AGRICULTURA GERAL. O ambiente e a planta POMBAL PB. Crescimento e desenvolvimento adequados as plantas dependem: Fatores ambientais Manejo cultural
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- Malu Almada Maranhão
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1 AGRICULTURA GERAL O ambiente e a planta POMBAL PB O AMBIENTE E A PLANTA O AMBIENTE Crescimento e desenvolvimento adequados as plantas dependem: Fatores ambientais Manejo cultural Os fatores ambientais são: Luz ou radiação solar Temperatura e a UR do ar Concentração de CO 2 e O 2 na atmosfera Água Solo (nutrientes minerais) Obs: A ausência ou disponibilidade limitada ou excessiva de um desses fatores reduz ou até paralisa o crescimento das plantas 1
2 FATORES CLIMÁTICOS TEMPERATURA Determina a distribuição das espécies vegetais cultivadas ou nativas na face da terra 2
3 Porque existe diferença na temperatura? Durante o ano: Temperatura está diretamente relacionada com a exposição solar Latitude (variação estacional da temperatura): Inclinação da terra: 23º 26 Movimento de translação Altitude (6ºC a cada 1000m) ou (0,6ºC a cada 100m) Durante o dia: Movimento de rotação 3
4 TEMPERATURA INFLUENCIA DESDE: Germinação Ex: melão: min = 16, máx = 38 e ótima = 32ºC feijão: min = 16, máx = 35 e ótima = 27ºC milho: min = 10, máx = 41 e ótima = 35ºC Crescimento vegetativo da planta Ex: pimentão: ótimo = 25 a 27ºC (dia) e 20 a 21ºC (noite) Tomate: ótimo = 22 a 25ºC Floração e frutificação Ex: Cenoura: ótima = 5ºC RADIAÇÃO SOLAR (LUZ) Principal importância da luz é sua essencialidade p/ processo de fotossíntese nas plantas Intensidade: quantidade de luz que chega a parte aérea das plantas (RFA = radiação fotossinteticamente ativa) Qualidade da luz (comprimento de onda a 780 nm - RFA) Duração da luz (fotoperíodo comprimento do dia) 4
5 Inclinação da terra em relação ao sol (23º 27 ) sempre teremos: Inverno: junho a setembro (dias curtos e noites longas) Verão: dezembro a março (dias longos e noites curtas) Linha do Equador: ± 12 horas de luz Região Nordeste: ± 12 horas de luz devido a proximidade com a L. do Equador Região Sul: ± 15 horas de luz (Verão: período chuvoso e plantio de espécies comestíveis) Classificação das plantas em relação ao fotoperíodo (FP) Plantas de dias curtos (DC) = batata precisa de DC para tuberizar Plantas de dias longos (DL) = mamona produz mais quando sob DL Plantas de dias neutro (DN) = curcubitáceas são indiferentes quanto ao fotoperíodo 5
6 UMIDADE RELATIVA DO AR Umidade absoluta: quantidade de água presente em um volume de ar definido (g de H 2 O/L de ar) Umidade relativa: é a quantidade de água presente no ar em percentual de quanto poderia estar contido quando na saturação Umidade relativa como fator de crescimento da planta Transpiração e evaporação < UR: > transpiração e a absorção de água e nutrientes do solo < UR: > evaporação de água do solo Importância da transpiração Favorece a absorção de água e nutrientes do solo Promove a redução da temperatura da planta Ocorre principalmente pelos estômatos (95%) ÁGUA A água e os vegetais Estrutura da água 6
7 Importância da água para os seres humanos 97,2% da água encontra-se nos oceanos 2,8% é de água doce (2,1% gelo e 0,7% é líquida) 8% está no Brasil Necessidade hídrica: 1000 m 3 de água por habitante ano Brasil apresenta m 3 por habitante ano 20% da população mundial não tem acesso a água potável 7
8 Importância da água na vida dos vegetais Cada grama de M. O. produzido pela planta: 500 g de água é absorvido pelas raízes, translocado pela planta e perdido para a atmosfera. A água constitui de 80 a 95% dos tecidos vegetais Cenoura e alface: 85 a 95% de água Sementes: 5 a 15% antes da germinação precisa reidratar-se A água é o melhor e mais abundante solvente que se conhece Dia ensolarado: 100% da água presente na planta é renovado Durante o ciclo das plantas: 100 vezes o seu peso fresco em água é perdido para o ambiente pelas folhas para o ambiente A água é o recurso requerido em maior quantidade e é o mais limitante para a produtividade agrícola 8
9 ÁGUA NO SOLO A disponibilidade de água no solo depende: Tipo e da estrutura do solo Solos arenosos: espaços entre as partículas são grandes (rápida drenagem e baixa retenção de água) Solos argilosos: espaços entre as partículas são pequenos (a água não drena com facilidade e ocorre alta retenção de água) Termos utilizados para expressar a quantidade de água no solo Capacidade de campo Ponto de murcha permanente MOVIMENTO DE ÁGUA NO SOLO Fluxo de massa ( de potencial hídrico) ABSORÇÃO DE ÁGUA PELAS RAÍZES Deve existir contato íntimo raiz-solo Absorção de água ocorre pela parte apical (por quê?) Presença de substâncias impedem a entrada de água em regiões mais madura da raiz (suberina) 9
10 MOVIMENTO DE ÁGUA NA RAIZ Três rotas diferentes: Apoplástica: parede celular e espaços intercelulares Transmembrana: célula a célula atravessando as membranas celulares Simplástica: célula a célula (através de poros plasmodesmas) 10
11 A ENDODERME (ESTRIAS DE CASPARY) Impregnada com suberina Barreira ao movimento de água e soluto Finalidade: forçar solutos e água a passar pela membrana celular (seletividade) Fatores que prejudicam a absorção de água pelas plantas Baixas temperaturas e alta UR Condições anaeróbicas (solos compactados - duros e solos encharcados excesso de água) Transporte de água no xilema XILEMA Tipos de células: traqueídes e elementos de vaso Características do xilema São células mortas Não tem membrana nem organelas Paredes celulares lignificadas e grossas 11
12 MOVIMENTO DE ÁGUA DA FOLHA PARA O AMBIENTE - Transporte através do xilema até as folhas - A água que vai ser utilizada adentra as células do mesofilo - Células paredes celulares espaços intercelulares do mesofilo - Espaços intercelulares: perdida para o ambiente por difusão: Estômatos (95%) Cutícula (5%) 12
13 SOLO Conceito: Engenheiro de minas: o solo é um detrito que recobre as rochas e minerais e que deve ser eliminado. Engenheiro civil: o solo é o local onde será colocado o leito de uma construção. Agrônomo: o solo é a base para produção agrícola fornecendo as plantas suporte físico e nutrientes minerais, além de servir como meio de disponibilizar água e oxigênio às plantas ORIGEM DOS SOLOS O intemperismo das rochas dão origem aos solos e nutrientes inorgânicos utilizados pelas plantas O que seria intemperismo? Desintegração física e a decomposição química de minerais e rochas na superfície terrestre ou próximo dela, produzindo substâncias minerais inorgânica Clima (chuva e temperatura): resfriamento e aquecimento Microorganismos (fungos) Topografia ou relevo (relevo acidentado favorece o intemperismo) 13
14 Diferentes tipos de solo - Rochas ou material que deram origem aos solos são distintos - As condições climática também são distintas Material orgânico no solo - Restos de planta e animais podem se acumular no solo Perfil do solo Os solos são constituídos por camadas denominadas horizontes Pelo menos três horizontes ou camadas são conhecidas: Horizonte A (cobertura): onde as plantas encontram os elementos essenciais para o crescimento (água, nutrientes), M. O. e 80% das raízes estão concentradas Horizonte B (subsolo): pouca M. O. e nutrientes (infiltração) e apenas 20% das raízes da planta se concentra nessa camada Horizonte C (solo da base): composto por rochas em processo de intemperização e por minerais a partir dos quais o verdadeiro solo é formado Rocha-mãe 14
15 A B C RM COMPOSIÇÃO DO SOLO - Solos são compostos de matéria sólida e espaços porosos Matéria sólida: minerais e M. O. (50% do solo) Constituintes sólidos do solo (tamanho) Areia grossa Areia fina Silte Argila Partícula Diâmetro (mm) 0,2 a 2,0 0,2 a 0,02 0,02 a 0,002 < 0,002 15
16 Espaço poroso: fica ao redor do espaço sólido e é ocupado por ar e água (50%) MATERIAL ORGÂNICO; 5% AR; 25% MATERIAL MINERAL; 45% ÁGUA; 25% ELEMENTOS ESSENCIAIS AS PLANTAS Nutriente essencial: é aquele que na sua ausência a planta não consegui completar seu ciclo (germinação a formação da semente) Existem 16 nutrientes essenciais: Três são fornecidos pelo o ar e pela água: C, H e O Treze são fornecidos pelo solo: Macronutrientes: requeridos em maiores quantidades pelas plantas (N, K, P, Ca, Mg e S) Micronutrientes: requeridos em menores quantidades pelas plantas (Cu, Zn, Mn, B, Fe, Cl e Mo) 16
17 Nutriente Micronutriente Forma disponível no solo para pta Conc. na pta (mg/kg) Adubos Mo MoO 4 2-0,1 Molibdato de Amônio Cu Cu +, Cu 2+ 6,0 Sulfato de Cu Zn Zn Sulfato de Zn B H 3 BO 3 20 Bórax Mn Mn Sulfato de Mn Fe Fe 2+, Fe Sulfato de Fe Cl Cl Cloreto de K Macronutrientes (g/kg) S SO 4 2-1,0 Sulfatos P H 2 PO 4-, H 2 PO 4 2-2,0 Monoamôniofosfato Mg Mg 2+ 2,0 Sulfato Mg Ca Ca 2+ 5,0 Calcário K K + 10,0 Cloreto de K N NO 3-, NH ,0 Nitrato de K Classificação dos solos (Fertilidade) 1) Muito alta 2) alta 3) média 4) baixa 5) muito baixa Nutriente Muito baixo baixo médio alto Muito alto P(mg/dm 3 ) < 4,0 4,1-4,8 8, ,1-18 > 18 K(mg/dm 3 ) < > 120 Ca(cmol c /dm 3 ) < 0,4 0,41-1,20 1,21-2,4 2,41-4 > 4,0 Mg(cmol c /dm 3 ) < 0,15 0,16-0,45 0,46-0,9 0,91-1,5 > 1,5 17
18 TRANSPORTE DE NUTRIENTES: SOLUÇÃO DO SOLO ATÉ A RAIZ Fluxo de massa: nutriente arrastado pela água ( potencial hídrico) Difusão (curta distância): diferença de concentração (fósforo - P) Interceptação radicular (crescimento das raízes) ABSORÇÃO E TRANSPORTE DOS NÚTRIENTES PELAS PLANTAS Após contato com a superfície da raiz o nutriente segue três vias: Apoplasto Simplasto Transmembrana Xilema 18
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