ATA DA 78ª REUNIÃO ORDINÁRIA DO CONSELHO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DA GERÊNCIA EXECUTIVA DO INSS EM CONTAGEM

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1 INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL ATA DA 78ª REUNIÃO ORDINÁRIA DO CONSELHO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DA GERÊNCIA EXECUTIVA DO INSS EM CONTAGEM Data: 28/04/2011 Horário: 09:30 hs Local: Sala de treinamento do INSS, térreo, Av. Cardeal Eugênio Pacelli, Cidade Industrial. I PRESENÇAS CONSELHEIROS Representantes do Governo Clarice Bastos Barbosa (Titular) Rosa Maria Bambirra Alves (Titular) Maria Elizabete de Oliveira e Souza (Titular) Convidados: Manoel Gonçalves de Almeida (SERAT Contagem) Maria Alice Gonçalves Vieira (Planejamento Contagem) Ernane Geraldo da Silva Carmo (SRD Contagem) Representantes dos aposentados e pensionistas Adão Martins de Souza, da Associação dos Deficientes de Contagem ( Titular ) Geraldo Amélio Machado, Associação dos Metalúrgicos Aposentados de Belo Horizonte/ Contagem (AMABELCON)( Suplente ) Adi dos Santos (AFACON) (Suplente) Representantes dos Empregados Renata Maria Antunes Orsini Leão do Centro de Referência Regional em Saúde dos Trabalhadores de Contagem (Titular) Representante dos Empregadores Não Houve Convidados Edivaldo F. Dos Santos SintTrab Betim Belmiro da Silva STR Ibirité Maurício Alves Peçanha ADC Marcia Silva Anunciação Lazarino- CEREST Betim Virgílio Goulart - Sind. Metalúrgicos Betim

2 II - AUSÊNCIAS JUSTIFICADAS Volnei Weber Terceti - Sindicato dos Trabalhadores das Industrias Metal., Mecânicas e de Mat. Elétrico de Vespasiano, Lagoa Santa, São José da Lapa e Confins. (Titular) Arquimedes W. B. Oliveira CIEMG Angêlo Agostinho de Paula, Associação dos Aposentados e Pensionistas de Santa Luzia MG (ASSAPPEN-SL) ( Suplente ) Jaime Antônio de Abreu Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalurgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Betim, Igarapé e São Joaquim de Bicas (Titular) III AUSÊNCIAS NÃO JUSTIFICADAS Geraldo Ricarte Almeida da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Betim, Igarapé São Joaquim de Bicas e Esmeraldas (Titular ) Mauro Lúcio - CDL Rogério Braz Barbosa (Titular) Adson Marinho do Centro das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Titular). Isidoro Afonso de Araújo Lima, pela CDL de Contagem (Titular). Marlene Antônia de Oliveira Teixeira, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ibirité (Suplente) IV ABERTURA Foi realizada a abertura da Reunião pela Presidente Clarice Bastos Barbosa, agradecendo a presença de todos conselheiros e também dos convidados. V APROVAÇÃO DA ATA DA REUNIÃO ANTERIOR Foi feita a leitura da Ata da Reunião anterior, sugerida alterações e sua aprovação. VI APROVAÇÃO DA ORDEM DO DIA Ficou aprovado o debate sobre avaliação do seminário VII ORDEM DO DIA A presidente do CPS Contagem, Clarice Bastos Barbosa, abre a reunião cumprimentando a todos. Em seguida apresenta ao conselho a equipe de Assistentes Sociais da Gerência Executiva de Contagem. É feita a leitura da Ata e aprovada por unanimidade. Em seguida a Presidente dá alguns recados aos conselheiros. Diz que os convites para o Seminário do dia 11 estão prontos e que todos estão convidados. O conselheiro Volnei, que representa a Cidade de Vespasiano, diz que já está tudo organizado e que a cidade está aberta para receber a todos. Bete pede que todos os presentes, divulguem o evento em suas redes de contato e que todos façam suas inscrições na data programada para este fim. Fazendo referência a um tópico da última ata, Clarice diz que irá visitar a empresa Teksid e também a Santa Edwiges.

3 Acredita que todos podem tentar fazer algo para ajudar e que felizmente as empresas estão recebendo o INSS muito bem. Noticia que haverá concurso para o INSS em setembro deste ano. E agradece ao CIEMG, mais uma vez, pelo tempo em que emprestou ao Conselho a Sala de Reunião. Passa então a palavra à Paulina que é Assistente Social e trabalha na Agência em Ribeirão das Neves. Paulina cumprimenta a todos e diz que vai apresentar o Benefício de Prestação Continuada BPC e após abrirá espaço para discutirem o tema. Explica que é um benefício voltado a quem possui baixa renda. Se caracteriza por ser um benefício de um salário mínimo que só pode ser acumulado com outro dentro de uma mesma família em situações previstas na lei. É individual, não vitalício, não transferível, independe de contribuições prévias, possui orçamento definido e regras próprias. Conta que está presente em municípios do país e é operacionalizado pelo INSS, mas é responsabilidade do MDS. Objetivo principal é proteger as pessoas idosas e as pessoas com deficiência em face das vulnerabilidades decorrentes da velhice e também da deficiência. Além disso é concedido após constatação de insuficiência de renda para sustento, passando pela análise da renda per capta inferior a ¼ salário mínimo. Busca principalmente superação das desvantagens sociais. Apresenta planilha em que se pode constatar que em 2011 na gerência, houve 902 benefícios concedidos, 1022 foram indeferidos e 72 deles indeferidos por não comparecimento. Relata que em sua atuação como assistente social, sempre procura saber após a avaliação social, se houve aprovação na perícia. Lembra que no geral o indeferimento é administrativo pois esbarra na renda per capta. Que infelizmente, análise da renda não avalia o custo que a família tem com os gastos para manter um deficiente e relata um caso de uma família que tem 03 filhos deficientes mas que pela lei só podem ter um BPC. Diz que não são levados em consideração os custos que a família tem com médicos, terapias ocupacionais, fisioterapia, transporte e medicamentos. A conselheira Bete lembra que a questão da renda per capta sempre foi o grande motivo de indeferimento. Questiona qual o real valor do instrumento de avaliação social e qual é o peso dele na decisão do benefício. A assistente social Cristina fala que existia uma idéia de que a pessoa que recorre ao BPC, não procura emprego. Acredita que isso é um mito pois as pessoas do BPC na verdade, não tem empregabilidade. Geraldo Ricarte diz que apenas conseguem o BPC, os que são movidos por terceiros, já na justiça é diferente, pois o Juiz reconhece a necessidade do indivíduo. Reclama que no INSS não se consegue nada. Paulina explica que a assistente social avalia a condição social e o perito avalia a doença. Diz que a avaliação da assistente social é utilizada pelo perito para ampliar a análise do caso. Maurício levanta a questão sobre a inclusão da pessoa com deficiência. Diz que já existe um movimento muito forte para modificar a lei passando-se a analisar a renda per-capta inferior a ½ salário minimo. Acredita que o MDS está valorizando sim, o trabalho da assistente social. Mas vê que o BPC é mero assistencialismo e que o deficiente quer é inclusão quer mercado de trabalho, quer ser valorizado como indivíduo. Relata que as empresas não querem admitir quem está na cadeira de rodas, quem é deficiente visual, ou quem é deficiente mental. Muitas empresas que não estão conseguindo controlar o ruído começaram a contratar o deficiente auditivo e que isso está prejudicando ainda mais a saúde deste trabalhador. Paulina prossegue sua apresentação

4 e esclarece que as regras para o BPC estão definidas na Lei de 07/12/93 - Loas e Lei de 01/10/2005. Explica que a lei considera como família, pessoa que vive sobre o mesmo teto. Inclui-se na análise da renda salários, proventos, pensões, pensões alimentícias e benefícios de previdência. A permite que dois idosos recebam o BPC na mesma família. Este foi um ganho alcançado pelo estatuto do Idoso, infelizmente esta condição ainda não se estendeu para os deficientes. Na condição de internado a pessoa tem direito de receber BPC, já um condenado não tem direito pois entende-se que ele está sob a custódia do Estado. Lembra que o formulário de BPC pode facilmente ser retirado na página de internet do INSS. E que este é um benefício que não dá direito ao 13º salário pois para ser concedido não requer contribuição. Geraldo Ricarte critica, pois em uma casa onde existe um casal onde o marido recebe aposentadoria no valor de salário mínimo, a mulher não tem direito ao BPC, acredita que isso está errado. Adélia diz que o INSS operacionaliza o BPC, mas quem legisla sobre esta questão é o MDS. Também não acha que este critério é justo. Lembra que esta discussão já está existindo por aí, com propostas de emendas para esta questão. No Rio Grande do Sul ganhou-se uma ação onde o juiz determinou que a aposentadoria de um salário mínimo, não irá fazer parte da renda per capta. Enquanto a lei não muda, o INSS não pode fazer nada. Só quem pode mudar esta lei é o MDS. Geraldo Ricarte, Adão, Maurício, dizem que já foi feito várias investidas para tentar mudar esta situação. Adélia relata que a ação civil pública que foi citada, só tem validade na região sul, mas que o judiciário em ações isoladas, tem feito concessões semelhantes pelo Brasil todo. Geraldo Ricarte diz que nas petições é possível se comprovar a miséria da família. Geraldo Amélio relata o caso de uma mulher que recebe uma Pensão Alimentícia de R$170,00 e não consegue direito ao BPC. Adélia explica que a PA pode ser renunciada na justiça e depois ela pode requerer o BPC. Maurício faz uma reflexão sobre duas conferências de que participou e em ambas pregava-se a alteração da análise de renda para ½ salário mínimo. Diz que aquele deficiente que não é aceito pelo mercado de trabalho, acaba recorrendo ao BPC. Mas se este deficiente se casar, não deixa pensão aos seus dependentes e ele tampouco tem direito ao 13º. Diz que o BPC é uma politica ultrapassada, desgastante e sem objetivos. Vê que é puro assistencialismo. Explica que são mais de 30 milhões de deficientes no Brasil e que muita gente não vai para o mercado de trabalho por causa do bolsa família. Maurício fala que não quer a política do populismo e sim a política popular. Lia diz que o governo quer proteger a população que se encontra em situação de miséria. Cita o caso dos moradores de rua como exemplo, pois eles não tem seus direitos básicos garantidos. Maurício alega que está discutindo uma política de avanço, onde os programas têm que acabar. Quer uma politica de valorização para que o assistencialismo acabe. Quer emprego e não benefícios e quer ser visto como igual. Paulina lembra que o Sistema Único de Assistência Social SUAS é muito novo e ainda está buscando estratégias. Conta que em Ribeirão das Neves, tem 09 CRAS e há uma enorme dificuldade de atendimento de uma cidade marcada pela grande vulnerabilidade social. Os profissionais da Assistência Social, não dão conta de atender a demanda de 265 mil habitantes pois não conseguem se movimentar por todo município. Adélia lembra que são Assistentes Sociais da Previdência e

5 não tem participação na elaboração de políticas e que este é o papel dos representantes do MDS. Outro ponto é que um BPC representa uma transferência de renda para uma situação onde existe tal vulnerabilidade e que o indivíduo precisa disto naquele momento para poder mudar. Diz que o SUAS é uma tentativa de organizar a mesma cara para a Assistência Social no Brasil inteiro. Acredita que as conferências precisam ter mais repercussão. Maurício conta que participou de uma ação que visitou 08 CRAS. O que eles detectaram foi que os CRAS estavam despreparados para acessibilidade, sem profissionais habilitados em libras, sem materiais informativos e que só atendiam passe livre e BPC. Que todos aqueles municípios que não se esforçaram perderam verbas de repasse. Não está dizendo que é bom ou ruim. O que quer é estruturar um pensamento participativo, reunir levantamentos para saber de cada um dos deficientes, o que eles realmente querem. Diz que toda deficiência é diferente mas todos são igualmente cidadãos e quer acabar com os rótulos. Paulina relata que a preocupação com deficientes já é uma realidade em muitos locais. Ministrou aulas em que havia alunos com deficiência e havia profissionais no local para traduzir as aulas. Estas escolas ofereciam também o cursos de libras. Acha que as Assistentes Sociais da Previdência Social também deveriam ser capacitadas para o curso de libras. Clarice lembra que foi ofertado um curso de libras pela Superintendência, porém foram disponibilizadas apenas duas vagas para a Gerência de Contagem. Renata lembra que o Controle Social passa pelas conferências e pelos conselhos este ano. Acredita que este é o ano de todos se manifestarem. Em novembro terá a conferência de saúde que será importantíssima. Bete diz, dentro das propostas de acessibilidade, que a decisão não pode ser colocada na mão das prefeituras ou das empresas. Diz que a política tem que ser mais ampla. Relata com tristeza que visitou um teatro que dizia ter 4 lugares para cadeirantes, sendo que ao conferir um destes lugares, verificou que ficava atrás de uma pilastra. Maurício quer o diálogo entre o MDS X INSS X SUS, aproveitar os momentos e nossos encontros para provocar estes três ministérios. Quer dar real encaminhamento para o Conselho Nacional, das propostas do CPS Contagem, pois estamos discutindo em nossas reuniões políticas públicas de fato, com entidades de classe representativa e participativa. Bete lembra que já existe um documento elaborado sobre este tema e que já fez a revisão da parte de Reabilitação. O documento será verificado pela Paulina na questão da Assistência Social e depois enviado a Maurício e Renata para revisão. Adão encerra registrando o dia internacional dos trabalhadores vitimas de acidentes do trabalho 28/04. IX DEFINIÇÃO DA PAUTA DA PRÓXIMA REUNIÃO O Conselheiro Adão sugere que o tema a ser discutido na próxima reunião, seja avaliação do seminário cultura de Prevenção de Acidentes. Os conselheiros presentes concordam e fica decidido para a próxima reunião; Tema: Avaliação do seminário, dia previsto 26/05/2011. VI ENCERRAMENTO

6 Nada mais havendo a tratar, a Presidente Clarice Bastos Barbosa, agradeceu a presença de todos e declarou encerrada a 78ª reunião ordinária do Conselho de Previdência Social da Gerência Executiva em Contagem. Contagem, 28 de abril de 2011