A SÍLABA NA LÍNGUA PORTUGUESA

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1 A SÍLABA NA LÍNGUA PORTUGUESA Waldemar FERREIRA NETTO Foi quando a última sílaba de seu nome, depois de gargarejar algum tempo na sonora laringe da professora, e rompendo afinal dos queixos britanicamente cerrados como uma bala raiada, vibrou um grito de angústia, que o Sr. Daniel, subitamente arrancado ao seu enlevo, compreendeu o susto da mestra. (José de Alencar, Sonhos d oro.) A percepção dos sons envolve a análise de alguns de seus aspectos físicos como freqüência e intensidade, e suas possibilidades combinatórias como a duração e o acúmulo de freqüências, que se caracteriza como timbre. De fato, o som, tal como riscos e gestos, é a materialidade do uso da língua sem o qual não haveria possibilidade de contato entre interlocutores. A análise dessa materialidade condiciona-se necessariamente tanto à sua produção quanto à sua percepção. Dessa maneira,

2 compreender o canal sonoro, propriamente dito, pode trazer alguma novidade para a compreensão de seu uso. Podemos observar no sonograma da Ilustração 1 que a onda sonora forma um sucessão de blocos bastante bem demarcados. Trata-se de uma onda sonora, de 5 segundos, que nos permite determinar pelo menos 20 blocos distintos iuk si pre.su po i, pe.lo c.la dis s ce is. t a ko te. si.a a t u te p a. tras Ilustração 1: Sonograma da frase E oqu(e) se pressupõe, pelo qu(e) ela diss(e), é que ist(o) acontecia até um temp(o) atrás. A correlação desse pontos pré-definidos, com a variação de freqüência e de intensidade acentua ainda mais a possibilidade de sua segmentação. Ilustração 2: Sonograma da frase E o qu(e) se pressupõe, pelo qu(e) ela diss(e), é que ist(o) acontecia até um temp(o) atrás., com as marcações de intensidade com a linha azul, e da freqüência com a linha vermelha. Como se pode notar, mesmo sem uma análise detalhada, há correlação entre os 19 blocos distintos e os picos de intensidade e as variações de freqüência descendentes. De forma mais ou menos grosseira podemos nos referir a esses conjuntos como sílaba.

3 Câmara (1977[1958]) lembra que a definição de silabema já foi proposta para esse fenômeno por Polivanov (apud de CÂMARA, 1977[1958], JAKOBSON, 1956, p. 20). Câmara (1977) acrescenta também que a noção de sílaba já era uma discussão do final no século XIX pelo foneticista Merkel, que propunha que cada um dos impulsos emitidos corresponderia a uma sílaba; pelos foneticistas Siever e Passy, os quais puseram em relevo um acento silábico, ou maior energia da emissão, durante a articulação de uma sílaba, por Brücke que, segundo Câmara (1977) preferiu partir do efeito auditivo, observando que a enunciação, sob o aspecto acústico, se decompõe espontaneamente em segmentos, de sílabas, assinalados por um ponto máximo de perceptibilidade. (p. 70) Dessa maneira, ainda segundo Câmara (1977, p. 70), por qualquer dos três conceitos, tem-se um ápice silábico, que é respectivamente o momento da maior expiração, da maior energia e de maior perceptibilidade. Apesar de não haver referência à variação de freqüência, pode-se notar que ela também poderia ser incluída no conjunto de características que dão saliência perceptual para o ápice silábico. Dessa maneira, podemos supor que a formação da sílaba dá-se pela percepção de seu ápice como ponto de partida, isto é, uma variação entre presenças e ausências de ápices silábicos alternando-se mutuamente. Essas alternâncias estabelecem um ritmo visivelmente marcado tanto pela sucessão de picos de intensidade, intercalados pelas suas ausências, como pela sucessão de picos de freqüência, por sua vez intercalados pelo seu descenso e pela sua ausência. Nota-se, portanto, que há saliências em pontos específicos que não só facilitam a percepção da onda sonora, mas induzem à segmentação em unidades rítmicas. Fraisse (1956) entendeu que fosse essa dualidade de marcas que, alternadamente, constituía o ritmo. Nesse caso, ele propôs que as estruturas rítmicas elementares se organizassem mediante a aplicação de dois princípios, os quais ele chamou de princípio

4 de distinção e princípio de assimilação. Segundo sua proposta, a aplicação desses princípios implicava o reconhecimento das unidades rítmicas alternadas, que, no caso em questão, ocorrem como presença e ausência, no caso da intensidade, e como o tom alto, o seu descenso e a sua ausência, no caso da freqüência. O ritmo aparece, portanto, como conseqüência de uma sucessão de picos de intensidade e de freqüência formadores da seqüência sonora que é o canal usado pela fala. (Não temos, por ora, o que dizer do ritmo dos canais da gestualidade e da graficalidade ). Entendendo que os componentes físicos da saliência acústica são independentes entre si mas sujeitam-se às mesmas restrições do canal sonoro, à semelhança das componentes de uma série temporal, é possível verificar a existência de uma correlação forte entre as linhas definidas por suas médias móveis, de 10 pontos cada uma (N=574, P<0,05, r 2 =0,84, pelo teste de Spearman) iuk si pre. su po i, pelo c la dis s ceis t a ko te. si.a a t u te p a. tras média móvel de intensidade média móvel de freqüência Ilustração 3: Gráficos de média móvel de intensidade, linha preta, e de freqüência, linha azul, da frase E o qu(e) se pressupõe, pelo qu(e) ela diss(e), é que ist(o) acontecia até um temp(o) atrás. A sucessão de picos de intensidade e de picos de freqüência em intervalos (quasiperiodicos; com distância média de 24 pontos entre cada máximo, variando entre 17 e 34 pontos) regulares apresenta uma correlação moderada quanto a suas variações (N=25, P<0,05, R 2 =0,52, pelo teste de Spearman)

5 picos de intensidade picos de freqüência Linear (picos de freqüência) Linear (picos de intensidade) Ilustração 4: Gráficos de seqüências de picos de intensidade, linha vermelha, e de picos de freqüência, linha preta, da frase E o qu(e) se pressupõe, pelo qu(e) ela diss(e), é que ist(o) acontecia até um temp(o) atrás. As linhas pontilhadas vermelha e preta indicam respectivamente as tendências lineares da intensidade e da freqüência analisadas. Fraisse (1956) afirmou que as estruturas rítmicas se constituem do jogo de dois tipos de valores de intervalos temporais, notadamente distintos um do outro, sendo que, no interior de cada tipo, os tempos sejam sensivelmente iguais entre eles. Os grupos que constituem o ritmo não podem, por sua vez, ultrapassar a freqüência de 40 ciclos por segundo. Considerando-se que estamos diante de uma seqüência de 19 ápices silábicos em 4722ms, a freqüência rítmica estabelecida 4 ciclos por segundo, com uma duração média de 248ms para cada intervalo está de acordo com a restrição proposta por Fraisse (1956). Resta, pois, verificar a regularidade da duração entre eles. Na medida em que foram analisados 493 pontos, com duração de 4722ms, do primeiro ápice silábico ao último, é possível deduzir que a duração entre cada ponto analisado foi de 9,58ms.

6 % 8 No of obs % 20% 2 5% 5% 5% 0% 0% 0% Var1: N = 20, Mean = 236,147, StdDv = 67, , Var1 Max = 431,1, Min = 105,38 Ilustração 5: Gráfico que mostra a tendência para a regularização em torno de uma duração de 236ms entre cada pico silábico de intensidade, de maneira a permitir a percepção de ritmo. Na medida em que a percepção do ápice silábico e a do ritmo lingüístico ocorrem de forma conjunta e mutuamente dependente, não se torna, pois, necessária a discriminação de variações internas dessas unidades rítmicas tomadas como sílabas (silabemas). O ritmo e a sílaba definem-se mutuamente na língua portuguesa. A questão mais complexa para a definição da sílaba na língua portuguesa decorre da necessidade de estabelecermos seus limites separadores. Em que pese o fato de estarmos a tomar o pico silábico como a marca principal da sílaba como unidade rítmica na língua portuguesa, temos que definir o escopo específico que cada ápice silábico abrange. Jakobson (1968) propôs que nos primeiros momentos da aquisição da linguagem houvesse um consonantismo e um vocalismo mínimos. Seu argumento baseava-se na hipótese de que a aquisição da distinção entre consoantes e vogais dava-se pela emissão

7 de uma articulação muito aberta, um [a], ao mesmo tempo, precedida por uma articulação muito fechada, um [p]. Considerando-se que a noção de sílaba fonética que vimos discutindo trata da percepção de um ápice silábico com maior saliência fonética pela intensidade, pela freqüência e pela formação de um bloco e margem com menor saliência, que se caracteriza pela queda de intensidade, de freqüência e, conseqüentemente, pela ausência de blocos sonoros, podemos notar um conjunto CV definidor da sílaba mais universal, menos marcada de todas, como seria discutido por Clements & Keyser (1983) em que C é caracterizado por uma consoante prototípica oclusiva labial e V é caracterizado por uma vogal prototípica com abertura máxima. As proposições de Jakobson (1968) e a de Clements & Keyser (1983) são bastante consonantes nesse sentido. A variação entre valores máximos e mínimos, que pode ser entendida também como variação entre Vs e Cs, alternadamente, estabelece uma seqüência que pode ser marcada como CVCVCVC... e assim sucessivamente. Na Ilustração 6, pode-se notar que há correlação acústica entre os graus de abertura máximo e mínimo e a intensidade máxima e mínima do sonograma. V C Ilustração 6: Segmento da Ilustração 3, em que vão marcados os máximos de intensidade, rotulados como V, e os mínimos, rotulados como C. A se tomar a proposta de Clements & Keyser (1986) de que a seqüência CV é a menos marcada e, portanto, a mais espontânea ou natural, entende-se que todas as

8 demais decorram de operações mais complexas que tenham de receber uma atenção particular. Nesse caso, assumimos que a segmentação das sílabas em unidades menores é uma operação cognitiva/perceptual complementar que exige a participação de dois focos de atenção distintos. Boemio et alii (2005) apresentam evidências interessantes para a variação na velocidade de processamento nos córtices auditivos direito e esquerdo. Segundo eles, embora ambos os hemisférios processem informações em duas velocidades específicas, no sulco temporal superior esquerdo enfatiza-se a velocidade de 25-50ms e no sulco temporal superior direito, a velocidade de ms. Dessa maneira ambos os hemisférios atuam em todas as tarefas de percepção lingüística, mas cada um deles terá sua melhor especialização em tarefas específicas, no caso relativas à duração e à precisão da análise. Os valores apresentados 25-50ms e ms parecem estabelecer a possibilidade de se interpretar a existência de resoluções diferenciadas e simultâneas em cada um dos hemisférios. Como se pode notar na tabela abaixo, a duração média das sílabas da frase que estamos analisando é de 200ms, com oscilação entre 80ms e 520ms. Número de sílabas Média Mínimo Máximo Desvio Padrão 25 0,20 0,08 0,52 0,10 Esse valor médio de duração silábica, aponta para o fato de que se trata de uma das unidades mínimas de percepção dentre as duas estabelecidas por Boemio et alii (2005). A composição interna da sílaba, isto é, o(s) conjunto(s) de segmentos que a formam, decorre da percepção de unidades menores, provavelmente daquelas cujos valores devem estar entre 25-50ms, conforme foi proposto por Boemio et alii (2005).

9 A proposição de Saussure (1974) referente à definição de graus de abertura, parece estabelecer uma formalização da manifestação fonológica de tais ápices silábicos. Nesse caso, podemos imaginar que a quantidade de unidades obtidas será a mesma, ou, pelo menos, aproximada i u k s i p r e s u p o i p e l u k l a d i s i k e i s t u a k o u t e s i a a t u t e p u a t r a s Ilustração 7: Gráfico da frase E o qu(e) se pressupõe, pelo qu(e) ela diss(e), é que ist(o) acontecia até um temp(o) atrás, em que vão marcados os graus de sonoridade/abertura, linhas azuis, e os graus máximos de sonoridade/abertura, círculos vermelhos. Observando o gráfico acima, podemos verificar a ocorrência de 22 picos de graus abertura. Em que pese o fato de não se obter quantidades correspondentes, é possível notar que houve alguma concordância entre ambas as possibilidade de definição de picos silábicos. Facilmente se poderá notar que as variações entre graus de abertura e sílabas tônica poderão alterar alguns pontos selecionados no gráfico, isto seqüências como [a.kõ.te.si.a.a.tε] poderão ter alguns valores transformados pela presença de acento em no segmento [i], com grau 4 de abertura, tornando-o também um pico silábico. Essa proposta foi severamente questionada por alguns autores, desde o próprio Saussure (Câmara 1977[1958], Lass 1984, dentre outros), mas recentemente foi retomada com algumas transformações, especialmente no que diz respeito à mudança de graus de abertura para graus de sonoridade (CLEMENTS, 1990 e CLEMENTS & HUME, 1996). No caso, segmentos obstruintes envolvem oclusivas e fricativas, o que

10 elimina um dos graus de abertura de Saussure. Bisol (1999) propõe que as vogais formem um conjunto de graus de sonoridade, como vai na Tabela 1. soante aproximante vocoide aberto 2 aberto 1 grau de sonoridade obstruinte nasal líquida i u e/ o/ a Tabela 1: Graus de sonoridade propostos por Clements (1990) e por Clements & Hume (1996), com o acréscimo das vogais do português proposto por Bisol (1999). A variação entre máximos e mínimos de sonoridade, quer isto seja avaliado pela análise da onda sonora, quer pela categorização de segmentos, parece estabelecer alguns pontos extremos que nos permitem estabelecer categorias diferenciadas. Analisando um segmento da frase acima, teremos: V C Ilustração 8: Gráfico com as marcações de graus de sonoridade ou de abertura de cada segmento da seqüência [presupõi]. A seta vertical aponta para os máximos de sonoridade/abertura, rotulados como V, e para os mínimos, rotulados como C.

11 Podemos notar que enquanto o aumento de sonoridade ou de abertura estabelece a categoria de centro silábico (ver Ilustração 8) que vai rotulada como V a sua diminuição estabelece a categoria de margem que vai rotulada como C. Ainda que o correlato acústico não seja tão preciso quanto a sua avaliação por graus de sonoridade ou de abertura, é facilmente perceptível que critérios muito semelhantes podem ser empregado nessa interpretação. Essas seqüências CV foram consideradas por Clements & Keyser (1983), dentro de um modelo gerativista, como universais lingüísticos que serviriam de base para o estabelecimento de unidades mais complexas. De maneira geral, sua proposta era a de que a seqüência CV estivesse obrigatoriamente presente em todas as línguas como a forma menos marcada de estabelecimento silábico. Assim, propõem que além dessa seqüência, fossem consideradas duas operações complementar que estabelecessem todas as possibilidades de sílabas: (a) apague C inicial ou (b) insira C final: o que permitiria a formação de seqüências mais complexas do que CV: CV, V, CVC e VC. Haveria línguas em que apenas a possibilidade (a) estivesse presente com sílabas CV e V, línguas em que apenas a possibilidade (b) estivesse presente com sílabas CV e CVC, línguas em que ambas as possibilidades estivessem presentes com sílabas CV, V, CVC e VC e, finalmente, línguas em que nenhuma das possibilidades estiver presente restritas a sílabas CV. A língua portuguesa, bem como das demais línguas de origem indoeuropéia, tem presentes (a) e (b). Qualquer padrão silábico que se estabeleça, entretanto, decorre necessariamente da formação das categorias máxima e mínima V e C, respectivamente. Assim, de C marginal até V nuclear e daí ao próximo C, há que se tomar uma seqüência de aumento de sonoridade/abertura (ou de seu correlato de intensidade). Dessa maneira, os pontos

12 com sonoridade/abertura (ou intensidade) intermediários entre C e V estabelecem formações complexas de ataque ou coda silábicas, caso ocorram, respectivamente, antes ou depois de V. Grau intermediário de ataque silábico Grau intermediário de coda silábica Ilustração 9: Segmento [presupõi] da frase E o qu(e) se pressupõe, pelo qu(e) ela diss(e), é que ist(o) acontecia até um temp(o) atrás, em que vão marcados, com as setas, os graus intermediários entre C e V, no ataque silábico, e entre V e C, na coda silábica. Tomando-se, pois, os máximos de saliência acústica pela intensidade como correlato físico dos graus de sonoridade/abertura, podemos estabelecer que os extremos deverão ocorrer, para o máximo, com o grau de sonoridade/abertura 6 as vogais baixas, na escala saussureana e, para o mínimo, com o grau de sonoridade/abertura 0 as consoantes obstruintes oclusivas, na escala saussureana, ou as obstruintes em geral, na escala de Clements (1990) e Clements & Hume (1996). A hipótese básica, portanto, será a de que a percepção segmental, portanto, decorreria da percepção dos extremos V e C, isto é, vogal baixa x vogal alta ([a] x [i u]) e consoante obstruinte x consoante não-obstruinte ([p t k] x [m n ŋ]); e assim sucessivamente. Não há como definir isso aprioristicamente. Seria necessário verificar caso a caso.

13 A seqüência de graus de abertura/sonoridade, se se está assumindo tratar-se de uma correlação entre fato fonético e fato fonológico, deverá, pois, seguir o crescimento para o ápice silábico e a partir daí o seu descenso, tal como ficou demonstrado para a ocorrência dos silabemas, ou a sílaba fonética. (cf. CÂMARA 1977, p. 70/1) Tal ápice pode ser 1) precedido de um ou mais fonemas em que a expiração, a força acentual e a perceptibilidade, sensivelmente menores tendem a aumentar; e 2) seguido de um ou mais fonemas, em que vai diminuindo a perceptibilidade, a força acentual e a expiração. Em qualquer caso, a sílaba, na sua realização mais completa, é uma ascensão até um ápice, acompanhada de um declínio, quer se caracterizem uma e outro em termos de impulso de ar, de energia de emissão ou de sonoridade. É o que podemos ilustrar, num gráfico convencional, da seguinte maneira, tomando para exemplo os monossílabos portugueses há /a/, par, pá, ar: Na medida em que os segmentos da língua portuguesa podem ser considerados praticamente descritos, havendo uma ou outra discordância, como é o caso das semivogais [j] e [w] em relação às vogais altas [i] e [u] ou dos segmentos velares labializados [k ] em relação às seqüências [kw] e [gw], no caso de se aceitarem as

14 semivogais, podemos interpretar a distribuição do conjunto dos segmentos nas diferentes categorias internas da sílaba. Conforme já dissemos anteriormente, a língua portuguesa, tal como as demais línguas indoeuropéias, tem grande variedade construções silábicas, permitindo quer a supressão do seu ataque, quer acrescentando coda e ainda,tornando cada uma dessas categorias com mais de um elemento. Se aceitarmos o padrão silábico em que a sílaba se desdobra em ataque (A) e rima (R) e a rima em núcleo (N) e coda (Co), podemos notar as possibilidade distribucionais dos segmentos nessas posições ou categorias silábicas internas. Na medida em que a seqüência CV é a menos marcada, é de se esperar que seja a única que não sofra nenhum tipo de restrição para a distribuição dos segmentos em suas categorias internas. Para tanto, há que se estabelecer quais são exatamente os segmentos que podem ser dispostos na categoria C e quais na categoria V. A restrição básica para a distribuição interna dos segmentos na sílaba decorre precisamente do estabelecimento de duas categorias segmentais maiores no português: a de consoantes e a de vogais. Embora as categorias silábicas C e V possam assemelharse a de consoantes e de vogais, não há que se confundi-las: C é uma subcategoria silábica e consoante é uma categoria segmental; o mesmo se pode dizer em relação a V e vogal. Pode-se dizer que, na língua portuguesa, os ápices silábicos V serão necessariamente vocálicos, com grau de sonoridade maior do que 3 (ou 4 pela proposta de Saussure). Supõe-se que não haverá casos em que os picos silábicos terão grau de sonoridade menor do que 3 (ou 4, pela proposta de Saussure). É facilmente perceptível que o estabelecimento dos ápices silábicos formam uma distinção entre esses dois conjuntos categóricos na língua portuguesa: segmentos com sonoridade igual ou maior do que 3 e segmentos com sonoridade menor do que 3. Trata-

15 se, pois de uma definição básica da distribuição dos segmentos nessa duas posições. Para compreender-se melhor esse fenômeno, pode-se imaginar que a representação gráfica apresentada na Ilustração 7 possa conter uma linha divisória rígida entre graus de sonoridade que ocorrem em ápice silábico e os que não ocorrem nessa posição: i u k s i p r e s u p o i p e l u k l a d i s i k e i s t u a k o u t e s i a a t u t e p u a t r a s Ilustração 10: Gráfico da frase E oqu(e) se pressupõe, pelo qu(e) ela diss(e), é que ist(o) acontecia até um temp(o) atrás. com as marcações de graus de sonoridade, tal como vão apresentados em Bisol (1999). A linha pontilhada vermelha estabelece os limites de sonoridade para os segmentos que podem ocorrer como ápices silábicos. A separação dos elementos que podem ocorrem acima da linha divisória dos graus de sonoridade permite o estabelecimento de subcategorias para V e para C, segundo vários critérios. Como se pode notar, todos os picos podem ser isolados de seus contrários, isto é, não ocorrem picos abaixo da linha pontilhada. Segmentos com qualquer grau de sonoridade maior ou igual a 3 podem ocorrer como pico silábico. Obviamente depreende-se daí que os picos silábicos com mais sonoridade são os que se formam com segmento [a] e os com menor sonoridade são os que se formam com segmentos [i u]. Considerando-se que são os extremos em V, podemos tomá-los como formas prototípicas, a partir da qual outras se podem estabelecer subseqüentemente. Tomando-se outro exemplos (cf. Ilustração 11),para essa análise, podemos notar a presença de pontos intermediários entre os ápices silábicos e as suas inversões. Segmentos que ocorrem em posição interapical e que representem ápices invertidos, podem ser também de diversos graus de sonoridades. Abaixo da linha, portanto em C, ocorrem subcategorias em posição ascendente para o ápice, com grau de sonoridade 2,

16 segmentos líquidos, os descensos interapicais ocorrem com grau de sonoridade 0 e com grau de sonoridade 2. Tomando-se a frase abaixo, na podemos notar a presença de pontos intermediários entre os ápices silábicos e as suas inversões. Se de(i)xou d(e) acontecer o meu d(i)aguinóst(i)c(o) é qu(e) ele deixou de (e)star empregado ao menos na empresa que lhe fazi(a) esse desconto s e d e x o u d a c o i e n t e c e r o m e u d i a g u i n ó s t c é q e l e d e i x o u d e s t a r e p r e g a d o a o m e n o s n a e p r e s a q e l e f a z i e i o u e m m u h a e s e d e s c o s n t o Ilustração 11: Gráfico marcando as seqüências de graus de sonoridades. A linha pontilhada vermelha mostra a divisão entre ápices silábicos e suas inversões. Tomando-se ambos os gráficos, os pontos intermediários que precedem o ápice silábico ocorrem com as seqüências [pre], [siε], [tua], [sia], [pua], [tra], na primeira frase, e [pre], [sna], [pre], [zia], na segunda. Em se estendendo a amostra analisada, conforme já dissemos alhures (Ferreira Netto 2001), algumas regularidades poderão ser observadas, quanto às seqüências CC encontros consonantais (EC), precedendo V, isto é, seqüências de elementos com graus de sonoridade menor do que 3: há ECs de no máximo quatro unidades segmentais; ECs de quatro unidades segmentais sempre têm [s] na segunda posição, a contar da esquerda e [ ] na quarta, a contar da esquerda;

17 (...); em ECs em que ocorre o segmento [ ], só consoantes [-contínua] ou f ou v ocorrem imediatamente à sua esquerda; em ECs com apenas dois segmentos, em que ocorre o segmento [l] à direita, só consoantes [-contínua] ou [f] ou [v] ocorrem à sua esquerda, mas as seqüências *[dl] e *[vl] não ocorrem; (...); os segmentos [ ] e [ ] não ocorrem em ECs; em ECs, o segmento [s] não ocorre precedendo consoantes [+sonora]; (...); o segmento [z] só ocorre à esquerda em EC e sempre está precedendo consoantes [+sonora]; (FERREIRA NETTO, 2001, p. 143/4) Além dessas regularidades, podemos acrescentar o fato de que qualquer consoante pode ocorrer isoladamente entre dois ápices silábicos, o que, segundo Clements & Keyser (1983) forma a sílaba menos marcada CV. A formação de padrões silábicos mais complexos do que CV, por sua vez, a se tomar a proposição de Clements & Keyser (1983), decorrem de alguns princípios básico: a possibilidade de se inserir mais de um segmento entre picos silábicos e descensos máximos intermediários e a possibilidade de se inserir mais de um segmento entre descensos máximos intermediários e picos

18 silábicos isso aponta para diferenças na segmentação entre seqüências do tipo VCCV, VCCCV, que podem ocorrer como: a) no caso de VCCV: V.CCV ou VC.CV; b) no caso de VCCCV: V.CCV, VC.CCV ou VCC.CV e c) no caso de VCCCV: V.CCCV, VC.CCCV, VCC.CCV ou VCCC.CV. A segmentação silábica nesses casos dependerá de critérios previamente estabelecidos que deverão caracterizar a língua em questão. A definição de margem silábica, no caso da língua portuguesa, seguirá a seqüência de graus de sonoridade ascendente e descendente, incluindo os graus mais baixos intersilábicos na margem esquerda. Segmentos de mesmo grau de sonoridade serão heterossilábicos.(bisol 1999) O segmento [s], quando ocorrer em EC, será como margem descendente. Finalmente, deve-se definir que segmentos vocálicos portadores de acento lexical deverão ser considerados como ápices silábicos. Assim, palavras como desligar, legislar, soslaio, não aceitam a separação de sílabas por V.CCV idem para desrolhar, desrabar (sempre com prefixo {des-}), em todos os demais casos, a definição seguirá a seqüência de graus de sonoridade Observando a primeira frase apresentada, temos: i.uk.si.p e.su. po i.pe.lu. k.la. di.si.ke. is.tua.ko.te. si.a.a. t u.te.pua. t as A segmentação acima, baseada nos critérios previamente definidos, resultou em 24 unidades, quatro a mais do que havíamos verificado para na avaliação fonética que

19 fizemos. Em relação á Ilustração 7, que estabeleceu 22 ápices silábicos, a diferença deve-se às vogais com acento lexical, nas seqüências [keis] e [sia], em que o segmento [i] havia sido considerado como margem descendente e ascendente, respectivamente. A diferença principal que se manifestou de correu da dificuldade de se isolar foneticamente segmentos líquidos dos segmentos vocálicos, tal como se deu na seqüência [peluk la] que, embora manifeste quatro ápices de sonoridade fonológica, não nos permitiu reconhecer foneticamente a variação de [elu] e de [ la]. Considerandose que os segmentos líquidos ocorrem na faixa intermediárias entre V e C, podendo ocorrer como ápices silábicos em várias línguas (no inglês, por exemplo), entende-se que os critérios para sua segmentação devem extrapolar as variações de saliência acústica que estabelecemos. Na medida em que a discriminação fonética segmental vai além dos limites deste trabalho, temos de nos conformar com o reconhecimento de que tais unidades possam ser estabelecidas a cavaleiro das categorias C e V, podendo ocorrer em quaisquer dessas categorias.

20 Referências bibliográficas BISOL, Leda (1999). A sílaba e seus constituintes. In: NEVES, Maria Helena M. (Org.). Gramática do português falado. Volume VII: novos estudos. São Paulo: Humanitas; Campinas: Editora da Unicamp, pp BOEMIO, A.; FROMM, S.; BRAUN, A. & POEPPEL, D. Hierarchical and asymmetric temporal sensitivity in human auditory cortices. Nature Neuroscience, n. 8(3), p , 2005.; CÂMARA Jr. Joaquim M.M. Princípios de lingüística geral. Rio de Janeiro: Padrão, 1977 CLEMENTS, George N. The role of sonority cycle in core syllabification. In: KINGSTON, J. & BECKMAN, M. (eds.). Papers in laboratory phonology I: between the grammar and physics of speech. New York: CUP, p CLEMENTS, George N. & HUME, Elizabeth. The internal organization os speech sounds. In: Goldsmith, John (org.). The handbook of phonological theory. Cambridge: Blackwell, p CLEMENTS, George N. & Keyser, SAMUEL J. CV Phonology. A generative theory of the syllable. Cambridge: The MIT Press, FERREIRA NETTO, Waldemar. Introdução à fonologia da língua portuguesa. São Paulo: Hedra, FRAISSE, Paul. Les structures rythmiques. Étude psychologique. Louvain: Publications Universitaire de Louvain, JAKOBSON, Roman (1956) apud Câmara Jr (1977[1958])

21 JAKOBSON, Roman. Child language aphasia and phonological universals. Paris Mouton, SAUSSURE, Ferdinand de. Cours de linguistique générale. ed. crit. prep. par Tullio de Mauro. Paris. Payot, 1977.

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