A UTILIZAÇÃO DOS NOVOS INSTRUMENTOS DE CRÉDITO RURAL EM ESTRATÉGIAS DE PORTFÓLIOS PARA DIMINUIÇÃO DO CUSTO FINANCEIRO

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1 A UTILIZAÇÃO DOS NOVOS INSTRUMENTOS DE CRÉDITO RURAL EM ESTRATÉGIAS DE PORTFÓLIOS PARA DIMINUIÇÃO DO CUSTO FINANCEIRO Apresentação Oral-Comercialização, Mercados e Preços WALDEMAR ROCHA SOUZA; CARLOS JOSÉ CAETANO BACHA. ESALQ/USP, PIRACICABA - SP - BRASIL. A UTILIZAÇÃO DOS NOVOS INSTRUMENTOS DE CRÉDITO RURAL EM ESTRATÉGIAS DE PORTFÓLIOS PARA DIMINUIÇÃO DO CUSTO FINANCEIRO Grupo de Pesquisa: Comercialização, Mercados e Preços Resumo Este artigo analisa e compara as vantagens e desvantagens da Cédula de Produto Rural (versões física e financeira), Certificado de Depósito Agropecuário (CDA), Warrant Agropecuário (WA), Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) como instrumentos privados de financiamento do agronegócio. Constata-se que a CPR é o instrumento mais utilizado, seguida do CDA/WA, do CDCA e da LCA. Apenas CPR e CDA/WA representaram 10,8% do credito rural em Não há registro de negócios com CRA. O trabalho termina ressaltando a informalidade que ocorre em parte expressiva dos negócios com CPR, em especial na modalidade CPR de gaveta, e a alta concentração das operações com esse título no Banco do Brasil. Palavras-chaves: crédito rural, títulos privados, CPR, CDA/WA, CDCA, LCA e CRA. Abstract This paper analizes and compares the advantages and disadvantages of the Cédula de Produto Rural (physical and financial versions), Certificado de Depósito Agropecuário (CDA), Warrant Agropecuário (WA), Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) and Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) as private instruments for the agribusiness funding. It was found that the CPR is the most used instrument, followed by CDA/WA, CDCA and LCA. CPR and CDA/WA alone represented 10,8 % of rural credit in There is not registration of operations with CRA. The study ends by emphasizing the informality that occurs in an outstanding percentage of the operations with CPR, particularly in the CPR de gaveta modality, and the high concentration of the operations with this bond in Banco do Brasil. Key Words: rural credit, private bonds, CPR, CDA/WA, CDCA, LCA and CRA. 1

2 1. INTRODUÇÃO Alterações no padrão de financiamento da agropecuária no Brasil têm ocorrido, particularmente desde a década de 90, ressaltando-se: (1) o enxugamento dos recursos alocados em crédito rural por parte do Tesouro Nacional; (2) a criação e implantação dos novos instrumentos privados de financiamento da agropecuária (como a cédula de produto rural, CPR, o certificado de depósito agropecuário, CDA, e o warrant agropecuário, WA); e, (3) o incremento da taxa real de juros incidente sobre as operações de crédito rural. Apesar disso, segundo dados do BACEN (2008), entre 1997 e 2007 houve forte incremento real na aplicação de recursos no crédito rural pelo sistema bancário, com taxa média de crescimento real de 7,8% a.a., totalizando R$ 51,2 bilhões aplicados em Visando gerar alavancagem na concessão de crédito para a agropecuária, o governo federal também criou títulos a serem emitidos por empresas agroindustriais, bancos e seguradoras que se baseiam no crédito rural, como o Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA), as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e o Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA). Nos últimos quatro anos, os novos instrumentos privados de financiamento da agropecuária assumiram crescente importância relativa no crédito rural, com impactos positivos sobre a taxa de juros nominal e real do crédito rural. Também os lançamentos de CDCA e LCA incrementaram nos últimos dois anos, mas não o de CRA. O objetivo deste artigo é analisar e comparar as vantagens e desvantagens dos novos instrumentos de financiamento do agronegócio para produtores rurais, agroindústrias, investidores e bancos. Ênfase particularizada é dada à mecânica operacional dos seguintes títulos: Cédula de Produto Rural (CPR), versões física e financeira, Certificado de Depósito Agropecuário (CDA), Warrant Agropecuário (WA), Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA). Esses títulos, conjuntamente com outras formas de captação de recursos, particularmente as vendas a termo e os financiamentos diretos de fornecedores de insumos, máquinas e equipamentos e tradings, atendem uma parcela substancial do financiamento da agropecuária. O presente artigo divide-se em quatro seções, além da introdução. A seção 2 faz uma revisão da literatura sobre o assunto. A seção 3 analisa os novos instrumentos privados de financiamento do agronegócio no Brasil, destacando sua utilização no financiamento da agropecuária no Brasil em temos de volumes, taxas, vantagens e desvantagens para produtores rurais, agroindústrias, investidores e bancos. A seção 4 descreve as estratégias de utilização dos novos instrumentos em portfólios de crédito rural, simulando os diversos perfis de custos financeiros de endividamento rural considerando uma amostra intencional de produtores de soja de Mato Grosso. Por último, a seção 5 apresenta as considerações finais do artigo. 2. REVISÃO DE LITERATURA 2

3 A literatura sobre crédito rural no Brasil é extensa, porém dedicada na maior parte ao crédito rural oficial disponibilizado pelo governo, sendo pouca atenção dada às iniciativas privadas. A partir da criação dos novos títulos de financiamento para o agronegócio (CDA, WA, CDCA, LCA e CRA), em Dezembro de 2004, surgiram algumas análises desses instrumentos e do contexto financeiro do mercado de crédito rural Gonzalez (2000) apresenta e analisa formas de financiamento da produção agropecuária distintas do tradicional financiamento rural, destacando a cédula de produto rural versão física (CPR-física), e concluindo que não existe liquidez suficiente no mercado para absorver o pleno potencial de colocação desse título. O autor sugeria que a CPR pudesse ser referenciada em produto, sem inclusão da necessidade do investidor receber o produto físico quando o título vencer, defendendo, portanto, a criação da CPR financeira que foi regulamentada em Gasques e Conceição (2001) estudaram a utilização das novas formas de financiamento da agricultura brasileira, no contexto do esgotamento do modelo tradicional, explicitando propostas de um novo sistema de financiamento do setor. A partir de ampla análise do modelo brasileiro e de experiências internacionais, os autores concluíram que os novos instrumentos para financiamento da agropecuária devem ser estimulados, particularmente com a modernização e flexibilização da lei de armazenagem. Os novos instrumentos de financiamento da agropecuária (CDCA, CDA, WA, CRA e LCA) são discutidos em Oliveira e Carvalho (2006), enfatizando-se os volumes negociados e os principais problemas existentes para a difusão desses títulos, em particular a alta taxa de juros, a crise agrícola conjuntural e a desinformação sobre as novas modalidades de crédito. Os autores concluem que não houve tempo hábil para avaliar o desempenho e a aceitação do setor privado dos novos títulos, necessitando-se alguns anos e maior profissionalização do setor agroempresarial. Bacha e Silva (2005) descrevem e analisam o desempenho da CPR, CDA, WA, CDCA, LCA e CRA através de abordagem analítico-descritiva dos papéis, indicando volumes negociados e taxas de juros praticadas. Os autores indicam o crescimento da importância dos títulos no financiamento da agropecuária comercial, com a informalidade impedindo o registro e acompanhamento pleno das operações (volumes e taxas), assim como a falta de conhecimento e a necessidade de garantias adicionais gerando obstáculos para o uso desses papéis. Segundo o MAPA (2007), a idéia fundamental na criação dos novos instrumentos de financiamento privado do agronegócio (CPR, CDA, WA, CDCA, LCA e CRA) é incorporar os investidores urbanos para o financiamento da atividade rural, tanto pequenos investidores, quanto fundos de pensão. Entretanto, persiste uma lacuna de análise, relativa às vantagens e desvantagens desses novos títulos e como combiná-los em portfólios para o agricultor avaliar as alternativas. Preencher parte dessa lacuna é a motivação do presente artigo. 3. OS NOVOS INSTRUMENTOS PRIVADOS DE FINANCIAMENTO AGROPECUÁRIO NO BRASIL 3

4 O Quadro 1, em anexo, elaborado por Bacha e Silva (2005), apresenta algumas características dos sete títulos privados de financiamento do agronegócio analisados neste artigo. O primeiro a ser criado foi a cédula de produto rural versão física (CPR física), em 1994, institucionalizando a prática de venda a termo de produto agropecuário, que já era utilizada no Período Imperial entre exportadores e produtores de café e que voltou a ser muito utilizada nas décadas de 1970 e 1980 entre produtores de soja e as agroindústrias processadoras do grão. Em 2000, a liquidação da CPR passou a também ser financeira (surgindo a CPR financeira), o que abriu a possibilidade de se criar, com a Lei no , de 30/12/2004, os novos títulos de financiamento para o agronegócio, que são : Certificado de Depósito Agropecuário (CDA), Warrant Agropecuário (WA), Certifwicado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA), Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) e Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA). Os sete títulos supracitados visam, fundamentalmente: i. incrementar a participação do setor privado no financiamento do agronegócio; ii. capitalizar o setor agropecuário com recursos privados; iii. aumentar a disponibilidade de capital de giro para o sistema; e, iv. diminuir a pressão sobre os recursos públicos, os quais não são suficientes para atender à demanda total por crédito rural. Destaca-se que as abrangências desses instrumentos extrapolam o setor agropecuário, englobando toda a cadeia do agronegócio. Antes da lei /04, somente os produtores rurais, cooperativas e associações que lidassem diretamente com a produção agropecuária é que poderiam obter financiamento com lastro em produto agropecuário. Com os instrumentos CDCA, LCA e CRA, a totalidade dos agentes na cadeia do agronegócio terá condições de se financiar com a sua emissão. Explicita-se na Tabela 1 o volume de operações registradas com os novos títulos, comparando-o com o total de crédito rural no ano de Observa-se que CPR e CDA- WA representaram 10,8% do volume de crédito rural em Tabela 1 Comparativo entre os volume de operações registradas com os novos títulos de financiamento da agropecuária e o total de crédito rural Ano de 2007 NOVOS TÍTULOS 1 VOLUME (R$ Milhões) CDCA (a) LCA (b) 746 CDA-WA (c) CPR (física e financeira) (d) TOTAL (e = a+b+c+d) TOTAL DE RECURSOS ALOCADOS EM CRÉDITO RURAL 2 (f) CDA-WA + CPR s/total Crédito Rural % [(c+d)/f] : 10,8 % Fontes: 1. MAPA (2007) e ANDIMA (2008); e 2. BANCO CENTRAL DO BRASIL (2008). Obs.: O período de referência do registro dos novos títulos compreende jun/06 a mai/07, exceto para CPR, que engloba todo o ano de UTILIZAÇÃO DOS NOVOS INSTRUMENTOS PRIVADOS NO FINANCIAMENTO AGRÍCOLA 4

5 A estratégia é a atração de poupanças interna e externa para financiamento das operações de produção, processamento e comercialização das cadeias de produção. Descreve-se a seguir as principais características de cada título CÉDULA DE PRODUTO RURAL FÍSICA E FINANCEIRA São emitidas antes, durante e depois do plantio, bem como após a colheita. O produtor negocia com agroindústrias, bancos e investidores em geral, emite a CPR e recebe o valor do título, que é negociável até o seu vencimento. A liquidação se dá pela entrega do produto agropecuário (modalidade física) ou pela quantidade expressa no título vezes o preço físico ou índice de preço (modalidade financeira). Podem ser emitidas por produtores rurais, empresas agropecuárias, cooperativas e associações de produtores. A aquisição desses títulos pode ser feita por investidores privados, pessoa física ou jurídica e agroindústrias. As garantias compreendem a confiabilidade do emissor, aval bancário e/ou outras garantias. Os custos de emissão de uma CPR incluem o dispêndio com garantias, como aval e seguro, com registros em cartórios e sistemas de registros autorizados pelo Banco Central e com serviços bancários. A CPR pode ser utilizada fora do sistema financeiro, sem registro, denominada CPR de gaveta. Nesse caso, geralmente a emissão é feita por empresas diretamente relacionadas ao produto, ao setor de comercialização agrícola, exportação e processamento, objetivando garantir o fornecimento futuro do produto. Segundo estimativas do mercado (ANDIMA, 2008), o volume transacionado atinge R$ 30 bilhões ao ano, dez vezes superior ao valor máximo registrado anualmente em sistemas de registro. A taxa de remuneração da CPR situava-se entre 1,80 a 2,40% a.m., em Dezembro de 2008 ( ), bastante atrativa para produtores rurais, equivalente a 23,87 a 32,93% a.a., indicando uma taxa média de 28,40% a.a.. Dentre os principais entraves ao desenvolvimento da CPR como ativo financeiro destacam-se as características pouco compatíveis com o sistema financeiro, a diversidade de risco, a restrição de oferta de garantias, custos de monitoramento e a falta de informações disponíveis. O Gráfico 1 mostra o número total e o valor das CPR negociadas via o Banco do Brasil, seja através de aval e/ou compra. Observa-se que houve grande aumento do número e valor das CPR negociadas a partir de 2000, quando se criou a CPR-financeira. Esse aumento é contínuo até 2005, quando apenas o Banco do Brasil negociou R$ 5,5 bilhões em CPR (a valores de dezembro de 2008). No entanto, a inadimplência de grandes produtores nos anos de 2006 a 2008 levou à não renovação de parte das CPR, de modo que em 2008 foram negociadas pelo Banco do Brasil R$ 1,5 bilhão em CPR (a valores de dezembro de 2008). 5

6 quantidade Gráfico 1 - Evolução do número e do valor real das CPR negociadas via Banco do Brasil R$ mil de dezembro de ano Fonte: Banco do Brasil, 2009 quantidade valor real CERTIFICADO DE DEPÓSITO AGROPECUÁRIO (CDA) E WARRANT AGROPECUÁRIO (WA) Segundo Oliveira et al. (2006), o CDA é um título representativo de promessa de entrega de produto agropecuário depositado em armazém, e o Warrant Agropecuário é um título de crédito que confere o direito de penhora sobre o produto descrito no CDA correspondente. Ambos, CDA e WA, são emitidos pelo armazenador em nome do depositante do produto agropecuário, podendo ser transferidos mediante endosso, sendo considerados como um novo ativo para os produtores rurais, os quais poderão vender o certificado como se vendesse o produto ou levantar um empréstimo com o WA. As formas de comercialização do CDA e do WA são: 1) negociação do CDA juntamente com o WA, com base no valor da mercadoria lastreada; 2) negociação apenas do WA, definindo-se o seu valor e a respectiva taxa de juros (correspondente a um percentual do valor da mercadoria depositada); e, 3) negociação apenas do CDA, com o valor da mercadoria lastreada menos o valor do WA negociado. Ressalta-se que no CDA não consta o valor da mercadoria depositada, apenas a descrição e especificação do produto e o seu peso bruto e líquido. Tais instrumentos podem proporcionar um novo dinamismo à comercialização agropecuária, pois permitem que a produção agrícola seja negociada várias vezes sem a transferência física da mercadoria para cada comprador, ou seja, o armazém emitirá um título lastreado no produto colhido e depositado, sendo este título comercializado junto a investidores institucionais. Apenas o último comprador deverá retirar a mercadoria do armazém e arcar com os impostos e contribuições devidas. Considere, por exemplo, um produtor ou cooperativa de um produto agropecuário (café, por exemplo) que deposita este produto em um armazém. De posse do CDA, a cooperativa ou produtor a vende para a trading A, que pode vender o título à trading B, que o vende à trading C. Esta última, para completar a carga de exportação, retira o produto do armazém, arcando com os impostos e contribuições da comercialização. 6

7 A liquidação do CDA e WA e a retirada da mercadoria do armazém, a qual pode ser feita antes do vencimento dos títulos, só poderão ocorrer com a apresentação do CDA juntamente com o WA em nome do mesmo credor ou na situação em que o credor do CDA tenha feito o depósito do valor do WA no respectivo custodiante. O que possuir apenas o WA permanece como credor do empréstimo assumido pelo detentor do CDA, não podendo exercer o direito de reter a mercadoria, visto que possui apenas o direito de penhor. Em resumo, a liquidação do WA é feita pelo pagamento, em dinheiro, do valor determinado no próprio título e no caso do CDA, sua liquidação se dá através da retirada do produto descrito no próprio título do armazém que o emitiu. O prazo de depósito com a emissão do CDA e do WA é de no máximo um ano, porém podendo ser prorrogado por outro ano, a pedido do credor. As obrigações do depositário (armazém que atenda o disposto na Lei no /00) incluem: guardar, conservar e manter a qualidade e quantidade do produto, entregar o produto na quantidade e qualidade descritas no CDA e no WA ao respectivo credor. Podese concluir, portanto, que a garantia do CDA é a confiabilidade no armazém emissor do título, ou seja, a baixa probabilidade de ocorrência de fraudes ou alterações na mercadoria lastreante do CDA. O WA, representativo de uma dívida sobre o CDA, também possui como garantia a confiabilidade do emissor, uma vez que é garantido pelo CDA. Pela legislação é possível conceder garantias adicionais aos títulos emitidos, as quais devem ser citadas no próprio título. O principal objetivo da criação desses novos instrumentos financeiros é atrair investidores, pessoas físicas e jurídicas, particularmente os fundos de investimento, para capitalizar o agronegócio. O CDA e o WA deverão atrair as agroindústrias e demais investidores que necessitem de produtos agropecuários. Na criação desses títulos, esperava-se que a comercialização fosse dinamizada e a participação dos investidores institucionais no financiamento da estocagem dos produtos agropecuários viabilizada. O produtor teria condições de financiar o armazenamento de seu produto com taxas mais baixas do que as oferecidas pelos bancos nas linhas de juros livres e esses títulos poderiam ser livremente negociáveis no mercado gerando lucro para seus investidores. Estes dois títulos na prática tornam os armazéns intermediários financeiros, permitindo que negociem diretamente o produto lastreado em papéis. Entretanto, questões fiscais e de controle de emissão de notas, particularizando a propriedade da mercadoria e a incidência de ICMS, têm impedido a plena utilização desses instrumentos financeiros, conforme conversas com agentes do mercado financeiro. De acordo com os dados da Tabela 1, CDA-WA negociados em 2007 foram 4 vezes mais do que foi negociado com CPR Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA) Trata-se de um título emitido exclusivamente pelas cooperativas de produtores rurais e outras pessoas jurídicas que exerçam a atividade de comercialização, beneficiamento ou industrialização de produtos e insumos agropecuários ou de máquinas e implementos utilizados na produção agropecuária. Em Agosto de 2008, o saldo desses papéis e das LCA registrados na CETIP está explicitado na Tabela 2. 7

8 Tabela 2 CDCA e LCA Saldos e taxas registrados no CETIP Mês de referência: Agosto de 2008 TÍTULO Saldo (R$ milhões) Taxa média de remuneração (% a.a.) CDCA ,16 LCA ,57 Obs.: inexistem registros de saldos de CRA no CETIP. Fontes: CETIP (2008) e Acesso em CERTIFICADO DE RECEBÍVEIS DO AGRONEGÓCIO (CRA) É um título de emissão exclusiva das companhias securitizadoras de direitos creditórios do agronegócio, as quais são instituições não-financeiras constituídas sob a forma de sociedade por ações e têm por finalidade a aquisição e securitização desses direitos e a emissão e colocação do CRA no mercado financeiro e de capitais. O CRA poderá ter, conforme dispuser o Termo de Securitização de Direitos Creditórios, garantia flutuante, que assegurará ao seu titular privilégio geral sobre o ativo da companhia securitizadora, mas não impedirá a negociação dos bens que compõem esse ativo. A Lei n o /2004, que instituiu os novos títulos privados de financiamento do agronegócio, objetiva, com o CRA, incentivar a criação de um mercado secundário de créditos do agronegócio, estabelecendo no Brasil uma nova e estratégica fase do financiamento agropecuário. Consulta aos dados do CETIP (2008) mostra a inexistência de registro desses títulos naquela Central de Custódia, conforme a Tabela 1, o que sinaliza a sua não utilização pelos agentes de mercado LETRA DE CRÉDITO DO AGRONEGÓCIO (LCA) A LCA representa uma promessa de pagamento em dinheiro, podendo ser emitida apenas por bancos e por cooperativas de crédito (instituição financeira pública ou privada). A LCA deverá ser comercializada em bolsas de mercadorias e futuros, além de mercados de balcão. O principal objetivo da LCA é o incremento da oferta de capital para os agentes do agronegócio que financiam e disponibilizam crédito para o produtor rural e as respectivas cooperativas. Esses agentes poderão renegociar seus recebíveis originados de negociação com o produtor rural aos investidores institucionais interessados. Consta adicionalmente a possibilidade de penhor sobre os direitos creditórios a ela vinculados, independentemente de convenção e sem necessidade de registro em cartório ou notificação ao devedor, flexibilizando os procedimentos de cobrança prescritos no Código Civil brasileiro. O volume de LCA teve expressivo crescimento no ano de 2008, devido à isenção de imposto de renda sobre o ganho de capital para pessoas físicas, tornando atrativo o título como investimento para pessoas físicas e jurídicas, além da taxa de remuneração préfixada do papel, a qual atingiu média de 13,57% a.a., em Novembro e Dezembro de 2008 (CETIP, 2008), sinalizando, para captadores e tomadores, retornos acima da média obtida no mercado financeiro. Na Tabela 3 explicita-se o volume de LCA registrado nas centrais de custódia oficiais: Tab. 3 LCA Registradas - Número e Volume (R$ milhões) 8

9 Ano Número Valor , , , ,0 TOTAL ,8 Fonte: BB (2009). No caso da captação de recursos através da CPR deve-se considerar adicionalmente o desconto para pagamento a vista, concedido por fornecedores de insumos, máquinas e equipamentos, o que reduz o custo desse título. Exemplificadamente, tomando-se crédito na CPR a 28,4% a.a. e obtendo um desconto para compra de insumos de 5%, o custo efetivo da CPR reduz-se para 21,98% a.a RESUMO COMPARATIVO DAS VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS NOVOS TÍTULOS DE FINANCIAMENTO AGROPECUÁRIO Observa-se que os instrumentos analisados possuem características distintas, de acordo com o tipo de emissor, financiador e produtor que os utiliza. Com relação aos custos de financiamento, observa-se que o uso da CPR, em suas versões física e financeira, e do CDA/WA implica custos adicionais de registro, que podem variar de acordo com a instituição que os emita. O CDCA, a LCA e o CRA são títulos com lastro em recebíveis, denominados de Direitos Creditórios do Agronegócio (DCA), originados de negociação entre os agentes do agronegócio, onde cada título pode ser vinculado aos direitos que o seu emissor detenha. Dentre os possíveis DCA encontram-se: Notas Promissórias Rurais (NPR), Duplicatas Rurais (DR), Cédula de Produto Rural (CPR), Certificado de Depósito Agropecuário (CDA) e o Warrant Agropecuário (WA), contratos de fornecimento futuro e outros títulos que as pessoas jurídicas podem emitir no curso de suas operações comerciais. O CDCA, LCA e CRA trouxeram inovações aos títulos utilizados pelo setor rural em dois aspectos: a) ampliação da abrangência, do setor rural produtivo para o agronegócio como um todo; e b) estes papéis caracterizam-se como derivativos, ampliando a abrangência de negociação como ativos financeiros em bolsas de mercadorias e futuros ou em mercados de balcão autorizados pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), até a data de vencimento com outros investidores no mercado secundário, propiciando maior liquidez e volume de recursos para financiamento da agropecuária brasileira. No Quadro 2, em anexo, resume-se as principais vantagens e desvantagens de cada título para os produtores rurais, agroindústrias, investidores e bancos. 4. ESTRATÉGIAS DE UTILIZAÇÃO DOS NOVOS INSTRUMENTOS EM PORTFÓLIOS DE CRÉDITO RURAL E PERFIS DE CUSTOS FINANCEIROS De acordo com GITMAN (2002), pesquisas teóricas e empíricas sugerem a existência de um tipo de estrutura ótima de capital para cada empresa, refletida no custo médio ponderado de capital, obtido ao se ponderar o custo de cada tipo específico de fundo pela sua proporção na estrutura de capital da empresa, indicando o custo de financiamento de longo prazo. Ocorrem estruturas de capital associadas com índices de endividamento variados. Ainda, segundo ALLEN et al. (2006), o custo do endividamento difere do custo de capital, uma vez que este último engloba as posições ativas da empresa, enquanto o primeiro compreende o custo dos recursos próprios, via de regra nulo, e de terceiros. 9

10 A partir dos resultados de entrevistas realizadas em março de 2009 junto a uma amostra intencional de grandes produtores de soja de Mato Grosso foram obtidas as taxas de juros praticadas na safra de 2008, bem como as fontes de captação, conforme a tabela 4. Tabela 4 Produtores de soja de Mato Grosso Perfil de captação de recursos financeiros Safra 2008 Taxas e Fontes de Financiamento Amostra Taxa (% a.a.) Origem dos Recursos Produtor A Correção cambial + 12% Trading Produtor B Correção cambial + 13% Cooperativa Produtor C Correção cambial + 12% Trading Produtor D Correção cambial + 14% Trading Taxa Média Correção cambial + 12,75% Taxa Bruta 48,76% * Fonte: Elaborada pelos autores, através de entrevistas junto a associados da APROSOJA - Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso. (*) Obs.: 1) Taxa bruta obtida pela aplicação da correção cambial sobre 12,75%; 2) A correção cambial equivaleu a 31,94% a.a., entre e , cfe. variação da taxa de compra do dólar americano, PTAX800, do Banco Central do Brasil. Constata-se que em 2008, os grandes produtores de soja optaram por empréstimos indexados à correção cambial acrescidos de 12,75%. Isto implicou taxa de juros nominal de 48,76%. Utilizando a CPR como proxy da captação através dos novos instrumentos de financiamento agropecuário, por ser o título mais antigo e com a operacionalização mais consolidada, cuja taxa de juros, explicitada anteriormente, foi de 21,98%, compara-se com a taxa bruta da Tabela 4. Observa-se que o custo de usar CPR foi 45,5% do custo de usar os empréstimos indexados ao dólar. Pelo menos para a safra passada, constata-se que os novos instrumentos de financiamento da agropecuária tornaram-se mecanismos estratégicos para a captação de recursos a taxas de juros mais baixas, reduzindo o custo do endividamento rural, melhorando a estrutura patrimonial das empresas agroindustriais, ao diminuir o impacto do custo do passivo. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS No cenário de crescente escassez de recursos públicos para aplicação em crédito rural em todos os segmentos da agropecuária, os novos títulos privados possuem importância estratégica como nova fonte de captação de recursos, permitindo a entrada de novos financiadores no processo de alocação de recursos financeiros para a atividade rural. Ressalta-se, entretanto, que a informalidade em que operam diversas áreas da agropecuária cria obstáculos para: (1) o pleno registro, transparência e acompanhamento das operações com esses títulos; (2) uma análise correta e eficiente dos custos associados; e (3) da avaliação das dificuldades de captação dos agentes econômicos. Tais dificuldades ficam particularmente evidente no caso da CPR que, apesar de ser o título privado mais antigo e operacionalizável, ainda possui entraves para a ampla aceitação pelos agentes privados de mercado, em particular o sistema financeiro. Isto se confirma por: (i) a alta concentração das operações registradas com a CPR em apenas uma instituição financeira oficial, o Banco do Brasil; e, (ii) o elevado volume de giro financeiro com as CPR classificadas como de gaveta, com curso fora do sistema oficial de registro e custódia de títulos. 10

11 Sugerem-se como futuras pesquisas sobre o tema a análise das relações entre as taxas dos diversos títulos privados, em que culturas e regiões são mais utilizados e o acompanhamento e divulgação sistemáticos das taxas desses papéis, dando maior transparência às operações, bem como abordagens através da teoria de portfólio, análise de causalidade e de relações de equilíbrio de longo prazo entre as diversas fontes de recursos, seus volumes e taxas. Outra área de pesquisa poderia abordar os ajustes necessários para que os novos títulos se tornassem mais atrativos para os agentes privados do mercado financeiro, em especial o sistema bancário fora do espaço dos bancos oficiais, gerando soluções de mercado privadas para o equacionamento das necessidades de crédito rural. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALLEN, F., BREALEY, R.A. e MYERS, S.C., Principles of Corporate Finance, 8.a edição, McGraw Hill Irwin, Nova Iorque, ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS INSTITUIÇÕES DO MERCADO FINANCEIRO (ANDIMA) e BALCÃO ORGANIZADO DE ATIVOS E DERIVATIVOS (CETIP). Títulos do Agronegócio: CPR: Cédula de Produto Rural. Rio de Janeiro, ARAUJO, P.F.C.. O Crédito Rural e sua Distribuição no Brasil. Revista de Estudos Econômicos 13 (2): , BACHA, C.J.C. et al. Evolução da taxa de juros real do crédito rural período de 1985 a Trabalho apresentado no V International Pensa Conference on Agri-food chains networks economics and management, realizado em Ribeirão Preto, 29 a BACHA, C.J.C.; SILVA, G.S. Instrumentos Privados de Financiamento do Agronegócio. Piracicaba, 2005, mimeo. BANCO CENTRAL DO BRASIL. Anuário Estatístico do Crédito Rural de Disponível em Acesso em 01 de dezembro de BANCO DO BRASIL. Volumes e quantidades de CPR e LCA emitidas. s de março/2009. CENTRAL DE CUSTÓDIA DE TÍTULOS PÚBLICOS E PRIVADOS. Consulta por e- mail datada de GASQUES, J.G.; CONCEIÇÃO, J.C.P.R. Financiamento da agricultura: experiências e propostas. In Gasques, J.G. e Conceição, J.C.P.R. Transformações da Agricultura e Políticas Públicas, Brasília: IPEA, 2001, p GITMAN, L., Princípios de Administração Financeira, 7.a edição, Ed. HARBRA, São Paulo, GONZALEZ, B.C.R., Novas formas de financiamento da produção, base do agronegócio. In MONTOYA, M.A.; PARRÉ, J.L. (orgs.) O agronegócio brasileiro no final do século XX: estrutura produtiva, arquitetura organizacional e tendências. Passo Fundo: UPF Editora, Vol. 1, p MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO (MAPA). Plano Agrícola e Pecuário 2007/2008. Disponível em Acesso em OLIVEIRA, C.; CARVALHO, G.R. Financiamento da Agricultura Brasileira: os Novos Instrumentos de Captação de Recursos Privados. XLIV Congresso Brasileiro de Economia e Sociologia Rural, realizado em Fortaleza de 23 a 27 de julho de

12 SILVA, G.S.; MARQUES, P.V. Letra de Crédito do Agronegócio (LCA): um título de crédito pra financiamento do agronegócio. XLIII Congresso Brasileiro de Economia e Sociologia Rural, realizado em Ribeirão Preto de 24 a 27 de agosto de

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