Mobilização da sociedade para a universalização do saneamento. Novembro 2008

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Manuella Azenha Wagner
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1 Mobilização da sociedade para a universalização do saneamento Novembro 2008

2 Nossa Realidade A cobertura de saneamento no Brasil não condiz com um país que aspira ter um destaque global

3 2004 e 1990 Acesso a Saneamento no Mundo* APRESENTAÇÃO INSTITUCIONAL saneamento (%) 2004 rank 1990 rank PIB per capita (PPP US$) IDH 2005 rank rank United States , Iceland , Switzerland , Austria , Canada , Netherlands , Sweden , Finland , Australia , Japan , Singapore , Germany , Qatar , Spain , Cyprus , Bahamas , Barbados , Trinidad and Tobago , Croatia , Uruguay , Samoa , Brazil , Fonte: HDR/PNUD *inclui fossa séptica

8 32,153 14 11 Australia 100 9 100 9 31,794 16 3 Japan 100 10 100 10 31,267 17 8 Singapore 100 11 100 11 29,663 19 25 Germany 100 12 100 12 29,461 20 22 Qatar 100 13 100 13 27,664 23 35 Spain 100 14

4 Por Estado % SABESP (2 T-08) Cobertura Rede 79% Tratamento 45% (70% coletado) Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD / IBGE Deficit de Acesso a Coleta de Esgoto - Brasil % Não tem acesso Variação Média APRESENTAÇÃO INSTITUCIONAL Média São Paulo 24,07 15,76 14,44-2,98% -8,38% Distrito Federal 26,74 20,15 19,83-2,00% -1,59% Minas Gerais 44,56 26,57 25,13-3,63% -5,42% Rio de Janeiro 47,93 39,76 32,85-1,33% -17,38% Espírito Santo 60,08 44,67 45,46-2,09% 1,77% Paraná 81,11 53,66 49,39-2,91% -7,96% Bahia 85,02 61,5 59,82-2,29% -2,73% Paraíba 81,61 68,06 61,4-1,29% -9,79% Pernambuco 80,78 63,73 63,18-1,68% -0,86% Goiás 72,25 68,5 66,34-0,38% -3,15% Sergipe 80, ,73-1,06% 3,96% Amazonas 83,59 96,03 72,66 1,00% -24,34% Ceará 95,17 76,84 74,72-1,52% -2,76% Acre 75,31 71,69 79,58-0,35% 11,01% Santa Catarina 93,87 89,46 79,66-0,34% -10,95% Rio Grande do Sul 87,75 85,23 80,04-0,21% -6,09% Rio Grande do Norte 89,79 83,48 84,13-0,52% 0,78% Mato Grosso do Sul 95,45 88,22 84,9-0,56% -3,76% Roraima 99,34 82,57 85,82-1,31% 3,94% Maranhão 92,55 90,56 88,91-0,16% -1,82% Tocantins ,86 89,01-0,68% -2,04% Mato Grosso 86,79 87,57 90,71 0,06% 3,59% Alagoas 93,49 92,4 93,48-0,08% 1,17% Pará 98,04 96,05 95,11-0,15% -0,98% Piauí ,75 95,47-0,24% -1,32% Rondônia 98,91 96,89 95,59-0,15% -1,34% Amapá 98,7 98,58 97,36-0,01% -1,24%

25,13-3,63% -5,42% Rio de Janeiro 47,93 39,76 32,85-1,33% -17,38% Espírito Santo 60,08 44,67 45,46-2,09% 1,77% Paraná 81,11 53,66 49,39-2,91% -7,96% Bahia 85,02 61,5 59,82-2,29% -2,73% Paraíba 81,61

5 Taxadeacessoaredegeraldeesgoto(%) Acesso a Coleta de Esgoto (%) Sem informação Taxadeacessoaredegeraldeesgoto(%) Taxadeacessoaredegeraldeesgoto(%) Taxadeacessoaredegeraldeesgoto(%) Taxadeacessoaredegeraldeesgoto(%) Taxadeacessoaredegeraldeesgoto(%) Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD / IBGE

80-87 2001 2004 2007 Taxadeacessoaredegeraldeesgoto(%) -1998 0-20 20-40 40-60 60-80 80-87 Taxadeacessoaredegeraldeesgoto(%) -2004 0-20

6 Onde está localizado o problema? REGIÕES METROPOLITANAS São Paulo Florianópolis Porto Alegre Belo Horizonte Fortaleza Curitiba Recife Rio de Janeiro Vitória Salvador Apenas cerca da metade da população brasileira têm acesso à rede de coleta de esgoto Somente 1/3 do esgoto coletado no país é tratado Cerca de 40 milhões de brasileiros (21,4% dos domicílios) ainda utilizam as obsoletas fossas sépticas

Rio de Janeiro Vitória Salvador Apenas cerca da metade da população brasileira têm acesso à rede de

7 Contratações Programadas Fonte: SNSA Jun.08

8 Contratações X Desembolsos Fonte: SNSA Jun.08

9 PAC: Saneamento Investimentos Selecionados - R$ 28,1 bilhões Investimentos Contratados - R$ 22,6 bilhões Área Beneficiada Contratado Governo Federal Contrapartida Total RM, Capitais e Municípios com mais de 150 mil hab. 14,3 3,7 18,0 Municípios entre 50 e 150 mil hab. 0,8 0,2 1,0 Municípios menores que 50 mil hab. 2,2 0,1 2,3 Setor Privado 1,0 0,3 1,3 TOTAL 18,3 0,3 22,6 Urbanização de Favelas 2,01 0,42 2,43 Fonte: 5 Balanço PAC-31/10/2008 OGU - SIGA/SENADO R$ 681 mi/ R$ 87 mi/2007 = R$ 0.8 bi até 10/08 FGTS/Caixa Econômica = R$ 966 mi/ R$ 702,2mi/2007 = R$ 1.6 bi (3/11/08) Total OGU + FGTS = PAC 2007 e 2008 R$ 2.4 bi

0,8 0,2 1,0 Municípios menores que 50 mil hab.

10 Nossa Realidade A falta de rede geral de esgoto atinge hoje a metade da população brasileira. Na velocidade brasileira, demorará 56 anos para que o déficit de acesso a esgoto tratado seja reduzido à metade. Há décadas, o Brasil investe apenas 1/3 do necessário em saneamento para atingir a universalização num prazo de 20 anos Investimento atual 0,22% do PIB Investimento necessário 0,63% do PIB

11 Nossa Realidade As obras demoram a acontecer: falta capacitação para o desenvolvimento e gestão dos projetos, mesmo com o provisionamento dos recursos financeiros; A falta de saneamento básico com coleta e tratamento de esgoto e a conseqüente contaminação da água por coliformes fecais é a principal causa da mortalidade infantil por diarréia e doenças parasitárias. 65% das internações hospitalares de crianças com menos de 10 anos podem ser provocadas por males oriundos da deficiência ou inexistência de tratamento de esgoto e água limpa (BNDES); 34% da ausência de crianças de zero a seis anos em creches e salas de aula devem-se a doenças relacionadas à falta de saneamento. (Trata Brasil/FGV) Crianças que vivem em áreas sem saneamento apresentam 18% a menos de aproveitamento escolar (Trata Brasil/FGV)

65% das internações hospitalares de crianças com menos de 10 anos podem ser provocadas por males oriundos da deficiência ou inexistência de tratamento de esgoto e água limpa (BNDES); 34% da ausência

12 DRSAI x Mortalidade, Internações e Gastos XXVIII Cong. Interamericano de Eng. Sanitária e Ambiental, Cancun OUT/2002 Dr.Carlos Antonio Alves Pontes -UFPE DATASUS O Globo 10/02/ OMS

13 DRSAI x Mortalidade, Internações e Gastos

14 DRSAI x Mortalidade, Internações e Gastos

15 DRSAI x Mortalidade, Internações e Gastos Resumo dos Impactos das DRSAI entre 1996 e óbitos ou 41 óbitos/dia de internações ou internações/dia R$ 400 mi ou 2,3% do gasto hospitalar com doenças (exclui partos e prolongamento de internações psiquiátricas Diarréias são responsáveis por mais de 50% dos óbitos e mais de 90% das internações por DRSAI

640 internações/dia R$ 400 mi ou 2,3% do gasto hospitalar com doenças (exclui partos e

16 Doenças Infecciosas e Parasitárias Morbidade (%): Algumas doenças infecciosas e parasitárias Brasil - 1 a 4 anos de idade 29,00 27,00 25,00 23,00 21,00 19,00 17,00 15,00 13,00 27,11 26,21 24,73 23,81 24,64 23,30 22,06 20,59 19,59 20, Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS)

13,00 27,11 26,21 24,73 23,81 24,64 23,30 22,06 20,59 19,59 20,15 1998 1999 2000 2001 2002

17 Acreditamos que a sociedade brasileira pode atuar de forma decisiva para que os nossos governantes aportem os recursos necessários e toda a população do País tenha acesso à coleta e tratamento de esgoto Caminhos e Soluções

os recursos necessários e toda a população do País

18 Caminhos e Soluções Envolvimento e pressão por parte da sociedade Implementação da Lei 11445/07 Lei do Saneamento por Estados e municípios Maior agilidade por parte do STF no julgamento das ADINs Realização dos investimentos do PAC e garantia de continuidade na contratação de financiamentos com os recursos do FGTS e do FAT Novas fontes de financiamento para atender a demanda anual crescente para se alcançar a universalização (PPP s, concessões privadas e mercado de capitais) 0,22% do PIB 0,63% do PIB

continuidade na contratação de financiamentos com os recursos do FGTS e do FAT Novas fontes de financiamento para atender a

19 Caminhos e Soluções Qualificar os investimentos em saneamento adotando o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat Reduzir a carga tributária (PIS/COFINS) e direcionar os recursos para subsidiar os investimentos em áreas carentes. São R$ 1 bilhão ao ano que poderiam ser revertidos em obras nas áreas carentes Inovação Alagoinhas / BA Praia Grande Ubatuba / SP Riviera de São Lourenço - Bertioga / SP Jundiaí /SP

20 O Instituto Trata Brasil O Instituto Trata Brasil é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), criada em julho de 2007 A finalidade é promover uma ampla mobilização nacional para se alcançar a universalização do saneamento básico no Brasil, que vai gerar: a melhora significativa da saúde da população a redução da mortalidade na infância a geração de emprego e de renda a sustentabilidade ambiental

alcançar a universalização do saneamento básico no Brasil, que vai gerar: a melhora significativa da

21 Nosso Desafio Sensibilizar a sociedade civil e o Poder Público sobre a importância do saneamento básico para a saúde, o meio ambiente e a geração de empregos Nossa Proposta Criar um movimento nacional que envolva diferentes segmentos da sociedade para conscientizar a população sobre a importância do saneamento básico, além de cobrar do Poder Público que assegure recursos suficientes e permanentes para este setor no Brasil.

22 Estratégias de Atuação PILARES DE ATUAÇÃO EM 2008 Divulgação Mobilização Sociedade Adesão Novos Colaboradores Cases de Sucesso e Projetos Específicos Monitoramento/Evolução

23 Ações de Conscientização Embaixadores Trata Brasil: Dra. Zilda Arns Neumann Dr. Artur Timerman Dr. Anthony Wong Dr. Carlos Graeff Teixeira Dr. Edson Liberal Wagner Moura Giovanna Antonelli Daiane dos Santos Giovane Gávio Adalberto Piotto

24 Ferramentas de Mobilização Peça impressa campanha de mídia Filme da campanha Spot da campanha Vídeo institucional do ITB

25 Apoiadores

26 2008 Outubro Ano Internacional do Saneamento, segundo a ONU Ao redor do mundo, cerca de 2,6 bilhões de pessoas, o equivalente a dois de cada cinco seres humanos, não têm acesso a serviços de saneamento básico. Isto é simplesmente inaceitável Bam ki-moon, secretário Geral das Nações Unidas

27 O OBJETO QUE REPRESENTA A CIVILIZAÇÃO E O PROGRESSO NÃO É O LIVRO, O TELEFONE, A INTERNET OU A BOMBA ATOMICA. É A PRIVADA! Mario Vargas Llosa O Cheiro da Pobreza Obrigada! Raul Pinho raul.pinho@tratabrasil.org.br (11)

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