Fatores de Risco da Doença Renal Crônica
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- Branca Flor Fernanda Candal Marreiro
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1 Fatores de Risco da Doença Renal Crônica Dra. Laura Cortés Sanabria Médica Internista, Pesquisadora Clínica Unidade de Pesquisa Médica em Doenças Renais IMSS, Guadalajara. México
2 Objetivos Conhecer os fatores de risco envolvidos na suscetibilidade e início da doença renal crônica e desta maneira identificar os sujeitos com risco aumentado de desenvolver a doença. Identificar os fatores de progressão da doença renal crônica para definir os pacientes com alto risco de piorar o dano renal com a subsequente perda da função renal.
3 Caso Clínico Mulher de 58 anos, casada, camareira de hotel, com primário completo, história de DM2 há 13 anos e hemorragia cerebral há 2 anos, nega ser hipertensa, sua mãe teve DM2 e IRCT em DP. Na sua consulta de controle refere sudoração, dispneia e cefaleia contínua, de predomínio vespertino e pulsátil, ansiedade e fatiga. Tratamento atual: glibenclamida 5 mg e metformina 850 mg c/12 h. Exploração física: TA 150/90 mmhg, IMC 32,4 Kg/m 2, cardiopulmonar sem alterações aparentes, cintura abdominal 107 cm, com sequela de hemiplegia em extremidades esquerdas, sem edemas periféricos. Laboratório: glicose 235 mg/dl, HbA1C 10.6%, colesterol total 274 mg/dl, triglicéridos 539 mg/dl, ácido úrico 5 mg/dl, creatinina sérica 0.9 mg/dl, etfg 71 ml/min/1.73 m 2, EGO: leucócitos 1-2 x campo, cristais de oxalato +, proteínas ++, relação albumina/creatinina (RAC) 851 mg/g. Como sistematizar a avaliação da Doença Renal Crônica?
4 Cueto MA, et al. CENETEC, 2009 Modelo de atenção ao paciente com risco de DRC 1º Passo 2º Passo 3º Passo A todo paciente en consulta interrogar la presencia de factores de riesgo para ERC. Pacientes con factores de riesgo predisponentes y de inicio - Medir la tensión arterial - Determinar creatinina sérica y estimar la TFG - Determinar la relación albuminuria-proteinuria/ creatinuria en una muestra aislada de orina (descartar causas transitorias de albuminuria-proteinuria) - Análisis del sedimento urinario - Solicitar estudios de imagen si es necesario Si SON NORMALES? No Clasificar el estadio clínico No Si - Fomentar y reforzar hábitos positivos de estilo de vida - Escrutinio de factores de riesgo para ERC en un año. - Modificación de factores de riesgo para ERC - Escrutinio en un año 4º Passo Estadio 1 Estadio 2 Estadio 3 Estadio 4 Estadio 5 - Tratamiento de morbilidad asociada - Intervenciones para retardar la progresión - Reducción de factores de riesgo para ECV y ERC - Utilizar nefroprotectores - Control cada 6 meses - Vigilar signos de alarma - Identificar y modificar factores de progresión - Detectar complicaciones de la ERC - Utilizar nefroprotectores - Ajustar fármacos de acuerdo a TFG - Evitar nefrotoxinas (incluyendo fármacos) - Revisión por el Nefrólogo una vez al año - Preparar para tratamiento substitutivo de la función renal (DP, HD o TR) - Control individualizado en la unidad medica - Revisión por el Nefrólogo cada 1-3 meses. - Revisión conjunta entre Medicina Interna y Nefrología - Inicio oportuno del tratamiento sustitutivo
5 Fatores de Risco Quem avaliar para DRC Aplicar medidas de promoção da saúde Levey AS, et al., Kidney Int 2005;67:
6 Fatores de Risco Limitar a progressão do dano renal e o desenvolvimento de doença cardiovascular Levey AS, et al., Kidney Int 2005;67:
7 Caso Clínico Mulher de 58 anos, casada, camareira de hotel, com primário completo, história de DM2 há 13 anos e hemorragia cerebral há 2 anos, nega ser hipertensa, sua mãe teve DM2 e IRCT em DP. Em sua consulta de controle refere sudoração, dispneia e cefaleia contínua, de predomínio vespertino e pulsátil, ansiedade e fatiga. Tratamento atual: glibenclamida 5 mg e metformina 850 mg c/12 h. Exploração física: TA 150/90 mmhg, IMC 32,4 Kg/m 2, cardiopulmonar sem alterações, cintura abdominal 107 cm, com sequela de hemiplegia em extremidades esquerdas, sem edemas periféricos. Laboratório: glicose 235 mg/dl, HbA1C 10.6%, colesterol total 274 mg/dl, triglicéridos 539 mg/dl, ácido úrico 5 mg/dl, creatinina sérica 0.9 mg/dl, etfg 71 ml/min/1.73 m 2, EGO: leucócitos 1-2 x campo, cristais de oxalato +, proteínas ++, RAC 851 mg/g. Que fatores predisponentes, início, progressão tem a paciente? Que fatores posso modificar?
8 Fatores de Risco modificáveis e não modificáveis Quais destes fatores modificáveis têm prioridade de controlar? KDOQI, Am J Kidney Dis 2003; 41 (Suppl 3): S1-S91.
9 Fatores tradicionais e não tradicionais associados a maior risco de DCV em DRC Tradicionais Idade 60 anos Gênero masculino Raça negra Hipertensão arterial Dislipidemia Diabetes mellitus Tabagismo Sedentarismo Menopausa História familiar de DCV e/ou DRC Não Tradicionais Albuminúria-proteinúria Diminução da TFG Anemia Anormalidades do cálcio e fósforo Elevação de homocisteína Elevação da proteína C reativa Inflamação Desnutrição Estresse oxidativo Atividade do sistema renina angiotensina Expansão do líquido extracelular KDOQI, Am J Kidney Dis 2003; 41 (Suppl 3): S1-S91.
10 Benefícios de identificar fatores de risco Detecção oportuna da Doença Renal Crônica Aplicar medidas de nefroproteção em fases mais precoces da doença para contrabalancear seu efeito, e melhorar a maioria das complicações de uma função renal diminuída como a morte cardiovascular precoce e IRCT. Alertar à população com fatores de risco sobre os efeitos negativos que têm os padrões inapropiados de estilo de vida e dieta, assim como o uso de nefrotóxicos Facilitar a educação do paciente para fomentar o autocuidado
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12 Porcentagem de pacientes com DM2 que alcançam metas de tratamento no primeiro nível de atenção Martínez-Ramírez HR. Rev Invest Clin 2008; 60: 217.
13 Efeito da referência precoce ao nefrologista sobre variáveis clínicas, bioquímicas e de função renal de pacientes con nefropatia precoce Martinez RHR, et al. Am J Kidney Dis 2006; 47:
14 Efeito do incremento da competência clínica dos médicos em atenção primária sobre variáveis clínicas, bioquímicas e de função renal Cortés-Sanabria L. Am J Kidney Dis 2008; 151: 777
15 Então: A Atenção multidisciplinar é a solução?
16 Conclusões 1. A identificação de fatores de risco é crucial para evitar o desenvolvimento de DRC ou desacelerar sua progressão, diminuir a morbimortalidade cardiovascular associada e o retardo da IRCT. 1. Os pacientes e os médicos devem ser advertidos sobre os FR que podem ser modificáveis e que, portanto, são uma oportunidade de tratamento e prevenção. 2. Conscientizar o paciente sobre a relevância de sua participação ativa no cuidado de sua própria saúde, e o controle de FR para evitar o desenvolvimento e/ou a progressão da DRC.
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