078/15 26/05/2015. Análise Setorial. Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados
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1 078/15 26/05/2015 Análise Setorial Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados Maio de 2015
2 Sumário 1. Perspectivas do Cenário Econômico em Balança Comercial de Março de Produtividade Física do Trabalho na Indústria de Transformação em Março de BRASIL... 7 ESTADO DE SÃO PAULO Empregos e Salários nos Setores CNAE do Sindicato...13 SINDIBOR - SINDICATO DA INDÚSTRIA DE ARTEFATOS DE BORRACHA NO ESTADO DE SÃO PAULO Setores CNAE nos Sindicatos Evolução da Ocupação Evolução Real dos Salários
3 1. Perspectivas do Cenário Econômico em 2015 A deterioração dos principais indicadores econômicos e o ambiente repleto de incertezas deverão levar a uma significativa contração do PIB em 2015, com destaque às quedas dos investimentos e da indústria de transformação. As medidas de ajuste econômico apresentadas pelo Governo, com o intuito de reequilibrar as contas públicas e realinhar os chamados preços administrados exercerão impactos contracionistas sobre a atividade no curto prazo. A propósito, vale lembrar que o resultado primário consolidado do setor público encerrou 2014 com um déficit de 0,6% do PIB. Para 2015, a meta oficial de superávit primário corresponde a 1,2% do PIB, que para ser alcançada requer um enorme esforço fiscal, da ordem de 1,8% do PIB. Diante do forte aumento da inflação efetiva e esperada, com destaque à substancial elevação dos preços administrados (a expectativa do mercado é de uma alta de 13,5% em 2015), o Banco Central vem adotando um aperto monetário de maior magnitude em relação à perspectiva no final de Além das políticas fiscal e monetária mais apertadas, alguns choques negativos foram incorporados ao cenário já adverso da economia doméstica. Dentre eles, destaca-se a crise da Petrobrás, cujos investimentos têm importante participação no total do investimento nacional, respondendo por aproximadamente 10% da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF). Em 2015, as inversões da estatal deverão registrar forte queda de 30% em relação ao ano anterior, levando a um impacto negativo de 0,9 p.p sobre o PIB brasileiro, segundo estimativas do Depecon/Fiesp. Devido ao ambiente bastante incerto e de piora dos fundamentos econômicos, a confiança do empresário e do consumidor vem mostrando expressiva deterioração nos últimos meses, reforçando o nosso prognóstico de que o ano de 2015 será muito difícil para a economia brasileira, principalmente para a indústria de transformação e para os investimentos. Especificamente para o PIB da indústria de transformação, projetamos uma queda de 4,9% este ano. A despeito da significativa desvalorização do Real frente ao Dólar, que traz ganhos de competitividade para a indústria nacional, a combinação de diversos fatores negativos prejudicará a retomada do setor. Entre os principais vetores adversos, destacamos: a retirada de alguns mecanismos importantes como o Reintegra e a Desoneração da Folha de Pagamento; a elevação da tarifa de energia elétrica; o aumento da taxa de juros; a 3
4 Setor Externo Ótica da Demanda Ótica da Oferta desaceleração do consumo doméstico; o recuo da confiança industrial; a continuidade da crise econômica da Argentina; e a crise da Petrobrás, grande demandante de diversas cadeias industriais. Em suma, considerando a piora substancial dos fundamentos econômicos, tais como menor renda disponível e elevação da taxa de juros, além da ocorrência de choques negativos, com destaque para a crise na Petrobrás, acreditamos que o PIB brasileiro sofrerá recuo em torno de 1,5% em INDICADORES Efetivo Projeções Crescimento do PIB (%) PIB Indústria (%) Extrativa Mineral (%) Transformação (%) Construção Civil (%) Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP) (%) PIB Agropecuária (%) PIB Serviços (%) Consumo das Famílias (%) Consumo do Governo (%) Formação Bruta de Capital Fixo (%) Exportações de Bens e Serviços (%) Importações de Bens e Serviços (%) Exportações (US$ bilhões) Importações (US$ bilhões) Saldo da Balança Comercial (US$ bilhões) Exportações (%) Importações (%) PIM - IBGE/Produção Física Brasil (%) INA - FIESP (%) Emprego Industrial São Paulo - FIESP (%) Emprego Industrial Brasil - IBGE (%) Fonte: IBGE, Fiesp, e Secex/MDIC 4
5 2. Balança Comercialde Abril de 2015 Em abril de 2015, a balança comercial brasileira apresentou um superávit comercial de US$ 491milhões de dólares, umaqueda de 3,0% em relação aos US$ 506milhões de superávit em abril de 2014.As exportações atingiram US$ 15,2 bilhões, ao passo que as importações chegaram a US$ 14,7 bilhões. No acumulado do ano, as exportações somaram US$ 57,9 bilhões, 16,4% abaixo do observado no mesmo período de 2014 (US$ 69,3 bilhões). Por sua vez, de janeiro a abril de 2015, as importações atingiram US$ 63,0 bilhões, queda de15,9% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado, US$ 74,9 bilhões. O saldo comercial no acumulado do ano é um déficit de US$ 5,1bilhões, enquanto,de janeiro a abril de 2014, o saldo comercial foi um déficit de US$ 5,6 bilhões. Analisando as exportações do acumulado de janeiro a abril de 2015 por fator agregado (básicos, semimanufaturados e manufaturados), temosqueda das exportações de básicos (- 28,9%),semimanufaturados (-20,0%) e manufaturados (-10,0%)em relação ao mesmo período de Dos produtos básicos que tiveram quedadas exportações, podemos destacar milho em grão, minério de ferro, soja em grão, carnes salgadas, farelo de soja, miudezas de animais comestíveis, carne suína, carne de frango, carne bovina, fumo em folhas e café em grão. Quanto aos produtos semimanufaturados, as principais quedas das exportações em 2015 foramde ferro fundido, ouro em forma semimanufaturada, açúcar em bruto, semimanufaturados de ferro/aço, catodos de cobre, borracha sintética, óleo de soja em bruto, ferro-ligas, couros e peles, estanho em bruto, catodos de níquel e celulose. No que se refere aos manufaturados, dos quatro setores que mais exportaram em 2015, três apresentaram quedaem relação ao mesmo período de 2014: químicos (-14,5%); veículos automotores (-13,3%) e alimentos (-10,9%). A exceção foi o setor de metalurgia, que apresentou um aumento de 8,3% das exportações no período. O gráfico abaixo mostra as exportações acumuladasde janeiro a abril de 2014 e
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7 3. Produtividade Física do Trabalho na Indústria de Transformação em Março de BRASIL Em março de 2015, a produção industrial apresentou queda de 6,1% no acumulado em 12 meses, enquanto o número de horas trabalhadas na produção apresentou queda de 5,8% nesta comparação. Como 1 O indicador de produtividade é elaborado mensalmente pelo Depecon/Fiesp a partir dos dados das pesquisas PIM-PF do IBGE, Indicadores Industriais da CNI e Levantamento de Conjuntura da Fiesp. Um relatório mais completo fica disponível no site: 7
8 a queda da produção foi maior que do número de horas trabalhadas na produção, a produtividade caiu 0,3% no mês. de 0,3% no acumulado em 12 meses terminados em março. Já o nono resultado negativo nesta comparação. Setores com aumento de produtividade Setores com queda de produtividade 8
9 Variação do Custo Unitário do Trabalho = Variação da Remuneração Real Mensal - Variação da Produtividade = Variação do custo com o trabalho em uma unidade de produto Em termos de Em termos de + Quando positivo = trabalho, ficou mais caro produzir uma - Quando negativo = trabalho, ficou mais barato produzir uma unidade de produto unidade de produto Apesar da queda da produtividade em março, a remuneração real média apresentou crescimento de 0,6%, elevando o custo unitário do trabalho em 0,9 pontos percentuais. 9
10 Custo Unitário do Trabalho já vem aumentando seguidamente desde fevereiro de 2014Queda Em termos de trabalho, ficou mais caro produzir uma unidade de produto Em termos de trabalho, ficou mais barato produzir uma unidade de produto 10
11 ESTADO DE SÃO PAULO No Estado de São Paulo, em março de 2015, a produção industrial apresentou queda de 6,8% no acumulado em 12 meses, enquanto o número de horas trabalhadas na produção apresentou queda de 8,2% nesta comparação. Como a queda das horas trabalhadas na produção foi maior que a queda daprodução, a produtividade cresceu1,6%. Isso significa, que a produtividade aumentou, mas não da forma mais positiva. 11
12 Ganhos de produtividade acompanhados de queda da produção já desde maio de 2014 Setores com aumento de produtividade Setores com queda de produtividade Com um aumento de 1,6% na produtividade e uma queda de 2,7% na remuneração real média em março, na variação acumulada em 12 meses, o custo unitário do trabalho apresentou uma queda de 4,3 pontos percentuais. 12
13 Custo Unitário do Trabalho vem caindo desde janeiro de 2013 Em termos de trabalho, ficou mais caro produzir uma unidade de produto Em termos de trabalho, ficou mais barato produzir uma unidade de produto 4. Empregos e Salários nos Setores CNAE do Sindicato Os dados a seguir visam a apresentar um panorama geral sobre os setores incluídos no sindicato patronal quanto ao emprego e a remuneração média no Estado de São Paulo. A partir da informação dos setores CNAE representados pelo sindicato, levantamos dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) contidos na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) para os setores contidos no sindicato dentro do Estado de São Paulo. 13
14 SINDIBOR - SINDICATO DA INDÚSTRIA DE ARTEFATOS DE BORRACHA NO ESTADO DE SÃO PAULO 4.1. Setores CNAE nos Sindicatos O SINDIBOR inclui os seguintes setores CNAE 2.0: : Reforma de pneumáticos usados : Fabricação de artefatos de borracha não especificados anteriormente 4.2. Evolução da Ocupação Segundo dados da RAIS e do CAGED do Ministério do Trabalho para o Estado de São Paulo, em 2014, o emprego formal nos setores do sindicato 2 apresentou uma queda de 6,3%. Este já é o quarto ano seguido de queda do nível de emprego formal nos setores. Na Indústria de Transformação, o emprego formalapresentou queda de 4,0% em Empregados Formais no Estado de São Paulo Setores SINDIBOR Indústria de Transformação Variação % em Nº de relação ao ano empregados anterior Nº de empregados Variação % em relação ao ano anterior ,3% ,0% ,3% ,5% ,5% ,7% ,6% ,8% ,8% ,8% ,4% ,4% ,5% ,2% 2014* ,0% ,3% Fonte: RAIS e CAGED / MTE *Valores estimados a partir do CAGED / MTE No acumulado de janeiro a abril de 2015, enquanto a Indústria de Transformação paulista apresentou umaqueda de 0,3% no nível de emprego, os setores do sindicato apresentaram umaqueda de 1,0% no nível de emprego formal. 2 Os dados levam em conta os setores CNAE 2.0 do sindicato no Estado de São Paulo, não representando necessariamente as empresas associadas ao sindicato. 14
15 Em termos de saldo de empregos no ano, os setores do sindicato apresentaram um saldo negativo de 338vagas entre janeiro e abril de 2015, o pior resultado para este período desde 2009, quando foram fechadas vagas nos primeiros quatro meses do ano. Saldo de Empregos Formais Acumulado no Ano (Janeiro a Abril) Estado de São Paulo Indústria de Transformação Setores SINDIBOR Saldo Saldo Variação % Acumulado Acumulado Variação % ,2% ,9% ,0% ,8% ,1% ,4% ,9% ,9% ,9% 222 0,6% ,0% -89-0,2% ,9% 700 1,9% ,3% ,6% ,3% ,0% Fonte: CAGED/MTE (série ajustada - incorpora as informações entregues fora prazo) 4.3. Evolução Real dos Salários Entre 2006 e 2014, a remuneração mensal médiados setores do sindicato no estado acumulou um aumento real de 13,7%, deflacionado pelo INPC, considerando a variação do acordo coletivo do sindicato para Remuneração Mensal Média em R$ de 2014* Setores SINDIBOR Valor em R$ Variação % em relação ao ano anterior Variação % acumulada de 2006 a ,3% ,6% ,4% ,4% ,1% ,4% ,4% ** ,7% 13,7% Fonte: RAIS/MTE e IBGE * Valores deflacionados pelo INPC do IBGE ** Valor de 2014 estimado a partir do acordo coletivo. Pelo acordo coletivo, o aumento salarial em 2014 foi de 7,00%. 15
16 200 Evolução da Remuneração Mensal Média em US$ e em R$ de 2014* Setores SINDIBOR - São Paulo Número Índice (2006 = 100) Em US$ Em R$ de ,3 169,9 168,0 164, ,8 144, ,0 123,6 100,0 112,9 113, ,7 109,2 100,0 104,5 101,3 100,7 97, ** Fonte: RAIS/MTE, IBGE e BACEN *Valores deflacionados pelo INPC ** Valor de 2014 estimado a partir do acordo coletivo. 16
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