Matheus Kfouri Marino Perspectivas e Desafios da Cadeia Produtiva da Cana Ribeirão Preto, 04 de Julho de 2013

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1 Matheus Kfouri Marino Perspectivas e Desafios da Cadeia Produtiva da Cana Ribeirão Preto, 04 de Julho de

2 UNI.BUSINESS ESTRATÉGIA Matheus Kfouri Marino > Doutor em Administração pela FEA-USP) em > Mestre em Engenharia de Produção pela UFSCar em > Engenheiro Agrônomo na FCAVJ-UNESP. > Professor da FGV-EESP e coord. do MBA em agronegócios da FGV. > Sócio fundador da Uni.Business Estratégia em 2004 Fonte: Análise Uni.Business Estratégia A UNI.BUSINESS ESTRATÉGIA > Organização que desenvolve consultoria, pesquisa e treinamento em estratégia, focada no desenvolvimento metodológico personalizado > É constituída por profissionais com ampla experiência de mercado, aliados a mestres, doutores e professores de importantes instituições de ensino do país > Seu diferencial está centrado na integração de sólidos conhecimentos da academia com experiência executiva nas empresas 2

3 Cana necessária para atender a demanda PRODUÇÃO DE CANA [EM MT] ~120 novas unidades ~9% a.a , / / /21 Açúcar Etanol Etanol hidratado carburante PREMISSAS Etanol > Atendimento de 50% da frota de ciclo Otto (hoje cerca de 33%) > Exportação do volume previsto no mandato americano em 2020 (13,2 bilhões de litros) > Consumo de 5 bilhões de litros para etanol "outros fins"em 2020 Açúcar > Atendimento do consumo doméstico e manutenção da participação do País no mercado mundial A expansão da produção depende do restabelecimento da competitividade do etanol hidratado no mercado doméstico e de investimentos em expansão da capacidade de esmagamento Fonte: UNICA; análise Uni.Business Estratégia 3

4 Evolução do mercado de açúcar e álcool [milhões de ton] Fonte: ÚNICA; ETH Bioenergia; análise Uni.Business Estratégia 4

5 Programa de Biocombustíveis no Mundo Alguns países que adotam uma porcentagem de etanol misturado à gasolina * Renewable Fuel Standard programa que prevê o uso crescente de etanol nos EUA, chegando a 135 bilhões de litros em 2020 ** Diretiva Européia para Promoção das Energias Renováveis até 2020, 10% da matriz energética da União Européia deve ser como origem fontes renováveis *** Gasolina com 10% de etanol é o combustível mais consumido, mas há também comercialização e consumo de mistura com 20% e 89% Fonte: Análise Uni.Business Estratégia 5

6 SAG da cana T1 T2 T3 T4 Insumos Agricultura Indústria Distribuição Consumo D F S M Fonte: Análise Uni.Business Estratégia 6

7 Insumos Agrícolas: Desafios Mecanização da atividade > Plantio e corte mecanizados Genética > Novos cultivares > Mudas sadias Mão de Obra > Especializada e operacional Prestação de serviços Novas tecnologias: irrigação, mais agroquímicos.. 7 Fonte: Análise Uni.Business Estratégia

8 Fonte: UNICA; Análise Uni.Business Estratégia Evolução da Mecanização da Produção de Cana Centro Sul 8000 Em mil hectares Plantio mecanizado Colheita 58% % 30% 33% 35% 35% 34% 36% 42% 54% 61% 73% 80% 85% / / / /13 Mecanizada Manual 8

9 SAG da cana T1 T2 T3 T4 Insumos Agricultura Indústria Distribuição Consumo D F S M Fonte: Análise Uni.Business Estratégia 9

10 Produção de Cana: Desafios Fonte: Análise Uni.Business Estratégia > Adaptação do plantio em novas áreas > Queda de produtividade > Presença de um agente especializado na produção > Mecanização e escala de produção > Condomínios, cooperativas, pools... > Gestão Contratual Contratos de arrendamento e de fornecimento > Financiamento para implementação e renovação da lavoura > Restrições ambientais e trabalhistas 10

11 Renovação Canavial Porcentagem de Plantio em Relação a Área Total 11

12 Efeito da Renovação Canavial 12

13 Evolução da produtividade na região Centro Sul [toneladas/ha] Fonte: ÚNICA (Controle Mutuo CTC); Análise Uni.Business Estratégia. Nota: * - Estimativa 13

14 Expectativa de Moagem Safra 2013/ Centro Sul Milhões de Toneladas ,5% +3,1% +4,6% -3,5% 589, , Cana 2012 Área Idade Clima/Manejo Bis Cana

15 Estimativa da safra 2013/14 Região Centro Sul Produtos Safra 2012/13 (A) Safra 2013/14 (B) Variação (%) (B/A) Cana de açúcar Cana de Açúcar ,6 10,67% Produção Açúcar (mil ton) ,11% Etanol Anidro ( milhões de litros) ,29% Etanol Hidratado (milhões de litros) ,18% Etanol Total (milhões de litros) ,77% Qualidade da cana ATR (mil ton) ,59% Kg de ATR/ ton de cana 135,57 136,70 0,83% MIX de produção Açúcar 49,54 46,22% -6,7% Mix (%) Etanol 50,46 53,78% 6,6% Açúcar disponível para exportação ,12% Fonte: UNICA; Análise Uni.Business Estratégia. 15

16 Expectativa de Moagem de cana Centro Sul / / / / /14e Datagro - CS 541,9 556,9 493,3 532,3 584,5 Unica - CS 541,9 556,9 493,1 532,7 589,6 Conab - CS 542,8 560,5 494,9 532,9 594,1 Fonte: Datagro/Única/Conab (2013) 16

17 R$ /kg de ATR Fonte: Unica (2013); Análise Uni.Business Estratégia Preço mensal do ATR [R$/kg] - Acumulado Evolução do preço médio mensal do ATR no Estado de São Paulo [R$/Kg de ATR] 0,60 0,55 0,50 0,45 0,40 0,35 0,30 0,25 Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar 2009/ / / / /

18 Estimativa Brasileira de Área Plantada [milhões de ha] 9,2 + 0,408 +4,8% Em milhões de hectares 8,9 8,893 8,6 8,485 8,3 8 Fonte: Conab (1 Levantamento - março/2013) 18

19 Estimativa de Produção de Cana de Açúcar [milhões de ha] 12 12,0 10 8,7 9, ,5 4,7 5,9 2 0 Fonte: Análise Uni.Business Estratégia 19

20 Cana Moída - Estimativa [milhões de toneladas] Fonte: Análise Uni.Business Estratégia 20

21 SAG da cana T1 T2 T3 T4 Insumos Agricultura Indústria Distribuição Consumo D F S M Fonte: Análise Uni.Business Estratégia 21

22 Usinas: Desafios GESTÃO > Administrativa, Contratual, Financeira e Estratégica Consolidação > Grupos de comercialização e de processamento Abertura de capital > Governança corporativa Internacionalização > Tradings, europeus, petrolíferas? Sucessão > Problemas societários Hedge > Volatilidade de preços > Restrições ambientais e trabalhistas Tecnologia > Etanol de celulose (palha e bagaço) Fonte: Análise Uni.Business Estratégia 22

23 2005/ / / / / / / / /14* Evolução do número de unidades produtoras novas e fechadas Região Centro Sul Elevado nível de investimento para ampliação da produção Reestruturação financeira e societária envolvendo 1/3 do setor (mais de 140 MT de cana) * = Estimativa Fonte: ÚNICA (2013) - Análise Uni.Business Estratégia 23

24 Capacidade efetiva de moagem Região Capacidade de esmagamento instalada em 2012 Redução da capacidade de moagem desde 2008 Capacidade efetiva de moagem 2012 Capacidade efetiva de moagem 2013 Moagem de cana em 2012 Estimativa de cana moída em 2013 Capacidade de utilização em 2013 (%) CS % NN % Brasil % Fonte: Datagro (2013); Análise Uni.Business Estratégia 24

25 Escassez de capacidade instalada Fonte: Datagro (2013); Análise Uni.Business Estratégia 25

26 Endividamento bruto/faturamento líquido ENDIVIDAMENTO MÉDIO DO SETOR PRODUTIVO (Endividamento bruto sobre faturamento líquido das empresas) Aumento do endividamento 160% 140% 120% 100% 80% 60% 40% 20% 0% 38% 47% 38% 48% 62% 138% 128% 88% 89% 93% 100% Grupos que representam 10,5% do setor estão sem condições de gerar caixa para sua manutenção. Processo de fusão e aquisição para sobreviver no setor Figliolino: Mantidas as condições atuais, extremamente severas, em que os custos são muito próximos dos preços de venda, a tendência é que uma parte não desprezível do setor pare de operar Fonte: UNICA; Análise Uni.Business Estratégia 26

27 Destino da cana-de-açúcar processada na região Centro-Sul Mix de produção Etanol 51,4% 50,4% 51,7% 50,5% 51,4% 50,4% 51,7% 50,5% 55,9% 60,3% 57,2% 55,1% 51,6% 50,5% 55,9% 60,3% 57,2% 55,1% 51,6% Açúcar 48,6% 49,6% 48,3% 49,5% 48,6% 49,6% 48,3% 49,5% 44,1% 44,1% 39,7% 42,8% 44,9% 48,4% 49,5% 39,7% 42,8% 44,9% 48,4% Fonte: ÚNICA (levantamento 03/2013); Análise Uni.Business Estratégia 27

28 Faturamento Obtido pelo Setor produtivo para os Diferentes Produtos [R$/ton] Produto 2007/ / / / /12 (b) 2012/13 (a) Var (%) a/b Açúcar 55,13 65,57 86,7 104,09 124,62 114,54-8,1% Etanol 59,73 62,74 64,05 82,88 101,9 95,42-6,45 Etanol Hidratado carburente 58,05 59,83 62,99 80,00 96,86 90,93-6,1% Média 57,58 63,92 74,54 93,09 113,87 105,85-7,0% Fonte: ÚNICA (2013) a partir dos dados CONSECANA. Elaboração: Uni.Business Estratégia. Nota: cálculo realizado a partir do ATR produto 28

29 2. Açúcar 29

30 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 Global sugar production rises faster than consumption [Million metric ton, Raw value] Ending stocks rise slightly [Million metric ton, Raw value] Drop in EU exports offset by Brazil and Thailand [Million metric ton, Raw value] 175 Production Consumption /10 10/11 11/12 12/ /10 10/11 11/12 12/13 0 Fonte: Análise Uni.Business Estratégia Outros EU Tailândia Brasil 30

31 Principais países produtores e exportadores de açúcar Cana e beterraba (2012/13) PRODUÇÃO (MM ton) Brasil 37,8 Índia 29,75 EXPORTAÇÃO (MM ton) Brasil 25,2 Tailândia 9,3 EU 15,79 Austrália 3 China 13,06 Índia 2,5 Tailândia 10,85 Emirados Árabes 1,77 EUA 7,78 Guatemala 1,72 México 5,45 Outros 14,77 Outros 53,9 Total 58,32 Total 174,4 Fonte: USDA (2011), Elaboração: AGRIANUAL (2012) 31

32 Exportação de açúcar - Brasil e outros países 2012/13 (MM ton) 33,0 30,0 27,0 24,0 21,0 19,9 19,4 21,1 21,9 25,5 24,2 27,7-5,8 % +63,9 % 18,0 16,9 15,0 Brasil Outros países Fonte: Datagro (2013) 32

33 2001/ / / / / / / / / / / / /14e Evolução de Oferta e Demanda de Açúcar Mundial [milhões de ton, valor bruto] 10 6,5 7,6 6,04 7,91 10,24 6,18 5 3,81 0 0, ,77-2,34-1,2-3, ,51 Fonte: Datagro (2013) 33

34 O que vem pela frente Açúcar: Brasil continuará principal fornecedor global [milhões de toneladas] 15,7 MT COMENTÁRIOS Consumo doméstico Exportação 35,3 11,0 24,3 44,8 12,2 32,6 51,1 13,7 37,4 Para suprir o mercado doméstico e manter 50% de participação no mercado mundial, teremos de ampliar nossa produção em 15,7 milhões de toneladas de açúcar 2011/ / /21 Nota: O volume de açúcar consumido no mercado doméstico inclui o açúcar contido nos produtos industrializados destinados à exportação Fonte: F.O. Licht; LMC; SECEX e estimativa UNICA; análise Uni.Business 34

35 Expectativa de produção de açúcar Centro Sul Em milhões ton / / / / /14e Datagro - CS 28,6 33,5 31,3 34,1 35,5 Unica - CS 28,6 33,5 31,3 34,1 35,5 Conab - CS 28,7 33,9 31,3 34,1 39,2 Fonte: Datagro/Única/Conab (2013) 35

36 3. Etanol 36

37 Demanda projetada de etanol no mundo [bilhões de litros] Fonte: Datagro (2013) Dados finais Projeção 37

38 Produção Mundial de Etanol [milhões de galões] Fonte: FAPRI 2008 U.S. and World Agricultural Outlook; análise Uni.Business 38

39 Destino do Milho produzido nos EUA Fonte: USDA (Fev/2012); Análise Uni.Business Estratégia 39

40 2001/ /03 Fonte: UNICA (2013); Análise Uni.Business Estratégia 2003/ / / / / / / / / /13 Brasil: Produção de Etanol Brasil [mil m³] Anidro Hidratado Total

41 Valor Econômico Perspectivas para exportação de etanol neste ano. O recente reajuste no preço da gasolina na base das refinarias e a decisão de se retomar a mistura de 25% de etanol anidro no combustível a partir de 1º de maio, são indicações de que os ventos começam a soprar novamente de forma favorável na direção do setor sucroenergético. Em 2012, as exportações brasileiras de etanol atingiram 3,098 bilhões de litros, com expressivo aumento de 57,5% sobre os resultados de A receita gerada somou US$ 2,18 bilhões, ante US$ 1,49 bilhão no ano anterior. Apesar do balanço positivo, o volume exportado só pôde ser alcançado devido ao maior excedente do biocombustível, consequência da fraca demanda doméstica, associada à recuperação da moagem de cana na safra 2012/13. O reajuste de 6,6% no preço da gasolina e o retorno à mistura de 25% de anidro em maio aumentam a demanda interna pelo biocombustível mas não devem prejudicar o crescimento das exportações. Fonte: Valor Econômico (Guilherme Nastari) Análise Uni.Business Estratégia 41

42 Isenção de tributos 42

43 Expectativa de produção de Etanol Centro Sul Em milhões de litros / / / / /14e Datagro - CS 23,7 25,4 20,6 21,3 24,1 Unica - CS 23,6 25,4 20,5 21,3 25,3 Conab - CS 25,7 25,6 22,7 21,8 23,8 Fonte: Datagro/Unica/Conab (2013) 43

44 SAG DA CANA T1 T2 T3 T4 Insumos Agricultura Indústria Distribuição Consumo D F S M Fonte: Análise Uni.Business Estratégia 44

45 Distribuição: Desafios > Logística açúcar e álcool para exportação > Terminais portuários > Vender commodities no mercado internacional > Conviver com a Petrobrás e outras petrolíferas > Trazer etanol do Centro-Oeste para os centros consumidores > Prover financiamento Fonte: Análise Uni.Business Estratégia 45

46 Conclusões > Demanda no mercado doméstico de etanol Etanol hidratado atua como colchão para ajustes de oferta e demanda Menor impacto das interferências de políticas publicas no setor (queda participação hidratado) Importação de gasolina ou estímulo ao etanol? O preço da gasolinas será reajustado? > Demanda internacional e domestica por etanol anidro > Incremento/manutenção da exportação de açúcar longo prazo Redução do subsídio, crescimento populacional e de renda > Crescimento da demanda interna de açúcar > Viabilização da cogeração de energia? > Novos produtos, alcoolquímica, diesel, plásticos... COMO ACOMPANHAR A CRESCENTE DEMANDA? Fonte: Análise Uni.Business Estratégia 46

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48 Momentos difíceis devem ser transformados em oportunidades Otimização de recurosos na produção agrícola é condição essencial para sobrevivência na setor Crescimento contínuo dependerá de investimentos na ampliação da capacidade de processamento Prespectivas extremamente positivas no médio prazo 48

49 Sites Cana de Açúcar Sites para Consulta USDA ( Sindaçúcar ( Jornal Cana ( Unica ( CanaOeste ( SCA ( Alcopar ( Datagro ( Conab ( Usinas e Destilarias do Oeste Paulista ( Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil ( CEPEA ( CANASAT ( MAPA ( BP Global ( COMTRADE ( Fonte: Análise Uni.Business Estratégia 49

50 Contato Matheus Kfouri Marino (11) Uni.Business Estratégia Rua Girassol, 34, sala , São Paulo-SP Tel.: (11) Fonte: Website; análise Uni.Business Estratégia 50