POLÍTICA AMBIENTAL. Conceito Instrumentos
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- Silvana Melgaço Pinho
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1 POLÍTICA AMBIENTAL Conceito Instrumentos
2 Legislação Ambiental 1934 Código das águas, da Mineração e Primeiro Código Florestal 1937 Proteção ao Patrimônio Histórico 1938 Código da Pesca 1965 promulgação do estatuto da Terra e Código Florestal 1973 criação da Secretaria Especial do Meio Ambiente SEMA, em resposta as recomendações das Nações Unidas Estocolmo 1981 Lei 6.938Política Nacional do Meio Ambiente; criação do SISNAMA e do CONAMA 1989 criação do IBAMA BOX 3 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAIS BRASIL
3 PARANÁ COBERTURA VEGETAL ORIGINAL COBERTURA VEGETAL 1980 FONTE: IPARD
4 POLÍTICA AMBIENTAL Conjunto de metas e instrumentos que visam reduzir os impactos negativos da ação antrópica aquelas resultantes da ação humana sobre o meio ambiente. (Lustosa; Cánepa e Young, 2003: p. 135) Necessária para induzir ou forçar os agentes econômicos a adotarem posturas e procedimentos menos agressivos ao meio ambiente Gastos públicos com proteção ambiental (total): 0,4% dos gastos públicos (Young e Roncisvalle, 2002 a partir de dados do IBGE 1998)
5 a política é uma interação complexa entre agentes... A política ambiental, neste aspecto, é necessária para induzir ou forçar os agentes econômicos a adotarem posturas e procedimentos menos agressivos ao meio ambiente. Sem esta indução ou pressão os agentes tomarão decisões estimuladas pelo retorno no curto prazo, ou a melhor decisão naquele contexto considerando os interesses individuais. A política serve para inserir questões da coletividade nas decisões individuais dos agentes. A política serve para inserir questões da coletividade nas decisões individuais dos agentes.
6 POLÍTICA AMBIENTAL Lei sobre Política Nacional do Meio Ambiente (Lei n. 6938) 1981 Problema está centrando em fazer cumprir a lei: os sistemas de gestão ambiental apresentam maiores déficits que os marcos normativos Um exemplo é o Zoneamento econômico-ecológico: O ZEE estabelece medidas e padrões de proteção ambiental destinados a assegurar a qualidade ambiental, dos recursos hídricos e do solo e a conservação da Biodiversidade, garantindo o desenvolvimento sustentável e a melhoria das condições de vida da população. Importante instrumento de política ambiental e ainda pouco efetivo
7 Relação entre Princípios e Instrumentos Tipo de Intervenção Princípios Instrumentos Monitoramento 7 1, 7, 8, 10, 11, 12 Racionalização do uso 2, 5 e 6 2, 5, 13 Preservação e 1, 8 e 9 3, 4, 6, 9 recuperação Educação ambiental 10
8 INSTRUMENTOS ECONÔMICOS atividades econômicas podem gerar externalidades ambientais negativas que causam perdas de bem-estar para os indivíduos afetados. Uma das formas de corrigir estas perdas de bem-estar causadas pela degradação ambiental seria a internalização destes custos externos nas estruturas de produção e consumo.
9 INSTRUMENTOS ECONÔMICOS Instrumentos econômicos (IEs) estão sendo usados de forma crescente em muitos países como mecanismos para melhorar o desempenho da gestão ambiental. Três níveis: CONTROLE (um extremo): comando e controle (C&C) LITÍGIO (outro extremo): incluem abordagens menos intervencionistas - advocacia do consumidor ou litígios particulares atuem como incentivos para a melhoria da gestão ambiental. MERCADO (no centro): taxação e/ou subsídio, assim como os mecanismos baseados em direitos de propriedade comercializáveis.
10 Mecanismos de gestão ambiental que incorporam incentivos econômicos <-ORIENTADOS PARA O CONTROLE-> <-ORIENTADOS PARA O MERCADO-> <-ORIENTADOS PARA O LITÍGIO-> Regulamentos & Sanções Taxas, Impostos e Cobranças Criação de Mercado Intervenção de Demanda Final Legislação da Responsab. Exemplos Gerais Padrões: O Governo restringe a natureza e a quantidade de poluição ou do uso de um recurso para poluidores individuais ou usuários do recurso. O cumprimento é monitorado e sanções (multas, fechamento, detenção) aplicadas ao descumprimento. Cobranças por Uso ou Emissão O Governo estabelece cobranças de poluidores individuais ou usuários de um recurso baseado na quantidade de poluição ou de uso do recurso e na natureza do meio receptor. A taxa é alta o suficiente para criar um incentivo à redução de impactos. Licenças Comercializáveis: O Governo estabelece um sistema de licenças de poluição ou de licenças de uso de um recurso comerciali-závéis. O orgão ambiental leiloa ou distribue e monitora o cumprimento das licenças. Os poluidores ou os usuários do recurso comercializam as licenças a preços de mercado nãocontrolados. Selos Ambientais: O governo apoia um programa de rotulação que exige que se divulgue as informações ambientais sobre produção e disposição final. Aplicam-se selos ambientais aos produtos ambiental-mente saudáveis. Legislação da Responsabilização Estrita: O poluidor ou o usuário do recurso é obrigado por lei a pagar às partes afetadas por quaisquer danos. Estas recebem indenizações através de litígios ou do sistema judiciário.
11 Mecanismos de gestão ambiental que incorporam incentivos econômicos <-ORIENTADOS PARA O CONTROLE-> <-ORIENTADOS PARA O MERCADO-> <-ORIENTADOS PARA O LITÍGIO-> Regulamentos & Sanções Taxas, Impostos e Cobranças Criação de Mercado Intervenção de Demanda Final Legislação da Responsab. Vantagens e Desvantagens Requer muita regulação Baixa eficiência econômica Longas e dispendiosas disputas judiciais Não gera receita fiscal Implementação Imediata Requer pouca regulação Alta eficiência econômica/alta adesão Necessidade de legislação específica para superar restrições fiscais Gera receitas fiscais/ problemático para as atividades governamentais Implementação demorada Requer pouca regulação Muito alta eficiência econômica/alta adesão Necessidade de legislação sobre os direitos de propriedade Não gera receita recorrente/trans fe-rência de renda entre os agentes econômicos Implementação demorada Requer pouca regulação Alta eficiência econômica Normas autoimpostas Necessita subsídio Implementação demorada Não necessita de regulação Moderada eficiência econômica Legislação geral/dispendio sas disputas judiciais O governo é um possível litigante/ discrimina os pobres Implementação demorada
12 Critérios instrumentos econômicos (OCDE) Eficácia ambiental: definida em função dos padrões ambientais desejados Eficiência econômica: capaz de obter alocação ótima dos recursos (menor custo com melhores resultados) Princípio de justiça: gerar justos efeitos distributivos (custo para degradadores e benefícios para usuários) Viabilidade institucional: capacidade de implementação pela estrutura organizacional Concordância entre as partes: importante que as partes aceitem cumprir o acordo
13 Política ambiental e ação local Apesar do local ser a esfera da ação ambiental, há dificuldades para estabelecer políticas que responda as necessidades locais e sejam compatíveis com as diretrizes do governo Falta de cooperação entre os 3 entes da federação (exemplo: licença ambiental) Dificuldades de implementação do Plano Municipal de Meio Ambiente: adequação dos instrumentos à estrutura de gestão Insignificante recursos financeiros destinados para gestão ambiental
14 Mecanismos de gestão ambiental que incorporam incentivos econômicos <-ORIENTADOS PARA O CONTROLE-> <-ORIENTADOS PARA O MERCADO-> <-ORIENTADOS PARA O LITÍGIO-> Regulamentos Sanções & Taxas, Impostos e Cobranças Exemplos Específicos de Aplicações Urbanas Padrões de Emissões Licenciamento para Atividades Econômicas e Relatório de Impacto Ambiental Restrições ao Uso do Solo Normas sobre o Impacto da construção de estradas, oleodutos, portos ou redes de comunica-ções Diretrizes ambientais para o traçado das vias urbanas Multas sobre vazamentos em instalações de armaze-nagem situadas no porto ou em terra Proibições aplicadas a substâncias consideradas inaceitáveis para os serviços de coleta de resíduos sólidos Quotas de Uso de Água Taxas por nãocumprimento da legislação ambiental Tributos convencio-nais colocados sob ótica ambiental Royalties e compensação financeira para a exploração de recursos naturais Bônus de desempenho para padrões de construção Impostos afetando as opções de transporte intermodal Impostos para estimular a reutilização ou reciclagem de materiais problemáticos (p.ex. impostos sobre pneus, impostos sobre baterias) Cobrança por disposição de resíduos sólidos em aterro sanitário Cobranças pelo Uso de um Recurso Natural usuário pela água Criação de Mercado Intervenção de Demanda Final Licenças comercializáveis para os direitos de captação de água, e para emissões poluidoras no ar e na água Desapro-priação para construção incluindo valores ambientais Direitos de propriedade ligados aos recursos potencialmente im-pactados pelo desenvolvimento urbano (florestas, solo, pesca artesanal) Sistemas de depósitoreembolso para resíduos sólidos de risco Rotulação de produtos de consumo referente a substâncias problemáticas (p.ex. fosfatos em detergentes) Educação para a reciclagem e a reutilização Legislação sobre divulgação, exigindo que os fabricantes publiquem a geração de resíduos sólidos, líquidos e tóxicos Lista negra dos poluidores Legislação da Responsabilização Compensação de danos Responsabilizaçã o legal por negligência dos gerentes de empresa e das autoridades ambientais Bônus de desempenho de longo prazo para riscos possíveis ou incertos na construção de infra-estrutura Exigências de Impacto Líquido Zero para o traçado de rodovias, oleodutos ou direitos de passagem de serviços públicos, e passagens sobre água
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