Universidade de São Paulo Departamento de Geografia FLG CLIMATOLOGIA 1
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- Manoel Casado Amado
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1 Universidade de São Paulo Departamento de Geografia FLG CLIMATOLOGIA 1
2 12km 80% do ar ¾ da Uabs -0,6 C/100m
3 Quaisquer deposição em forma líquida ou solida e derivada da atmosfera. (Ayoade,1988) 1. Hidrometeoro constituído por um conjunto da partículas aquosas, líquidas ou sólidas, cristalizadas ou amorfas, que caem de uma nuvem ou de um conjunto de nuvens e atingem o solo. 2. Produtos líquidos ou sólidos da condensação do vapor de água, que caem das nuvens ou são depositados pelo ar úmido no solo. 3. Quantidade de precipitação caída sobre uma superfície horizontal, durante um dia, um mês e um ano, designada, respectivamente, como precipitação diária, mensal e anual. (Defesa Civil, 1998) A precipitação é composta por qualquer ou todas as formas de partículas de água, líquidos ou sólidos, que caem de nuvens e atingem o solo. Estas formas incluem neve, chuva, chuvisco, e granizo.
4 transporte de vapor precipitação escoamento superficial evaporação transpiração evaporação precipitação percolação lago rio oceano continente fluxo de retorno fluxo subterrâneo
5 transporte de vapor precipitação escoamento superficial evaporação transpiração evaporação precipitação percolação lago rio oceano continente fluxo de retorno fluxo subterrâneo
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7 Precipitação Regime neve Sólida granizo nival Líquida chuva pluvial chuvisco
8 1. Chuvisco - precipitação de água líquida em que o diâmetro da gota é inferior a 0,5 mm. 2. Chuva - precipitação de água líquida em que o diâmetro da gota é superior a 0,5 mm. 3. Granizo - pequenos pedaços de gelo, com um diâmetro inferior a 5 mm, que se formam a grandes altitudes e atingem a superfície. 4. Saraiva - pequenos pedaços de gelo, com um diâmetro superior a 5 mm, que se formam a grandes altitudes e atingem a superfície. 5. Neve - precipitação de cristais de gelo provenientes da sublimação do vapor de água ou do congelamento lento das gotículas de água nas altas camadas da troposfera e que, em certas condições, podem aglomerar-se produzindo flocos.
9 GOES Precipitação: Vapor: - 13:00: :00:00 Fonte:
10 Diâmetro de fio de cabelo fino: 0,057 mm (50 micrômetros) 20 micrômetros = 0,02 mm 1 micrômetro = 0,001 mm 0,2 micrômetros = 0,0002 mm Gotícula de vapor...
11 Saturação...aqueles 4% do volume atmosférico, quase a 100% de umidade relativa... e o seu ponto de orvalho é a mesmo que sua temperatura... Equilíbrio entre evaporação e condensação Pode ocorrer em altitudes diversas
12 Saturação Quando o ar próximo a superfície entra em fase de precipitação, acaba por atingir uma temperatura inferior a do ponto de orvalho, o vapor d'água acaba se condensando e dando origem a fenômenos como a neblina, o orvalho e a geada.
13 Temperatura à qual o vapor de água presente no ar ambiente passa ao estado líquido na forma de pequenas gotas por via da condensação: o orvalho. Em outras palavras, é a temperatura à qual o vapor d'água que está em suspensão no ar condensaria (viraria "orvalho"), sob a mesma pressão. Se o ponto de orvalho aumenta (devido ao aumento da umidade) ou se a temperatura do ar diminui, a saturação do ar aumenta (a umidade relativa do ar aproxima-se de 100%)
14 1) ORVALHO Temperatura do ponto de orvalho (acima de 0º C) 2) GEADA Temperatura do ponto de geada (igual ou menor do que 0º C) Dependem do resfriamento radiativo noturno (noites limpas e calmas). Comum no outono e inverno em nossa latitude. São formas de condensação direta sobre uma superfície: solo, folhas ou carros Não são considerados precipitação
15 3) Nevoeiro é uma suspensão de minúsculas gotículas de água próximo à superfície Nevoeiro Visibilidade horizontal no solo é inferior a 1 km TIPOS de nevoeiro Neblina Visibilidade horizontal no solo é superior a 1 km Resfriamento radiativo (noite outono/inverno) Resfriamento advectivo (massa de ar fria) Resfriamento orográfico (serra do mar) Adição de vapor (próximo a lagos)
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17 Urupema (SC) -2,1 C
18 ? Foto: Marcos Milanesi (2014)
19 Nuvem é um conjunto visível de partículas minúsculas de água líquida ou de gelo, ou de ambas ao mesmo tempo, em suspensão na atmosfera. É a umidade do ar condensada umidade do ar saturada e condensada Este conjunto pode também conter partículas de água líquida ou de gelo em maiores dimensões, e partículas procedentes de vapores industriais, de fumaças ou de poeiras (aerossóis) núcleos de condensação
20 Nebulosidade De acordo com a OMM (Organização Meteorológica Mundial) existem três estágios de nuvens: Nuvens Altas: base acima de 6 km de altura sólidas (cirrus). Nuvens Médias: base entre 2 a 4 km de altura nos pólos, entre 2 a 7 km em latitudes médias, e entre 2 a 8 km no equador - líquidas e mistas (altocumulos). Nuvens Baixas: base até 2 km de altura líquidas (cumulus e stratus).
21 Cirrus (Ci) Cirrus e cirrostratus (Ci e Cs) Cirrocumulus (Cc) Fonte: Inmet, 2010
22 Altocumulus (Ac) Altostratus (As) Altocumulus (As) Fonte: Inmet, 2010
23 Cumulus humilis (Cu) Stratocumulus (St) Stratocumulus (St) Fonte: Inmet, 2010
24 Cumulonimbus (Cb) Fonte: Inmet, 2010 Cumulonimbus Capillatus incus Cumulus congestus (Cu)
25 A formação de nuvens pode levar à precipitação. A precipitação é composta por qualquer ou todas as formas de partículas de água, líquidos ou sólidos, que caem de nuvens e atingem o solo. Estas formas incluem neve, chuva, chuvisco, e granizo.
26 Expande e resfria Comprime e aquece
27 Processo Adiabático O resfriamento adiabático consiste no resfriamento da parcela de ar pela diminuição da pressão e da temperatura sem que ocorra troca de calor com o ambiente externo. Esse processo ocorre quando a parcela de ar se eleva na atmosfera. Essa elevação pode ocorrer por diversas razões (que trataremos a seguir). O processo pode ocorrer no sentido contrário. Nessa situação temos o compressão e o aquecimento da parcela de ar (aquecimento adiabático neste caso).
28 Se as nuvens contém vapor, água e gelo, por que algumas produzem precipitação e outras não? Gotículas de nuvem são minúsculas, com diâmetro médio menor que 20 m (evaporariam antes de atingir a superfície) Nuvens consistem de muitas destas gotículas, em competição pela água disponível; assim, seu crescimento via condensação é pequeno.
29 Pluviosidade Uma gotícula com 20 m de diâmetro teria uma velocidade terminal em superfície de 1,2 cm/s levando, portanto, cerca de 50 horas para cair de uma altura de 2200m. Portanto, as gotículas de nuvem precisam crescer o suficiente para vencer as correntes ascendentes nas nuvens e sobreviver como gotas ou flocos de neve ou gelo a uma descida até a superfície sem se evaporar. Para isso, seria necessário juntar em torno de um milhão de gotículas de nuvem numa gota de chuva.
30 Diâmetro de fio de cabelo fino: 0,057 mm (50 micrômetros) 20 micrômetros = 0,02 mm 1 micrômetro = 0,001 mm 0,2 micrômetros = 0,0002 mm Gotícula de vapor...
31 Núcleos de Condensação Oferecem uma superfície para que o vapor de água se condense. Os núcleos de condensação encontrados em nossa atmosfera são de origem natural, orgânica e antrópica. Agregação, Acréscimo e Coalescência Neste processo os núcleos de condensação se recombinam para tornar as gotas maiores. Eventualmente, são grandes o suficiente para cair como precipitação. Agregação: Dois cristais de gelo se unem. Acréscimo: Uma gota de líquido colide com um cristal de gelo e congela-se. Coalescência: 2 gotas de líquido se unem Processo de Bergeron-Findeisen Neste processo, a água torna-se supergelada, mas apenas alguns cristais de gelo formam como não há número suficiente de núcleos de condensação. Estes cristais de gelo, em seguida, quebrar na atmosfera e estes formam mais núcleos para a água para condense. O processo, então, continua e mais núcleos são formados até os lotes de a água condensada.
32 Quando a condensação ocorre no ar acima do solo, minúsculas partículas conhecidas como núcleos de condensação servem como superfície sobre a qual o vapor d água condensa. A atmosfera contém abundância de núcleos de condensação, (partículas microscópicas de poeira, fumaça e sal) superfícies sobre as quais a condensação pode ocorrer (núcleos tem raios maiores que 1 m). Mais importante que a presença de núcleos relativamente grandes é a presença de núcleos higroscópicos, que tem uma afinidade química especial (atração) por moléculas de água (por exemplo, sais marinhos). A condensação começa sobre esses núcleos em umidades relativas abaixo dos 100%.
33 Processo de colisão-coalescência ocorre em nuvens quentes, isto é, nuvens com temperatura acima do ponto de congelamento da água (0 C).
34 Processo de Bergeron aplica-se a nuvens frias, que estão em temperaturas abaixo de 0 C.
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36 Fazendeiros do Missouri (EUA), em 1975, após tempestade de granizo.
37 18/maio/2014
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39 Chuva Convectiva Chuva Orográfica Chuva Frontal
40 Originada do processo de convecção livre, em que ocorre resfriamento adiabático, formando-se nuvens de grande desenvolvimento vertical. Características das chuvas convectivas Distribuição: localizada, com grande variabilidade espacial, resultado do aquecimento da superfície, Intensidade: moderada a forte, dependendo do desenvolvimento vertical da nuvem, Predominância: no período da tarde/início da noite, Duração: curta a média (minutos a horas), Grande problema em áreas urbanas
41 Chuva Convectiva Temperatura do ponto de orvalho (To) Sem escala
42 Típica nuvem que resulta em chuva convectiva Cumulonimbus (Cb) Manaus,AM. Fonte: Arquivo do professor
43 Típica nuvem que resulta em chuva convectiva Cumulonimbus (Cb) Manaus,AM. Fonte: Arquivo do professor
44 O relevo força o ar úmido a se elevar, resultando em resfriamento adiabático e em chuva na face a barlavento. Na face a sotavento, ocorre a sombra de chuva, ou seja, ausência de chuvas devido ao efeito orográfico. Características das chuvas orográficas Distribuição: próxima à vertente, com grande variabilidade espacial, resultado da elevação mecânica do ar Intensidade: fraca, dependendo da velocidade do vento Predominância: indefinido (período da tarde/início da noite) Duração: curta (minutos) Potencialmente geradora de problemas em áreas urbanas
45 Chuva Orográfica Exemplo do efeito orográfico na Serra do Mar (SP) Santos P = 2153 mm/ano Cubatão P = 2530 mm/ano Serra a 350m P = 3151mm/ano Serra a 500m P = 3387 mm/ano Serra a 850m P = 3874 mm/ano S.C. do Sul P = 1289 mm/ano
46 Chuva Orográfica Temperatura do ponto de orvalho (To) Sem escala
47 Perfil Topoclimático de Ilhabela, SP Fonte: Milanesi, 2007
48 Perfil Topoclimático de Ilhabela, SP ( ) Ventos úmidos e quentes Fonte: Milanesi, 2007
49 Originada do encontro de massas de ar com diferentes características de temperatura e umidade. Dependendo do tipo de massa que avança sobre a outra, as frentes podem ser denominadas basicamente de frias e quentes. Nesse processo ocorre a ascenção forçada, com a massa de ar quente e úmida se sobrepondo à massa fria e seca. Com a massa de ar quente e úmida se elevando, ocorre o processo de resfriamento, com condensação e posterior precipitação.
50 Chuva Frontal Características das chuvas frontais Distribuição: generalizada na região Intensidade: fraca a moderada, dependendo do tipo de frente Predominância: sem horário predominante Duração: média a longa (horas a dias), dependendo da velocidade de deslocamento da frente, Chuvas que predominam nas regiões temperadas e subtropicais, principalmente no Inverno, No Centro Sul do Brasil os totais de chuva do inverno são de origem frontal.
51 Chuva Frontal (vertical) Sem escala
52 Chuva Frontal (horizontal)
53 Chuva Frontal (imagem satélite)
54 Carta de superfície.
55 Instrumento ou aparelho capaz de quantificar a chuva precipitada em algum lugar durante um período de tempo. Manuais Totalizador Registrador Pluviômetro Pluviógrafo Automáticos Digital Registrador
56 Operado em estações meteorológicas convencionais, automáticas ou miniestações termo-pluviométricas. Os pluviômetros têm durabilidade e precisão, em função da menor área de captação, são menores do que a dos pluviômetros padrões. A área de captação mínima recomendável é de 100 cm 2. Pluviômetro padrão da rede de postos do Brasil é o Ville de Paris
57 Ville de Paris Totalizador Fornece uma medida do total de chuva em mm (milímetros). Diâmetro 20 cm no topo que recolhe a água da chuva. Fonte:
58 Os pluviógrafos são dotados de um sistema de registro diário, no qual um diagrama (pluviograma) é instalado. Ele registra a chuva acumulada em 24h, o horário da chuva e a sua intensidade. São equipamentos usados nas estações meteorológicas convencionais.
59 Pluviógrafo Registrador Fornece uma medida do total de chuva em mm (milímetros) assim como, o início e término da chuva (duração e intensidade); Fonte:
60 Varejão-Silva, 2005 Pluviógrafo
61 Pluviograma: gráfico de chuva do pluviógrafo Hora do dia Final da precipitação Altura da chuva Início da precipitação
62 Pluviômetro experimental (Milanesi e Galvani, 2005)
63 Registrador Associados a estação meteorológica automática Ele registra a chuva acumulada em 24h, o horário da chuva e a sua intensidade Sistema de báscula coleta o total de chuva e produz pulso elétrico (0,2 mm)
64 Pluviômetro digital
65 1. Quantidade A unidade de medida da chuva é a altura pluviométrica que normalmente é expressa em milímetros (mm) A altura pluviométrica (h) é dada pela seguinte relação: h = Volume precipitado / Área de captação Se 1 litro de água for captado por uma área de 1 m 2, a lâmina de água coletada terá a altura de 1mm. Em outras palavras, 1mm = 1L / 1m 2 h = 1L / 1m2 = cm3 / cm2 = 0,1 cm = 1mm (Se um pluviômetro coletar 52 mm, isso corresponderá a 52 litros por 1m 2 ) 2. Duração Intervalo de tempo entre o início e o fim da precipitação 3. Intensidade De acordo com a taxa de precipitação (quociente entre a altura precipitada e o tempo da chuva) I=(h/t) Chuva forte > 25mm/h
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67 Área da bacia = 10 km 2 10km 2 = m 2 Total = 26,4 mm 1 mm = 1litro/m 2 x Qual o volume de água produzido na bacia? 26,4 litro m 2 X m 2 Volume total = litros ou m 3
68 Universidade de São Paulo Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Departamento de Geografia - Disciplina: Climatologia I Professor: Emerson Galvani Exercício 9 1) Com o gráfico do Pluviógrafo determine o início, término e a duração (horas e minutos) da precipitação pluvial (chuva); 2) Determine o total precipitado (mm) (cada vez que a água é sifonada totaliza-se 10 mm); 3) Determine a intensidade da chuva (total de mm dividido pela duração da chuva); 4) Considerando que essa localidade não apresenta grandes variações topográficas, como podemos classificar esta chuva: convectiva, frontal ou orográfica? Por quê? 5) Imaginando uma bacia hidrográfica com 180 km 2 qual o volume total precipitado nesta bacia? 6) Nesta bacia a vazão máxima do rio para que não haja alagamento das várzeas é de 120 m 3 /segundo. Pergunta-se: em função do volume precipitado na área da bacia e do intervalo de tempo de duração da chuva será que vai ocorrer transbordamento do leito do rio? Lembrar que: 1 mm é igual a 1 litro de água por metro quadrado; 1 m 3 tem 1000 litros, 1 km 2 tem m 2.
69 Pluviograma Total=26,4 mm, Duração= 9h20min=9,3h, I = 2,8 mm/h
70 GALVANI, E., AZEVEDO, T. R. A frente polar Atlântica e as características de tempo associadas. IN: Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, 10. Rio de Janeiro, UERJ, 2003 Disponível em: Capítulo 8: VAREJÃO-SILVA, M.A. Meteorologia e Climatologia. INMET: Brasília, p. (disponível no site Capítulo 8: AYOADE, J.O. Introdução a Climatologia para os trópicos. 3ª ed. São Paulo: Bertrand Brasil, p. (tradução Professora Maria Juraci Zani dos Santos) Capítulo 08 do livro: PEREIRA, A.R., SENTELHAS, P.C., ANGELOCCI, L.R. Agrometeorologia: Fundamentos e aplicações práticas. Guaíba: Agropecuária, p. Dissertação de Mestrado do aluno Marcos Alexandre Milanesi, Disponível em:
71 ere Manuais-de-Defesa-Civil/GLOSSARIO-Dicionario-Defesa-Civil.pdf water_cycle.gif agelibrary&catalog=catalog&aspect&width=800 Wegener-Bergeron-Findeisen_proces01.jpg s/annual_mean_evaporation.jpg
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