Avaliação dos aspectos ergonômicos e das condições de trabalho em organizações madeireiras na região da Quarta Colônia

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1 Avaliação dos aspectos ergonômicos e das condições de trabalho em organizações madeireiras na região da Quarta Colônia Claudio Eduardo Ramos Camfield (UNIFRA/RS) ccamfield@unifra.br Édio Polacinski (UFSM) edio.pk@gmail.com Leoni Pentiado Godoy (UFSM) leoni@smail.ufsm.br Camila Avozani Zago (UFSM) avozani@terra.com.br Resumo: A pesquisa trata de um estudo multicasos realizado em uma amostra de 12 organizações do ramo madeireiro localizadas na Quarta Colônia de Imigração Italiana na região sul do Brasil. Este estudo tem por finalidade avaliar os aspectos ergonômicos e as condições de trabalho relacionadas às atividades do processo produtivo na indústria madeireira, visando oportunizar a melhoria da saúde, da segurança, e da qualidade de vida dos colaboradores, bem como a produtividade do negócio. A coleta de dados foi por meio de formulário de análise ergonômica, fotografias e observação direta em campo. Destaca-se que a região da Quarta Colonia caracteriza-se como sendo um pólo madeireiro, através da fabricação de móveis, esquadrias e serrarias. Essas empresas são de pequeno porte, geralmente familiares com aproveitamento de mão-de-obra não-especializada da própria região. Isto se deve a falta de escolas de formação técnica na área, o que leva a retração do desenvolvimento do setor e a falta de conscientização quanto ao aprimoramento das condições de trabalho. Outro aspecto a ser destacado é a falta de uma articulação adequada com a finalidade do desenvolvimento desse pólo, propondo políticas de crescimento adequadas a região, tendo como premissa inicial a melhoria das condições de trabalho. Palavras-chave: Ergonomia, Avaliação Ergonômica e Micro e Pequenas Empresas. 1. Introdução Percebe-se, ao longo da história, que a existência do ser humano tem sido marcada pelo contínuo desafio pela sobrevivência. No período pós Revolução Industrial do século XVIII, essa preocupação ficou ainda mais acentuada, sendo marcada pelo interesse na produção a qualquer custo. O homem era considerado um simples instrumento, utilizado sem o menor cuidado. Era referida importância apenas ao que se produzia, não importando como, e de que forma. Entretanto, com o passar dos tempos, com a introdução do pensamento contemporâneo, o homem começou a agir contra este tipo de insensibilidade, na tentativa de oferecer ao trabalhador cuidados quanto ao seu bem-estar físico e mental. Porém, apenas em 1857, foi introduzido o termo ergonomia no trabalho. A partir desse momento, alguns conceitos relativos ao trabalhador e suas condições de trabalho, começaram a ser revistos. Posteriormente, a ergonomia dentro de seu processo evolutivo, passou a apresentar melhorias, sempre com o intuito de aprimorar as relações homem trabalho ambiente, e assim, começou a conquistar cada vez mais o seu espaço. Nesse contexto, a presente pesquisa foi desenvolvida através da aplicação dos conceitos ergonômicos com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores e a produtividade das micro-empresas da região da Quarta Colônia, localizada, próxima a cidade de Santa Maria RS. 1

2 Evidencia-se que região caracteriza-se por ser um pólo madeireiro, com destaque no mercado da fabricação de móveis, esquadrias e serrarias. As empresas que compõem o universo de pesquisa são de pequeno porte, geralmente familiares com aproveitamento de mão-de-obra não especializada da própria região. Observa-se, de acordo a Schmidt (2005), que isto se deve a falta de escolas de formação técnica na área, o que leva a retração do desenvolvimento do setor e a falta de conscientização quanto ao aprimoramento das condições de trabalho. Essa região também se caracterizada pela produção agrícola e pelas micro-empresas agroindustriais. Ressalta-se, que com a atenção de órgãos governamentais, a região vem ampliando a sua capacidade produtora e turística. Os estabelecimentos existentes são marcados fortemente pela cultura italiana, disseminada através das gerações. Outra característica destes empreendimentos é a administração familiar adotada pelos microempresários. 1.1 Aspectos metodológicos O presente trabalho inicia com um estudo exploratório, analisando o caso de doze organizações localizadas na região da Quarta Colônia, no estado do Rio Grande do Sul. Especificamente, o estudo buscou analisar os processos produtivos das referidas organizações, onde se deu ênfase na avaliação dos aspectos ergonômicos e nas condições de trabalho relacionadas às atividades do processo produtivo na indústria madeireira, visando oportunizar a melhoria da saúde, da segurança, e da qualidade de vida dos trabalhadores, bem como a produtividade do negócio. Portanto, a pesquisa caracteriza-se como uma pesquisa multicasos, pois de acordo com Triviños (1987), há a possibilidade de estudar duas ou mais entidades, no caso as micros e pequenas empresas, sem a preocupação de comparar entre si os resultados obtidos em cada uma. O estudo do tipo multicasos amplia a validade externa de um estudo de caso simples, pois possibilita uma visão mais abrangente do estudo. Observa-se que o presente estudo, se classifica também como uma pesquisa bibliográfica, pois conforme Martins (2000, p.11), a leitura é uma das maneiras mais utilizadas para se conhecer a realidade. Procurou-se selecionar, analisar e interpretar as contribuições teóricas já existentes, de modo a aperfeiçoar os conhecimentos, com vistas a garantir o sucesso da aplicação prática nas empresas. Ressalta-se que nos pressupostos do estudo científico, pode-se dizer que existem dois grandes métodos de pesquisa: o quantitativo e o qualitativo. Esses dois métodos de pesquisa não se diferenciam só pela sistemática pertinente a cada um deles, mas especialmente pela forma de abordagem do problema. Com isso é necessário enfatizar que o método precisa estar apropriado ao tipo de estudo que se deseja fazer, mas é a natureza do problema ou seu nível de aprofundamento que, de fato, determina a escolha do método (RICHARDSON, 1999). Assim, para atender as necessidades do estudo optou-se pelo estudo qualitativo, onde a coleta de dados foi realizada por meio de formulário de análise ergonômica, fotografias e observação nas execuções das atividades nas empresas. Destaca-se que a análise dos aspectos ergonômicos mostraram alguns pontos que merecem atenção por parte do empregador para implementar e conseqüentemente melhorar a qualidade de vida dos colaboradores dessas empresas. Finalmente, aponta-se que nesta pesquisa foram utilizadas algumas variáveis propostas por Iida (2002), conforme se pode observar no Quadro 1: 2

3 Quadro 1: Variáveis consideradas na presente pesquisa Variáveis Homem - Antropometria: Alcance dos movimentos. - Percepções: posição, visão, audição. - Desempenho: tempo, erros, acertos, velocidade. - Acidentes: freqüência, gravidade. - Subjetivos: conforto, segurança, fadiga. Máquina - Nível Tecnológico: processamento, feedback, decisões. - Dimensões: Volumes, formas, distâncias, pesos, áreas. - Displays: auditivos, fala, ruídos. - Controles: manuais. - Arranjos: posição dos displays e controle. Ambiente - Físico: temperatura, velocidade do vento, iluminação, ruídos, vibrações. - Psico-social: monotonia, motivação, liderança. - Organização do trabalho: horários, turnos, treinamento, supervisão, distribuição das tarefas. Sistema - Posto de trabalho: postura, movimentos, informações. - Produção: quantidade, qualidade, produtividade, regularidade. - Confiabilidade: freqüência de erros, tempo de funcionamento. Fonte: Adaptação de Iida (2002). 2. Revisão de literatura Torna-se importante observar que as condições de trabalho podem ser caracterizadas como os meios pelos quais os colaboradores desenvolvem suas atividades, não importando quais sejam elas, porém são elas que irão determinar o sucesso ou insucesso da produtividade, bem como o bem estar do trabalhador. Nesse sentido, percebe-se que nos últimos anos, tem-se observado de forma progressiva a substituição da prestação de serviços braçais, por equipamentos, através da instalação de sistemas automatizados e informatizados. Logo, o trabalhador esta sendo submetido a uma adaptação súbita frente às solicitações de novas condições de trabalho que, muitas vezes, implica na manutenção de posturas estafantes, levando o indivíduo permanecer a maior parte do tempo sentado ou em pé. Com as modificações realizadas subitamente no ambiente de trabalho, as atividades tornam-se cada vez mais específicas, exigindo grande esforço físico e mental do trabalhador, que se deve a não disponibilidade de tempo para adaptação do organismo a este desenvolvimento, tornando-se justificável o número cada vez mais crescente da preocupação com atividades, relacionadas as práticas ergonômicas, bem como suas particularidades. Neste contexto, é importante destacar que para Dul e Weerdmeester (1995), a ergonomia tem sua origem na linguagem grega e significa: ergon (trabalho) e nomos (regras, normas e leis). Já nos EUA o sinônimo da palavra é human factors (fatores humanos). No que se refere ao ponto de vista histórico, observa-se que durante a segunda guerra mundial a ergonomia desenvolveu-se, com a finalidade de melhorar a eficiência das forças armadas que tinham dificuldades em algumas operações de equipamentos. Para solucionar a questão, engenheiros, psicólogos, fisiologistas, médicos, antropólogos buscaram trabalhar juntos. E, somente após a guerra, esses conceitos começaram a se difundir pela indústria (DUL e WEERDMEESTER, 1995). Segundo Wilson apud Hagg (2003), os principais promotores da ergonomia na indústria foram as tradicionais autoridades nacionais, tais como o OSHA nos EUA e os pesquisadores das mais diversas áreas. Durante os anos 90 o interesse por investigações ergonômicas cresceu dentro das empresas, em consequência, destaca-se a conscientização da importância das pesquisas ergonômicas para os setores que avaliam fatores como qualidade e 3

4 produtividade. Para Dul e Weerdmeester (1995), a probabilidade de ocorrência dos acidentes pode ser reduzida com estudos realizados que consideram as capacidades e limitações humanas durante o projeto do trabalho e do ambiente. Desta forma, a contribuição da ergonomia está em solucionar problemas sociais relacionados à saúde, segurança, conforto e eficiência, portanto, durante o desenvolvimento do projeto de trabalho e do ambiente físico pode-se reduzir a ocorrência de acidentes. Dessa maneira, se faz necessário a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores de modo a proporcionar o máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. Wisner apud Abrahão (2000), por sua vez, observam que a Ergonomia sustenta-se hoje em dois pilares. Uma base comportamental, que permite apreender as variáveis que determinam o trabalho pela via da análise do comportamento, e outra, subjetiva, que busca qualificar e validar os resultados, as duas com o intuito de elaborar um diagnóstico que vise transformar as condições de trabalho. Nessa mesma linha, segundo Nascimento e Moraes (2000), a Ergonomia é uma ciência que, independente da seu campo de atuação, estratégia e/ou métodos de estudos aplicados, ela, objetiva solucionar problemas da relação entre homem, máquina, equipamento, ferramentas, programação de trabalho, instruções e informações, resolvendo conflitos entre o homem e a tecnologia aplicada ao seu trabalho. Os referidos autores acabam descrevendo três formas de intervenção ergonômica, a fim de proporcionar conforto e bem-estar ao indivíduo em seu trabalho, no lar e no lazer: - Ergonomia de concepção: a intervenção é feita na fase do projeto, interferindo amplamente no posto de trabalho, instrumentos, máquina ou no sistema de produção, na organização do trabalho ou mesmo na formação de pessoal; - Ergonomia de correção: a intervenção é feita no posto de trabalho já instalado, na atividade realizada ou no trabalhador. Atua de maneira restrita, modificando elementos parciais do posto de trabalho e em seu usuário; - Ergonomia de conscientização: a intervenção é feita por meio de treinamento e reciclagem periódicos dos trabalhadores, enfocando meios seguros de trabalho, reconhecimento de fatores de risco e possíveis soluções a serem tomadas pelos próprios trabalhadores. Já para Iida (2002), a Ergonomia pode ser definida como o estudo da adaptação do trabalho ao homem. Neste contexto, o trabalho tem uma acepção bastante ampla, abrangendo não apenas máquinas e equipamentos utilizados, mas também toda a situação que envolve o homem e seu trabalho, ambiente físico, aspectos organizacionais, programação e controle para produzir os resultados desejados. A referida autora destaca que o estudo da Ergonomia passa a realizar a aplicação de princípios científicos, extraídos das diferentes áreas contribuintes, tais com: a Psicologia, a Fisiologia, a Biomecânica, a Antropometria, dentre outras. Assim, com a finalidade de desenvolvimento de estudos e sistemas antropocêntricos e, nesta visão, tendo o homem como o centro de tudo, volta-se mais para a humanização do trabalho, objetivando a viabilidade de projetos de ambiente que proporcionem maior segurança, na tentativa de melhorar cada vez mais a qualidade de vida e satisfação na realização do trabalho. Finalmente, no que se refere ao seu objetivo, acrescenta-se, que a ergonomia busca avaliar as condições de trabalho analisando vários aspectos do ambiente, é uma ciência interdisciplinar que é apoiada por profissionais das mais diversas áreas de conhecimento. Ressalta-se que no Brasil, através do Ministério do Trabalho, foi elaborada a norma NR17 em meados de 1989, que tem o objetivo de regulamentar e estabelecer parâmetros que permitem melhorias nas condições de trabalho. De acordo com a NR-17 (2002), a análise ergonômica do trabalho é um processo construtivo e participativo para a resolução de um problema 4

5 complexo que exige o conhecimento das tarefas, da atividade desenvolvida para realizá-las e das dificuldades enfrentadas para se atingirem o desempenho e a produtividade exigidos. 2.1 Posto de trabalho A postura e movimento são variáveis fundamentais na ergonomia, visto que estão presentes não só no trabalho mais na vida cotidiana. Alguns movimentos, além de produzirem tensões mecânicas nos músculos e articulações, apresentam um gasto energético que exige muito dos músculos, coração e pulmões. Segundo Dul e Weerdmeester (1995), a biomecânica, fisiologia e antropometria estão fundamentadas nas posturas e movimentos do homem e sua capacidade física para realizar suas tarefas sem prejudicar a sua saúde. A prevalência de posturas inadequadas mantidas por longo tempo, durante a jornada de trabalhos são fatores que predispõem quadros de dor e desconforto ocorrendo injúrias e impossibilitando muitas vezes a atuação efetiva do trabalhador. Roaf apud Knoplich (1983), define postura dinamicamente, afirmando que é a posição que o corpo assume na preparação do próximo movimento. Ressalta que este conceito deve ser aplicado a um determinado movimento corporal e para uma determinada circunstância ou atividade como: postura para andar, postura para datilografar, postura para ler ou postura para levantar peso. 2.2 Recomendações para levantamento de peso No levantamento deve-se considerar os seguintes aspectos: - o processo produtivo (manual ou mecânico); - a organização do trabalho (projeto do trabalho, freqüência dos levantamentos); - o posto de trabalho (posição do peso em relação ao corpo); - o tipo da carga (forma, peso e pegas); - os acessórios de levantamento; - o método de trabalho (individual ou coletivo). Destaca-se que a NR-17 permite o transporte e descarga individual de peso máximo de 60 kg. Para o levantamento individual 40 kg. 2.3 Ambiente físico Os fatores ambientais devem ser adequados as características dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado (NR-17, 2002). É fundamental relacionar os fatores ambientais a problemas de saúde do trabalhador, os ruídos, vibrações, a iluminação, grandes variações de temperatura, substâncias químicas podem ser as causas mais prováveis dos danos provocados ao trabalhador. Ao realizar uma avaliação ergonômica deve-se considerar esses itens e analisá-los com cuidado Ruídos Para Iida (2002), o ruído é um som indesejável, em outra definição se considera um estimulo auditivo que não contém informações úteis para a tarefa em execução. Para NR-17 (2002), os critérios de medição da exposição ao ruído devem ser bem detalhados, sendo compostos por quatro passos: caracterização do ambiente de trabalho e das atividades dos trabalhadores; avaliação qualitativa da exposição; realização de medições detalhadas onde necessário; avaliação quantitativa dos resultados e estimativa do nível de exposição pessoal diário. O aparelho chamado dosímetro mede o nível de ruído, e o valor recomendado pela NR-17 deve ser de 65 Db (A). 5

6 2.3.2 Vibrações Para Iida (2002), vibração é qualquer movimento que o corpo executa em torno de um ponto fixo. Os efeitos dessas vibrações sobre a pessoa humana podem causar problemas graves, danificando alguns órgãos, causando problemas de falta de concentração, de visão turva e perda de equilíbrio. Nas madeireiras o uso das moto-serras pode causar uma degeneração gradativa do tecido vascular e nervoso, causando perda da capacidade manipulativa e o tato nas mãos, dificultando o controle motor Iluminação Para Iida (2002), o olho humano é sensível a luz com comprimento de onda entre 400nm a 750nm, a importância em se ter um ambiente de trabalho com cores e iluminação planejados fazem um ambiente mais saudável e produtivo. A norma NBR 5413 nos indica os valores mais adequados para a iluminação nos ambientes de trabalho Clima Segundo Iida (2002), a temperatura e a umidade influenciam diretamente no desempenho humano. A sensação de frio ou calor excessivo, pode fazer com que o corpo reaja e a produtividade diminua. Com calor, as pausas são maiores, o grau de concentração diminui, e os acidentes e erros são mais freqüentes. As baixas temperaturas não prejudicam tanto se o serviço for pesado, porém em algumas situações onde a temperatura é muito baixa, os efeitos começam a aparecer, onde se destacam: a falta de concentração e a diminuição da capacidade de pensar e julgar. Segundo a NR17 as condições de conforto ocorrem com a temperatura entre 20 e 22 C; com velocidade do ar não-superior a 0,75m/s e umidade relativa do ar não-inferior a 40% Fadiga Iida (2002) cita que as causas da fadiga são de natureza muito variada. No caso da atividade profissional, podem-se observar como causadores de fadiga: - intensidade e duração do trabalho físico e mental, doenças e dores, alimentação (fatores fisiológicos); - ambiente de trabalho como o clima, iluminação, ruído (fatores ambientais); - ritmo noite/dia, responsabilidades, ansiedades ou conflitos, mudanças organizacionais, monotonia, falta de motivação, relacionamento horizontal e vertical (fatores psicológicos). Grandjean apud Pinto (2001), relata que o conceito de fadiga não é muito claro, até porque a palavra é utilizada em uma multiplicidade de expressões, sendo, no entanto, compreendida de uma maneira geral como uma diminuição da capacidade de trabalho e uma perda de motivação para qualquer atividade Organização do trabalho Atualmente, o sistema industrial no Brasil, apresenta técnicas para organizar e melhorar a produtividade das empresas baseado nos estudos dos pesquisadores Taylor e Fayol. Desta forma, muitas empresas não possuem métodos e procedimentos de trabalho, seja por falta de conhecimento em ferramentas de gestão, treinamento ou por investimento financeiro em maquinários e processos tecnológicos. Segundo a norma NR-17 a organização do trabalho deverá ter no mínimo os seguintes itens: 6

7 - as normas de produção (incluem o horário de trabalho, a qualidade exigida do produto, equipamentos de segurança); - o modo operatório ou procedimentos padrões de trabalho (descrição da tarefa, objetivos e as metas); - a exigência de tempo (estudo de tempo e movimentos); - o ritmo de trabalho (subdividido em ritmo e cadência, o ritmo é imposto pelo serviço manual ou automatizado enquanto a cadência pela velocidade dos movimentos em uma unidade de tempo); - o conteúdo das tarefas (lado emocional do trabalhador). 2.4 Ambiente Psico-Social Os fatores psicossociais são aspectos que influenciam na saúde do trabalhador. São encontradas várias formas de organização do trabalho, tanto benéficas quanto agressivas. Empresas onde os trabalhadores dispõem de um intervalo durante a jornada de trabalho, podendo descansar, são exemplos de organização de trabalho benéfico. Aquelas empresas onde é cobrado um ritmo acelerado de trabalho para garantir a produtividade, fica evidente, danos à saúde do trabalhador principalmente tratando-se de micro e pequenas empresas. Os fatores psicossociais estão ligados ao lado emotivo do trabalhador, ou seja, como ele avalia a sua satisfação e o clima organizacional, uma vez que possibilidade de ocorrer estresse no ambiente de trabalho e conflitos no relacionamento interpessoal (riscos psicossociais) é maior em um ambiente onde a organização do trabalho é deficiente. 3. Apresentação e análise dos dados Após as atividades de coleta de dados, constatou-se que, a postura dos trabalhadores durante determinados momentos de execução das atividades estão inadequadas, como mostra as Figuras 1, 2 e 3. Nesse contexto, Barreira (1989), afirma que há fatores biomecânicos que estão presentes na atividade laboral e podem prejudicar o trabalhador. Um fator biomecânico importante, que se faz presente nas figuras observadas, é a solicitação forçada da coluna vertebral, com flexão e esforço excessivo. Na Figura 1 observa-se a forma como o trabalhador está carregando a tora de madeira, evidenciando a má postura, e a falta de espaço livre de trabalho. Observa-se na mesma figura que há matéria-prima espalhada pelo local sem organização, favorecendo possíveis quedas e acidente de trabalho. Figura 1 Figuras 1: Sobrecarga na coluna vertebral Fonte: Empresa madeireira 7

8 As Figuras 2 e 3 mostram a flexão de tronco que por períodos prolongados aliadas ao esforço, podem futuramente provocar, dores na coluna, lombalgias, hérnias de disco. Percebe-se que a mesa é imprópria para a execução do trabalho dos colaboradores, favorecendo a inclinação do tronco para frente, prejudicando a coluna vertebral. Associado a isso, têm-se a presença de posturas inadequadas, como ficou evidente na análise das figuras e condições do ambiente desfavorável. Figura 2 Figura 3 Figuras 2 e 3: Postura inadequada Fonte: Empresa madeireira 4. Conclusões A proposta da pesquisa está centrada na avaliação de riscos em saúde e segurança do trabalho através da visão proposta por Iida, analisando as variáveis ergonômicas das atividades executadas pelos colaboradores nas 12 madeireiras localizadas na Quarta Colônia. Evidencia-se, nesta pesquisa, a falta de orientação aos colaboradores para executarem as atividades de maneira adequada, do ponto de vista ergonômico. Nesse contexto, Vidal (2003) cita que a análise ergonômica do trabalho, se propõe em vista a realização de uma análise das atividades em uma organização, tendo como pressuposto o que o trabalhador faz em todo o processo produtivo, identificando os constrangimentos em que o mesmo encontra-se exposto. A postura inadequada por várias horas consecutivas acarreta problemas de má postura, circulatórios, lombalgias, hérnias de disco, dentre outras patologias associadas a este tipo de posição. É importante salientar que, torna-se necessário entender as atividades dos colaboradores incluindo postura, esforços e ambiente físico, como foi demonstrado nos itens anteriores para desencadear um processo de conscientização dos colaboradores para projeção de melhorias no posto de trabalho. Ainda, as situações irregulares encontradas nos postos de trabalho, devem ser alvos de melhoria nas empresas visitadas e diagnosticadas na região da Quarta Colonia. A questão que torna-se importante para melhorar a postura dos colaboradores é um novo projeto para ser implementado num futuro muito próximo em todas as madeireiras estudadas, não só no projeto mas, também a carga de trabalho deve ser constantemente revisada e medida como benefício para os colaboradores. No entanto, torna-se necessário ressaltar que é de fundamental importância o envolvimento da alta direção na liderança das mudanças a serem implementadas, de maneira que sejam unificados os esforços de todos colaboradores em torno do objetivo de melhoria do ambiente de trabalho. Destaca-se, ainda, como resultado das análises, que a capacitação dos colaboradores no sentido de conscientizá-los para uma melhor adequação das atividades desenvolvidas 8

9 proporcionará uma maior segurança no trabalho, conseqüentemente a melhoria da qualidade de vida de todos na organização. Sendo assim, a realização de pesquisas abordando essas questões é de fundamental importância para evoluir e alcançar competitividade nos produtos e serviços e por fim, melhorar a qualidade de vida das pessoas. 5. Referências bibliográficas ABRAHÃO, Júlia Issy. As transformações do trabalho e desafios teórico metodológicos da Ergonomia. Estudos de Psicologia, 2002, 7 (número especial). ABRAHÃO, Júlia Issy. Reestruturação Produtiva e Variabilidade do Trabalho: Uma Abordagem da Ergonomia. Psicologia: Teoria e Pesquisa. Jan-Abr 2000, Vol. 16 n. 1, pp BARREIRA, Thaís H.C.. Um enfoque ergonômico para as posturas de trabalho. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, n 67, COUTO, Hudson de Araújo. Como implantar ergonomia na empresa: a prática dos comitês de ergonomia. Belo Horizonte: Ergo, 2002, 336p.:il. DUL, Jan e WEERDMEESTER, Bernad. Ergonomia Prática. São Paulo. Edgard Bliicher ltda, HAGG, Göran M. Corporate initiatives in ergonomics - an introduction. Applied Ergonomics 34 (2003) Disponível em Acessado em janeiro IIDA, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. 8 a ed. São Paulo: Editora Edgard Blücher Ltda, KNOPLICH, José. Enfermidades da Coluna Vertebral. São Paulo. Ed. Panamed Editorial, MARTINS, Gilberto de Andrade. Manual para elaboração de monografias e dissertações. ed. São Paulo: Atlas, MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Manual de Aplicação da Norma Regulamentadora NR-17. 2ª ed. Brasília: MTE, SIT, 2002, 101 p. :il. NASCIMENTO, N. M. & MORAES, R. A.S. Fisioterapia nas empresas. Taba Cultural. Rio de Janeiro (p.23-55). PINTO, Wagner Adriani de Souza. Aplicação da Metodologia Human Factors, O Caso de Uma Pequena Indústria Moveleira. Florianópolis, f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, UFSC, RICHARDSON, Roberto J. Pesquisa Social: métodos e técnicas. 3ª ed. São Paulo: Atlas, SCHIMIDT, A.S; CAMFIELD, C.; GODOY L.P; VICINI L.; CARNEIRO R.B. Um perfil do sistema de gestão das micro e pequenas empresas da região da Quarta Colônia de imigração italiana do Rio Grande do Sul. In: Encontro Nacional de Engenharia de Produção. XXV, Porto Alegre, RS, Brasil, Anais Eletrônicos, p TRIVIÑOS, August N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. ed. São Paulo: Atlas, VIDAL, M.C. Guia para Análise Ergonômica do Trabalho. Ed. EVC. Rio de Janeiro, RJ.,

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