINÁRIO DEFINIÇÃO Abertura cirúrgica da bexiga. Kystis = bexiga + tomia = incisão INDICAÇÕES: Cálculos principal indicação PRÉ-OPERATÓRIO: Suspeita ou diagnóstico Anamnese Avaliações

Leia mais

http://www.boggiostudios.com/galleries/gallery/pregnancy 1 1- Espermatozoide atravessa a corona radiata. 2- Cabeça do espermatozoide adere à zona pelúcida 3- Reação acrossômica: o conteúdo do acrossomo

Leia mais

COLÉGIO SHALOM Trabalho de recuperação 8º Ano ( ) - Ciências - Valor: Profª: Nize G. Chagas Pavinato

COLÉGIO SHALOM Trabalho de recuperação 8º Ano ( ) - Ciências - Valor: Profª: Nize G. Chagas Pavinato COLÉGIO SHALOM Trabalho de recuperação 8º Ano ( ) - Ciências - Valor: Profª: Nize G. Chagas Pavinato Aluno(a): Data: / / 1. Cite a função das plaquetas, componente do sangue. Quando há uma baixa quantidade

Leia mais

Diplofase. Haplofase

Diplofase. Haplofase Prof. Bruno Uchôa Diplofase Haplofase O sexo de um indivíduo é determinado, geneticamente, de acordo com os cromossomas sexuais que se encontram no ovo. As estruturas masculinas e femininas desenvolvem-se

Leia mais

Ano Lectivo 2009/2010

Ano Lectivo 2009/2010 Ano Lectivo 2009/2010 Feito por: Carlos Grilo Caracteres sexuais primários e secundários.3 Sistema reprodutor masculino.4 Sistema reprodutor feminino.5 Ciclo ovário.5 Ciclo uterino.7 Fecundação 9 Caracteres

Leia mais

BIOLOGIA. Moléculas, Células e Tecidos Gametogênese. Prof. Daniele Duó

BIOLOGIA. Moléculas, Células e Tecidos Gametogênese. Prof. Daniele Duó BIOLOGIA Moléculas, Células e Tecidos https://www.qconcursos.com Prof. Daniele Duó - A reprodução sexuada começa com a formação dos gametas, denominado gametogênese. espermatogênese ovulogênese ou ovogênese

Leia mais

TRATAMENTO DE PIOMETRA EM CADELA POR OVARIOHISTERECTOMIA VIDEOASSISTIDA COM DOIS PORTAIS

TRATAMENTO DE PIOMETRA EM CADELA POR OVARIOHISTERECTOMIA VIDEOASSISTIDA COM DOIS PORTAIS TRATAMENTO DE PIOMETRA EM CADELA POR OVARIOHISTERECTOMIA VIDEOASSISTIDA COM DOIS PORTAIS PIRES, Bruna¹; ABATI, Stephanie 1 ; SARTURI, Vanessa²; LINHARES, Marcella²; OLIVEIRA, Marília²; HARTMANN, Hellen²;

Leia mais

Sistema Reprodutor 1

Sistema Reprodutor 1 Sistema Reprodutor 1 APARELHO REPRODUTOR MASCULINO 2 Funções Reprodutivas Espermatogênese: formação do esperma Regulação das funções sexuais masculinas pelos diversos hormônios Ato sexual masculino 3 Anatomia

Leia mais

ENDOCRINOLOGIA REPRODUTIVA. M.S. Cássio Cassal Brauner FAEM-UFPel

ENDOCRINOLOGIA REPRODUTIVA. M.S. Cássio Cassal Brauner FAEM-UFPel ENDOCRINOLOGIA REPRODUTIVA M.S. Cássio Cassal Brauner Prof. DZ-FAEM FAEM-UFPel ENDOCRINOLOGIA REPRODUTIVA Endocrinologia é parte das ciências médicas que trata da secreção das glândulas internas (hormônios)

Leia mais

SISTEMA REPRODUTOR EU BIOLOGIA

SISTEMA REPRODUTOR EU BIOLOGIA SISTEMA REPRODUTOR EU BIOLOGIA Sistema Genital Feminino Ovários: produção de óvulos e hormônios (estrógeno e progesterona) Tuba uterina: durante a ovulação, recolhe o óvulo e conduz até o útero Útero:

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS FACULDADE DE VETERINÁRIA NUPEEC

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS FACULDADE DE VETERINÁRIA NUPEEC UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS FACULDADE DE VETERINÁRIA NUPEEC Fabiane de Moraes Marcos Rossi Pelotas, 26 de maio de 2011. Introdução Como diagnosticar uma enfermidade? Passos para diagnóstico? Uso de

Leia mais

Masculino: formação de espermatozóides e sua deposição no interior da fêmea, secreção de hormônios.

Masculino: formação de espermatozóides e sua deposição no interior da fêmea, secreção de hormônios. Masculino: formação de espermatozóides e sua deposição no interior da fêmea, secreção de hormônios. Feminino: formação de óvulos, transporte de espermatozóides e óvulos, e provisão de ambiente adequado

Leia mais

BASES FISIOLÓGICAS DO CICLO ESTRAL EM BOVINOS

BASES FISIOLÓGICAS DO CICLO ESTRAL EM BOVINOS BASES FISIOLÓGICAS DO CICLO ESTRAL EM BOVINOS EIXO HIPOLÂMICO-HIPOFISÁRIO-GONADAL, ONDAS FOLICULARES, FASES DO CICLO ESTRAL (PARTE 2) Alessandra Corallo Nicacio e Lindsay Unno Gimenes Pesquisadoras Embrapa

Leia mais

Estudo Restrospectivo da casuística...

Estudo Restrospectivo da casuística... 301 ESTUDO RETROSPECTIVO DA CASUÍSTICA DE CADELAS E GATAS COM PARTO DISTÓCICO ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO UNIVIÇOSA ENTRE 2010 A 20141 Clarisse Alvim Portilho2, Alessandra Arreguy3, Anna Laura Alves

Leia mais

Sistema Reprodutor Feminino

Sistema Reprodutor Feminino Lâmina 72A: Ovário infantil e trompas uterinas OVÁRIO: (opção lâmina 35 caixa B) Região do Hilo: vasos sanguíneos, inervação e tecido conjuntivo denso Superfície do ovário -epitélio germinativo: tecido

Leia mais

BIOLOGIA. Identidade dos Seres Vivos Sistema Reprodutor Humano. Prof. Daniele Duó

BIOLOGIA. Identidade dos Seres Vivos Sistema Reprodutor Humano. Prof. Daniele Duó BIOLOGIA Identidade dos Seres Vivos Prof. Daniele Duó O sistema reprodutor humano possui uma série de órgãos e estruturas que permitem a realização da reprodução sexuada. Reprodução sexuada: Reprodução

Leia mais

SISTEMA REPRODUTOR HUMANO. Prof. Me. Cristino Rêgo 8º ANO Ensino Fundamental II

SISTEMA REPRODUTOR HUMANO. Prof. Me. Cristino Rêgo 8º ANO Ensino Fundamental II SISTEMA REPRODUTOR HUMANO Prof. Me. Cristino Rêgo 8º ANO Ensino Fundamental II SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO FUNÇÕES BÁSICAS Produção de gametas (espermatogênese) Produção de hormônio (testosterona) Condução

Leia mais

ENFERMAGEM ANATOMIA. ANATOMIA DO SISTEMA GENITO URINÁRIO Parte 3. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM ANATOMIA. ANATOMIA DO SISTEMA GENITO URINÁRIO Parte 3. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM ANATOMIA Parte 3 Profª. Tatiane da Silva Campos Sistema genital feminino tem como função secretar o óvulo (célula sexual) e abrigar feto, fornecendo condições para o seu desenvolvimento. É composto

Leia mais

SISTEMA REPRODUTIVO DO MACHO E DA FÊMEA

SISTEMA REPRODUTIVO DO MACHO E DA FÊMEA SISTEMA REPRODUTIVO DO MACHO E DA FÊMEA 1 SISTEMA REPRODUTIVO DO MACHO Consistem em: Dois testículos alojados no escroto; Órgãos acessórios, como ductos e glândulas Pênis Epidídimo Ducto deferente Glândulas

Leia mais

Diagnóstico Precoce de Gestação

Diagnóstico Precoce de Gestação Módulo 5 Texto de Referência Diagnóstico Precoce de Gestação Trata-se de uma das aplicações mais rotineiras da ultrassonografia na reprodução de bovinos. O ultrassom reúne praticamente todos os requisitos

Leia mais

Flushing. Flushing 07/04/2014. Aspectos reprodutivos dos suínos. Aspectos reprodutivos dos suínos

Flushing. Flushing 07/04/2014. Aspectos reprodutivos dos suínos. Aspectos reprodutivos dos suínos DIESTRO 14 dias Corposlúteosmaduros prod.progesterona Útero recebe óvulos fertilizados embriões Fêmeanão-prenhe luteóliseerecomeçodo ciclo Flushing > aportede energiaparaa fêmea10 diasantes dadata prevista

Leia mais

d) Um exame de farmácia feito com a urina de uma mulher indicou a presença do hormônio prolactina, o que significa que esta mulher está grávida.

d) Um exame de farmácia feito com a urina de uma mulher indicou a presença do hormônio prolactina, o que significa que esta mulher está grávida. 01)Sobre o processo de reprodução humana, assinale a alternativa correta: a) Alguns métodos contraceptivos hormonais, como a pílula anticoncepcional, são eficientes porque mantêm os níveis hormonais femininos

Leia mais

SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

SISTEMA REPRODUTOR FEMININO Universidade Estadual do Ceará Faculdade de Veterinária SISTEMA REPRODUTOR FEMININO Histologia e Embriologia Geral Veterinária Profa. Janaina Serra Azul Monteiro Evangelista SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

Leia mais

a) Fecundação é a união do óvulo com o espermatozóide e ocorre no útero. d)...

a) Fecundação é a união do óvulo com o espermatozóide e ocorre no útero. d)... EXERCICIO DE REVISÃO (8º ano ) Data: 17-10-17 1)Reescreva as frases com afirmações falsas, corrigindo-as. a) Fecundação é a união do óvulo com o espermatozóide e ocorre no útero. b) O útero se liga aos

Leia mais

FÍSTULA EM FACE LATERAL DE MEMBRO PÉLVICO DE CADELA, CAUSADA POR REAÇÃO AO FIO DE SUTURA UTILIZADO EM OVÁRIO-HISTERECTOMIA

FÍSTULA EM FACE LATERAL DE MEMBRO PÉLVICO DE CADELA, CAUSADA POR REAÇÃO AO FIO DE SUTURA UTILIZADO EM OVÁRIO-HISTERECTOMIA 187 FÍSTULA EM FACE LATERAL DE MEMBRO PÉLVICO DE CADELA, CAUSADA POR REAÇÃO AO FIO DE SUTURA UTILIZADO EM OVÁRIO-HISTERECTOMIA Liliane Fernandes Moreira 1, Kelly Cristine de Sousa Pontes 2, Sâmara Turbay

Leia mais

Fisiologia Reprodutiva da Cadela e Gata. Prof. Dr. Rodolfo C. Araujo Berber

Fisiologia Reprodutiva da Cadela e Gata. Prof. Dr. Rodolfo C. Araujo Berber Fisiologia Reprodutiva da Cadela e Gata Prof. Dr. Rodolfo C. Araujo Berber Considerações gerais em cadelas Puberdade (6 a 12 meses) 2 a 3 meses após o tamanho adulto Não há relação com estação do ano Recomenda-se

Leia mais

Prof. Leonardo F. Stahnke 29/06/2018. APP: Human Body (Male) Sistemas Humanos

Prof. Leonardo F. Stahnke 29/06/2018. APP: Human Body (Male) Sistemas Humanos APP: Human Body (Male) Sistemas Humanos Prof. Leonardo F. Stahnke Sistema Glandular Compreende as glândulas endócrinas (que produzem hormônios, que são liberados na corrente sanguínea, agindo sobre célulasalvo)

Leia mais

Esplancnologia. Sentido restrito Digestivo Respiratório Urinário Genital masculino Genital feminino. Sentido lato Vascular endócrino

Esplancnologia. Sentido restrito Digestivo Respiratório Urinário Genital masculino Genital feminino. Sentido lato Vascular endócrino Esplancnologia Estudo das vísceras: órgãos internos ( splanchnon) Sentido restrito Digestivo Respiratório Urinário Genital masculino Genital feminino + Sentido lato Vascular endócrino Arquitetura funcional

Leia mais

Transtornos clínicos do sistema urogenital dos ruminantes

Transtornos clínicos do sistema urogenital dos ruminantes Universidade Federal de Pelotas Faculdade de Veterinária Clínica Médica de Grandes Animais I Transtornos clínicos do sistema urogenital dos ruminantes Marcelo Moreira Antunes e Marcio Nunes Corrêa Na conversa

Leia mais

INTUSSUSCEPÇÃO DE CORNO UTERINO EM CADELA

INTUSSUSCEPÇÃO DE CORNO UTERINO EM CADELA 1 INTUSSUSCEPÇÃO DE CORNO UTERINO EM CADELA Leandro William BORGES¹; Plínio Mendes de OLIVEIRA²; Marcelo Carrijo DA COSTA²; Francisco Claudio Dantas MOTA 3 ; Aracelle Elisane ALVES³; 1 Mestrando do Programa

Leia mais

CICLO MENSTRUAL CICLO OVARIANO CICLO UTERINO. Prof.ª Patrícia Silva de Medeiros Ajes - Guarantã do Norte/MT

CICLO MENSTRUAL CICLO OVARIANO CICLO UTERINO. Prof.ª Patrícia Silva de Medeiros Ajes - Guarantã do Norte/MT CICLO MENSTRUAL CICLO OVARIANO CICLO UTERINO Prof.ª Patrícia Silva de Medeiros Ajes - Guarantã do Norte/MT Ciclo Menstrual Fisiologia do Ciclo Menstrual A primeira menstruação da vida da mulher chama-

Leia mais

Transtornos clínicos do sistema urogenital dos

Transtornos clínicos do sistema urogenital dos Universidade Federal de Pelotas Faculdade de Veterinária Clínica Médica de Grandes Animais I Transtornos clínicos do sistema urogenital dos ruminantes Marcelo Moreira Antunes e Marcio Nunes Corrêa Na conversa

Leia mais

Cap. 12 Reprodução Humana. Prof. Tatiana Novembro / 2018

Cap. 12 Reprodução Humana. Prof. Tatiana Novembro / 2018 Cap. 12 Reprodução Humana Prof. Tatiana Novembro / 2018 Adolescência e Puberdade Adolescência: transição entre a infância e a vida adulta. Puberdade: período inicial da adolescência, o qual ocorrem mudanças

Leia mais

DISCIPLINA: SAÚDE DA MULHER

DISCIPLINA: SAÚDE DA MULHER Universidade Federal do Maranhão MESTRADO: SAÚDE DO ADULTO E DA CRIANÇA DISCIPLINA: SAÚDE DA MULHER MÓDULO: MECANISMO DA CARCINOGÊNESE DO HPV NAS LESÕES CERVICO-VAGINAIS 3ª Etapa - CITOLOGIA HORMONAL Prof.

Leia mais

HIPERADRENOCORTICISMO CANINO ADRENAL- DEPENDENTE ASSOCIADO A DIABETES MELLITUS EM CÃO - RELATO DE CASO

HIPERADRENOCORTICISMO CANINO ADRENAL- DEPENDENTE ASSOCIADO A DIABETES MELLITUS EM CÃO - RELATO DE CASO 1 HIPERADRENOCORTICISMO CANINO ADRENAL- DEPENDENTE ASSOCIADO A DIABETES MELLITUS EM CÃO - RELATO DE CASO ADRENAL-DEPENDENT HYPERADRENOCORTICISM ASSOCIATED WITH DIABETES MELLITUS IN DOG - CASE REPORT 1-

Leia mais

Definição. Refere-se ao deslocamento das vísceras pélvicas no sentido caudal, em direção ao hiato genital;

Definição. Refere-se ao deslocamento das vísceras pélvicas no sentido caudal, em direção ao hiato genital; PROLAPSO GENITAL Definição Refere-se ao deslocamento das vísceras pélvicas no sentido caudal, em direção ao hiato genital; Sistema de Fixação dos Órgãos Pélvicos Aparelho de Suspensão Conjunto de ligamentos

Leia mais

Capacidade que os seres vivos possuem de produzir descendentes;

Capacidade que os seres vivos possuem de produzir descendentes; Reprodução Humana Reprodução Capacidade que os seres vivos possuem de produzir descendentes; Ocorre a reprodução sexuada. Na mulher os órgãos sexuais são os ovários, que produzem os óvulos; no homem, são

Leia mais

Transporte dos gametas. Professor: Arturo Arnáez Vaella

Transporte dos gametas. Professor: Arturo Arnáez Vaella Transporte dos gametas Professor: Arturo Arnáez Vaella Ovocitação O folículo terciário pressiona contra a parede do ovário (formação do estigma). Entre 10 a 12 horas antes da ovocitação: retoma-se a meiose

Leia mais

Reprodução e Manipulação da fertilidade

Reprodução e Manipulação da fertilidade Bio12 Unidade 1 Reprodução e Manipulação da fertilidade De que modo os processos reprodutivos interferem na qualidade de vida dos seres humanos? Capítulo 1. Anatomia, gametogénese e controlo hormonal Em

Leia mais

EMENTA CÓDIGO DISCIPLINA NATUREZA FISIOPATOLOGIA DA REPRODUÇÃO DA FÊMEA C.H. CRÉDITOS PROFESSOR T PAOLA PEREIRA DAS NEVES SNOECK TOTAL 60 04

EMENTA CÓDIGO DISCIPLINA NATUREZA FISIOPATOLOGIA DA REPRODUÇÃO DA FÊMEA C.H. CRÉDITOS PROFESSOR T PAOLA PEREIRA DAS NEVES SNOECK TOTAL 60 04 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ - UESC DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL EMENTA CÓDIGO DISCIPLINA NATUREZA CAA078 FISIOPATOLOGIA DA REPRODUÇÃO

Leia mais

INTRODUÇÃO. Formação: Funções: Dois rins Dois ureteres Bexiga Uretra. Remoção resíduos Filtração do plasma Funções hormonais

INTRODUÇÃO. Formação: Funções: Dois rins Dois ureteres Bexiga Uretra. Remoção resíduos Filtração do plasma Funções hormonais SISTEMA URINÁRIO INTRODUÇÃO Formação: Dois rins Dois ureteres Bexiga Uretra Funções: Remoção resíduos Filtração do plasma Funções hormonais INTRODUÇÃO Excreção da urina Sangue é filtrado nos rins Através

Leia mais

Abril IST INFERTILIDADE HUMANA

Abril IST INFERTILIDADE HUMANA VEST Abril @vestmapamental B I O L O G I A IST INFERTILIDADE HUMANA A infertilidade para a espécie humana pode ser definida como o insucesso em conseguir uma gravidez viável após 1 ano (12 ciclos menstruais)

Leia mais

Ureter, Bexiga e Uretra

Ureter, Bexiga e Uretra Ureter, Bexiga e Uretra 1 Ureter, Bexiga e Uretra 2 URETER 3 Estrutura do Ureter Tubo muscular que conecta o rim à bexiga Porção superior (abdominal) e inferior (pélvica) 4 Trajeto do Ureter Ao nível do

Leia mais

Sistema reprodutor feminino: função, anatomia e aspectos fisiopatológicos CIÊNCIAS MORFOFUNCIONAIS DOS SISTEMAS TEGUMENTAR, LOCOMOTOR E REPRODUTOR

Sistema reprodutor feminino: função, anatomia e aspectos fisiopatológicos CIÊNCIAS MORFOFUNCIONAIS DOS SISTEMAS TEGUMENTAR, LOCOMOTOR E REPRODUTOR Sistema reprodutor feminino: função, anatomia e aspectos fisiopatológicos CIÊNCIAS MORFOFUNCIONAIS DOS SISTEMAS TEGUMENTAR, LOCOMOTOR E REPRODUTOR Profa. Msc. Ângela Cristina Ito Sistema reprodutor feminino

Leia mais

DETECÇÃO DO CICLO ESTRAL POR MEIO DE CITOLOGIA VAGINAL DE CADELAS ATENDIDAS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVIÇOSA/FACISA

DETECÇÃO DO CICLO ESTRAL POR MEIO DE CITOLOGIA VAGINAL DE CADELAS ATENDIDAS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVIÇOSA/FACISA 143 DETECÇÃO DO CICLO ESTRAL POR MEIO DE CITOLOGIA VAGINAL DE CADELAS ATENDIDAS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVIÇOSA/FACISA Marcela Mara Ferreira Vieira 1, Thalita Evani Silva de Oliveira 1, Luiz Eduardo

Leia mais

Plano de Recuperação Final EF2

Plano de Recuperação Final EF2 Série/Ano: 8º ANO Objetivo: Proporcionar ao aluno a oportunidade de rever os conteúdos trabalhados durante o ano nos quais apresentou dificuldade e que servirão como pré-requisitos para os conteúdos que

Leia mais

PIOMETRA ROMPIDA EM CADELA: RELATO DE CASO

PIOMETRA ROMPIDA EM CADELA: RELATO DE CASO PIOMETRA ROMPIDA EM CADELA: RELATO DE CASO MOZ, Mariane 1 ; QUADROS, Fernanda Andreatta de 1 ; ROTH 1, Fabiane da Silva Gruhn 1 ; KRUEL, Luiz Felipe Borges 2. Palavras-Chave: Piometra. Peritonite. Infecção

Leia mais

Gametogênese Ovogênese. Prof a. Marta G. Amaral, Dra. Embriologia molecular

Gametogênese Ovogênese. Prof a. Marta G. Amaral, Dra. Embriologia molecular Gametogênese Ovogênese Prof a. Marta G. Amaral, Dra. Embriologia molecular Cél germinativa primordial (CGP) CGP Oogônias Inicia antes do nascimento Depois entra em repouso Na puberdade termina a diferenciação

Leia mais

Ultrassonografia nos Tratamentos de Infertilidade C A R O L I N A P E R E I R A M É D I C A G I N E C O LO G I S TA E O B S T E T R A

Ultrassonografia nos Tratamentos de Infertilidade C A R O L I N A P E R E I R A M É D I C A G I N E C O LO G I S TA E O B S T E T R A Ultrassonografia nos Tratamentos de Infertilidade C A R O L I N A P E R E I R A M É D I C A G I N E C O LO G I S TA E O B S T E T R A Carolina Pereira Médica Ginecologista e Obstetra Ultrassonografia na

Leia mais

SISTEMA REPRODUTOR FEMININO. Professor: João Paulo

SISTEMA REPRODUTOR FEMININO. Professor: João Paulo SISTEMA REPRODUTOR FEMININO Professor: João Paulo SISTEMA REPRODUTOR FEMININO É constituído por: uma vulva (genitália externa), uma vagina, um útero, duas tubas uterinas (ovidutos ou trompas de Falópio),

Leia mais