AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA CRECHE DO MUNICÍPIO DE BONITO-PE
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- Isaque Barroso Correia
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1 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA CRECHE DO MUNICÍPIO DE BONITO-PE Emanuel Siqueira Guimarães ¹ Diêgo Edmilson de Miranda ² Paulo Ricardo e Silva Esperidião Júnior ³ Ricardo João Da Silva Márcia Virgínia Bezerra Ribeiro 5 RESUMO O presente estudo teve como objetivo avaliar o estado nutricional de escolares de 3 e anos da Creche Municipal Lívia Soares Carneiro leão do município de Bonito-PE. Para este estudo foram admitidas crianças de 3 e anos de uma Creche de Bonito-PE no estudo foram analisadas todas as crianças presentes dando um somatório total de 39, sendo considerados peso, altura, data de nascimento e sexo, após os dados foram analisados no Anthro fornecido pela Organização Mundial de Saúde, sendo analisado vertentes peso para altura, peso para idade, altura para idade e IMC para idade, onde os mesmos foram avaliados pelo Escore Z. Após a análise dos resultados foi constatado que haviam 8 crianças em risco nutricional, sendo considerada neste estudo em risco nutricional qualquer que possuísse um dos índices acima ou abaixo. Tendo variações de 5,93 a -3,3. Desta forma observa-se que as avaliações nutricionais de creches são fundamentais, levando em conta que estes estão em uma fase de grande vulnerabilidade e que alguns resultados podem pendurar para o resto da vida. Sendo assim se faz importante evitar a prevalência dos distúrbios nutricionais que podem levar a problemas no desenvolvimento destas crianças. Palavras Chaves: Avaliação Nutricional. Creche. Criança. ABSTRACT This study aimed to evaluate the nutritional status of school children 3 and years of Municipal Creche Livia Soares Carneiro Lion Cute-PE municipality. For this study were admitted children 3 and years of Bonito-PE Creche in the study were analyzed all children present giving a total sum of 39, being considered weight, height, date of birth and gender, after the data were analyzed Anthro provided by the World Health Organization, which analyzed four strands weight for height, weight for age, height for age and BMI for age, where they were evaluated by the score Z. After analyzing the results it was found that there were 8 children in nutritional
2 risk being considered in this study at nutritional risk any who possessed one of the indexes above or below average. Taking variations of 5.93 to Thus it is observed that the nutritional nurseries assessments are fundamental, taking into account that they are in a very vulnerable stage and that some results may hang for the rest of life. Therefore it becomes important to avoid the prevalence of nutritional disorders that can lead to problems in the development of these children. Key Words: Nutritional Assessment. Creche. Child. INTRODUÇÃO A infância é uma fase da vida em que se modelam os comportamentos e onde as crianças criam seus hábitos alimentares que persistiram por toda a vida (Correia, ). No Brasil, a vigilância dos hábitos alimentares nesta fase da vida, se dá através de avaliação do estado nutricional, que deverá ocorrer de forma sistemática e incessante, tendo em vista que, o Brasil ainda encontrar-se no estágio de desenvolvimento e com sua população portadora de diversos distúrbios nutricionais como obesidade, desnutrição e deficiências diversas. (Fundação Internacional de Nutrição, 999). Para Monteiro (995), a condição nutricional da população infantil brasileira nos dá a possibilidade de aferir não somente a situação nutricional, como também, a evolução das condições de saúde e de vida da população no geral. Ainda segundo o autor, o estado nutricional está diretamente ligado ao atendimento das necessidades básicas como alimentação, acesso aos serviços de saúde, saneamento, a educação entre outros. Como forma de minimizar e garantir as condições necessárias vida para nossas crianças foi aprovado pela Presidência da República em de dezembro de 996, a Lei de número 9.39/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que preconiza a oferta a educação infantil em creches e pré-escolas, com prioridade no ensino fundamental, com finalidade no desenvolvimento integral da criança, atendendo suas necessidades físicas, psicológicas, intelectuais e sociais (BRASIL, 996). Entre os anos de 975 e 989, observaram-se mudanças significativas no estado nutricional de crianças menores de cinco anos de idade, com redução de 6% na prevalência de desnutrição em todo o país, e tais mudanças está diretamente relacionada à intervenção do governo em ações diretas de assistência a saúde, educação, moradia entre outros (MONTEIRO, 995 e BATISTA, 3).
3 3 Descrito por diversos autores com uma ferramenta indispensável, a avaliação do estado nutricional é usada para aferir possíveis riscos em crianças na fase de desenvolvimento, tendo como objetivo verificar o crescimento e as proporções corporais, visando estabelecer atitudes de intervenção nesta categoria tão vulnerável. E situam que, quanto mais avaliações forem realizadas neste grupo, mais intervenções precoces podem ser instituídas, melhorando por tanto a qualidade de vida da população de forma geral (MELLO, ; JELLIFFE, 968; MONTE, e TORRES, ). No ano de 6, a organização Mundial da Saúde (OMS), colocou à disposição dos profissionais de saúde, dois conjuntos de tabelas e gráficos de evolução, de acordo com a idade e o sexo, de peso, comprimento, estatura, índice de massa corpórea (IMC) e outros parâmetros: as denominadas curvas de crescimento da OMS. Esta ferramenta foi desenvolvida com a finalidade de fornecer aos profissionais um bom referencial para monitorar o crescimento de crianças e adolescentes e também desempenha uma contribuição significativa para a avaliação nutricional no período de crescimento (GARZA, 6 e ONIS, 7). Atualmente, no Brasil, considerando os cuidados metodológicos adotados na sua confecção, as referenciais da OMS, além de serem referenciados por diversas sociedades científicas, também já vêm sendo utilizados por instituições de saúde públicas e privadas, o que enfatiza a necessidade de comparar as tendências de crescimento propostas pelas curvas da OMS com dados reais de nossa população, como já tem sido feito para outras populações (APUD LEONE, 9). OBJETIVO PE. Avaliar o estado nutricional de escolares de 3 e anos de creche do município de Bonito- METODOLOGIA O estudo foi realizado no mês de abril de 6, em uma creche de um bairro com uma comunidade de baixo poder aquisitivo na cidade de Bonito PE, com o intuito da definição da população atendida, como pré-requisito da construção do relatório de saúde pública para termino do estágio obrigatório da Unifavip Devry em nutrição social na área de alimentação escolar.
4 Foram admitidas crianças de 3 e anos das turmas 3 A com 8 alunos, 3 B com 9 alunos e Pre I com alunos, totalizando 39 crianças, sendo excluídas as crianças não presente no momento da pesquisa. No estudo foi considerado as variáveis peso, altura, data de nascimento e sexo, após a coleta estes dados foram analisados no WHO Anthro, fornecido pela Organização Mundial de Saúde, para maior abrangência para este estudo foi considerado vertentes: Peso para altura: Demostra a harmonia entre a massa corporal e estatura, utilizado para identificar tanto o emagrecimento quando o excesso de peso. Peso para idade: Expressa a relação entre a massa corporal e a idade cronológica da criança. Altura para idade: Representa o crescimento linear da criança, demostrando o efeito acumulativo de reações adversas, sendo muito utilizado para aferir a qualidade e vida da população estudada. IMC para idade: Observa a relação entre o peso da criança e sua estatura, utilizado para identificar o excesso de peso. Para diagnostico estes foram analisados na forma do Escore Z, sendo considerado na do Escore Z a faixa de + a -, acima do Escore Z os valores acima de + e Abaixo do Escore Z os valores abaixo de -. RESULTADOS Como critério de análise será observado separadamente os índices peso para altura, peso para idade, altura para idade e IMC para idade separados por sexo, além de classificar todos juntos para uma visão geral e os em risco. Peso para altura
5 5 Grafico : Classificação de Peso para altura 6 5 Peso para altura Meninos Acima 3 Peso para altura Meninos Média Meninos Meninas Peso para altura Meninos Abaixo Peso para altura Meninas Acima Peso para altura Meninas Média Peso para altura Meninas Abaixo Como dito anteriormente o peso para altura ira correlacionar a harmonia entre a massa corporal e estatura, auxiliando para identificar tanto o excesso de peso quanto a desnutrição. Podemos observar logo de início que o sexo feminino se apresenta em melhores resultados tendo em vista que possui uma maior, além de uma menor quantidade de indivíduos acima e nenhum individuo abaixo. Peso para idade Grafico : Classificação de peso para idade Peso para Idade Meninos Acima da Peso para Idade Meninos Média 8 6 Meninos 3 Meninas Peso para Idade Meninos Abaixo Peso para Idade Meninas Acima da Peso para Idade Meninas Média Peso para Idade Meninas Abaixo da
6 6 O peso para idade expressa a relação entre a quantidade de massa corporal para a idade do indivíduo. Nela podemos observar que assim como no gráfico anterior o sexo feminino obteve melhores resultados tendo em vista que possui uma maior, um índice acima e abaixo da menor. Altura para idade Grafico 3: Altura para idade Altura para idade Meninos Acima Altura para idade Meninos Média Altura para idade Meninos Abaixo Altura para idade Meninas Acima Altura para idade Meninas Média Meninos Meninas Altura para idade Meninas Abaixo O índice altura para idade ira demostrar o crescimento linear da criança, demostrando efeitos acumulativos de reações adversas. Neste gráfico mais uma vez o sexo feminino possui mais indivíduos na, e menos indivíduos abaixo ou acima do que o sexo masculino. IMC para idade
7 7 Grafico : IMC para idade 6 6 IMC para idade Meninos Acima da IMC para idade Meninos Média IMC para idade Meninos Abaixo da IMC para idade Meninas Acima da IMC para idade Meninas Média IMC para idade Meninas Abaixo da Meninos O IMC para idade observa a relação entre peso para altura e correlaciona com sua idade. Assim como em todos os gráficos anteriores o sexo feminino possui um maior ajuste tanto na por ter uma quantidade de indivíduos maior, quanto acima ou abaixo dela por possuir uma quantidade de indivíduos menor. Correlacionando as vertentes, observa que em todos os gráficos o sexo feminino apresenta melhores resultados. Diagnostico geral Grafico 5: Diagnostico Nutricional 9.% 8.% 7.% 7.79% 7.35% 76.9% 76.9% 6.% 5.%.% 3.%.%.%.% 3.7%.5%.5%.8%.8% 5.%.56%.56% Peso para Altura Peso para Idade Altura para Idade IMC para Idade Acima do Escore Z Média do Escore Z Abaixo do Escore Z
8 8 Ao correlacionar todos os dados podemos observa que: No vertente peso para altura apesar da maioria 7,79% encontrar-se na indicando que possuem o peso adequado para sua altura, 3,7% encontra-se acima mostrando claramente que a relação entre seu peso e altura está desproporcional, indicando um excesso de peso ou obesidade, já na outra coluna 5,% encontra-se abaixo demostrando que este encontra-se em um possível risco de desnutrição. Além disso podemos observar que este é o maior índice de alunos com sobrepeso ou obesidade, demostrando que elas estão se alastrando em todas as camadas, não ficando hoje mais restrita apenas a população de maior poder aquisitivo, possivelmente estando relacionado ao excesso do consumo de produtos com grandes quantidades de carboidratos simples e gorduras saturadas. Na relação de peso para idade 7,35% encontra-se na esperada, entretanto,8% estão acima, correlacionando o peso para altura com o peso para idade, leva a crer que algum destes indivíduos estão acima do peso para altura mais na no peso para idade, ou seja estes possuem uma possível redução na estatura, levando a diferenças no percentual acima, e abaixo apresenta,8%, maior do que o peso para altura, indicando mais uma vez que estes possuem uma possível redução da estatura. Demostrando tanto nos acima no peso para altura que se tornaram na no peso para idade, quanto os que estavam na do peso para altura que ficam abaixo dela no peso para idade, demostrando que a possível depleção da estatura leva as diferenças vistas nestas vertentes. Ao observar a altura para idade 76,9% estão, demostrando que possui a altura adequada para suas idades,,56% estão acima demostrando que estão maiores do que a esperada, já abaixo possui,5% demostrando realmente o que os outros índices indicavam, que a altura de vários indivíduos estão abaixo, sendo esta muito relacionada a desnutrição, o que pode ser verdadeiro tendo em vista que esta creche está em uma zona de baixa renda, além de demonstrar a qualidade de vida da população estudada. Por fim o IMC para idade nela correlaciona tanto o peso, altura e a idade, 76,9% encontram-se na,,5% acima o que mais uma vez pode se dar devido
9 9 à baixa estatura fazendo o indivíduo ficar com sobrepeso ou obesidade, e,56% está abaixo demostrando que estes se encontram em risco ou na própria desnutrição. Perfil de alunos em risco Classificação da tabela : Perfil dos Alunos em Risco Escala Cor Positivo Negativo Média / Eutrófico X Entre a + Entre a - Ponto acima ou abaixo Entre + a + Entre - a - Ponto acima ou abaixo Entre + a +3 Entre - a -3 3 Ponto acima ou abaixo < +3 > -3 Este gráfico apresenta todos os indivíduos que possuíam ao menos um índice acima da do escore Z, de 39 alunos 8 alunos 6,5% estão com perfil de alunos de risco tendo variações de 5,93 a -3,3, dentre estes destaca-se os indivíduos, 6, 7, 8 e 8 sendo 3 acima da e abaixo.
10 No indivíduo ele encontra-se com 3 vertentes (Peso para altura, peso para idade, e IMC para idade) na classificação pontos acima demostrando que este possivelmente possui uma altura e um peso elevado levando a estes. No indivíduo 6 e 7 encontra-se com 3 vertentes (Peso para altura, peso para idade e IMC para idade) na classificação 3 pontos acima assim como no anterior uma possível estatura mediana junto ao alto peso leva a estes ter essas vertentes bastante acima. No indivíduo 8 e 8 encontra-se com vertentes (Peso para idade e altura para idade) abaixo da mediana, demostrando que este indivíduo possui uma altura reduzida para sua idade, ao correlacionar o peso com a altura está na mediana, mais ao correlacionar o peso com a idade faz com que ele fica abaixo. CONCLUSÃO Este estudo demostra que muito indivíduos estão abaixo, e que a sua baixa estatura influência nos índices, além destes existe muito indivíduos acima que estão tanto relacionados não só com a altura mais também com outros índices não contabilizado, levando estes a sobrepeso e possíveis obesidade. As avaliações nutricionais de creches são fundamentais, levando em conta que estas estão em uma fase de grande vulnerabilidade e que alguns resultados podem pendurar para o resto da vida. Sendo assim se faz importante evitar a prevalência dos distúrbios nutricionais que podem levar a problemas no desenvolvimento destas crianças. REFERÊNCIAS. BATISTA FILHO, Malaquias; RISSIN, Anete. A transição nutricional no Brasil: tendências regionais e temporais. Cad saúde pública, v. 9, n. Supl, p. 8-9, 3.. BRASIL Ministério da Educação. Diretrizes e bases da educação nacional. Lei nº. 9.39, 996. Disponível em : < 3. CORREIA, P. et al. Obesidade e excesso de peso: caracterização de uma população escolar do concelho de Lisboa. Acta Pediatr Port, v. 35, n. 5, p. 7-,.
11 . GARZA, CUTBERTO. New growth standards for the st century: a prescriptive approach. Nutrition reviews, v. 6, n. suppl, p. S55-S59, INTERNATIONAL NUTRITION FOUNDATION et al. Preventing Iron Deficiency in Women and Children: Background and Consensus on Key Technical Issues and Resources for Advocacy, Planning, and Implementing National Programmes: UNICEF. Micronutrient Initiative, MELLO, ELZA DANIEL. O que significa a avaliação do estado nutricional. J Pediatr (Rio J), v. 78, n. 5, p ,.
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