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1 Universidade Técnica de Lisboa nstituto Superior Técnico Fundamentos de Energia Eléctrica Ensaio da Máquina Síncrona Laboratório de Máquinas Eléctricas 2002

2 Índice Ensaio da Máquina Síncrona...1 A. Objectivos...1 B. Base teórica...1 Maquina isolada da rede...2 Ensaio em vazio... 2 Ensaio em curto-circuito... 2 Características exteriores... 3 Máquina em paralelo com a rede...3 Manobra de sincronização... 3 Características da máquina ligada em paralelo com a rede C. Esquema de ligações...8 C1. Máquina motriz... 8 C2. Esquema de ligações da máquina síncrona... 9 D. Condução dos ensaios ª Parte - Máquina isolada da rede de energia...11 Ensaio em vazio Visualização das formas de onda geradas pela máquina Traçado da característica em vazio Ensaio em curto-circuito Determinação da reactância síncrona Características exteriores ª parte - Ensaio da máquina síncrona em paralelo com a rede de energia...16 Sincronização Curvas P = f(p mot ) e Q = f(p mot ) Curvas P=f( f ) e Q=f( f ) Desligação da rede eléctrica

3 Máquina Síncrona Base teórica. Ensaio da Máquina Síncrona A. Objectivos Mostrar o funcionamento da máquina síncrona como gerador isolado. Determinar os parâmetros desta máquina. Efectuar a manobra de paralelo com a rede. Mostrar as características de funcionamento em paralelo com a rede. B. Base teórica No estator das máquinas síncronas encontra-se alojado o enrolamento trifásico do induzido que é percorrido por um sistema trifásico de correntes. No rotor encontra-se o indutor que é percorrido por corrente contínua. Em funcionamento normal esta máquina gira a velocidade constante que é determinada pela frequência de alimentação f e pelo número de pares de pólos p. [ Hz] f N[ r. p. m. ] = 60 (1) p Em funcionamento como gerador é necessário controlar a velocidade da máquina motriz de forma a obter-se frequência constante em qualquer regime de carga, a não ser que trabalhe ligada a uma rede de potência infinita. Neste caso a frequência da rede é constante, e por consequência a velocidade de rotação da máquina também será constante. Com o rotor em movimento a corrente no indutor criará um campo magnético girante. Por esse facto aparecerá um sistema trifásico de forças electromotrizes E no induzido. Esta força electromotriz designa-se por força electromotriz em vazio. Quando haja possibilidade de se fecharem correntes por este, aparecerá então um outro campo girante, síncrono com o primeiro. Pode-se então escrever a seguinte equação na convenção gerador e em regime permanente sinusoidal: E = V + ( r + jx (2) a s) Onde: V - tensão aos terminais duma fase do induzido, - Corrente numa fase do induzido, r a - resistência duma fase do induzido, X s - reactância síncrona. Esta equação é muito útil para manipular, pois a f.e.m. em presença, E, varia apenas com a velocidade de rotação da máquina e com o valor da corrente indutora. No entanto ela é válida apenas para um tipo de construção do rotor, o de pólos lisos ou cilíndrico. O esquema equivalente, figura 1, resulta da equação 2. 1

4 Máquina Síncrona Base teórica. jx s r a E V Figura 1. Esquema equivalente. Do esquema equivalente, ou da equação 2 pode deduzir-se o diagrama fasorial da figura 2. E jx s V r a Figura 2. Diagrama fasorial. Maquina isolada da rede Quando a máquina se encontra isolada da rede eléctrica é possível efectuar vários ensaios. Neste trabalho realizam-se apenas os ensaios em vazio, em curto-circuito e determinam-se as características exteriores. Ensaio em vazio O Ensaio em vazio é efectuado com os enrolamentos do induzido em aberto. Mantém-se a velocidade de rotação constante e varia-se a corrente de excitação f. Obtém-se a tensão aos terminais em função da corrente de excitação. Como =0, E = V e portanto, neste ensaio, determina-se a relação entre E e f. Ensaio em curto-circuito O ensaio em curto-circuito é efectuado com os enrolamentos do induzido curto-circuitados. Neste caso V=0. Obtém-se a corrente do induzido (em c.c.) em função da corrente de excitação. Com os resultados do ensaio em vazio e do ensaio em c.c. é possível determinar a reactância síncrona da máquina. 2

5 Máquina Síncrona Base teórica. Características exteriores As características exteriores são obtidas a velocidade constante e corrente de excitação constante, variando a impedância que se encontra aos terminais do gerador e medindo as correntes e as tensões aos terminais. Podem distinguir-se três caos mais simples: Carga resistiva pura Carga indutiva pura Carga capacitiva pura Máquina em paralelo com a rede Manobra de sincronização O processo de sincronização requer que várias condições sejam satisfeitas no instante em que se liga o interruptor. A tensão aos terminais do gerador deverá ser igual em amplitude à tensão da rede. As sequências de fase do gerador e da rede deverão ser iguais. As frequências da rede e do gerador deverão ser próximas. A diferença de fase entre a tensão do gerador e da rede deverá ser próxima de zero. A sequência da manobra será a seguinte: a) Acciona-se a máquina motriz, até uma velocidade próxima da de sincronismo. b) Regula-se a corrente de excitação do alternador, por forma que a tensão aos seus terminais seja aproximadamente igual à tensão da rede. c) Verifica-se se a sequência de fases nos terminais a ligar é a mesma. d) Regulando a velocidade da máquina motriz, actua-se por forma que a diferença entre as frequências das tensões da rede e aos terminais do alternador seja muito pequena e, quando estiverem ambas em fase, efectua-se o paralelo. e) Depois de feito o paralelo, actuar no regulador de velocidade da máquina motriz por forma que a potência fornecida pelo alternador à rede atinja o valor pretendido e actua-se no circuito de excitação do alternador por forma que a potência reactiva fornecida pelo alternador à rede atinja o valor desejado. 3

6 Máquina Síncrona Base teórica. Rede de Energia Um dos sistemas mais simples que se podem utilizar para efectuar o paralelo, é utilizar uma montagem do tipo da indicada na fig. 3. Os voltímetros V1 e V2 indicam as V1 V2 S Máquina Síncrona L3 L2 Figura 3. Montagem de fogos pulsantes. L1 tensões aos terminais da rede e do alternador, que devem ser aproximadamente iguais. As tensões aplicadas às lâmpadas dependem da desfasagem relativa da tensão da rede e aos terminais do alternador. Se as frequências forem ligeiramente diferentes, as duas estrelas de tensões têm movimento relativo (fig. 4) e a tensão aos terminais das lâmpadas varia entre zero e o dobro da tensão simples (1), com uma frequência igual à diferença entre as duas frequências. O período do brilho das lâmpadas é o inverso da diferença entre as duas frequências. Quando o período do brilho das lâmpadas for elevado, da ordem de alguns segundos, as frequências são bastante próximas. No instante em que as três lâmpadas se apagam, as tensões estão em fase. Se as indicações de V1 e V2 U 3 U L3 V 3 U 1 forem aproximadamente iguais, poder-se-á efectuar o paralelo no instante em que as três lâmpadas se apagam. Se a sequência de fases não for a mesma, as três lâmpadas não se acendem e apagam ao mesmo tempo. Trocando duas das fases da rede ou do alternador, ter-se-á a mesma sequência de fases. U L1 V 2 V 1 U L2 U 2 Figura 4. Estrelas de fogos pulsantes. (1) Por este motivo, as lâmpadas devem ser previstas para uma tensão eficaz igual ao dobro da tensão simples. 4

7 Máquina Síncrona Base teórica. V1 V2 Outra montagem semelhante, e ainda mais usada, é ligar três lâmpadas, uma entre terminais correspondentes do interruptor destinado a fazer o paralelo, as outras duas entre terminais "cruzados" (fig. 5). As lâmpadas acendem-se e apagam-se com uma frequência igual à diferença entre as frequências da rede e do alternador mas não simultaneamente. Acendem-se sucessivamente, sendo o sentido da sucessão dependente do sentido da diferença das frequências (fig. 6). Aparece assim um sistema "fogos girantes" que roda no sentido directo ou no sentido inverso consoante a frequência do alternador é superior (inferior) ou inferior (superior) à rede. O instante conveniente para o paralelo é aquele em que a lâmpada que liga terminais correspondentes está apagada, sendo nessa altura iguais (mas inferiores ao máximo) os fluxos luminosos das outras duas lâmpadas. Normalmente as três lâmpadas são dispostas em triângulo, sendo colocada superiormente a lâmpada ligada entre terminais correspondentes. U L2 V 2 S U 3 Rede de Energia Máquina Síncrona Se a sequência de fases nos dois conjuntos de terminais do dispositivo de ligação for inversa, as três lâmpadas acendem e apagam simultaneamente. Este sistema tem, em relação ao anterior, a vantagem de indicar o sinal da diferença entre as frequências do alternador e da rede. Por exemplo, ao ligar um alternador a uma rede convém que a sua frequência seja ligeiramente superior. Sendo a frequência ligeiramente superior, ao efectuar-se o paralelo o alternador vai fornecer à rede uma certa potência. Sendo a frequência inferior, o alternador vai receber da rede uma certa potência, o que vai sobrecarregar a rede e pode ser inconveniente para a máquina motriz que acciona o alternador. Há, evidentemente, que ter o cuidado de averiguar como está ligado determinado sistema de ligação (1). Por exemplo uma indicação de sequência de fases correcta num sistema de "extinção simultânea" é igual a uma indicação de sequência de fases incorrecta num sistema de "fogos girantes". L1 L2 Figura 5. Montagem de fogos girantes. U L3 U 2 V 3 U 1 V 1 U L1 Figura 6. Estrelas no sistema de fogos girantes. L3 (1) Além dos dois métodos indicados, há outros, também baseados em três lâmpadas, embora os dois mencionados sejam os mais correntes. 5

8 Máquina Síncrona Base teórica. Características da máquina ligada em paralelo com a rede. Quando a máquina se encontrar ligada em paralelo com a rede, a tensão aos terminais é constante e imposta por esta. Como a velocidade de rotação é constante, só é possível variar a potência trocada com a rede actuando no binário fornecido pela máquina motriz. Consoante o valor da corrente de excitação, e consequente força electromotriz em vazio, podem obter-se duas situações como se pode observar na figura 7. E V r a jx s V E jx s r a a) Sobre-excitado b) Sub-excitado Figura 7. Diagramas fasoriais em carga Na figura 7.a a força electromotriz é relativamente grande comparada com a tensão. A corrente encontrase em atraso relativamente à tensão significando este facto que a máquina se encontra a fornecer potência reactiva à rede. Na figura 7.b a força electromotriz em vazio é pequena comparada com a tensão resultando num fasor de corrente em avanço em relação ao fasor da tensão da rede. Neste caso a máquina encontra-se a absorver potência reactiva da rede. Variação da potência no veio com corrente de excitação constante Sendo a velocidade de rotação constante, o fasor E ficará função apenas de f. Nestas condições a potência activa será determinada pelo ângulo de potência δ, obedecendo à equação: VE P = sin δ (3) X s O diagrama vectorial, quando E = V encontra-se representado na figura 8. Neste caso a potência reactiva é negativa, isto é, a máquina absorve potência reactiva da rede. E j X s V Figura 8. Diagrama vectorial 6

9 Máquina Síncrona Base teórica. Variação da corrente de excitação com potência no veio constante Quando se actua apenas na corrente de excitação e a potência no veio é mantida constante, a potência activa gerada mantêm-se também aproximadamente constante. Considerando a equação 3, pode concluir-se que Esin δ=cte. Pode representar-se esta expressão por uma recta paralela ao fasor V, figura 9. Por outro lado, como a tensão e a potência activa se mantêm constantes, e como, P = 3V cosϕ (4) Pode concluir-se que cosϕ=cte. Esta condição é representada pela recta perpendicular a V, figura 9. E cosδ=cte 3 E j Xs V 2 1 cosϕ=cte Figura 9: Andamento de e E quando se varia a excitação da máquina. Quando se diminui a corrente de excitação (1 2), o comprimento do vector E diminui, mas Esin δ mantêm-se constante como consequência da potência activa se manter constante. A extremidade do fasor E descreverá uma trajectória assente sobre uma recta, ver figura 9. O fasor da corrente também descreverá uma trajectória assente sobre uma recta (cosϕ=cte). A amplitude da corrente diminuirá numa primeira fase, atingirá o mínimo, correspondente a um factor de potência unitário e depois começará a subir novamente. Se se representar a amplitude da corrente em função da corrente de excitação f, o seu gráfico descreverá uma curva em forma de V. Para correntes de excitação baixas, a potência reactiva Q será negativa. No mínimo da curva Q será nula, e para correntes de excitação elevadas a potência reactiva será positiva. Note-se que, se se diminuir muito a corrente de excitação o ângulo de carga δ será elevado, podendo aproximar-se de 90º e causar a perda de sincronismo da máquina. 7

10 Máquina Síncrona Ligações da máquina síncrona. C. Esquema de ligações Um gerador eléctrico é uma máquina que transforma energia mecânica em energia eléctrica. Neste trabalho de laboratório utiliza-se uma máquina de corrente contínua como máquina motriz, fornecendo potência mecânica ao gerador síncrono através do veio mecânico. O esquema de ligações encontra-se representado na figura 10. DC S W VDC Motor de Corrente Contínua Máquina Síncrona REDE P DC P mot = Tω P Q V DC DC Figura 10. Esquema de ligações das duas máquinas. C1. Máquina motriz Vai usar-se um motor de corrente contínua como máquina de accionamento que irá fornecer potência mecânica à máquina síncrona. Este motor é composto por dois circuitos eléctricos. O circuito de excitação é um circuito passivo destinado a criar o campo magnético no entreferro. Não há conversão electromecânica de energia neste circuito. Toda a potência que o alimenta é perdida por efeito de Joule. Esta potência é relativamente pequena. No circuito do indutor regula-se a corrente de excitação através da resistência de campo Rc colocada em série com ele. Aumentando esta resistência diminui aquela corrente e vice-versa. Em todos os ensaios que realizar, neste trabalho, mantenha constante o valor de corrente de excitação desta máquina. Por razões de segurança esta corrente nunca deve ser interrompida durante o funcionamento da máquina. Por essa razão não existem fusíveis intercalados no circuito que a alimenta. Deverá ser o primeiro circuito a ser ligado e o último a ser desligado. O circuito do induzido é o circuito principal da máquina onde ocorre a conversão electromecânica de energia e no qual a potência em jogo é a mais importante. O esquema de ligações encontra-se na figura 13. O circuito do induzido é alimentado com uma fonte de tensão ajustável construída com um autotransformador com regulação de tensão em carga e uma ponte de rectificação a 8

11 Máquina Síncrona Ligações da máquina síncrona. díodos. Para simplificar as montagens, o voltímetro e amperímetro que medem os valores de tensão e corrente do lado contínuo foram integrados na montagem da ponte de rectificação bem como a necessária protecção que é realizada com um fusível. Neste trabalho mantém-se a corrente de excitação constante. Neste caso, a velocidade de rotação é aproximadamente proporcional à tensão de alimentação. A corrente absorvida no induzido é proporcional ao binário desenvolvido no veio. Para se ajustar a velocidade nos valores pedidos deverá aumentar-se progressivamente a tensão aplicada ao induzido actuando para isso no cursor do autotransformador. C2. Esquema de ligações da máquina síncrona. A máquina síncrona vai ser ensaiada isolada e em paralelo com a rede. Para efectuar o paralelo com a rede construiu-se uma montagem designada por Sistema de sincronização de fogos girantes. Esta montagem permite a realização do paralelo com a rede e dispõe de aparelhos de medida que podem ser usados nos ensaios da máquina isolada da rede. Esta montagem encontra-se representada na figura 14 que se representa abaixo. O circuito do indutor é alimentado com corrente contínua de amplitude ajustável. Para isso utiliza-se uma montagem diferente da utilizada no circuito de excitação da máquina de corrente contínua. Esta nova montagem designa-se por divisor de tensão potenciométrico e encontra-se representada na figura 12. Permite ajustar a corrente de excitação entre o zero e um valor máximo, figura 12. Dcc Rc C A D Figura 11. Esquema de ligações do circuito de excitação da máquina de corrente contínua. + - Dcc Rdt J K A Figura 12. Excitação da máquina síncrona. 9

12 Máquina Síncrona Ligações da máquina síncrona. R S T N R S T V A + - A B Autotransformador Rectificador + Medidas Figura 13. Esquema de ligações do circuito do induzido da máquina de corrente contínua. L1 Sistema de sincronização de fogos girantes L2 L3 V1 V2 R A F U S A F V T S A F W Figura 14. Sistema de sincronização de fogos girantes. Legenda A-B: nduzido do motor de corrente contínua C-D: Excitação ou indutor da máquina de corrente contínua Rc: Resistência de campo (Máquina ASEA 100Ω, 0,5A 25W) (Máquina SEMENS 650Ω, 1A) Dcc: Disjuntor de corrente contínua Dca: Disjuntor de corrente alternada J-K: Excitação da máquina síncrona Rdt: Resistência de campo (Máquina ASEA 680Ω, 1,8A, 630 W) (Máquina SEMENS 192 Ω; 1,8A, 630W ) 10

13 Máquina Síncrona Ensaios; 1ª parte Máquina isolada da rede. D. Condução dos ensaios 1ª Parte - Máquina isolada da rede de energia Ensaio em vazio Ligue os terminais da máquina síncrona aos terminais UVW do sistema de sincronização de fogos girantes mantendo os terminais RST em aberto. O interruptor S deverá encontrar-se em aberto de modo a evitar que as lâmpadas L2 e L3 se acendam. Visualização das formas de onda geradas pela máquina. Faça o arranque do motor de accionamento tomando as precauções necessárias e leveo à velocidade de sincronismo do alternador para a frequência nominal. Utilizando um sistema de isolamento galvânico e um osciloscópio visualize as formas de onda das tensões entre as fases nas seguintes condições: Mantendo a velocidade de rotação constante varie a corrente de excitação da máquina síncrona. Observe a frequência e a amplitude das tensões. Que conclui? Mantendo a corrente de excitação da máquina síncrona constante varie (diminua) a velocidade de rotação actuando no valor da tensão de alimentação da máquina de corrente contínua. Observe a frequência e a amplitude das tensões. Que conclui? Traçado da característica em vazio A característica em vazio define-se como a função V = f( f ) com corrente =0 no induzido, sendo V a tensão aos terminais da máquina e f a sua corrente de excitação. Efectue as ligações conforme o esquema e não ligue qualquer tipo de carga ao gerador síncrono. Regule o reóstato de excitação da máquina síncrona de forma a que a corrente de excitação seja nula. 11

14 Máquina Síncrona Ensaios; 1ª parte Máquina isolada da rede. Faça o arranque do motor de accionamento tomando as precauções necessárias e leveo à velocidade de sincronismo do alternador para a frequência nominal. Esta velocidade deverá ser mantida ao longo dos ensaios. Obtenha a característica V = f( f ) em primeiro para valores sempre crescentes (não ultrapasse 120% da tensão nominal) e em seguida para valores sempre decrescentes. Valores ascendentes Valores descendentes f [A] V [ V] f [A] V [ V] Trace a característica V=f( f ). 12

15 Máquina Síncrona Ensaios; 1ª parte Máquina isolada da rede. Ensaio em curto-circuito A característica de curto-circuito é a função = f( f ) com tensão nula aos terminais do induzido. Anule a corrente de excitação do alternador, mantendo o grupo à velocidade de sincronismo. Curto-circuite os terminais do induzido, curto-circuitando os terminais RST e fechando o interruptor S. Obtenha a característica de curto-circuito aumentando gradualmente a corrente de excitação até um máximo de 120% da corrente nominal no induzido. f [A] cc [A] Trace a característica cc =f( f ). Determinação da reactância síncrona A partir dos valores obtidos nos ensaios em vazio e em curto-circuito determine o valor da reactância síncrona em Ohm e em valores por unidade. 13

16 Máquina Síncrona Ensaios; 1ª parte Máquina isolada da rede. Características exteriores Para f constante, mas não nula, chama-se característica exterior a V = f(). Estas características são obtidas mantendo a velocidade de rotação constante. Em todos os tipos de carga tenha o cuidado de verificar a velocidade de rotação e de a ajustar. Não exceda 120% da tensão nominal. Carga resistiva Efectue a ligação da carga resistiva R b. À velocidade de sincronismo coloque R b no seu valor máximo (circuito aberto) e regule o reóstato de excitação para que se obtenha uma tensão em vazio de 200V. Varie gradualmente a carga não ultrapassando os valores nominais para a corrente respectiva. Anote o valor de corrente de excitação. Carga trifásica resistiva ESSELTE STUDUM É constituída por um conjunto trifásico de resistências que se podem introduzir em paralelo aumentando a carga através de dois comutadores, um de regulação fina e o outro de regulação grossa. Deve-se ter em atenção um outro comutador que selecciona a tensão máxima que o conjunto pode suportar (380/220V) ou (220/127V). Carga indutiva Efectue a ligação da carga indutiva L b, que no início deverá estar com o menor entreferro possível (maior indutância, menor corrente do induzido). No resto proceda como no caso da carga resistiva utilizando o mesmo valor de corrente de excitação. Carga trifásica ndutiva ESSELTE STUDUM É constituída por um conjunto trifásico de bobinas com número de espiras fixo enroladas sobre um núcleo magnético. O coeficiente de auto-indução é ajustado actuando numa manivela que vai fazer variar um entreferro. Quando este for mínimo é o coeficiente de auto-indução máximo e vice versa. É possível escolher dois números de espiras. Estão identificados como 220V ou 380V. 14

17 Máquina Síncrona Ensaios; 1ª parte Máquina isolada da rede. Carga capacitiva Repita os ensaios anteriores para carga capacitiva C b, que no início deve ser mínima (posições dos comutadores (0, 0)). Tenha o cuidado de não ultrapassar a tensão nominal. Carga trifásica capacitiva ESSELTE STUDUM É constituída por um conjunto trifásico de condensadores que se podem introduzir em paralelo aumentando a carga através de dois comutadores com a mesma capacidade de regulação. Não deverá ultrapassar-se a tensão nominal desta carga. Carga resistiva Carga indutiva Carga capacitiva [A] V [ V] [A] V [ V] [A] V [ V] A partir dos valores lidos nos ensaios anteriores desenhe as características exteriores todas no mesmo gráfico. 15

18 Máquina Síncrona Ensaios; 2ª parte Máquina em paralelo com a rede de energia. 2ª parte - Ensaio da máquina síncrona em paralelo com a rede de energia. Altere as ligações da máquina síncrona ligando a rede aos terminais RST e introduzindo um wattímetro trifásico entre os terminais da máquina e os terminais UVW do Sistema de sincronização de fogos girantes. O interruptor S deverá estar aberto (OFF). Sincronização Arranque com o motor de accionamento e leve-o até à velocidade de sincronismo. Regule a excitação da máquina síncrona de forma a obter a tensão aos terminais do alternador igual à tensão da rede. Verifique se as lâmpadas L 1, L 2 e L 3 têm a sequência desejada. Efectue as alterações que achar necessário. Efectue o paralelo no instante ideal, certificando-se primeiro da igualdade das tensões V 1 e V 2. Depois de efectuado o paralelo só deve voltar a desligar a máquina da rede se as correntes forem nulas. Para desfazer o paralelo anule a potência mecânica e em seguida actue na corrente de excitação da máquina síncrona de modo a anular as correntes do induzido. 16

19 Máquina Síncrona Ensaios; 2ª parte Máquina em paralelo com a rede de energia. Curvas P = f(p mot ) e Q = f(p mot ) Mantendo a corrente de excitação da máquina síncrona constante, ajuste a potência de entrada da máquina de corrente contínua actuando no autotransformador para valores de 1/5, 2/5 5/5 da potência nominal (valores aproximados). Para cada um destes pontos meça a potência activa entregue à rede pelo gerador síncrono e a potência reactiva. Trace os respectivos gráficos. V dc [V] dc [A] P mot [W] P [W] [A] f [A] V [V] P =V mot dc dc 17

20 Máquina Síncrona Ensaios; 2ª parte Máquina em paralelo com a rede de energia. Curvas P=f( f ) e Q=f( f ) Ajuste a potência da máquina motriz de modo que a potência enviada à rede se anule ou fique próximo de zero. Varie a corrente de excitação numa gama larga. Para cada ponto meça os valores indicados nas tabelas. Trace os respectivos gráficos. Repita este ensaio para valores de 1/4, e 1/2 da potência nominal da máquina síncrona. V dc [V] dc [A] P mot [W] P [W] [A] f [A] V [V] Q [VAr] P mot S = = V 3V dc dc Q = ± S 2 P 2 V dc [V] dc [A] P mot [W] P [W] [A] f [A] V [V] Q [VAr] V dc [V] dc [A] P mot [W] Utilizando os dados dos ensaios realizados trace as curvas em V (corrente do induzido em função da corrente no indutor f com P = Cte.). Desenhe também em dois gráficos diferentes as famílias de curvas P=f( f ) e Q=f( f ). P [W] [A] f [A] V [V] Q [VAr] 18

21 Máquina Síncrona Ensaios; 2ª parte Máquina em paralelo com a rede de energia. Desligação da rede eléctrica Para se desfazer o paralelo deverá anular-se a potência activa e depois actuar na corrente de excitação de modo a anular a corrente do induzido. Só depois se deverá desligar a máquina da rede actuando no interruptor S. 19

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