TEMA VIII REPRESENTANTE COMERCIAL: Rescisão contratual PL 1439, de 2007

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1 TEMA VIII REPRESENTANTE COMERCIAL: Rescisão contratual PL 1439, de Encontra-se tramitando na Câmara dos Deputados, o PL nº 1439, de 2007, de autoria do Deputado Dilceu Sperafico (PP/PR), que altera a Lei nº 4.886, de 9 de dezembro de 1965, que "Regula as atividades dos representantes comerciais autônomos", para estabelecer prazo prescricional e alterar o valor da indenização por rompimento contratual. (Anexo I) 2. A proposição está sujeita à apreciação conclusiva pelas Comissões; isto é, não será apreciada no Plenário da Casa, em princípio. E, foi designada à apreciação da Comissão de Trabalho CTASP, Comissão de Desenvolvimento Econômico CDEIC, e Comissão de Constituição e Justiça CCJ. 3. Atualmente, o projeto encontra-se com o relator da CTASP Dep. Sandro Mabel que o requisitou após ter retirado o mesmo de pauta em Abril/2010. Anteriormente, o mesmo relator já havia apresentado parecer pela aprovação com substitutivo (Anexo II), em novembro/ O PL 1439/07 corre um risco muito grande de ser arquivado ao final desta legislatura, em razão de não ter sido apreciados ainda por nenhuma das Comissões ao qual foi designado. E, caso isso ocorra, ele somente poderá ser desarquivado por seu autor, se este for Deputado Federal novamente a partir de 2011! Ressalta-se que esta é o quarto mandato consecutivo do Dep. Dilceu Sperafico. Nada impede, também, que outro projeto, de igual teor, seja apresentado em Quanto ao arquivamento, nada impede que na leg islatura de 2011, projeto de igual teor seja apresentado, 6. O que recomenda como Ação Parlamentar a ser desenvolvida na Câmara dos Deputados, é o contato com o relator (deputado Sandro Mabel). E definir se o Substitutivo que ele apresentou pode ser assimilado pela ABAD. ANEXO I Texto original do PL 1439/2007 1

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5 ANEXO II Parecer CTASP c/ Substitutivo (Ainda não apreciado) COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO PROJETO DE LEI N 1.439, DE 2007 Altera a Lei nº 4.886, de 9 de dezembro de 1965, que Regula as atividades dos representantes comerciais autônomos, estabelecer prazo prescricional e alterar o valor da indenização por rompimento contratual. Autor: Deputado DILCEU SPERAFICO Relator: Deputado SANDRO MABEL PARECER REFORMULADO Trata-se de projeto de lei, de iniciativa do nobre Deputado Dilceu Sperafico, que tem por objeto alterar a lei que regula as atividades dos representantes comerciais autônomos, a fim de modificar o prazo prescricional para postular em juízo e o valor da indenização por rescisão contratual sem justo motivo. Não foram apresentadas emendas ao projeto. Nomeado Relator, apresentamos, inicialmente, um parecer que concluía pela aprovação do projeto pela aprovação, nos termos do substitutivo que apresentamos, e conforme o substitutivo anteriormente elaborado pelo nobre Deputado Sabino Castelo Branco e que não chegou a ser apreciado por esta comissão. Todavia, a matéria tem sido objeto de intenso debate envolvendo as partes interessadas, tais como: representantes da CNI, FIEP, FACIAP e os presidentes de Sindicatos e Associações dos Representantes Comerciais, além de presidentes de COREs e empresários. Após reuniões e audiências em que ouviu essas entidades, autor desta proposição, Dep. Dilceu Sperafico, trouxe-nos a sugestão de alteração do parecer que anteriormente apresentamos, a qual julgamos oportuno acatar. Reformulamos, então, nosso parecer inicial, concluindo pela aprovação do projeto, com a modificação do índice de indenização para fixar um limite de 1/12 avos dos últimos 05 anos de representação, em contraposição ao parecer anterior a indenização era de 1/20 avos dos últimos 03 anos de representação. Permanece o mesmo prazo prescricional do projeto e parecer anterior, de dois anos após a extinção do contrato, para reclamar eventual indenização. Diante do exposto, somos pela aprovação, nos termos do substitutivo ora apresentado, do Projeto de Lei nº 1.439, de Sala da Comissão, em de de Deputado SANDRO MABEL Relator COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI N 1.439, DE 2007 Modifica dispositivos da Lei nº 4.886, de 9 de dezembro de 1965, a fim de alterar o valor da indenização pela rescisão do contrato de representação comercial e reduzir o prazo prescricional. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º A alínea j do art. 27 da Lei nº 4.886, de 9 de dezembro de 1965, que regula as atividades dos representantes comerciais autônomos, e o parágrafo único do art. 44, incluído pela Lei nº 8.420, de 8 de maio de 1992, que introduziu alterações na Lei nº 4.886, de 9 de dezembro de 1965, passam a vigorar com a seguinte redação: 5

6 Art j) indenização devida ao representante pela rescisão do contrato fora dos casos previstos no art. 35, cujo montante não será inferior a 1/12 (um doze avos) do total da retribuição auferida os últimos cinco anos de vigência do contrato; (NR) Art Parágrafo único. Prescreve em dois anos a ação do representante comercial para pleitear a retribuição que lhe é devida e os demais direitos que lhe são garantidos por esta lei. (NR) Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Sala da Comissão, em de de Deputado SANDRO MABEL Relator TEMA REPRESENTANTE COMERCIAL (indenização por rompimento contratual) 1. Encontra-se tramitando na Câmara dos Deputados uma proposição que visa alterar a lei que regula as atividades dos Representantes Comerciais (Lei nº 4886/65); o PL 1439 de 2007, especificamente para fixar o prazo prescricional para ajuizar ação judicial para discutir-se possíveis indenizações, e ainda, para alterar o valor mínimo da indenização advinda de eventual rompimento contratual. 2. O PL 1439/07, de autoria do Deputado Dilceu Sperafico, foi destinado às Comissões de Trabalho CTASP; Desenvolvimento Econômico CDEIC; e Constituição e Justiça CCJ; em regime ordinário e sob apreciação conclusiva das Comissões Técnicas, o que inicialmente afasta a apreciação desta proposição pelo Plenário da Casa. 3. Até o presente momento, aquela proposição se encontra pronta para apreciação na CTASP, com parecer do relator Deputado Sandro Mabel, pela APROVAÇÃO COM SUBSTITUTIVO (Anexo III) desde 25 de março de O texto substitutivo apresentado pelo relator da CTASP dep. Sandro Mabel, e que ainda será levado à votação naquela Comissão, altera o texto original do PL no sentido de sugerir uma alteração no art. 44, parágrafo único da Lei nº 4886/65 a fim de que o prazo prescricional seja aplicado à relação de representação comercial como um todo e não a apenas uma cláusula contratual específica. 5. O que RN recomenda como Ação Parlamentar a ser desenvolvida na Câmara dos Deputados. 6

7 5.1 Antes da Ação Parlamentar da ABAD, a sugestão é que a Entidade repasse este relatório para as associadas OPINAREM sobre o teor do Substitutivo apresentado pelo relator deputado Sandro Mabel (mencionado em III, vide anexo II) 5.2 As opiniões poderiam remetidas para esta consultoria (RN Consultores) que faria um resumo do pensamento da ABAD para eventualmente ler encaminhado aos parlamentares envolvidos neste debate na CTASP. (Há pela frente um longo caminho a ser percorrido por este PL, ou seja, há prazo para uma avaliação mais detalhada. Anexo I Texto e justificativa do PL 1.439/2007 (Autoria do Dep. Dilceu Sperafico) Altera a Lei nº 4.886, de 9 de dezembro de 1965, que Regula as atividades dos representantes comerciais autônomos, estabelecer prazo prescricional e alterar o valor da indenização por rompimento contratual. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º A alínea j do art. 27 da Lei nº 4.886, de 9 de dezembro de 1965, passa a vigorar com a seguinte redação: Art j) indenização devida ao representante pela rescisão do contrato sem motivo justo, fora das hipóteses do art. 35, cujo montante não poderá ser inferior a 1/20 (um vinte avos) do total da retribuição auferida nos últimos 3 (três) anos de vigência do contrato, até o limite de 2 (dois) anos após a extinção do respectivo contrato de representação comercial autônoma. (NR) Art. 2º. Esta lei entra em vigor na data da sua publicação. JUSTIFICAÇÃO De início, é de boa indicação ressaltar que a maioria dos representantes comerciais é formada por pessoas jurídicas, razão pela qual, entre outros motivos, não se configura a relação de emprego. A CLT não se aplica ao caso. 7

8 A legislação vigente concede aos representantes comerciais autônomos o direito à indenização por ocasião da rescisão contratual sem justo motivo, fora das hipóteses elencadas no art. 35 da Lei nº 4.886, de 9 de dezembro de Entretanto é imperativo atualizar essa previsão legal, pois hoje pode-se discutir e pleitear verbas rescisórias contratuais referentes a toda a duração do vínculo contratual, no prazo geral de prescrição para as ações pessoais, ou seja, 10 (dez) anos, o que, muitas vezes, pode gerar vultosas indenizações, prejudicando sobremaneira muitas empresas, ou, até mesmo, inviabilizando a continuidade de suas atividades, desenhando um quadro de incertezas e insegurança jurídica. Nesse sentido, estribados no princípio da segurança jurídica das relações contratuais, e na boa-fé objetiva, corolário inafastável de todo e qualquer contratação, propugnamos pela adoção de um prazo de 03 (três) anos para discussão de eventuais indenizações afetas aos contratos de prestação de serviços relativos à representação comercial autônoma, bem como a adoção de um limite máximo bienal para o exercício do direito de ação respectivo após a extinção do vínculo contratual a ser discutido. Por outro lado, a redação atual da lei de representação comercial praticamente iguala o representante comercial ao trabalhador empregado, regido pela CLT. No entanto é preciso entender que a maioria dos que exercem a representação é constituída por pessoas jurídicas, que representam mais de uma empresa ao mesmo tempo, salvo se a representada exigir exclusividade. Deste modo, e sob o ponto de vista do risco, a representação torna-se um negócio como outro qualquer. O representante comercial, portanto, trabalha, na imensa maioria das vezes, como um autêntico empresário. Não há porque indenizá-lo na mesma forma que os empregados celetistas. E com a atual legislação, de uma forma muito mais vantajosa que os trabalhadores da CLT. Em todo o caso, como o representante, inegavelmente, é a parte mais fraca no contrato, entendemos que deva, sim, ser indenizado, mas em termos mais adequados à realidade dos dias de hoje, razão pela qual propomos a alteração dos valores atuais para 1/20 (um vinte avos) do total recebido nos últimos 3 anos. Há valores jurídicos e sociais em nossa proposição, razão pela qual esperamos contar com o necessário apoio de nossos ilustres Pares para transformar em lei este projeto. É preciso valorizar tanto o trabalho quanto a livre iniciativa, pilares de sustentação da Ordem Econômica, como expressamente prevê o art. 170 do texto constitucional vigente. Sala das Sessões, em 26 de junho de Deputado DILCEU SPERAFICO Anexo II 8

9 Legislação Citada no PL LEI Nº4886, DE 9 DE DEZEMBRO DE 1965 Regula as atividades dos representantes comerciais autônomos.... Art. 27. Do contrato de representação comercial, além dos elementos comuns e outros a juízo dos interessados, constarão, obrigatoriamente: * Artigo, caput, com redação dada pela Lei nº 8.420, de 08/05/1992. a) condições e requisitos gerais da representação; b) indicação genérica ou específica dos produtos ou artigos objeto da representação; c) prazo certo ou indeterminado da representação; d) indicação da zona ou zonas em que será exercida a representação; * Alínea d com redação dada pela Lei nº 8.420, de 08/05/1992. e) garantia ou não, parcial ou total, ou por certo prazo, da exclusividade de zona ou setor de zona; f) retribuição e época do pagamento, pelo exercício da representação, dependente da efetiva realização dos negócios, e recebimento, ou não, pelo representado, dos valores respectivos; g) os casos em que se justifique a restrição de zona concedida com exclusividade; h) obrigações e responsabilidades das partes contratantes; i) exercício exclusivo ou não da representação a favor do representado; j) indenização devida ao representante pela rescisão do contrato fora dos casos previstos no art. 35, cujo montante não será inferior a 1/12 (um doze avos) do total da retribuição auferida durante o tempo em que exerceu a representação. * Alínea j com redação dada pela Lei nº 8.420, de 08/05/ º Na hipótese de contrato a prazo certo, a indenização corresponderá à importância equivalente à média mensal da retribuição auferida até a data da rescisão, multiplicada pela metade dos meses resultantes do prazo contratual. * 1º com redação dada pela Lei nº 8.420, de 08/05/ º O contrato com prazo determinado, uma vez prorrogado o prazo inicial, tácita ou expressamente, torna-se a prazo indeterminado. * 2º com redação dada pela Lei nº 8.420, de 08/05/

10 3º Considera-se por prazo indeterminado todo contrato que suceder, dentro de seis meses, a outro contrato, com ou sem determinação de prazo. * 3º com redação dada pela Lei nº 8.420, de 08/05/1992. Art. 28. O representante comercial fica obrigado a fornecer ao representado, segundo as disposições do contrato ou, sendo este omisso, quando lhe for solicitado, informações detalhadas sobre o andamento dos negócios a seu cargo, devendo dedicar-se à representação, de modo a expandir os negócios do representado e promover os seus produtos.... Art. 35. Constituem motivos justos para rescisão do contrato de representação comercial, pelo representado: a) a desídia do representante no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato; b) a prática de atos que importem em descrédito comercial do representado; c) a falta de cumprimento de quaisquer obrigações inerentes ao contrato de representação comercial; d) a condenação definitiva por crime considerado infamante; e) força maior. Art. 36. Constituem motivos justos para rescisão do contrato de representação comercial, pelo representante: a) redução de esfera de atividade do representante em desacordo com as cláusulas do contrato; b) a quebra, direta ou indireta, da exclusivamente, se prevista no contrato; c) a fixação abusiva de preços em relação à zona do representante, com o exclusivo escopo de impossibilitar-lhe ação regular; d) o não-pagamento de sua retribuição na época devida; e) força maior. Anexo III Parecer e Substitutivo da CTASP (ainda não votado) COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO PROJETO DE LEI No 1.439, DE

11 Autor: Deputado DILCEU SPERAFICO Relator: Deputado SANDRO MABEL Altera a Lei nº 4.886, de 9 de dezembro de 1965, que Regula as atividades dos representantes comerciais autônomos, estabelecer prazo prescricional e alterar o valor da indenização por rompimento contratual. I - RELATÓRIO O Projeto de Lei de iniciativa do nobre Deputado Dilceu Sperafico visa alterar a lei que regula as atividades dos representantes comerciais autônomos, a fim de modificar o prazo prescricional para postular em juízo e o valor da indenização por rescisão contratual sem justo motivo. Não foram apresentadas emendas no prazo regimental. É o relatório. II - VOTO DO RELATOR Em 26 de setembro de 2007, o relator, Deputado Sabino Castelo Branco, então designado para proferir o parecer pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, apresentou o seu voto que concluía pela aprovação do projeto, nos termos do substitutivo. O parecer não chegou a ser apreciado, mas concordamos com o seu conteúdo e sua conclusão. Com efeito, pretende-se alterar a legislação que dispõe sobre a contratação de representantes comerciais autônomos, a saber: Art. 27 Do contrato de representação comercia, além dos elementos comuns e outros a juízo dos interessados, constarão obrigatoriamente:... j) indenização devida ao representante pela rescisão do contrato fora dos casos previstos no art. 35, cujo montante não poderá ser inferior a 1/12 (um doze avos) do total da retribuição auferida durante o tempo em que exerceu a representação. (grifo nosso) O projeto altera a redação da alínea j, dispondo que a indenização não poderá ser inferior a 1/20 (um vinte avos) do total da retribuição auferida nos últimos 3 (três) anos de vigência do contrato, até o limite de 2 (dois) anos após a extinção do respectivo contrato de representação comercial autônoma. Nos termos hoje vigentes, a indenização mínima pela rescisão imotivada equivale a 1/12 avos da remuneração recebida durante a vigência do contrato de representação comercial. A 11

12 proposição reduz a indenização mínima para 1/20 avos da remuneração, calculada sobre a remuneração dos últimos três anos. O projeto altera também o prazo prescricional para dois anos após a extinção do contrato. Isso significa que o representante passa a ter o prazo de dois anos para postular em juízo eventuais danos ocorridos durante o contrato. Obviamente, qualquer alteração legal somente atinge os novos contratos celebrados após a vigência da lei. A indenização estipulada em contratos vigentes não é atingida pela eventual nova lei que apenas estipula valor mínimo da indenização e não o limita. Outro aspecto que se pretende alterar é a prescrição dos contratos de representação comercial que, conforme o parágrafo único do art. 44 da Lei nº 4886/1965, é de cinco anos. A redução do prazo prescricional para dois anos equipara, quanto a esse aspecto, o contrato de representação comercial ao contrato de trabalho. O projeto em análise, no entanto, não altera o art. 44 da Lei citada, mas o art. 27, atingindo apenas a indenização devida ao representante comercial, não alcançando os demais aspectos contratuais. Entendemos que não se deve aplicar a prescrição a uma cláusula do contrato, que atinge apenas uma das partes. Julgamos oportuna, portanto, a apresentação de substitutivo nos termos anteriormente elaborado pelo nobre Deputado Sabino Castelo Branco. Assim, a prescrição deve ser prevista no art. 44, parágrafo único, sendo aplicada à relação de representação comercial e não a apenas uma cláusula contratual específica. O art. 27, alínea j, já exclui as hipóteses do art. 35, que dispõe sobre as causas justificadas para a rescisão contratual do representante comercial. Não há, portanto, necessidade de se mencionar que a indenização é relativa à rescisão do contrato sem justo motivo. Saliente-se que a indenização estabelecida é a indenização mínima. As partes podem contratar valor superior. Diante do exposto, somos pela aprovação, nos termos do substitutivo, do Projeto de Lei nº 1.439, de Sala da Comissão, em de de Deputado SANDRO MABEL Relator COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI No 1.439, DE 2007 Modifica dispositivos da Lei nº 4.886, de 9 de dezembro de 1965, a fim de alterar o valor da indenização pela rescisão do contrato de representação comercial e reduzir o prazo prescricional. 12

13 O Congresso Nacional decreta: Art. 1º A alínea j do art. 27 da Lei nº 4.886, de 9 de dezembro de 1965, que regula as atividades dos representantes comerciais autônomos, e o parágrafo único do art. 44, incluído pela Lei nº 8.420, de 8 de maio de 1992, que introduziu alterações na Lei nº 4.886, de 9 de dezembro de 1965, passam a vigorar com a seguinte redação: Art j) indenização devida ao representante pela rescisão do contrato fora dos casos previstos no art. 35, cujo montante não será inferior a 1/20 (um vinte avos) do total da retribuição auferida os últimos três anos de vigência do contrato; (NR) Art Parágrafo único. Prescreve em dois anos a ação do representante comercial para pleitear a retribuição que lhe é devida e os demais direitos que lhe são garantidos por esta lei. (NR) Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Sala da Comissão, em de de Deputado SANDRO MABEL Relator PROJETO DE LEI No, DE 2007 (Sr. Dilceu Sperafico) Altera a Lei nº 4.886, de 9 dezembro de 1965, que Regula as atividades dos representantes comerciais autônomos, estabelecer prazo prescricional e alterar o valor da indenização por rompimento contratual. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º A alínea j do art. 27 da Lei nº 4.886, de 9 de dezembro de 1965, passa a vigorar com a seguinte redação: Art j) indenização devida ao representante pela rescisão do contrato sem motivo justo, fora das hipóteses do art. 35, cujo montante não poderá ser inferior a 1/20 (um vinte avos) do total da retribuição auferida nos últimos 3 (três) anos de vigência do contrato, até o limite de 2 (dois) anos após a extinção do respectivo contrato de representação comercial autônoma. (NR) Art. 2º. Esta lei entra em vigor na data da sua publicação. JUSTIFICAÇÃO De início, é de boa indicação ressaltar que a maioria dos representantes comerciais é formada por pessoas jurídicas, razão pela qual, entre outros motivos, não se configura a relação de 13

14 emprego. A CLT não se aplica ao caso. A legislação vigente concede aos representantes comerciais autônomos o direito à indenização por ocasião da rescisão contratual sem justo motivo, fora das hipóteses elencadas no art. 35 da Lei nº 4.886, de 9 de dezembro de Entretanto é imperativo atualizar essa previsão legal, pois hoje pode-se discutir e pleitear verbas rescisórias contratuais referentes a toda a duração do vínculo contratual, no prazo geral de prescrição para as ações pessoais, ou seja, 10 (dez) anos, o que, muitas vezes, pode gerar vultosas indenizações, prejudicando sobremaneira muitas empresas, ou, até mesmo, inviabilizando a continuidade de suas atividades, desenhando um quadro de incertezas e insegurança jurídica. Nesse sentido, estribados no princípio da segurança jurídica das relações contratuais, e na boa-fé objetiva, corolário inafastável de todo e qualquer contratação, propugnamos pela adoção de um prazo de 03 (três) anos para discussão de eventuais indenizações afetas aos contratos de prestação de serviços relativos à representação comercial autônoma, bem como a adoção de um limite máximo bienal para o exercício do direito de ação respectivo após a extinção do vínculo contratual a ser discutido. Por outro lado, a redação atual da lei de representação comercial praticamente iguala o representante comercial ao trabalhador empregado, regido pela CLT. No entanto é preciso entender que a maioria dos que exercem a representação é constituída por pessoas jurídicas, que representam mais de uma empresa ao mesmo tempo, salvo se a representada exigir exclusividade. Deste modo, e sob o ponto de vista do risco, a representação torna-se um negócio como outro qualquer. O representante comercial, portanto, trabalha, na imensa maioria das vezes, como um autêntico empresário. Não há porque indenizá-lo na mesma forma que os empregados celetistas. E com a atual legislação, de uma forma muito mais vantajosa que os trabalhadores da CLT. Em todo o caso, como o representante, inegavelmente, é a parte mais fraca no contrato, entendemos que deva, sim, ser indenizado, mas em termos mais adequados à realidade dos dias de hoje, razão pela qual propomos a alteração dos valores atuais para 1/20 (um vinte avos) do total recebido nos últimos 3 anos. Há valores jurídicos e sociais em nossa proposição, razão pela qual esperamos contar com o necessário apoio de nossos ilustres Pares para transformar em lei este projeto. É preciso valorizar tanto o trabalho quanto a livre iniciativa, pilares de sustentação da Ordem Econômica, como expressamente prevê o art. 170 do texto constitucional vigente. Sala das Sessões, em 26 de junho de Deputado DILCEU SPERAFICO 14