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1 TJ - Exercícios Direito Penal Exercícios Emerson Castelo Branco 2014 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor.

2 (CESPE 2013) De acordo com o Código Penal, a incidência da exclusão de culpabilidade na coação irresistível ocorre apenas nos casos de coação física ou vis absoluta, uma vez que, na coação moral, há apenas redução do poder de escolha da vítima entre praticar ou omitir a conduta ou sofrer as consequências da coação. Resposta: Errado. A coação física ou vis absoluta é causa de exclusão do fato típico, enquanto a coação moral irresistível exclui a culpabilidade, por inexigibilidade de conduta diversa. (MPU CESPE 2013) A lei regulará a individualização da pena, proibidas, em qualquer situação, a pena de morte, a de caráter perpétuo, a de trabalhos forçados, a de banimento e a cruel. Resposta: Errado. A afirmação somente está errada em razão da expressão em qualquer situação. No caso de guerra, é cabível pena de morte (exceção), nos termos da alínea a, do inc. XLVII, do art. 5., da CF/88. (MPU CESPE 2013) Em relação às excludentes de ilicitude, na hipótese de legítima defesa, o agente deve agir nos limites do que é estritamente necessário para evitar injusta agressão a direito próprio ou de terceiro. Resposta: Correto. A ação deve ser somente aquela estritamente necessária para repelir a injusta agressão. (MPU CESPE 2013) Por caracterizar inexigibilidade de conduta diversa, a coação moral ou física exclui a culpabilidade do crime. Resposta: Errado. A coação física irresistível exclui o fato típico. (MPU CESPE 2013) Tratando-se de concurso de agentes, quando comprovada a vontade de um dos autores do fato em participar de crime menos grave, a pena será diminuída até a metade, na hipótese de o resultado mais grave ter sido previsível, não podendo, contudo, ser inferior ao mínimo da pena cominada ao crime efetivamente praticado. Resposta: Errado. Nos termos do 2º, do art. 29, do CP, se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. (MPU CESPE 2013) A inserção, em assentamento de registro civil, de declaração falsa com vistas à alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante configura crime de falsidade ideológica, com aumento de pena em razão da natureza do documento. Prof. Emerson Castelo Branco 2

3 Resposta: Correto. A falsidade ideológica, prevista no art. 299, do CP, consiste na conduta de omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante. De acordo com o parágrafo único, se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte. (2012 CESPE/UNB) Será submetido ao Código Penal brasileiro o agente, brasileiro ou não, que cometer, ainda que no estrangeiro, crime contra administração pública, estando a seu serviço, ou cometer crime contra o patrimônio ou a fé pública da União, de empresa pública ou de sociedade de economia mista. A circunstância de a conduta ser lícita no país onde foi praticada ou de se encontrar extinta a punibilidade será irrelevante para a responsabilização penal do agente no Brasil. Resposta: Correto. Trata-se de hipótese do princípio da defesa (real, ou de proteção), segundo o qual se aplica a lei penal brasileira, independentemente de fronteiras, se o bem jurídico for de proteção especial (art. 7.º, inciso I, alíneas a, b, c, do CP). Situações: crimes contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; contra a administração pública, por quem está a seu serviço. E a circunstância de a conduta ser lícita no país onde foi praticada ou de se encontrar extinta a punibilidade será irrelevante para a responsabilização penal do agente no Brasil, porque se trata de extraterritorialidade incondicionada. Diz-se incondicionada, porque não se subordina a qualquer condição para atingir um crime cometido fora do território nacional. (2012 CESPE/UNB) Conflitos aparentes de normas penais podem ser solucionados com base no princípio da consunção, ou absorção. De acordo com esse princípio, quando um crime constitui meio necessário ou fase normal de preparação ou execução de outro crime, aplica-se a norma mais abrangente. Por exemplo, no caso de cometimento do crime de falsificação de documento para a prática do crime de estelionato, sem mais potencialidade lesiva, este absorve aquele. Resposta: Correto. Trata-se da exata definição do princípio da consunção (ou da absorção). Nas exatas palavras de André Estefam, o princípio em tela faz com que um crime que figure como fase normal de preparação ou execução de outro seja por este absorvido. Assim, por exemplo, se uma pessoa pretende matar outra e, para isto, lhe produz diversas lesões que, ao final, causam-lhe a morte, as lesões corporais (crimes-meios) são absorvidas (ou consumidas) pelo homicídio (crime-fim). O crime pelo qual o agente responde denomina- Prof. Emerson Castelo Branco 3

4 se crime consuntivo e aquele(s) absorvido(s), crime(s) consumido(s). (ESTEFAM, André. Curso de Direito Penal, v. I, 2.ª ed, São Paulo: Saraiva, 2011) (2012 CESPE/UNB) Configura-se o crime continuado seja no caso de crime culposo, seja no de crime tentado ou no de consumado quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie. Consideradas, então, as condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, os crimes subsequentes devem ser havidos como continuação do primeiro. Resposta: Correto (anulável). O assunto é extremamente controvertido. De fato, é possível continuidade delitiva em crime culposo se a teoria adotada for a puramente objetiva, porque nesta interessa verificar apenas requisitos objetivos, isto é, circunstâncias semelhantes de tempo, lugar, modo de execução, dentre outras, em crimes da mesma espécie. Entretanto, caso seja adotada a teoria objetivo subjetiva, não será possível a continuidade delitiva em crimes culposos, justamente porque esta exige a unidade de desígnios; isto é, como bem explica Cleber Masson, os vários crimes resultam de plano previamente elaborado pelo agente. (MASSON, Cleber. Direito Penal Esquematizado - Parte Geral, 3.ª ed., São Paulo: Método, 2010, pág 700). Apesar do item 59 da Exposição de Motivos do Código Penal adotar a teoria puramente objetiva, a corrente majoritária no âmbito do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal é a teoria objetivo-subjetivo, daí porque referida questão deve ser anulada. (2012 CESPE/UNB) No que diz respeito ao concurso de pessoas, o sistema penal brasileiro adota a teoria monista, ou igualitária, mas de forma temperada, pois estabelece graus de participação do agente de acordo com a sua culpabilidade, inclusive em relação à autoria colateral ou acessória, configurada quando duas ou mais pessoas produzem um evento típico de modo independente uma das outras. Resposta: Errado. Existindo autoria colateral, não existirá concurso de agentes, pois para configurar o concurso é obrigatório o nexo subjetivo. Portanto, a teoria monista não foi adotada em relação à autoria colateral. Na verdade, em matéria de responsabilidade penal, na autoria colateral, cada agente responderá por um crime distinto, de acordo com aquilo que deu causa. (2012 CESPE/UNB) O fato de determinada conduta ser considerada crime somente se estiver como tal expressamente prevista em lei não impede, em decorrência do princípio da anterioridade, que sejam sancionadas condutas praticadas antes da vigência de norma excepcional ou temporária que as caracterize como crime. Resposta: Errado. Afirmação completamente absurda. Jamais se admitiria o sancionar condutas antes da vigência da norma penal, seja do tipo excepcional ou não. Prof. Emerson Castelo Branco 4

5 (2012 CESPE/UNB) Luiz, proprietário da mercearia Pague Menos, foi preso em flagrante por policiais militares logo após passar troco para cliente com cédulas falsas de moeda nacional de R$ 20,00 e R$ 10,00. Os policiais ainda apreenderam, no caixa da mercearia, 22 cédulas de R$ 20,00 e seis cédulas de R$ 10,00 falsas. Nessa situação, as ações praticadas por Luiz guardar e introduzir em circulação moeda falsa configuram crime único. Resposta: Correto. O crime de moeda falsa (art. 289, CP), na forma do 1., constitui um tipo penal misto alternativo, com várias ações nucleares: adquirir, vender, guardar, introduz em circulação, consumando-se numa conduta ou noutra. Quando se consuma numa destas condutas, as subsequentes, que porventura venham a ser praticadas como decorrência da primeira, são tidas como exaurimento, havendo crime único, em razão do mesmo contexto fático. (2012 CESPE/UNB) Pedro se opôs à execução de diligência policial cujo objetivo era investigá-lo e recusou-se a colaborar com os agentes que a realizaram, razão por que a diligência não pôde ser executada. Nessa situação, Pedro não pode ser responsabilizado criminalmente por não ter atendido às ordens policiais, uma vez que o sistema penal brasileiro não pune a resistência passiva, tampouco a caracteriza como delito de desobediência. Resposta: Correto. A denominada resistência passiva não constitui crime, pois não há violência contra a autoridade. Portanto, se agarrar num poste; correr; cair; pular muro; entrar no mar são condutas que não caracterizam o crime de resistência. E a recusa em colaborar com a diligência realizada pela autoridade policial com o objetivo de investigá-lo não poderia caracterizar crime de desobediência. (2012 CESPE/UNB) Juan, cidadão espanhol, que havia sido expulso do Brasil após cumprimento de pena por tráfico internacional de drogas, retornou ao país, sem autorização de autoridade competente, para visitar sua companheira e seu filho, nascido no curso do cumprimento da pena. Nessa situação, para que o simples reingresso de Juan ao Brasil configurasse crime, seria necessário que ele praticasse nova infração, de natureza dolosa, em território nacional. Resposta: Errado. Afirmação completamente absurda. O crime se consuma com o efetivo reingresso do agente, ou seja, quando ele transpõe as fronteiras do território nacional, independentemente de qualquer resultado danoso. Prof. Emerson Castelo Branco 5

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