Associação Brasileira Terra dos Homens
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- Rachel Vilalobos Branco
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1 Associação Brasileira Terra dos Homens Nossa Missão: A Associação Brasileira Terra dos Homens (Terra dos Homens) é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, com missão de promover a convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes com direitos violados, investindo na valorização e no fortalecimento de suas famílias e comunidades
2 Histórico - Projetos desenvolvidos pela ABTH Apoio Sócio Familiar Pólo Comunitário Baixada Fluminense Reintegração à Família Origem/ Afetiva Reordenamento das Instituições de Abrigo Programa Famílias Acolhedoras Formação em Trabalho Social com Famílias Ações Estratégicas com incidência política: Assento nos Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente com ênfase na formulação de políticas públicas Participação nos Fóruns de Direitos Implementação do Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária CONANDA e CNAS
3 Publicações - disseminação da experiência Cuidar de Quem Cuida Minha vida mudou Acolhimento familiar: Experiência e perspectivas Coloquio internacional sobre acolhimento familiar A Copetência das Famílias Série em Defesa do Direito á Convivência familiar e Comunitária: Adoção (vol. II) Violencia intra familiar (vol. IV) Trabalho social com família (vol. I) Do Abrigo à Família (vol. III) Acolhimento familiar (vol. V)
4 Acolhimento Institucional
5 Brasil Colônia: Um passeio pela história... Construção da idéia de infância no mundo Primeira Ação do Estado sobre a infância No Brasil ação dos jesuítas Objetivo catequizar o povo através das crianças
6 Institucionalização no Brasil Até Igreja: responsável pela assistência à infância abandonada 1922 Primeiro estabelecimento público para atender crianças e adolescentes, no RJ Serviço de Assistência ao Menor (SAM), 300 educandários. Enfoque: correcional repressivo (similar ao sistema penitenciário) Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor (Funabem) e a Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem) aprovado o Código de Menores. Enfoque: vigilância e controle Décadas de 1970 e movimento crítico Nova constituição: princípio da proteção integral Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - extinção da Funabem
7 Brasil Colônia Momento histórico: valorização dos filhos pelas mães Principal motivo do abandono de crianças: Filiação ilegítima / abandono de bebês A Roda dos Expostos foi trazida para o Brasil com o objetivo de salvar a vida dos recém nascidos que eram abandonados nas ruas. Roda dos Expostos: Legitimação do abandono através do anonimato. Recolhimento e envio de crianças enjeitadas para casa de particulares, mediante pagamento. Caráter assistencialista e religioso
8 Roda dos Expostos
9 Roda dos Expostos
10 Perspectiva Higienista: 1. Começa a se difundir no século XIX; 2. Movimento ligado a disciplina e a ordem; Lei nº 947 Autoriza o governo a reorganizar a polícia, criar colônias correcionais para reabilitação profissional dos vadios, capoeiras e meninos viciosos.
11 Séculos XVI e XVII Santa Casa de Misericórdia Recolhimento e envio de crianças enjeitadas para casa de particulares, mediante pagamento) Estado Movimento Higienista - Saneamento da Família Assistência = Defesa da sociedade Criação de uma rede jurídica objetivo: salvar o menor 1927 Criação do Juiz de Menores / Juiz de Órfãos Código de Menores Criança em situação irregular
12 Institucionalização no Brasil Ocorriam em 3 situações: a família tinha recursos econômicos considerava o caminho mais adequado à boa educação a família não dispunha de recursos - única possibilidade para a criança receber educação e aprender um ofício a criança era recolhida por instituições assistenciais Modelo de internato para os ricos cai em desuso em meados do século XX, mas permanece até hoje como modalidade dirigida aos pobres (RIZZINI; RIZZINI, 2004).
13 Características principais das instituições fechadas Confinamento Muros altos e portões trancados Ociosidade fora do horário escolar Poucas parcerias com os serviços externos Desvalorização da Família Visitas com datas e horários pré estabelecidos Assistencialismo / reforço da pobreza Elevado número de crianças Banheiros e quartos coletivos Tratamento impessoal Abrigamento por gênero Separação por sexo Separação dos irmãos Filosofia higienista / correcional
14 Instituições de Abrigo
15 Instituições de Abrigo
16 Instituições de Abrigo
17 Instituições de Abrigo
18 Uma nova cultura
19
20 Mudança de paradigma Estudos demonstram as desvantagens das instituições totais Queda do regime militar Discussão e mobilização da sociedade civil
21 O que mudou? Código de Menores Menores ECA Criança e adolescente Situação irregular (repressão e controle social) Direito a proteção integral e desenvolvimento pleno Responsabilidade do Judiciário Responsabilidade compartilhada Estado centralizado Descentralização e a rede intersetorial de atenção integral
22 Mudança de referencial Criança em situação irregular Criança em situação de risco
23 Início do período de desinstitucionalização; Mudança das instituições totais para abrigos Abrigos caráter provisório Valorização da família e da comunidade com ambiente apropriado para o desenvolvimento de crianças e adolescentes.
24 A institucionalização no Brasil I P E A* ,7% 13,3% 52,6% número de abrigos n de crianças e adolescentes com vínculos familiares sem vínculos familiares mais de dois anos em abrigo * Fonte: IPEA (2003). Levantamento Nacional de Abrigos para Crianças e Adolescentes da Rede SAC
25 Lei /09 - Pressupostos Operacionalização de processos (responsabilidades, prazos e instrumentos) Temas centrais: Família de origem / prevenção / reintegração (arts 1, 33 4o, 87, 88 inciso IV, 90 inciso III, 92 inciso I, 93 parágrafo único) Opinião da criança / maior interesse da criança (art. 28, 47 6o) Trabalho em rede / equipe interprofissional (arts. 19 1º, 28 1º, 39 1º, 46 4º, 88 IV, 150 e 151, 161, 1º, 167, caput e 186, 4º,)
26 Lei /09 - Pressupostos Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o aperfeiçoamento da sistemática prevista para garantia do direito à convivência familiar a todas as crianças e adolescentes, na forma prevista pela Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, Estatuto da Criança e do Adolescente. 1º A intervenção estatal, em observância do disposto no caput do art. 226 da Constituição Federal, será prioritariamente voltada à orientação, apoio e promoção social da família natural, junto à qual a criança e o adolescente devem permanecer, ressalvada absoluta impossibilidade, demonstrada por decisão judicial fundamentada. 2º Na impossibilidade de permanência na família natural, a criança e o adolescente serão colocados sob adoção, tutela ou guarda, observadas as regras e princípios contidos na Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, e na Constituição Federal.
27 Quando da violação de direitos... Art. 101 (...) Das medidas específicas de proteção I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante, termo de responsabilidade; II - orientação, apoio e acompanhamento temporários; III - matrícula e freqüência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental; IV - inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família, à criança e ao adolescente; V - requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial; VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos; VII acolhimento institucional VIII inclusão em programa de acolhimento familiar IX colocação em família substituta (antigo inciso VIII)
28 Política Nacional de Assistência Social Proteção Básica Proteção Especial Média Complexidade Proteção Especial Alta Complexidade Trabalho Comunitário de Base Acompanhamento Sócio-familiar Especializado Famílias Acolhedoras Acolh. Institucional
29 Quando o afastamento é necessário Art 101- Verificada qualquer das hipóteses previstas no art.98, a autoridade competente poderá determinar, dentre outras, as seguintes medidas: I- II- III- IV- V- VI VII - Acolhimento Familiar VIII - Acolhimento Institucional IX - Colocação em Família Substituta 3º : Guia de acolhimento ( registro, historia de vida da criança/adolescente e sua família) Resp. autoridade judiciária 4º : Plano individual de atendimento Resp. entidade/programa de atendimento 6º : Avaliação interdisciplinar Comunicação entre juizado e programa de atendimento 11 Cadastro crianças e adolescentes em regime de acolhimento familiar e institucional Resp. autoridade judiciária. Acessível para: MP, CT, órgão gestor da Assistência Social e os Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente e da Assistência Social
30 Art 92 Princípios dos programas de acolhimento I - preservação dos vínculos familiares e promoção da reintegração familiar; II- Integração em família substituta, quando esgotados os recursos de manutenção na família natural ou extensa;... 2º Os dirigentes de entidades que desenvolvem programas de acolhimento familiar ou institucional remeterão à autoridade judiciária, no máximo a cada 6(seis) meses, relatório circunstanciado acerca da situação de cada criança ou adolescente acolhido... 4º...estimularão o contato da criança ou adolescente com seus pais e parentes...
31 Discussão Missão da Instituição de Acolhimento Objetivo da Instituição de Acolhimento
32 Orientações Técnicas MDS/ CONANDA
33 Acolhimento Institucional Casa de passagem DEFINIÇÃO PNCFC Acolhimento Institucional de curtíssima duração, onde se realiza diagnóstico eficiente, com vista à reintegração à família de origem ou encaminhamento para Acolhimento Institucional ou Familiar, que são medidas provisórias e excepcionais. PECULIARIDADE 1ª entrada no acolhimento institucional. Diagnóstico médio em 20 dias. 1 cuidador/educador Equipe técnica: 2 profissionais de nível superior (AS / Psi)
34 Acolhimento Institucional Casa Lar DEFINIÇÃO PNCFC PECULIARIDADE * Modalidade de AI oferecido em unidades residenciais, nas quais pelo menos uma pessoa ou casal trabalha como cuidador residente em uma casa que não é a sua prestando cuidados a um grupo de crianças e/ou adolescentes. As casas-lares têm a estrutura de residências privadas, podendo estar distribuídas tanto em um terreno comum, quanto inseridas, separadamente, em bairros residenciais. As casas-lares são definidas pela Lei nº 7.644, de 18 de dezembro de 1987, devendo estar submetidas a todas as determinações do ECA relativas às entidades que oferecem programas de abrigo. 1 cuidador/educador residente (Nível médio e capacitação específica) Auxiliar de educador/cuidador residente (Nível fundamental e capacitação específica) Máximo 10 C/A por equipamento Coordenação Equipe técnica: 2 profissionais (AS / Psi) para atendimento a até 20 crianças e adolescentes acolhidos em até 3 casas-lares Carga Horária Mínima Indicada: 30 horas semanais *
35 Acolhimento Institucional Abrigo DEFINIÇÃO PNCFC PECULIARIDADE * Entidade que desenvolve programa específico de abrigo. Modalidade de Acolhimento Institucional. Atende a crianças e adolescentes em grupo, em regime integral, por meio de normas e regras estipuladas por entidade ou órgão governamental ou não-governamental. Segue parâmetros estabelecidos em lei. Cuidador/educador (nível médio e capacitação específica) trabalhando, preferencialmente, em turnos fixos diários, evitando sistema de plantões. Auxiliar de educador/cuidador (nível fundamental e capacitação específica) 1 cuidador/educador para 10 C/A, por turno. Máximo 20 C/A por equipamento Coordenador Equipe técnica: 2 profissionais de nível superior (AS / Psi) a até 20 C/A Carga horária mínima indicada: 30 horas semanais *
36 Acolhimento Institucional - República DEFINIÇÃO PNCFC Modalidade de AI que visa à transição da vida institucional para a vida autônoma, quando atingida a maioridade, sem contar necessariamente com características de ambiente familiar. Moradia onde os jovens se organizam em grupo com vistas à autonomia. PECULIARIDADE* Transição entre AI e autonomia Máximo 06 jovens por equipamento Coordenador: 1 profissional para até 4 unidades. Equipe técnica: 2 profissionais de nível superior (AS/Psi) para atendimento a até 24 jovens (em até quatro diferentes unidades). Carga horária mínima indicada: 30 horas semanais *
37 Identidade do Abrigo Um lugar de proteção valorizado e útil nas emergências sociais Comunidade de acolhida voltada para a socioeducação
38 Projeto Político Pedagógico A questão do caráter provisório e transitório da medida do abrigo não impede que o tempo presente na instituição seja vivido como possibilidade de desenvolvimento da criança e do adolescente e que o bem-estar seja tão importante quanto o bem-sair. Isa Guará
39 Projeto Político Pedagógico Pensar uma prática político-pedagógica implica pensar na concepção de ser humano e de sociedade que se pretende construir e, na qualidade do serviço que se quer prestar. Reflexão de Cleonilda Queiroz* a partir do texto de Edmerson dos Santos. * Assistente social responsável pela elaboração do Projeto Prática Político-Pedagógica: Ferramenta de Inclusão Social e participação.
40 O que é? Plano Individual de Atendimento É um plano que tem como objetivo orientar a intervenção durante o acolhimento. Deve conter: Estudo diagnóstico inicial; Objetivos; Estratégias e Ações
41 Plano Individual de Atendimento Quem elabora? Equipe técnica, podendo contar com a equipe de supervisão do órgão gestor. Parceria com o C.T. e, sempre que possível, com a equipe interdisciplinar do JIJ (Orientações Técnicas do MDS) Acrescento: Crianças, adolescentes, jovens e suas famílias devem participar.
42 CONTATOS Valéria Brahim Claudia Neves
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