TRANSPORTE RODOVIÁRIO RIO ALARGAR OS HORIZONTES AS OBRIGAÇÕES 29.MAIO.2008 ADVOGADOS

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1 TRANSPORTE RODOVIÁRIO RIO ALARGAR OS HORIZONTES AS OBRIGAÇÕES DE SERVIÇO O PÚBLICOP 29.MAIO.2008

2 AS OBRIGAÇÕES DE SERVIÇO O PÚBLICOP 1. NOÇÃO E MODALIDADES 2. EVOLUÇÃO DO QUADRO JURÍDICO 3. A SOLUÇÃO DO REGULAMENTO (CE) N.º /2007

3 1. NOÇÃO E MODALIDADES OSP a a imposição definida ou determinada por uma autoridade competente com vista assegurar serviços públicos p de transporte de passageiros de interesse geral que um operador, caso considerem o seu próprio prio interesse comercial, não assumiria, ou não assumiria na mesma medida ou nas mesmas condições sem contrapartida (Regulamento (CE) n.º /2007) Trata-se de requisitos específicos que são impostos pelas autoridades públicas p a quem prestam um dado serviço, a fim de garantir o cumprimento de certos objectivos de interesse públicop blico (Livro verde sobre os Serviços de Interesse Geral)

4 1. NOÇÃO E MODALIDADES CONFUSÃO TERMINOLÓGICA Serviço o de Interesse Económico Geral Serviço o de Interesse Geral Serviço o PúblicoP Os transportes, na óptica comunitária, são serviços de interesse económico geral, de natureza mercantil, considerada de interesse pelas autoridades públicas p e, por esse motivo, sujeitos a obrigações específicas de Serviço o Público. P A noção de empresa pública p refere-se ao regime ou propriedade do operador do serviço. O Direito Comunitário é neutro é irrelevante se os operadores de serviço o de interesse geral são públicos p ou privados (ambos estão sujeitos aos mesmos direitos e às s mesmas obrigações).

5 1. NOÇÃO E MODALIDADES SERVIÇO O UNIVERSAL - garantia de disponibilização a toda a Comunidade CONTINUIDADE garantia de prestação do serviço o sem interrupção QUALIDADE DO SERVIÇO requisitos de qualidade garantia de cumprimento nos ACESSIBILIDADE DE PREÇOS garantia de preços acessíveis para que todos os consumidores possam beneficiar PROTECÇÃO DE CONSUMIDORES garantia de salvaguardar os direitos dos consumidores, dando um impacto económico e social ao serviço o prestado (ex( ex: : garantia de acesso).

6 1. NOÇÃO E MODALIDADES No direito interno, a lei de Base do Sistema de Transportes Terrestre estre (Lei n.º10 10/90, de 17 de Março) prevê que às s empresas que explorem actividades de transporte que sejam qualificados de serviço o público p poderão ser impostas obrigações específicas relativas à qualidade, quantidade e preço o das respectivas prestações, alheia à prossecução dos seus interesses comerciais. Os entes públicos p competentes para o ordenamento de transportes qualificados de serviço o público p deverão compensar os encargos suportados pela empresa em decorrência das obrigações específicas que a esse título t tulo lhas impuseram.

7 1. NOÇÃO E MODALIDADES As obrigações de Serviço o Público P correspondem a obrigações de explorar, a obrigações de transportar e a obrigações tarifárias rias e sós serão justificáveis nos termos e na medida necessária para garantir o funcionamento eficaz do sistema, de modo a adequar a oferta à procura existente e à necessidade das colectividades.

8 1. NOÇÃO E MODALIDADES Cabe aos Estados Membros garantir o financiamento de Serviço o de Interesse Geral (nalgumas situações pode para haver co- financiamento comunitário) Os principais mecanismos de financiamento são: Apoio financeiro directo através s do Orçamento de Estado (subsídios ou benefícios fiscais, tais como reduções fiscais); Direitos especiais ou exclusivos (ex( ex: : monopólio legal); Contribuições de participantes no mercado (fundo de financiamento do serviço universal); Harmonização de tarifas (tarifação uniforme à escala nacional, apesar da diferença a nos custos de provisão do serviço); Financiamento solidário (contribuições da segurança a social).

9 2. EVOLUÇÃO DO QUADRO JURÍDICO Regulamento (CEE) N.º /69 do Concelho, de 26 de Junho obrigações inerentes á noção de Serviço o Público P no domínio dos transportes ferroviários, rios, rodoviários rios e por via navegável); vel); Regulamento (CEE) N.º /70, de 4 de Junho relativo aos auxílios concedidos no domínio dos transportes ferroviários, rios, rodoviários rios e por via navegável; vel; Regulamento (CEE) N.º /91 do Concelho, de 20 de Junho altera o Regulamento (CEE) N.º /69; Acordão Altemark de 24 de Julho de 2003 fixou as condições em que a compensação de Serviço o Público P não são auxílios estatais.

10 2. EVOLUÇÃO DO QUADRO JURÍDICO Necessidade de revisão do quadro jurídico Comunitário porque o Regulamento (CEE) N.º /69 não trata: das modalidades de adjudicação dos contratos de Serviço o Público; P das circunstâncias em que a contratação de Serviços Públicos P deve ser submetida à concorrência Regulamento (CE) N.º /2007 do Parlamento Europeu e do Concelho de 23 de Outubro de Entra em vigor em 3 de Dezembro de 2009; - Não se aplica ao transporte de passageiros por via navegável vel interior; - Não se aplica ao transporte de mercadorias; - Revoga os Regulamentos (CEE) N.º /69 e (CEE) N.º /70

11 3. O REGULAMENTO (CE) N.º /2007 Princípios subjacentes: Os serviços de transporte devem ser prestados num ambiente de concorrência regulada; A prestação de serviços de transporte que não são passíveis de exploração comercial deve ser compensada; A atribuição de compensações deve ser contabilizada; Princípio de neutralidade entre empresas públicas p e privadas; Princípio de subsidiariedade ao nível n das definições de padrões da qualidade do serviço; Criação da figura do do operador interno; Formato de subcontratação; Criação de mecanismos para evitar a sobrecompensação; Previsão de um período transitório. rio.

12 3. O REGULAMENTO (CE) N.º /2007 Objecto e Objectivos Exploração nacional e internacional de serviços públicos p de transporte de passageiros por caminho-de de-ferro propriamente dito e outros sistemas guiada e por estrada (com excepção dos explorados por razões históricas ou de interesse turístico). Definir as condições em que as autoridades competentes, ao imporem obrigações de Serviço o Público P ou ao celebrarem contratos relativos às obrigações de Serviço o Público, P compensem o operador do Serviço o Público P pelos custos incorridos e/ou concedam direitos exclusivos em contrapartida.

13 3. O REGULAMENTO (CE) N.º /2007 O contrato de Serviço o Público P é o instrumento sempre que uma autoridade competente decide conceder ao operador sua escolha um direito exclusivo e/ou uma compensação qualquer que seja a sua natureza, como contrapartida da execução de obrigação de Serviço Público. Existe também m a possibilidade de as OSP s s destinada a estabelecer tarifas máximas m para o conjunto dos passageiros ou de determinadas categorias de passageiros poderem ser previstas em regras gerais. Quer os contratos de Serviço o Público, P quer as regras gerais terão um contrato obrigatório rio que deve incluir:

14 3. O REGULAMENTO (CE) N.º /2007 Uma definição clara das OSP s s e a zona geográfica abrangida; Os parâmetros com base nos quais se calcula a compensação; A natureza e a extensão dos direitos exclusivos atribuídos; A modalidade de repartição de custos ligados á questão do serviço o (pessoal, energia, encargos com infra-estruturas, reparação e manutenção das vias, do material circulante e de instalações, entre outros); A modalidade de repartição das receitas ligadas á do título t tulo de transporte; A duração dos Contratos de Serviço o Público P (com um máximo m de 10 anos para serviços de autocarro e a 15 anos para os serviços de transporte de passageiros por caminho-de de-ferro); Outras matérias que podem estar previstas na peça a do concurso (ex( ex: : transferência de trabalhadores, subcontratação, etc ).

15 3. O REGULAMENTO (CE) N.º /2007 ADJUDICAÇÃO DE CONTRATOS DE SERVIÇO O PÚBLICOP Via de regra, por concurso Pela própria pria autoridade competente Operador Interno (sobre o qual deve exercer um controlo análogo sobre o que exerce sobre os seus próprios prios serviços) Pode haver ajuste directo a terceiros: Valor anual médio m estimado em menos de EUR; Prestação anual de pelo menos Km de Serviço o Público P de transporte de passageiros; Outras excepções.

16 3. O REGULAMENTO (CE) N.º /2007 As compensações relativas às OSP s s devem: Constar de contrato escrito em regra geral; Respeitar as regras do anexo I do Regulamento: Regra de correspondência entre o montante de compensação e as incidências de execução de obrigação de Serviço o Público; P Regra de correspondência entre a execução de uma obrigação de Serviço o Público P e as actividades do operador para evitar sobre compensação ou falta de compensação; Regra de respeito pelos princípios pios contabilísticos em vigor; Regra de separação contabilística ao nível n de serviços; Regra de incentivo a uma gestão eficaz.

17 3. O REGULAMENTO (CE) N.º1370/2007 Regras de Transição Contratos de serviços para o transporte público p de passageiros por autocarro ou eléctrico seguem o regime da directiva de contratação pública p (excepto contratos de concessão); Contratos de Serviço o Público P de transporte ferroviário rio e rodoviário rio devem dar cumprimento às s novas regras de adjudicação a partir de 3 de Dezembro de 2019; Regime excepcional para contratos celebrados a partir de 26 de Julho J de 2000 e antes de 3 de Dezembro de 2009.