Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Rurais Disciplina de Solos Florestais Docência Orientada
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- Gustavo Fortunato Weber
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1 Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Rurais Disciplina de Solos Florestais Docência Orientada PRODUTIVIDADE DE SÍTIOS FLORESTAIS Neiva Somavilla Gelain - Mestranda PPGEF Simone Abrão Mestre PPGEF
2 ROTEIRO DA AULA Conceito de sítios florestais Objetivo e importância da classificação de sítios Fatores que influenciam na produtividade de sítios Bióticos e Abióticos Solos na definição da produtividade de sítios Aspectos morfológicos e químicos Profundidade Efetiva Cor do solo Textura do solo Estrutura do solo Densidade do solo Compactação Matéria Orgânica Nutrição
3 Conceitos de sítios florestais A qualidade dos sítios florestais está relacionada com a quantidade e qualidade da produção, o manejo com máquinas adequadas ao solo e a adaptabilidade da espécie ou espécies aos determinados habitats. Sempre que se pretende implantar, numa determinada região, um empreendimento florestal é necessário ter um amplo conhecimento da espécie a ser introduzida, bem como, do potencial produtivo do local (SELLE, 1993). 3
4 Conceitos O que é sítio florestal? O sítio é definido como a soma das condições efetivas sobre as quais uma planta ou comunidade vive (SPURR, 1952). Qualidade do sítio O sítio é a classificação de uma área com respeito a sua capacidade de produzir madeira (SAMMI, 1965).
5 No manejo florestal, a maioria das decisões envolvem avaliação da capacidade produtiva das áreas florestais em estado de ordenação. Essas informações são normalmente expressas em termos de curvas de índice de sítio, as quais se originam de meio tradicionais de classificação dos solos florestais (SCHNEIDER & SCHNEIDER, 2008). Classificações mais grosseiras de sítio... regiões. Classificações mais específicas de sítio... empresas.
6 As espécies são selecionadas, geralmente, pela sua adaptabilidade climática e em função das classificações gerais do solo. O mesmo sítio pode ser bom para uma determinada espécie e ser ruim para outra!!! Qualidade do sítio é definida individualmente para cada espécie. Pinus caribaea var. hondurensis, originário de região próxima ao nível do mar, manifestando deformações no tronco quando plantado a m de altitude no Planalto Central do Brasil. Foto: Jarbas Y. Shimizu. Fonte: Shimizu & Sebbenn, (2008).
7 Forma conceitual de classificação de sítios florestais, na África do Sul, formulada por Louw e Scholes (2002). Fonte: SCHNEIDER & SCHNEIDER, (2008).
8 Componentes genéricos do sistema de classificação de sítio e fatores do sítio na África do Sul. Fonte: SCHNEIDER & SCHNEIDER, (2008).
9 Objetivo e importância da classificação de sítios Estimativa do rendimento do povoamento; Estimativa de referência para diagnosticar e prescrever o manejo do solo; Planejamento e execução de trabalhos (desbaste, limpezas,...); Extensão da classificação da qualidade de sítio em áreas a serem plantadas, para seleção adequada de espécies.
10 Fatores que influenciam na produtividade de sítio Bióticos Abióticos * Densidade do povoamento * Variabilidade genética * Competição * Pragas e doenças * Clima * Fisiografia * Solos Fonte: Pritchett, (1979).
11 FATORES BIÓTICOS Densidade do povoamento A densidade do povoamento afeta o crescimento como resultado da competição pelos fatores de crescimento. Povoamentos pouco densos também podem baixar a produtividade do sítio = redução aparente da qualidade do sítio. Os melhores sítios oferecem uma amplitude maior de escolha do espaçamento...
12 Variabilidade genética Variações no potencial genético das espécies podem influenciar na estimativa da produtividade. Considerado um componente de erro desconhecido nos estudos de sítio... Ex.: o rápido crescimento em altura é um importante fator de sobrevivência... Competição elimina os genótipos de crescimento lento.
13 Controle da competição A competição por H 2 O, luz ou nutrientes pode ser crítico para a sobrevivência e crescimento das florestas plantadas... Fonte: Abrão, 2010.
14 Pragas e Doenças Em alguns casos, em que ocorre um elevado número de árvores mortas ou danificadas, os efeitos da praga na produtividade do sítio são fáceis de reconhecer e estimar...
15 FATORES ABIÓTICOS Clima Variáveis climáticas geralmente ocorrem gradualmente em grandes distâncias e estão associadas ao tipo de vegetação. Altitude (radiação solar e fotoperíodo); Temperatura; Precipitação; Geadas.
16 Pinus patula com baixa qualidade de fuste e ramos, plantado a menos de 900 m de altitude no Sul do Brasil. Foto: Jarbas Y. Shimizu. Pinus patula com boa forma de fuste e ramos, plantado em local a mais de m de altitude no Sul do Brasil. Foto: Jarbas Y. Shimizu. Fonte: Shimizu & Sebbenn, (2008)
17 Fisiografia A topografia exerce um efeito no crescimento das árvores através da modificação do local e do clima, sendo importante em muitos sistemas de classificação de áreas altitude e gradiente de declividade. Mudanças: edafológicas, umidade, luz e temperatura. Foto: Fotos:
18 SOLOS NA DEFINIÇÃO DA PRODUTIVIDADE DE SÍTIOS O solo faz parte dos fatores abióticos e é o único que pode ser alterado diretamente pelas ações antrópicas... A produtividade dos sítios é resultado das A produtividade dos sítios é resultado das propriedades do solo que influenciam a capacidade de armazenar água e disponibilizá-la para as plantas, o fornecimento de nutrientes, a aeração do solo e aquelas que determinam a resistência ao crescimento radicular.
19 Aspectos morfológicos e químicos Profundidade Efetiva Cor do solo Textura do solo Estrutura do solo Densidade do solo Compactação Matéria Orgânica Nutrição
20 Profundidade Efetiva Profundidade máxima que as raízes podem penetrar sem impedimentos no perfil do solo.
21 Fonte: Abrão, 2010
22 Tombamento de acácia-negra ocasionado pelo vento. (Foto: Antonio R. Higa)
23 Principais solos não hidromórficos com grandes limitações de profundidade efetiva... NEOSSOLO LITÓLICO Distrófico típico. PLINTOSSOLO ARGILÚVICO Alumínico abrúptico. Fotos: Streck, et al. (2008)
24 Descrição da morfologia de raízes... Fonte: Gonçalves, 2002.
25 Cor do solo Indica a presença de determinados componentes ou a ocorrência de fenômenos (físicos, químicos e biológicos). Fotos: Streck, et al. (2008).
26 Textura do solo Refere-se à proporção relativa das frações areia, silte e argila que compõem a fase sólida. Esta é uma das características mais estáveis e de grande importância na produção agrícola e florestal (Oliveira et al., 1992). Agrupamentos texturais (descritas no SiBCS): Textura arenosa: classes de areia/areia franca; Textura média: menos de 35% de argila e 15% de areia; Textura argilosa: 35 a 60% de argila; Textura muito argilosa: mais de 60% de argila; Textura siltosa: menos de 35% de argila e menos de 15% de areia.
27 Textura média x Textura argilosa Dedecek, In Shimizu, 2008.
28 Artigo: A influência das características pedológicas na produtividade de acácia-negra (Acacia mearnsii), Butiá, RS. Rachwal et al., Comparação entre cinco classes de solos... Fotos: Streck, et al. (2008).
29 Granulometria e atividade de argila dos horizontes subsuperficiais Rachwal et al., 2008.
30 Características físico-hídricas dos horizontes superficiais Rachwal et al., 2008.
31 Estrutura do solo É uma característica fundamental do solo, determinando sua capacidade produtiva, apresentando alta dinamicidade no tempo, em função do manejo do solo e da floresta. Partículas primárias (areia, silte e argila) MO e microorganismos Ciclos de umedecimento/secagem; MO; Crescimento de raízes; Atividade da fauna do solo. Agregados ESTRUTURA DO SOLO
32 Fonte: Gonçalves, 2002.
33 Densidade É a relação entre a massa do solo seco e o volume total. Índice do grau de arranjamento das partículas do solo. Solos arenosos: 1,4 a 1,8 g. cm -3 Solos argilosos: 0,9 a 1,6 g. cm -3 Expressa o grau de impedimento mecânico as raízes Aumentos na densidade do solo em áreas florestais são comumente observados após a colheita da madeira.
34 Compactação A colheita mecanizada de florestas, que envolve o tráfego intenso e pesado de máquinas, tem sido a principal causa da compactação dos solos. Propriedades responsáveis pelo controle da produtividade florestal POROSIDADE e MO. Áreas utilizadas intensamente com cultivos agrícolas...
35 Fonte: Abrão, 2010
36 Matéria Orgânica Contribui na formação e estabilização dos agregados; Contribui para o incremento da porosidade total; Capacidade de absorver até 10 vezes o seu tamanho capacidade de retenção de H 2 O no solo; Atua no controle da ciclagem de nutrientes substrato É uma das propriedades que mais sofre os impactos do manejo florestal. Ex.: tráfego de máquinas pesadas.
37 Forma complexo organomineral com argilas silicatadas e oxídicas de partículas primárias; Caracterizando um processo de COMPACTAÇÃO! Gonçalves et al., 2005.
38 Gonçalves et al., 2005.
39 Nutrição Ciclagem biológica de nutrientes Importante o conhecimento dos fluxos de entrada, saída e o armazenamento de nutrientes na serapilheira acumulada. Nutrientes: Imobilizados mineralizados Lixiviados Gonçalves et al., 2005.
40 Fonte: Abrão, 2010
41 A retirada da madeira exporta uma quantidade considerável de nutrientes do sistema... Fonte: Abrão, 2010
42 Sítios com diferentes capacidades de produção em função dos aspectos edáficos Gonçalves et al., 2005.
43 Efeito da qualidade do sítio... Gonçalves et al., 2005.
44 Gonçalves et al., 2005.
45 Densidade de raízes finas de E. grandis com alguns atributos da fertilidade do solo Gonçalves et al., 200
46 Referências bibliográficas DEDECEK, R. A. et al. Influência do sítio no desenvolvimento do Pinus taeda aos 22 anos:1. Características físico-hídricas e químicas do solo. FLORESTA, Curitiba, PR, v. 38, n. 3, jul./set GONÇALVES, J. L. de M.; STAPE, J. L. Conservação e cultivo de solos para plantações florestais. 1. ed. Piracicaba: IPEF, p. GONÇALVES, J. L. de M.; BENEDETTI, V. Nutrição e fertilização florestal. 1. ed. Piracicaba: IPEF, p. PRITCHETT, W. L. Properties and management of forest soils. New York: J. Wiley, p. RACHWAL, M. F. G. et al. A influência das características pedológicas na produtividade de acácia-negra (Acacia mearnsii), Butiá, RS. Pesquisa Florestal Brasileira, Colombo, n. 56, p , jan./jun SCHNEIDER, P. R.; SCHNEIDER, P. S. P. Introdução ao manejo florestal. 2. ed. Santa Maria: FACOS-UFSM, p. SHIMIZU, J. Y. Pínus na silvicultura brasileira. 1. ed. Colombo: Embrapa Florestas, p. STRECK, E. V. et al. Solos do Rio Grande do Sul. 2. ed. Porto Alegre: EMATER/RS, p.
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