CARACTERIZAÇÃO DOS SOLOS TROPICAIS LATERÍTICOS PARA REFORÇO DE PAVIMENTOS

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1 Clayton Zorzi R.A. n Semestre CARACTERIZAÇÃO DOS SOLOS TROPICAIS LATERÍTICOS PARA REFORÇO DE PAVIMENTOS Itatiba/SP 2008

2 Clayton Zorzi R.A. n Semestre CARACTERIZAÇÃO DOS SOLOS TROPICAIS LATERÍTICOS PARA REFORÇO DE PAVIMENTOS Projeto de pesquisa apresentado à disciplina Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia Civil da Universidade São Francisco, sob a orientação do Professor Mestre Ribamar de Jesus Gomes, como exigência parcial para conclusão do curso de graduação. Itatiba/SP 2008

3 ZORZI, Clayton. Caracterização dos Solos Tropicais Lateríticos para reforço de Pavimentos. Trabalho de Conclusão de Curso defendido e aprovado na Universidade São Francisco em 10 de Dezembro de 2008 pela banca examinadora constituída pelos professores: Professor Mestre Ribamar de Jesus Gomes USF Orientador Professor Dr. Adão Marques Batista USF Examinador Professor Dr. André Bartholomeu USF - Examinador

4 Aos Professores Pelo exemplo de profissionais que são: compromissados, orientadores, investigadores, instigadores, pesquisadores, estimuladores, que me fizeram crescer pessoalmente e profissionalmente.

5 AGRADECIMENTOS A realização desta Monografia só foi possível pelos anos que passei nesta instituição, que me deu a oportunidade de conhecer, trocar, aprender e aprimorar meu conhecimento com grandes professores, mestres e doutores, onde a todos manifesto minha gratidão, em particular ao meu professor e mestre Ribamar de Jesus Gomes, pela sua orientação, estímulo e enriquecimento deste trabalho. Aos meus colegas Fernando, Wendel, Saulo, Wilson, Carlos Eduardo, Ronald, entre outros, que não apenas nesta fase final estiveram presentes, mas no decorrer deste curso, onde discutimos criticamente, apoiamos, estudamos, aprendemos, trocamos e criamos um grande laço de amizade. Aos meus pais, que me deram a base de minha formação. A minha esposa, que sempre me incentivou, apoiou, sendo o meu alicerce nos momentos mais difíceis. Ao meu filho, que mesmo pequenino sempre me esperou ao retorno da faculdade. E enfim a Deus, exemplo que pelo caminho trilhado certo, mesmo se encontre obstáculos, com garra, amor e determinação, conseguimos alcançar os nossos objetivos

6 Nas coisas pequenas, mais do que nas grandes, se conhece, muitas vezes, o esforço do homem. (Baldassaus Castiglione)

7 ZORZI, Clayton. Caracterização dos Solos Tropicais Lateríticos para Reforço de Pavimentos f. Trabalho de Conclusão de Curso (Título de Engenheiro Cívil) Curso de Engenharia Civil da Unidade Acadêmica da Área de Ciências Exatas e Tecnológicas da Universidade Sâo Francisco, Itatiba. RESUMO Observando-se o grande número de rodovias e pavimentos em nossa região que sofrem com a acomodação do solo ou o recalque e conseqüentemente através disto o surgimento de depressões, buracos, rachaduras, etc, que ocorrem na malha viária devido à uma série de fatores: como o aumento da frota de veículos, fluxo intenso de veículos, veículos cada vez mais pesados e velozes, juntamente com a falta de manutenção em alguns casos e principalmente o nosso tema de estudos, o solo, onde outros profissionais nem se dão conta como este é o fator mais importante, ou até talvez o principal, que associado com outros, desencadeie todos esses acontecimentos. Este trabalho de Conclusão de Curso (TCC), tem como objetivo através de pesquisas bibliográficas o conhecimento sobre solos Tropicais, classificados como lateríticos, solo este que compõe a maioria do território brasileiro. Apresenta também as recomendações das Normas técnicas vigentes para o manuseio correto desse tipo de material, que impedira o surgimento das patologias mencionadas. Palavras-Chave: Pavimento, solo, reforço

8 ABSTRACT Observing the large number of roads and pavements in our region who suffer with the accommodation of the soil or the repression and consequently through it the appearance of depressions, holes, cracks, etc., that occur in the loop road due to a number of factors: such as increasing the fleet of vehicles, intense flow of vehicles, vehicles increasingly heavy and fast, along with the lack of maintenance in some cases and especially our theme of study, the soil, where other professionals are not reported having such is the most important factor, or maybe even the main, which combined with others, triggering all these events. Completion of this work of Course (TCC), aims to bibliographic searches through the knowledge on Tropical soils, classified as Lateritic, this land that makes up the majority of Brazil's territory. It also presents the recommendations of the Technical Standards applying for the correct handling of such material, which would prevent the emergence of diseases mentioned. Keywords: FLOOR, PAVEMENT, GROUND, REIFORCEMENT

9 SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS LISTA DE TABELAS 1 INTRODUÇÃO 13 2 OBJETIVO 15 3 JUSTIFICATIVA 16 4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Solos Origem e Composição Solos Residuais Solos Transportados Solos Orgânicos Solos Pedogênicos Solo Tropical O Clima Tropical Úmido Equilíbrio Hídrico nas Regiões Tropicais Congelamento, Degelo e Gradiente Térmico no Subsolo Posição do Nível D água Solo Laterítico Solos Superficiais Lateríticos Peculiaridades dos Solos Superficiais Lateríticos Latossolos Solos Podzólicos Terras Roxas Estruturadas Linha de Seixos Argila Argilas Lateríticas Materiais Granulares Empregados em Base, Sub-Base ou Reforços Solos e Solo - Agregado Empr. em Base, Sub-Base ou Reforços Lateritas, Saibros e Mat. Reciclados Empr. Base, Sub-Base e Refo Materiais Cimentados Empregados em Base, Sub-Base ou Refor. 51

10 4.9 Recomendações do DNIT para a Execução de Base Estabilizada com Utilização de Solos Lateríticos Material Beneficiamento Características Equipamentos Execução da base Manejo Ambiental Controle do Material Controle da Execução 60 5 CONCLUSÃO 61 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 62

11 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Perfil resultante da decomposição e rochas (DNER, 1996) Figura 2 Depósito de Tálus (DNER, 1996) Figura 3 Perfil esquemático de ocorrências de solos em ambientes tropicais (NOGAMI et al, 2000) Figura 4 Perfil de solo mostrando os horizontes A,B e C (MARAGON, 2004) Figura 5 Ocorrência de solos Lateríticos no território Brasileiro (NOGAMI et al, 2000) Figura 6 Brita graduada simples Figura 7 Brita corrida Figura 8 Macadame hidráulico Figura 9 Rachão Figura 10 Macadame seco Figura 11 Macadame seco: detalhe da graduação Figura 12 Solo-brita descontínuo: mistura na pista Figura 13 Solo-brita descontínuo: detalhe da camada compactada Figura 14 Solo-brita Figura 15 Solo-areia: mistura em pista Figura 16 Solo arenoso fino Laterítico LA Figura 17 Argila arenosa Laterítica LG Figura 18 Laterita in natura Figura 19 Saibro: camada compactada Figura 20 Saibro: detalhe da graduação Figura 21 Agregado reciclado de resíduo sólido Figura 22 Agregado reciclado de resíduo sólido da construção civil: detalhe da graduação Figura 23 Escória de Acíaria Figura 24 Brita graduada tratada com cimento Figura 25 Brita graduada tratada com cimento: camada de sub- base Figura 26 Solo cimento Figura 27 Solo Cal

12 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AASHTO American Association of State Highway and Transportation Officials Al - Alumínio CFA Classificação Climática de Koppen Clima subtropical úmido quente DNER Departamento Nacional de Estradas de Rodagem DNIT Departamento Nacional de Infra - Estrutura de Transportes DEF Deficiência Hídrica Anual EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias EP Evapotranspiração Potencial EXC Excedente Hídrico Anual Fe Ferro GC Grau de Compactação IM Índice de Umidade IP Índice de Plasticidade IPT Instituto de Pesquisa Tecnológica do Estado de São Paulo IPR Instituto de Pesquisa Rodoviária ISC Índice de Suporte Califórnia ISSMFE International Society for Soil Mechanics and Foundation Engineering LA Solo Arenoso Fino Laterítico LG Argila Arenosa Laterítica LL Limite de Liquidez MCT Miniatura, Compactado, Tropical; designação de uma metodologia de ensaios geotécnicos mm - Milímetro PRE Precipitação Pluviométrica PRF Precipitação Efetiva

13 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Decomposição de Rochas (DNER, 1996) Tabela 2 Equilíbrio Hídrico (Medina e Motta, 1989). Tabela 3 Quadro de Composição Granulométrica (DNIT, 098/2007). Tabela 4 Tolerância Máxima Granulométrica (mm) (DNIT, 098/2007). Tabela 5 Amostragem Variável (DNIT, 098/2007).

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15 13 1. INTRODUÇÃO Desde que se introduziu, no Brasil, no fim da década de 30, o uso da Mecânica dos Solos na solução de problemas ligados à construção de pavimentos e rodoviários, foram encontradas várias discrepâncias entre as previsões efetuadas com a aplicação dos princípios desenvolvidos por essa especialidade e o real comportamento dos solos nas obras. Essas discrepâncias têm sido atribuídas, em grande parte, às peculiaridades dos solos e do ambiente tropical. Para que elas possam ser devidamente consideradas, há necessidade de caracterizálas apropriadamente, as peculiaridades dos solos tropicais são divididas nos itens: a) Ocorrência de solos tropicais; b) Constituição dos solos tropicais; c) Fábrica de solos tropicais; d) Propriedades e índices de solos tropicais; e) Ambiente de solos tropicais. Uma das dificuldades em abordar as peculiaridades dos solos tropicais reside na ausência de uma terminologia consagrada para os mesmos. Disso resulta que termos iguais são freqüentemente usados para significar materiais bastante diferentes e materiais iguais podem receber várias designações. Confusões daí resultantes acontecem tanto no âmbito nacional como internacional. Solos Tropicais são aqueles que apresentam peculiaridades de propriedade e de comportamento, em decorrência da atuação nos mesmos de processo geológico e/ou pedológico, típico das regiões úmidas. Encontram-se os seguintes solos nas regiões tropicais: lateríticos, saproliticos e transportados, o objetivo principal desse trabalho é o estudo do solo laterítico para reforço de pavimentos. Os solos Lateríticos, Later significa tijolo em latim e Ito significa material Pétreo, são solos superficiais, típicos das partes bem drenadas das regiões tropicais úmidas, resultante de uma transformação da parte superior do subsolo pela atuação do intemperismo. No processo de laterização há um enriquecimento no solo de óxido hidratado de ferro e/ou alumínio e a permanência da caolinita como argilo-mineral predominante e quase exclusivo, conferindo a estes solos uma coloração típica: vermelho, amarelo, marrom e alaranjado. Solo Laterítico é definido pelo Comitê de Solos Tropicais da Associação Internacional de Mecânica Solos e Engenharia de Fundações (ISSMEF) como aquele que pertence aos horizontes A (camada mineral com enriquecimento de matéria orgânica) e B (apresenta

16 14 máxima expressão de cor, estrutura e/ou que possuem materiais translocados), de perfis drenados, desenvolvidos sob atuação de clima tropical úmido. Possuem sua fração argila constituída essencialmente de argilominerais do grupo das caulinitas e de óxido e hidróxido de ferro e/ou alumínio o que confere a estrutura poros e agregações altamente estáveis. Estes solos têm tendências a possuírem uma grande parcela da sua granulometria menor que 2mm de diâmetro e em alguns locais podem apresentar, inseridos em sua constituição, pedregulhos lateríticos denominados de lateritas, que são massas consolidadas, maciças ou porosas, de mesma mineralogia dos solos lateríticos e que tem sido muito aproveitada como materiais de construção rodoviária. Neste trabalho será apresentado o conhecimento disponível sobre o assunto, enfocando a utilização do Solo Laterítico como material na construção de bases e sub-bases de pavimento.

17 15 2. OBJETIVO O objetivo deste projeto é estudar através de uma revisão bibliográfica as importâncias dos solos no reforço de pavimentos para rodovias. Procurar entender melhor a influência do solo no desempenho do pavimento e apresentar de um modo geral os tipos de solos mais usados como subleito de rodovias e as suas características geológicas. Serão apresentadas também particularidades dos solos tropicais lateríticos, pela sua abrangência em grande parte do território nacional.

18 16 3. JUSTIFICATIVA Mediante aos inúmeros problemas que se tem tido nas rodovias da região de Itatiba/SP, como afundamentos, trincas, etc e o tipo de solo destas rodovias é igual a quase toda parte do território Brasileiro, ou seja, o solo Laterítico, juntamente com os veículos cada vez mais pesados e velozes com fluxo mais intenso, torna-se imprescindível o estudo deste solo através de uma revisão bibliográfica para deixar mais claro os cuidados necessários para a prevenção desses problemas.

19 17 4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 4.1 Solos O termo solo vem do latim solum, e é a porção da superfície terrestre onde se anda e se constrói, etc. Material da crosta terrestre, não consolidado, que ordinariamente se distingue das rochas, de cuja decomposição em geral provém, por serem suas partículas desagregáveis pela simples agitação dentro da água (definição do dicionário Aurélio). Para NOGAMI et al (2000) o solo é um material natural não consolidado, isto é, constituído de grãos separáveis por processos mecânicos e hidráulicos relativamente suave, como dispersão em água com uso de aparelhos dispersor de laboratório, e que podem ser escavados com equipamentos comuns de terraplenagem (pá carregadeira, motoescavotransportadora, etc.). No âmbito da engenharia rodoviária, considera-se solo todo tipo de material orgânico ou inorgânico, inconsolidado ou parcialmente cimentado, encontrado na superfície da terra. Em outras palavras, considera-se como solo qualquer material que possa ser escavado com pá, picareta, escavadeira, em necessidade de explosivos. (DNER, 1996). A parte mais superficial da crosta terrestre é o que chamamos de solo, de uma maneira geral, os materiais constituintes da crosta terrestre que não satisfizerem a condição de solo serão considerados como ROCHA, mesmo que isso contrarie as conceituações geralmente adotadas em geologia e em pedologia. Cabe acrescentar que o solo no sentido aqui adotado pode apresentar-se com estrutura natural ou artificial. O solo terá estrutura artificial quando transportado e/ou compactado, como em aterros, barragens de terra, reforços do subleito de pavimentos, etc., já o natural é como o encontramos na natureza sem nenhuma intervenção humana. Pela Engenharia Civil, o solo é definido como todo material da crosta terrestre que não oferece resistência intransponível à escavação mecânica e que perde totalmente sua resistência, quando em contato prolongado com a água. Segundo (Vargas 1977) o solo tem sua origem imediata ou remota na decomposição das rochas pela ação das intempéries, fato que já lhe confere uma primeira possibilidade de classificação: Solo Residual como sendo aquele que permanece no local da rocha matriz e Solo Transportado para aquele que após a desagregação das rochas é levado por algum agente (água, vento ou gravidade) para outros locais. Esta classificação geral implica em uma

20 18 série de propriedades físicas e de comportamento que podem ser previstas para o material a partir deste processo de formação. Nas obras de engenharia civil, a análise geotécnica que é realizada, sob o prisma da Mecânica dos Solos, deve sempre se apoiar neste processo dinâmico do relevo e procurar resgatar a história geológica do solo antes de qualquer projeto. Especificamente sobre este processo dinâmico, Freire (1995), sintetiza informações de vários pesquisadores do tema e ressalta: o relevo e seu processo de transformação tem sido abordado com destaque pelas várias disciplinas das Ciências Naturais. A Geografia Física através da Geomorfologia, a Ecologia e principalmente a Geologia, têm demonstrado a importância de tal consideração. A Geomorfologia faz uma abordagem ampla desta dinâmica ao considerar a atuação do relevo como suporte das interações naturais e sociais. Destaca o antagonismo entre as forças endógenas e exógenas sendo os trabalhos gerados entre tais forças, produtos em permanente transformação, dada a constante ação e reação entre matéria e energia, interagindo através dos diferentes componentes da natureza. A tese ecológica do Desenvolvimento Sustentável, em um de seus grupos de ações previstas, refere-se aos esforços do desenvolvimento científico e tecnológico voltados a compatibilizar as atividades humanas com a dinâmica do meio físico. Também num contexto ambientalista, Santos et al. (1998) comenta as intensas e dinâmicas transformações internas e externas do planeta, forjadas pelo movimento de seu calor interno e pela transformação da energia solar em trabalho mecânico, através principalmente da movimentação das águas superficiais e subsuperficiais. Acrescenta ainda que a Geotecnia, sendo uma interface entre a geologia e a engenharia civil, como ciência natural e tecnológica, tem em seu material de trabalho e suas características gerais a manifestação destas constantes transformações do relevo. Freire (1995) comenta também em seu trabalho que varias abordagens tem sido feitas pela comunidade geotécnica sobre a consideração deste aspecto. O Instituto Tecnológico do Estado de São Paulo (IPT) ressalta ser a superfície do planeta o resultado entre as chamadas forças internas que atuam no sentido de elevar a superfície da terra e as externas, que tendem a arrasar estas elevações. Para o entendimento desta dinâmica natural Freire ressalta ser fundamental a consideração dos processos de formação, que estão geralmente associados a movimentos orogenéticos ou decorrentes da epirogêneses, e dos processos de erosão.

21 19 Freire acrescenta os comentários de Wolle sobre a atuação antagônica da natureza: de um lado o diastrofismo, através de dobramentos e flexuras ou através de tectônica rígida, falha mentos e basculamentos, cria os relevos acidentados, a elevação dos terrenos de que resultam serras e montanhas e os afundamentos que dão origem a vales, planícies, lagos e mares. Por outro lado ocorre a ação dos processos erosivos, através de seus agentes principais, que são a água e o vento, sob a condicionante básica da gravidade, procurando transportar para cotas mais baixas o material presente em maiores altitudes, numa permanente tendência a peneplanização. A partir destas considerações iniciais sobre o processo de formação dos solos de uma forma geral e sua relação com a dinâmica do relevo, o presente trabalho pretende-se ater especificamente sobre os solos denominados de formação pedogenética (LATERÍTICOS), ou seja, aqueles que adquiriram características próprias em função da atuação das condições climáticas, após e independentemente de sua condição de residual ou transportado Origem e Composição Todo o solo tem sua origem imediata ou remota na decomposição das rochas pela ação das intempéries. A formação originária dos solos depende de pelo menos cinco fatores: 1 a natureza da rocha mãe; 2 o clima da região; 3 o agente intempérico de transporte; 4 a topografia da região; 5 os processos orgânicos. Sob este ponto de vista, segundo VARGAS (1978), os solos seriam divididos em quatro grandes grupos, que serão destacados na sequência.

22 Solos Residuais São aqueles proveniente da decomposição e alteração das rochas in situ. Sua composição depende do tipo e da composição mineralógica da rocha original que lhe deu origem. Todos os tipos de rocha formam solo residual. São bastante comuns no Brasil, principalmente na região Centro-Sul, em função do clima. (DNER, 1996). O quadro à seguir mostra alguns exemplos de formação de solos proveniente da decomposição de rochas. Tabela 1 - Decomposição de rochas (DNER, 1996) TIPO DE ROCHA COMPOSIÇÃO TIPO DE SOLOS COMPOSIÇÃO MINERAL Basalto Plagioclásio Argiloso (pouca Argila Piroxênios areia) Quartzito Quartzo Arenoso Quartzo Filito Micas (sericita) Argiloso Argila Granito Quartzo Feldspato Areno-argiloso Quartzo e a argila Mica (micáceo) (micáceo) Calcário Calcita Argila São subdivididos em horizontes e se organizam da superfície para o fundo. A transição entre um horizonte e o outro é gradativa de modo que a separação entre eles pode ser arbitrária. Não existe um contato ou limite direto e brusco entre o solo e a rocha que originou. Em geral tem-se o seguinte esquema, mostrado na figura abaixo:

23 21 Figura 1 Perfil resultante da decomposição e rochas (DNER, 1996) A Solo residual maduro: é o solo que perdeu toda a estrutura original da rocha madre e tornou-se relativamente homogêneo. Não se consegue observar restos da estrutura da rocha nem de seus minerais. B Solo de alteração de rocha (Saprolítico): já mostra alguns elementos da rocha madre, mantendo a estrutura original inclusive veios intrusivos, fissuras, xistosidade e camadas, mas perdeu totalmente a consistência. Pode ser confundido com rocha alterada, porém ao ser pressionado pelos dedos esboroa-se completamente. C Rocha alterada: lembra a rocha madre no aspecto. É o horizonte em que a alteração progrediu, preservando parte da estrutura e dos seus minerais. Sua dureza ou resistência é inferior à da rocha madre. D Rocha sã: é a rocha inalterada.

24 Solos Transportados São solos sedimentados por um agente transportador. Formam geralmente depósitos mais inconsolidados e fofos que os solos residuais e tem profundidades variáveis. De um modo geral são menos homogêneos que os solos residuais. Ocorrem somente em áreas mais restritas enquanto que os residuais são mais comuns e de ocorrência generalizada. (DNER, 1996). De acordo com a capacidade do agente transportador podem exibir grandes variações laterais e verticais na sua composição. De acordo com o agente transportador temos os seguintes tipos: aluviais, coluviais, sedimentos e eólicos. Os solos de aluvião são aqueles transportados pelas águas e depositados quando a corrente sofre uma diminuição da velocidade. Quando o transporte é feito por grandes volumes de água formam-se os terraços aluvionais das margens e as planícies recentes dos deltas dos grandes rios. A princípio são carregados os detritos das erosões. Os primeiros a serem depositados são os grandes blocos e depois os pedregulhos. Ao se perder a velocidade, também vai se perdendo a capacidade de carrear os sedimentos e então os rios passam a depositar as camadas de areia e em seguida os grãos de menor diâmetro formandos leitos de areia fina e silte. Por fim, somente os micro-cristais de argila permanecem em suspensão na água e sua sedimentação se dará por floculação. (VARGAS, 1978). A variação do regime do rio possibilita o aparecimento de depósitos de aluviões bastante heterogêneos segundo a granulometria do material. As águas dos rios em seu caminho para o mar transportam os detritos de erosão e os sedimentam em camadas, na ordem decrescente de seu diâmetro. Em princípio sedimentam-se as camadas de pedregulho, depois de areia e siltes e por fim às camadas de argila. Os cascalhos encontrados ao longo do rio Paraná são usados como agregado natural para concreto são exemplos de solos de aluvião assim como a argila cerâmica do rio Tietê em São Paulo. (DNER, 1996). Os solos Coluviais são aqueles cujo agente transportador é a gravidade, que faz cair massas de solo e rochas ao longo dos taludes. Também são conhecidos por depósitos de talus. Ocorrem via de regra ao pé de escavações e encostas. Sua composição depende do tipo de rocha existente nas partes mais elevadas. Estes solos normalmente são desaconselháveis para projetos de engenharia, pois são materiais inconsolidados, permeáveis e sujeitos a escorregamentos. (DNER, 1996).

25 23 Os depósitos assim constituídos são formados por grãos de tamanho muito variável, inclusive blocos de rocha. Os grãos de argila são levados pelas enxurradas e carregados pelas ribeiras que descem a serra. Porém nem todo transporte coluvial é tão violento, pois podemos encontrar locais de topografia suavemente ondulada que é o resultado da erosão do topo dos morros e cuja deposição coluvial se deu nos vales. (VARGAS, 1978). A figura a seguir mostra exemplos de depósitos de talus: Figura 2 Depósito de Tálus (DNER, 1996) Os sedimentos são incluídos na classe dos solos coluviais por serem solos constituídos por camadas, recentes ou antigas, que não estejam ainda consolidados. Os solos Eólicos são aqueles transportados pelo vento. Seus dois tipos mais comuns são as dunas (encontradas nas praias litorâneas) e os depósitos loess (não identificados no Brasil). Os ventos sopram sobre as areias e as carreiam, indo depositar seus grãos mais além, formando as dunas. Uma característica deste tipo de formação é a uniformidade dos grãos, pois a força do vento seleciona os pesos dos grãos que podem ser transportados. Os loess são formados por partículas muito finas que são levadas pelos ventos a elevadas alturas e depositadas a grandes distâncias. (VARGAS 1978).

26 Solos Orgânicos Segundo VARGAS (1978), a formação dos solos orgânicos ocorre pela impregnação de matéria orgânica em sedimentos preexistente ou pela transformação carbonífera de materiais, geralmente, de origem vegetal contida no material sedimentado. Uma parte dos produtos da decomposição da matéria orgânica é um produto escuro e relativamente estável que impregna os solos orgânicos, chamado húmus. E este só impregna permanentemente solos finos como a argila e silte. Geralmente são os solos de cor escura das baixadas litorâneas ou das várzeas dos rios interioranos. Não existem areias grossas ou pedregulhos orgânicos, pois a alta velocidade de percolação carreia toda matéria orgânica. Quando há grande deposição de folhas caules e troncos formam-se um solo fibroso essencialmente de carbono, que se chama turfa, tendo esta uma densidade menor que os outros solos orgânicos Solos Pedogênicos Dá-se o nome de evolução pedogênica há uma complexa série de processos físicoquímico e biológico que governam a formação dos solos da agricultura. Compreendem a lixiviação do horizonte superficial e concentração de partículas coloidais no horizonte profundo e impregnação com húmus do horizonte superficial. Na engenharia, esta camada recebe o nome de solo superficial e têm pouco interesse técnico.(vargas, 1978). Um outro solo, de grande valor técnico para engenharia, são os chamados solos porosos, cuja formação se deve a uma evolução pedogênica em clima tropical de alternância secas (no inverno) e extremamente úmidas (no verão) resultando assim os solos lateríticos. Estes solos recobrem extensas zonas do Brasil Centro-Sul e as espessuras podem atingir mais de 10 metros. As concreções formadas em clima de profunda alternância de estações secas e úmidas recebem o nome de pedregulho laterítico, as chamadas lateritas, cuja importância técnica é cada vez maior para a construção de base rodoviárias. (VARGAS, 1978). Devido à sua grande utilização em obras rodoviárias e pavimentos, este tipo de solo será abordado separadamente.

27 Solo Tropical Solo Tropical é aquele que apresenta peculiaridades de propriedades e de comportamento, relativamente aos solos não tropicais, em decorrência da atuação no mesmo de processo geológicos e/ou pedológicos, típicos das regiões tropicais úmidas (Committee on Tropical Soils of ISSMFE. 1985). Conseqüentemente, para que um solo possa ser considerado como Tropical, não basta que tenha sido formado na faixa astronômica tropical ou em região de clima tropical úmido. É indispensável que possua peculiaridades de interesse geotécnico, a serem consideradas à seguir. Essa definição é essencialmente tecnológica: portanto, não necessariamente cientifica. Nas regiões de solos tropicais, encontram-se os seguintes solos: LATERÍTICOS, SAPROLÍTICOS E TRANSPORTADOS. Um perfil esquemático da ocorrência desses solos pode ser visto na figura abaixo: Figura 3 Perfil esquemático de ocorrência de solos em ambientes tropical (NOGAMI et al, 2000). Grande parte das peculiaridades dos solos tropicais é atribuída às condições climáticas vigentes nas áreas em que eles se situam ou na ocasião de sua evolução. Alguns solos tropicais ocorrem, atualmente, em áreas de clima não tipicamente tropicais, estando, portanto, em fase de transformação para se adaptar às novas condições climáticas.

28 26 Vários problemas geotécnicos peculiares das áreas de ocorrência de solos tropicais estão relacionados ao clima quente e úmido, típico da região climática tropical. Daí a oportunidade de melhor caracterizar o ambiente tropical úmido e compará-lo com aqueles prevalecentes nos climas temperados e frios, onde se desenvolveram grande parte dos procedimentos adotados nas obras viárias. Só após melhor familiaridade com eventuais diferenças ambientais, será possível desenvolver procedimentos mais apropriados para as regiões tropicais úmidas, por isso a importância dos profissionais de engenharia estarem realizando tais estudos para que sua obra tenha uma adequação de alta qualidade e garantia O Clima Tropical úmido O clima tropical úmido caracteriza-se pelas altas temperaturas médias anuais, geralmente superiores a 20 C, sem ocorrência de congelamento do subsolo, e elevada pluviosidade, isto é, superior a 1000 mm/ano. Para fins comparativos, caracterizar-se essa condição mediante o uso de classificações climáticas. Uma das classificações climáticas mais adotadas é a de KOPPEN, (193l) que é bastante antiga e simples. Assim, por exemplo, o clima CFA ocorre tanto no sul do Estado de São Paulo, incluindo as cidades de Itapetininga e Juquiá, onde o ambiente é nitidamente tropical, não ocorrendo portanto o congelamento do subsolo, como na região de Washington EUA., onde, durante cerca de um mês, o subsolo fica congelado. No hemisfério Sul, o tipo climático CFA ocorre desde o sul do Estado de São Paulo, onde predominam nitidamente solos tropicais lateríiticos, até as proximidades de Bahia Branca, na Argentina, a cerca de 500 Km ao sul de Buenos Aires, onde o ambiente não é nada tropical, com predominância de solos do grupo chernozêmico. No estado atual de desenvolvimento da geotécnica das regiões tropicais, a caracterização climática, mediante o uso das classificações disponíveis, pouco contribuiria para o desenvolvimento de critérios geotécnicos e construtivos mais apropriados para as regiões tropicais.

29 Equilíbrio Hídrico nas Regiões Tropicais O equilíbrio Hídrico de um solo, ou seja, o conhecimento deste é muito importante quando se tem como finalidade atividades agrícolas e hidrológicas, na superfície do terreno, isso é expresso pela fórmula abaixo, proposta por Thornthwaite, em 1948, e por Penman, em 1950: PRF = precipitação efetiva, geralmente expressa em mm, que pode ser positiva ou negativa: se positiva, haverá excesso d água que se escoará por drenagem superficial ou subterrânia; se negativa, o teor de umidade do solo tenderá a diminuir; PRE = precipitação pluviométrica durante o período (geralmente um mês), expressa quase sempre em mm; EP = evapotranspiração potencial, isto é, a quantidade máxima de água possível de ser evaporada no local, coberto por vegetação baixa e com suprimento ilimitado de água no solo, expressa em mesma unidade de PRE. Esse valor pode ser determinado de várias maneiras, sendo que geralmente é calculado em função da temperatura média mensal e da posição geográfica do local. Valores aproximados de EP mensal podem ser obtidos multiplicando-se a temperatura média mensal por 4 a 5. A precipitação efetiva PRF positiva significa disponibilidade de água para alimentar a evaporação potencial, não havendo, portanto perda de umidade junto da superfície do solo. Na prática, o fenômeno é mais complexo, sendo necessário considerar uma evapotranspiração real, porquanto poderá haver deficiência de água em certos períodos do ano. Além disso, o solo funciona como reservatório de água, cedendo-a as plantas, quando há deficiência de precipitação, e armazenando o excesso de precipitação, logo após o período de seca. A caracterização anual do equilíbrio hídrico pode ser feita pelo uso do ÍNDICE DE UMIDADE (IM), expresso pela formula: 100 EXC 60 DEF EP EXC = excedente hídrico anual, geralmente em mm, obtido de gráficos de equilíbrio hídrico;

30 28 DEF = deficiência hídrica anual, geralmente em mm, obtida de gráficos de equilíbrio hídrico; EP = evapotranspiração potencial anual, obtida de gráficos de equilíbrio hídrico. Segundo esse índice, a elevada temperatura tem grande efeito em diminuir o seu valor, de maneira que mesmo com elevada precipitação anual pode resultar um IM relativamente baixo, como acontece na cidade do Rio de Janeiro, onde esse índice é +5, como observaram Medina e Motta (1989). Utiliza-se, em geral, para caracterização qualitativamente o equilibrio hídrico, a escala a seguir: Tabela 2 Equilíbrio Hídrico (Medina e Motta, 1989) TIPO ÍNDICE IM Superúmido >100 Úmido 20 a 100 Subúmido 0 a 20 Seco -20 a 0 Semi-Árido -40 a -20 Árido -60 a -40 Para o planejamento da construção de pavimentos e de outras partes de obras viárias, geralmente, mais do que o valor de IM, há maior interesse de se conhecer o equilíbrio hídrico apresentado sob formas gráficas Congelamento, Degelo e Gradiente Térmico no Subsolo Uma das conseqüências da elevada temperatura média anual, prevalecente nos climas tropicais, é a ausência do congelamento no subsolo e conseqüente degelo na primavera. Os livros tradicionais de pavimentação, de origem estrangeira, enfatizam os efeitos prejudiciais desse fenômeno, que se associa à expansão, perda de suporte e redução do módulo de resiliência das camadas envolvidas. A expansão pode ocorrer tanto pelo aumento da espessura das lentes de gelo, que se formam no subsolo, como conseqüente ao aumento do teor de umidade na ocasião do degelo. A perda de suporte e a redução do módulo de resiliência associam-se ao degelo da primavera, porquanto o gelo contribui para aumentar a

31 29 capacidade de suporte e do módulo de resiliência, enquanto estiver presente. Segundo AASHTO (1986), na ocasião do degelo, o módulo de resiliência pode atingir valores da ordem de 20% daqueles prevalecentes no verão. Outra peculiaridade do ambiente prevalecente nas camadas do pavimento e do subleito, nas regiões tropicais, é o gradiente térmico predominante, que se estabelece da superfície do pavimento para as camadas subjacentes. Nas regiões de clima tropical, este gradiente é tipicamente decrescente, durante o dia, e crescente, durante a noite. Nas regiões de climas frios e temperados, o gradiente térmico mais importante que se estabelece é no sentido crescente, durante os períodos mais frios. Esse gradiente faz com que o teor de umidade se desloque do subleito para as camadas mais superficiais do pavimento. E isso pode ser altamente prejudicial, por quanto significa aumento no teor de umidade nas camadas superficiais. Já nas regiões tropicais, o gradiente térmico diurno faz com que o teor de umidade das camadas superficiais tenda a se deslocar em direção ao subleito. Observe-se que a movimentação d água sob o efeito do gradiente térmico, transferindoa das partes mais quentes para as mais frias, sob a forma de vapor, só é significativa se a camada envolvida tiver vazios comunicáveis em quantidade elevada. Assim, se o solo for argiloso e compactado nas condições de massa específica aparente seca máxima, a sua importância só ocorre se essa camada for submetida a uma secagem prévia. Essa secagem não só permite o estabelecimento de vazios intergranulares preenchidos de ar como, também, de trincas e fissuras de contração. Outra condição essencial para que o gradiente térmico proporcione significativa movimentação d água, é que esse gradiente seja elevado. Nas regiões tropicais, durante o dia, a superfície do pavimento atinge temperaturas superiores a 60 C, enquanto que o subleito permanece com temperatura de cerca da metade desse valor. Durante a noite, o gradiente contrário que se estabelece é incapaz de inverter o processo de maneira completa, porquanto o subleito nunca atingirá valores próximos de 60 C. Para que a movimentação d água do tipo em consideração tenha importância, é necessário, ainda, que a camada em que o fenômeno ocorre esteja muito próxima da superfície. Espessas camadas de revestimento ou base granular tornam o processo pouco importante. Tudo indica que o processo pode ser relevante nos pavimentos que utilizam bases arenoargilosas ou argilosas, revestidas por camadas betuminosas delgadas.

32 Posição do Nível D água Uma das conseqüências das grande espessura das camadas saprolíticas e lateríticas é a grande profundidade em que geralmente se situa o lençol freático. Admite-se que o horizonte pedogenético de tipo laterítico só se desenvolve acima do nível d água. A grande espessura da camada saprolítica também é atribuída, em grande parte, ao abaixamento sucessivo do nível d água, à medida que o processo de intemperismo evolui. Nas regiões tropicais úmidas, raramente o nível d água nos cortes, onde ocorrem espessas camadas lateríticas e saprolíticas, aparece a menos de cerca de 5 metros da superfície do terreno. Nessas condições, raramente a plataforma da rodovia intercepta o lençol freático. Observa-se que, nas regiões de climas frios e temperados úmidos, a emergência do lençol freático nos cortes é muito freqüente, o que tem levado ao uso generalizado de valetas laterais profundas.

33 Solo Laterítico É considerado solo de comportamento geotécnico laterítico, a não ser que especificadamente observando o contrário. Aquele que é caracterizado por possuir uma série de propriedades que levam a classificá-lo como solo de comportamento laterítico, segundo classificação MCT. No processo de laterização há um enriquecimento no solo de óxido hidratados de ferro e/ou alumínio e a permanência da caolinita como argilo-mineral predominante e quase exclusivo, conferindo a estes solos uma coloração típica: vermelho, amarelo, marrom e alaranjado. Pedologicamente, o solo laterítico é uma variedade de solo superficial pedogenético, típico das partes bem drenadas das regiões tropicais úmidas. Nos meios rodoviários brasileiros, o termo solo laterítico é freqüentemente usado como significando pedregulho laterítico. Segundo NOGAMI et al (1985) apud MARANGON (2004) solo laterítico é definido pelo Comitê de Solos Tropicais da Associação Internacional de Mecânica dos Solos e Engenharia de Fundações (ISSMEF) como aquele que pertence aos horizontes A (camada mineral com enriquecimento de matéria orgânica) e B (apresenta máxima expressão de cor, estrutura e/ou que possuem materiais translocados), de perfis bem drenados, desenvolvidos sob atuação de clima úmido. Possuem sua fração argila constituída essencialmente de argilominerais do grupo das caulinitas e de óxido e hidróxido de ferro e/ou alumínio o que confere a estrutura poros e agregações altamente estáveis. Estes solos têm tendência a possuírem uma grande parcela da sua granulometria menor que 2 mm de diâmetro e em alguns locais podem apresentar, inseridos em sua constituição, pedregulhos lateríticos denominados de lateria, que são massas consolidadas, maciças ou porosas, de mesma mineralogia dos solos lateríticos e que tem sido muito aproveitadas como materiais de construção rodoviária. Na figura a seguir é mostrado um perfil de solo onde pode-se identificar a distinção clara entre os horizontes A, B (lateríticos) e C (saprolíticos):

34 32 Figura 4 Perfil de solo mostrando os horizontes A, B e C (MARANGON, 2004) A figura abaixo mostra-se a ocorrência de solos lateríticos no território brasileiro: Figura 5 Ocorrência de solos lateríticos no território brasileiro (NOGAMI et al, 2000)

35 Solos Superficiais Lateríticos Os solos superficiais lateríticos apresentam uma mineralogia relativamente simples. O quartzo é um mineral encontrado com muita freqüência e, quase sempre, de maneira predominante nas frações areia e pedregulho desses solos, como acontece também nos solos não tropicais. Aliás, esse mineral é considerado normal na Mecânica dos Solos tradicional. Conseqüentemente, quando não se especifica o mineral da fração areia e pedregulho dos solos, pode-se admitir que o constituinte é o quartzo. Outro mineral (a rigor, uma associação de minerais) que freqüentemente ocorre nos solos superficiais lateríticos, sobretudo na fração pedregulho, é a LATERITA ou CONCREÇÃO LATERITICA, constituída essencialmente de óxidos hidratados de ferro e de alumínio. A essa substância associam-se freqüentemente a magnetita, a ilmenita, a hematita e sobretudo o quartzo. A laterita possui uma série de peculiaridades como constituinte dos grãos de solos, das quais se destacam as seguintes: Massa específica real consideravelmente maior que a do quartzo (cerca de 3,0 a 5,0 g/cm³); Resistência mecânica consideravelmente menor que o quartzo, podendo, muitas vezes, ser fragmentada facilmente com uso de martelo de madeira; Absorção d água da ordem de alguns porcentos. Similarmente ao caso da fração areia, a constituição mineralógica desta fração é quase sempre muito simples, sendo nítida a predominância do quartzo. Nos solos desenvolvidos com contribuição importante de rochas básicas, sobretudo basaltos, podem ocorrer siltes nos quais os constituintes predominantes são a magnetita e a ilmenita. É bastante freqüente a presença de TORRÕES DE ARGILA, não totalmente desagregáveis pelo processo de dispersão utilizado na separação desta fração para determinação granulométrica. A porcentagem desses torrões, geralmente, varia muito com a intensidade da dispersão mecânica e do defloculante utilizado. A LATERITA (forma concrecionada de óxido hidratados de ferro e/ou alumínio) também pode ocorrer nessa fração; contudo, e difícil de ser distinguida dos torrões de argila. A fração argila dos solos lateríticos caracteriza-se por conter elevada porcentagem de óxido e hidróxido de Fe e de Al. Em casos extremos, pode-se, inclusive, solos lateríticos nos quais na fração argila predominam minerais não argílicos.

36 34 O argilo-mineral geralmente presente na fração argila dos solos lateríticos é a caolinita, que é o membro da família dos argilo-minerais menos ativo coloidalmente. Essa atividade é ainda reduzida quando se associa aos óxidos e hidróxidos de Fe ou de Al. Esses óxidos geralmente envolvem a caolinita, somando esses fatos às peduliaridades dos óxidos e hidróxidos considerados, pode-se justificar o comportamento peculiar dos solos lateríticos Peculiaridades dos Solos Superficiais Lateríticos Esses solos constituem perfis naturais caracterizados pedologicamente por conterem horizontes B, designados: 1) B latossólicos, que integram perfis designados LATOSSOLOS, 2) B texturais, que integram designados SOLOS PODZOLIZADOS ou PODZÓLICOS e TERRAS ROXAS ESTRUTURADAS. As características desses horizontes pedológicos e dos perfis que integram, para finalidades essencialmente pedológicas, podem ser encontradas nas referências seguintes. Vieira e Vieira (1983), Committee on Tropical Soils of ISSMFE (1985), Topic 1.2; e Camargo et al (1987). De interesse geotécnico são sobretudo importantes as características descritivas seguintes: Latossolos Pequena diferenciação de horizontes, sendo que mesmo o horizonte vegetal ou orgânico pode ser pouco distinto; Cores predominantemente vermelha, amarela e marrom ou (bruna); Grande espessura, podendo atingir mais de uma dezena de metros; Elevada porosidade aparente, elevada permeabilidade, com agregação geralmente bem desenvolvida (torrões bem distintos); Variedade granulométricamente, desde argila até areia argilosa; Principais grupos pedológicos: Latossolo Roxo (Terra Roxa Legítima); Latossolo Vermelho-Escuro; e Latossolo Vermelho-Amarelo.

37 Solos Podzólicos Diferenciação de horizontes bastante nítida, podendo-se distinguir o horizonte orgânico ou vegetal (horizonte pedológico A), que se sobrepõe a um horizonte nitidamente mais rico em argila, designado horizonte B textual; Cores predominantes: vermelha e amarela no horizonte B; Espessura: desde menos de um metro a até alguns metros; Fábrica caracterizada por possuir, freqüentemente, agregados (torrões) bem desenvolvidos nas variedades argilosas e presença de cerosidade (superfície argilosa brilhante); Condições de drenagem freqüentemente prejudicadas pela presença do horizonte argiloso; Granulometria variada, desde variedades arenosas até argilosas; Grupos pedológicos mais freqüentes: Podzólico Vermelho-Amarelo; Podzólico Vermelho-Escuro, Podzólico Bruno-Acinzentado; Podzólico Amarelo Terras Roxas Estruturadas Diferenciação dos horizontes pouco nítidas, sobretudo no que se refere à cor; Cores predominantes: vermelha e marron (bruna), semelhante aos latossolos roxos; Possuem um horizonte B textural, isto é, um enriquecimento nítido de argila nesse horizonte, que possui granulometria tipicamente de argila; O horizonte B apresenta uma agregação muito desenvolvida, caracterizada por formar blocos centimétricos, que se desagregam intensamente quando expostos às intempéries, porosidade aparente e permeabilidade elevadas; O horizonte B apresenta cerosidade muito nítida; Espessura da ordem de até vários metros; Dão efervescência com água oxigenada e contêm elevada porcentagem de grãos de óxido de ferro anidros (magnetitas e ilmenita, principalmente), associando-se às rochas básicas;

38 36 Grupos pedológicos mais freqüentes: Terra Roxa Estruturada, Terra Bruna Estruturada Linha de Seixos Uma feição muito comum no horizonte superficial ou no seu limite inferior é a presença de uma linha de seixos ( Stone line, em inglês). Essa feição não se restringe aos perfis tipicamente tropicais, porém é nos solos lateríticos que essas linhas aparecem com maior freqüência e desenvolvimento. De uma maneira geral, a presença da linha de seixos significa descontinuidade genética no perfil. Quase sempre o solo sobrejacente à linha de seixos tem origem diferente daquele subjacente. Devido a esse fato, em pedologia, costuma-se caracterizar as partes geneticamente distintas, separadas por linhas de seixos, por números romanos. Geotecnicamente, a linha de seixos tem em geral significado prático importante. Isso porque, com freqüência, essa linha limita inferiormente o horizonte superficial laterítico. Abaixo da linha de seixos, podem ser encontrados tanto solo saprolítico como transportado e, mais raramente, o pedogenético superficial. Se a camada subjacente for saprolítica, portando de origem residual, certamente o horizonte superficial não será mais residual e sim, transportado. Além disso, a camada saprolítica terá propriedades e comportamento bastante diferentes do horizonte superficial sobrejacente. Se, abaixo da linha de seixos, o solo for de origem transportada, o mesmo terá também propriedades e comportamento bem distintos do horizonte superficial sobrejacente à linha de seixos. Isso porque o solo sobrejacente à linha de seixos, apesar de também ser transportado, teve processo de transporte geralmente bem diferente; além disso, foi submetido a intensos processos pedogenéticos de laterização. A linha de seixos pode ter várias origens, existindo uma razoável bibliografia sobre o assunto. Do ponto de vista geotécnico e para as regiões de clima tropical úmido, têm importância sobretudo aquelas originadas: a) Pelo coluvionamento superficial, isto é, deslocamento ao longo de encostas, devido sobretudo à ação da gravidade e sucessivos umedecimentos e secagens. Esse tipo de linha de seixos geralmente associa-se a uma fonte definida de

39 37 seixos, que pode ser tanto de origem sedimentar como magmática ou metamórfica. Quando de origem magmática ou metamórfica, os seixos são angulosos; b) Pelas mudanças de clima seco para úmido. O clima possibilita o acúmulo de seixos na superfície do terreno. A mudança de clima, com aumento de pluviosidade, faz com que se desenvolva nova superfície do terreno, que, em muitos lugares resulta em sobreposição de material transportado sobre a camada de seixos. Observe-se que, em grande parte das áreas atualmente úmida do Brasil, o clima precedente foi tipicamente seco. c) Muitas linhas de seixos são de origem fluvial e de origens mistas, envolvendo, sobretudo, processos de formação de concreções e couraças lateríticas. A interpretação apropriada dessas linhas de seixos requer razoável treino em geologia e em pedologia.

40 Argila Aglomerado de argilo minerais e de outros elementos tais como quartzo, feldspato e mica, e ainda certo teor de impurezas, tais como óxido de ferro e matéria orgânica. Quanto a influência dos processos geológicos e da composição dos solos no seu comportamento, a composição mineralógica pode ser um dado valioso para prever ou resolver alguns problemas pouco usuais na engenharia de solos. Entretanto, sozinha é insuficiente para explicar o comportamento dos solos, havendo a necessidade da consideração de outros fatores: arranjo das partículas, origem geológica, tamanho e forma das partículas, características do fluído dos poros e dos íons adsorvidos, e finalmente da natureza complexa das características mineralógicas dos solos naturais (Massad, 1996). Com relação ao processo de formação, como foi comentado no item anterior, todo solo tem sua origem imediata ou remota na decomposição das rochas pela ação das intempéries. Concomitantemente com a fragmentação pela expansão e contração térmica a rocha sofre oxidação e ataque de águas aciduladas por ácidos orgânicos. A argila é formada através da decomposição dos feldspatos e mica, pela água acidulada. O termo argila não pode ter em mecânica dos solos o significado de rocha que tem em geologia, pois se referirá sempre a um solo. (Vargas, 1977). A primeira característica que diferencia o solo é o tamanho das partículas que os compõe. Existem grãos de areia com dimensões de 1 a 2 mm e existem partículas de argila com espessura da ordem de 10 angstrons (0, mm). Há porém situações de grãos de areia envoltos por grande quantidade de partículas argilosas finíssimas ficando com o mesmo aspecto de uma aglomeração formada exclusivamente de partículas argilosas. Quando secas as duas formações (areia/argila) são dificilmente diferenciadas, quando úmidas, entretanto a aglomeração de partículas argilosas, se transforma em uma pasta fina enquanto a partícula arenosa revestida é facilmente reconhecida pelo tato. (Sousa Pinto, 1998). Granulometricamente os solos são classificados em quatro tipos básicos (pedregulho, areia, silte e argila), a partir do diâmetro médio dos grãos, conforme especificado em Vargas (1977), apresentado a seguir: Pedregulho diâmetro médio > 2 mm Areia 0,02 mm < diâmetro médio < 2 mm Silte 0,002 mm < diâmetro médio < 0,02 mm Argila (micro cristais) diâmetro médio < 0,002 mm

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