ConjunturaSemanal. Juros futuros com leve alta e menor liquidez na semana que antecede o COPOM;

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1 14-jul-2014 Juros futuros com leve alta e menor liquidez na semana que antecede o COPOM; Dólar se valoriza com novos sinais de recuperação no mercado de trabalho nos EUA; Ibovespa encerra segundo semana consecutiva em alta. As taxas de juros futuros fecharam em ligeira alta na semana passada. No vértice do DI Jan15 a taxa de juros subiu 2 pontos-base (bps) na semana, fechando a 10,78% ao ano na 6ªfeira. Já o contrato do DI Jan21 subiu 6 bps na semana, encerrando a semana cotado a 11,96% ao ano. A leve alta das taxas de juros na semana refletiu o sentimento de aversão ao risco que foi provocado, principalmente, pela emissão de dívida de um membro de um grupo bancário português. Os dados da atividade no Brasil divulgados recentemente continuam a sugerir crescimento mais fraco do PIB no 2T14, e que a probabilidade de ter um crescimento negativo aumentou consideravelmente. O índice de fluxo de caminhões nas estradas do ABCR caiu 2,6% em maio e o indicador de expedição de papelão ondulado da ABPO de junho recuou 1,5%, o que deve trazer para baixo a previsão de junho para a produção industrial. No entanto, o mercado de juros que aguarda a reunião de comitê de política monetária do Banco Central no próximo dia 16 não reagiu aos dados domésticos mais fracos. Enquanto isso, o rendimento de 10 anos dos títulos da dívida norteamericana caiu 12 pontos-base para 2,52% ao ano. O dólar norte-americano encerrou a semana com leve alta de 0,32%, cotado a R$ 2,222. A semana foi marcada por baixa liquidez no mercado de câmbio, devido aos jogos da Copa do Mundo e ao feriado (dia 9) em São Paulo. O Banco Central continuou a oferecer dólares por meio de leilões de swap cambial programados para durar até o final deste ano. Do lado externo, o ligeiro viés de alta do dólar encontrou respaldo nos números mais fortes de mercado de trabalho nos Estados Unidos. Os presidentes distritais do FED de Chicago, Atlanta e Filadélfia discursaram na 6ªfeira sobre juros e inflação, mas sem grandes impactos na cotação da moeda norte-americana. O Ibovespa fechou a semana passada com alta de 1,35%, cotado a pontos. Seguindo o desempenho das bolsas internacionais, o Ibovespa encerrou a semana com ganhos comedidos, condizente com a agenda esvaziada de indicadores econômicos domésticos e falta de evento relevante. No mês o mercado acionário brasileiro acumula alta de 3,04% e no ano de 6,37%.

2 Fonte: Bloomberg Elaboração: Itaú Asset Management

3 Fonte: BCB, BM&F Bovespa e Bloomberg Elaboração: Itaú Asset Management

4 Por dentro do cenário Os destaques na agenda doméstica na semana passada foram às divulgações dos índices de inflação de junho. Os preços no atacado ainda seguem em queda. O IGP-DI de junho mostrou aceleração da deflação em relação ao índice de maio, ao passar de -0,45% para -0,63%. O resultado foi em linha com a mediana das expectativas do mercado (de -0,63%). Os componentes industriais e de produtos agropecuários ajudaram a explicar a deflação registrada nos preços no atacado. Esperamos que a deflação nos preços no atacado do mês de julho se reduza. Para o IGP-M de julho projetamos redução da deflação, para -0,40% de -0,74% registrada em junho. Com isso, esperamos alta do IGP-M para 2014 de 4,5%, depois de ter crescido 5,5% em 2013 e 7,8% em O IPCA de junho também veio em linha com as estimativas do mercado, subindo 0,40%, taxa pouco inferior à observada em maio, de 0,46%. Destaque do índice em junho foi à pressão observada nos preços dos serviços relacionados com a Copa do Mundo, como por exemplo, hotéis e passagens aéreas. Esses itens já tinham impactado o IPCA-15, mas acentuaram a alta na segunda quinzena do mês (contribuíram com cerca de +10 bps dos 40bps). Como este impacto foi ocasionado pela Copa, com o fim do evento, parte dessa alta deve ser devolvida entre julho e agosto. Além disso, o grupo alimentação no domicílio também contribuiu para a baixa do índice, ao passar de +0,41% em maio para -0,60% em junho. Os bens duráveis e os semiduráveis reduziram à alta e devem continuar contribuindo para a desaceleração do índice em julho. Em 12 meses, o IPCA voltou a romper o teto da meta ao ficar em 6,52% de 6,37% em maio. Da última vez que o IPCA rompeu o teto da meta foi em junho de 2013, quando o índice em 12 meses atingiu 6,70%. Incorporando os desvios do IPCA de junho, alteramos a projeção para o índice em julho de 0,20% para 0,15% e mantemos estimativa de 0,20% para agosto. As projeções do IPCA para 2014 e 2015 seguem em respectivamente 6,6% e 6,4%. Destaques da semana corrente na agenda doméstica: a reunião do comitê de política monetária do Banco Central dia 16 de julho, vendas do varejo e o IBC-Br ambas de maio. É esperado por nós e parte majoritária do mercado estabilidade da taxa básica de juros Selic em 11,0% ao ano na reunião. Nos Estados Unidos, estatísticas de mercado de trabalho divulgadas na semana passada reforçam a percepção de melhora firme no segundo trimestre, o que já havia sido apontada pela pesquisa do Payroll de junho divulgado na semana anterior. Em maio, o componente de novas vagas da pesquisa Job Opening and Labor Turnover Survey (JOLTS) voltou para o pico da série em 3,3%, mostrando forte abertura de vagas nos Estados Unidos. Além disso, a pesquisa de pedido de auxilio desemprego (Initial Jobless Claims) da primeira semana de julho mostrou queda, de 315 mil pedidos abertos na semana anterior para 304 mil pedidos, surpreendendo positivamente o mercado que esperava +315 mil pedidos. Em julho, a pesquisa é tradicionalmente volátil devido as paradas programadas das montadoras, que nem sempre ocorrem nas mesmas semanas, o que dificulta o ajuste sazonal. Ainda assim, o pedido de auxilio desemprego tem se mantido historicamente em níveis baixos há algum tempo.

5 Agenda 14/jul seg 15/jul ter Brasil EUA Zona do Euro China e Japão 09:30 - Retail Sales Advance (Jun) 09:30 - Empire Manufacturing (Jul) 11:00 - Business Inventories (May) 06:00 - Euro-Zone: Industrial Production (May) 05:30 - UK: CPI (Jun) 06:00 - GER: ZEW Survey Current Situation (Jul) 01:30 - JN: Industrial Production (May f) 07/15 - JN: BoJ Monetary Base Target (01/Jul) 03:00 - JN: Machine Tool Orders (Jun f) 23:00 - CH: Fixed Assets Ex Rural YTD (Jun) 23:00 - CH: Retail Sales (Jun) 11:00 - Fed Yellen Semiannual Testimony 23:00 - CH: Industrial Production YTD (Jun) 23:00 - CH: GDP (2Q) 16/jul qua 08:00 - FGV Inflation IGP-10 (Jul) 09:00 - Retail Sales (May) 09:30 - PPI Final Demand (Jun) 10:15 - Industrial Production (Jun) 06:00 - Euro-Zone: Trade Balance (May) Selic Rate 08:30 - Economic Activity 17/jul (May) 09:30 - Housing Starts (Jun) 06:00 - Euro-Zone: CPI (Jun) qui 06:00 - Euro-Zone: CPI (Jun f) 18/jul sex Sem Def. 08:00 - IGP-M Inflation 2nd Preview (Jul) 07/14-07/21 - Formal Job Creation Total (Jun) 10:55 - Univ. of Michigan Confidence (Jul p) Fonte: Bloomberg Elaboração: Itaú Asset Management

6 Glossário Renda Fixa IRFM 1; IRFM 1+; IMA B5; IMA B5+; e IMA Ex-C são componentes do IMA. O IMA Índice de Mercado ANBIMA é uma família de índices que representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos e serve como benchmark para o segmento. Com o objetivo de atender às necessidades dos diversos tipos de investidores e das suas respectivas carteiras, o IMA é atualmente subdividido em quatro subíndices, de acordo com os indexadores dos títulos prefixados (IRFM), indexados ao IPCA (IMA B), indexados ao IGP-M (IMA C) e pós-fixados (IMA S). Com exceção da carteiras teóricas de títulos indexados ao IGP-M e pós-fixados (IMA-S), para as demais carteiras, são calculados subíndices com base nos prazos dos seus componentes. Adicionalmente, em virtude da intenção explícita da STN de não mais emitir títulos indexados ao IGP-M (NTN-C) e, ainda, devido à baixa liquidez observada neste segmento, foi determinada a construção de um índice agregado aos mesmos moldes do IMA-Geral, mas sem a participação do IMA-C, denominado IMA-Geral Ex-C. IRFM 1 IRFM 1+ IMA B5 IMA B5+ LTN e NTN-F com prazo < 1 ano LTN e NTN-F com prazo >/= 1 ano NTN-B com prazo < 5 anos NTN-B com prazo >/= 5 anos Fonte: ANBIMA / Adaptação: Itaú Asset Management Prêmio de Risco Spread over treasury do CDS (Credit Default Swap) de 5 anos. Variação em bps. Commodities Índice de uma cesta de commodities em dólares. Ações - Brasil IDIV Índice Dividendos SMLL Índice Small Cap ISE Índice de Sustentabilidade Empresarial Fonte: BM&FBOVESPA / Elaboração: Itaú Asset Management Disclaimer A Conjuntura Semanal é uma publicação da Itaú Asset Management. A Itaú Asset Management é o segmento do Itaú Unibanco especializado em gestão de recursos de clientes. As informações contidas no informativo foram produzidas dentro das condições atuais de mercado e conjuntura. Todas as recomendações e estimativas aqui apresentadas derivam de nosso julgamento e podem ser alteradas a qualquer momento sem aviso prévio. O Banco Itaú não se responsabiliza por decisões de investimento tomadas com base nos dados aqui divulgados. Cotações às 17hs30min da 6ª feira.