Sistemas Excretórios (Generalidades)

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1 Sistemas Excretórios (Generalidades) 1 Generalidades todos os organismos viventes precisam de substâncias alimentares necessária para o seu crescimento, renovação da maquinaria celular e produção de energia. Esta última é de extrema importância para a execução de todas as atividades metabólicas existentes nos organismos. Como toda máquina em funcionamento produz resíduos, os seres vivos produzem escórias resultantes do catabolismo celular que são eliminadas para o meio exterior, através de mecanismos especiais. Portanto, o sistema excretor regula a quantidade hídrica (de água), o volume sangüíneo, o ph, a pressão osmótica do sangue, e principalmente, a composição química dos líquidos corporais. Foi visto em sistema de transportes, que provavelmente a vida começou num ambiente aquático, ou mais precisamente no mar. Esta suposição deve se ao fato de que a água é o verdadeiro solvente protoplasmático, onde se operam todas as reações vitais. Dessa maneira, todos os organismos primitivos, utilizavam o mecanismo de difusão, para a troca de substâncias com o meio em que se encontravam. À medida que os organismos foram invadindo outros ambientes, houve necessidades de novas adaptações, principalmente no que se refere à regulação hídrica e de materiais nela dissolvidos. Esta regulação é altamente necessária para manter o meio interno equilibrado. Por isso, os seres vivos são capazes de manter o meio interno mais ou menos equilibrado, apesar das constantes trocas que ocorrem com o ambiente e a despeito das mudanças que nestes ocorrem. 2 Excreção é o mecanismo pelo qual ocorre à remoção do meio interno, de substâncias prejudiciais ou inúteis ao organismo. Desse modo, os seres vivos eliminam os resíduos que são prejudiciais ao seu metabolismo. As células levam uma grande vantagem com relação aos mais modernos laboratórios de química industrial, pois neste a quantidade residual é bastante alta, e nas células, geralmente os produtos finais de uma reação, são utilizados como matéria prima para outros tipos de reações.

2 Mesmo assim, os organismos viventes produzem uma pequena quantidade de escórias, quando comparados com os mais processos industriais. Porém, a remoção de substâncias inúteis não traz grandes dificuldades para os seres vivos, variando apenas, o processo pelo qual este mecanismo ocorre. Este mecanismo é realizado de forma bastante elementar nos protozoários e de maneira bastante complexa nos organismos mais evoluídos. Os principais resíduos catabólicos eliminados pelas células são o bióxido de carbono e excretas nitrogenadas (uréia, creatinina, amônia e ácido úrico, etc.), além do excesso de água e sais minerais. 3 Homeostase do grego homo = semelhante; stasis = de pé é o processo pelo qual os organismos mantém estável o meio interno, ou seja, é a manutenção do ambiente fisiológico interno relativamente constante. O mecanismo homeostático é de importância fundamental para a manutenção da vida e os sistemas excretórios assumem uma importância capital, na remoção dos catabólicos tóxicos para o meio intracelular. Vale salientar que a homeostase também depende dos sistemas: digestório, circulatório e respiratório, pois existe um intercâmbio muito grande entre eles, principalmente do excretor com o circulatório. Eis alguns exemplos de mecanismos homeostáticos: excreção, equilíbrio hídrico, equilíbrio ácido básico, homeotermia (regulação da temperatura constante), equilíbrio iônico, etc. 4 Funções do Sistema Excretório as principais funções do sistema excretor são aquelas relacionadas com a regulação do ambiente bioquímico interno. São quatro os principais processos: eliminação de escórias, regulação iônica, regulação hídrica e manutenção dos sistemas tamponados (equilíbrio ácido básico). Segue abaixo algumas funções desse sistema: 4.1 Excreção nos Vegetais estes seres não possuem sistemas especializados em excreção. Até mesmo, os metáfitas os vegetais mais complexos que existem, não desenvolveram sistemas de excreção especializados. Em todas as plantas, inclusive as mais evoluídas, o bióxido de carbono e o oxigênio, são excretados por difusão, através dos estômatos existentes na superfície foliar. Quando existe bastante água no vegetal, o excesso é eliminado para o exterior, por intermédio dos estômatos e da cutícula, sob a forma gasosa, ou mesmo através dos hidatódios. Estes últimos são estruturas muito parecidas com os estômatos, ou seja, são modificações estomatares especializados em excreções líquidas. A diferença básica é que os hidatódios não apresentam um mecanismo de abertura e fechamento como os estômatos.

3 Os estômatos estão em contato com o epitema tecido esponjoso especial existente nos tecidos vasculares dos vegetais, e este, com os tecidos vasculares. Durante a noite, com o solo bem suprido de água, na ausência de transpiração e ajudado pelas raízes, o excesso de água é deslocado do vaso para o epitema, e deste para os estômatos. Estes abrem o ostíolo, facilitando a saída de água líquida, sob a forma de gotículas, no fenômeno conhecido como gutação ou sudação. O orvalho que se observa na superfície das folhas pela manhãzinha pode ser formado em grande parte por estas gotinhas de água da sudação, misturado com o vapor de água que se precipitou da atmosfera, devido o resfriamento do ambiente. Os hidatódios são encontrados com bastante freqüência nas bordas das folhas de determinadas plantas como o morangueiro, o brinco de princesa, entre outros. Os principais produtos de excreção dos vegetais são: os alcalóides, o látex, o néctar, a resina, os sais, etc. Os alcalóides entram na composição de várias substâncias (látex, por exemplo) e pode ser eliminado pela abertura estomática, visto que são muito voláteis. As essências vegetais são na realidade, vários tipos existentes de alcalóides. O látex é um líquido de aspecto leitoso que apresenta partículas suspensas tais como: alcalóides, enzimas, proteínas, politerpanos, e outros. É eliminado para o exterior, por intermédio de tubos lactíferos que podem ser simples (formado por uma única célula viva que cresceu muito) ou composto (formado por muitas células vivas fundidas que perderam suas membranas transversais). O tubo lactífero composto é também conhecido como tubo ramificado ou articulado que é na realidade, u verdadeiro sincício. O látex é encontrado em plantas pertencentes a família Euforbiáceas, tais como: a seringueira, a maniçoba, a coroa de cristo, entre outras. O látex ao se coagular, passa para o estado sólido, transformando se em borracha que é um elemento muito importante do ponto de vista industrial. O néctar é uma solução de carboidratos, possuindo um sabor adocicado e sendo utilizado pela planta com a finalidade de atrair insetos e pássaros que são elementos polinizadores (transportam os grãos de pólen de uma flor para outra, facilitando a fecundação) das angiospermas (vasos). Existem vegetais que eliminam resina que sai para o exterior através dos tubos resiníferos. A resina é uma substância bastante pegajosa formada principalmente por terebetina, colofônia, alcatrão, ácido acético, solventes orgânicos, álcool metílico, bálsamo do canadá, mugólio,

4 pumólio, e outros. Essas substâncias são encontradas dependendo da espécie de vegetal em questão. Um dos grupos vegetais mais produtores de resina são coníferas (pinheiros). Ao contrário do animal, é extremamente difícil o vegetal eliminar excreta nitrogenada. Isto não ocorre porque as plantas utilizam a amônia (NH ³ ) para a fabricação dos seus compostos (azotados). Desse modo, praticamente não existe nitrogênio sobrando nos vegetais, a não ser que estes cresçam durante muito tempo no escuro, o que provocaria o esgotamento de toda a sua reserva de carboidratos. Neste caso, o vegetal catabolisa suas proteínas a fim de obter a energia necessária para a sua manutenção e desenvolvimento. Assim a amônia vai sendo acumulada e posteriormente reutilizada para a síntese de novas moléculas de proteínas, quando voltar à luminosidade e a partir daí a fotossíntese recomeça a produção de hidratos de carbono. Tudo indica que as plantas não precisam de um certo controle severo da concentração de íons em suas células, para um bom funcionamento do organismo. Ao contrário do animal, o vegetal tolera muito bem, variações de sua concentração iônica, porém dentro de um certo limite, é claro. Assim, o excesso de sais pode ser eliminado pelas raízes, folhas ou mesmo combinado com as substâncias tóxicas, formando dessa maneira, substâncias insolúveis que fica no próprio vegetal. Sabe se que na forma insolúvel, o material tóxico não é prejudicial para as células. 4.2 Excreção nos Animais: Evolução dos Sistemas Excretores dos Animais em linhas gerais, os mais simples animais, possuem um mecanismo excretório bem mais evoluído que os mais complexos vegetais. Assim, alguns seres bastante primitivos como alguns protozoários, apresentam vacúolos contráteis que eliminam o excesso de água misturada com pequenas quantidades de amônia. Animais que possuem um organismo bastante simples e uma vascularização ainda rudimentar, a excreção é feita através de simples difusão. À medida que o organismo foi evoluindo, graças aos mecanismos adaptativos, começou a desenvolver um sistema excretor adaptador para cada ambiente. Dessa maneira, todos os animais aquáticos possuem um grande fornecimento de água, e por isso, eliminam os restos nitrogenados sob a forma de amônia, através da superfície corporal, das brânquias ou mesmo dos rins. Quando os animais invadiram o ambiente terrestre, houve necessidade de uma nova adaptação, pois neste meio, apareceu uma dificuldade para ser resolvida: a quantidade hídrica

5 neste meio era bastante limitada. Por causa deste fato, sobreviveram àqueles animais que desenvolveram mecanismos capazes de converter a amônia que é altamente tóxica, em outras formas menos tóxicas e que não prejudicasse o seu metabolismo. Na maioria dos invertebrados e em todos os vertebrados existentes, existe um mecanismo especial de excreção que possui a finalidade de manter a constância do meio interno. Nos invertebrados existe uma diversidade de sistemas excretórios e nos vertebrados, o elemento de fundamental importância é o rim. Nota este texto é, na realidade, uma breve introdução, por isso queremos esclarecer aos interessados no assunto, que para obter o texto na íntegra (total), basta solicitá-lo, que atenderemos todos os pedidos e enviaremos os mesmos pelos Correios e Telégrafos; portanto, entre em contato conosco através dos nossos telefones ou . À Direção. Maceió, Janeiro de Autor: Mário Jorge Martins. Prof. Adjunto de Saúde Coletiva da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL). Mestre em Parasitologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Médico da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA).