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1 TEXTO PARA DISCUSSÃO N 455 CRESCIMENTO ECONÔMICO E A DISTRIBUIÇÃO DA MÃO-DE-OBRA ENTRE OS SETORES FORMAL E INFORMAL DO MERCADO DE TRABALHO: TEORIA E EVIDÊNCIA EMPÍRICA PARA A ECONOMIA BRASILEIRA Gilbero de Assis Libânio Thiago Luiz Rodare Fevereiro de

2 Ficha caalográfica R685c 2012 Rodare, Thiago Luiz. Crescimeno econômico e a disribuição da mão-de-obra enre os seores formal e informal do mercado de rabalho : eoria e evidência empírica para a economia brasileira / Thiago Luiz Rodare, Gilbero de Assis Libânio. Belo Horizone : UFMG/CEDEPLAR, p. : il., abs. - (Texo para discussão; 455) Inclui bibliografia. 1.Brasil Condições econômicas. 2.Mercado de rabalho Brasil. 3.Mão-de-obra Brasil. I.Libânio, Gilbero de Assis. II. Universidade Federal de Minas Gerais. Cenro de Desenvolvimeno e Planejameno Regional. III.Tíulo. IV.Série. Elaborada pela Biblioeca da FACE/UFMG - JN 009/2012 CDD:

3 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CENTRO DE DESENVOLVIMENTO E PLANEJAMENTO REGIONAL CRESCIMENTO ECONÔMICO E A DISTRIBUIÇÃO DA MÃO-DE-OBRA ENTRE OS SETORES FORMAL E INFORMAL DO MERCADO DE TRABALHO: TEORIA E EVIDÊNCIA EMPÍRICA PARA A ECONOMIA BRASILEIRA Thiago Luiz Rodare Professor Subsiuo, Deparameno de Economia, FACE / UFMG Av. Anônio Carlos Belo Horizone MG Brasil rodare@cedeplar.ufmg.br Gilbero de Assis Libânio Professor Adjuno, Deparameno de Economia, CEDEPLAR / UFMG Av. Anônio Carlos Belo Horizone MG Brasil. gilbero@cedeplar.ufmg.br CEDEPLAR/FACE/UFMG BELO HORIZONTE

4 Crescimeno Econômico e a Disribuição da Mão-de-Obra Enre os Seores Formal e Informal do Mercado de Trabalho: eoria e evidência empírica para a economia brasileira CEDEPLAR/UFMG TD 455 (2012) SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS Crescimeno econômico e os modelos de demand led growh A consisência enre curo e longo prazo na eoria macroeconômica Mecanismos de ransmissão enre os choques de curo prazo e a deerminação do produo A esruura das economias em desenvolvimeno e a ofera de mão-de-obra EVIDÊNCIAS EMPÍRICAS Definições, apresenação dos dados e do modelo economérico Esimação, eses e resulados CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS

5 Crescimeno Econômico e a Disribuição da Mão-de-Obra Enre os Seores Formal e Informal do Mercado de Trabalho: eoria e evidência empírica para a economia brasileira CEDEPLAR/UFMG TD 455 (2012) RESUMO A hipóese de que, no longo prazo, somene as condições de ofera podem explicar o crescimeno econômico vem sendo conesada por linhas de pesquisa que aribuem papel essencial às condições de demanda. Nese caso, haveria um processo de reroalimenação em que a produividade e a ofera de mão-de-obra afeariam a demanda agregada e esa eria impaco sobre as primeiras. Diversos rabalhos êm raado empiricamene o impaco do crescimeno sobre a produividade e da produividade sobre o crescimeno, mas o impaco da ofera de mão-de-obra sobre o crescimeno e vice-versa não em sido ão abordado. Ese arigo se propõe a invesigar se exise al relação para a economia brasileira, levando em cona uma caracerísica marcane do nosso mercado de rabalho, qual seja a grande presença de rabalhadores em siuação precária no emprego. Assim o lado informal do mercado de rabalho auaria como fornecedor de mão-de-obra para o seor formal, o que conribuiria para o crescimeno que, por sua vez, faria com que a formalidade (informalidade) aumenasse (diminuísse). Esima-se um modelo VAR e enconra-se a presença ano de relação negaiva enre as condições da demanda e o número de rabalhadores em siuação precária no emprego, como uma relação posiiva enre o número de rabalhadores no mercado formal e a demanda agregada. Palavras Chave: crescimeno, demanda agregada, mercado de rabalho, formalidade, informalidade. ABSTRACT The hypohesis ha in he long run only supply condiions can explain economic growh has been challenged by research ha aaches a cenral role o demand condiions. In his case, here would be a feedback process in which produciviy and labor supply would affec aggregae demand and his would impac he former. Several sudies have addressed empirically he impac of growh on produciviy and of produciviy on growh, bu he impac of labor supply on growh and vice versa have no been sufficienly analyzed. This paper aims o invesigae wheher such a relaionship exiss for he Brazilian economy, aking ino accoun an imporan feaure of is labor marke, namely he high paricipaion of workers in precarious siuaion in oal employmen. So he informal side of he labor marke would ac as a supplier of labor o he formal secor, wha would conribue o growh, which in urn would cause formaliy (informaliy) o increase (decrease). We esimae a VAR model and find a negaive relaionship beween demand condiions and he number of workers in precarious employmen, as well as a posiive relaionship beween he number of workers in he formal marke and aggregae demand. Keywords: growh, aggregae demand, labor marke, formaliy, informaliy. JEL: O17, J21 5

6 Crescimeno Econômico e a Disribuição da Mão-de-Obra Enre os Seores Formal e Informal do Mercado de Trabalho: eoria e evidência empírica para a economia brasileira CEDEPLAR/UFMG TD 455 (2012) 1. INTRODUÇÃO A pesquisa, e especialmene o ensino em macroeconomia, radicionalmene realizados nas principais escolas de economia do mundo são feios de forma a se separar o curo prazo do longo prazo. Para boa pare dos economisas, as fluuações econômicas de curo prazo e o conseqüene desvio do produo de seu nível poencial podem ser explicados por faores relacionados à demanda agregada, enquano que o crescimeno de longo prazo deve ser explicado pelas condições de ofera da economia. Denro desse paradigma, em-se o conhecido resulado do modelo de Solow (1956) em que o crescimeno do produo no longo prazo é deerminado pela soma das axas de crescimeno da mãode-obra e do progresso écnico, que são dados exogenamene e sem qualquer influência de variáveis ligadas à demanda agregada. Abordagens alernaivas à visão de que essas duas variáveis sejam exógenas êm sido proposas por diversos auores. Eses enfaizam o papel dos choques de curo prazo sobre o produo agregado como faor de influência sobre o comporameno de longo prazo do mesmo, jusamene por meio de alerações nas axas de crescimeno do progresso écnico e da ofera de mão-de-obra, aneriormene suposas dadas por faores exógenos. Denre essas abordagens, algumas enfaizam o papel das exernalidades geradas por faores como acumulação de capial físico e capial humano e choques de produividade gerados pelo progresso écnico; ainda assim não deixam de lado a idéia de que um nível de produo de longo prazo pode ser deerminado somene pelas condições de ofera da economia e de que os faores de demanda êm efeio passageiro sobre o produo agregado. Denro da heerodoxia econômica, em especial nas escolas ligadas às idéias de Keynes e Kaldor, a invesigação em se volado para preencher essa lacuna. De fao, modelos nessa radição buscam mosrar que os consanes choques que a economia pode sofrer pelo lado da demanda nos seus diversos componenes acabam por se propagar ao longo do empo, deixando assim impacos sobre oda a rajeória de crescimeno do produo. Esses impacos se fazem noar, em especial, com alerações nas axas de crescimeno da produividade da mão-de-obra e da ofera de mão-de-obra (ou esruura do mercado de rabalho), anes deerminadas exogenamene. Com relação a esa úlima, alguns esudos mosram que os choques de demanda implicam em alerações permanenes de variáveis como paricipação da mão-de-obra e quanidade de horas rabalhadas. No enano, podemos nos pergunar se nas economias em desenvolvimeno que possuem um mercado de rabalho com uma esruura peculiar esses choques de demanda eriam ouros efeios além dos já mencionados. Por exemplo, se esses choques não seriam capazes de alerar permanenemene a disribuição da mão-de-obra enre os seores formal e informal do mercado de rabalho. O propósio dese arigo é invesigar se e como os choques de curo prazo no produo influenciam a ofera de mão-de-obra, por meio de alerações da proporção do número de rabalhadores nos seores formal e informal do mercado de rabalho e, conseqüenemene, afeam o comporameno do produo no longo prazo. 6

7 Crescimeno Econômico e a Disribuição da Mão-de-Obra Enre os Seores Formal e Informal do Mercado de Trabalho: eoria e evidência empírica para a economia brasileira CEDEPLAR/UFMG TD 455 (2012) O resane do rabalho esá organizado de seguine forma: a próxima seção apresena brevemene o marco eórico do arigo, com ênfase na relação enre demanda agregada e crescimeno econômico, assim como a inerpreação do pensameno esruuralisa a respeio das caracerísicas peculiares de uma economia como a brasileira. Na erceira seção, são apresenados os dados e a meodologia empregada, bem como os eses e resulados obidos. Na quara e úlima seção é feia breve conclusão. 2. CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS 2.1. Crescimeno econômico e os modelos de demand led growh Thirlwall (2002) sugere que o modelo de Harrod (1939) deu início à discussão acerca da moderna eoria do crescimeno. Para os propósios do presene arigo, uma das principais conribuições de Harrod diz respeio à chamada axa naural de crescimeno, definida como a axa máxima de crescimeno permiida pelo crescimeno da população, acumulação de capial, avanço écnico e da escolha enre rabalho e lazer, supondo que haja sempre pleno emprego em algum senido (Harrod, 1939, p. 30, radução nossa). De acordo com o auor, a economia não pode crescer além da axa naural, que é deerminada exogenamene por faores esruurais. Nese senido, a adoção de políicas anicíclicas pode ser defendida para se enar maner a axa de crescimeno da economia igual (ou próxima) à axa naural de crescimeno. Denro da radição neoclássica, os modelos de crescimeno econômico êm como sua represenação mais emblemáica o modelo de Rober Solow de Nese, Solow assume que a axa de crescimeno da mão-de-obra é dada exogenamene, que a axa de poupança é consane, e que axa de crescimeno do invesimeno represena uma proporção fixa da renda. O resulado é que o crescimeno de longo prazo do produo é dado pelas axas de crescimeno da população e da produividade da mão-de-obra, ambas consideradas exógenas, o que consequenemene implica em uma axa de crescimeno de longo prazo ambém exógena. Isso pode ser represenado pela equação abaixo: g y n a (1) onde g y é a axa de crescimeno do produo; n a axa de crescimeno da população e a é a axa de crescimeno da produividade da mão-de-obra como resulado do avanço écnico. Cabe noar que o modelo não faz nenhuma menção ao papel da demanda agregada no crescimeno de longo prazo. Modelos, ainda denro da radição neoclássica, mas que procuram dar um passo em direção à compreensão da axa de crescimeno de esado esacionário deerminada endogenamene, são os chamados modelos de crescimeno endógeno, escola ambém conhecida como a nova eoria do crescimeno. Um dos mecanismos pelos quais essa escola ena endogeneizar o processo de crescimeno pode ser viso por uma simples aleração da equação (1), como segue de Palley (2002): 7

8 Crescimeno Econômico e a Disribuição da Mão-de-Obra Enre os Seores Formal e Informal do Mercado de Trabalho: eoria e evidência empírica para a economia brasileira CEDEPLAR/UFMG TD 455 (2012) g y n a(x) (2) onde x é um veor de variáveis que podem alerar o parâmero a, aneriormene dado por faores exógenos. O veor x pode ser, por exemplo, o capial humano como em Lucas (1988), ou Romer (1990), sendo que uma melhora na qualificação da mão-de-obra pode afear posiivamene o parâmero a, e desa forma alerar o caminho de crescimeno de longo prazo do produo. Segundo Palley (2002), o rabalho de Kaldor (1957) pode ser considerado um pioneiro na formulação de uma eoria de crescimeno endógeno. Kaldor (1957) inroduz a noção de função de progresso écnico, que seguindo Palley (1996a) pode ser especificada como: a Ak b I c (3) ou seja, agora o parâmero a depende da razão capial-rabalho, k, e da razão invesimeno por rabalhador, I. Nesse ipo de formulação, porano, há um papel para o invesimeno como faor capaz de alerar a produividade da mão-de-obra - a axa de progresso écnico - ao conrário do que ocorre nos modelos convencionais, em que seu papel é de mero aumenador do esoque de capial. No modelo original de 1957, Kaldor lança mão da seguine esruura de posulados para a modelagem do problema do crescimeno: supõe que as propensões a poupar dos capialisas e dos rabalhadores esão dadas; as decisões de invesimeno em um período arbirário se dão em função do desejo de maner o esoque de capial em uma dada relação de volume de negócios; a relação écnica enre a axa de crescimeno da produividade média e a axa média de crescimeno do capial é dada. Y, K, P, S, I, represenam respecivamene a renda real, o esoque de capial, a massa de lucros, o oal poupado, e o oal invesido no período. O resulado do modelo de Kaldor supondo que a função de progresso écnico seja dada por: Y Y Y 1 '' '' (4) I K '' '' onde 0, e 0 1; e que a poupança vem unicamene do lucro dos capialisas, mosra que a axa de crescimeno da economia depende unicamene dos parâmeros da função de progresso écnico, e não de qualquer dos faores de poupança, capial físico ou capial humano, como nos modelos aneriormene apresenados. Ressale-se nesse pono que, para esse resulado em paricular, a hipóese de que a poupança vem unicamene do lucro dos capialisas não é necessária. Além do que as razões capial-produo, lucro-produo e lucro-capial, dependem unicamene dos parâmeros das equações básicas do modelo, de modo que, por exemplo, a axa de reorno sobre o capial depende somene da axa de crescimeno econômico e da divisão da renda dos capialisas enre consumo e poupança, e é independene de qualquer oura coisa (Kaldor, 1957, p. 613, radução nossa). Os modelos aé aqui apresenados levam predominanemene em consideração a idéia de que os faores de ofera são os principais responsáveis pela explicação do processo de crescimeno da 8

9 Crescimeno Econômico e a Disribuição da Mão-de-Obra Enre os Seores Formal e Informal do Mercado de Trabalho: eoria e evidência empírica para a economia brasileira CEDEPLAR/UFMG TD 455 (2012) economia no longo prazo. Assim, considera-se a que os faores de demanda só possuem influência sobre o produo no curo prazo, ou seja, os diversos choques que a economia sofre pelo lado da demanda, como choques de invesimeno, consumo e seor exerno, não são capazes de permanecer ao longo do empo, de modo que não há aleração na rajeória de longo prazo de crescimeno. Alernaivamene, a influência da demanda agregada nas rajeórias de crescimeno a longo prazo vem sendo discuida eoricamene, a parir das idéias de Kaldor e Keynes. Com efeio, um marco fundamenal dos modelos de demand led growh são os rabalhos de Nicholas Kaldor e sua consideração da imporância do papel da demanda agregada e do chamado processo de causação cumulaiva, (ese aponado por Myrdal e Veblen), como forças morizes do crescimeno no longo prazo. Em seu arigo de 1977, Kaldor recoloca a demanda no cenro das aenções ao afirmar que em um mundo com vários seores a ofera de bens do seor capialisaindusrial não será infiniamene inelásica como seria esperado caso fosse válida a Lei de Say, dado que: he supply of goods produced by he capialis indusrial secor is highly elasic a a paricular price in erms of agriculural goods (meaning ha a given erms of rade beween indusry and agriculure, he quaniy supplied is highly responsive o he quaniy demanded), i follows ha he level and he rae of growh of he capialis secor are dependen on he level, or rae of growh, of he effecive demand of for is producs coming from ouside he capialis secor (Kaldor, 1977, p. 198). Ainda de acordo com Kaldor (1977), essa idéia serve como base para a dourina do muliplicador do comércio exerno, segundo a qual a produção de um país em paricular reage predominanemene à demanda por seus bens vinda de ouras nações, o que faz com que a acumulação de capial de um deerminado país em um deerminado pono do empo seja função de um processo de acumulação de demandas originadas de seus parceiros comerciais ao longo de períodos aneriores. Dessa forma, a dourina Kaldoriana se conrapõe a uma das idéias cenrais de Keynes de que a insuficiência de invesimeno é a causa principal para a não validade da Lei de Say e coloca o seor exerno como principal faor de resrição de demanda e conseqüenemene do crescimeno da economia no longo prazo. Com relação ao processo de causação cumulaiva as conribuições de Kaldor (1966), apresenadas por Thirlwall (1983), procuram considerar os processos de rero-alimenação enre o crescimeno do produo oal e o seor manufaureiro; crescimeno do seor manufaureiro e a axa de crescimeno da produividade da manufaura; e o crescimeno do seor manufaureiro e a ransferência de mão-de-obra de ouros seores para a manufaura. Essas relações são enunciadas como as rês leis do crescimeno de Kaldor. A primeira das leis de Kaldor pode ser enunciada como: há uma fore relação enre o crescimeno do produo da manufaura e o crescimeno do PIB (Thirlwall, 1983, p Tradução nossa). De acordo com Kaldor (1966) essa fore relação empírica enconrada por ele poderia ser explicada pelo comporameno da produividade - na hipóese de que o crescimeno da produção manufaureira levasse ao aumeno da produividade nesse seor - o que deveria gerar ransbordamenos 9

10 Crescimeno Econômico e a Disribuição da Mão-de-Obra Enre os Seores Formal e Informal do Mercado de Trabalho: eoria e evidência empírica para a economia brasileira CEDEPLAR/UFMG TD 455 (2012) para os demais seores da economia, Já a segunda lei de Kaldor, diz que há uma fore relação posiiva enre a axa de crescimeno da produividade na indúsria manufaureira e o crescimeno do produo no seor manufaureiro (Thirlwall, 1983, p Tradução nossa). A erceira Lei de Kaldor diz que quano maior o crescimeno do produo na manufaura, maior a axa de ransferência de rabalho de seores não manufaureiros para o seor manufaureiro, de modo que o crescimeno da produividade como um odo é posiivamene relacionado com o crescimeno do produo e do emprego na manufaura e negaivamene relacionado com o crescimeno do emprego fora da manufaura (Thirlwall, 1983, p. 354). Essa lei enconra ressonância empírica, já que segundo Kaldor (1966), um maior crescimeno no seor manufaureiro-indusrial esá associado a um fore crescimeno do emprego nos seores erciário e secundário da economia, sendo que a principal origem dessa mão-de-obra seria o seor agrícola. Sendo assim seria naural prever ou concluir que odos os países vão experimenar uma queda em suas axas de crescimeno, na medida em que suas reservas de mão-de-obra na agriculura se esgoarem (Kaldor, 1966, p Tradução nossa). Assim seria preciso enconrar oura fone que pudesse susenar o crescimeno econômico. Segundo Kaldor If he main hypohesis advanced in his lecure is correc, and economies of scale in indusry are he main engine of fas growh, a leas some of is benefis could coninue o be secured by concenraing our resources in fewer fields and abandoning ohers - in ohers words, by increasing he degree of inerdependence of Briish indusry wih he indusries of oher counries (Kaldor, 1966, p.310) A consisência enre curo e longo prazo na eoria macroeconômica A perguna que se pode fazer é se a assim chamada velha eoria do crescimeno, nas palavras de Palley (2002), se relaciona de forma consisene com a macroeconomia de curo prazo, ano com a de radição neoclássica quano com a de radição keynesiana. Com relação à primeira, exise grande consisência eórica já que nos modelos como o de Lucas (1975), o produo aual fluua ao redor de sua endência de longo prazo que é dada jusamene pelas condições dos modelos de crescimeno neoclássicos visos aé agora como os de Solow (1956) e Tobin (1965), sendo que no modelo de Lucas (1975), por exemplo, ais desvios que o nível aual do produo apresena em relação ao produo poencial podem ser explicados por choques de demanda, como uma aleração da ofera de moeda não anecipada pelos agenes. Essa aleração (caso posiiva) fará com que o produo aual fique acima do poencial por algum empo aé que os agenes reajusem suas expecaivas levando em cona a nova quanidade de moeda na economia, fazendo com que o produo vole para sua rajeória de crescimeno de longo prazo. Assim a consisência enre essas duas abordagens é clara, já que uma seria capaz de explicar o que ocorre no longo prazo e a oura capaz de explicar o curo prazo, e ambém pelo fao de que de acordo com Palley (2002) ambas se baseiam no mesmo conjuno de preceios eóricos, quais sejam, de pleno emprego dos faores que recebem seu produo marginal como remuneração e zeragem de odos os mercados. 10

11 Crescimeno Econômico e a Disribuição da Mão-de-Obra Enre os Seores Formal e Informal do Mercado de Trabalho: eoria e evidência empírica para a economia brasileira CEDEPLAR/UFMG TD 455 (2012) Com relação à consisência enre a velha eoria do crescimeno e a macroeconomia de curo prazo de inspiração keynesiana, é preciso primeiramene dividir essa escola em duas, quais sejam, a escola novo-keynesiana e a escola pós-keynesiana. Na primeira, a consisência com os modelos de radição neoclássica é garanida, viso que o mesmo processo de graviação do produo aual ao redor de sua rajeória de longo prazo se verifica, sendo que a diferença agora esá no porque dessa oscilação. Para os novo-keynesianos, a rigidez nominal de preços e salários explica o ajuse não insanâneo do produo aos choques ocorridos no curo prazo, e as políicas moneária e fiscal êm o papel de minimizar o efeio de choques negaivos sobre o produo aual, promovendo um reorno mais rápido para sua rajeória de longo prazo. Assim, não haveria qualquer efeio dos choques de curo prazo sobre o crescimeno do produo de esado esacionário. Já a relação da velha eoria do crescimeno com a macroeconomia pós-keynesiana é mais complicada. Nesa, exise a possibilidade de a economia esar permanenemene em equilíbrio com desemprego dos faores, o que faz com que a economia possa ser caracerizada por um conínuo de possíveis equilíbrios deerminados pela demanda (Palley, 2002, p. 26. Tradução nossa). Desa forma, a axa de crescimeno do produo poencial deixa de ser deerminada por faores ligados ao lado da ofera e passa a ser majoriariamene influenciada pelos componenes da demanda agregada, fazendo com que o produo poencial deixe de ser uma linha de graviação ao redor da qual o produo aual se move, e passe a ser somene um dos vários equilíbrios possíveis. Com relação à nova eoria do crescimeno endógeno, esa se relaciona de forma consisene ano com a macroeconomia orodoxa de curo prazo como com a macroeconomia de radição póskeynesiana. O porquê da relação consisene da eoria do crescimeno endógeno com a macroeconomia orodoxa de curo prazo é direo, pois ambas uilizam um mecanismo de equilíbrio compeiivo e a surpresa moneária de Lucas pode ser incluída fazendo o invesimeno ser função posiiva da diferença enre a ofera aual e esperada de moeda (PALLEY, 2002, p. 28. Tradução nossa). Com relação à consisência com o paradigma pós-keynesiano, a equação (2) mosra o canal pelo qual a demanda agregada pode volar a er influência sobre o crescimeno de longo prazo. O modelo de Palley (1996b) mosra que o efeio de um excesso de demanda sobre a axa de crescimeno da produividade da mão-de-obra é posiivo, o que pela equação (2) pode ser explicado pelo fao de que um aumeno da demanda amplia o invesimeno, que por sua vez faz com que a produividade da mão-de-obra cresça 1. O resulado do modelo de Palley (1996b) mosra a possibilidade de equilíbrios múliplos, sendo que alguns deles podem ser insáveis, razendo a possibilidade de que o radicional gerenciameno keynesiano da demanda, que afea direamene o amanho do gap de Okun, possa ser usado para influenciar a axa de crescimeno de esado esacionário (PALLEY, 2002, p. 33. Tradução nossa). 1 Cabe noar, ainda assim, que a demanda agregada é relegada a segundo plano nos modelos de crescimeno endógeno. 11

12 Crescimeno Econômico e a Disribuição da Mão-de-Obra Enre os Seores Formal e Informal do Mercado de Trabalho: eoria e evidência empírica para a economia brasileira CEDEPLAR/UFMG TD 455 (2012) 2.3. Mecanismos de ransmissão enre os choques de curo prazo e a deerminação do produo Uma perguna que surge enão é como deerminar a forma pela qual esses níveis de produo de curo prazo afeam a deerminação do produo no longo prazo, ou enão como esses equilíbrios de curo prazo afeam a axa naural de crescimeno do produo, fazendo assim com que esa úlima seja de fao endógena. Exisem diversos mecanismos que explicam esse fenômeno. Seguindo Thirlwall e Ledesma (2002), afirmamos que com o crescimeno da demanda pode haver crescimeno da produividade dos faores, aravés principalmene de ganhos de escala - ano em nível macro quano micro; cresce a uilização de mão-de-obra, pois as empresas passam a conraar mais horas exras; há realocação de rabalhadores de seores menos produivos para seores mais produivos; cresce a axa de paricipação da mão-de-obra em idade aiva; além de maior ocorrência de faores migraórios. Uma forma de visualizar formalmene como ocorre esse processo de endogeneização da axa naural é aravés do uso da Lei de Okun. Seguindo Thirlwall e Ledesma (2002) emos a seguine relação: d ( u) a b * (5) g onde d ) ( u é a variação do desemprego, crescimeno é a axa que maném o desemprego consane, ou seja, g é a axa de crescimeno aual. Como a axa naural de d ( u) 0 emos que g a. b Como pode haver viés nos coeficienes a e b devido a faores como saída da força de rabalho em momenos de crescimeno nulo, pode haver superesimação da axa naural, o que pode ser eviado rearranjando a equação (5) da seguine forma: g a b * d( u) (6) 1 1 sendo que agora a axa naural é dada pela consane a 1. Tano em Thirlwall e Ledesma (2002), Libânio (2009) e Vogel (2009), para se esar empiricamene a endogenia da axa naural de crescimeno inclui-se uma variável dummy na equação (6), sendo que ela assume valor 1 quando a axa aual esiver acima da axa naural e 0 em caso conrário g a * d( u) (7) 2 b2 * dummy c2 Caso ano a2 quano b2 forem esaisicamene significaivos e sua soma for esaisicamene superior a a 1, a axa naural de crescimeno em períodos de expansão cresce em comparação com a axa naural de crescimeno média, o que significa que a axa naural de crescimeno é endógena em relação à axa aual de crescimeno. 12

13 Crescimeno Econômico e a Disribuição da Mão-de-Obra Enre os Seores Formal e Informal do Mercado de Trabalho: eoria e evidência empírica para a economia brasileira CEDEPLAR/UFMG TD 455 (2012) Resulados obidos por Thirlwall e Ledesma (2002) para uma amosra de 15 países da OCDE mosram fore supore para a hipóese de endogeneidade da axa naural de crescimeno. O mesmo ocorre no rabalho de Vogel (2009), onde para uma amosra de 11 países da América Laina ambém foi enconrada fore evidência empírica de endogeneidade da axa naural. Assim, podemos sineizar o conceio de endogeneidade da axa naural seguindo Seerfield (2003b), segundo o qual, em um cenário de crescimeno liderado pela demanda a idéia de axa naural como um cenro graviacional araor ao redor do qual a economia gira perde o senido viso que a seqüência de produos de curo prazo associada com a uilização dos recursos produivos deerminada pelas condições de demanda raça a rajeória de crescimeno de longo prazo da economia (SETTERFIELD, 2003b, p. 26, radução nossa). Assim, denro dessa visão, o longo prazo é um processo que esá coninuamene ocorrendo pela influência das condições de demanda, em oposição à visão convencional na qual o curo e o longo prazo esão oalmene separados A esruura das economias em desenvolvimeno e a ofera de mão-de-obra Como mencionado aneriormene, um dos elemenos que explica a endogeneidade do crescimeno do produo é o impaco dese sobre a axa de crescimeno da mão-de-obra. Assim, o pono de parida nesa seção é pergunar quais faores podem influenciar a quanidade de rabalhadores disponíveis na economia. Segundo Lewis (1954), em uma economia em processo de desenvolvimeno, as principais fones de rabalhadores seriam a agriculura de subsisência, o rabalho casual, os rabalhadores em serviço domésico e, obviamene, o crescimeno da população em si. No modelo de Lewis, o processo de acumulação de capial é um mecanismo que expande essa ransferência de mão-de-obra e cessa no momeno em que essa ofera de rabalhadores desaparece. De acordo com Rosow (1956), esse processo dura cerca de rês décadas, quando se verifica grande redução da população rural, e cessa após o esgoameno desse excesso de mão-de-obra. Trabalhos mais recenes, como o de Sallings (2002), aponam concordância enre os especialisas em mercado de rabalho na direção de que os faores de ofera de mão-de-obra são os deerminanes principais das condições desse mercado no longo prazo. Esses faores, que esão relacionados às condições demográficas, vêem causando fores mudanças no mercado de rabalho laino-americano, principalmene aravés do aumeno das axas de paricipação das mulheres. Quando se olha, por exemplo, para os ipos de empregos que vêem sendo criados na América Laina na década de 1990, por exemplo, vê-se que quase 60% dos novos empregos gerados correspondiam ao seor informal (Sallings, 2002, p. 136). A explicação dos pensadores da radição cepalina para a quesão da endência à permanência de uma grande parcela dos rabalhadores sob o saus de subemprego remona às quesões de heerogeneidade esruural das economias laino-americanas. A parir do posulado esruuralisa de que as economias periféricas se caracerizam pela presença de mercados de rabalhos heerogêneos, Rodríguez (2009) mosra que esse problema grave e 13

14 Crescimeno Econômico e a Disribuição da Mão-de-Obra Enre os Seores Formal e Informal do Mercado de Trabalho: eoria e evidência empírica para a economia brasileira CEDEPLAR/UFMG TD 455 (2012) peculiar das economias periféricas a presença de uma grande parcela da população em siuação de subemprego ende a persisir ao longo do empo devido em especial a dois faores: a grande parcela de rabalhadores em siuação de subemprego nos eságios iniciais do desenvolvimeno indusrial desses países e aspecos ecnológicos e écnicos. Com relação à quesão do progresso écnico, de fao ese ocorre pelo menos inicialmene ou de forma pioneira nos grandes cenros do capialismo. Segundo Rodríguez, considera-se que a ala dos salários reais foi um faor propulsor do progresso écnico por levar à subsiuição de mão-de-obra por capial, o que poderia causar o aumeno do desemprego, fao que não eria ocorrido porque o adensameno do esoque de capial levou por si só ao aumeno do invesimeno e a consequene maior conraação de mão-de-obra. Esse processo eria se repeido na medida em que os efeios da acumulação reincidiam sobre a mão-de-obra, aravés do aumeno da produividade, o que explicaria o aumeno da densidade do capial no desenvolvimeno dos grandes cenros indusriais (Rodríguez, 2009, p.106). Rodriguez (2009) considera que o aumeno da densidade do capial ende a aumenar mais a produividade do rabalho do que da mão-de-obra. Assim, emos que o aumeno da produividade dos dois recursos implica que cada nova écnica é mais eficiene no uso de ambos e que, porano, suplana as previamene disponíveis, de menor densidade de capial, ornando-as obsoleas (Rodríguez, 2009, p ). O que faz com que o subemprego enha a endência de persisir em uma economia periférica é o fao de que a acumulação de capial nesses países é baixa relaivamene às economias cenrais, endo em visa os baixos níveis de produividade e renda médios que nela prevalecem; mas, além disso, ao se raduzir em invesimenos de ala densidade e grande escala, a acumulação será insuficiene para absorver a ofera de mão-de-obra que provém do crescimeno vegeaivo da PEA e para, ao mesmo empo, ir reabsorvendo o subemprego insalado em seores de baixa produividade, em novas condições de produividade elevada (Rodríguez, 2009, p ). No modelo de Rodriguez, a endência de permanência do subemprego se dá pelo fao de que a absorção de mão-de-obra depende grandemene do grau de heerogeneidade esruural em um período de base arbirário, que ranscorre no início do processo de indusrialização, grau que é definido como a porcenagem de subemprego na ocupação e na PEA (Rodríguez, 2009, p.110), o que mosra que ao se parir de um esado inicial onde o subemprego represena grande parcela do emprego oal, há a endência de que isso assim permaneça, pois, quando o seor moderno é exíguo, a acumulação e o crescimeno do mesmo podem ser insuficienes para dar emprego à mão-de-obra adicional que vai sendo gerada não só nesse seor, mas ambém em um seor arasado onde se concenra grande pare da ocupação oal (Rodríguez, 2009, p ). O aspeco ecnológico da persisência do subemprego esá ligado ao fao de que um dos pressuposos do progresso écnico é a necessidade de ala densidade de capial, ou seja, ala relação 14

15 Crescimeno Econômico e a Disribuição da Mão-de-Obra Enre os Seores Formal e Informal do Mercado de Trabalho: eoria e evidência empírica para a economia brasileira CEDEPLAR/UFMG TD 455 (2012) capial rabalho, que levaria ao aumeno da produividade dos faores e ao aumeno do invesimeno e da conraação. Como essa densidade não é ala nos países periféricos a endência à perpeuação do subemprego é fore, pois as relações causais acima descrias não valeriam. Com udo isso, nosso argumeno é de que, devido às suas caracerísicas esruurais peculiares e pelo fao de sofrerem consanemene resrições de demanda, as economias subdesenvolvidas acabam se caracerizando pela presença em seu mercado de rabalho de uma parcela grande de rabalhadores desalenados pelas condições adversas para enconrar uma ocupação, e ambém rabalhadores que só enconram suseno com ocupações que não oferecem a remuneração e as garanias enconradas no seor formal da economia. Assim, para enar mosrar que a variável de ofera de mão-de-obra é relevane para explicar a endogenia da axa de crescimeno de longo prazo, vamos levar em cona que em uma economia subdesenvolvida o mecanismo de ransmissão dos choques de demanda via aleração na quanidade de rabalho oferada possui paricularidades que vão além de ponos radicionalmene aponados, como maior uilização de horas exras e maior paricipação da mão-de-obra. As caracerísicas socioeconômicas peculiares desses países podem levar a alerações na disribuição da mão-de-obra enre os seores formal e informal da economia. Assim, eríamos que o seor informal ende a absorver os rabalhadores oriundos do emprego formal durane os períodos de recessão e a fornecer mão-deobra adicional para o seor formal durane os períodos de expansão. 3. EVIDÊNCIAS EMPÍRICAS 3.1. Definições, apresenação dos dados e do modelo economérico Com a finalidade de avaliar a relação enre choques de demanda agregada e a esruura do mercado de rabalho da economia brasileira, considerando a disribuição da mão-de-obra enre o seor formal e o informal, vamos seguir uma definição consagrada de informalidade presene na lieraura de mercado de rabalho, segundo a qual o emprego precário abarca os rabalhadores na condição de cona-própria, não-conribuines de sisema de previdência e com rendimeno mensal inferior a dois salários mínimos. Para a esimação do modelo, serão usadas as seguines variáveis, no período de março de 2002 a seembro de 2010: Como variável que represena a demanda agregada uilizaremos o indicador de aividade econômica da SERASA, consruído a parir dos dados rimesrais do Sisema de Conas Nacionais do IBGE. No caso da ofera de mão-de-obra, como vamos buscar o impaco dos choques de demanda sobre o mercado informal de rabalho, sendo ese fornecedor de rabalhadores para o seor formal, uilizaremos duas séries, ambas consruídas a parir dos microdados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Insiuo Brasileiro de Geografia e Esaísica (IBGE). A primeira das séries a ser uilizada será chamada de Emprego Precário (EP), definida como sendo o conjuno dos rabalhadores na 15

16 Crescimeno Econômico e a Disribuição da Mão-de-Obra Enre os Seores Formal e Informal do Mercado de Trabalho: eoria e evidência empírica para a economia brasileira CEDEPLAR/UFMG TD 455 (2012) condição de cona-própria, não-conribuines de sisema de previdência e com rendimeno mensal inferior a dois salários mínimos. A segunda série irá reraar o emprego formal da economia (EF) e leva em cona aqueles rabalhadores que não se enconravam na siuação de precariedade no emprego. A série EF será uilizada para enarmos capar o possível efeio posiivo sobre ese mercado resulane de uma melhora das condições de demanda. Segundo as considerações eóricas apresenadas na seção anerior, espera-se enconrar uma relação de longo prazo enre os choques no produo e a quanidade de rabalhadores empregados em siuação precária e no seor formal da economia. Como desejamos verificar a exisência de uma relação de longo prazo enre as variáveis supraciadas, o modelo economérico que uilizaremos será baseado na meodologia de Vecor Auoregressive (VAR). Como é de praxe no raameno de dados em series de empo, em primeiro lugar procederemos a eses de raízes uniárias nas séries selecionadas para análise. E já que é basane provável que as séries não sejam esacionarias não poderíamos uilizar o VAR. Na hipóese de que as rês séries sejam I(1), eríamos de verificar se as séries são coinegradas, pois caso o forem esaremos apos a uilizar o procedimeno de error correcion model (ECM). Seguindo Engle e Granger (1987), devem ser omados os seguines passos: 1) Esima-se uma regressão linear simples enre as séries em nível; 2) Toma-se o veor de resíduos esimados, ê, do passo anerior e procede-se à seguine regressão: ê ê p 1 1 i 1 ê i (8) i 1 A equação (8) é a equação do ese de Dickey-Fuller aumenado. A inuição é que caso o ermos seja igual a zero eremos ê ê i, o que implica que os erros são não esacionários e que as séries não serão coinegradas. Uiliza-se a versão aumenada do ese caso os erros das regressões das séries do desemprego e do PIB em nível não sejam um ruído branco. De acordo com Enders (1995), a hipóese nula de não esacionariedade pode ser rejeiada se -2 < a 1 < 0. Caso se confirme que as séries são I(1) e coinegradas o próximo passo para deerminar a relação de equilíbrio de longo prazo enre elas é aravés do modelo ECM. Esse méodo é uma modificação do procedimeno para deecção de causalidade de Granger, na medida em que busca incorporar os efeios de longo prazo na análise de curo prazo. O que o ECM faz é examinar se os valores defasados de uma ou mais variáveis podem ajudar a explicar as alerações nos valores auais de alguma oura variável, sob a hipóese de que odas as variáveis sejam esacionárias. A inuição é de que se as duas variáveis forem coinegradas, enão pare da mudança correne nas variáveis independenes pode ser o resulado de movimenos correivos na variável dependene para que se ainja novamene o equilíbrio de longo prazo com as variáveis independenes. Desde que as variáveis explicaivas e explicadas possuam uma endência em comum, a causalidade deverá exisir pelo menos em uma direção. Ademais, o ECM é como um VAR convencional, acrescenando-se o ermo de correção de erro. Formalmene pode-se escrever o modelo, para o caso de rês variáveis, da seguine forma: 16

17 Crescimeno Econômico e a Disribuição da Mão-de-Obra Enre os Seores Formal e Informal do Mercado de Trabalho: eoria e evidência empírica para a economia brasileira CEDEPLAR/UFMG TD 455 (2012) Y Z p 1 p 1 1û 1 11, j 1 Y j 12, j 1 j 1 j 1 Z e (9) p 1 p 1 2û 1 21, j 1 Y j 22, j 1 j 1 j 1 Z e (10) j j y z Z p 1 p 1 2û 1 21, j 1 Y j 22, j 1 j 1 j 1 Z j e z (11) A represenação dada pelas equações (9), (10) e (11) pode ser derivada a parir do modelo original, que nos leva à seguine forma geral, de acordo com Bueno (2008): X X p 1 1 i X 1 e (12) i 1 p i j 1 i j., onde (L), para L 1e, j 1,2,... p 1 Esse modelo é assim chamado por explicar as variações em X, aravés de um componene p de curo prazo associado ao ermo 1 i X, e aravés do componene de longo prazo dado por X 1, desde que haja coinegração. i 1 1 Para verificar se há presença de coinegração, seguiremos o procedimeno de Johansen, que esá baseado na deerminação do poso da mariz, e pode ser aplicado aravés do ese do raço ou do ese da razão de verossimilhança, sendo ese úlimo considerado mais robuso. Dois problemas adicionais podem ser colocados. O primeiro esá relacionado à quesão de se deerminar o número de defasagens a ser uilizado no VAR, o qual deve ser raado com o uso dos criérios de informação usuais, como por exemplo, Akaike ou Schwarz. O segundo problema esá relacionado a se deerminar qual especificação será uilizada para o modelo de coinegração, já que há várias possibilidades com relação à inclusão ou não de ermos de endência, e ou consane no modelo. Seguindo Junior (2008, p. 88) consideremos as seguines possibilidades: Caso 1: As séries não exibem qualquer endência linear e não exise consane no veor de coinegração. Caso 2: As séries não exibem qualquer endência linear e exise a presença de uma consane no veor de coinegração. Caso 3: As séries apresenam endência linear que se anula denro do veor de coinegração. Caso 4: As séries apresenam endência linear, mas que não se anula denro do veor de coinegração. Caso 5: As séries apresenam endência quadráica com consane e endência linear denro e fora do veor de coinegração. 17

18 Crescimeno Econômico e a Disribuição da Mão-de-Obra Enre os Seores Formal e Informal do Mercado de Trabalho: eoria e evidência empírica para a economia brasileira CEDEPLAR/UFMG TD 455 (2012) Um pono imporane segundo Bueno (2008) é que coinegração não implica causalidade no senido de Granger, pois a primeira esá relacionada ao equilíbrio de longo prazo enre as variáveis e a segunda relaciona-se com a previsão de curo prazo, sendo que ambos os conceios esão presenes na p represenação do ECM - como vimos o ermo 1 i X, é o componene de curo prazo e o i 1 1 ermo X 1, é o componene de longo prazo. Chamar a aenção para esse pono é imporane já que, ao se usar o conceio de coinegração para dizer que uma variável causa oura em senido econômico é perigoso, pois a omissão de variáveis pode levar a essa conclusão de forma economicamene espúria, pois as variáveis em quesão podem er um componene em comum que causa as duas simulaneamene. No caso especifico dese rabalho, as equações a serem esimadas (9) a (11) podem ser especificadas da seguine forma: EP 1,0 i 1, i EP i i 1, i PIB i i 1, i EF i 1 1 PIB 2,0 i 2, i PIB i i 2, i EP i i 2, i EF i 2 1 EF 3,0 i 3, i EF i i 3, i EP i i 3, i PIB i 3 1 e (3) v (14) w (15) 3.2. Esimação, eses e resulados Uilizando o ese de Dickey-Fuller aumenado para a série dos empregados em siuação precária, para a série do PIB e para a série de emprego formal, emos que no caso da série do PIB, o ese ADF mosra que em nível essa série não é esacionária a 10%, e que sua primeira diferença é esacionária a 1%, nos casos onde se considera a presença de inercepo e endência e no caso onde não se considera nenhum, dos dois; a série dos empregados em siuação precária não é esacionária em nível nem mesmo a 10%, sendo que sua primeira diferença é esacionária a 1%; já para a série de emprego formal emos que em nível ela não é esacionária nem mesmo a 10%, sendo que sua primeira diferença é esacionária a 1%. Já os criérios de informação aponaram serem 2 defasagens o ideal para esimação do modelo VAR. Agora para realizar o procedimeno de Johansen, com visas a verificar a exisência de coinegração, emos que esabelecer qual dos cinco criérios de especificação aponados acima é o mais adequado para a esimação. A seguir os resulados: 18

19 Crescimeno Econômico e a Disribuição da Mão-de-Obra Enre os Seores Formal e Informal do Mercado de Trabalho: eoria e evidência empírica para a economia brasileira CEDEPLAR/UFMG TD 455 (2012) Tipo de Tendência Tipo do Tese TABELA 1 Número de relações de coinegração por modelo à 5%* Nenhuma Nenhuma Linear Linear Quadráica Sem Inercepo e sem endência Com Inercepo e sem endência Com Inercepo e sem endência Com Inercepo e com endência Com Inercepo e com endência Traço Auovalor Fone: Elaboração Própria * Valores críicos baseados em MacKinnon-Haug-Michelis (1999) Pelo aspeco das séries podemos concluir que as hipóeses 3 e 4 são as mais plausíveis; dessa forma vemos que há pelo menos uma relação de coinegração enre as séries em quesão de acordo com os eses proposos por Johansen. Para selecionar enre as duas especificações observamos que na esimação do VECM com o uso da especificação 4 (abela abaixo) emos um ermo de endência denro do veor de coinegração esaisicamene igual a zero o que nos leva a conclusão de que o uso da hipóese 3 é o mais adequado. TABELA 2 Veor de coinegração sob a hipóese 4 EP(-1) PIB(-1) EF(-1) Tendência Coeficiene 1-562,99 5,25 45,62 Desvio Padrão - 84,16 1,65 55,35 Esaísica - (-6,68) (3,16) (0,82) Fone: Elaboração Própria O VECM esimado, seguindo a hipóese 3 fica: EP 0,014909( EPC ,1899 PIB 1 4,365593EF ,122) 34, e1 (16) PIB 0,000890( EPC ,1899 PIB 1 4,365593EF ,122) 0, e2 (17) EF 0,020768( EPC ,1899 PIB 1 4,365593EF ,122) 38, e3 (18) Anes da análise dos resulados do modelo esimado, verificamos os resíduos gerados pela esimação e noamos por meio do ese de Pormaneau que a hipóese de auocorrelação pode ser rejeiada. No enano, os eses de normalidade mosram que a hipóese de normalidade dos resíduos não pode ser aceia. Por ermos enconrado esse resulado de não normalidade dos resíduos, uilizamos o ese de raiz uniária com quebra esruural de Lee e Srazicich (2003). Os resulados desses eses seguem: 19

20 Crescimeno Econômico e a Disribuição da Mão-de-Obra Enre os Seores Formal e Informal do Mercado de Trabalho: eoria e evidência empírica para a economia brasileira CEDEPLAR/UFMG TD 455 (2012) TABELA 3 Tese de quebra esruural de Lee e Srazich Série Modelo Meses de Quebra 1 Mar/03 EP 2 Jul/04 e Mai/06 1 Nov/09 PIB 2 Mar/07 e Nov/08 1 Se/07 e Jul/08 EF 2 Nov/05 Fone: Elaboração Própria Mesmo com a idenificação das quebras e a inrodução das variáveis dummy no modelo, somene uma especificação com vine e uma defasagens foi capaz de corrigir o problema de não normalidade dos resíduos. Ceramene uma das causas desse problema é a provável presença de ouras variáveis explicaivas nos ermos de erro. Como o inuio desse rabalho é apenas verificar a exisência ou não de relação enre as variáveis já ciadas, opou-se por não invesigar uma nova especificação para a esimação. Com isso, procedeu-se à esimação do modelo considerando as mesmas séries de anes, porém levando em cona apenas o período anerior à chegada da crise financeira de 2007 ao Brasil (por vola do úlimo rimesre de 2008). A seguir, realizamos as mesmas análises que fizemos aneriormene, considerando somene o período compreendido enre março de 2002 e novembro de Os eses de raiz uniária mosram agora que a série do PIB, não é esacionária a 10%, e que sua primeira diferença é esacionária a 1%, nos casos onde se considera a presença de inercepo e endência e no caso onde não se considera nenhum dos dois; a série dos empregados em siuação precária apresena não esacionariedade em nível nem mesmo a 10%, sendo que sua primeira diferença é esacionária a 1%; já a série de emprego formal não é esacionária nem mesmo a 10%, sendo que sua primeira diferença é esacionária a 1%. Nesse caso, mais uma vez os criérios de informação aponaram serem 2 defasagens o ideal para esimação do modelo VAR. Mais uma vez, para realizar o procedimeno de Johansen, emos que esabelecer qual dos cinco criérios de especificação aponados é o mais adequado para a esimação. A seguir os resulados: Tipo de Tendência Tipo do Tese TABELA 4 Número de relações de coinegração por modelo à 5%* Nenhuma Nenhuma Linear Linear Quadráica Sem Inercepo e sem endência Com Inercepo e sem endência Com Inercepo e sem endência Com Inercepo e com endência Com Inercepo e com endência Traço Auovalor Fone: Elaboração Própria * Valores críicos baseados em MacKinnon-Haug-Michelis (1999) 20

21 Crescimeno Econômico e a Disribuição da Mão-de-Obra Enre os Seores Formal e Informal do Mercado de Trabalho: eoria e evidência empírica para a economia brasileira CEDEPLAR/UFMG TD 455 (2012) Para escolher denre as hipóeses 3 e 4 são as mais plausíveis emos que há pelo menos uma relação de coinegração enre as séries em quesão de acordo com os eses. Para selecionar enre as duas especificações esimamos o VECM com o uso da especificação 4 e noamos que o ermo de endência denro do veor de coinegração é esaisicamene igual a zero o que nos leva a conclusão de que o uso da hipóese 3 é o mais adequado. TABELA 5 Veor de coinegração sob a hipóese 4 EP(-1) PIB(-1) EF(-1) Tendência Coeficiene 1-966,15 9,54 113,41 Desvio Padrão - 140,95 2,52 70,37 Esaísica - (-6,85) (3,78) (1,61) Fone: Elaboração Própria O VECM esimado, seguindo a hipóese 3 fica: EP 0,030081( EPC ,0211PIB 1 5,706403EF ,903) 37, e1 (19) PIB 0,000908( EPC ,0211PIB 1 5,706403EF ,903) 0, e2 (20) EF 0,025611( EPC ,0211PIB 1 5,706403EF ,903) 38, e3 (21) Assim como anes os resíduos gerados pela esimação não apresenam auocorrelação; e desa vez efeuando os eses de normalidade emos que a hipóese de normalidade dos resíduos pode ser aceia. A inerpreação dos resulados mosra que, de acordo com as equações (19) a (21) acima, com relação à quesão da esabilidade do modelo, como o ermo enre parêneses será negaivo - devido ao sinal dos coeficienes de ajusameno - e na hipóese de ocorrência de elevação da demanda agregada além do nível de equilíbrio de longo prazo, haverá queda no número de rabalhadores na condição de informalidade (de acordo com (19)) e aumeno na quanidade de rabalhadores no seor formal do mercado de rabalho (de acordo com (21)), havendo assim conribuição de cada uma das variáveis em uma direção resabelecendo assim o equilíbrio de longo prazo, de modo que o mecanismo de correção de erros esá sendo respeiado. A análise da função de impulso resposa represena forma alernaiva de avaliar os resulados do modelo. O gráfico 1 sugere que a resposa da quanidade de rabalhadores empregados em siuação precária a um único choque no PIB é de queda, queda esa que ainge o seu auge cerca de oio meses após o choque e ende a se esabilizar em um nível inferior ao inicial cerca de quinze meses após o choque. Além disso, há aumeno permanene ambém na quanidade de rabalhadores no seor formal da economia, aumeno esse que ainge seu pico ambém por vola de oio meses após o choque de 21

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