CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE"

Transcrição

1 Aula 0: Fala pessoal, tudo certo? Hoje daremos início a nosso curso específico para Analista Tributário da Receita Federal do Brasil. O edital ainda não saiu, mas é importante iniciarmos os estudos desde já. Antes, porém, de efetivamente começarmos, gostaria de dizer que é um prazer enorme estarmos aqui ao seu lado nesta preparação. Para quem ainda não me conhece: eu sou o Prof. Vítor Cruz, desde 2009 estou trabalhando aqui no Ponto, ensinando (e é claro, também aprendendo muito) a disciplina mais legal dos concursos públicos: o Direito Constitucional. Atualmente trabalho como Analista Judiciário no TRE-GO. Sou ex- Oficial da Marinha do Brasil, graduado em Ciências Navais pela Escola Naval e Pós-graduado em Direito Constitucional. Entre meus trabalhos editoriais, eu sou autor do livro "Constituição Federal Anotada para Concursos" publicado pela Editora Ferreira e dos livros "Vou t er que estudar Direito Constitucional! E Agora?" e "Questões Comentadas de Direito Constitucional FGV", ambos pela Editora Método. Sou também coordenador, juntamente com o Prof. Leandro Cadenas, da coleção 1001 questões comentadas da Editora Método, onde também participo sendo autor das seguintes obras: Questões Comentadas de Direito Constitucional - ESAF; Questões Comentadas de Direito Constitucional - CESPE; Questões Comentadas de Direito Constitucional - FCC; Questões Comentadas de Direito Tributário - ESAF (este em parceria com Francisco Valente). Contamos agora com a preciosa ajuda do professor Rodrigo Duarte, que é nosso colega de TRE-GO, bacharel em Direito pela Universidade Federal da Bahia e pós-graduado em Direito Constitucional. Este será um curso de Teoria e Exercícios, t odos comentados, com foco na banca ESAF para Analista Tributário da Receita Federal do Brasil. Eventualmente, poderemos usar alguma questão de outra banca examinadora para fins de preencher alguma lacuna no estudo. Nossa filosofia é de sempre preparar nossos alunos alcançar a nota 10, para isso, será imperioso sua dedicação e seu compromisso. Por mais difícil que à primeira vista possa parecer, não podemos nos contentar em estudar para a nota 7, nota 8...lembre-se, a concorrência é grande! Mas não é por isso que seu estudo será um martírio, pelo contrário, vamos nos empenhar ao máximo para que 1

2 nosso curso lhe conduza aos 100% de acertos da forma mais agradável possível. A nossa programação de aulas é a seguinte: Aula 0- Princípios fundamentais da Constituição de Aula 1 Teoria Geral dos Direitos Fundamentais e Direitos e deveres individuais e coletivos (parte 1). Aula 2- Direitos e deveres individuais e coletivos (parte 2). Aula 3- Direitos sociais. Nacionalidade brasileira. Aula 4- A organização nacional. União. Estados. Distrito Federal. Municípios. Competências. Aula 5- Administração Pública: princípios constitucionais. Preparados para iniciar o último passo para a aprovação? Então vamos lá! PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS: Primeiro, vamos entender um pouco melhor o que seriam esses "Princípios Fundamentais": Conceito: São os princípios básicos da estruturação e organização do Estado e do seu Poder Político. Na Constituição: Vão do art. 1º ao 4º. Sinônimos: Princípios político-constitucionais (pois organizam o Estado, os que decorrem deles são os jurídico-constitucionais), -tudo que for relacionado ao termo "político" estará dando idéia de "organização"- são também chamados de normas-síntese, normasmatriz (pois sintetizam e servem de origem para diversos desdobramentos ao longo da Constituição). Princípios Fundamentais X Princípios Gerais do Direito: Não se pode confundir os princípios fundamentais com os princípios gerais do direito constitucional. Enquanto aqueles estão positivados na Constituição, estes formam um estudo teórico, são aplicáveis a vários ordenamentos. 1. (ESAF/Advogado-IRB/ Adaptada) Segundo a doutrina, os princípios político-constitucionais são materializados sob a forma de normas-princípio, as quais, freqüentemente, são desdobramentos dos denominados princípios fundamentais. Os princípios político-constitucionais são os próprios princípios fundamentais. 2

3 2. (ESAF/Analista-SUSEP/ Adaptada) Muito se tem falado acerca dos princípios constitucionais. Sobre tais princípios, é correto afirmar que: a) É correto dizer que há distinção entre os princípios constitucionais fundamentais e os princípios gerais do direito constitucional. b) as normas-sínteses ou normas-matrizes não têm eficácia plena e aplicabilidade imediata. c) os princípios jurídico-constitucionais não são princípios constitucionais gerais, todavia não se constituem em meros desdobramentos dos princípios fundamentais. d) quando a Constituição prevê que a ordem econômica e social tem por fim realizar a justiça social, não estamos diante de uma normafim, por não abranger todos os direitos econômicos e sociais, nem a toda a ordenação constitucional. Letra A - Correto. Letra B - Errado. Os princípios fundamentais, em regra, definem a forma de Estado, a forma de Governo, estabelecem os fundamentos do Estado, e, assim, possuem eficácia plena. Existem exceções como as normas programáticas do art. 3º. No entanto está errado dizer os princípios fundamentais "não têm eficácia plena e aplicabilidade imediata", generalizando. Letra C - Errado. Como vimos, os jurídico-constitucionais são desdobramentos dos político-constitucionais. Isso também não é uma afirmação 100%. Canotilho diz que "muitas vezes" são desdobramentos. De qualquer forma, está incorreta a questão. Mas nessa o examinador quase escorregou. Letra D - Errado. Normas-fim são as normas que direcionam o poder público a alcançar um objetivo, uma norma programática. Segundo Canotilho, a determinação constitucional segundo a qual as ordens econômicas e social tem por fim realizar a justiça social constitui uma norma-fim, que permeia todos os direitos econômicos e sociais e os demais princípios informadores da ordem econômica são da mesma natureza. Gabarito: Letra A. Cobrança do tema: A cobrança dos princípios fundamentais pode se dar de duas formas: literalidade ou cobrança de doutrina/jurisprudência. 3

4 Cobrança de literalidade: Todas as bancas cobram a literalidade dos art. 1ª ao 4º da Constituição e não raramente tentam confundir o candidato com os nomes que ali aparecem. Assim, existem 4 coisa que devem estar completamente decoradas: (POR FAVOR!!! Esqueça seu telefone, seu endereço, mas não esqueça da literalidade destes artigos) FUNDAMENTOS (art. 1º): (So-Ci-Di-Val-Plu) OBJETIVOS FUNDAMENTAIS (art. 3º): PRINCÍPIOS QUE REGEM AS RELAÇÕES INTER- NACIONAIS (art. 4º): (in-pre-auto-não-igualdefe-so-re-co-co) soberania; cidadania; dignidade da pessoa humana; valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; pluralismo político. Construir uma sociedade livre, justa e SOLIDÁRIA; Garantir o desenvolvimento nacional; ERRADICAR a pobreza e a marginalização e REDUZIR as desigualdades sociais e regionais; e Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. independência nacional; prevalência dos direitos humanos; autodeterminação dos povos; não intervenção; igualdade entre os Estados; defesa da paz; solução pacífica dos conflitos; repúdio ao terrorismo e ao racismo; cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; concessão de asilo político. 4

5 OBJETIVO DO BRASIL NO PLANO INTERNACIONAL(art. 4º, único): Buscar a integração política, econômica, social e cultural entre os povos da AMERICA LATINA, visando formar uma comunidade LATINO-AMERICANA de nações. Não esqueçam também a literalidade do caput do art. 1º e seu parágrafo único e do art. 2º: Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito (...). Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Mais tarde, veremos os desdobramentos dessas coisas, ok? Agora, trate de ficar repetindo isso tudo para você mesmo, até decorar cada palavrinha. Para te ajudar nessa tarefa árdua, vamos ver questões que deixarão essa decoreba mais agradável: 3. (ESAF/Analista - MI/ 2012) Sobre os princípios fundamentais da República Federativa do Brasil de 1988, é incorreto afirmar que a) a República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal. b) a República Federativa do Brasil tem como um dos seus fundamentos o monismo político. c) a República Federativa do Brasil constitui-se em Estado Democrático de Direito. d) se constituiu como um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais. e) a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais, dentre outros, pelo princípio da independência nacional. 5

6 Letra A - Correto, é o disposto no art. 1º da Constituição Federal. Letra B - Errado, o pluralismo político é um fundamento da República Federativa do Brasil, e não o monismo. Letra C - Correto, também consta no caput do art. 1º da Constituição. Letra D - Correto, é o disposto no art. 3º, III. Letra E - Correto, é o disposto no art. 4º, I. Gabarito: Letra B 4. (ESAF/PFN/2012) Sobre os princípios fundamentais da Constituição de 1988, é correto afirmar que a) a República Federativa do Brasil é formada pela união dissolúvel dos Estados, Municípios e Distrito Federal. b) são entes da Federação, dentre outros, as Regiões Metropolitanas. c) a União é pessoa jurídica de direito público externo. d) constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, dentre outros, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. e) a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais, dentre outros, pelo princípio de repúdio ao terrorismo e ao racismo. Letra A - A união dos entes da República é INDISSOLÚVEL, e não solúvel como diz a questão, veja o art. 1º da Constituição. Errado. Letra B As regiões metropolitanas não fazem parte da República Federativa do Brasil. Errado. Letra C A República Federativa da União é que de pessoa jurídica de direito internacional, a União é de direito público interno. Errado. Letra D - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa são fundamentos da República e não objetivos. Letra E Correto, é o constante do art. 4º, VIII. Gabarito: Letra E. 5. (ESAF/ Analista Tributário- RFB/ 2012) A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelo princípio da concessão de asilo político. 6

7 Correto, reproduz o disposto no art. 4º, X. Gabarito: Correto. 6. (FCC/ Técnico Judiciário- TRE-PR/2012) A Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos, assinada por Estados do continente africano em 1981, enuncia, em seu artigo 20, que todo povo tem um direito imprescritível e inalienável, pelo qual determina livremente seu estatuto político e garante seu desenvolvimento econômico e social pelo caminho que livremente escolher. Na Constituição da República Federativa do Brasil, o teor de referido enunciado encontra equivalência no princípio de regência das relações internacionais de: a) repúdio ao terrorismo e ao racismo. b) construção de uma sociedade livre, justa e solidária. c) erradicação da pobreza e da marginalização. d) autodeterminação dos povos. e) concessão de asilo político. As opções das letras A e E são princípios que regem o Brasil nas relações internacionais, mas não é o que guarda relação com o enunciado, ou seja, não é isto que a questão está pedindo, atenção! A letra B transcreve um dos objetivos da República Federativa do Brasil, conforme Art. 3º, I, logo também não é o gabarito. Enquanto a letra C se refere ao objetivo constante no art. 3º, III. Logo, o item correto é a letra D, pois o enunciado se refere á autodeterminação dos povos, conforme descrito no Art. 4º, III da Constituição, que é justamente a independência que um Estado Soberano possui em face dos outros Estados Soberanos. Gabarito: Letra D. 7. (FCC/ Técnico Judiciário-TRF-2ª REGIÃO/2012) Quanto às relações internacionais, o Brasil rege-se, segundo expressamente disposto no artigo 4º da Constituição Federal brasileira pelo princípio: a) do juiz natural. b) do efeito mediato. c) da sucumbência d) da igualdade entre os Estados e) da concentração 7

8 Das opções acima a única que está inserida no artigo 4º é a letra D. Gabarito: letra D. 8. (CESPE/ Analista- Câmara dos Deputados/2012) Os princípios que regem o Brasil nas suas relações internacionais incluem a cooperação entre os povos para o progresso da humanidade e a concessão de asilo político. O item traz a redação dos incisos IX e X do Art. 4º da Constituição, veja: Art. 4º- A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: (...) IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - concessão de asilo político. Gabarito: Correto. 9. (ESAF/TFC-CGU/2008) Assinale a opção que indica um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil. a) Valorizar a cidadania. b) Valorizar a dignidade da pessoa humana. c) Observar os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. d) Constituir uma sociedade livre, justa e solidária. e) Garantir a soberania. A resposta dessa está literalidade do art. 3º da Constituição. Gabarito: Letra D. 10. (ESAF/AFC-CGU/2008) A República Federativa do Brasil possui fundamentos e as relações internacionais do País devem ser regidas por princípios. Assinale a única opção que contempla um fundamento da República e um princípio que deve reger as relações internacionais do Brasil. a) Soberania e dignidade da pessoa humana. b) Prevalência dos direitos humanos e independência nacional. c) Cidadania e valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. d) Pluralismo político e repúdio ao terrorismo e ao racismo. e) Defesa da paz e solução pacífica dos conflitos. 8

9 Fundamentos são apenas os do art. 1º, o famoso So-ci-di-val-plu. Assim, elimina-se a letra B e E. Princípios que regem a República nas relações internacionais são os do art. 4º. Elimina-se, então, a letra A, pois dignidade da pessoa humana é um fundamento ("di" do so-ci-di-val-plu) e a letra C, também (valores sociais do trabalho e da livre iniciativa é o "val" do so-ci-di-val-plu). Sobrou a letra D, gabarito da questão. 11. (ESAF/AFRFB/2009) Constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil, segundo preceitua o artigo 3o da Constituição Federal da República/88, o respeito aos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. Estes são "fundamentos" elencados no art. 1º da Constituição e não "objetivos fundamentais" os quais estão expressos no art. 3º da CF. 12. (ESAF/ATRFB/2009) Todo o poder emana do povo, que o exerce apenas por meio de representantes eleitos, nos termos da Constituição Federal. O Brasil tem como regime político a democracia mista, ou seja, a regência do poder está nas mãos do povo, que o exerce por meio de seus representantes eleitos e também diretamente usando o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular. (CF, art. 1, parágrafo único e art. 14). 13. (ESAF/ATRFB/2009) A República Federativa do Brasil não adota nas suas relações internacionais o princípio da igualdade entre os Estados. Trata-se de princípio que rege o Brasil em suas relações internacionais (CF, art. 4, V). 9

10 14. (ESAF/ATA-MF/2009) Marque a opção correta. a) A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, geográfica, política e educacional dos povos da América Latina. b) Construir uma sociedade livre, justa e solidária é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil. c) A cooperação entre os povos para o progresso da humanidade constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil. d) Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação é princípio que rege a República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais. e) O repúdio ao terrorismo e ao racismo é princípio que rege a República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais. Letra A Errado. A integração será econômica, política, social e cultural (CF art. 4º parágrafo único). Letra B - Errado. Seria um objetivo fundamental (CF, art. 3º, I). Letra C - Errado. Seria um princípio que rege as relações internacionais, e não um objetivo fundamental. Letra D - Errado. Seria um objetivo fundamental (CF, art. 3º, IV). Letra E - Correto. É o que dispõe a CF em seu artigo 4º, VIII. Gabarito: Letra E. Cobrança Doutrinária e Jurisprudencial: Agora vamos ir um pouco mais fundo nesse buraco. Já falamos que os princípios fundamentais são as normas-síntese, ou seja, aquele pontinho de onde deriva quase tudo que está por vir no ordenamento jurídico. Imagine você o quanto de coisa implícita não está presente nestes 4 artigos? É muita coisa... mas, vamos devagarzinho que tudo será resolvido, não é nenhuma loucura não! Primeiro, vamos analisar o que diz o art. 1º da CF: A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito (...). Veja que ela traz palavras que nos remetem à "República", "Federação", "Democracia"... 10

11 Então, temos os seguintes institutos da organização do Estado: Forma de Governo: Forma de Estado: Regime de Governo ou Político: Sistema de Governo: República Federação Democracia (mista ou semidireta) Presidencialismo (art. 84 da CF) Pulo do Gato: A forma está no nome "República Federativa" ou seja, forma de governo = República / forma de Estado = Federação. E o que quer dizer uma "Forma de governo", uma "Forma de Estado" ou um "Sistema de governo"??? Vamos lá: a) Forma de Governo É maneira como se dá a instituição do poder na sociedade e como se dá a relação entre governantes e governados. Quem deve exercer o poder e como este se exerce. Basicamente são as repúblicas (todos exercem o poder) e as monarquias (só um exerce o poder). Características da Monarquia: 1- Vitaliciedade - O governante terá o governo em suas mãos por toda a sua vida. Não há temporariedade. 2- Hereditariedade - Não há eletividade. O governo é passado de pai para filho, como herança. 11

12 Características da República: A coisa é do povo. Embora, o povo escolha representantes para a gestão de "sua coisa", estes representantes não se apoderam da coisa pública. Assim, é essencial que tenhamos em uma república: 1- Temporariedade dos mandatos: Pois assim, nenhum representante tomará para si a feição do poder, permanecendo ilimitadamente no cargo. Haverá uma rotatividade dos cargos públicos para que diversas pessoas, com pluralidade de opiniões e idéias possam representar a sociedade. 2- Eletividade dos cargos políticos: Os cargos políticos só serão legítimos se providos por eleições, de acordo com a vontade do povo. 3 - Transparência na gestão pública, através de prestação de contas, levando a uma responsabilidade dos governantes: Os representantes não podem se apoderar do patrimônio que é de todos, nem geri-los como bem entenderem. Devem promover uma gestão que esteja alinhada com a finalidade do bem comum. 4- Separação das funções do Poder Político entre diferentes agentes. Observações: 1- O art. 2º dos ADCT dispõe: "no dia 7 de setembro de 1993 o eleitorado definirá, através de plebiscito, a forma (república ou monarquia constitucional) e o sistema de governo (parlamentarismo ou presidencialismo) que devem vigorar no País". O plebiscito aconteceu e definiu através do voto popular que o Brasil seria uma república presidencialista. 2- A forma de governo republicana não está presente entre as chamadas "cláusulas pétreas" (vide CF, art. 60, 4º), ou seja, não está presente naquela relação das disposições que não podem ser abolidas (ou reduzidas) de nossa Constituição. 3- Embora não seja uma cláusula pétrea, a forma republicana é um princípio constitucional sensível (CF, art. 34, VII), ou seja, um princípio que se não for observado poderá ensejar em uma intervenção federal. 15. (ESAF/AFC-STN/2005) Forma de governo diz respeito ao modo como se relacionam os poderes, especialmente os Poderes Legislativo e Executivo, sendo os Estados, segundo a classificação dualista de Maquiavel, divididos em repúblicas ou monarquias. 12

13 Realmente a forma de governo é concretizada (segundo Maquiavel e também atualmente) nas repúblicas e monarquias, porém, a forma de governo é o desenho, é a maneira pela qual se dá a instituição do poder na sociedade e como se dá a relação entre governantes e governados. Assim, na república teremos o poder de todos e na monarquia o poder de apenas um. O que o enunciado falou, na verdade seria o conceito de "sistema de governo" (relação entre os órgãos). 16. (ESAF/-SEFAZ-CE/2007) A República é a forma de organização do Estado adotada pela Constituição Federal de Caracteriza-se pela temporariedade do mandato dos governantes e pelo processo eleitoral periódico. República é a forma de governo adotada pela Constituição e não a forma de Estado adotada, que foi a federação. 17. (ESAF/AFC-CGU/2006) O princípio republicano tem como características essenciais: a eletividade, a temporariedade e a necessidade de prestação de contas pela administração pública. Exato. Todas essas características permitem, conjuntamente que haja um escolha direta dos representantes, um revezamento dos governantes e que se demonstre que a "coisa pública" não está sendo apropriada por eles. Gabarito: Correto. 18. (ESAF/AFC-CGU/2006) Em função da forma de governo adotada na Constituição de 1988, existe a obrigação de prestação de contas por parte da administração pública. Isso aí. A forma de governo que adotamos foi a república o que implicitamente pressupõe uma administração transparente dos recursos públicos. Gabarito: Correto. 19. (ESAF/MPU/2004) Nos termos da Constituição de 1988, o Brasil adota a república como sistema de governo, elegendo, 13

14 portanto, o princípio republicano como um dos princípios fundamentais do Estado brasileiro. O sistema de governo é o presidencialismo, a republica é a forma de governo. 20. (ESAF/AFT/2006) A forma republicana não implica a necessidade de legitimidade popular do presidente da República, razão pela qual a periodicidade das eleições não é elemento essencial desse princípio. República é a coisa pública, ou seja, pressupõe o execício do voto e a periodicidade das eleições. 21. (ESAF/ENAP/2006) Como conseqüência direta da adoção do princípio republicano como um dos princípios fundamentais do Estado brasileiro, a Constituição estabelece que a República Federativa do Brasil é composta pela união indissolúvel dos Estados, Municípios e do Distrito Federal. Trata-se de uma decorrência do federalismo e não do princípio republicano. b) Forma de Estado O modo de exercício do poder político em função do território O Brasil adota como forma de Estado a federação, ou seja, o modo de distribuição geográfica do poder político se dá com a formação de entidades autônomas (vide art. 18). Essa autonomia se manifesta através de três ou quatro facetas (dependendo do doutrinador): 14

15 Autogoverno: Auto-organização: Autolegislação: Autoadministração: capacidade de os entes escolherem seus governantes sem interferência de outros entes; capacidade de instituírem suas próprias constituições (no caso dos estados) ou leis orgânicas (no caso dos municípios e do DF); capacidade de elaborarem suas próprias leis através de um processo legislativo próprio, embora devam seguir as diretrizes do processo em âmbito federal; capacidade de se administrarem de forma independente, tomando suas próprias decisões executivas e legislativas. Observações: 1- Para alguns doutrinadores não haveria a separação entre autoorganização e autolegislação. 2- Estamos falando de autonomia, não de soberania. A soberania, que a Constituição adota em seu art. 1º, I, como um fundamento da República Federativa do Brasil (definida como o poder supremo que o Estado brasileiro possui nos limites do seu território, não se sujeitando a nenhum outro poder de igual ou superior magnitude e tornando-se um país independente de qualquer outro no âmbito internacional) irá se manifestar apenas na pessoa da República Federativa do Brasil, entendida como a união de todos os entes internos, representando todo o povo brasileiro, povo este que é o verdadeiro titular da soberania. 3- Nem mesmo o ente federativo "União" possui soberania, a União possui apenas autonomia tal como os Estados, Distrito Federal e Municípios. A República Federativa do Brasil é única soberana e que se manifesta internacionalmente como pessoa jurídica de direito internacional. Estados simples X Estados complexos: Um Estado pode se desenhar territorialmente com o reconhecimento ou não de autonomias regionais. Quando houver repartições regionais 15

16 dotadas de autonomia, estaremos diante de um Estado complexo ou composto. Quando não houver autonomias regionais com poder de se auto-organizarem, estaremos diante de um estado simples ou unitário. Os estados complexos são basicamente as federações e as confederações (embora existam outros tipos menos comuns como a União real ou União Pessoal). Federação x Confederação: Em uma federação temos um Estado fracionado em unidades autônomas. Nas confederações as unidades não são simplesmente autônomas, elas são soberanas. Assim, a federação é uma união indissolúvel, ou seja, os entes não têm o direito de secessão. Já nas confederações, os Estados podem se separar do bloco. Características da nossa federação: 1. Indissolubilidade: Pelo fato de os entes não possuírem o direito de secessão. 2. Cláusula Pétrea Expressa: A Constituição expressamente protegeu a forma federativa de estado como uma cláusula pétrea (CF, art. 60 4º), impedindo assim que uma emenda constitucional possa vir a dissolver a federação ou ofender o pacto federativo (autonomia dos entes federados); 3. Federação por segregação, ou movimento centrífugo: diferentemente do EUA, onde haviam vários Estados que se "agregaram" (movimento centrípeto) para formar o país, no Brasil tinha-se apenas um Estado que se desmembrou em outros. 4. Federalismo de 3º grau: até a promulgação da Constituição Brasileira de 1988, os Municípios não possuíam autonomia, tínhamos, então, um federalismo de 2º grau, formado apenas pelas esferas federal e estadual. Após a promulgação da Constituição vigente, o país passou a ter um federalismo de 3º grau, reconhecendo os Municípios como autônomos e, assim, adotando uma espécie bem peculiar de federação. OBS- Alguns autores, embora usem o mesmo motivo exposto, classificam o federalismo brasileiro como 2º grau e não 3º grau. 5. Federalismo cooperativo: existe uma repartição de competências de forma que cada ente federativo irá contribuir para a finalidade do Estado, havendo a previsão de competências que são comuns a todos, além de colaborações técnicas e financeiras para a prestação de alguns serviços públicos, e repartição das receitas tributárias. 16

17 22. (ESAF/AFC-STN/2005) A divisão fundamental de formas de Estados dá-se entre Estado simples ou unitário e Estado composto ou complexo, sendo que o primeiro tanto pode ser Estado unitário centralizado como Estado unitário descentralizado ou regional. Segundo a doutrina, os Estados se dividem territorialmente de duas maneiras: Estados simples ou unitários, que podem ser basicamente: o Centralizados ou puros; o Descentralizados; o Desconcentrados; Estados compostos ou complexos, que podem ser basicamente: o União pessoal; o União Real; o Confederação; ou o Federação. Gabarito: Correto. 23. (ESAF/AFTE-RN/2005) O Estado unitário distingue-se do Estado federal em razão da inexistência de repartição regional de poderes autônomos, o que não impede a existência, no Estado unitário, de uma descentralização administrativa do tipo autárquico. A descentralização adminitrativa para se formar a administração indireta não rompe com o unitarismo do Estado, o qual só é prejudicado quando ocorre uma descentralização política formando se entes federativos autônomos. Gabarito: Correto. 24. (ESAF/AFTE-RN/2005) Em um Estado federal temos sempre presente uma entidade denominada União, que possui personalidade jurídica de direito público internacional, cabendo a ela a representação do Estado federal no plano internacional. Entendemos que a existência de um poder central é imprescindível para se formar uma federação, já que é ele o responsável pela 17 Prof. ponderação Vítor Cruz e dos Rodrigo interesses Duarte dos diversos membros da federação. O

18 erro da questão está em afirmar que a União é pessoa jurídica de direito internacional, quando na verdade é de direito público interno. 25. (ESAF/AFC-CGU/2006) Não é elemento essencial do princípio federativo a existência de dois tipos de entidade - a União e as coletividades regionais autônomas. A questão é um pouco mal formulada. Em síntese devemos observar que a federação é caracterizada por um poder central - a nossa União Federal e os entes políticos regionais autônomos Estados. Chamar o poder central de União é uma particularidade do ordenamento brasileiro, porém, nesta questão, a contrário sensu, podemos inferir que o pensamento ESAF é o seguinte: É elemento essencial do princípio federativo a existência de dois tipos de entidade - a União e as coletividades regionais autônomas. c) Regime Político Sem conceito pacífico na doutrina. Dizemos que é a forma pela qual se dá a "regência" das decisões políticas do Estado. A democracia mista ou semi-direta foi eleita como o regime político brasileiro (vide preâmbulo e art. 1º), assim, quem é responsável por reger a política brasileira é o povo, o detentor do poder, que direciona as ações do governo de duas formas: 1- Diretamente, através do uso do plebiscito, referendo e da iniciativa popular, ou 2- Indiretamente, através dos representantes eleitos pelo próprio povo. 26. (FCC/TCE-CE/2006) Democracia semidireta é aquela que se caracteriza pela eleição de representantes do povo, por meio do voto, dotada de mecanismos de participação popular direta, como o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular. A democracia mista ou semi-direta é o regime político adotado pelo Brasil e caracteriza-se justamente pelo fato de os governantes serem 18

19 eleitos para representar o povo, e em nome dele exercerem o Poder. Porém, o povo resguarda uma parcela do exercício que se dará através de: Plebiscito (Consulta popular antes de se fazer algo); Referendo (Consulta popular para ratificar ou não algo que já foi feito); e Iniciativa Popular (Propositura de leis ordinárias e complementares através da iniciativa dos próprios cidadãos que subscrevem o projeto de lei). Gabarito: Correto. d) Sistema de Governo modo através do qual se relacionam os órgãos dos Poderes do Estado (especialmente Executivo e Legislativo). Existem basicamente dois sistemas de governo: o presidencialismo e o parlamentarismo. No Presidencialismo, o Poder Executivo tem uma grande independência em relação ao Legislativo. No parlamentarismo ocorre uma maior dependência entre estes poderes já que eles atuam em colaboração. Chefe de Estado Chefe de Governo É o membro do Poder Executivo que exerce o papel de representante do Estado, principalmente no âmbito externo, mas também como representante moral perante o povo, no âmbito interno. É o membro do Poder Executivo responsável por chefiar o governo, ou seja, a direção das políticas públicas em âmbito interno. No presidencialismo, temos a unicidade da chefia. O Presidente tem em suas mãos tanto a chefia de Estado quanto a chefia de governo. 19

20 No parlamentarismo, temos uma dualidade de chefia. Existe uma pessoa como o chefe de Estado e outra como chefe de governo 27. (ESAF/TCU/2006) Imagine que uma certa constituição disponha que o exercício das funções do Poder Executivo é dividido entre um Chefe de Estado e um Chefe de Governo. Este último é escolhido entre os integrantes do Poder Legislativo e depende da vontade da maioria do parlamento para se manter no cargo. De seu turno, em certas circunstâncias, o Executivo pode dissolver o Legislativo, convocando novas eleições. A partir dessas considerações, é certo dizer: a) Uma tal constituição, pelas características acima delineadas, introduz a forma federativa de Estado. b) Um Estado-membro no Brasil poderia, se quisesse, adotar o mesmo regime referido no enunciado da questão. c) De uma constituição como a referida pode-se afirmar, com segurança, que se classifica como uma constituição flexível, instituindo um regime tipicamente antidemocrático, na medida em que permite um autêntico golpe de Estado (a dissolução do parlamento pelo Executivo). d) A constituição aludida assumiu característica própria de regime parlamentarista, em que a separação entre os poderes do Estado não costuma ter a mesma rigidez do regime presidencialista. e) De acordo com a informação dada, a norma constitucional referida consagra regime parlamentarista, Estado unitário e apresenta característica de constituição flexível. Letra A - Estado federal, não tem nada haver com isso. Trata-se de um Estado cujo modo de distribuição geográfica do poder político se da com a formação de entidades autônomas. Letra B - Os Estados-membros, embora tenham auto-organização, esta sofre limites, reconhecidos pela Jurisprudência e pela Doutrina, além de ter de observar certas diretrizes. Pelo princípio da simetria federativa, impõe então uma obrigatoriedade para que o Estado observe certos princípios fundamentais da Constituição, e um deles, de observância obrigatória, é o sistema de governo, que deve ser nos moldes do "presidencialismo", sendo o Governador o chefe do Executivo estadual. É completamente vedado que um Estado ou Município escolha o parlamentarismo como seu sistema de governo. Letra C - Viagem pura! Constituição flexível é aquela que o procedimento para alterar seu texto é simples, o mesmo do estabelecido para as leis ordinárias. 20

21 Letra D - Agora sim, perfeito. Estas são as características de um regime parlamentarista. Letra E - Está correto em falar de parlamentarismo, porém, não existe elementos suficientes para que se fale em Estado Unitário e Constituição flexivel. Gabarito: Letra D. 28. (ESAF/AFTE-RN/2005) Sistema de governo pode ser definido como a maneira pela qual se dá a instituição do poder na sociedade e como se dá a relação entre governantes e governados. O enunciado nos traz a definição de forma de governo, República ou Monarquia, assim se definirá se o governo estará na mão de uma pessoa (Monarquia, Mono = um), ou se estará na mão de todos (República, res publica = coisa pública). Falar em sistema de governo é falar em "relações entre órgãos (Poderes)" - lembra do sistema respiratório e etc.? Gabarito da questão é errado. 29. (ESAF/AFTE-RN/2005) O presidencialismo é a forma de governo que tem por característica reunir, em uma única autoridade, o Presidente da República, a Chefia do Estado e a Chefia do Governo. Eita!... quanta maldade! Temos em países parlamentaristas uma chefia dualista: O Presidente ou Monarca é o chefe de Estado e o Primeiro-Ministro é o chefe de governo. O Brasil é um país presidencialista. Isso acontece conosco? Não, pois no presidencialismo a chefia de governo e de Estado estão juntas na mão do Presidente. Ora, então está correto dizer que "O presidencialismo (...) tem por característica reunir, em uma única autoridade, o Presidente da República, a Chefia do Estado e a Chefia do Governo"? Sim. A questão, porém, está correta? Não! Por que Vítor? Ora, aí entra a maldade da banca. Presidencialismo é sistema de governo e não forma de governo. Forma de governo é república ou monarquia. Gabarito da questão é errado. 21

22 30. (ESAF/AFRF/2001) De uma Constituição que adota uma chefia dual do Executivo, com um Chefe de Estado e um Chefe de Governo, em que a permanência deste no cargo depende da confiança do Poder Legislativo, pode-se dizer que adota característica típica do presidencialismo. Esta é a característica típica do parlamentarismo. 31. (ESAF/AFC-CGU/2004) Em um Estado Parlamentarista, a chefia de governo tem uma relação de dependência com a maioria do Parlamento, havendo, por isso, uma repartição, entre o governo e o Parlamento, da função de estabelecer as decisões políticas fundamentais. No parlamentarismo temos a separação entre chefia de governo e chefia de Estado. A chefia de governo geralmente exercida pelo primeiro-ministro é essencialmente dependente do parlamento. Gabarito: Correto. Estado Democrático de Direito: O Estado democrático de direito é a fase atual da evolução dos Estados. Primeiramente, com a Revolução Francesa instala-se o que chamamos de "Estado de Direito" ou "Estado Liberal de Direito". O Estado é de direito pois se submete aos comandos da lei. O Estado Liberal de Direito era um Estado "individualista", ou seja, preocupava-se com as liberdades individuais. O conceito de liberdade e igualdade, neste tipo de Estado, porém, era deturpado, pois o indivíduo era visto como um ser abstrato, "ideal", ignoravam-se as disparidades reais e diferenças econômicas, sociais e culturais entre eles. Desta forma, o Estado Liberal de Direito cometeu diversas injustiças pois preocupava-se apenas com a formalidade das liberdades, as declarações eram generalistas e abstratas. Surge então um Estado Social de Direito, ou Estado Material de Direito. Agora, preocupa-se não somente com a formalidade das liberdades, mas também em dotar os indivíduos de reais condições para exercê-las e realizar uma justiça social. Este Estado tentava compatibilizar o sistema capitalista com o Estado do bem-estar social (Welfare State). 22

23 Acontece que tanto o Estado Liberal de Direito quanto o Estado Social de Direito nem sempre eram caracterizados com um "Estado Democrático", ou seja, aquele Estado fundado na Soberania Popular e que teria o povo como regente dos rumos do país. Inclusive, o Estado Social de Direito recebia críticas de que se estaria usando a política do bem-estar social para encobrir uma exploração capitalista ainda mais cruel. Assim temos o surgimento do Estado Democrático de Direito. O Estado de Direito se funda no princípio basilar da "legalidade". O Estado Democrático de Direto continua a ter a "legalidade" como base, mas esta legalidade não serve apenas para limitar o poder do Estado, mas serve de instrumento de transformação da sociedade devendo estar apoiada na soberania popular, no pluralismo de idéias, no respeito aos direitos fundamentais e na realização da justiça social (democracia social, econômica, cultural e política). J. Afonso da Silva, então, nos ensina que o termo "Estado Democrático de Direito" é mais que a mera junção formal do "Estado de Direito" com "Estado Democrático". Podemos inferir que estamos diante de um Estado pautado na justiça social, e cujas leis refletem a finalidade de alcançar o bem comum. De acordo com o referido autor, teríamos os seguintes "princípios" do Estado Democrático de Direito e a sua tarefas fundamental: a) Princípio da Constitucionalidade - A Constituição rígida é a norma superior e legitimada pela vontade popular, devendo ser respeitada. b) Princípio democrático - A democracia deve ser representativa e participativa (democracia mista), além de pluralista com respeito as minorias. c) Sistema de direitos fundamentais. d) Princípio da Justiça Social. e) Princípio da igualdade - que deve ser a busca pela igualdade material (tratar de forma desigual os desiguais na medida de suas desigualdades) e não apenas uma igualdade formal. f) Princípio da divisão dos poderes. g) Princípio da legalidade h) Princípio da Segurança Jurídica. Tarefa fundamental = Superar as desigualdades sociais e regionais e instaurar um regime democrático que realize a justiça social. 23

24 Alexandre de Moraes ainda adverte que não se consegue conceituar um verdadeiro Estado democrático de direito sem a existência de um Poder Judiciário autônomo e independente, para que exerça sua função de guardião das leis e garantidor da ordem na estrutura governamental republicana. Lembrem-se ainda que a Constituição adotou expressamente como os fundamentos do Estado Democrático de Direito no qual se constitui a República Federativa do Brasil: a soberania; a cidadania; a dignidade da pessoa humana; os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; o pluralismo político. Vamos resolver as questões: 32. (ESAF/AFT/2006) A concretização do Estado Democrático de Direito como um Estado de Justiça material contempla a efetiva implementação de um processo de incorporação de todo o povo brasileiro nos mecanismos de controle das decisões. Estado de justiça material é aquela superação do generalismo e formalismo do Estado de Direito a qual se une a efetiva democracia com todo o povo participando da regência política. Gabarito: Correto. 33. (ESAF/AFC-CGU/2006) O pluralismo político, embora desdobramento do princípio do estado Democrático de Direito, não é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil. Acertou-se ao dizer que o pluralismo político é um desdobramento do Estado Democrático de Direito. Porém, errou-se ao dizer que ele não é um fundamento da República Federativa do Brasil. 34. (ESAF/Técnico da Receita Federal/2006) Segundo a doutrina, não se constitui em um princípio do Estado Democrático de Direito o princípio da constitucionalidade, o qual estaria ligado apenas 24 à noção de rigidez constitucional.

25 Nós vimos que o princípio da Constitucionalidade é um princípio do Estado Democrático de Direito. 35. (ESAF/Auditor da Receita Federal/2006) Segundo a doutrina, o princípio do Estado Democrático de Direito resulta da reunião formal dos elementos que integram o princípio do Estado Democrático e o princípio do Estado de Direito. Vimos que de acordo com José Afonso da Silva o termo "Estado Democrático de Direito" é mais que a mera junção formal do "Estado de Direito" com "Estado Democrático", o que nos leva a um Estado pautado na justiça social, e cujas leis refletem a finalidade de alcançar o bem comum. 36. (ESAF/APO-MPOG/2005) O conteúdo do princípio do estado democrático de direito, no caso brasileiro, não guarda relação com o sistema de direitos fundamentais, uma vez que esse sistema possui disciplina própria no texto constitucional. O sistema de direitos fundamentais é um princípio do Estado democrático de direito. 37. (FESAG/Analista do TRE-ES/2005) Um dos pilares do Estado Democrático de Direito é a divisão das funções estatais, consagrada pela doutrina constitucional sob a denominação "Princípio da Separação dos Poderes". Nesse sentido, a Independência dos Poderes importa que, entre outras características, a investidura e a permanência das pessoas num dos órgãos do governo não dependam da confiança e nem da vontade dos outros. Exatamente! Lembramos que a questão está falando da "regra", já que existem exceções sobre a questão da nomeação de membros dos poderes, como a nomeação dos ministros do STF serem feitas pelo Presidente da República após aprovação do Senado Federal. Gabarito: Correto. 25

26 38. (OAB/OAB-MG/2005) São características essenciais do paradigma "Estado Democrático de Direito", EXCETO: a) vinculação dos atos estatais à Constituição. b) consolidação do Estado Mínimo. c) vinculação do legislador à Constituição. d) afirmação do princípio da soberania popular. O erro está somente na letra B, já que Estado Mínimo (Estado que se preocupa em prover somente os serviços essenciais como segurança pública e etc.) não tem nada haver com Estado Democrático de Direito. Gabarito: Letra B. 39. (ESAF/Técnico MPU/2004) Como decorrência da adoção do princípio do Estado Democrático de Direito, temos o princípio da independência do juiz, cujo conteúdo relaciona-se, entre outros aspectos, com a previsão constitucional de garantias relativas ao exercício da magistratura. Vimos que não se consegue um verdadeiro Estado democrático de direito sem a existência de um Poder Judiciário autônomo e independente, para que exerça sua função de guardião das leis e garantidor da ordem na estrutura governamental republicana. Assim, as garantias da magistratura se fundam no Estado Democrático de Direito e na Soberania Popular. Gabarito: Correto. Tripartição funcional do poder: CF, art. 2º. São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 1- Esta é uma cláusula pétrea, não pode ser abolida (ou reduzida) de nossa Constituição. 2- Este artigo mostra que ao mesmo tempo em que os Poderes são independentes, são também harmônicos entre si, o que forma o chamado sistema de freios e contrapesos (check and balances), onde um Poder vai sempre atuar de forma a impedir o exercício arbitrário na atuação do outro. Exemplos de "freios e contrapesos" são vários na Constituição: o poder de veto exercido pelo Presidente aos projetos de lei, a 26

27 necessidade de aprovação do Senado para que o Presidente possa nomear certas autoridades (elencadas pela Constituição), o controle que o Judiciário exerce sobre atos públicos que violem os dispositivos da Constituição ou das leis, entre outros. 3- Decorrente do sistema de freios e contrapesos, tem-se também a formação, em cada Poder, das funções típicas e atípicas. As típicas seriam aquelas precípuas de cada um; as atípicas seriam as funções que seriam precípuas de outro Poder. Poder Função típica Função Atípica Executivo Administrar Julgar e Legislar Legislar e fiscalizar através do Legislativo controle externo Julgar e Administrar Judiciário Julgar Legislar Administrar e Embora a Constituição tenha elencado 3 Poderes do Estado, seguindo a famosa teoria da "separação dos poderes" de Montesquieu, atualmente o uso do termo "separação dos poderes" ou "divisão dos poderes" é alvo de críticas. O Poder do Estado para a doutrina majoritária é apenas um (unicidade do poder político), e assim como a sua soberania, é indelegável (o interesse do povo não pode ser usurpado) e imprescritível (não se acaba com o tempo). Desta forma, o que se separa ou se divide não é o Poder do Estado (Poder Político) e sim as funções deste Poder, daí termos a aplicação da expressão "tripartição funcional do Poder" (ou "distinção das funções do poder"). O Poder a que nos referimos, é o Poder Político, que continua uno, porém, exercido através das funções executiva, legislativa e judiciária. Lembrando que o titular deste Poder é o povo, e os agentes ao exercerem cada uma destas funções devem agir em nome do povo. É oportuno que relembremos agora as características do Poder Político: Unicidade - Ele é apenas um, indivisível. Impede-se, assim, que haja conflitos ou fracionamentos criando interesses diversos daquele que é o real interesse do povo. Titularidade do Povo - "Todo o poder emana do povo" - O povo é o titular da soberania e são os seus interesses que irão prevalecer. Imprescritibilidade - Este poder é permanente, não se acaba com o tempo. 27

28 Indelegabilidade - O povo não pode abrir mão de seu poder. Embora haja representantes, estes sempre agem em nome do seu povo. Peculiaridades das funções do Poder no sistema atual: Embora a Constituição Federal tenha adotado o poder político com suas funções distribuídas por três Poderes, a realidade se mostra mais complexa. A existência no Brasil do Ministério Público e dos Tribunais de Contas, por si, já é suficiente para relativizar esta tripartição. Embora, não seja um consenso, nem nos parece viável, a existência de um quarto poder 1, achamos correto, ao menos, aceitar a existência de uma quarta função do poder político, assim, tais órgãos (MP e Tribunal de Contas) poderiam estar enquadrados em uma chamada função fiscalizatória 2. A função legislativa, poderia ainda estar dividida em espécies: legislativa constitucional, legislativa ordinária e a normativa infralegal. Na função executiva, poderíamos ainda distinguir 3 a função administrativa propiramente dita que é basicamente a gestão da máquina pública, da função de governo que seria a função política, exercendo o direcionamento das políticas públicas e funções colegislativas (sanção, promulgação e publicação das leis). Jurisprudência: Segundo o STF, os mecanismos de freios e contrapesos estão previstos na Constituição Federal, sendo vedado à Constituição Estadual inovar criando novas hipóteses de interferências de um poder em outro (ADI 3046). Também se configura inconstitucional novas exigências de aprovações, como, por exemplo, a não observância do prazo de 15 dias art. 83, CF para a necessidade de licença pela Assembléia Legislativa para que o Governador ou Vice venha se ausentar do país (ADI 738). Ofende o princípio da independência e harmonia entre os poderes, sendo assim, inconstitucional a norma que subordina convênios, acordos, contratos e atos de 1 Tese que não é majoritariamente aceita. 2 Como também entende José Luiz Quadros Magalhães, em MAGALHÃES, José Luiz Quadros de. A teoria da separação de poderes. Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 489, 8 nov Disponível em: < Acesso em: 11 abr Como também faz José Afonso da Silva Curso de Direito Constitucional Positivo. 33ª Ed., pg

29 Secretários de Estado à aprovação da Assembléia Legislativa (ADI 676). 40. (ESAF/CGU/2004) O poder político de um Estado é composto pelas funções legislativa, executiva judicial e tem por características essenciais a unicidade, a indivisibilidade e a indelegabilidade. É a tripartição funcional clássica adotada pela Constituição Federal de 1988 em uma visão atual, onde destaca-se a unicidade do Poder Político ocorrendo apenas uma atribuição das suas funções (executiva, legislativa e judiciária) aos Poderes do Estado. Gabarito: Correto. 41. (ESAF/ATA-MF/2009) A divisão funcional do poder é, mais precisamente, o próprio federalismo. O federalismo é uma repartição geográfica, e de acordo com a predominância do interesse (interesse nacional União-, interesse regional Estados -, e interesse local - Municípios). A questão trata da repartição funcional entre Executivo, Legislativo e Judiciário, logo, está incorreta. Gabarito:Errado. 42. (ESAF/AFT/2006) Segundo a doutrina, "distinção de funções do poder" e "divisão de poderes" são expressões sinônimas e, no caso brasileiro, é um dos princípios fundamentais da República Federativa do Brasil. A doutrina repudia o nome divisão ou separação do poder, já que o Poder Estatal é uno, indivisível. Assim, o correto seria apenas a triparição "funcional" do poder. 43. (ESAF/AFTE-RN/2005) A adoção do princípio de separação de poderes, inspirado nas lições de Montesquieu e materializado na atribuição das diferentes funções do poder estatal a órgãos diferentes, afastou a concepção clássica de que a unidade seria uma das características fundamentais do poder político. 29

Direito Constitucional

Direito Constitucional Direito Constitucional Dos Princípios Fundamentais Professor Daniel Sena www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Constitucional PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS PREÂMBULO Nós, representantes do povo brasileiro,

Leia mais

Direito Constitucional

Direito Constitucional Barbara Rosa Direito Constitucional Princípios Fonte: elfactorhumanoburgos.com Direito Constitucional Princípios PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS - Elementos basilares da Constituição. - Eles nos auxiliam a entender

Leia mais

@profluisalberto.

@profluisalberto. @profluisalberto https://www.youtube.com/profluisalberto @profluisalberto TÍTULO I DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS ART. 1º FUNDAMENTOS ART. º SEPARAÇÃO DOS PODERES ART. 3º OBJETIVOS ART. 4º RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS (ARTS 1 AO 4)

DIREITO CONSTITUCIONAL PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS (ARTS 1 AO 4) DIREITO CONSTITUCIONAL PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS (ARTS 1 AO 4) Atualizado até 13/10/2015 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS (ARTS. 1º AO 4º DA CF88): Todo princípio fundamental é constitucional, mas nem todo princípio

Leia mais

CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATA- MF PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE. Aula 0

CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATA- MF PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE. Aula 0 Aula 0 Fala pessoal, tudo certo? Hoje daremos início a nosso curso específico para ASSISTENTE TÉCNICO-ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DA FAZENDA. O edital ainda não saiu, mas é importante iniciarmos os estudos

Leia mais

DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS pág. 1 DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito

Leia mais

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS REDE JURIS DIREITO CONSTITUCIONAL PROF. BRUNO PONTES PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS TÍTULO I DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS (arts. 1º ao 4º) TÍTULO II DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS (arts. 5º ao 17) Capítulo

Leia mais

Processo mnemônico: SO CI DI VAL PLU

Processo mnemônico: SO CI DI VAL PLU Página1 Curso/Disciplina: Direito Constitucional Aula: Princípios Fundamentais: Noções Gerais Professor(a): Luis Alberto Monitor(a): Sarah Padilha Gonçalves Aula nº. 42 PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS: Noções

Leia mais

PRINCÍPIOS! FUNDAMENTAIS! (ART. 1º AO 4º CF)!

PRINCÍPIOS! FUNDAMENTAIS! (ART. 1º AO 4º CF)! PRINCÍPIOS! FUNDAMENTAIS! (ART. 1º AO 4º CF)! PRINCÍPIO*! Começo! IDÉIA DE! Base! Origem! Prof. Luis Alberto! prof.luisalberto@gmail.com! ALICERCE DA REPÚBLICA FEDERATIVA! DO BRASIL! *São considerados

Leia mais

1 Direito Constitucional Aula 01

1 Direito Constitucional Aula 01 1 Direito Constitucional Aula 01 2 Direito Constitucional Aula 01 Noções de Direito Constitucional Noções de Direito Constitucional - Princípios Fundamentais da Constituição da República artigos 1º ao

Leia mais

Direito Constitucional. TÍTULO I - Dos Princípios Fundamentais art. 1º ao 4º

Direito Constitucional. TÍTULO I - Dos Princípios Fundamentais art. 1º ao 4º Direito Constitucional TÍTULO I - Dos Princípios Fundamentais art. 1º ao 4º Constituição A constituição determina a organização e funcionamento do Estado, estabelecendo sua estrutura, a organização de

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL 01. Considere as seguintes normas constitucionais: I. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando

Leia mais

Monster. Direito Constitucional 1º ENCONTRO. Concursos. Olá queridos amigos,

Monster. Direito Constitucional 1º ENCONTRO. Concursos. Olá queridos amigos, Monster Concursos Direito Constitucional 1º ENCONTRO Olá queridos amigos, 2 É com imenso prazer que iniciamos este curso voltado especificamente para Técnico da Seguridade Social INSS com foco nas questões

Leia mais

Rodada #1 Direito Constitucional

Rodada #1 Direito Constitucional Rodada #1 Direito Constitucional Professor Frederico Dias Assuntos da Rodada NOÇÕES DE DIREITO PÚBLICO: Princípios fundamentais. (Art. 1º ao 4º da CRFB). Direitos e garantias fundamentais. Direitos e deveres

Leia mais

Rodada #1 Direito Constitucional

Rodada #1 Direito Constitucional Rodada #1 Direito Constitucional Professor Frederico Dias Assuntos da Rodada Noções de Direito Constitucional: Constituição: princípios fundamentais. Aplicabilidade das normas constitucionais: normas de

Leia mais

módulo 3 Organização do Estado brasileiro

módulo 3 Organização do Estado brasileiro módulo 3 Organização do Estado brasileiro unidade 1 introdução aos princípios constitucionais fundamentais princípios constitucionais fundamentais Carl Schmitt decisões políticas do Estado normas fundadoras

Leia mais

DIREITOS DE CIDADANIA. Sumário

DIREITOS DE CIDADANIA. Sumário Direitos Humanos PC-SP 2017 Investigador de Polícia Aula 01 - Prof. Ricardo Torques AULA 01 DIREITOS DE CIDADANIA Sumário 1 - Considerações Iniciais... 2 2 Direitos Humanos e Cidadania... 2 3 - Constituição

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL I

DIREITO CONSTITUCIONAL I DIREITO CONSTITUCIONAL I De acordo com Uadi Bulos, a Constituicao de 1988 qualificou a organizacao do Estado brasileiro como politico-administrativa. A ORGANIZACAO ESPACIAL E TERRITORIAL DO PODER DO ESTADO,

Leia mais

Guarda Municipal de Fortaleza Direito Constitucional Princípios Fundamentais Cristiano Lopes

Guarda Municipal de Fortaleza Direito Constitucional Princípios Fundamentais Cristiano Lopes Guarda Municipal de Fortaleza Direito Constitucional Princípios Fundamentais Cristiano Lopes 2013 Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. Prof. Cristiano Lopes CONCEITO

Leia mais

CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS. (artigo 1º a 4º da C.F)

CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS. (artigo 1º a 4º da C.F) CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS. (artigo 1º a 4º da C.F) Conceito: São regras básicas e nucleares que servem de sustentação do Estado brasileiro em suas relações internas ou externas. São

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL- TRF 3ª Região Aula 0- Princípios Fundamentais

DIREITO CONSTITUCIONAL- TRF 3ª Região Aula 0- Princípios Fundamentais Aula 00 Direito Constitucional Constituição- Princípios Fundamentais Professor: Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 1 Aula 00 Aula Demonstrativa DIREITO CONSTITUCIONAL- TRF 3ª Região Olá Pessoal, tudo certo?!

Leia mais

Evolução da Disciplina. Direito Constitucional CONTEXTUALIZAÇÃO INSTRUMENTALIZAÇÃO

Evolução da Disciplina. Direito Constitucional CONTEXTUALIZAÇÃO INSTRUMENTALIZAÇÃO Evolução da Disciplina Direito Constitucional Aula 1: Evolução histórica das constituições brasileiras Aula 2: Princípios fundamentais Aula 3: Direitos e garantias fundamentais Prof. Silvano Alves Alcantara

Leia mais

FLÁVIO ALENCAR NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL. 1ª Edição JUN 2013

FLÁVIO ALENCAR NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL. 1ª Edição JUN 2013 FLÁVIO ALENCAR NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 325 QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS GABARITADAS Seleção das Questões: Prof. Flávio Alencar Coordenação e Organização: Mariane dos Reis 1ª Edição JUN 2013

Leia mais

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL QUESTÕES COMENTADAS

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL QUESTÕES COMENTADAS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL QUESTÕES COMENTADAS Sumário Questões Comentadas... 1 Lista de Questões... 12 Gabarito... 17 Olá, pessoal! Neste arquivo, trago algumas questões

Leia mais

Princípios Fundamentais do Estado Brasileiro

Princípios Fundamentais do Estado Brasileiro PRINCIPIOS CONSTITUCIONAIS Princípios Fundamentais do Estado Brasileiro Estruturantes: Os princípios fundamentais do Estado Brasileiro fazem parte dos princípios constitucionais e estão presentes dentro

Leia mais

Rodada #1 Direito Constitucional

Rodada #1 Direito Constitucional Rodada #1 Direito Constitucional Professor Frederico Dias Assuntos da Rodada DIREITO CONSTITUCIONAL: 1. Teoria geral do Estado. 2. Os poderes do Estado e as respectivas funções. 3.Teoria geral da Constituição:

Leia mais

CONSTITUÇÃO DIREITO CONSTITUCIONAL. Conceito Básico CONSTITUIÇÃO E AS DEMAIS ESPÉCIES NORMATIVAS CONSTITUIÇÃO E AS DEMAIS ESPÉCIES NORMATIVAS

CONSTITUÇÃO DIREITO CONSTITUCIONAL. Conceito Básico CONSTITUIÇÃO E AS DEMAIS ESPÉCIES NORMATIVAS CONSTITUIÇÃO E AS DEMAIS ESPÉCIES NORMATIVAS CONSTITUÇÃO DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Eduardo Tanaka Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 05/10/1988. Constituição Federal CF Carta Magna Lei Maior 1 2 CONSTITUIÇÃO E AS A Constituição

Leia mais

Técnico Judiciário Área Administrativa

Técnico Judiciário Área Administrativa Técnico Judiciário Área Administrativa Direito Constitucional Questões Aula 1 Prof. André Vieira Questões Cespe 1. (112270) 2016 CESPE DPU Conhecimentos Básicos Cargos 3 e 8 Acerca dos princípios fundamentais

Leia mais

Aula 00 Aula Aula Demonstrativa. Aula 00 Aula Demonstrativa. Demonstrativa

Aula 00 Aula Aula Demonstrativa. Aula 00 Aula Demonstrativa. Demonstrativa Aula 00 Aula Demonstrativa Aula 00 Aula Aula Demonstrativa 4 Demonstrativa Olá pessoal, tudo bem com vocês? Depois de três aulas imaginamos que estejam se perguntando quando estudaremos a Constituição

Leia mais

VI. Estado e seus Tipos

VI. Estado e seus Tipos VI. Estado e seus Tipos 1. Introdução Organização e estrutura dos Estado: (a) forma de governo: modo pelo qual o poder se organiza e é distribuído entre governantes e governados, modulando o nível de intervenção

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL- Polícia Rodoviária Federal Aula 1- Teoria Geral dos Direitos Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte

DIREITO CONSTITUCIONAL- Polícia Rodoviária Federal Aula 1- Teoria Geral dos Direitos Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Aula 01 Direito Constitucional Princípios Fundamentais Professor: Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 1 Aula 01 Olá pessoal, tudo bem?? Pois é, enfim daremos continuidade ao nosso curso rumo à aprovação na PRF...

Leia mais

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS (Título I, arts. 1º ao 4º) Constituição Federal (CF) Conceito: Os princípios fundamentais são os princípios estruturantes do Estado brasileiro, escolhidos

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL SEFAZ DIREITO CONSTITUCIONAL Dos Princípios Fundamentais Prof. Ubirajara Martell www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Constitucional DIREITO CONSTITUCIONAL Conceito de Direito Constitucional: ANOTAÇÕES

Leia mais

Aula Demonstrativa Princípios Fundamentais.

Aula Demonstrativa Princípios Fundamentais. Bom dia! É muito bom ter a oportunidade de elaborar mais um curso aqui no Ponto. Ainda mais um curso online, hábil a alcançar tantas pessoas que se situam longe dos grandes centros e objetivam passar num

Leia mais

Noções de Estado. Organização da Federação e Poderes do Estado

Noções de Estado. Organização da Federação e Poderes do Estado Noções de Estado Noções de Estado Organização da Federação e Poderes do Estado Estado É a sociedade política e juridicamente organizada, dotada de soberania, dentro de um território, sob um governo, para

Leia mais

SUMÁRIO. Capítulo I Teoria da Constituição...1

SUMÁRIO. Capítulo I Teoria da Constituição...1 SUMÁRIO Capítulo I Teoria da Constituição...1 1. Constituição...1 1.1 Conceito...1 1.2. Classificação das Constituições...1 1.3. Interpretação das Normas Constitucionais...3 1.4. Preâmbulo Constitucional...5

Leia mais

Aula 00. Direito Constitucional- AMLURB-SP Aula 00- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte

Aula 00. Direito Constitucional- AMLURB-SP Aula 00- Princípios Fundamentais Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Aula 00 Direito Constitucional Princípios Fundamentais Professor: Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 1 Aula 0 Olá Pessoal, tudo certo?! Daremos hoje início ao nosso curso para o cargo de ANALISTA FISCAL DE SERVIÇOS

Leia mais

AULA 00 Direito Constitucional Princípios Fundamentais Professores Vítor Cruz e Rodrigo Duarte

AULA 00 Direito Constitucional Princípios Fundamentais Professores Vítor Cruz e Rodrigo Duarte AULA 00 Direito Constitucional Princípios Fundamentais Professores Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br www.pontodosconcursos.com.br Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 1 0 Aula 0 Direito Constitucional

Leia mais

Rodada #1 Direito Constitucional

Rodada #1 Direito Constitucional Rodada #1 Direito Constitucional Professor Frederico Dias Assuntos da Rodada NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL: Princípios fundamentais. Direitos e garantias fundamentais: Direitos e Deveres Individuais

Leia mais

Rodada #1 Direito Constitucional

Rodada #1 Direito Constitucional Rodada #1 Direito Constitucional Professor Frederico Dias Assuntos da Rodada DIREITO CONSTITUCIONAL: 1. Constituição: conceito, origens, conteúdo, estrutura e classificação. Supremacia da Constituição.

Leia mais

Prof. Dr. Vander Ferreira de Andrade

Prof. Dr. Vander Ferreira de Andrade Prof. Dr. Vander Ferreira de Andrade Organização Estatal Vedação aos entes federativos: I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. JOÃO TRINDADE

DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. JOÃO TRINDADE DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. JOÃO TRINDADE twitter: @jtrindadeprof * Consultor Legislativo do Senado Federal (1º colocado no concurso 2012 para a área de Direito Constitucional, Administrativo, Eleitoral

Leia mais

Cap. 11 Princípios Fundamentais.

Cap. 11 Princípios Fundamentais. Super Apostila Nota11 Cap. 11 Princípios Fundamentais. Prof. Vítor Cruz e Diego Degrazia Sumário 1. Introdução e objetivos dessa apostila.... 2 2. Preâmbulo.... 3 3. Princípios Fundamentais:... 5 3.1 Princípios

Leia mais

Rodada #1 Direito Constitucional

Rodada #1 Direito Constitucional Rodada #1 Direito Constitucional Professor Frederico Dias Assuntos da Rodada Noções de Direito Constitucional: 1 Constituição: princípios fundamentais. 2 Da aplicabilidade das normas constitucionais: normas

Leia mais

CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL INSS PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE. Aula 0

CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL INSS PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE. Aula 0 Fala pessoal, tudo certo? Aula 0 Para quem ainda não me conhece: eu sou o Prof. Vítor Cruz, desde 2009 estou trabalhando aqui no Ponto, ensinando (e é claro, também aprendendo muito) a disciplina mais

Leia mais

CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ Aula 4:

CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ Aula 4: Aula 4: Olá pessoal! Animados para entrar efetivamente no corpo da Constituição Federal? Pois é, a partir da aula de hoje deixaremos aquelas teorias de lado para estudar o corpo de nossa Constituição.

Leia mais

Rodada #1 Direito Constitucional

Rodada #1 Direito Constitucional Rodada #1 Direito Constitucional Professor Frederico Dias Assuntos da Rodada DIREITO CONSTITUCIONAL: 1 Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. 1.1 Princípios fundamentais. 2 Aplicabilidade

Leia mais

Aula 16 ESTADO FEDERAL BRASILEIRO

Aula 16 ESTADO FEDERAL BRASILEIRO Página1 Curso/Disciplina: Direito Constitucional 2017. Aula: Conceito de Estado Federal. Formação do Estado Federal Brasileiro. Professor (a): Marcelo Tavares Monitor (a): Lívia Cardoso Leite Aula 16 ESTADO

Leia mais

Rodada #1 Direito Constitucional

Rodada #1 Direito Constitucional Rodada #1 Direito Constitucional Professor Frederico Dias Assuntos da Rodada Noções de Direito Constitucional: Constituição: princípios fundamentais. Dos direitos e garantias fundamentais: dos direitos

Leia mais

Aula 1 Direito Constitucional Princípios Fundamentais Professor: Vítor Cruz e Rodrigo Duarte

Aula 1 Direito Constitucional Princípios Fundamentais Professor: Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Aula 1 Direito Constitucional Princípios Fundamentais Professor: Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Aula 00 Aula Demonstrativa Aula 00 Aula Aula Demonstrativa 1 Olá pessoal, tudo bem com vocês? Vimos somente

Leia mais

Aula Demonstrativa Princípios Fundamentais.

Aula Demonstrativa Princípios Fundamentais. Olá! Vamos estudar para o concurso de Especialista da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)? Estou animado com este curso (para os cargos de especialista), pelo fato de que, em direito constitucional,

Leia mais

ARTIGOS 1º AO 4º. A vigente Constituição Federal (de 5 de outubro de 1988) contém a

ARTIGOS 1º AO 4º. A vigente Constituição Federal (de 5 de outubro de 1988) contém a ARTIGOS 1º AO 4º A vigente Constituição Federal (de 5 de outubro de 1988) contém a definição jurídica da Organização do Estado brasileiro, no seu artigo 1º: A República Federativa do Brasil, formada pela

Leia mais

Direito Constitucional. TRT 6ª Região AULA 0. Princípios Fundamentais. Professor Vítor Cruz (Vampiro) PDF PDF VÍDEO.

Direito Constitucional. TRT 6ª Região AULA 0. Princípios Fundamentais. Professor Vítor Cruz (Vampiro) PDF PDF VÍDEO. AULA 0 Princípios Fundamentais Professor Vítor Cruz (Vampiro) PDF PDF VÍDEO www.ricardoalexandre.com.br Introdução Olá futuro servidor do TRT! Tudo certo? É um imenso prazer estar aqui para ministrar mais

Leia mais

Dicas de Direito Constitucional

Dicas de Direito Constitucional Dicas de Direito Constitucional Olá Concursando, Hoje vamos estudar um pouco de Direito Constitucional, passando pela Teoria do Direito Constitucional e abarcando também o art. 1º da Constituição Federal

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Princípios Fundamentais da República Forma, Sistema e Fundamentos da República Parte 2. Profª. Liz Rodrigues - Forma de Governo: aqui, temos informações relativas a como se dá a

Leia mais

Rodada #1 Direito Constitucional

Rodada #1 Direito Constitucional Rodada #1 Direito Constitucional Professor Frederico Dias Assuntos da Rodada NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL: Constituição: dos princípios fundamentais. Dos direitos e garantias fundamentais: dos direitos

Leia mais

Rodada #1 Direito Constitucional

Rodada #1 Direito Constitucional Rodada #1 Direito Constitucional Professor Frederico Dias Assuntos da Rodada DIREITO CONSTITUCIONAL: 1 Constituição. 1.1 Conceito, classificações, Princípios fundamentais. 2 Direitos e garantias fundamentais.

Leia mais

Curso de Direito Constitucional em Exercícios para o Tribunal de Justiça de Alagoas

Curso de Direito Constitucional em Exercícios para o Tribunal de Justiça de Alagoas 2012 Curso de Direito Constitucional em Exercícios para o Tribunal de Justiça de Alagoas Comum a todos os cargos, exceto Analista Judiciário Especializado área judiciária: auxiliar judiciária e técnico

Leia mais

AULA 0. Princípios Fundamentais Professores Vítor Cruz e Rodrigo

AULA 0. Princípios Fundamentais Professores Vítor Cruz e Rodrigo AULA 0 Direito Constitucional Princípios Fundamentais Professores Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br www.pontodosconcursos.com.br Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 1 Aula 0 Olá Pessoal,

Leia mais

Constitucional. Aspectos Gerais do Direito. Direito. Constitucional

Constitucional. Aspectos Gerais do Direito. Direito. Constitucional Direito Constitucional Aspectos Gerais do Direito Constitucional Preâmbulo Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado

Leia mais

ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

ORGANIZAÇÃO DO ESTADO ORGANIZAÇÃO DO ESTADO www.trilhante.com.br ÍNDICE 1. FEDERALISMO... 4 Estado Federal...4 O Federalismo no Brasil... 5 2. ENTES FEDERATIVOS...8 A União... 8 Estados-Membros...9 Criação de Novos Estados...

Leia mais

6. Poder Executivo Atribuições do Presidente da República e dos ministros de Estado. Exercícios de Fixação

6. Poder Executivo Atribuições do Presidente da República e dos ministros de Estado. Exercícios de Fixação SUMÁRIO 1. Constituição Conceito Classificações Princípios fundamentais 2. Direitos e garantias fundamentais Direitos e deveres individuais e coletivos Direitos sociais Nacionalidade Cidadania Direitos

Leia mais

FRACION SANTOS DIREITO CONSTITUCIONAL

FRACION SANTOS DIREITO CONSTITUCIONAL FRACION SANTOS DIREITO CONSTITUCIONAL 1. (CESPE 2013 AGU Procurador Federal) Considerando o entendimento prevalecente na doutrina e na jurisprudência do STF sobre o preâmbulo constitucional e as disposições

Leia mais

AULA 0 Direito Constitucional Princípios Fundamentais.

AULA 0 Direito Constitucional Princípios Fundamentais. AULA 0 Direito Constitucional Princípios Fundamentais Aula 3 Olá futuro Servidor. Tudo certo? É um imenso prazer estar aqui para ministrar mais esse curso por este importante Portal. É realmente uma honra

Leia mais

Direito Constitucional

Direito Constitucional Direito Constitucional Aula 03 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades, conteúdos

Leia mais

TEMA 1: ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA DO ESTADO BRASILEIRO

TEMA 1: ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA DO ESTADO BRASILEIRO TEMA 1: ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA DO ESTADO BRASILEIRO A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado

Leia mais

Unidade I INSTITUIÇÕES DO DIREITO. Prof. Me. Edson Guedes

Unidade I INSTITUIÇÕES DO DIREITO. Prof. Me. Edson Guedes Unidade I INSTITUIÇÕES DO DIREITO Prof. Me. Edson Guedes 1. Introdução ao Direito 1.1 Origem do Direito: Conflitos humanos; Evitar a luta de todos contra todos; 1. Introdução ao Direito 1.2 Conceito de

Leia mais

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos... Parágrafo

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO

DIREITO ADMINISTRATIVO ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Quando se fala em Estado, Governo e Administração Pública, por vezes entende-se que os termos se equivalem ou remetem à mesma coisa, porém de maneira conceitual

Leia mais

CAPÍTULO 01. Noções de Direito Constitucional

CAPÍTULO 01. Noções de Direito Constitucional CAPÍTULO 01 Introdução ao Direito Constitucional Noções Gerais Para iniciarmos o estudo do Direito Constitucional, alguns conceitos precisam ser esclarecidos, principalmente para aqueles que nunca tiveram

Leia mais

Aula 3 O Estado. Objetivos:

Aula 3 O Estado. Objetivos: Aula 3 O Estado Objetivos: a) Conhecer a estrutura política e jurídica de um Estado; b) Conhecer a estrutura política e jurídica do Estado brasileiro; c) Relacionar o conhecimento da estrutura política

Leia mais

Aula Demonstrativa. Cobrança literal dos Princípios Fundamentais art. 1º ao 4º da Constituição:... 4

Aula Demonstrativa. Cobrança literal dos Princípios Fundamentais art. 1º ao 4º da Constituição:... 4 Aula Demonstrativa Sumário Apresentação... 1 Sobre o curso:... 2 Princípios Fundamentais:... 4 Como esse tema é cobrado em provas?... 4 Conceito:... 4 Cobrança literal dos Princípios Fundamentais art.

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL Professor Vinícius Casalino

DIREITO CONSTITUCIONAL Professor Vinícius Casalino DIREITO CONSTITUCIONAL Professor Vinícius Casalino CAPÍTULO 01 CONCEITOS BÁSICOS 1.1. Direito Constitucional O direito constitucional tem por objeto de estudo a Constituição política de determinado Estado.

Leia mais

ORGANIZAÇÃO DO ESTADO 1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

ORGANIZAÇÃO DO ESTADO 1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES TEORIA GERAL DO ESTADO Prof. Thiago Gomes 1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES A organização e estrutura do Estado podem ser analisadas triplamente: Forma de governo: República ou Monarquia Sistema de governo:

Leia mais

NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 145 QUESTÕES DE PROVAS IBFC POR ASSUNTOS 06 QUESTÕES DE PROVAS FCC 24 QUESTÕES ELABORADAS PELO EMMENTAL Edição Maio 2017 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. É vedada a reprodução

Leia mais

CONFIGURAÇÕES JURÍDICO-POLÍTICAS DO ESTADO - FORMAS DE ESTADO

CONFIGURAÇÕES JURÍDICO-POLÍTICAS DO ESTADO - FORMAS DE ESTADO CONFIGURAÇÕES JURÍDICO-POLÍTICAS DO ESTADO - FORMAS DE ESTADO José Cretella Júnior Teoria do Estado e da Constituição Prof. Dr. João Miguel da Luz Rivero jmlrivero@gmail.com Estado concepção clássica Entende-se

Leia mais

QUESTÕES. 13 É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença

QUESTÕES. 13 É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença QUESTÕES 1 A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: a soberania;

Leia mais

Rodada #1 Direito Constitucional

Rodada #1 Direito Constitucional Rodada #1 Direito Constitucional Professor Frederico Dias Assuntos da Rodada NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL: Princípios fundamentais da ordem constitucional. Da aplicabilidade das normas constitucionais:

Leia mais

Rodada #1 Lei Orgânica do DF

Rodada #1 Lei Orgânica do DF Rodada #1 Lei Orgânica do DF Professor Ricardo Gomes Assuntos da Rodada LEI ORGÂNICA DO DISTRITO FEDERAL: Organização do Distrito Federal; Organização Administrativa do Distrito Federal; Competências do

Leia mais

A CASA DO SIMULADO DESAFIO QUESTÕES MINISSIMULADO 29/360

A CASA DO SIMULADO DESAFIO QUESTÕES MINISSIMULADO 29/360 1 DEMAIS SIMULADOS NO LINK ABAIXO CLIQUE AQUI REDE SOCIAL SIMULADO 29/360 CONSTITUCIONAL INSTRUÇÕES TEMPO: 30 MINUTOS MODALIDADE: CERTO OU ERRADO 30 QUESTÕES CURTA NOSSA PÁGINA MATERIAL LIVRE Este material

Leia mais

Constituição Federal anotada para concursos

Constituição Federal anotada para concursos AMOSTRA DA OBRA www.editoraferreira.com.br O sumário aqui apresentado é reprodução fiel do livro Constituição Federal anotada para concursos 4ª edição. Vítor Cruz Constituição Federal anotada para concursos

Leia mais

Turma e Ano: Estado Federal Brasileiro 2016 Matéria / Aula: Estado Federal Brasileiro 08 Professor: Marcelo Tavares Monitor: Laura de Almeida Campos

Turma e Ano: Estado Federal Brasileiro 2016 Matéria / Aula: Estado Federal Brasileiro 08 Professor: Marcelo Tavares Monitor: Laura de Almeida Campos Turma e Ano: Estado Federal Brasileiro 2016 Matéria / Aula: Estado Federal Brasileiro 08 Professor: Marcelo Tavares Monitor: Laura de Almeida Campos Aula 08 Exercícios 1 Tendo em vista o dispositivo no

Leia mais

Aula 08 POSICIONAMENTO DE CANOTILHO

Aula 08 POSICIONAMENTO DE CANOTILHO Página1 Curso/Disciplina: Direito Constitucional Objetivo Aula: Posicionamento de Canotilho. Eficácia dos Princípios (Luis Roberto Barroso). Classificação Material dos Princípios Constitucionais 08 Professor

Leia mais

Direito Constitucional PROFESSORA: ADENEELE GARCIA

Direito Constitucional PROFESSORA: ADENEELE GARCIA Direito Constitucional PROFESSORA: ADENEELE GARCIA PRINCÍPIOS DE REGÊNCIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações

Leia mais

Instituições de Direito Profª Mestre Ideli Raimundo Di Tizio p 42

Instituições de Direito Profª Mestre Ideli Raimundo Di Tizio p 42 Instituições de Direito Profª Mestre Ideli Raimundo Di Tizio p 42 DIREITO CONSTITUCIONAL O Direito Constitucional é o ramo do Direito Público que estabelece as normas que estruturam o Estado e sua organização

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Organização Político-Administrativa do Estado O Federalismo brasileiro Profª. Liz Rodrigues - Características da Federação: a. Caráter indissolúvel do vínculo federativo: uma vez

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Princípios Fundamentais da República Forma, Sistema e Fundamentos da República Prof. AlexandreDemidoff Forma, Sistema e Fundamentos da República Previsão Constitucional da forma

Leia mais

Aula Demonstrativa Princípios Fundamentais.

Aula Demonstrativa Princípios Fundamentais. Bom dia! É muito bom ter a oportunidade de elaborar mais um curso aqui no Ponto. Ainda mais um curso online, hábil a alcançar tantas pessoas que se situam longe dos grandes centros e objetivam passar num

Leia mais

ARGUMENTO º ANO E.M. A B C D E ATUALIDADES

ARGUMENTO º ANO E.M. A B C D E ATUALIDADES ARGUMENTO 2017 1º ANO E.M. A B C D E ATUALIDADES República Federativa do Brasil ASPECTOS DA ESTRUTURA POLÍTICO- CONSTITUCIONAL DO ESTADO BRASILEIRO. REPÚBLICA - forma de governo em que o Chefe de Estado

Leia mais

ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

ORGANIZAÇÃO DO ESTADO Curso/Disciplina: Noções de Direito Constitucional / 2017 Aula: Organização do Estado - Noções Gerais - Territórios Federais - Município e Estado / Aula 27 Professor: Luis Alberto Monitora: Kelly Silva

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL AULA 4 ESTADO FEDERAL QUESTÕES COMENTADAS

DIREITO CONSTITUCIONAL AULA 4 ESTADO FEDERAL QUESTÕES COMENTADAS ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DE PERNAMBUCO DIREITO CONSTITUCIONAL AULA 4 ESTADO FEDERAL QUESTÕES COMENTADAS 1) (FCC - 2012 - DPE-SP - Defensor Público) A forma federativa de Estado é um importante instrumento

Leia mais

Direito Constitucional ALERJ Aula 00 Princípios Fundamentais

Direito Constitucional ALERJ Aula 00 Princípios Fundamentais Aula 0 Direito Constitucional Princípios Fundamentais Professor: Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 1 Aula 00 Aula Demonstrativa Aula 00 Aula Aula Demonstrativa 0 Olá Pessoal, tudo certo?! Daremos hoje início

Leia mais

b) A garantia do desenvolvimento nacional, a erradicação da pobreza e da marginalização e a redução das desigualdades sociais e regionais.

b) A garantia do desenvolvimento nacional, a erradicação da pobreza e da marginalização e a redução das desigualdades sociais e regionais. Os candidatos que já anteciparam a preparação para o concurso da Polícia Civil de Minas (PC-MG) contam com um teste de Direito Constitucional. As questões foram elaboradas, pelo professor Saulo Viana que

Leia mais

SESSÃO DA TARDE COM A PROFESSORA BRUNA VIEIRA FORMAÇÃO DE ESTADOS E MUNICÍPIOS

SESSÃO DA TARDE COM A PROFESSORA BRUNA VIEIRA FORMAÇÃO DE ESTADOS E MUNICÍPIOS Direito Constitucional SESSÃO DA TARDE COM A PROFESSORA BRUNA VIEIRA FORMAÇÃO DE ESTADOS E MUNICÍPIOS 1 -Criação e a extinção dos Estados (art. 18, 3º e 4º, da CF) Incorporação (ou fusão); Subdivisão (ou

Leia mais

AULA Conteúdo da aula: Tipos de Governo. Sistemas de Governo. Regime político. Direitos Fundamentais (início).

AULA Conteúdo da aula: Tipos de Governo. Sistemas de Governo. Regime político. Direitos Fundamentais (início). Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Direito Constitucional / Aula 20 Professor: Marcelo Leonardo Tavares Monitora: Mariana Simas de Oliveira AULA 20 1 Conteúdo da aula: Tipos de Governo. Sistemas

Leia mais

LEGISLAÇÃO COMERCIAL E TRIBUTÁRIA AULA V

LEGISLAÇÃO COMERCIAL E TRIBUTÁRIA AULA V LEGISLAÇÃO COMERCIAL E TRIBUTÁRIA AULA V IV DIREITO CONSTITUCIONAL (continuação) 1. Poder Constituinte Poder Constituinte é o poder que o povo atribui aos Constituintes, pessoas eleitas com o poder-obrigação

Leia mais