GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

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1 GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE SANEAMENTO E ENERGIA PROGRAMA ESTADUAL DE APOIO À RECUPERAÇÃO DAS ÁGUAS PROGRAMA REÁGUA ARCABOUÇO PARA O GERENCIAMENTO AMBIENTAL E SOCIAL DO PROGRAMA REÁGUA 03 de Abril de

2 SUMÁRIO SUMÁRIO EXECUTIVO APRESENTAÇÃO O PROGRAMA REÁGUA QUADRO LEGAL E INSTITUCIONAL E ANÁLISE COMPARATIVA COM AS POLÍTICAS DE SALVAGUARDAS DO BIRD 3.1 POLÍTICAS DE SALVAGUARDAS AMBIENTAIS E SOCIAIS DO BANCO MUNDIAL 3.2 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL APLICÁVEL GESTÃO E CONTROLE AMBIENTAL NA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DO PROGRAMA 3.4 MARCO LEGAL REFERENTE AO REÚSO DE EFLUENTES LICENCIAMENTO AMBIENTAL E OUTORGA POLÍTICAS DE COMPENSAÇÃO PELOS IMPACTOS AMBIENTAIS O CONTEXTO GERAL DO PROJETO REÁGUA PROCESSO DE SELEÇÃO DAS ÁREAS DE ABRANGÊNCIA CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DAS BACIAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E TERRAS INDÍGENAS CONTEXTUALIZAÇÃO DO REÚSO DE EFLUENTES MARCO AMBIENTAL (FRAMEWORK) PARA AVALIAÇÃO DE SUBPROJETOS 5.1 AVALIAÇÃO AMBIENTAL DE TIPOLOGIAS AVALIAÇÃO AMBIENTAL DE PROJETOS EXEMPLOS AVALIAÇÂO SOCIAL AVALIAÇÃO GLOBAL CONSULTA PÚBLICA PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL GERENCIAMENTO AMBIENTAL DO PROJETO CRITÉRIOS E PROCEDIMENTOS SÓCIO-AMBIENTAIS PARA CONCEPÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS 6.3 PROGRAMA DE MEDIDAS MITIGADORAS PROGRAMA DE MEDIDAS COMPENSATÓRIAS MARCO CONCEITUAL DE REASSENTAMENTO MANUAL AMBIENTAL DE CONSTRUÇÃO

3 1. INTRODUÇÃO SUMÁRIO EXECUTIVO O objetivo principal do Programa REÁGUA é apoiar ações de saneamento básico que contribuam para ampliação da disponibilidade hídrica no Estado de São Paulo. O REÁGUA prevê investimentos de US$ 130 milhões nos seguintes componentes/subcomponentes: Componente 1 Incremento da disponibilidade de água Sub-componente 1.1 Controle e redução de perdas de água em sistemas de abastecimento. As ações deste componente serão voltadas à execução de investimentos, aquisições de equipamentos e capacitação associada à utilização dessas novas tecnologias, devendo ser concentradas para obtenção de resultados significativos e perenes na redução de perdas. Sub-componente 1.2 Redução do consumo mediante uso racional da água. As ações deverão ser, basicamente, de: (i) redução de consumo em escolas públicas; (ii) implantação de materiais e equipamentos sanitários de consumo reduzido em conjuntos habitacionais de baixa renda. Sub-componente 1.3 Reúso de efluentes tratados. Será composto por intervenções que permitirão a ampliação da produção e da utilização de água de reúso de efluentes de estações de tratamento de esgotos para usos urbano, industrial e agrícola. Componente 2 Melhoria da qualidade da água Estão previstas intervenções de implantação ou otimização de sistemas de esgotamento sanitário com o objetivo precípuo de obter a recuperação da qualidade dos cursos d água mediante redução de cargas poluidoras afluentes. Componente 3 Desenvolvimento institucional Sub-componente 3.1. Capacitação para operação e manutenção de sistemas de água e esgoto. Todas as atividades de capacitação e desenvolvimento profissional para operação e manutenção de sistemas de água e esgotos, deverão estar associadas a projetos apresentados e aprovados para financiamento nos Componentes 1 e 2. Sub-componente 3.2. Sistema de informações em saneamento no Estado de São Paulo. Para subsidiar e fortalecer as funções de Estado na definição de políticas e planejamento geral do saneamento em São Paulo, deverá ser contratado pela Secretaria de Saneamento e Energia um Sistema de Informações em Saneamento, capaz também de oferecer elementos para ações regulatórias. Sub-componente 3.3 Gerenciamento do Programa. Esse sub-componente tem por objetivo apoiar a SSE para gerenciar, supervisionar e auditar o programa, incluindo a contratação de empresas de consultoria para apoiar a UGP no gerenciamento do Programa, na verificação de resultados e na elaboração de estudos de avaliação de impacto. O Programa atuará nas bacias ou sub-bacias de Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos UGRHIs com maior escassez hídrica, e, nestas áreas, privilegiará municípios ou parcelas de municípios com população socialmente mais vulnerável. As UGRHIs classificadas como as mais críticas, utilizando a relação entre disponibilidade e demanda de recursos hídricos no Estado de São Paulo superior a 80%, foram Piracicaba/Capivari/Jundiaí; Alto Tietê; Sapucaí/Grande; Mogi-Guaçu; e Tietê/Sorocaba. A contratação de ações a serem empreendidas no âmbito do Programa REÁGUA estará condicionada a processo de seleção pública coordenado pela Secretaria de Saneamento e Energia - SSE. O Edital contendo o regulamento que estabelece as condições para apresentação de projetos pelos prestadores de serviço de saneamento, elegíveis para financiamento pelo REÁGUA, orientou os proponentes quanto aos procedimentos e critérios 3

4 estabelecidos para esse processo de habilitação, hierarquização e seleção. Esses critérios são claros, objetivos e vinculados a resultados que: (i) permitam elevar a disponibilidade ou a qualidade de recursos hídricos; e, (ii) contribuam para a melhoria da qualidade de vida dos beneficiários diretos. O Edital foi publicado e divulgado pela SSE em 27/11/2008. As propostas foram recebidas até o dia 13/02/2009. As propostas recebidas terão seus empreendimentos selecionados com base em avaliações de viabilidade técnica, econômico-financeira, ambiental e social. A viabilidade ambiental considerará os critérios adotados pelo Arcabouço Ambiental com processos definidos no Plano de Gestão Ambiental. Para ser selecionado, o empreendimento proposto deverá dispor de comprovação de titularidade das áreas objeto de intervenção e, também, não prever quaisquer ações de reassentamento involuntário. Após selecionado, com estudos e projetos desenvolvidos, os contratos para execução dos empreendimentos serão assinados com base em um Plano de Implementação e de Metas das Ações, englobando as fases de: (i) implantação do empreendimento; e (ii) operação monitoramento de resultados. Na 1ª fase, os recursos serão liberados mediante a Verificação do Avanço no processo de implantação da mesma. Essas verificações serão realizadas por equipe independente contratada pela SSE no âmbito do Programa. Na fase de monitoramento de resultados, durante a operação do sistema, serão repassados os recursos restantes mediante uma Certificação de Resultados quanto ao cumprimento do Plano de Metas e condições de sustentabilidade constantes do Contrato. O processo de Certificação constará de autoavaliação de desempenho sob a responsabilidade do prestador de serviços e de Auditorias Técnicas, a cargo da SSE, assegurando que as metas e condições de sustentabilidade contratadas foram cumpridas. Nesse contexto, durante a preparação do Programa, não se dispunha do conjunto de intervenções no nível de estudos de concepção ou projetos de engenharia que dessem condições de detalhar as características ou processos envolvidos. Portanto, a avaliação ambiental do Programa se baseou na preparação do Arcabouço (framework) para o Gerenciamento Ambiental e Social (AGAS) do Programa para o qual foram considerados projetos exemplos, de modo a permitir avaliações específicas das tipologias a serem apoiadas pelo REAGUA e definir critérios e procedimentos a serem adotadas quando da execução do Programa e da conseqüente seleção de empreendimentos a serem financiados. 2. QUADRO LEGAL E INSTITUCIONAL E ANÁLISE COMPARATIVA COM AS POLÍTICAS DE SALVAGUARDAS DO BIRD A avaliação dos componentes do Programa REÁGUA foi elaborada considerando, simultaneamente, o (i) atendimento aos requisitos e exigências ambientais constantes das políticas de salvaguarda do Banco Mundial, como condição para a assinatura do Acordo de Empréstimo; e (ii) o estrito cumprimento e atenção aos preceitos legais federais e estaduais, em particular referência às normas e procedimentos para o licenciamento ambiental das ações previstas no Programa. O Governo do Estado e o BIRD estarão realizando estudo de requisitos e procedimentos ambientais e sociais de análise e aprovação de investimentos em infra-estrutura urbana e regional de modo a permitir no futuro a equivalência das políticas estaduais com as políticas de salvaguardas do Banco, simplificando os processos de avaliação social e ambiental de investimentos a serem financiados pelo Banco. O conteúdo do AGAS considera e analisa, do ponto de vista ambiental, o conjunto de tipologias de intervenções do Programa REÁGUA, considerando que na presente fase de preparação do Projeto, os investimentos em infra-estrutura e de ações ambientais ainda não estão com sua identificação e concepção completas. Sendo assim, a avaliação ambiental adotou os seguintes procedimentos: A. Avaliação ambiental das tipologias de subprojetos a serem financiados pelo Programa; 4

5 B. Avaliação ambiental envolvendo os investimentos em esgotamento sanitário e reúso de efluentes com base em exemplos de subprojetos situados na UGRHIs selecionadas e cujos estudos estão atualizados ou recém-concluídos; e C. Definição de critérios e procedimentos para avaliação ambiental dos subprojetos na fase de implementação do Programa constantes do Plano de Gestão Ambiental. No âmbito das políticas de salvaguardas do Banco Mundial, o Programa REÁGUA foi considerado como Programa CATEGORIA B, em que se aplicam as seguintes salvaguardas: OP Avaliação Ambiental O Programa proposto é classificado na Categoria B, dados os impactos de caráter local, de maneira geral positivos e sensíveis sobre as áreas de mananciais das Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos UGRHIs selecionadas. O Programa REÁGUA, por essência, é um projeto de recuperação ambiental e melhoria da qualidade de vida da população, cujas ações deverão reduzir as limitações hídricas - quantitativas e qualitativas - das UGRHIs selecionadas. OP 4.04 Habitat Natural No Projeto REÁGUA estão previstas ações em áreas de preservação permanente - APPs (protegidas pelo Código Florestal Brasileiro Lei federal 4.771/65) que se ajustam à presente orientação da OP 4.04 do BIRD. Adicionalmente, nas UGRHIs selecionadas encontram-se unidades de conservação de: (i) uso sustentável como áreas de proteção ambiental APAs, florestas nacionais e áreas de relevante interesse ecológico, e (ii) de proteção integral como parques estaduais, estações ecológicas, reservas biológicas, reservas estaduais, etc. OP 4.12 Reassentamento Involuntário Uma das diretrizes importantes na concepção de Programa REÁGUA é de que não deverão ser selecionadas intervenções com necessidade de reassentamento involuntário. Este é, inclusive, um critério de elegibilidade para os projetos a serem apresentados. No entanto, considerando que eventualmente intervenções importantes de sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário possam a vir necessitar de pequenas relocações de população e/ou desapropriações de terras, e com vistas às exigências da política de reassentamento do Banco Mundial, foi elaborado um documento específico Marco de Reassentamento Involuntário que deverá orientar as ações a serem adotadas nestes casos eventuais. OP Recursos Físico-culturais Os projetos de categoria B que acionam a salvaguarda envolvem: (i) qualquer intervenção com escavações significativas, demolição, movimento de terra, inundação de áreas, etc.; (ii) qualquer intervenção localizada em, ou na redondeza, área de incidência de recursos culturais físicos, reconhecidos pelo prestatário. Estes itens, no caso do Programa Reágua se aplicam principalmente nos empreendimentos de esgotamento sanitário e sistemas de adução de água de reuso. O Plano de Gestão Ambiental inclui procedimentos a serem adotados na fase de concepção do empreendimento para reconhecimento do potencial arqueológico das áreas de intervenção e incorpora procedimentos de resgate e de salvamento no caso em que recursos significativos sejam identificados. Além disso, o Brasil possui um marco legal bem desenvolvido se que se encontram sob a supervisão do Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural Nacional (IPHAN). As demais políticas de salvaguarda (OP 4.09 Gestão de pragas; OP 4.20 Povos indígenas; OP 4.36 Atividades florestais; OP 7.50 Projetos em vias navegáveis internacionais; e OP

6 Projetos nas áreas em litígio) não se enquadram nos componentes e no escopo de desenvolvimento do Projeto. Licenciamento Ambiental das Ações do Projeto Os empreendimentos e ações do Programa serão objeto de licenciamento específico, de acordo com a legislação ambiental vigente e aplicável federal, estadual e municipal considerando os requisitos e condições exigíveis para cada tipologia de intervenção. Isso significa, por exemplo, que cada projeto de implantação de sistemas de saneamento básico na forma exigida pelas leis ambientais, deverá seguir o rito próprio do licenciamento ambiental, atendendo as exigências documentais, processuais, de prazo, etc., vinculadas às normas e procedimentos definidos pelo órgão licenciador Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SMA). Outorga A outorga de direitos de uso das águas é um dos instrumentos, de gestão de recursos hídricos, previsto na Lei Federal 9433 de 8 de janeiro de 1997, sendo a competência para administrar e conceder outorgas da ANA (no caso de rios federais) e do DAEE (no caso de rios de domínio estadual e de águas subterrâneas). A outorga de uso das águas em rios de domínio estadual está regulamentada pelo Decreto de 31/10/96 e da Portaria DAEE 717, de A outorga guarda estreitas ligações com os Planos de Recursos Hídricos e com o enquadramento dos corpos d água. 3. AVALIAÇÂO AMBIENTAL E SOCIAL 3.1 Avaliação Ambiental de Tipologias As diversas tipologias de projetos a serem financiadas pelo Programa Reágua são analisadas, ao nível conceitual, nas tabelas 1 a 4. Tabela 1 - Componente 1 - Incremento da Disponibilidade de Água Componente 1- Incremento da Disponibilidade de Água Subcomponentes Ações Intervenções Potenciais 1.1 Controle e Redução de Perdas de Água em Sistemas de Abastecimento 1.2 Redução do Consumo mediante Uso Racional da Água 1.3 Reúso de Efluentes Tratados Controle e Redução de Perdas Sistema Produtor Controle e Redução de Perdas Sistema de Distribuição Instalação de telemetria e macromedidores. Reparo de Vazamentos Acentuados Estrutura de Captação Setorização de redes com troca de tubulações, reparo de reservatórios, etc. Implantação de sistemas de controle das vazões e pressões nas adutoras e reservatórios Implantação de micromedição Renovação de Infra-estrutura Substituição de redes e ramais Reabilitação de Estruturas Reforma de tubulações, reservatórios, Estações de Tratamento de Água (ETAs) Recuperação de Águas de Implantação de sistemas de recirculação Lavagem de ETAs Substituição de equipamentos sanitários (água e esgotos) para Substituição de equipamentos sanitários equipamentos de consumo reduzido em escolas públicas Educação sanitária e ambiental Reúso urbano Reúso Industrial Reúso Agrícola Utilização de efluente de ETE existente Implantação de Estação de tratamento da água de reúso - ETAR e sistemas de transporte (adutora) Utilização de efluente de ETE existente 6

7 De forma geral, os subcomponentes 1.1 e 1.2 prevêem intervenções de pequeno porte em sistemas existentes não interferindo em ambientes naturais adicionais. De acordo com a legislação ambiental federal e estadual as ações e intervenções acima não são, inclusive, passíveis de licenciamento ambiental. Por outro lado, os impactos positivos são de caráter mais permanente e que ocorrem, na sua maioria, durante a fase de operação do empreendimento. A tabela 2 a seguir apresenta os principais impactos (positivos e negativos) desse tipo de intervenção e sua gradação de significância, assim como as medidas de mitigação dos impactos negativos e os respectivos programas ambientais a constar do Plano de Gestão Ambiental do Programa e de cada empreendimento selecionado. Conforme se verifica na tabela, os impactos negativos são localizados, transitórios e de caráter pouco significativo, decorrentes principalmente das atividades inerentes à execução de obras. A mitigação desses impactos decorre principalmente de cuidados adequados durante a execução das obras envolvendo boas práticas de engenharia. Na fase de operação das intervenções a maioria dos impactos é positiva, significativa e de caráter permanente. Apresentam forte viés ambiental ao buscar a redução de consumo de água tratada, seja por redução de perdas e/ou uso racional, reduzindo em conseqüência o volume a ser captado e disponibilizando água para outros usos. Para reforçar e garantir os efeitos benéficos das intervenções, o Projeto prevê o desenvolvimento de ações de comunicação social, participação comunitária, educação ambiental e sanitária e gestão ambiental e social. As exceções ao quadro acima referem-se ao Reúso Industrial, Agrícola e Urbano. No caso de Reúso Industrial, pode-se necessitar de implantação de Estações de Tratamento de Água de Reúso e de adutoras de maior porte. O projeto deverá garantir que a água de reúso será utilizada em ambientes controlados e sem contato humano. A qualidade do efluente, na ausência de regulamentação nacional, deverá ser aquela exigida para fins industriais. Para o Reúso Agrícola, haverá necessidade de elaboração de Plano de Aplicação de Efluente de ETE em Culturas de acordo com Orientação da CETESB para fins de autorização específica para uso do produto, além de relatório de análise de interferência sobre as salvaguardas ambientais e sociais do Banco. Para o Reúso Urbano (limpeza de ruas, irrigação de jardins públicos), pode-se necessitar de implantação de Estações de Tratamento de Água de Reúso. A utilização de efluente e sua qualidade deverão atender à Norma Brasileira da ABNT - NBR 13969/97 e aos regulamentos municipais. 7

8 Tabela 2 Impactos Positivos e Negativos, Medidas Mitigadoras e Programas Ambientais para o Componente 1 Impactos Positivos Impactos Negativos Medidas Mitigadoras Programas Fase de Planejamento e Obras Fase de Planejamento e Obras Ambientais Propostos no PGA Fortalecimento da Moderado Geração de expectativas e Pouco Ações de divulgação do mobilização comunitária Insegurança da População Significativo Projeto e de comunicação social Comunicação Social Geração de empregos e aumento da renda da população local Moderado Alteração na qualidade de vida da população residente nas áreas próximas às obras (aumento de ruído, poeira e tráfego, interdição de vias e acessos, circulação de pessoas estranhas à comunidade, etc.) Fase de Operação Interferências sobre infraestrutura e equipamentos urbanos existentes Melhoria das condições sanitárias Melhoria das condições de saúde da população Melhoria do padrão habitacional Elevação da auto-estima da população Consolidação de novos enfoques culturais e ambientais Moderado Significativo Supressão da vegetação Pouco Significativo Significativo Geração de Sedimentos Pouco Significativo Significativo Deterioração das condições ambientais, urbanísticas e paisagísticas Significativo Geração de Bota-fora Pouco significativo Significativo Risco de acidentes Pouco Significativo Planejamento das Obras e procedimentos construtivos adequados Pouco Articulação com Significativo concessionárias de serviços e organismos responsáveis Métodos construtivos adequados e reposição da vegetação afetada Métodos Construtivos adequados Pouco Planejamento das Obras Significativo e Métodos construtivos adequados Destino dos rejeitos para bota-foras licenciados. Planejamento de obras e procedimentos de segurança Risco de contaminação Moderado Adoção das condições de qualidade estabelecidas pela NBR 13969/97 Manual Ambiental de Construção Manual Ambiental de Construção Manual Ambiental de Construção Manual Ambiental de Construção Manual Ambiental de Construção Manual Ambiental de Construção Manual Ambiental de Construção Monitoramento da qualidade dos efluentes das ETEs 8

9 A avaliação das tipologias de projetos potenciais por subcomponente do componente 2 está descrita na tabela a seguir Tabela 3 - Componente 2 Melhoria da Qualidade da Água Componente 2- Melhoria da Qualidade da Água Subcomponentes Ações Intervenções Potenciais Ampliação de redes coletoras 2.1 Otimização de Sistemas Ampliação de de Infraestrutura Esgotamento Sanitário em sistemas Ampliação de coletores- existentes de Esgotamento tronco e interceptores sanitário Implantação de estações elevatórias Ampliação e/ou implantação de Estações de Tratamento 2.2 Implantação de novo Sistema de esgotamento Sanitário Implantação completa de sistema de esgotamento sanitário, incluindo ETE de Esgotos Implantação de sistema de coleta (ramais domiciliares, redes e coletores-tronco) Implantação de sistema de transporte (interceptores, elevatórias e linhas de recalque) Implantação de Estação de Tratamento de Esgotos ETE A tabela 4 a seguir apresenta os principais impactos positivos e negativos das tipologias acima e sua gradação de significância, assim como as medidas de mitigação dos impactos negativos e os respectivos programas ambientais a constar do Plano de Gestão Ambiental do Programa e de cada empreendimento selecionado. Na análise da tabela, pode-se constatar que os impactos negativos são, em geral, localizados, transitórios e de caráter pouco significativo a moderado, decorrentes principalmente das atividades inerentes à execução de obras. Dependendo, no entanto, do porte e localização, podem apresentar interferências com: habitats naturais unidades de conservação e/ou áreas de preservação permanentes; patrimônio cultural e arqueológico; e edificações comerciais e/ou moradias. Critérios adequados de concepção e projeto podem minimizar significativamente a possibilidade de ocorrência dessas interferências. No caso de habitats naturais, a ampliação ou implantação de sistemas de esgotos (interceptores, estações elevatórias e estações de tratamento) quase sempre apresentam interferências com APPs. Considerados pela legislação como intervenção de utilidade pública, essa interferência pode ser autorizada pelo órgão ambiental e minimizada com técnicas adequadas de construção e com posterior recuperação da área de intervenção. A possibilidade de interferência com patrimônio cultural deve ser analisada na concepção do empreendimento e na sua avaliação ambiental de modo a se adotar os procedimentos de resgate, se for o caso, ou procedimentos de salvamento ao acaso. Com relação à possibilidade de interferência com atividades comerciais, a concepção do projeto e sua execução devem evitá-la. Caso não seja possível, um Plano de Reassentamento deverá ser elaborado com base no Marco de Reassentamento Involuntário. 9

10 Tabela 4 Impactos Positivos e Negativos, Medidas Mitigadoras e Programas Ambientais para o Componente 2 Impactos Positivos Impactos Negativos Medidas Mitigadoras Programas Fase de Planejamento e Obras Fase de Planejamento e Obras Ambientais Propostos no PGA Fortalecimento da moderado Geração de expectativas e Moderado Ações de divulgação do Projeto e mobilização comunitária Insegurança da População comunicação social Comunicação Social Geração de empregos e Alteração na qualidade de vida da Planejamento das Obras e aumento da renda da moderado população residente nas áreas Moderado procedimentos construtivos Manual Ambiental de população local próximas às obras adequados Construção Fase de Operação Interferências sobre infra-estrutura e Pouco Articulação com concessionárias de Manual Ambiental da Melhoria das condições sanitárias Melhoria da qualidade de vida da população Melhoria da qualidade da água do corpo receptor Ampliação da disponibilidade hídrica Atração de investimentos para a região beneficiada equipamentos urbanos existentes Significativo Eventuais prejuízos ao comércio local Significativo Interferências em Áreas de Preservação Permanente - APPs Significativo Pouco Significativo Moderado Significativo Supressão da vegetação Pouco Significativo Significativo Interferências com patrimônio Pouco cultural e arqueológico Significativo Significativo Geração de Sedimentos Pouco Significativo serviços e organismos responsáveis Métodos e procedimentos construtivos adequados e ações de comunicação social Métodos e procedimentos construtivos adequados e recuperação de áreas degradadas Métodos construtivos adequados e reposição da vegetação afetada Levantamento de ocorrência e Procedimentos de resgate Métodos Construtivos adequados e monitoramento Elevação da auto-estima da população Significativo Utilização de Jazidas de Empréstimo Moderado Utilização de Jazidas Licenciadas e Recuperação de Áreas Degradadas Melhoria das condições Significativo Geração de Bota-fora Moderado Destino dos rejeitos em áreas ambientais e urbanas da adequadas e licenciadas. região Reconstituição das áreas utilizadas. Valorização imobiliária Moderado Risco de acidentes Pouco Planejamento de obras e Significativo procedimentos de segurança. Consolidação de novos Significativo Aumento de tráfego de maquinário Pouco Planejamento Adequado das Obras enfoques culturais e pesado na região Significativo ambientalistas Possibilidade de Relocação e Reassentamento de Famílias Moderado O REAGUA não deverá apoiar Projetos com Reassentamento(*) Construção Manual Ambiental de Construção e Comunicação social Critérios de Projeto e Manual Ambiental de Construção Manual Ambiental de Construção Manual Ambiental de Construção Manual Ambiental de Construção e Monitoramento Manual Ambiental de Construção Manual Ambiental de Construção Manual Ambiental de Construção Manual Ambiental de Construção Critérios de Projeto e Marco de Reassentamento Fase de Operação Geração de Odor pela ETE Moderado Localização adequada da ETE e/ou Monitoramento - previsão de tratamento de gases Geração de Lodos pela ETE Moderado Tratamento e destino final adequado Monitoramento (*) Se durante a execução de obras, eventualmente, surgir necessidade de reassentamento deverá ser elaborado Plano especifico de acordo com o Marco de Reassentamento constante de Anexo ao Arcabouço. 10

11 3.2 Análise Social Foram analisadas as principais características sócio-econômicas da UGRHIs selecionadas, de acordo com informações constantes do Plano Estadual de recursos Hídricos Adicionalmente, procedeu-se a uma análise de indicadores sociais de uma amostra de municípios de cada UGRHI integrante do Programa. A amostra buscou inserir os municípios mais representativos em termos econômicos e populacionais, assim como alguns municípios que representam as desigualdades socioeconômicas encontradas em cada UGRHI. De forma geral, a análise efetuada permite considerar que: As UGRHIs Piracicaba/Capivari/Jundiaí e Alto Tietê concentram expressiva atividade econômica nos setores de indústria, comércio e serviços, com participação superior a 50% no PIB paulista; Nas UGRHIs Mogi-Guaçu e Sapucaí/Grande predominam atividades da economia primária, enquanto na UGRHI Tietê/Sorocaba há maior equilíbrio nas atividades econômicas; As UGRHIs, apresentam vários municípios com população com vulnerabilidade social alta e déficits significativos nos serviços de esgotamento sanitário; Os déficits em saneamento, em geral, atingem a população de baixa renda; Verifica-se, também, situações onde o nível de tratamento de esgotos é baixo, ou mesmo nulo, com conseqüências sobre a qualidade de água dos recursos hídricos na região. Há demandas significativas para melhoria das condições de salubridade ambiental para populações de baixa renda, conseqüentemente reduzindo a vulnerabilidade social desses contingentes. 4. AVALIAÇÃO GLOBAL DO PROGRAMA Sob uma ótica mais abrangente e estratégica, o conjunto de ações propostas de serem financiadas pelo REÁGUA têm repercussão em uma série de políticas, planos e programas em nível regional e metropolitano. Envolvem principalmente as questões relacionadas à conservação da água, considerando tanto a linha mestra de recuperação da qualidade, incluindo ações de despoluição de rios e córregos em áreas críticas, quanto na vertente da conservação de quantidades, desdobrando-se em ações para otimização das disponibilidades de água bruta, controle de perdas em sistemas de abastecimento, gestão de demandas e incentivos ao uso racional da água em sistemas industriais e prediais. Antevê-se igualmente que o conjunto de ações, de modo geral, deve funcionar, também, como indutor das ações e estratégias dos planos de recursos hídricos e de saneamento (planos de bacia, planos estadual e municipais de saneamento, etc.), contribuindo para o fortalecimento dos instrumentos de gestão. Efeitos Positivos a) Melhoria da Qualidade Ambiental e das Águas O tratamento dos fatores causais, tais como a retirada das cargas afluentes aos mananciais em áreas críticas, via sistemas de esgotamento sanitário com adequado tratamento de efluentes, e o incentivo ao reúso, configuram-se em elementos importantes para uma sensível melhoria da qualidade das águas, resultando, de um lado, na efetiva diminuição dos gastos com a aplicação de produtos químicos, etc. e, de outro, na melhoria da disponibilidade hídrica - quantidade e qualidade, com efeitos diretos sobre o nível de qualidade de vida da população residente nas regiões abrangidas pelo programa assim como daquela abastecida pelos diversos sistemas produtores destas regiões. 11

12 A recuperação dos mananciais também propiciará outros ganhos de qualidade ambiental, na medida em que promove a salubridade e o equilíbrio dos fenômenos naturais, mantém a vida aquática e os processos ecológicos associados (fauna e flora aquáticas), e permite o uso sustentável dos recursos hídricos aproveitados nas bacias críticas selecionadas. b) Melhoria da Rede de Infra-Estrutura O Programa estará apoiando atividades que visam atingir as Metas de Desenvolvimento do Milênio por meio da melhoria da infra-estrutura de saneamento, o que implica a ampliação das redes de infra-estrutura dos países em desenvolvimento e, neste caso, nas regiões densamente povoadas, como é o caso das bacias selecionadas do Estado de São Paulo. As melhorias previstas com o Programa, portanto, são evidentes e absolutamente direcionadas para a melhoria global dos indicadores de saúde, meio ambiente e desenvolvimento urbano. c) Melhoria da Qualidade de Vida da População e dos Indicadores Socioeconômicos O processo de ampliação da disponibilidade hídrica, a partir de ações integradas como ora se propõe, promove ganhos de acessibilidade aos serviços públicos de saneamento mais adequados, ampliando a possibilidade de acesso à água em qualidade e quantidade adequados e custos racionais. d) Atração de investimentos e do capital privado, elevando a competividade dessas regiões quando comparadas a outras centralidades urbanas A maior disponibilidade hídrica nas bacias com alta criticidade pode promover a permanência e a atração de atividades de negócios e capitais motivando o fortalecimento de uma rede de serviços, comércio, etc. intra-regional e estimular a sustentabilidade econômica e ambiental das regiões. e) Consolidação das estratégias de desenvolvimento sustentável regional e proteção dos mananciais A despoluição de cursos d água associada à maior disponibilidade hídrica local e regional vêm ao encontro das premissas e diretrizes estabelecidas pelas políticas ambientais e de recursos hídricos em nível nacional, estadual e regional. Acrescenta-se a isso, o conceito de pagamento por resultado, o que implica, em linhas gerais, o avanço e incentivo à desejada situação de sustentabilidade econômica, social, ambiental e institucional.. Efeitos Negativos O Programa REÁGUA, conforme comentado, é uma iniciativa eminentemente vinculada à recuperação ambiental e à promoção da qualidade de vida da população residente nas bacias com alta criticidade hídrica. Portanto, trata-se de um conjunto de ações e medidas que visam mitigar, atenuar ou compensar os impactos sócio-ambientais pré-existentes e, também, evitar novas situações críticas ou negativas para a sustentabilidade destas áreas ambientalmente sensíveis. Na dimensão regional, portanto, não são identificados efeitos deletérios significativos da implementação do Programa. Os principais impactos negativos referem-se ao nível local, fundamentalmente de ações inerentes à execução de obras e que podem ser perfeitamente mitigados com a adoção de critérios e procedimentos adequados de concepção de projetos e de construção. Nesse sentido, deve-se prever a adoção de critérios de concepção e avaliação ambiental de projetos de intervenção e de um Manual Ambiental de Construção. Apesar do Programa, à princípio, não prever investimentos em empreendimentos que possam necessitar de reassentamento involuntário, o programa contemplará a adoção de marco conceitual onde, na eventualidade de sua necessidade, ações adequadas do ponto de vista técnico e sócio-econômicas posam ser adotadas. 12

13 5. PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL O Plano de Gestão Ambiental - PGA do Programa REÁGUA contempla um conjunto de ações e intervenções que deverão garantir a melhoria das ações previstas nos empreendimentos a serem selecionados para financiamento assim como prevenir, minimizar ou compensar os impactos ambientais e sociais gerados pelas obras e/ou atividades do Programa. O PGA está organizado em políticas e programas de caráter ambiental e social, cuja síntese está apresentada a seguir, em conjunto com a responsabilidade institucional pela execução. PROGRAMAS Gerenciamento Ambiental do Projeto Critérios e Procedimentos de Concepção dos Projetos e Avaliação Ambiental Programa de Medidas Mitigadoras Programa de Medidas Compensatórias Marco Conceitual de Reassentamento Manual Ambiental de Construção Gerenciamento Ambiental do Programa CUSTOS A serem inseridos no Gerenciamento do Programa Inseridos no Gerenciamento do Programa Inseridos nos custos das obras Inseridos nos custos das obras Inseridos nos custos da Obra e de Gerenciamento Inseridos nos custos das Obras ÓRGÃO RESPONSÁVEL SSE SSE / Prestadores de Serviços SSE / Prestadores de Serviços Prestadores SSE / Prestadores de Serviços Prestadores de Serviços A UGP, na qualidade de coordenadora executiva das ações do Programa, será responsável pelo gerenciamento das ações sócio-ambientais do REÁGUA, com vistas ao atendimento da legislação ambiental, das diretrizes e salvaguardas do Banco Mundial e, essencialmente, dos compromissos assumidos por cada executor no cumprimento e implementação das medidas mitigadoras e atenuadoras dos impactos ambientais identificados. Para tanto, a UGP deverá dispor de uma Coordenação Técnica e Sócio-Ambiental. As Unidades de Gerenciamento Locais UGLs a serem criadas no âmbito dos organismos executores (prestadores de serviços), compreendendo o órgão vinculado a cada executor, que serão responsáveis pela implantação/realização dos estudos, projetos, obras, etc., as quais também deverão atender todas as diretrizes, critérios e requisitos sócio-ambientais exigíveis, pondo em prática, igualmente, as medidas e normas ambientais aplicáveis. Critérios e Procedimentos de Concepção dos Projetos e Avaliação Ambiental O PGA traz os critérios técnico-ambientais a serem observados na concepção dos projetos pelos prestadores de serviços e na avaliação dos mesmos pela UGP. A UGP e as UGLs deverão adotar procedimentos sócio-ambientais durante a execução do Programa, envolvendo as seguintes fases: Fase A - Detalhamento dos Projetos (Estudos de Concepção e Projetos de Engenharia) dos Componentes 1 e 2. Observar: Critérios sócio-ambientais para a concepção dos projetos; Licenciamento ambiental dos projetos; Procedimentos de Divulgação e Consulta; Relatório Ambiental de acordo com as Salvaguardas Ambientais e sociais do Banco. Fase B Implantação dos Projetos (obras). Observar: cumprimento dos requisitos ambientais definidos no plano de implementação Fase C Monitoramento da Operação. Observar: a conformidade com o Plano de Implementação e Plano de Metas assim como com os condicionantes das licenças de implantação e dos critérios e procedimentos do Banco Mundial. 13

14 Estes critérios deverão ser considerados para a aprovação dos projetos a serem apoiados pelo Programa e deverão constar do Plano de Implementação e do Plano de Metas a constarem de cada contrato com o empreendedor (prestador de serviços) Durante a implementação do Projeto, serão realizadas Verificações de Avanço com base no Plano de Implementação acordado, além da Certificação de Resultados. Caberá á equipe da UGP, própria ou contratada, a verificação também do cumprimento dos condicionantes ambientais estabelecidos no licenciamento ambiental, dos requisitos ambientais e sociais do Banco Mundial expressos no Arcabouço, na aprovação do projeto e no respectivo Não Objeção para o empreendimento. A função de auditoria ambiental deverá ser realizada por entidade supervisora (empresa especializada) ou especialista individual devidamente capacitado, contratados no âmbito da UGP. À UGP, na condição de coordenadora geral do Programa, será responsável pela implementação das auditorias ambientais tanto na fase de Verificação de Avanço quanto na de Certificação de Resultados. As ações do Projeto serão objeto de licenciamento ambiental específico, de acordo com a legislação ambiental vigente e aplicável federal e estadual, considerando os requisitos e condições exigíveis para cada tipologia de intervenção. Durante a fase de execução do Programa REÁGUA, obrigatoriamente, todas as obras previstas terão seus estudos ambientais realizados atendendo a legislação nacional e estadual, as regras de licenciamento ambiental e as diretrizes ambientais do Banco Mundial, tendo por base as informações detalhadas contidas nos estudos de viabilidade e projetos básicos e/ou executivos que serão preparados nessa fase. Nesse sentido, além dos documentos ambientais necessários ao licenciamento ambiental de cada intervenção, deverá ser elaborado um Relatório Ambiental para análise do cumprimento das salvaguardas ambientais e sociais do Banco Mundial e/ou uma ficha ambiental.. Essa avaliação deverá ser enviada ao Banco Mundial para aprovação e emissão de Não Objeção para continuidade dos estudos, licitação e início das obras, etc. Em função das avaliações ambientais específicas a serem realizadas por empreendimento, deverão ser indicadas medidas mitigadoras e compensatórias ou potencializadoras que deverão compor um plano de gestão ambiental específico para o empreendimento e integrar os custos do projeto. Programa de Medidas Mitigadoras Programa de medidas mitigadoras deverá integrar o Plano de Gestão Ambiental específico de cada empreendimento. Entre estas medidas recomenda-se: programa de comunicação social do empreendimento (modelo constante do Manual Ambiental de Construção) programa de monitoramento ambiental da implantação e operação do empreendimento, incluindo no caso de ETEs, o monitoramento da sua eficiência e da qualidade das águas do corpo receptor programa de adesão ao sistema de esgotos programa de eliminação de ligações clandestinas cruzadas medidas mitigadoras específicas de cada empreendimentos. Programa de Medidas Compensatórias Caso o empreendimento apresente interferência com unidades de conservação ou áreas protegidas deve-se prever a adoção de medidas compensatórias de acordo com as diretrizes da Lei do SNUC e sua regulamentação. Assim, nestas situações a avaliação o plano de gestão 14

15 ambiental específico do empreendimento deverá acordar com o órgão ambiental competente, a destinação de 0,5% do valor orçado para as obras. Marco Conceitual de Reassentamento Com vistas a assegurar que a implantação da infra-estrutura de saneamento (abastecimento de água e esgotamento sanitário) venha a ter um tratamento adequado na eventual necessidade de desapropriação, reassentamento de população e/ou indenização de negócios/terras, o PGA traz um marco conceitual de reassentamento. O Marco de Reassentamento Involuntário, anexado, contempla o seguinte conteúdo:(i) caracterização, objetivos e justificativas dos empreendimentos que se relacionem à necessidade de remoções; (ii) fundamentos, diretrizes da Política de Atendimento; (iii) critérios de elegibilidade; (iv) marco legal; (v) arranjos institucionais para o reassentamento; (vi) mecanismos de atendimento a comunidades e consultas públicas; (vii) custos e cronogramas ; (viii) proposição da metodologia de monitoramento e avaliação ex-post; iv) definição do conteúdo mínimo para elaboração do Plano de Reassentamento. Manual Ambiental de Construção Para assegurar que as obras não venham a trazer degradação ambiental, foi elaborado um documento para ser adotado como um guia de práticas ambientais adequadas a serem obedecidas pelas empresas contratadas para a execução das obras. Esse documento Manual Ambiental de Construção - será incorporado aos processos de licitação para que as empresas tenham prévio conhecimento de suas condições e constitui uma exigência contratual. Sua implantação é de responsabilidade da UGP, das UGLs e das empresas construtoras. O MAC contempla: Sistema de gerenciamento sócio-ambiental do Projeto, já detalhado no item 1 do PGA; Ações e regras ambientais relativas à implantação e gerenciamento das obras, que contemple um plano de convivência com as obras: (i) canteiro de obras; (ii) gerenciamento de riscos e de ações de emergência na construção; (iii) educação ambiental dos trabalhadores e código de conduta na obra; (iv) saúde e segurança nas obras; (v) gerenciamento e disposição de resíduos; (vi) controle de ruído; (vii) pátio de equipamentos; (viii) controle de trânsito; (ix) estradas de serviço; etc; Ações e regras ambientais relativas às atividades construtivas, a depender dos tipos de empreendimentos selecionados. CONSULTA PÚBLICA O Edital do processo de habilitação e seleção pública de projetos para inscrição ao REÁGUA foi publicado e divulgado pela Secretaria de Saneamento e Energia SSE, em 27/11/2008. A SSE adotou um processo de divulgação do Edital envolvendo os seguintes procedimentos: (i) divulgação por meio do sítio da SSE ( (ii) envio de ofícios a todos os prefeitos dos municípios localizados nas Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos prioritárias; (iii) apresentação em reuniões plenárias de Comitês das UGRHIs prioritárias; e (iv) reunião na SSE com participação dos presidentes e representantes dos Serviços Autônomos de Água e Esgotos de municípios com mais de 40 mil habitantes. O Arcabouço para o Gerenciamento Ambiental e Social do Programa foi divulgado no sítio da Secretaria de Saneamento e Energia SSE e foi objeto de consulta pública realizada no âmbito de reunião do CONSEMA Conselho Estadual de Meio Ambiente no dia 24 de março de Para esta consulta foram convidados representantes dos Comitês das UGRHIs envolvidas. Procedimentos específicos de divulgação e de consulta pública dos empreendimentos e das avaliações ambientais respectivas serão adotados, em função do porte do empreendimento e 15

16 da significância dos impactos ambientais incluindo o acionamento das salvaguardas ambientais e sociais do Banco Mundial. Tanto os relatórios a serem produzidos para o licenciamento ambiental quanto os relatórios ambientais e fichas ambientais para o Banco Mundial deverão ser divulgados de modo a atender à legislação ambiental específica e aos procedimentos do Banco Mundial. Os procedimentos para divulgação e/ou consulta estão definidos no PGA constante do Arcabouço. 16

17 1. APRESENTAÇÃO Este documento constitui o Arcabouço para o Gerenciamento Ambiental e Social (framework) do Programa Estadual de Apoio à Recuperação das Águas Programa REÁGUA e seu conteúdo visa ao atendimento das políticas ambientais de salvaguardas do Banco Mundial - BIRD. Trata-se, o Programa REÀGUA, de um conjunto bastante amplo de ações de saneamento básico que contribuam para ampliação da disponibilidade hídrica no Estado de São Paulo, em regiões com maior escassez hídrica no estado. Os projetos e ações a serem implantados deverão ser propostos pelos prestadores de serviços de saneamento estadual e municipais e deverão passar por processo de habilitação e seleção pública com base em critérios estabelecidos em Edital publicado pelo Governo do Estado. Assim, o conjunto de intervenções previstas no Programa ainda não dispõe, nessa fase, de estudos de concepção ou projetos de engenharia que dêem condições de detalhar as características ou processos envolvidos, o que se fará em fases posteriores. Nesse sentido o presente relatório apresenta uma abordagem a nível conceitual (framework) envolvendo: (i) uma avaliação ambiental das tipologias de subprojetos, (ii) uma avaliação ambiental de projetos exemplo localizados nas regiões priorizadas; e (iii) a definição de critérios e procedimentos para avaliação ambiental dos subprojetos na fase de implementação do Projeto. Assinale-se, por oportuno, que não obstante o presente relatório tenha por finalidade a observação de regras do BIRD, em cumprimento aos requisitos e exigências para a assinatura do Acordo de Empréstimo, cuidou-se que o seu conteúdo esteja em harmonia com os pressupostos constantes das legislações e normas ambientais brasileiras. Dessa maneira, ainda que o conjunto das ações tenha sido abordado neste relatório, muitas delas deverão ser pormenorizadas e analisadas pelo Governo do Estado e pelo BIRD por ocasião do seu detalhamento técnico e dos processos de licenciamento ambiental específicos. O presente Arcabouço foi desenvolvido sob a coordenação da Secretaria de Saneamento e Energia do Governo do Estado de São Paulo e foi objeto de consulta pública realizada no âmbito de reunião do CONSEMA Conselho Estadual de Meio Ambiente no dia 24 de março de Para esta consulta foram convidados representantes dos Comitês das UGRHIs envolvidas. O corpo principal deste documento comporta seis capítulos, apresentando-se, no segundo a concepção do Programa REAGUA e no terceiro a abordagem dos marcos legais e institucionais nos quais se apóia a presente análise ambiental. O capítulo 4 descreve e contextualiza o Programa REÁGUA para, em seguida, efetuar-se uma avaliação ambiental global das ações do Projeto, objeto do capítulo 5. O capítulo 6 apresenta o Plano de Gestão Ambiental PGA do Programa. Para a preparação do arcabouço (framework) ambiental e social do Programa foram considerados projetos-exemplos, alguns com concepção detalhada, de modo a permitir avaliações específicas das tipologias a serem apoiadas pelo REAGUA e definir critérios e procedimentos a serem adotadas quando da execução do Programa e da conseqüente seleção de empreendimentos a serem financiados. Isto implica afirmar que as ações aqui apresentadas, acrescidas do detalhamento daquelas que ainda serão objeto de estudos mais aprofundados, serão avaliadas pelas equipes da SSE, dos órgãos ambientais licenciadores e pelo Banco Mundial, em conformidade com a legislação nacional e as regras do próprio BIRD. 17

18 2. O PROGRAMA REÁGUA 2.1 OBJETIVOS O objetivo principal do Programa REÁGUA é apoiar ações de saneamento básico que contribuam para ampliação da disponibilidade hídrica no Estado de São Paulo. O Programa atuará nas bacias ou sub-bacias de Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos UGRHIs com maior escassez hídrica, e, nestas áreas, privilegiará municípios ou parcelas de municípios com população socialmente mais vulnerável. Os objetivos específicos do Programa são: Incremento da disponibilidade de água, com medidas de: controle e redução de perdas reais e aparentes em sistemas públicos de abastecimento de água; redução do consumo em edificações e logradouros públicos; estímulo à utilização de equipamentos economizadores de consumo; e, ampliação da produção e consumo de águas de reúso de efluentes tratados; Melhoria da qualidade das águas mediante: implantação ou ampliação de sistemas públicos de tratamento de esgotos; e ampliação de vazões transportadas para tratamento em sistemas já em operação; Desenvolvimento técnico-operacional e institucional de prestadores de serviços de saneamento. 2.2 EXECUÇÃO O cronograma de execução do REÁGUA é de cinco anos, com recursos de US$ 130 milhões, dos quais 60% serão financiados pelo Banco Mundial BIRD, e 40% constituirão contrapartida do Tesouro do Estado. O tomador do empréstimo será o Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria de Saneamento e Energia. Os recursos serão não-onerosos para os executores das intervenções, isto é, os prestadores de serviços de saneamento público. Os critérios de elegibilidade, hierarquização e seleção das ações a serem apoiadas serão claros, objetivos e vinculados a resultados que: Permitam elevar a disponibilidade ou a qualidade de recursos hídricos; e, Contribuam para a melhoria da qualidade de vida dos beneficiários diretos. O Programa deverá ser flexível, permitindo eventuais substituições de projetos ou conjuntos de projetos, mediante preservação da garantia de atendimento aos critérios e condições estabelecidas. O regulamento do processo de habilitação e seleção pública de projetos para inscrição ao REÁGUA foi publicado e divulgado pela Secretaria de Saneamento e Energia SSE, em 27/11/2008. A SSE adotou um processo de divulgação do Edital envolvendo os seguintes procedimentos: (i) divulgação por meio do sítio da SSE ( (ii) envio de ofícios a todos os prefeitos dos municípios localizados nas Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos prioritárias; (iii) apresentação em reuniões plenárias de Comitês das UGRHIs prioritárias; (iv) reunião na SSE com participação dos presidentes e representantes dos Serviços Autônomos de Água e Esgotos de municípios com mais de 40 mil habitantes. 2.3 ÁREAS PRIORITÁRIAS As áreas eleitas como palco das intervenções a serem selecionadas para investimentos do REÁGUA, serão as Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHIs) classificadas como as mais críticas, sob o critério da relação entre disponibilidade e demanda de recursos hídricos no Estado de São Paulo superior a 80% (disponibilidade hídrica definida pela vazão 18

19 mínima média de 7 dias consecutivos, com probabilidade de recorrência média de 10 em 10 anos). Foram selecionadas as UGRHIs, conforme a tabela 2.1 a seguir: UGRHI 05- Piracicaba / Capivari / Jundiaí Demanda Global 2004 (m 3 /s) Q 7,10 Urbana Indust. Agric. Total m 3 /s Demanda/ Disponibilidade 15,06 17,97 7,80 40, ,96 06-Alto Tietê 68,50 14,33 3,59 86, ,42 08-Sapucaí/Grande 1,66 4,71 19,20 25, ,92 09-Mogi-Guaçu 3,79 27,83 8,61 40, ,83 10-Tietê/Sorocaba 5,27 4,36 8,35 17, ,81 Fonte: Plano Estadual de Recursos Hídricos 2004/2007 Resumo, São Paulo/DAEE (2006), págs. 45 e 49. Algumas bacias ou sub-bacias que integram essas UGRHIs poderão ser objeto de maior priorização, principalmente em razão da situação geográfica a montante de sistemas de captação para abastecimento público, além da situação de vulnerabilidade social do município expressa pelo IPVS (Índice paulista de Vulnerabilidade Social. 2.4 PROCESSO DE HABILITAÇÃO E SELEÇÃO PÚBLICA A contratação de ações a serem empreendidas no âmbito do Programa REÁGUA estará condicionada a processo de seleção pública coordenado pela Secretaria de Saneamento e Energia. O Edital contendo o regulamento que estabelece as condições para apresentação de projetos pelos prestadores de serviço de saneamento, elegíveis para financiamento pelo REÁGUA, orientará os proponentes quanto aos procedimentos e critérios estabelecidos para esse processo de habilitação, hierarquização e seleção. Participarão do processo de habilitação e seleção os prestadores de serviços de saneamento público nos municípios situados nas UGRHIs prioritárias. A seleção pública ocorrerá nas etapas seqüenciais de: (a) Habilitação e hierarquização; (b) Seleção e contratação. A identificação e a classificação das ações a serem apresentadas para financiamento serão objetivas, com utilização de critérios simples, compatíveis com a atual fase do Programa e com o nível de detalhamento necessário para avaliação dos empreendimentos. Os critérios deverão abranger aspectos de viabilidade: Técnicos, relativos à recuperação quali-quantitativa de águas; Ambientais; Econômico-financeiros; Disponibilidade hídrica; Condições sócio-econômicas; Jurídico-institucionais. A viabilidade ambiental deverá considerar os critérios adotados pelo presente arcabouço. Para ser selecionado, o empreendimento proposto deverá dispor de comprovação de titularidade das áreas objeto de intervenção e, também, não prever quaisquer ações de reassentamento involuntário. 19

20 2.5 COMPONENTES DE INTERVENÇÕES A disponibilidade de recursos do Programa US$ 130 milhões face à expectativa de demandas a serem apresentadas pelos prestadores de serviços de saneamento, implicará estabelecer prioridades através do equilíbrio entre: (i) classificação das ações, em decorrência do processo de seleção; (ii) disponibilidade; (iii) capacidade institucional de implementação; (iv) atendimento equânime aos componentes e a cada UGRHI; (v) prazos previstos para a execução das atividades; (vi) distribuição dos recursos não concentrada para um único tomador. A seguir estão apresentados os componentes e respectivos conjuntos de atividades Componente 1 Incremento da disponibilidade de água Sub-componente 1.1 Controle e redução de perdas de água em sistemas de abastecimento Todas atividades relativas a perdas de água em sistemas de abastecimento deverão ser norteadas pela obediência aos conceitos e critérios adotados pela International Water Association (IWA). As ações deste componente que poderão ser contempladas pelo REÁGUA serão, primordialmente, voltadas à execução de investimentos, aquisições de equipamentos e capacitação associada à utilização dessas novas tecnologias. As ações deverão ser concentradas para obtenção de resultados significativos e perenes na redução de perdas. As principais ações para controle e redução das perdas reais a serem apoiadas compreendem, entre outras: Gerenciamento de pressões na rede, com a implantação de setorização de redes de distribuição e de sistemas de automação para controle de vazões e de pressões nas adutoras e nas redes de distribuição; Renovação da infra-estrutura mediante substituição de ramais; Gerenciamento da infra-estrutura instalada, de manutenção e de reabilitação de estruturas (tubulações, reservatórios, ETAs, etc.); Ações para recuperação de água de lavagem dos decantadores e filtros de ETAs. As ações principais para controle e redução das perdas aparentes deverão ser classificadas, entre outras, nas seguintes modalidades: Gerenciamento da micromedição, que envolve a medição integral da água distribuída e sua melhor confiabilidade; Gerenciamento da macromedição, voltado à adequada mensuração dos volumes produzidos nas Estações de Tratamento de Água (ETAs) ou nos pontos de entrega em reservatórios setoriais; Ações de combate a ligações clandestinas; Aprimoramento do cadastro comercial e do processo de apuração de consumos Sub-componente 1.2 Redução do consumo mediante uso racional da água As ações deverão ser, basicamente, de redução de consumo em escolas públicas com a implantação de materiais e equipamentos sanitários de consumo reduzido e de atividades de educação sanitária e ambiental Sub-componente 1.3 Reúso de efluentes tratados Será composto por intervenções que permitirão a ampliação da produção e da utilização de água de reúso de efluentes de estações de tratamento de esgotos, cujos padrões deverão atender as necessidades específicas dos vários usos. 20

21 As atividades deverão utilizar os conceitos de reúso de efluentes de ETEs para aplicação na indústria, fins urbanos ou na agricultura, obedecendo-se às orientações dos órgãos ambientais, de recursos hídricos e de saúde. Será essencial o compromisso do futuro usuário de águas de reúso com o prestador de serviços de saneamento, assegurando a utilização e os benefícios da intervenção Componente 2 Melhoria da qualidade da água Todas as intervenções propostas para este componente deverão atender ao objetivo precípuo de obter a recuperação da qualidade dos cursos d água mediante redução de cargas poluidoras afluentes. Qualquer implantação ou otimização de sistemas de esgotos deverá estabelecer como meta a melhoria da qualidade do corpo receptor, privilegiando-se projetos que beneficiem diretamente a qualidade da água bruta captada a jusante para abastecimento público. Também serão priorizados projetos em municípios e áreas de baixa renda ou inviáveis economicamente. Todas as atividades deste componente deverão ser atreladas à obrigatória condução dos esgotos até instalações de tratamento e disposição final adequadas, conforme as normas ambientais vigentes. Os projetos a serem selecionados poderão abranger ações de otimização de sistemas de esgotos existentes e implantação de novos sistemas de esgotos Componente 3 Desenvolvimento institucional Sub-componente 3.1. Capacitação para operação e manutenção de sistemas de água e esgoto Todas atividades de capacitação e desenvolvimento profissional para operação e manutenção de sistemas de água e esgotos, deverão estar associadas a projetos apresentados e aprovados para financiamento nos Componentes 1 e Sub-componente 3.2. Sistema de informações em saneamento no Estado de São Paulo Para subsidiar e fortalecer as funções de Estado na definição de políticas e planejamento geral do saneamento em São Paulo, deverá ser contratado pela Secretaria de Saneamento e Energia um Sistema de Informações em Saneamento, capaz também de oferecer elementos para ações regulatórias Sub-componente 3.3 Gerenciamento do Programa A Secretaria de Saneamento e Energia deverá contratar uma empresa de consultoria para apoio ao gerenciamento da execução do Programa Reágua, a ser exercido pela Unidade de Gerenciamento do Programa UGP a ser constituída oportunamente. 2.6 ARRANJO INSTITUCIONAL O arranjo institucional proposto, que deverá estabelecer o marco relacional para a execução do programa, é mostrado a seguir. 21

22 Convênio Convênio União Município Acordo de Garantia Decreto transferindo adm do Contrato BIRD GESP SSE UGP * Acordo de Empréstimo Executor dos componentes 3 e 4 Convênio e Aporte de Capital Município Transferência de recursos Estabelecida no Convenio Executor Prestador Serviço Autarquia Aporte de Capital Executor Prestador Serviço Empresa Municipal Executor Prestador Serviço SABESP * UGP com funções similares UGP Mananciais 2.7 DESEMBOLSO BASEADO EM RESULTADOS (OBD) Um dos princípios adotados pelo REÁGUA refere-se ao Desembolso Baseado em Resultados (Output-Based Disbursment - OBD) que será aplicado aos componentes 1 e 2. Por meio da aplicação desse mecanismo, o REÁGUA inovará na forma de financiamento colocando o foco no próprio serviço, buscando garantir a sustentabilidade dos resultados. Será avaliada a operação mediante desembolsos intermediários baseados em resultados, em montantes que dependerão do Sub-Componente. Em principio, o REÁGUA financiará 100% do valor de cada Projeto, calculado sobre a base de custos unitários de referência para cada componente. Até 70% do custo total será desembolsado durante a implementação do projeto e o valor remanescente do investimento será desembolsado durante um período adequado de operação do empreendimento, de forma a permitir a verificação de cumprimento sustentável dos resultados planejados, durante esse período. 2.8 ESQUEMA DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA De acordo com os critérios estabelecidos em conjunto pela SSE e Banco Mundial, a implementação dos projetos a serem apoiados pelo Programa REÁGUA e os recursos a serem repassados aos prestadores de serviços serão não onerosos de acordo com valores de referência para cada tipologia de empreendimento. Estes valores de referência estão sendo ajustados e serão divulgados por ocasião da seleção e classificação dos projetos inscritos. Os recursos financeiros serão repassados em duas fases: (i) implantação do empreendimento; (ii) operação monitoramento de resultados. 22

23 Para tanto, serão elaborados, previamente ao Contrato, um Plano de Implementação e de Metas das Ações, englobando as duas fases. Na fase de implantação estão previstos os seguintes desembolsos: (i) até 70 % do valor de referência do empreendimento no caso de intervenções de otimização ou implantação de sistemas de esgotamento sanitário, de reúso de efluentes e de incentivo ao uso racional; (ii) até 60% do valor de referência do empreendimento para as ações de redução de perdas. Os recursos dessa fase serão liberados mediante a Verificação de Avanço no processo de implantação da mesma, em parcelas vinculadas a Eventos de Controle pré-estabelecidos, de acordo com o Plano de Implementação. A Verificação de Avanço será realizada em diversos Eventos de Controle, dependendo da tipologia e das características do empreendimento, de modo a permitir ao prestador de serviços a recuperação de custos em tempo apropriado, possibilitando fôlego financeiro na execução das obras. Essas verificações serão realizadas por equipe independente a ser contratada pela SSE no âmbito do Programa. Além dos aspectos técnicos de implantação das obras, deverá constar da verificação, o cumprimento dos condicionantes ambientais estabelecidas no licenciamento ambiental e também dos requisitos ambientais e sociais do Banco Mundial expressos no presente Arcabouço, no Manual Operativo do Programa e na respectiva Não Objeção para o empreendimento. Na fase de monitoramento de resultados, durante a operação do sistema, serão repassados os recursos restantes mediante uma Certificação de Resultados quanto ao cumprimento do Plano de Metas e condições de sustentabilidade constantes do Contrato. O processo de Certificação constará de auto-avaliação de desempenho sob a responsabilidade do prestador de serviços e de Auditorias Técnicas, a cargo da SSE, assegurando que as metas e condições de sustentabilidade contratadas foram cumpridas. No processo deverá constar também a certificação de cumprimento dos requisitos ambientais estabelecidos no Contrato e constantes da respectiva licença ambiental, assim como dos critérios e procedimentos do Banco Mundial. 23

24 3. QUADRO LEGAL E INSTITUCIONAL E ANÁLISE COMPARATIVA COM AS POLÍTICAS DE SALVAGUARDAS DO BIRD A presente avaliação dos componentes do Programa REÁGUA foi elaborada considerando, simultaneamente, o (i) atendimento aos requisitos e exigências ambientais constantes das políticas de salvaguarda do Banco Mundial, como condição para a assinatura do Acordo de Empréstimo; e (ii) o estrito cumprimento e atenção aos preceitos legais federais, estaduais e municipais, em particular referência às normas e procedimentos para o licenciamento ambiental das ações previstas no Programa. O Governo do Estado e o Banco Mundial estarão realizando estudo de requisitos e procedimentos ambientais e sociais de análise e aprovação de investimentos em infra-estrutura urbana e regional de modo a permitir no futuro a equivalência das políticas estaduais com as políticas de salvaguardas do Banco, simplificando os processos de avaliação social e ambiental de investimentos a serem financiados pelo Banco. No que é pertinente às regras do Banco Mundial, os componentes do Programa foram correlacionados ao conjunto de suas políticas operacionais de salvaguarda (ambientais, habitats naturais, patrimônio cultural, etc.), verificando-se a relação entre as características e tipologia das intervenções e os requisitos específicos de cada uma destas políticas, no sentido de atendê-las integralmente. A avaliação dos componentes do Programa é também realizada à luz da legislação ambiental vigente e, particularmente, das normas e condicionantes relacionadas aos mananciais hídricos. O conteúdo do presente relatório considera e analisa, do ponto de vista ambiental, o conjunto de tipologias de intervenções do Programa REÁGUA, considerando que na presente fase de preparação do Projeto, os investimentos em infra-estrutura e de ações ambientais ainda não estão com sua identificação e concepção completa. Trata-se, portanto de uma abordagem a nível conceitual, das tipologias de projetos envolvendo os investimentos em sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário e reúso de efluentes POLÍTICAS DE SALVAGUARDAS AMBIENTAIS E SOCIAIS DO BANCO MUNDIAL No âmbito das políticas de salvaguarda do Banco Mundial, há orientação para que os impactos ambientais e sociais negativos sejam identificados, evitados, atenuados, mitigados e monitorados, e os positivos, potencializados. Para o Programa REÁGUA, considerado - segundo as políticas de salvaguardas - como Projeto CATEGORIA B, aplicam-se as seguintes salvaguardas do BIRD: OP 4.01 Avaliação ambiental OP 4.04 Habitat Natural OP 4.12 Reassentamento involuntário OP Recursos Físico-culturais As demais políticas de salvaguarda (OP 4.09 Gestão de Pragas; OP 4.20 Povos indígenas; OP 4.36 Atividades florestais; OP 7.50 Projetos em vias navegáveis internacionais; e OP 7.60 Projetos nas áreas em litígio) não se enquadram nos componentes e no escopo de desenvolvimento do Projeto. A seguir, comentam-se os principais aspectos e requisitos das políticas de salvaguardas de acordo com o conteúdo definido pelo Banco Mundial. OP Avaliação Ambiental Esta política de salvaguarda prevê que sejam realizadas análises prévias dos impactos potenciais das intervenções do Projeto (incluindo-se impactos diretos, indiretos e cumulativos), comparando-se com as alternativas com e sem Projeto. Também prevê a definição de medidas mitigadoras para prevenir, mitigar, minimizar ou compensar os efeitos negativos, avaliando os instrumentos mais apropriados para essa atividade. Inclui a necessidade de 24

25 preparação de Planos de Gestão Ambiental, avaliando a capacidade institucional dos executores para a gestão do conjunto de medidas propostas nos programas do PGA. Além disso, as salvaguardas ambientais da OP 4.01 estabelecem a necessidade de consulta pública (neste caso, para os projetos nas categorias A e B). Este Arcabouço Ambiental (AA), de que trata a OP 4.01, é parte integrante dos estudos de preparação do REÁGUA, cuja dimensão, profundidade e tipo de análise dependeu da natureza, da escala e dos impactos ambientais potenciais, inerentes a um projeto como o que ora se apresenta. A AA avalia os potenciais riscos ambientais das tipologias a serem apoiadas pelo Programa e estabelece procedimentos para a concepção dos Projetos considerando a análise de alternativas em cada projeto; a seleção, localização, planejamento, concepção e execução do projeto, a concepção de medidas para evitar, minimizar, mitigar ou compensar os efeitos ambientais adversos; realce nos seus impactos positivos; e inclusão de processo de mitigação e gestão dos impactos ambientais adversos durante a execução do projeto. O Programa proposto é classificado na Categoria B, dados os impactos de caráter local, de maneira geral positivos e sensíveis sobre as áreas de mananciais das Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos UGRHIs selecionadas. O Programa REÁGUA, por essência, é um projeto de recuperação ambiental e melhoria da qualidade de vida da população, cujas ações deverão reduzir as limitações hídricas - quantitativas e qualitativas - das UGRHIs selecionadas. OP 4.04 Habitat Natural A principal diretriz dessa política de salvaguarda é de não financiar projetos que degradem os habitats críticos, apoiando projetos que afetem tais habitats somente no caso de não haver alternativas disponíveis e se existirem medidas de mitigação. Há necessidade de consultas à comunidade local sobre planejamento, concepção e monitoramento dos projetos. A conservação de habitats naturais, como outras medidas que protegem e melhoram o ambiente, é essencial para o desenvolvimento sustentável a longo prazo. Conseqüentemente, o Banco apóia a proteção, manutenção e reabilitação dos habitats naturais e as suas funções nos seus estudos econômicos e setoriais. O Banco apóia e espera que os mutuários tratem cuidadosamente a gestão dos recursos naturais, a fim de assegurar oportunidades para o desenvolvimento ambientalmente sustentável. A Política de Salvaguardas do Banco considera como habitat natural crítico aqueles: protegidos legalmente; propostos oficialmente para serem protegidos; e desprotegidos mas com alto valor ambiental. No Programa REÁGUA estão previstas ações em áreas de preservação permanente - APPs (protegidas pelo Código Florestal Brasileiro Lei federal 4.771/65) que se ajustam à presente orientação da OP Adicionalmente, nas UGRHIs selecionadas, encontram-se unidades de conservação de: (i) uso sustentável como áreas de proteção ambiental APAs, florestas nacionais e áreas de relevante interesse ecológico, e (ii) de proteção integral como parques estaduais, estações ecológicas, reservas biológicas, reservas estaduais, etc. OP 4.12 Reassentamento Involuntário Essa diretriz define ser necessário assistir as pessoas desalojadas em seus esforços para melhorar, ou pelo menos restaurar, a sua qualidade de vida, consultando os reassentados e a comunidade hospedeira e incorporando as visões expressas nos planos de reassentamento, listando as opções propostas pelos reassentados. Uma das diretrizes importantes na concepção do Programa REÁGUA é de que não deverão ser selecionadas intervenções com necessidade de reassentamento involuntário. Este deverá ser, inclusive, um critério de elegibilidade para os projetos a serem apresentados. 25

26 No entanto, considerando que eventualmente intervenções importantes de sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário possam a vir necessitar de pequenas relocações de população e/ou desapropriações de terras, e com vistas às exigências da política de reassentamento do Banco Mundial, foi elaborado um documento específico marco de reassentamento involuntário que deverá orientar as ações a serem adotadas nestes casos eventuais. OP Recursos Físico-culturais Esta salvaguarda trata do patrimônio cultural - físico, que é definido como objetos móveis ou imóveis, locais, estruturas, grupos de estruturas, paisagens naturais que possuem significados arqueológico, paleontológico, histórico, arquitetônico, religioso, estético, ou outro significado cultural. Os recursos culturais físicos podem ser localizados em áreas urbanas ou rurais, e podem estar acima do solo ou no subsolo, ou sob a água. Seu interesse cultural pode estar no nível local, provinciano ou nacional, ou dentro da comunidade internacional. Nos empreendimentos financiados pelo Banco, deve-se considerar o apoio para evitar ou mitigar impactos adversos em recursos culturais físicos oriundos de intervenções físicas. Os impactos sobre o patrimônio cultural resultantes de atividades de Projeto, inclusive as eventuais medidas de mitigação, não podem infringir a legislação nacional do prestatário ou suas obrigações definidas em tratados e acordos ambientais internacionais relevantes. A avaliação de impactos sobre patrimônio cultural, em projetos financiados pelo Banco, devem integrar o Arcabouço Ambiental (AA) a ser realizada no processo de preparação do Projeto. O Arcabouço Ambiental deve conter medidas de mitigação, no caso de ocorrência de impactos, constante de plano de gestão ambiental do Projeto. Os projetos de categoria A ou B que acionam a salvaguarda envolvem: (i) qualquer intervenção com escavações significativas, demolição, movimento de terra, inundação de áreas, etc.; (ii) qualquer intervenção localizada em, ou na redondeza, área de incidência de recursos culturais físicos, reconhecidos pelo prestatário. Estes itens, no caso do Programa Reágua se aplicam principalmente nos empreendimentos de esgotamento sanitário e sistemas de adução de água de reuso. Nestes casos, durante a fase de concepção do empreendimento deve-se realizar uma caracterização do potencial arqueológico da área de influência direta, com reconhecimento de campo por profissional qualificado. Dependendo da constatação do potencial, e de acordo com as normativas do IPHAN Instituto do Patrimônio Histórico e Cultural Nacional, dois caminhos são adotados: (i) na constatação do potencial, deve-se preparar projeto de prospecção e identificação de sítios arqueológicos e submeter à aprovação do órgão competente; posteriormente, na fase de préobras deve-se implementar a prospecção e identificação de sítios antes do início das obras; na fase de obras deve-se promover o salvamento dos sítios identificados no item anterior de acordo com o cronograma de obras. (ii) Caso na 1ª fase não tenha sido identificado, à princípio, o potencial de ocorrência de patrimônio arqueológico, deve-se na fase de obras realizar procedimentos de salvamento ao acaso LEGISLAÇÃO AMBIENTAL APLICÁVEL Além das políticas de salvaguardas do Banco Mundial, os componentes do Programa REÁGUA serão avaliados à luz das políticas e leis federais, estaduais e municipais relacionadas à proteção do meio ambiente e ao licenciamento ambiental de empreendimentos, conforme itens e comentários seguintes. Essa análise, portanto, será efetuada pelos órgãos ambientais licenciadores, de acordo com os ritos administrativos e processuais aqui mencionados, com o propósito de atender para o BIRD e para os órgãos ambientais governamentais, simultaneamente os requisitos procedimentais e legais, mitigando os impactos negativos do Programa e potencializando os efeitos positivos previstos. 26

27 Legislação Federal Em termos de legislação federal, a efetiva implantação dos métodos de AIA Avaliação de Impacto Ambiental no Brasil, por meio dos seus instrumentos mais conhecidos e aplicados - o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) se deu a partir dos anos 80. Dentre as leis, decretos e resoluções surgidas a partir de então, destacam-se as que se seguem, em um breve histórico da evolução da legislação ambiental brasileira. a) Lei Nº , de 2 de julho de 1980: esta legislação dispõe sobre as diretrizes básicas para o zoneamento industrial nas áreas críticas de poluição, introduzindo o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), inspirado no direito americano (National Environmental Policy Act NEPA, de 1969). b) Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, que instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente e elevou a avaliação de impactos ambientais à categoria de instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente, sem qualquer limitação ou condicionante, já que a mesma passou a ser exigível tanto nos projetos públicos quanto particulares, industriais ou não industriais, urbanos ou rurais, em áreas de poluição consideradas críticas ou não; Decreto Nº de 1º de junho de 1983: cujo objetivo era regulamentar a Lei Nº 6.938/81 e, ao realizá-lo, foi mais adiante ampliando o conteúdo da lei regulamentada, ao estabelecer a vinculação da Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) aos sistemas de licenciamento, outorgando ao Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) competência para fixar os critérios básicos segundo os quais serão exigidos estudos de impacto ambiental para fins de licenciamento, com plenos poderes, para baixar as resoluções que fossem necessárias; Resolução CONAMA Nº 001/86 de 23 de janeiro de 1986: estabeleceu as definições, as responsabilidades, os critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e implementação da Avaliação de Impacto Ambiental como um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente. Foi seguida das Resoluções CONAMA N o 011/86, Nº 006/87, Nº 009/87 e, por fim, da Resolução CONAMA N o 237/97, que dispõe sobre a definição de licenciamento ambiental e que, na atualidade, é uma das principais referências para o desenvolvimento dos estudos e avaliações de impacto ambiental, porquanto reafirma definições pertinentes ao processo de licenciamento ambiental e estabelece os requisitos e critérios de exigibilidade para a viabilização/implantação de grandes empreendimentos. Em nível federal, outro conjunto de legislações também concorre para consolidar e amparar o processo de avaliação de impactos ambientais, particularmente aplicáveis à realidade do Programa REAGUA, entre elas: Código Florestal Brasileiro, promulgado em 15 de setembro de 1965, apresentada na forma da Lei n o 4.771, cuja redação foi posteriormente alterada pela Lei Federal 7.803, de 18 de julho de 1989 e, mais recentemente, reportada pela Resolução CONAMA 369/06, esta tratando dos casos excepcionais de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a intervenção ou supressão de vegetação em Área de Preservação Permanente APP, cuja situação é típica na grande maioria das intervenções do Projeto (implantação de infra-estrutura de saneamento, etc.); Lei Federal n o 9.605, de 13 de fevereiro de 1998, conhecida como Lei dos Crimes Ambientais e que trata das sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente (regulamentada pelo Decreto no de 21 de setembro de 1999); Lei 3.924, de 26 de julho de 1961, que disciplina e dispõe sobre os monumentos arqueológicos e pré-históricos nacionais, cuja legislação estabelece diretrizes gerais para a descoberta fortuita de sítios arqueológicos; Portarias do IBAMA, relativas às espécies da fauna e da flora ameaçadas de extinção (Portarias nº 1.522, de 19 de dezembro de e Portaria nº 45-N, de 27 de abril de 27

28 1.992, referentes à fauna e Portaria no 37-N, de 03 de abril de 1992 correspondente à flora brasileira, além das subseqüentes e recentes revisões); Lei Federal n O de 18 de julho de 2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), com destaque para o artigo 36 que define regras para o licenciamento de empreendimentos quando estes afetam as unidades de conservação ou respectivas zonas de amortecimento. Essa lei federal foi regulamentada pelo Decreto n o 4.340/02; Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei Federal n o 9.433/97) e Decreto Federal n /34 - Código de Águas, e alterações posteriores (Decreto Federal n de ), além da Resolução CONAMA n 20/86, alter ada pela Resolução CONAMA 357/05, que definem regras para o enquadramento dos rios em classes de uso e disciplinam os lançamentos de efluentes; Lei , de 10 de julho de 2001, que estabelece o Estatuto da Cidade, regulamentando os artigos 182 e 183 da Constituição Federal, definindo as diretrizes, instrumentos e condições para a implementação da política urbana. Lei n o /07 Lei Federal de Saneamento, promulgada em 2007, procurou organizar o setor em diversos aspectos, como a definição dos princípios fundamentais, entre os quais: universalização, integralidade, qualidade, sustentabilidade, transparência e controle social. A Lei define e aborda como saneamento básico os serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, resíduos sólidos e drenagem urbana Legislação Ambiental e de Recursos Hídricos Estadual e Municipal No estado de São Paulo, merecem destaque a Política Estadual de Meio Ambiente (Lei Estadual no 9.509/97) e as Resoluções da Secretaria Estadual de Meio Ambiente tais como a SMA 42/94, que disciplinam o sistema de gestão e licenciamento ambiental no Estado. Um dos principais aspectos, emanado destes regramentos, diz respeito à exigência de estudos ambientais em função das características e porte do empreendimento, deixando ao órgão ambiental competente a incumbência de verificar essas particularidades e definir o tipo e o detalhamento requerido para esses estudos e para o subseqüente processo de licenciamento. Essa condição, particularmente no Estado de São Paulo, possibilitou a criação de modalidades simplificadas de estudos ambientais, tais como o RAP Relatório Ambiental Preliminar, destinado a abrigar obras e empreendimentos de menor porte ou, reconhecidamente, de impacto menos significativo. No Estado, as intervenções de saneamento, dadas as suas características singulares (normalmente implicando em mais benefícios do que impactos negativos), têm motivado o Poder Público à exigência destes RAPs, ainda que dependentes da análise específica de cada projeto. O processo de licenciamento de empreendimentos de saneamento ambiental vincula-se, ainda, ao conteúdo da Política Estadual de Recursos Hídricos (Lei Estadual 7.663/91) e de suas normas e regulamentos subseqüentes, particularmente no que concerne às outorgas de direitos de uso de recursos hídricos (para captação de água e lançamento de efluentes), o que implica na análise cuidadosa da legislação de enquadramento dos corpos d água em classes de uso e nos limites de lançamento de efluentes tratados. Nesse quesito, vale ressaltar o Decreto Estadual n.º de 22 de novembro de 1977, que dispõe sobre o enquadramento dos cursos de água situados no Estado de São Paulo e as legislações e atos administrativos do DAEE Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo, que é o poder outorgante 1. Também em âmbito estadual, a Lei n 997 de , o Decreto Estadual n de , complementado pelo Decreto Estadual n de , com alterações dadas 1 Entre esses regramentos merece destaque o Decreto Estadual /96, que regulamenta a outorga de direitos de uso (art. 9 a 13 da Lei 7.663/91); a Portaria DAEE 717/96, que dá seqüência às normas do referido Decreto e a Portaria DAEE 01/98, que trata das infrações e penalidades associadas ao uso dos recurso hídricos. 28

29 pelos Decretos Estaduais n de e nº de , normatizam e regulam os procedimentos básicos para o controle da poluição nos cursos d'água. No nível municipal, de modo geral, há um conjunto de legislações e normas ambientais e urbanísticas que se aplicam, diretamente, à proteção, recuperação e sustentabilidade das áreas de mananciais, ainda que comparativamente - em estágios distintos de implementação. Em decorrência da Resolução CONAMA 237/97, foi sancionado no Estado de São Paulo o Decreto /98 que permite à SMA firmar convênios com os municípios atribuindo-lhes competência no tocante à descentralização de ações de gestão ambiental. No entanto, o licenciamento de sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário é de competência estadual GESTÃO E CONTROLE AMBIENTAL NA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DO PROGRAMA A principal referência concernente à gestão ambiental no Brasil corresponde ao artigo 225 da Constituição Federal e à Política Nacional de Meio Ambiente (Lei Federal n o de 31/08/81), que constituiu o SISNAMA e, também, estabeleceu o Cadastro Nacional de Defesa Ambiental, criando uma nova conformação jurídico-institucional e técnica para a gestão ambiental no Brasil. Igualmente, as Resoluções CONAMA nº 01 de 23/01/86 e n o 237, de 19/12/97, constituem, atualmente, as principais referências infra-constitucionais para o licenciamento ambiental. Já o Estado de São Paulo conta com o Sistema Estadual de Administração da Qualidade Ambiental, Proteção, Controle e Desenvolvimento do Meio Ambiente e Uso Adequado dos Recursos Naturais - SEAQUA, instituído pela Lei Estadual nº 9.509, de , e posteriormente tratado pelo Decreto Estadual que também criou a Secretaria de Estado do Meio Ambiente -, tendo o objetivo de "organizar, coordenar e integrar as ações dos órgãos e entidades da administração direta, indireta e fundacional instituídos pelo poder público, assegurada a participação da coletividade, para a execução da Política Estadual do Meio Ambiente, visando à proteção, controle e desenvolvimento do meio ambiente e uso sustentável dos recursos naturais, nos termos do artigo 193 da Constituição do estado". No caso do licenciamento ambiental do Estado, vale lembrar alguns dos regramentos que permitem a descentralização dessas atividades, com destaque para o Decreto Estadual /98, que autoriza o Secretário Estadual do Meio Ambiente a celebrar convênios com Municípios Paulistas, visando à fiscalização e ao licenciamento ambiental. Além da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e respectivas sub-divisões -, o Conselho Estadual do Meio Ambiente CONSEMA tem papel central na análise, discussão e aprovação de empreendimentos no Estado de São Paulo, cujas atribuições e principais características são comentadas nos itens que se seguem. - Secretaria Estadual de Meio Ambiente A Secretaria do Meio Ambiente SMA teve sua estrutura reorganizada em 26 de maio de 2008 por meio do Decreto Estadual , atuando como órgão seccional do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA e como órgão central do Sistema Estadual do Meio Ambiente, contando com a seguinte estrutura geral: a) Gabinete do Secretário, onde são integrantes o Departamento de Avaliação de Impacto Ambiental DAIA com a atribuição de análise técnica dos processos de licenciamento ambiental incluindo os projetos de infra-estrutura de saneamento; o Departamento de Administração; e o Departamento de Recursos Humanos; b) Coordenadoria de Biodiversidade e de Recursos Naturais CBRN, responsável pela fiscalização ambiental das atividades e empreendimentos potencialmente degradadoras do meio ambiente e pela proteção e recuperação dos recursos naturais bem como ao uso sustentável e à conservação da biodiversidade, por meio de 05 departamentos: Departamento de Proteção da Biodiversidade; Departamento de Uso Sustentável, Departamento de Fiscalização e Monitoramento, Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais 29

30 DEPRN e Departamento de Uso do Solo Metropolitano DUSM, cada um com atribuições específicas. As atividades de fiscalização são realizadas em conjunto com a Polícia Florestal e de Mananciais, subordinada à Secretaria de Segurança Pública, conforme Resolução Conjunta SSP/SMA 03, de 11/08/97; c) Coordenadoria de Planejamento Ambiental CPLA, realiza o planejamento ambiental, desenvolvendo trabalhos de zoneamento do litoral e interior, compatibilizando o desenvolvimento regional com a proteção de recursos naturais. A CPLA possui 2 departamentos: de Planejamento Ambiental Estratégico e de Informações Ambientais; d) Coordenadoria de Recursos Hídricos. É a unidade responsável pela promoção de ações de proteção e recuperação das bacias hidrográficas, dando apoio técnico e administrativo aos Comitês de Bacias, consoante o Sistema Integrado de Gerenciamento dos Recursos Hídricos - SIGRH; e) Coordenadoria de Educação Ambiental CEAM, responsável pela promoção de campanhas educativas e pelo fornecimento de diretrizes de educação ambiental no âmbito do Sistema Estadual do Meio Ambiente. Atualmente, a CEAM tem incentivado, apoiado e coordenado a criação de Núcleos Regionais de Educação Ambiental; Na estrutura básica da SMA constam também: Instituto de Botânica, Instituto Florestal, e Instituto Geológico. Como entidades vinculadas, integram a SMA: f) Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental CETESB, criada pela Lei Estadual nº 118 de 29/06/73. Tem como atribuições a prevenção e o controle da poluição no estado de São Paulo por meio de licenciamento, fiscalização e monitoramento das atividades potencialmente poluidoras, visando a promoção, proteção e a recuperação da qualidade do ar, das águas e do solo. A estrutura da CETESB é composta de: Presidência, Diretoria Administrativa e Financeira e 03 Diretorias Técnicas de Controle de Poluição Ambiental, de Desenvolvimento e Transferência de Tecnologia e de Recursos Hídricos e Engenharia Ambiental; além do Conselho de Administração. g) Fundação para a Conservação e Produção Florestal do estado de São Paulo FUNDAÇÃO FLORESTAL, e h) Fundação Parque Zoológico de São Paulo A estrutura organizacional básica da SMA é ilustrada na Figura seguinte 2. 2 O Instituto de Botânica, o Instituto Geológico e o Instituto Florestal são órgãos autônomos, possuindo e controlando cada qual - um fundo especial de despesas. 30

31 Figura 3.1 Estrutura Organizacional da SMA Entre os principais órgãos e divisões da SMA, que possuem vinculação direta com o licenciamento e análise da viabilidade ambiental do Programa REÁGUA, além da CBRN e CRH acima, destacam-se o DAIA ligado ao Gabinete, o DEPRN ligado a CBRN, e a CETESB. O DAIA tem a atribuição de: i) desenvolver arcabouço técnico e metodológico de avaliação de impacto ambiental; ii) estabelecer critérios e propor normas para orientar a elaboração dos estudos de impacto ambiental a serem submetidos ao Departamento para fins de licenciamento; e iii) elaborar pareceres técnicos para dar embasamento à tomada de decisão do Secretário Adjunto, quanto ao licenciamento ambiental. No âmbito do DAIA cabe ao Centro de Avaliação de Empreendimentos de Infra-Estrutura orientar e gerenciar as atividades de avaliação de estudos de impacto ambiental, relativas a empreendimentos de saneamento, de urbanismo e de transportes, desenvolvidas por seus Núcleos Técnicos. O DEPRN tem as atribuições de: i) coordenar a emissão de autorizações relativas à aplicação da legislação florestal; ii) estabelecer procedimentos para aplicação da legislação florestal; iii) colaborar na elaboração de estudos e normas para a conservação da biodiversidade e iv) atuar como órgão de apoio técnico na solução de questões relacionadas com o licenciamento ambiental. Os Núcleos Técnicos do DEPRN têm, em suas respectivas áreas de atuação, as seguintes atribuições: a) processar as solicitações para supressão de vegetação e intervenção em áreas de preservação permanente, emitindo autorizações, quando couber; b) colaborar com a elaboração de estudos e normas para a conservação da biodiversidade e o uso dos recursos naturais; c) elaborar e firmar termos de compromisso de compensação ou 31

32 recuperação ambiental, decorrentes da emissão de autorizações relativas à legislação florestal; d) definir a localização de reservas legais e áreas verdes, bem como elaborar e firmar termos de compromisso de averbação; e) emitir pareceres para subsidiar o licenciamento ambiental de responsabilidade de outros órgãos do Sistema Estadual de Administração da Qualidade Ambiental, Proteção, Controle e Desenvolvimento do Meio Ambiente e Uso Adequado dos Recursos Naturais - SEAQUA. A CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental é, também, parte integrante da estrutura básica da SMA, sendo, reconhecidamente, uma das principais referências em prevenção e controle da poluição sobre o meio ambiente. A CETESB é o órgão responsável pelo monitoramento da qualidade das águas dos mananciais da RMSP, destinadas ao abastecimento público e a outros usos. Á CETESB é responsável pelo licenciamento ambiental de projetos de infra-estrutura de saneamento para cidades ou localidades com população inferior a habitantes. - Conselho Estadual do Meio Ambiente CONSEMA O Conselho Estadual do Meio Ambiente CONSEMA foi criado pelo Decreto nº de 26/04/83. É o órgão normativo e recursal que propõe, acompanha e avalia a política ambiental do estado; estabelece critérios, normas e padrões para o licenciamento e gestão ambiental; aprecia e delibera a pertinência das propostas de obras e atividades sujeitas à avaliação de impacto ambiental. O CONSEMA é composto por representantes de 36 entidades, governamentais e não governamentais (sendo que, para cada uma, são designados 1 titular e 1 suplente). É um órgão colegiado presidido pelo Secretário de Estado do Meio Ambiente, e integrado por representantes de diversas Secretarias do Governo do Estado de São Paulo, das unidades que integram a SMA, da Procuradoria-Geral do Estado, de Entidades Sindicais de trabalhadores e patronais, dos Conselhos Municipais de Defesa do Meio Ambiente, da Associação Paulista de Municípios, das Universidades, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC, do Instituto dos Arquitetos do Brasil - IAB, da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária - ABES e de associações com tradição na defesa do Meio Ambiente. - Conselho Estadual de Recursos Hídricos - CRH O CRH (formalmente instalado em julho de 1993) é constituído por representantes de secretarias de Estado (11 membros), dos Municípios eleitos por seus pares (11 membros), e de entidades da sociedade civil (11 membros) representativas de segmentos diretamente relacionados aos recursos hídricos. Ao CRH compete, dentre outras, as atribuições de discutir e aprovar propostas de projeto de lei referentes ao Plano Estadual de Recursos Hídricos - PERH, assim como as que devam ser incluídas nos projetos de lei sobre o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e orçamento anual do Estado; exercer funções normativas e deliberativas relativas à formulação, implantação e acompanhamento da Política Estadual de Recursos Hídricos; estabelecer diretrizes para formulação de programas anuais e plurianuais de aplicação de recursos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos - Comitês de Bacias Hidrográficas O Estado de São Paulo estabeleceu uma divisão territorial para fins de planejamento dos recursos hídricos com base em 22 Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos UGRHIs. Para cada uma dessas unidades, citadas no capítulo 4 deste Arcabouço, foi constituído um Comitê de Bacia Hidrográfica. 3.4 MARCO LEGAL REFERENTE AO REÚSO DE EFLUENTES A OMS, desde 1989, com revisão em 2006, definiu os padrões mínimos necessários para a qualidade microbiológica dos efluentes de ETEs para uso direto agrícola, levando em 32

33 consideração o tratamento em lagoas de estabilização como forma de tratamento e remoção de organismos patogênicos. 3 As diretrizes da OMS tiveram a intenção de apoiar a definição de padrões e regulamentações nacionais para estimular o reúso com proteção à saúde pública e do meio ambiente. Cada país deveria rever suas necessidades e capacidades institucional e executiva para desenvolver seu arcabouço regulatório adaptado. No Brasil No Brasil, não se constata arcabouço legal apropriado. A lei 9433, de , deu ênfase ao uso sustentável da água, deixando para que regulamentações posteriores definissem os detalhes. Até o momento, a Resolução nº 54, de 2005, do Conselho Nacional de Recursos Hídricos, foi a primeira legislação que caminhou no sentido de definir e regulamentar as atividades de reúso direto não potável de água no Brasil. Essa resolução define que o reúso direto não potável de água abrange as seguintes opções não excludentes: reúso para fins urbanos: utilização de água de reúso para fins de irrigação paisagística, lavagem de logradouros públicos e veículos, desobstrução de tubulações, construção civil, edificações, combate a incêndio, dentro da área urbana; reúso para fins agrícolas e florestais: aplicação de água de reúso para produção agrícola e cultivo de florestas plantadas; reúso para fins ambientais: utilização de água de reúso para implantação de projetos de recuperação do meio ambiente; reúso para fins industriais: utilização de água de reúso em processos, atividades e operações industriais; e, reúso na aqüicultura: utilização de água de reúso para a criação de animais ou cultivo de vegetais aquáticos. A água de reúso não foi considerada para uso direto potável. A resolução define a necessidade de solicitar outorga e licenciamento ambiental, quando pertinente. A regulamentação detalhada para cada tipo de reúso seria definida pelos órgãos competentes. Nesse contexto, o CONAMA Conselho Nacional de Meio Ambiente está discutindo uma minuta de resolução para disciplinar o reúso para produção agrícola e cultivo de florestas plantadas, mas ainda sem previsão de conclusão. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) definiu em 1997, pela NBR , algumas instruções e parâmetros a serem seguidos para implantação de atividades de reúso. Nela estão definidos, entre outros: o planejamento do reúso, os usos previstos, o volume de esgoto a ser reutilizado e grau de tratamento necessário de acordo com o uso a ser dado. Em São Paulo O Estado de São Paulo também não possui arcabouço legal apropriado sobre a questão de reúso. Com relação ao reuso para fins agrícolas, existe uma Orientação para Apresentação de Projeto visando a aplicação de água de reuso proveniente de Estação de Tratamento de Esgoto Doméstico na Agricultura. A Orientação, apesar de não se constituir em instrumento legal, estabelece os critérios de restrição de uso, a tipologia agrícola passível de utilizar água de reuso, os padrões mínimos de qualidade do efluente da ETE, as tipologias de irrigação e o 3 von Sperling, M. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgoto. 3 ed. Belo Horizonte: Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental; Universidade Federal de Minas Gerais; Dispõe sobre a Política Nacional de Recursos Hídricos. 33

34 conteúdo mínimo de Plano de Aplicação de Efluentes de ETEs em Culturas, para análise e licença de uso do produto pela CETESB. Existe, também, uma minuta de resolução intersecretarias (Saúde, Meio Ambiente e Saneamento e Energia) para disciplinar o reúso para fins urbanos de água efluentes de ETEs. Essa resolução está em discussão, sem uma previsão de sua aprovação. Apesar disso, em 2003, o decreto do Estado de São Paulo, indicou que os órgãos da administração pública direta, das autarquias, das fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público e das empresas em cujo capital o Estado tenha participação majoritária só poderiam lavar ruas, calçadas, praças, pisos frios e áreas de lazer mediante utilização de água de reuso, o que abriu as portas à prática de reúso urbano no Estado. Alguns municípios possuem legislações específicas sobre reúso como, por exemplo, o município de São Paulo. Em 2002, o município aprovou a Lei que dispõe sobre o reúso de água não potável indicando que o município utilizaria água de reúso, não potável, proveniente das ETEs, para a lavagem de ruas, praças públicas, passeios públicos, próprios municipais e outros logradouros, bem como para a irrigação de jardins, praças, campos esportivos e outros equipamentos, considerando o custo benefício dessas operações. Em 2003, a lei foi regulamentada pelo Decreto que definiu que o transporte seria realizado por caminhões-tanque e que cabia a cada administração municipal firmar contrato com a operadora da ETE LICENCIAMENTO AMBIENTAL E OUTORGA Licenciamento Ambiental das Ações do Projeto Os empreendimentos e ações do Programa serão objeto de licenciamento específico, de acordo com a legislação ambiental vigente e aplicável federal, estadual e municipal considerando os requisitos e condições exigíveis para cada tipologia de intervenção. Isso significa, por exemplo, que cada projeto de implantação de sistemas de saneamento básico na forma exigida pelas leis ambientais, deverá seguir o rito próprio do licenciamento ambiental, atendendo as exigências documentais, processuais, de prazo, etc., vinculadas às normas e procedimentos definidos pelo órgão licenciador. Os processos e pedidos são analisados e coordenados diretamente pela SMA, a partir do DAIA, DEPRN ou da CETESB, no caso de controle das fontes de poluição. Na SMA, conforme já comentado, o licenciamento é realizado por 02 Departamentos que a integram: DEPRN e DAIA. Cada Departamento tem atribuição específica e aplica somente a legislação que lhe cabe. As atividades de licenciamento na estrutura da SMA são desenvolvidas pelos Departamentos: Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais DEPRN, que analisa os pedidos de autorização de supressão ou manejo de vegetação natural e as intervenções em áreas de preservação permanente, em todo estado de São Paulo. Possui estrutura descentralizada, com diretorias regionais, equipes técnicas específicas e postos de atendimento; Departamento de Avaliação de Impacto Ambiental DAIA, que analisa os empreendimentos e atividades sujeitas à apresentação de EIA/RIMA e de Relatório Ambiental Preliminar - RAP. Os dois Departamentos emitem pareceres técnicos e licenças ambientais (LP, LI e LO, e Autorização para Supressão de Vegetação), contando com critérios próprios. De acordo com a Resolução 237/97 do CONAMA, os empreendimentos de saneamento que necessitam de licenciamento ambiental referem-se à: (i) estações de tratamento de água; e (ii) interceptores, emissários, estação elevatória e estações de tratamento de esgoto sanitário. Nesse sentido, de acordo com a Resolução 237/97, parte dos componentes do Programa REÁGUA não necessita de licenciamento ambiental em especial as intervenções dos 34

35 subcomponente 1.1 Controle e Redução de Perdas de Água em Sistemas de Abastecimento de Água (controle e redução de perdas sistema produtor/sistema de distribuição e renovação de infra-estrutura redes e ramais); e do subcomponente 1.2 Redução do Consumo mediante Uso Racional da Água (substituição de equipamentos sanitários para equipamentos de consumo reduzido). À exceção refere-se às intervenções em Estações de Tratamento de Água ETAs no caso do subcomponente 1.1. No entanto, de acordo com a Resolução 369/06 do CONAMA, empreendimentos que interferem com áreas de preservação permanente APPs, classificados como de utilidade pública ou de interesse social, devem ter respectiva autorização do órgão ambiental responsável. Visando regulamentar essa autorização a nível estadual, a SMA emitiu, em dezembro de 2007, a Resolução 54/2007 que dispõe sobre o licenciamento ambiental e regularização de empreendimentos urbanísticos e de saneamento básico considerados de utilidade pública e de interesse social. A Resolução estabelece que serão objeto de licenciamento ambiental, na área de saneamento básico, as obras e atividades constantes da tabela a seguir, que venham a interferir com APPs. A Resolução define também a competência pelo licenciamento indicando, em função da tipologia do empreendimento, o órgão licenciador responsável. Tabela 3.1 Competência pelo Licenciamento Resolução SMA 54/2007 Atividades em APPs Sistemas de tratamento de água sem previsão de transposição de bacia hidrográfica Adutoras de água com diâmetro superior a 1 metro Sistema de tratamento de esgotos sanitários projetados para atender população até habitantes Coletores-tronco e interceptores de esgotos isolados, com diâmetro superior a 1 metro Estações elevatórias de esgotos isoladas Órgão Licenciador CETESB (articulação com o DEPRN) DAIA CETESB (articulação com o DEPRN) DAIA CETESB (articulação com o DEPRN) Observação: As obras ou atividades acima, quando localizadas em áreas de proteção aos mananciais da RMSP - Região Metropolitana de São Paulo, deverão ser objeto de licenciamento junto ao DUSM - Departamento de Uso do Solo Metropolitano DUSM / SMA. Adicionalmente, a Resolução 54/07 estabelece também que as intervenções que não sejam objeto de licenciamento ambiental de acordo com a Resolução 237/97, mas que interferirem com APPs e/ou necessitarem de supressão de vegetação devem ter autorização específica junto ao DEPRN Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais. No caso de Intervenções relativas à reuso agrícola deverão ser seguidos os critérios constantes da Orientação para Apresentação de Projeto visando a aplicação de água de reuso proveniente de Estação de Tratamento de Esgoto Doméstico na Agricultura da CETESB. Para aquelas intervenções referentes ao Componente 2 do Programa REÁGUA relacionadas à otimização ou implantação de novos sistemas de esgotamento sanitário, será necessário também o licenciamento ambiental junto à SMA. Para tanto é necessária a elaboração de Relatório Ambiental Preliminar RAP. Para sistemas com população menor que habitantes o órgão licenciador é a CETESB enquanto para sistemas com população acima de habitantes, o licenciamento deve ser realizado pelo DAIA. 35

36 Tabela 3.2. Tipos de Intervenção de Sistemas de Esgotamento Sanitário, Requisitos e Órgão Licenciador INTERVENÇÕES / OBRAS Estudos e Documentos Vinculados Órgão 1 Expansão dos Sistemas de Esgoto (redes, coletores, elevatórias, etc.), Ampliação de ETE e Melhoria Operacional (Eliminação de Extravasamentos, etc). População inferior a habitantes RAP CETESB 2 Implantação de Novos sistemas de esgotamento sanitário. População inferior que habitantes RAP CETESB 3 Expansão dos Sistemas de Esgoto (redes, coletores, elevatórias, etc.), Ampliação de ETE e Melhoria Operacional (Eliminação de Extravasamentos, etc). População Superior a habitantes RAP DAIA 4 Expansão dos Sistemas de Esgoto (redes, coletores, elevatórias, etc.), Ampliação de ETE e Melhoria Operacional (Eliminação de Extravasamentos, etc). População Inferior a habitantes RAP DAIA Com relação ao Reúso para fins industriais não há necessidade de licenciamento ambiental, de acordo com a legislação federal e estadual. No entanto, no caso de implantação de Estação de Tratamento de Água de Reúso, enquadrando-se como ETA, o licenciamento ambiental deve ser obtido junto à CETESB. Para o caso de reúso para fins agrícolas também não existe regulamentação, apesar da utilização da água de reúso necessitar de autorização da CETESB Outorga A outorga de direitos de uso das águas é um dos instrumentos, de gestão de recursos hídricos, previsto na Lei Federal 9433 de 8 de janeiro de 1997, sendo a competência para administrar e conceder outorgas da ANA (no caso de rios federais) e do DAEE (no caso de rios de domínio estadual e de águas subterrâneas) quanto aos aspectos quantitativos (Lei 7663/91 Art. 7º das Disposições Transitórias). A outorga de uso das águas em rios de domínio estadual está regulamentada pelo Decreto de 31/10/96 e da Portaria DAEE 717, de A outorga guarda estreitas ligações com os Planos de Recursos Hídricos e com o enquadramento dos corpos d água Consultas Públicas Conforme comentado no item acima, o licenciamento ambiental de intervenções em abastecimento de água e esgotamento sanitário em São Paulo dependem da elaboração do Relatório Ambiental Preliminar RAP. A Resolução nº 54/2004 da SMA estabelece que deve ser dada publicidade ao RAP na época de sua protocolização junto à CETESB ou DAIA, podendo ser realizadas audiências públicas consoante normas expedidas pelo CONSEMA. As intervenções e o RAP de sistemas dessas tipologias devem, portanto, ser divulgadas (publicizadas) e podem vir a ter audiências públicas dependendo do entendimento ou solicitação do órgão licenciador (CETESB ou DAIA). 36

37 3.6. POLÍTICAS DE COMPENSAÇÃO PELOS IMPACTOS AMBIENTAIS A compensação ou reparação de danos ou impactos ambientais é um mecanismo que se fundamenta no princípio da responsabilidade objetiva do causador, conforme dá conta o parágrafo 3º do art. 225 da Constituição Federal de A Política Nacional de Meio Ambiente, no seu art. 4º, inciso VII, impõe ao poluidor e ao predador a obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de recursos naturais para fins econômicos. A Lei do SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Lei Federal n.º 9.985, de 18/04/2000) também prevê que nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto ambiental, assim considerado pelo órgão ambiental competente, com fundamento em estudo de impacto ambiental e respectivo relatório EIA/RIMA, o empreendedor é obrigado a apoiar a implantação e manutenção de unidade de conservação do grupo de Proteção Integral. Desse modo, o montante de recursos a ser destinado pelo empreendedor para esta finalidade não pode ser inferior a meio por cento dos custos totais previstos para a implantação do empreendimento, sendo o percentual fixado pelo órgão ambiental licenciador, de acordo com o grau de impacto ambiental causado pelo empreendimento. Assim, de modo geral, cumpre ao órgão ambiental licenciador competente, definir os critérios e condições, fixando como no caso do SNUC - as unidades de conservação ou áreas a serem beneficiadas, considerando as propostas de compensação apresentadas e ouvidos os empreendedores. 37

38 4. O CONTEXTO GERAL DO PROJETO REÁGUA 4.1 PROCESSO DE SELEÇÃO DAS ÁREAS DE ABRANGÊNCIA A legislação paulista 5 estabeleceu uma divisão territorial com base em 22 Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHIs) conforme a figura 4.1 Figura 4.1 As Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo Fonte: Plano Estadual de Recursos Hídricos DAEE/SP (2005) É importante ressaltar que a UGRHI é uma unidade territorial de planejamento reunindo diversos trechos de sub-bacias hidrográficas do Estado de São Paulo. Não se trata, portanto, de bacia hidrográfica; a UGRHI, por exemplo, pode ter diversos exutórios. Diante disso a Vazão média ou vazão Q 7,10 de uma UGRHI 6 tem um significado simbólico de uma produção média de água na unidade territorial da UGRHI. Essa vazão não incorpora as vazões naturais afluentes das UGRHIs de montante (como o Tietê-Jacaré, Baixo-Tietê, Baixo Pardo Grande) nem as vazões dos rios de grande porte adjacentes aos limites das UGRHIs (como os Rios Grande, Paraná, Paranapanema). Quando se consideram as vazões das UGRHIs de montante ou dos rios adjacentes, a situação do balanço hídrico (demanda/disponibilidade hídrica) de muitas UGRHIs muda substancialmente. Essa consideração, no entanto, não é simples, e o PERH do Estado de São Paulo, na sua versão para o período , ainda não incorporou este aspecto. 5 A Lei nº 7.663/91, do Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos, e a Lei nº 7.750/92, da Política Estadual de Saneamento. 6 Vazão mínima de referência, de um período de 7 dias consecutivos e período de retorno de 10 anos (Q 7,10) 38

39 Não obstante a restrição às vazões produzidas nas UGRHIs pode-se dizer que, quando a maioria das demandas é decorrente de usuários de pequenos mananciais difusos na UGRHI, o balanço hídrico baseado nessas vazões é razoavelmente representativo da realidade. Distorções nesse balanço ocorrem quando essas demandas incluem os usuários de rios de grande porte que atravessam a UGRHI ou que são adjacentes à mesma. A análise efetuada procurou se apoiar em dados publicados e segundo PERH , algumas UGRHIs encontram-se já em situações críticas em termos de balanço demanda - disponibilidade hídrica, notadamente naquelas com maiores concentrações urbanas. As demandas por recursos hídricos, incluindo as águas subterrâneas, atingem 417 m 3 /s, sendo que a parcela destinada ao abastecimento público representa 135 m 3 /s (ou 32%), ao uso industrial 127 m 3 /s (ou 31%) e à irrigação 156 m 3 /s (ou 37%). A distribuição dessas demandas segundo as UGRHIs é mostrada na Tabela 4.1. UGRHI Tabela 4.1 Demandas por categorias de usos Demanda Global 2004 (m 3 /s) Q 7,10 Deman/Disp Urbana Indust. Irrigação Total m 3 /s % 01-Mantiqueira 0,31 0,04 0,14 0,49 7 7,1% 02-Paraíba do Sul 5,39 8,72 5,52 19, ,4% 03-Litoral Norte 0,78 0,03 0,00 0, ,0% 04-Pardo 4,05 5,94 10,69 20, ,5% 05-Piracicaba/Capivari/Jundiaí 15,06 17,97 7,80 40, ,0% 06-Alto Tietê 68,50 14,33 3,59 86, ,9% 07-Baixada Santista 10,83 12,46 0,00 23, ,0% 08-Sapucaí/Grande 1,66 4,71 19,20 25, ,9% 09-Mogi-Guaçu 3,79 27,83 8,61 40, ,4% 10-Tietê/Sorocaba 5,27 4,36 8,35 17, ,8% 11-Ribeira. de Iguape/Litoral Sul 0,49 2,67 0,04 3, ,0% 12-Baixo Pardo/Grande 0,86 3,02 9,11 12, ,5% 13-Tietê/Jacaré 4,53 7,55 10,61 22, ,7% 14-Alto Paranapanema 1,39 2,81 20,00 24, ,8% 15-Turvo Grande 3,52 4,90 7,81 16, ,8% 16-Tietê/ Batalha 1,12 1,47 7,20 9, ,5% 17-Médio Paranapanema 1,67 3,40 7,98 13, ,1% 18-São José dos Dourados 0,45 0,28 1,57 2, ,2% 19-Baixo Tietê 1,81 2,57 14,02 18, ,9% 20-Aguapeí 0,83 0,51 5,50 6, ,2% 21-Peixe 1,31 0,84 3,13 5, ,2% 22-Pontal do Paranapanema 1,40 0,29 4,67 6, ,7% TOTAL 135,02 126,70 155,54 417, ,7% Fonte: Dados extraídos de Plano Estadual de Recursos Hídricos 2004/2007 Resumo, São Paulo/DAEE (2006), pág. 45 e

40 O artigo 14 da Lei nº 9.034, de 27/12/1994 que dispõe sobre o Plano Estadual de Recursos Hídricos - PERH estabelece que, quando a soma das vazões captadas em uma determinada bacia hidrográfica, ou em parte desta, superar 50% (cinqüenta por cento) da respectiva vazão de referência, a mesma será considerada crítica e haverá gerenciamento especial que levará em conta: I - o monitoramento da quantidade e da qualidade dos recursos hídricos, de forma a permitir previsões que orientem o racionamento ou medidas especiais de controle de derivações de águas e de lançamento de efluentes; II - a constituição de comissões de usuários, supervisionadas pelas entidades estaduais de gestão dos recursos hídricos, para o estabelecimento, em comum acordo, de regras de operação das captações e lançamentos; III - a obrigatoriedade de implantação, pelos usuários, de programas de racionalização do uso de recursos hídricos, com metas estabelecidas pelos atos de outorga. Embora a Lei tenha se referido à... soma das vazões captadas em uma determinada bacia hidrográfica, ou em parte desta..., a prática levou a estender esse critério para as UGRHIs de forma que quando a relação Demanda/Disponibilidade Q 7,10 for superior a 50% a mesma é considerada crítica requerendo procedimentos especiais quanto ao gerenciamento dos recursos hídricos. Segundo esse critério seriam onze UGRHIs críticas, listadas na Tabela 4.2 e mostradas na figura 4.2. Tabela 4.2 UGRHIs críticas, conforme a Lei Alto Tietê 441,9% 05-Piracicaba/Capivari/Jundiaí 96,0% 08-Sapucaí/Grande 91,9% 09-Mogi-Guaçu 83,4% 10-Tietê/Sorocaba 80,8% 04-Pardo 69,5% 19-Baixo Tietê 68,9% 15-Turvo Grande 62,8% 12-Baixo Pardo/Grande 61,5% 07-Baixada Santista 61,0% 13-Tietê/Jacaré 56,7% 40

41 Figura 4.2 UGRHIs críticas Esta classificação de criticidade reflete os efeitos globais dos diversos usos da água. Em muitas UGRHIs os usos industriais e para irrigação são predominantes, como pode ser observado na Figura

42 Figura 4.3 Demandas globais de água no Estado de São Paulo Fonte: Plano Estadual de Recursos Hídricos 2004/2007 Resumo, São Paulo/DAEE (2006), pág

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