A Revolução Americana ( ) foi o sinal de alerta para a burguesia europeia. Foi o prelúdio de um ciclo revolucionário que somente se
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- Manuel de Sintra Philippi
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2 A Revolução Americana ( ) foi o sinal de alerta para a burguesia europeia. Foi o prelúdio de um ciclo revolucionário que somente se estancaria com a repressão de Em 1776, com a Declaração da Independência, abriu-se a "Era das Revoluções", conforme a afirmação de Eric Hobsbawm.
3 Na França do Antigo Regime - minado pelas ideias iluministas, pela fome e pela crise econômico-financeira exacerba-se a contradição entre o enriquecimento da burguesia e a estrutura jurídico-política arcaica da sociedade estamental. Culminando na Revolução Francesa que foi o símbolo maior da luta contra o absolutismo monárquico, e tornou-se ecumênica, inaugurando uma nova cultura política no mundo ocidental.
4 Com o fim da era napoleônica, as monarquias européias se reuniram com o objetivo de conter as propostas de transformação disseminadas pela Revolução Francesa. Tal encontro aconteceu no chamado Congresso de Viena, momento em que parte dos monarcas que ali se encontravam decidiu formar a chamada Santa Aliança. Nesse acordo, diversos monarcas se comprometiam a auxiliar militarmente toda monarquia que tivesse sua autoridade ameaçada.
5 1830 e 1848 Quadro símbolo das revoluções liberais de
6 Contudo, esse projeto que deveria preservar o Antigo Regime não foi capaz de conter a marcha das novas revoluções que tomariam conta da Europa. No ano de 1848, as várias novas correntes políticas que surgiam em todo o Velho Mundo se mostraram decididas a dar fim ao regime monárquico. Em linhas gerias, o contexto político europeu se via tomado não só pelas propostas liberais oriundas da experiência francesa, mas também contou com a ascensão das tendências nacionalistas e socialistas. Obs:Significaram revoluções autênticas, de inspiração socialista, com ampla mobilização popular, visando à mudança da ordem social.
7 A Revolução Americana ( ) foi o sinal de alerta para a burguesia europeia. Foi o prelúdio de um ciclo revolucionário que somente se estancaria com a repressão de Eric Hobsbawm Na França do Antigo Regime - minado pelas ideias iluministas, pela fome e pela crise econômicofinanceira exacerba-se a contradição entre o enriquecimento da burguesia e a estrutura jurídicopolítica arcaica da sociedade estamental. Culminando na Revolução Francesa que foi o símbolo maior da luta contra o absolutismo monárquico, e tornou-se ecumênica, inaugurando uma nova cultura política no mundo ocidental.
8 Primavera dos Povos é o nome que se dá a uma série de movimentos revolucionários de cunho liberal que ocorreram por toda a Europa durante o ano de Significaram revoluções autênticas, de inspiração socialista, com ampla mobilização popular, visando à mudança da ordem social. Podemos encontrar na França, no ano de 1830 as sementes dos movimentos revolucionários de Com a subida do rei Luís Filipe da França, denominado "rei burguês", havia esperança entre a classe burguesa que seus interesses seriam devidamente representados, sendo o próprio monarca oriundo daquela classe.
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10 A ideologia predominante, e que de certo modo unia todos os movimentos era a de um socialismo utópico (tanto que naquele mesmo ano temos a concepção do famoso "Manifesto Comunista" de Karl Marx e Friedrich Engels). Até mesmo em terras brasileiras os ecos das perturbações que assolavam a Europa se fazem sentir, com a Revolução Praieira, ocorrida na província de Pernambuco, em A onda revolucionária e o surgimento de revoltas, a partir de 1820 até Na Itália, por exemplo, coube a uma sociedade secreta a elaboração de um programa político "contra as tiranias", cuja grande meta era a unificação da nação italiana e o triunfo dos princípios liberais conhecidos como :Carbonários.
11 Unificação Italiana: Na segunda metade do século XIX, a Península Itálica estava dividida em vários reinos, que eram Estados independentes. Alguns destes reinos eram, inclusive, governados de forma autoritária por famílias reais da Áustria e da França. A Igreja Católica também tinha grande poder político em algumas regiões. Neste contexto, não havia unificação de leis, moeda, língua e sistema político. Portanto, ainda não havia um país com nome de Itália com poder centralizado.
12 "Ao invés da Prússia se fundir na Alemanha, a "Fizemos a Itália, agora temos que fazer os italianos". Alemanha se fundiu na Prússia". chamam a atenção para o caráter unilateral e autoritário das duas unificações, imposta pelo Piemonte, na Itália, e pela Prússia, na Alemanha.
13 Causas da unificação A região norte da Península Itálica, principalmente o reino de Piemonte-Sardenha, era muito mais desenvolvida do que o centro e o sul. Interessava à nobreza e, principalmente, à burguesia industrial que ocorresse a unificação, pois assim aumentaria o mercado consumidor, além de facilitar o comércio com a unificação de padrões, impostos, moeda, etc. Portanto, o movimento de unificação teve início e foi liderado pelo reino de Piemonte-Sardenha. Processo e guerras para unificação pág.172. Ps : No final do século XIX, a imigração europeia para o Brasil estava relacionada ao processo de unificação da Itália e Alemanha. O movimento pela unificação desses dois países foi conduzido, sobretudo, por grupos políticos que defendiam o LIBERALISMO E O NACIONALISMO.
14 Antes da unificação, o território germânico estava fragmentando em 39 estados que formavam a Confederação Germânica. A Confederação era governada por uma assembleia com representantes de todos os estados. Porém, eram os representantes dos maiores estados, Prússia e Áustria, que tinham maior poder e acabam por decidir quase tudo. Havia também um conflito de interesses entre Áustria e Prússia. Enquanto a Áustria era contrária a unificação, a Prússia era favorável, pois pretendia aumentar seu poder sobre o território germânico e ampliar o desenvolvimento industrial.
15 Em 1834, a Prússia liderou a criação do Zollverein (união aduaneira dos Estados Germânicos) com o objetivo de facilitar o comércio entre os Estados e incentivar o desenvolvimento industrial. Grande parte dos estados entrou nesta união, porém a Áustria optou por ficar de fora. A criação desta união fez aumentar muito o poder da Prússia e diminuir o da Áustria na Confederação.
16 No ano de 1862, o rei prussiano Guilherme I escolheu para ser o primeiro-ministro da Prússia o político e diplomata Otto von Bismarck, o Chanceler de Ferro. A ideia de Guilherme I era unificar os Estados Germânicos, processo que seria organizado por Bismarck. Porém, o Chanceler de Ferro acreditava que para isso seria necessário o caminho militar. Para atingir seu objetivo, Bismarck passou a aumentar o poder bélico da Prússia, ampliando o número de militares e investindo na produção de armamentos.pág.174 Otto von Bismarck: líder da unificação da Alemanh
17 Os países europeus foram os primeiros a se industrializarem, pois foi nesse continente que ocorreram as principais transformações nos modos de produção, portanto, esse processo se caracteriza como industrialização clássica. O movimento operário ofereceu uma nova resposta ao grito do homem miserável no princípio do século XIX. HOBSBAWN, E. A Revolução Industrial foi responsável por novas formas de exploração dos trabalhadores, daí a necessidade de organização da nova classe que se formou. No entanto, vale à pena destacar que o autor, reconhecido historiador de formação marxista, pressupõe a mobilização permanente da classe operária não para mudar o capitalismo, mas para destruí-lo. A expansão das indústrias está diretamente relacionada ao processo de urbanização e crescimento demográfico nas cidades, pois esse fenômeno exerce grande poder de atração para a população rural, fato que desencadeia os fluxos migratórios para as cidades. Outros aspectos da industrialização é o desenvolvimento de infraestrutura, transporte, comunicação, diversos ramos de serviços, degradação ambiental, entre outros
18 A valorização Técnico cientifica. Londres Inaugura as exposições. A razão versus fé. As teorias cientificas. A arte Realista.
19 Saint Simon Robert Owen Charles Fourier,pág.179.(socialistas útopicos) Socialismo de Max e Engels: Também conhecido como socialismo marxista e marxismo, o socialismo científico é uma doutrina política, social e econômica formulada por Marx e Engels no final da década de Essa doutrina socialista visava analisar a sociedade (do ponto de vista histórico, político e econômico) para transformá-la. Seu objetivo principal era a substituição do capitalismo pelo comunismo, através de um processo revolucionário proletário. Os principais ideais do socialismo científico foram apresentados no Manifesto Comunista, publicado em 1848, por Marx e Engels. Na obra O Capital (1867), Marx apresentou de forma concreta os principais fundamentos do marxismo.
20 A história de todas as sociedades tem sido a história das lutas de classe. Classe oprimida pelo despotismo feudal, a burguesia conquistou a soberania política no Estado moderno, no qual uma exploração aberta e direta substituiu a exploração velada por ilusões religiosas. A estrutura econômica da sociedade condiciona as suas formas jurídicas, políticas, religiosas, artísticas ou filosóficas. Não é a consciência do homem que determina o seu ser, mas, ao contrário, são as relações de produção que ele contrai que determinam a sua consciência. (Adaptado de K. Marx e F. Engels, Obras escolhidas. São Paulo: AlfaÔmega, s./d., vol 1, p , ) Os dois conhecidos fragmentos, extraídos da copiosa obra do filósofo alemão Karl Marx, expressam a sua visão materialista da história, que tem como fundamentos, entre outros, o princípio da luta de classes e a importância das bases materiais na determinação da consciência dos homens (expressando-se, por exemplo, na ideologia ou na religião).
21 - Marx e Engels entendiam que a construção da nova sociedade passaria necessariamente por uma revolução que faria a destruição violenta da burguesia e promoveria a socialização dos meios de produção. - Marx e Engels afirmavam que a divisão da sociedade em classes seria determinada por fatores de ordem econômica e, sobretudo, pela existência da propriedade privada. Os interesses econômicos antagônicos estavam na base do conflito entre as classes sociais, e essa luta, por sua vez, constituiria a força motriz das grandes transformações históricas.
22 O anarquismo é contrário a existência de governo, polícia, casamento, escola tradicional e qualquer tipo de instituição que envolva relação de autoridade. Defendem também o fim do sistema capitalista, da propriedade privada e do Estado. Os anarquistas defendem uma sociedade baseada na liberdade dos indivíduos, solidariedade (apoio mútuo), coexistência harmoniosa, propriedade coletiva, autodisciplina, responsabilidade (individual e coletiva) e forma de governo baseada na autogestão.
23 "Se me pedissem para responder à pergunta - 'O que é a escravidão?' e eu respondesse numa só palavra: 'Assassinato!', todos entenderiam imediatamente o significado da minha resposta. Não seria necessário utilizar nenhum outro argumento para demonstrar que o poder de roubar um homem de suas ideias, de sua vontade e sua personalidade é um poder de vida ou morte e que escravizar um homem é o mesmo que matálo. Por que, então, não posso responder da mesma forma a essa outra pergunta: 'O que é a propriedade?' com uma palavra só: 'Roubo'. A "luta de classes" é um dos principais aspectos da doutrina marxista e a definição da "propriedade como um roubo" tornou-se um dos principais lemas do anarquismo desde o século XIX.
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25 Contexto: A Comuna de Paris foi uma insurreição operária de março a maio de 1871, quando o novo governo francês, liderado por Adolphe Thiers, subordinou-se às exigências de Bismark, após a vitória prussiana sobre a França. Se, para os alemães o momento representa a conclusão da unificação, para os franceses representou o fim da ditadura de Napoleão III e a perda de territórios.
26 Medidas: Influenciado por ideias socialistas, o governo da Comuna, instituído em março de 1871, adotou um conjunto de medidas que buscaram favorecer as massas trabalhadoras, destacando-se a abolição do trabalho noturno, a redução da jornada de trabalho, a concessão de pensão a viúvas e órfãos, a substituição dos antigos ministérios por comissões eletivas e a separação entre Igreja e Estado.
27 Os dois elementos representados no cartaz a mulher e os dois homens se relaciona com o contexto da Comuna de Paris: A figura da mulher popular resgata a imagem tradicional de Marienne, associada à liberdade. É verdade que Marienne(alegoria da liberdade e da república). e a Revolução Francesa são símbolos do liberalismo burguês, enquanto que, na gravura acima, a mulher representa a liberdade, sob ponto de vista popular. Do lado esquerdo há a imagem de um trabalhador urbano e, do direito, de um trabalhador rural, reforçando o caráter popular e socialista do movimento.
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