Instrumentalização Pedagógica para Avaliação de Crianças com Risco de Dislexia

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1 Instrumentalização Pedagógica para Avaliação de Crianças com Risco de Dislexia Olga Valéria Campana dos Anjos Andrade Faculdade de Filosofia e Ciências Júlio de Mesquita Filho - UNESP- Marilía SP, Programa de Pós- Graduação em Educação. Eixo 1: Pesquisa em Pós-Graduação em Educação e Práticas Pedagógicas Categoria: Comunicação Resumo: Muitos alunos conduzidos a serviços especializados com queixa de dificuldades de aprendizagem não apresenta realmente qualquer distúrbio, sugerindo falta de critérios bem definidos para a adoção dessa medida. Testamos atividades pedagógicas especialmente desenvolvidas para a aplicação coletiva em sala de aula, denominadas Ferramentas Alternativas do Educador (FAE). Consistindo na identificação de rimas e aliteração entre figuras as FAE basearam-se nos estímulos linguísticos do protocolo cognitivo-linguístico Capellini e Smythe (2008), comprovadamente sensível para a detecção de crianças em risco de dislexia, e foram testadas em 45 escolares de ambos os sexos no início do processo de alfabetização (2º ano fundamental). O protocolo Capellini e Smythe (2008) revelou-se eficaz e altamente consistente com a literatura nacional e internacional mostrando que o processamento fonológico (consciência fonológica, nomeação rápida e memória fonológica de trabalho), não o conhecimento do alfabeto e do princípio alfabético, foi fortemente correlacionado com as tarefas de leitura e escrita. As tarefas FAE também apresentaram correlações significantes com as tarefas de processamento fonológico e altamente significantes com as tarefas de leituraescrita do protocolo Capellini e Smythe (2008). Conclui-se que o risco de dislexia pode ser eficazmente identificado por ferramentas pedagógicas cientificamente desenvolvidas, testadas e adaptadas para a realidade educacional brasileira. Palavras-chave: avaliação; dislexia; transtornos de aprendizagem.

2 Instrumentalização Pedagógica para Avaliação de Crianças com Risco de Dislexia. INTRODUÇÃO A dislexia do desenvolvimento é uma desordem de origem genética, com uma base cerebral (SHAYWITZ, 1998) que parece afetar de modo especial a aquisição da leitura e escrita em 5% a 17% da população (percentual que varia dependendo da cultura e da regularidade da ortografia), apesar de uma inteligência normal, oportunidade e motivação adequadas e ausência de qualquer déficit sensorial ou dano neurológico aparentes. As atuais teorias da dislexia favorecem uma explicação neurocognitiva assumindo implicitamente uma aplicação universal. Muitas vezes, apesar de todos os esforços empregados pelo professor alfabetizador, nota-se que algumas crianças apresentam dificuldades em operar com o sistema de regras que relacionam as unidades de som da língua (categorias fonêmicas) com os símbolos gráficos (letras ou grafemas) que as representam. As dificuldades podem surgir tanto na hora de analisar as formas visuais dos grafemas quanto na conversão dos grafismos em fonologia ou linguagem e vice-versa. Em outras palavras, a principal dificuldade das crianças disléxicas é uma fraca consciência fonológica (ou fonêmica), uma dificuldade em representar mentalmente os padrões de som de sua língua de uma forma detalhada e específica como, por exemplo, decidir se duas palavras rimam, segmentar as palavras em seus fonemas constituintes, contagem de sílabas e pronúncia de pseudo-palavras (SNOWLING, 2001). Além da fraca consciência fonológica os disléxicos frequentemente também apresentam dificuldade na nomeação rápida de figuras de objetos conhecidos e memória verbal de curto-prazo (RAMUS et al., 2003; TEMPLE et al., 2003). Portanto, a inteligência geral não se correlaciona com a dislexia porque os déficits fonológicos nas crianças disléxicas são déficits sensório-perceptivos de baixo nível cognitivo que afetam o processo da decodificação dos símbolos visuais (grafemas) nos símbolos acústicos (fonemas). Na busca de solução para este problema, encontramos no Brasil inúmeros entraves provenientes de vários fatores, a saber: 1) falta de ferramentas objetivas e práticas para identificação, pelos educadores, de crianças potencialmente disléxicas; 2) falta de disseminação e aplicação prática dos recentes e notáveis avanços da ciência psicológica e neurociência cognitiva na educação; 3) crença frequentemente comum de que a dislexia não existe, atribuindo-se os problemas de leitura inteiramente a fatores sociológicos ou educacionais; 4) negação de fatores biológicos ou constitucionais subjacentes a esse distúrbio de aprendizagem.

3 Do ponto de vista da prática educacional as contribuições no sentido de se desenvolverem formas objetivas e práticas de análise e avaliação das habilidades subjacentes às aquisições da leitura e escrita pelo educador são extremamente importantes e ainda escassas. É fundamental o desenvolvimento de atividades práticas para sala de aula que funcionem como ferramentas prédiagnósticas para a identificação de crianças com dificuldades específicas nessas habilidades e, portanto, com provável risco de dislexia. A partir de uma revisão dos mais recentes trabalhos de caracterização, identificação e tratamento do distúrbio da dislexia, selecionamos algumas das tarefas cognitivas mais simples e eficientes usadas como ferramentas diagnósticas no Brasil e no exterior, particularmente as tarefas fonológicas e metafonológicas. Dentre as tarefas fonológicas estão a repetição e a leitura de pseudo-palavras (SNOWLING, 1981; RACK, SNOWLING & OLSON, 1992), nomeação rápida de figuras e dígitos (SNOWLING, WAGTENDONK & STAFFORD, 1988; CAPELLINI e SMYTHE, 2008), e a comutação, isto é, discriminação de palavras que diferem em apenas um fonema (CAPELLINI e SMYTHE, 2008). Dentre as tarefas metafonológicas que requerem a manipulação consciente dos fonemas que compõem as palavras (MORAIS ET AL., 1987) e testam a consciência fonológica do indivíduo, estão a segmentação fonêmica isolar cada um dos fonemas que compõem a palavra e produzi-los separadamente e as rimas julgar se duas palavras rimam ou não (BRADLEY & BRYANT, 1978 ; CAPELLINI & SMYTHE, 2008). Finalmente, as habilidades de percepção e reprodução de ritmos também têm sido usadas, pois mostram-se sensíveis aos déficits linguísticos e à dislexia (CAPELLINI & SMYTHE, 2008). Elaboramos uma série de seis atividades baseadas nas tarefas fonológicas e metafonológicas acima mencionadas, utilizando como referência o Protocolo de Habilidades Cognitivo- Linguísticas proposto por Capellini e Smythe (2008), o qual, por sua vez, é uma adaptação para o português brasileiro, do International Dyslexia Test (IDT), proposto por Smythe & Everatt (2000). As atividades foram especialmente desenvolvidas para avaliarem as habilidades fonológicas (discriminação fonêmica e nomeação) e metafonológicas (rima, aliteração), levando-se em consideração a realidade coletiva da sala de aula e objetivando sua fácil aplicação pelo professor. Estas tarefas serão doravante referidas como Ferramentas Alternativas do Educador (FAE). Elas foram testadas na sua sensibilidade às habilidades fonológicas e metafonológicas do protocolo Capellini e Smythe (2008) num grupo de 45 crianças ainda no início do processo de alfabetização. Os desempenhos nas tarefas FAE foram, então, comparados e correlacionados com as habilidades de leitura e escrita, bem como cada uma das tarefas fonológicas, metafonológicas e de nomeação do Protocolo de Habilidades Cognitivo-

4 Linguísticas, objetivando assim verificar sua sensibilidade às habilidades cognitivas subjacentes à aquisição da leitura e escrita. O eventual sucesso das tarefas FAE em avaliar as habilidades fonológicas e metafonológicas e, consequentemente, como ferramenta pré-diagnóstica proporcionará duas grandes contribuições para a resolução do problema. Em primeiro lugar, facilitará a identificação precoce e cuidadosa de possíveis crianças no grupo de risco de dislexia, bem como seu encaminhamento a profissionais especializados para diagnose. Em segundo lugar, contribuirá para evitar a síndrome do encaminhamento, isto é, o encaminhamento sem critério cientificamente embasado de um número excessivo de crianças inadequadamente consideradas portadoras de dificuldades de aprendizagem, sobrecarregando, assim, o sistema público especializado neste atendimento. MÉTODO Participantes Participaram deste estudo 45 escolares do segundo ano do ensino fundamental, sendo 29 do sexo masculino e 16 do sexo feminino, com idade média de 88 meses (82 a 95 meses), provenientes de quatro salas de aula, com o devido Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado pelos pais ou responsáveis. Nenhum dos participantes apresentava qualquer tipo de queixa. Situação e Material Dois instrumentos foram utilizados para a coleta de dados desta pesquisa, cada um dos quais devidamente descrito abaixo. Um deles foi o Protocolo de Habilidades Cognitivo-Lingüísticas e o outro, um instrumento que está sendo proposto aqui como uma Ferramenta Alternativa do Educador (FAE), de aplicação coletiva, consistindo de uma série de seis tarefas, que visam avaliar as habilidades de reconhecimento de rima, aliteração e também a de nomeação. A versão coletiva do Protocolo de Habilidades Cognitivo-Lingüísticas e as FAE foram aplicadas nas respectivas salas de aula dos alunos, para o que bastou o tempo correspondente ao de uma aula. Para a aplicação da versão individual do protocolo, cada aluno foi recebido

5 individualmente em uma sala com uma mesa e cadeiras para o aplicador e o aluno e cada sessão teve duração de aproximadamente 40 a 60 minutos. Procedimento O procedimento adotado na pesquisa aqui relatada consistiu da aplicação de dois instrumentos, sendo que a do primeiro teve como finalidade a obtenção de dados que servissem de parâmetro para a aferição da sensibilidade do segundo. Esta aferição, por sua vez, foi feita por meio da análise de correlações entre os escores produzidos por ambos. O Protocolo de Habilidades Cognitivo-Lingüísticas possui duas versões: uma coletiva e outra individual. A versão coletiva compreende cinco subtestes: a) conhecimento do alfabeto em sequência; b) cópia de formas, c) aritmética, d) escrita sob ditado, e) memória de curta duração. A versão individual, por sua vez, consiste de 13 subtestes, que avaliam: a) leitura de palavras e não palavras; b) consciência fonológica: três subtestes orais envolvendo aliteração, rima e segmentação silábica; c) processamento auditivo, composto de cinco subtestes: repetição de palavras e de não palavras, memória imediata indireta, ritmo, discriminação de sons; d) processamento visual: composto de subtestes de memória visual para formas, avaliando respostas corretas e erros de rotação; e) velocidade de processamento: composto de subtestes de nomeação rápida de figuras e nomeação rápida de dígitos. Detalhes de ambas as versões, incluindo, as habilidades avaliadas, as tarefas empregadas para avaliá-las, a natureza da versão (coletiva ou individual) e o tipo de medida utilizada encontram-se disponíveis em Silva, Capellini, Gonzaga, Galhardo, Cruvinel, Smythe (2007). Ferramenta Alternativa do Educador (FAE) A Ferramenta Alternativa do Educador (FAE) constitui-se de um conjunto de seis atividades coletivas, baseadas nas tarefas de processamento fonológico do Protocolo de Habilidades Cognitivo-Linguísticas proposto por Capellini e Smythe (2008), elaboradas de modo a serem facilmente aplicáveis coletivamente em sala de aula pelo professor. As tarefas FAE envolvem as principais habilidades associadas com a dislexia: consciência fonológica, nomeação rápida e memória de trabalho verbal sendo que o procedimento compreende em atividades de: - Comparação entre figuras e figuras com palavras faladas: figuras cujos nomes devem ser recuperados e comparados para julgamento de rima, aliteração e comutação;

6 - Pareamento de figuras e palavras escritas: julgar a correspondência entre as figuras e palavras escritas com base na ortografia e na fonologia. As FAE 1 (das três figuras escolha as duas que tem o mesmo som no começo, marcando um x em cada figura) e 6 (Coloque um X embaixo da figura eu começa com o mesmo som da palavra falada) foram inspiradas no subteste 3 de aliteração do protocolo individual Capellini e Smythe. As FAE 2 (Marque um x nas duas figuras que rimam, que terminam com o mesmo som) e 5 (Marque um X embaixo da figura que rima com a palavra falada), foram inspiradas no subteste 4 do protocolo individual Capellini e Smythe (2008). A Fae 4, que envolve principalmente o julgamento de figuras com suas respectivas palavras ou pseudopalavras escritas (Circule a palavra debaixo de cada figura que não está correta), foi inspirada no teste TeCoLeSi - Teste de Competência de Leitura de Palavras e Pseudopalavras (CAPOVILLA et al., 2007). Finalmente, a FAE 3, que envolve principalmente a habilidade de comutação e memória de trabalho verbal (Se eu trocar o g da palavra gola por um c eu fico com qual das duas figuras?), foi inspirada no Teste de Discriminação Fonológica (CAPOVILLA; CAPOVILLA, 2007). RESULTADOS E DISCUSSÃO A análise estatística foi realizada através de análise de correlação entre os desempenhos dos subtestes do protocolo Capellini e Smythe (2008), bem como entre estes subtestes com as tarefas FAE. Para verificar as relações entre os pares de variáveis utilizamos a Análise de Correlação de Spearman para amostras não-paramétricas. Adotamos o nível de significância de 5% destacado com 1 asterisco (*p < 0,05), de modo que níveis de significância ainda maiores foram destacados com dois asteriscos como **p < 0,01 e três asteriscos como ***p < 0,001. Para análise dos dados, foi utilizado o programa Graphpad Prism. A força das correlações foi analisada com base na classificação de força ou magnitude do relacionamento entre variáveis sugerida por Dancey e Reidy (2006, p.186), de modo que consideramos as correlações moderada-a-altas (r = ou > 0,60), correlações moderadas (0,40 a 0,59), e as correlações fracaa-moderadas (0,30 a 0,39). Sensibilidade e consistência do Protocolo de Habilidades Cognitivo-Linguísticas Consistentemente com a literatura nacional e internacional, os subtestes fonológicos, metafonológicos e de velocidade de processamento (nomeação rápida de figuras e dígitos) apresentaram correlações de moderadas a altas com as habilidades de leitura e escrita do Protocolo de Habilidades Cognitivo-Lingüísticas, confirmando uma relação de reciprocidade entre essas competências e a aquisição de leitura e escrita. A nomeação rápida de figuras (r = -

7 0,68***), aliteração (r = 0,62***), e memória de trabalho fonológica (r = 0,61***) foram os três subtestes que, nesta ordem, se correlacionaram mais fortemente, com a fluência na leitura (leitura de palavras por minuto). Estes três subtestes também foram os mais fortemente correlacionados com a acurácia de leitura (total de palavras lidas corretamente), desta vez com a aliteração (r = 0,61***) apresentando a correlação mais alta, seguida pela nomeação de figuras (r= 0,58***) e pela memória verbal de trabalho (r = 0,56***). Outras duas habilidades metafonológicas, a saber, a rima (r= 0,48***) e segmentação silábica (r= 0,33*), bem como duas tarefas fonológicas, isto é, a discriminação fonêmica (r= **0,43) e repetição de pseudopalavras (r= *0,31)), e, finalmente, a tarefa de nomeação de dígitos (r= **0,42)), também se correlacionaram com a fluência e a acurácia de leitura. Com relação à escrita, as tarefas de consciência fonológica de aliteração (r= 0,64***) e rima (r= 0,54***) e a tarefa de nomeação rápida de figuras (r= - 0,62***) foram as mais fortemente correlacionadas com a escrita de palavras, seguidas pela discriminação fonêmica (dizer se duas palavras eventualmente diferentes em apenas um fonema são iguais ou diferentes) e repetição de pseudopalavras (ambas com r= 0,48***), pela memória de trabalho fonológica (r= 0,46**) e segmentação silábica (r = 0,40*). Esses resultados são altamente consistentes com a literatura internacional em dois aspectos sumamente importantes. Primeiro, estão de acordo com o consenso de que as habilidades fonológicas consistem no principal fator subjacente à aquisição de leitura e escrita, cujos déficits constituem a principal causa da dislexia (ZIEGLER, GOSWAMI, 2005) e segundo, os déficits na consciência fonológica (particularmente em tarefas envolvendo segmentação fonêmica, rima e aliteração), memória verbal de trabalho e nomeação rápida, correspondem aos três principais sintomas comportamentais subjacentes à dislexia (WAGNER & TORGESEN, 1987; TORGESEN et al. 1997; GOSWAMI et al., 2002; RAMUS et al., 2003; CAPELLINI et al., 2007; CAPELLINI, CONRADO, 2009). O fato de a segmentação silábica ter sido a tarefa metafonológica mais fracamente correlacionada com as habilidades de leitura e escrita já era esperado e consistente com a literatura. De fato, as sílabas correspondem às maiores e mais óbvias unidades de segmentação fonológica e a consciência silábica é o primeiro nível a surgir na progressão do desenvolvimento da consciência linguística, estando presente na maioria das crianças por volta dos três ou quatro anos de idade (ZIEGLER, GOSWAMI, 2005). Uma fraca consciência silábica necessariamente se refletirá numa fraca consciência fonêmica, ao passo que uma fraca consciência fonêmica pode ocorrer na presença de uma boa consciência silábica. Por isso as fracas correlações entre segmentação silábica e habilidades de leitura e escrita (ZIEGLER, GOSWAMI, 2005). Por um

8 outro lado, o fato de nenhuma das tarefas de processamento visual não terem apresentado nenhuma correlação estatisticamente significante com as habilidades de leitura e escrita é consistente com o grande corpo de evidências segundo o qual as principais habilidades requeridas na aquisição normal da leitura e escrita são de natureza fonológica e que os déficits fonológicos são a principal causa subjacente à dislexia do desenvolvimento, sendo que a dislexia decorrente exclusivamente de déficits no processamento visual corresponde a uma minoria de indivíduos disléxicos (GALABURDA, CESTNICK, 2003). Sensibilidade das tarefas FAE às habilidades fonológicas do protocolo Capellini & Smythe (2008) Das seis tarefas FAE testadas somente a 1, 2 e 5 se correlacionaram com as tarefas metafonológicas de aliteração e rima. Particularmente, as FAE 2 e 5 apresentaram as correlações mais fortes e significantes com a aliteração (r= 0,56*** e r= 0,48***, respectivamente), a qual foi, como vimos, a tarefa metafonológica mais forte e significantemente correlacionada com as habilidades de leitura e escrita. A FAE 2 foi a que mais fortemente se correlacionou com ambas as tarefas metafonológicas de aliteração (r= 0,56***) e rima (r= 0,61***). A FAE 1 também se correlacionou com as tarefas metafonológicas de aliteração (r= 0,34*) e de rima (r = 0,39**) e foi a única das tarefas FAE a se correlacionar com a segmentação silábica (r= 0,35*). A FAE 1 (aliteração com estímulos somente visuais) assim como a FAE 6 (aliteração com estímulos auditivos), foram as únicas FAE que se correlacionaram com o processamento visual, mais especificamente com a memória visual (r= 0,35* e r= 0,38*, respectivamente). Isto parece ser consistente com o fato de que nas tarefas de aliteração do Protocolo Cognitivo-Linguístico as crianças declararam que recorrerem frequentemente à memória visual da ortografia das palavras (léxico ortográfico) ouvidas para encontrarem a primeira letra e assim julgarem as palavras com o mesmo som inicial. É possível que nas FAE de aliteração (1 e 6) baseadas principalmente em figuras, esta estratégia seja ainda mais facilmente usada. Finalmente, a FAE 6, além da memória visual, se correlacionou com as tarefas de nomeação rápida de figuras (r= o,34*) e de dígitos (r= 0,32*). As FAE 3 e 4 não apresentaram nenhuma correlação significante com as habilidades fonológicas testadas pelo Protocolo Cognitivo-Linguístico. Sensibilidade direta das tarefas FAE às habilidades de leitura e escrita

9 Para verificar em que extensão as FAE podem ser usadas não somente como instrumentos de avaliação das habilidades fonológicas mais fortemente relacionadas com a aquisição da leitura e escrita, mas também como um indicador direto dessas habilidades, nós obtivemos as correlações de todas as tarefas FAE com cada uma das habilidades de leitura e escrita do Protocolo Cognitivo-Linguístico. As tarefas FAE 1, 2, 4 e 5 foram as que apresentaram correlações estatisticamente significantes com as habilidades de leitura e escrita, conforme mostram os destaques na tabela 5. De fato, constatamos que, consistentemente com o fato de terem sido as mais fortemente correlacionadas com as habilidades fonológicas, as tarefas FAE 2 e 5 também apresentaram correlações moderadas a altas e extremamente significantes com todas as habilidades de leitura e escrita, particularmente a fluência (r= 0,63*** e r= 0,55***, respectivamente) e a acurácia de leitura (r= 0,58*** e r= 0,51***), sendo que a FAE 2 foi a mais fortemente correlacionada com a escrita de palavras (r= 0,63***). É interessante notar que embora a FAE 6 tenha se correlacionado com os subtestes de nomeação rápida (figura e dígitos), esta não apresentou nenhuma correlação significante com quaisquer habilidades de leitura e escrita. Inversamente, a tarefa FAE 4, apesar de não se correlacionar com nenhuma das habilidades fonológicas e de nomeação rápida, ainda assim apresentou correlações significantes, embora de fracas a moderadas, com a fluência (r= 0,37*) e acurácia (r= 0,34*) de leitura e com a escrita de pseudopalavras (r= 0,32*). Uma particularidade da FAE 4 é que ela também foi a tarefa mais fortemente correlacionada com o alfabeto que, por sua vez, também não se correlacionou com nenhuma tarefa puramente auditiva, metafonológica ou fonológica, exceto a memória de trabalho verbal e, de todos os outros subtestes, se correlacionou somente com tarefas envolvendo processos visuais, especificamente a memória visuo-espacial e a nomeação rápida de figuras. Juntos, estes dados sugerem que a correlação da tarefa FAE 4 com as habilidades de leitura e escrita se devem principalmente ao fato de esta tarefa envolver primordialmente o conhecimento do alfabeto e do princípio alfabético que, juntamente com as habilidades de processamento visual requeridas na formação do léxico ortográfico, permitem um desempenho razoável na leitura de um nome acompanhado da figura, característica da FAE 4. No seu conjunto, estes resultados sugerem que a tarefa FAE 4 permite a aplicação do conhecimento do léxico ortográfico, isto é, da estratégia logográfica de leitura através do uso da rota lexical (COLTHEART et al., 2001) independentemente da decodificação grafofonológica, para realizar a tarefa com sucesso. De fato, praticamente todas as crianças com fracas habilidades fonológicas e claras dificuldades de leitura apresentaram um desempenho normal nesta tarefa, portanto, de acordo com a observação de Capovilla e colegas (CAPOVILLA et al., 2007) de que esta tarefa é particularmente sensível ao uso de estratégias

10 logográficas ou lexicais na leitura e particularmente por aqueles alunos com déficits fonológicos e dificuldades de leitura. CONCLUSÃO Os dados aqui relatados evidenciam que as FAE 1, 2, 5 e 6 envolvem as habilidades fonológicas testadas no Protocolo Cognitivo-Linguístico, de Capellini & Smythe (2008), notoriamente preditoras da aquisição das habilidades de leitura e escrita. Particularmente as FAE 2 e 5 apresentaram correlações de moderadas a altas com as habilidades fonológicas e representam um considerável suporte empírico para a nossa reivindicação de que é possível desenvolver ferramentas pré-diagnósticas objetivas e práticas para identificação pelos educadores, já na sala de aula, de crianças com provável risco de dislexia. A viabilidade no desenvolvimento dessas ferramentas pedagógicas é fortemente corroborada pela evidência adicional de que as tarefas FAE 1, 2, 4 e 5 apresentaram correlações diretas altamente significantes e de moderadas a altas com a maioria das habilidades de leitura e escrita. Finalmente, os desempenhos e correlações relacionadas à tarefa FAE 4 sugerem claramente que o nível mais alto de conceitualização da escrita de acordo com os estágios desenvolvimentais da leitura da psicogênese da língua escrita proposta por Ferreiro & Teberosky (1985), representado pelo estágio alfabético caracterizado principalmente pelo conhecimento do alfabeto e do princípio alfabético, não se correlaciona com a consciência fonológica e não é suficiente para uma aquisição normal e satisfatória da leitura e escrita. Este estudo está somente na sua primeira fase prospectiva, e ainda há um grande caminho a se percorrer para a obtenção de um protocolo efetivo de ferramentas pedagógicas para o professor em sala de aula. Porém, acreditamos que o primeiro passo está sendo dado ao mostrar que esta é uma tarefa científica altamente promissora para a educação. Nosso próximo passo é verificar de que forma os escores nestas tarefas podem se interagir aumentando o seu poder preditor na aquisição da leitura e escrita, e, finalmente, criar novas tarefas e testá-las em grupos maiores de crianças a fim de obtermos um protocolo definitivo para o professor REFERÊNCIAS BRADLEY, L., & BRYANT, P.E. (1978). Difficulties in auditory organization as a possible cause of reading backwardness. Nature, 271,

11 CAPELLINI SA, FERREIRA TL, SALGADO CA, CIASCA SM. Desempenho de escolares bons leitores, com dislexia e com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade em nomeação automática rápida. Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2007; 12(2): CAPELLINI, S. A.; CONRADO, T. L. B. C.. Performance of students with and without learning difficulties in phonological awareness, rapid naming, reading and writing from the private education. Rev. CEFAC, São Paulo, Available from < nrm=iso>. access on01 Aug Epub Mar 06, doi: /S CAPELLINI, S.A.; SMYTHE, Ian. Protocolo de avaliação de habilidades cognitivolingüísticas: Livro do profissional e do professor. Marília-SP: Fundepe, p CAPOVILLA A.G.S., CAPOVILLA F.C. (Eds.). Teoria e pesquisa em avaliação neuropsicológica. São Paulo, SP: Memnon; 2007 CAPOVILLA, A. G. S ; DIAS, N.M. ; TREVISAN, B. T. ; CAPOVILLA, F. C.; REZENDE, M. C.A. LOPES, F. Avaliação de leitura em crianças disléxicas: Teste de Competência de Leitura Silenciosa. In: Alessandra G. S. Capovilla. (Org.). Teoria e pesquisa em avaliação neuropsicológica. São Paulo: Memnon, 2007, v., p DANCEY, C. P.; REIDY, J. Estatística sem matemática para psicologia. Porto Alegre: Artmed, p. GALABURDA, A.M., CESTNICK L. Developmental dyslexia. Rev Neurol Feb;36 Suppl 1:S3-9 GOSWAMI, U., THOMSON, J., RICHARDSON, U., STAINTHORP, R., HUGHES, D., ROSEN, S. & SCOTT, S.K. (2002). Amplitude envelope onsets and developmental dyslexia: A new hypothesis. Proceedings of the National Academy of Sciences, 99 (16), MORAIS, J., ALEGRIA, J., & CONTENT, A. (1987). The relationships between segmental analysis and alphabetic literacy: An interactive view. Cahiers de Psychologie Cognitive, 7, RACK, J.P., SNOWLING, M.J., & OLSON, R.K. (1992). The nonword reading deficit in developmental dyslexia: a review. Reading Research Quarterly, 27(1),

12 RAMUS, F., ROSEN S., DAKIN S.C., DAY B.L., CASTELLOTE J.M., WHITE S. et al. Theories of developmental dyslexia: insights from a multiple case study of dyslexic adults. Brain Apr;126(Pt 4): SHAYWITZ, SE. Dyslexia. N Engl J Med Jan 29;338(5): Review SNOWLING M.J. Phonemic deficits in developmental dyslexia. Psychol Res. 1981;43(2): SNOWLING, M.; VAN WAGTENDONK, B.; STAFFORD, C. Object-naming deficits in developmental dyslexia. Journal of Research in Reading, v.11, n.2, p , SNOWLING, M.J. From language to reading and dyslexia. Dyslexia Jan-Mar;7(1):37-46 TEMPLE, E., DEUTHSCH G.K., POLDRACK R.A., MILLER S.L., TALLAL P., MERZENICH M.M., GABRIELI J.D. Neural deficits in children with dyslexia ameliorated by behavioral remediation: evidence from functional MRI. Proc Natl Acad Sci U S A Mar 4;100(5): Epub 2003 Feb 25 TORGESEN, J.K., WAGNER, R.K., RASHOTTE, C.A., BURGESS, S., & HECHT, S. (1997). Contributions of phonological awareness and rapid automatic naming ability to the growth of wordreading skills in second- to fifth-grade children. Scientific Studies of Reading, 1, ; WAGNER, R.K. & TORGESEN, J.K (1987). The nature of phonological processing and its causal role in the acquisition of reading skills. Psychol. Bull. 101, ; ZIEGLER J.C., GOSWAMI U. Reading acquisition, developmental dyslexia, and skilled reading across languages: a psycholinguistic grain size theory. Psychol Bull Jan;131(1):3-29. Review.

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