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1 boletim trimestral_associação Portuguesa de Seguradores» Janeiro, Fevereiro e Março 26» SOLVÊNCIA II QUANTITIVE IMPACT STUDIES QIS1» NOTÍCIAS APS AVALIA ALTERAÇÕES NA REGULARIZAÇÃO DE SINISTROS» NOTÍCIAS BARCLAYS VIDA, NOVA ASSOCIADA DA APS» ARTIGO DE FUNDO O MERCADO ÚNICO DE SEGUROS NA UE: COMO FUNCIONA?

2 notícias E-CHIRON É O NOVO PRESTADOR DE SERVIÇOS DE OUTSORCING DA SEGURNET A e-chiron foi a empresa escolhida para substituir a SIBS como prestador de serviços de outsourcing da plataforma Segurnet. Esta consulta ao mercado, iniciou-se em Agosto de 25, com o envio de um Request for Information no qual foram convidadas a participar dez empresas, tendo sido posteriormente enviado um Request for Proposal às empresas que apresentaram as três melhores respostas ao RFI. Este processo foi acompanhado pela Comissão Técnica de Inovação e Desenvolvimento, particularmente pelo seu GT Arquitectura, e pelo Conselho de Direcção da APS, que decidiu adjudicar a gestão da plataforma Segurnet à empresa e-chiron. Dando sequência a esta decisão, decorreu um processo negocial entre a APS e a e-chiron que culminou com a assinatura, no passado dia 24 de Fevereiro, de um contrato por um prazo de 6 meses, durante os quais se pretende assegurar um serviço de qualidade com condições de responder aos desafios presentes e futuros da Segurnet. O novo contrato de prestação de serviço tem como principais evoluções, relativamente à solução presentemente fornecida pela SIBS, a base de dados Oracle, o pagamento por utilização de alguns dos serviços fornecidos, o reforço da capacidade de processamento, a melhoria dos SLA (Service Level Agreement), o acesso pela APS em tempo real à informação de monitorização da infra-estrutura / helpdesk e o ambiente de desenvolvimento integrado na infra-estrutura. Neste momento estão já a decorrer os trabalhos com a equipa da e-chiron, prevendo-se que a transferência das bases de dados e da produção da SIBS para a nova infra-estrutura, ocorra no próximo mês de Junho. Rua Rodrigo da Fonseca, Lisboa Tel: Fax: apseguradores@apseguradores.pt MEMBRO da PIA Presse Internationale des Assurances

3 notícias NOTICÍAS» APS Avalia Alterações na Regularização de Sinistros...4» Remição das Pensões de Acidentes de Trabalho...5» Nova Lei de Mediação de Seguros é uma Evolução Positiva face ao Actual Regime...5» Tabela Salarial para » Barclays Vida, Nova Associada da APS...6» Assembleia Geral da APS...6» Victoria Seguros, Confiança é o Novo Eixo de Comunicação...7» Seguro Directo Muda Imagem...7» Allianz Portugal Alarga Certificação da Qualidade...7» Seminários e Conferências...8 Pág» 6 ARTIGOS DE FUNDO» Remarks on the Programme of the Austrian Presidency of the European Union...9» O Mercado Único de Seguros da UE: Como Funciona? Perguntas Frequentes...12» Solvência II, Quantitative Impact Studies QIS ACTIVIDADE SEGURADORA...2 SERVIÇOS APS» CRS - Convenção de Regularização de Sinistros...23» FNM - Ficheiro Nacional de Matrículas...23» Evolução da Convenção IDS...24» Segurnet...24 Pág» 6 FORMAÇÃO» Plano de Formação » PAGESE » XI Encontro de Resseguros / Reinsurance Meeting...25 NOVAS PUBLICAÇÕES» Evolução da Produção de Seguro Directo em » Indicadores Estatísticos Total do Ano 24 e » Estatística do Ramo Vida, Carteira de Prémios 24 e ÚLTIMA HORA...32 Pág» 12 FICHA TÉCNICA Ano 1 nº1 Título» APS Notícias Editor» Associção Portuguesa de Seguradores Director» Maria Manuel Santos Silva Coordenação e Contactos» Ana Margarida Carvalho Periodicidade» Trimestral Projecto Gráfico» Ruído Visual, Comunicação Gráfica Depósito Legal» ISSN Impressão» Ondagrafe Nº de exemplares» 14 Data de publicação» Maio 26 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA ÀS ASSOCIADAS ASSINATURA ANUAL» EURO 72 (IVA INC.) Pág» 2

4 notícias Press Seguradoras apoiam medidas que reforcem sentido de co-responsabilidade APS AVALIA ALTERAÇÕES NA REGULARIZAÇÃO DE SINISTROS Lisboa, 15 de Março de 26 A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) avalia as medidas que vão ser introduzidas pelo Governo através do Decreto-lei de Regularização de Sinistros. As Seguradoras saúdam todas as iniciativas, seja no sector segurador seja em qualquer outra área de actividade, que visem reforçar, num claro sentido de co-responsabilidade social, a protecção dos consumidores. Essas iniciativas são especialmente importantes quando estabelecem um enquadramento legislativo que permita aos operadores prestarem melhor serviço aos seus clientes e consumidores. A APS contribuiu empenhadamente para que fossem consagradas soluções compatíveis e coerentes com a orientação expressa nas directivas comunitárias que regulam esta matéria, nas regras publicadas pela OCDE para uma boa prática de regularização de sinistros, e na legislação mais recente vigente em diversos países da União Europeia. Desconhece-se, ainda, na sua totalidade, o texto final do diploma, sendo de realçar a preocupação da seguradoras para que fossem definidas regras que, em primeiro lugar, tivessem a flexibilidade suficiente para acomodar a multiplicidade e complexidade de situações com que as seguradoras se defrontam na regularização dos sinistros automóveis. Em segundo lugar, que estas regras não pusessem em causa o sistema convencional que vigora hoje em Portugal e nos demais países da União Europeia, denominado IDS. Com efeito, através do sistema IDS são hoje regularizados em Portugal, em prazos mais curtos do que os agora anunciados, mais de 16. sinistros/ano e está em curso uma alteração ao acordo que as Companhias celebraram entre elas e que dá suporte ao sistema IDS, que permitirá, num futuro muito próximo, vir a abranger cerca de 35. sinistros dos 45. que, no âmbito da Responsabilidade Civil Automóvel, estão potencialmente abrangidos pelo diploma em questão. As seguradoras darão, como é óbvio, integral cumprimento às regras agora aprovadas. As seguradoras gostariam, finalmente, no quadro da legislação agora aprovada, de sensibilizar todos os seus clientes que se vejam envolvidos em acidentes de viação, para a importância de serem utilizados os impressos da declaração amigável de acidente automóvel que lhes são fornecidos para efectuarem as respectivas participações de sinistros e, sempre que possível, procurem descrever os factos que envolveram o acidente de forma objectiva e de comum acordo com os restantes intervenientes.

5 notícias Press Prazo de 9 dias para entrada em vigor é excessivamente curto NOVA LEI DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS É UMA EVOLUÇÃO POSITIVA FACE AO ACTUAL REGIME Lisboa, 1 de Fevereiro de 26 - O novo regime jurídico da mediação representa uma evolução positiva face ao regime actualmente vigente. Esta é a principal conclusão da Associação Portuguesa de Seguradores (APS) após a análise do teor do projecto de decreto-lei da mediação de seguros que se encontra em fase de apreciação na Assembleia da República. A APS considera também que a proposta de decreto-lei é muito flexível, permitindo acolher praticamente todo o tipo de situações que hoje existem em Portugal na distribuição de seguros. Press Seguradoras consideram positiva declaração de inconstitucionalidade REMIÇÃO DE PENSÕES DE ACIDENTES DE TRABALHO Lisboa, 9 de Fevereiro de 26 - As seguradoras consideram positiva a declaração de inconstitucionalidade referente à remição de pensões de acidentes de trabalho. Não foi com surpresa que a Associação Portuguesa de Seguradores (APS) recebeu a declaração de inconstitucionalidade com força obrigatória geral constante do Acórdão 34/26 do Tribunal Constitucional, do passado 11 de Janeiro. ACERCA DO REGIME JURÍDICO DE REMIÇÃO DE PENSÕES DE ACIDENTADOS DE TRABALHO A APS ESCLARECE: Aquando da publicação da Lei 1/97, de 13/9 e da necessidade da sua regulamentação no que se refere à matéria da remição de pensões, transmitimos formalmente, às entidades oficiais da época, as nossas preocupações e discordância frontal face aos termos previstos para as condições de remição. Entendíamos então, como entendemos hoje, que a remição parcial das pensões anuais devidas a sinistrados com incapacidades iguais ou superiores a 3% era uma situação potencialmente geradora de sérios problemas económicos e sociais. Considerávamos então, como consideramos hoje, que era uma medida susceptível de conduzir a que os capitais a pagar pelas seguradoras fossem rapidamente esgotados, eventualmente em bens de consumo ou em investimentos mal sucedidos, deixando os sinistrados e suas famílias a receber pensões mínimas claramente insuficientes para permitir condições de vida dignas. Desta forma, a APS não pode deixar de frisar que repudiamos quaisquer notícias que nos atribuam outra posição que não aquela que sempre assumimos. ENTRE OS PRINCIPAIS ASPECTOS POSITIVOS DO PROJECTO DE DECRETO-LEI ESTÃO:» A liberalização da forma de remuneração;» O fim das transmissões mortis-causa;» A criação do registo público dos mediadores autorizados;» O reforço das exigências, em matéria de condições de acesso à actividade;» O reconhecimento de cursos de mediadores ministrados por outras entidades;» A criação de contas-cliente e a disciplina da movimentação de fundos; COMO ASPECTOS MENOS POSITIVOS OU QUE SUSCITAM DÚVIDAS FORAM IDENTIFICADOS OS SEGUINTES:» O prazo de 9 dias para a entrada em vigor do novo regime parece excessivamente curto;» A possibilidade dos trabalhadores de seguros no activo poderem ser também mediadores de seguros;» O valor previsto para as indemnizações, sem que nada pareça impedir a colocação dos seguros noutro mediador logo a seguir a ter sido paga essa indemnização;» As incertezas em torno da figura pessoas directamente envolvidas na actividade de mediação, no que toca aos requisitos que terão que preencher e ao controlo desses requisitos;» As incertezas quanto ao enquadramento dos mediadores na figura de mediadores de seguros ligado.

6 notícias TABELA SALARIAL PARA 26 No passado dia 24 de Março de 26, foi assinado o acordo com o STAS- Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Seguradora e com o SISEP - Sindicato dos Profissionais de Seguros de Portugal, sobre Tabela Salarial e Cláusulas de expressão pecuniária, nos termos abaixo indicados. O SINAPSA - Sindicato dos Profissionais de Seguros e Afins não subscreveu o referido acordo, tendo a APS concedido a este sindicato um prazo de oito dias para poderem vir ainda a subscrever o mesmo. Níveis Var. XVI XV XIV XIII XII XI X IX VIII VII VI V IV III II I 2.68, , ,5 1.17, , ,75 952, 872,25 836,75 82, 763, 718,25 649, 67,25 578,5 489, , , , 1.21, 1.169, 1.49,5 977,25 895, 858,75 823, 738, 737, 666, 623,25 593,75 52,5 2,61% 2,61% 2,61% 2,61% 2,61% 2,62% 2,65% 2,61% 2,63% 2,62% 2,62% 2,61% 2,62% 2,63% 2,64% 2,6% Pressupõe um aumento médio da tabela: 2,6% Subsídio de refeição (Clª 67ª nº1) Despesas de serviço em Portugal (Clª 48ª nº2) Diária completa Refeição isolada Dormida e pequeno almoço Capitais em caso de morte (Clª 64ª nº2) Var. 8, 65,85 1,6 44,65 8,25 67,56 1,88 45,81 3,13% 2,6% 2,6% 2,6%» Os valores das Despesas de serviço em Portugal e Capitais em caso de morte vigorarão a partir de 1 de Abril de 26.» Os valores Tabela salarial e do subsídio de refeição produzem efeitos a partir de 1 de Janeiro de 26. Morte natural Morte por acidente Morte por acid. de trabalho 1.3, 2.6, 61,8, 1.6, 21.2, 63.6, 2,9% 2,9% 2,9% NOVA ASSOCIADA DA APS A BARCLAYS VIDA é Associada da APS desde 1 de Março de 26, o que reforça a representatividade desta Associação no sector segurador nacional, para 99,9%. A Barclays Vida é uma agência geral da Barclays Vida y Pensiones em Espanha, que iniciou a sua actividade em Portugal em Os produtos comercializados pela Barclays Vida são produtos completamente adaptados à realidade portuguesa, tanto social, financeira como fiscalmente e podem dividir-se em 2 grandes grupos: Seguros de Vida e Seguros de Capitalização. A Barclays Vida comercializa os seus produtos apenas através da rede de balcões do Barclays Bank. ASSEMBLEIA GERAL DA APS Realizou-se no passado dia 4 de Abril a Assembleia Geral Ordinária da Associação Portuguesa de Seguradores, na qual foi aprovado, por unanimidade, o Relatório e Contas referente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 25. Também por unanimidade foram aprovadas as Quotas e Jóias para o exercício de 26.

7 notícias VICTORIA SEGUROS CONFIANÇA É O NOVO EIXO DE COMUNICAÇÃO A VICTORIA entrou em 26 com uma imagem mais actual que reforça os princípios de actuação desde sempre defendidos pela Seguradora: rigor, experiência e transparência. Simplificar foi a palavra de ordem no processo de reposicionamento da marca, com o objectivo de a tornar mais humana e mais próxima, transmitindo sentimentos que apelam à confiança e protecção. O novo eixo comunicacional segue a máxima a confiança ganha-se, uma assinatura que sintetiza o resultado de um projecto com mais de 75 anos. SEGURO DIRECTO MUDA IMAGEM A SEGURO DIRECTO, que faz parte do Grupo AXA desde Outubro de 25, apresenta a nova imagem de marca que vem relançar esta empresa, pioneira na venda directa de seguros, no mercado português. As alterações introduzidas reflectem um novo posicionamento, de maior diferenciação face à concorrência. A renovação da imagem implicou um investimento de cerca de 1,1 milhões de euros. A nova imagem da Seguro Directo, que mantém a mesma designação, implicou a alteração do logótipo, que assume um grafismo mais actual, destacando-se ainda a nova cor, o ícone, a assinatura e o jingle. O logótipo abandona o ícone do sofá/telefone encarnado e assume o azul como cor preponderante, associado a uma seta de sentido ascendente, ladeada por parêntesis. O conjunto transmite rapidez, segurança e simplicidade, reforçado pela assinatura Para Poupar, Siga a Seta. O jingle é dinâmico e de fácil memorização. A alteração da imagem corporativa da Seguro Directo, adianta Emmanuel Lesueur, General Manager da Seguro Directo, integra-se na vontade de renovação da Empresa que possui um capital em know how e recursos de grande qualidade. Traduz o desejo de evolução e orientação para novas formas de ser, de fazer e de se relacionar com o mercado. Implica ainda investimentos consideráveis, para o triénio em curso, que, associados a novas técnicas de pricing para aquisição e retenção de clientes, de gestão e desenvolvimento de canais alternativos e complementares, de motivação das equipas internas, deverão permitir colocar a companhia no topo do crescimento em seguros Auto e MultiRisco Habitação e, em breve, na liderança do canal de distribuição directa com resultados financeiros positivos a médio prazo. Tudo isto, tendo em conta que apenas decorreram 5 meses desde a compra pelo Grupo AXA. Para Ramos Não Vida ALLIANZ PORTUGAL ALARGA CERTIFICAÇÃO DA QUALIDADE A Companhia de Seguros ALLIANZ PORTUGAL obteve, em Novembro de 25, a extensão da Certificação da Qualidade à maior parte dos Ramos Não Vida, concluindo com êxito mais uma etapa do processo de Certificação global. A extensão da Certificação da Qualidade, atribuída pelo BVQI (Bureau Veritas Quality International), abrange os ramos de Acidentes de Trabalho, Acidentes Pessoais, Multiriscos Habitação, HabitAll, Edifícios, Franchising e Condomínios Incêndio Risco Simples, Roubo Individual, Incêndio Agrícola, Colheitas, Pecuário, Cristais, Responsabilidade Civil Geral, Caçadores, Vida Privada e Foguetes e Jóias. Este reconhecimento, que vem associar-se à Certificação do Ramo Automóvel, identifica a Allianz Portugal como a primeira seguradora do mercado nacional cujos processos de trabalho dos Ramos Não Vida, cumprem as normas internacionais ISO 91 para a Qualidade. Para a Allianz Portugal, a Certificação da Qualidade constitui uma vantagem para todos os Clientes destes Ramos, uma vez que a empresa se compromete a respeitar um conjunto de princípios éticos e prazos definidos na resolução de sinistros ou emissão de apólices. A terceira fase do processo de Certificação da Qualidade da Companhia arrancará em 26, para os Ramos Vida e Saúde e área de Empresas, ficando, assim, completa a Certificação da actividade da seguradora no âmbito de Produtos e Serviços. Recorde-se que este processo teve início em 22.

8 notícias SEMINÁRIOS E CONFERÊNCIAS Após a publicação da mais recente Norma do ISP Norma Regulamentar nº 1/25-R, de 19 de Julho de 25 relativa ao combate ao branqueamento de capitais, e no sentido de clarificar alguns dos seus conceitos, a APS promoveu, no mês de Janeiro, um seminário sobre o Sector Segurador e o Branqueamento de Capitais, que contou com a intervenção da Procuradora Geral Adjunta do Ministério Público, de responsáveis do ISP Instituto Seguros de Portugal e da UIF Unidade de Informação Financeira da Policia Judiciária, além de um consultor. Em termos de intervenções, a dos responsáveis da entidade de supervisão foi assente na evolução e aplicação do normativo imposto ao sector segurador, enquanto que as restantes, apesar de abordarem também aspectos legislativos, centraram-se em questões mais práticas deste fenómeno do branqueamento de capitais. Para melhor caracterizar esta acção, passamos a apresentar um conjunto de informação com interesse para a compreensão deste problema na actividade seguradora. PERCENTAGEM DE CASOS POR TIPOLOGIA» VULNERABILIDADES» Risco envolvido em transacções internacionais...14%» Contratos de seguros de bens cuja aquisição foi fraudulenta...13%» Resolução antecipada do contrato...12%» Aumento do capital seguro...9%» Conluio com o mediador, intermediário, empregado...9%» Pagamentos dos prémios por terceiros...9%» Seguro de vida prémio singular...7%» Pagamentos efectuados em numerário...7%» Fraude em actividades de seguros...7%» Outros...2% Fonte: Relatório de tipologias do GAFI Universo de 94 casos INFRACÇÕES SUBJACENTES» 24 INFRACÇÕES SUBJACENTES» 25 Actividade bancária irregular 4 Jogo clandestino Falsificação de documentsos 1 1 Financiamento do terrorismo 4 Extorsão Crimes contra a segurança 1 1 Auxílio à imigração ilegal 4 Auxílio à imigração ilegal Corrupção 1 2 Actividade bancária irregular 2 Burlas 5 Associação criminosa 2 Tráfico de drogas 4 Tráfico de estupefaciente 6 Infracções económicas 4 Imigração ilegal 4 Infracções tributárias 28 Entrada, permanência Branqueamento de capitais 4 6 Infracções económicas e financeiras 43 Burlas Fraude fiscal 7 135

9 artigo de fundo A APS publicou na sua revista APS Noticias Outubro, Novembro e Dezembro de 24 - o discurso de tomada de posse de Durão Barroso como Presidente da União Europeia, pelo facto de considerar este tipo de informação importante para o conhecimento geral. Dando continuidade a este tipo de acção passamos a transcrever o discurso proferido na passagem da presidência da União Europeia para a Áustria. speech/6/1 3 Mr José Manuel Barroso» President of the European Commission REMARKS ON THE PROGRAMME OF THE AUSTRIAN PRESIDENCY OF THE EUROPEAN UNION Plenary Session of the European Parliament Strasbourg, 18 January 26 Monsieur le Président, Monsieur le Chancelier, Mesdames et Messieurs les députés, Je suis heureux d intervenir aujourd hui à l occasion de la présentation du programme de travail de la Présidence autrichienne, face à un horizon éclairci grâce à l accord auquel est parvenu le Conseil européen de décembre sur les perspectives financières. Comme je l ai déjà dit, cet accord a marqué un moment important pour I Europe, qui a pu démontrer qu elle demeure efficace et pertinente, et a permis d instaurer un climat relativement optimiste en cette année charnière 26. II faut à présent poursuivre et concrétiser cette dynamique. En effet, si e Conseil a fait un pas en avant en décembre, il nous appartient à présent collectivement de faire le pas suivant. C està-dire, nous devons avancer très rapidement dans Ia négociation et la conclusion d un accord interinstitutionnel. Je le rappelle depuis des mois: l accord des trois institutions est nécessaire et une bonne collaboration entre elles est indispensable. Il nous faut maintenant joindre le geste à la parole. Dans ce contexte, permettez moi d insister tout particulièrement sur les actions liées à Ia citoyenneté, notamment la culture et Ia jeunesse. Un effort supplémentaire est nécessaire dans ce domaine, pour répondre à nos engagements communs, en vue de nous rapprocher des citoyens et de mettre en valeur Ia dimension européenne. La Commission proposera dés le 1er février un projet d accord interinstitutionnel modifié qui servira de base à nos négociations. Comme vous le savez, par-delà Ia question des moyens, des points importants sur lesquels la Commission a fait sentir tout son poids restent à préciser:» plus de flexibilité et de réactivité de nos moyens;» Ia création d un fonds d ajustement à Ia mondialisation;» Ia prévision d une clause de révision. La Commission considère que ces éléments de flexibilité seront essentiels pour parvenir à un accord entre les trois institutions. Nous devrons par ailleurs travail ensemble à I adoption d un train de propositions législatives qui traduiront dans les faits I accord interinstitutionnel, une fois adopté. Là encore, un effort sera nécessaire au niveau des groupes du Conseil, des commissions parlementaires et des services de Ia Commission. Ce sera un vrai défi, mais il est incontournable: nous devons en effet faire en sorte que I Union soit à pied d oeuvre au 1er janvier 27. L année qui s ouvre est, pour l Europe, à Ia fois riche de possibilités et lourde de responsabilités. La Présidence pourra compter pleinement sur I appui et la coopération de la Commission. Nous voyons un élément de profonde syntonie entre e programme de Ia Présidence autrichienne et les objectifs poursuivis par la Commission depuis son entrée en fonction, notamment ses objectifs stratégiques. L Europe, forte de sa culture et de ses valeurs, pourra progresser si elie est capable de faire des avancées en même temps dans trois domaines: la performance économique, Ia cohésion sociale et Ia gestion durable de ses ressources. Pour y parvenir, I Europe a besoin d un vrai partenariat associant tous les acteurs. Nous avons besoin de la contribution de tous pour que I Europe puisse libérer tout son potentiel. Mr President, Honourable Members, Growth and jobs are the core preoccupation of our citizens. We must show them that Europe can deliver a credible response to their concerns. The Spring European Council in March is the first real test of the determination of all actors to move forward towards economic reform and modernisation. Member States have drawn up their national reform programmes.the Commission is finalising its appraisal of these programmes and will report to the Spring European Council. I should like to thank the European Parliament for its support and look forward to continue»

10 artigo de fundo «working closely with you on the growth and jobs agenda. The parliamentary dimension of the Lisbon Agenda is not window-dressing but an essential element in promoting and ensuring support for the implementation of the necessary reforms. In this sense, we can say that the revised Lisbon agenda has already been successful: it has managed to create a common vision and a strong consensus. Nobody seriously contests any longer that the priority must be on growth and jobs. It s time to turn words into deeds, vision into action. The message we need from the Spring European Council is that Europe has made a credible commitment to structural reforms and is determined to exploit fully all its potential for growth and more and better jobs. We therefore welcome the Austrian Presidency s willingness to inject new dynamism into the discussion of some pending proposals that are key to the success of the Lisbon strategy, including the Services Directive. The establishment of a well functioning internal market in the area of services is a key opportunity to free up the potential of Europe. The Commission will fully cooperate with the Presidency and the Parliament to seek political agreement on the Directive between Council and Parliament. I welcome the fact that the Parliament is actively preparing the ground for a balanced approach. In other words, an approach that will apply the Treaty provisions on trade in services while at the same time ensuring compliance with working and employment conditions for posted workers, and recognising the specific nature of services of general interest. For this purpose, I believe the role of European Social Partners can be a crucial one. We will be calling on Social Partners for a joint contribution to a balanced and ambitious solution for the services sector. The services sector and small and medium size enterprises are the most important drivers for the creation of jobs in Europe. They should receive from political leaders the support they deserve. Progress on the revised Lisbon agenda will have to factor in the work undertaken as a follow up to the Hampton Court meeting. This covers key areas like research and development, universities, demographic change, energy, migration, security and the role of Europe in the world. The Commission will propose new initiatives in the field of research and education, preparing the establishment of a European Institute of Technology and furthering work on mutual comparability and recognition of qualifications. We will provide a focus for the debate on demographic change and on its implications for a fair work life balance. We shall also present a Road map for Gender Equality which will look at different EU policies and see how they can contribute reducing gender gaps in employment or unemployment conditions, as well as addressing the phenomenon of violence against women and trafficking. We will seek to strengthen the effectiveness of the EU in pursuing its external objectives and interests, by increasing the coherence of our action. Energy issues marked the debut of this Presidency, and I want to thank the Austrian Presidency for its excellent cooperation in dealing with the recent gas dispute between Russia and Ukraine. Energy issues will remain a dominant theme of our future agenda. The recent crisis and persistent high oil prices teach a lesson to those who normally resist and obstruct to provide an European dimension for the energy policy. Europe must have an improved, more coordinated energy policy, based on the principles of diversification of sources, security of supply and sustainability. Well before Hampton Court when leaders clearly stressed the need for a new approach the Commission announced a Green Paper on secure, competitive and sustainable energy policy. We are also preparing a series of new initiatives on energy efficiency and clean technologies. We will take up the debate initiated with the biomass action plan and complement it with a Communication on bio-fuels.

11 artigo de fundo Finally, we will put forward ideas for developing a real pan-european energy market, enhancing cooperation with our neighbouring countries. Here is an example of common sense driving a common approach where no option should be excluded. National leaders, and citizens, see the sense of a common, coherent European policy. Now is the moment for the European institutions to play their role, with ambition and rigour. I look forward to working with you over the coming months to give shape to a European Energy Policy. This brings us to another important point I want to make. The Commission has placed sustainable development as an overarching objective and presented a Communication on the review of the Sustainable Development Strategy Iast December. We welcome the fact that the Austrian Presidency has chosen to put it at the top of its priorities. This will provide the momentum needed to bring to completion the preparation of a new EU Sustainable Development Strategy. The Commission document is an ambitious and concrete one; it offers a long term vision for addressing issues like climate change, preservation of natural resources, social exclusion, and world poverty. It sets clear objectives, realistic targets and procedures for monitoring and measuring progress. It makes a priority of involving all stakeholders in a real partnership. Not only institutions, but also business, regional authorities and citizens should work together to deliver concrete results. «Another issue that will remain high on the European agenda in the coming months is security. I am pleased to see that the priorities of the Austrian Presidency in the area of freedom, justice and security match those of the Commission.» «The translation of the Hague Programme into practical measures remains our common priority. In the area of migration, we shall pursue the debate launched by the Policy plan on legal migration adopted in December and come forward with proposal on the long term resident status of persons in need of international protection. During this semester, we shall also table a Green Paper on drugs and civil» society; a proposal on applicable law on divorce matters and a Green Paper on conflict of law in the area of matrimonial property regimes. Finally the Commission will present the first implementation report on the Hague Action Plan. We look forward to achieving significant progress in these important files during the Austrian Presidency. One last priority I want to comment on is relations with our neighbours. 26 will be a decisive period. In spring, the Commission will review the progress made by Bulgaria and Romania in preparing for accession and assess the level of their readiness to join the Union. On the Western Balkans, we welcome the priorities set by the Austrian Presidency. Since 23, the countries of the Western Balkans have had a clear European perspective. This process is critical for ensuring peace and stability in Europe. The Commission attaches a great deal of importance to the careful follow-up of the situation in the region and its relationship with the Union. This is why I have decided lo persona visit the region in the coming weeks. Europe also needs to prepare to take over greater responsibilities in Kosovo. As discussions on Kosovo s future status reach a critical stage, the EU has to show that it is able to bring a concrete contribution to a complex and delicate issue. Mr President, Honourable Members, Last year, Heads of State and Government launched a period of reflection on the future of Europe. Citizens, civil society, and political actors are expressing and debating their views, expectations, and ideas. The Commission is playing its part fully, implementing the Plan D for Democracy, Dialogue and Debate. I am pleased to report that members of the Commission have paid (altogether) 68 visits to national parliaments in the course of 25, explaining our policies and their added value to European citizens. And listening to the messages citizens give to us. The European Parliament, with its counterparts in national parliaments, is putting its weight behind this discussion and the Commission is ready to fully cooperate will these initiatives. European leaders before us were prepared to dream of what could be. They had the courage of their European convictions. They opened for Europe a pathway to reconciliation and progress which none had walked before. Today, we are the beneficiaries of that legacy and of their foresight. However, at a time where past achievements and current freedoms are so easily discounted, we cannot take future public consent for granted. It must be earned. My vision is of a stronger Europe which provides a solid political, economic and social framework for our citizens. A Europe based on culture. A Europe of democracy, accountability and transparency. In our troubled world of today, we need a Europe which promotes security, human rights and the respect for the rule of law. In view of the June European Council, the Commission will take stock of the preliminary results of the public debate and of the discussions under Plan D. We also intend at the request of the Austrian Presidency to propose an agenda for further debate and action at European level. This would provide a basis for the Heads of State and Government to set the way forward for the Union with a renewed commitment to translate our common objectives into actions. The Union s main asset is a core of common values and a rich culture which should inspire our reflection on the future of Europe. We need to provide determined leadership and reinforce the consensus to bring Europe forward together. We need to concentrate on the essentials. We need to focus on delivery. We need to communicate our public purpose in plain and meaningful terms. We look forward to working closely with the Austrian Presidency to achieve this result. Thank you. Mr José Manuel Barroso» President of the European Commission REMARKS ON THE PROGRAMME OF THE AUSTRIAN PRESIDENCY OF THE EUROPEAN UNION

12 artigo de fundo O MERCADO ÚNICO DE SEGUROS DA UE: COMO FUNCIONA? PERGUNTAS FREQUENTES O conjunto de perguntas e respostas apresentadas são a tradução de um documento do CEA Comité Europeu de Seguros divulgado no passado dia 1 de Janeiro, em Bruxelas. Uma moeda única, viagens sem fronteiras, intercâmbio de estudantes, protecção ambiental, fundos regionais...a influência da União Europeia na vida do nosso quotidiano não pode ser ignorada, e repercute-se, também, na actividade seguradora. O CEA - Comité Europeu de Seguros - responde a algumas perguntas frequentes acerca do Mercado Único de Seguros, simplesmente apresentando as oportunidades que estão ao alcance das seguradoras e dos consumidores. A medida em que as seguradoras tiram vantagem dessas oportunidades varia de companhia para companhia dependendo da modalidade que tenham escolhido. 1» É POSSÍVEL A UMA COMPANHIA DE SEGUROS PRESTAR SERVIÇOS NOUTRO PAÍS DA UE? Sim. A autorização concedida a uma seguradora estabelecida num país da UE é válida para toda a AEE - Área Económica Europeia, o que significa que, desde que a seguradora esteja em conformidade com a legislação da UE e com a legislação nacional, pode oferecer os seus produtos em 28 mercados nacionais, ou seja, nos vinte e cinco mercados da UE, e, também, na Noruega, na Islândia e no Liechtenstein. A companhia tem o direito de exercer a sua actividade fora do país de origem, ao abrigo do regime de Liberdade de Estabelecimento (instalando uma agência ou uma subsidiária noutro país, ou investindo noutra companhia já existente) ou, ainda, ao abrigo do regime da LPS - Livre Prestação de Serviços (informando a autoridade de controlo da companhia da sua intenção de exercer a actividade de seguros transfronteiras). A experiência tem provado que os consumidores preferem fazer os seus seguros localmente, e que a maior parte das seguradoras preferem oferecer apólices em países em que conheçam detalhadamente os riscos envolvidos. Portanto, para os produtos de seguros a retalho, os grupos seguradores utilizam preferencialmente a Liberdade de Estabelecimento em relação à Liberdade de Prestação de Serviços. Segundo os dados recolhidos pelo CEA, as transacções transfronteiriças representam poucos pontos percentuais da receita anual de prémios 1.

13 artigo de fundo 2» FAZER UM SEGURO NUMA COMPANHIA SEDIADA NOUTRO ESTADO-MEMBRO DA UE OFERECE GARANTIAS AO CONSUMIDOR? Sim. Tanto a legislação europeia como a legislação nacional estabelecem normas de protecção do consumidor. As Directivas Europeias, por exemplo, definem requisitos 2 mínimos de solvabilidade, bem como níveis de supervisão prudencial 3. A UE também definiu o tipo de informações que devem ser fornecidas aos consumidores, bem como a forma de os mediadores de seguros aconselharem correctamente 4. As regras nacionais estabelecem, ainda, outros requisitos de protecção e informação do consumidor, o que não quer dizer que uma apólice estrangeira cubra os mesmos riscos ou apresente as mesmas vantagens que uma apólice nacional. 1» As transacções comerciais de Seguro a retalho transfronteiras geralmente variam entre,1% e 2% do volume total de negócios. 2» As margens de solvência definem o capital que a seguradora tem de manter para poder absorver perdas significativas imprevistas. 3» O esquema prudencial de uma seguradora é constituído por uma série de requisitos legais e da supervisão das instituições de controlo para haver a certeza de que a seguradora está à altura de assumir os seus compromissos a todo o momento. 4» Para além disto, o CEA estabeleceu recomendações destinadas ao Marketing através da internet. Tanto a UE como as instituições profissionais nacionais têm tomado iniciativas no sentido de encorajar formas alternativas de resolução de litígios. Relativamente a reclamações transfronteiriças, a Comissão Europeia criou a rede FIN-NET, para facilitar a cooperação entre os Provedores de Justiça nacionais ou sistemas de indemnização. Um consumidor pode recorrer ao Provedor de Justiça do seu país para estabelecer ligação com a contraparte do país em que a seguradora está estabelecida. Neste momento, está a ser discutida uma proposta de Directiva da UE sobre mediação relativa a assuntos civis e comerciais, com a finalidade de tornar mais simples aos cidadãos e às empresas o exercício dos seus direitos num Estado-Membro que não o seu. 3» QUEM SÃO OS PRINCIPAIS BENEFICIÁRIOS DO MERCADO ÚNICO DE SEGUROS? Embora o Mercado Único de Seguros esteja longe de estar completo, a legislação da UE existente e as garantias básicas que estabelece já exercem uma forte influência sobre todos os stakeholders. A lei europeia exige que todas as actividades das companhias de seguros estejam sujeitas a standards de supervisão prudencial, o que funciona como garantia da sua solvabilidade e lhes permite desenvolver os produtos de forma criativa e, ao mesmo tempo, segura. Também estabelece standards profissionais para os mediadores de seguros e instituições de realização de planos de pensões profissionais. Tanto os consumidores como os profissionais de seguros lucram com uma política de concorrência equilibrada, que permita uma cooperação técnica entre as companhias de seguros (e/ou mediadores), mas assegurando que não ocorram práticas de anti-concorrência. A legislação do Mercado Único tem facilitado a circulação automóvel na Europa e a indemnização de vítimas, em caso de acidente ocorrido no estrangeiro. Os níveis de informação e protecção do consumidor no seguro automóvel obrigatório têm vindo a ser harmonizados em toda a Europa. O Mercado Único de Seguros vai intensificar a concorrência, oferecendo aos consumidores ainda maior escolha e preços mais baixos. Os tomadores de seguros de riscos corporativos (i.e., grandes riscos) têm acesso a um pool de capacidade financeira e peritagem técnica, para além daquilo que o mercado local, por si só, pode oferecer. Também alguns compradores de seguros de vida individuais têm utilizado o sistema de comprar no estrangeiro. No entanto, a grande maioria dos europeus confiam em fornecedores e redes de distribuição locais para satisfazer as suas necessidades de seguro a retalho, podendo explicar-se essa preferência pelas barreiras da língua e pela necessidade de assistência pós-venda, a qual requer proximidade entre o consumidor e o segurador. No entanto, graças ao facto de muitas companhias se terem estabelecido noutros países da UE ao longo dos últimos 15 anos, e às medidas de desregulamentação, tais como, o fim da sistemática aprovação prévia do clausulado da apólice e das tarifas, a gama de produtos oferecidos aos consumidores tem vindo a alargar-se consideravelmente. Também o aumento da concorrência contribui para a descida dos preços. Para as companhias de seguros, o impacto do Mercado Único de Seguros facilitou declaradamente o acesso a novos mercados, abrindo, assim, caminhos para novas oportunidades de negócio, tendo, também, contribuído para que algumas companhias se desenvolvessem em mercados selectivos da União Europeia e se expandissem fora da União, tanto em mercados bem estabelecidos (e.g. EUA), como em mercados emergentes. Consequentemente, houve grupos europeus que conseguiram tornar-se líderes mundiais no seu ramo. Também empresas mais pequenas, com actividades específicas, encontraram oportunidade para exportar os seus produtos para clientes estrangeiros. No entanto, as seguradoras consideram que é mais fácil oferecer produtos dentro da Europa, desde que mantenham uma agência com carácter permanente ou uma subsidiária. As seguradoras precisam de conhecer a sua exposição ao risco para criar produtos de seguros adequados (hábitos tabagísticos, hábitos automobilísticos, clima, etc. muitos factores variam de país para país, com impacto nos produtos de seguros de saúde, automóvel ou de riscos domésticos). A diversidade de regulamentos nacionais (e.g. legislação fiscal, de responsabilidade civil ou de segurança social, bem como os sistemas legais relativos a catástrofes naturais) também impedem o desenvolvimento de negócios transfronteiriços no sector de seguros. 4» POSSO FAZER UM SEGURO AUTOMÓVEL NUMA SEGURADORA ESTRANGEIRA? Sim. O veículo tem de estar seguro no Estado- Membro em que está registado. Qualquer companhia de seguros do ramo automóvel autorizada num dos mercados da AEE a fazer seguros automóvel pode, se quiser, oferecer produtos a clientes estrangeiros ao abrigo da livre prestação de serviços, desde que: a) informe a respectiva autoridade de controlo da sua intenção de realizar negócios de seguros transfronteiras; b) satisfaça as condições relativas aos membros do Gabinete de Carta Verde local, ou seja, indique uma agência de regularização de sinistros no país de acolhimento e contribua para o Fundo de Garantia Automóvel; c) obedeça aos requisitos estabelecidos na legislação do país de acolhimento. Quanto a este último requisito, pode acontecer que, no caso de mudança para outro país, a apólice de seguro automóvel não possa ser transferida. No entanto, a cobertura de seguro automóvel do país do tomador de seguro mantém-se válida durante permanências temporárias do veículo noutro país da AEE. No caso de acidente no estrangeiro, para facilitar a regularização do sinistro, a vítima pode entrar directamente em contacto com a agência de regularização de sinistros no seu país de residência, designada pela seguradora da parte responsável.»

14 artigo de fundo «5» POR QUE RAZÃO SÃO TÃO DIFERENTES OS PREÇOS DAS APÓLICES DE SEGURO AUTOMÓVEL? Foi conferida às companhias de seguros, bem como a muitos outros negócios, a liberdade de estabelecer os preços. Para além do facto de cada seguradora registar custos e proveitos diferentes, há vários factores que explicam as diferenças de preço do seguro automóvel de país para país. Alguns estão relacionados com factores básicos que influenciam tanto o nível do risco e da indemnização como as saídas do mercado; outros com os requisitos legais e, outros ainda, com o nível dos impostos. Os factores básicos variam substancialmente de país para país:» as condições de tráfego e a segurança rodoviária determinam a exposição ao risco: a densidade de tráfego, os hábitos dos automobilistas, o controlo policial, as condições das vias e do veículo constituem factores específicos de cada país;» a indemnização varia em função dos diversos custos: no caso dos danos materiais, os preços das peças de substituição, dos carros novos e os salários podem variar consideravelmente; quanto aos danos pessoais, aos cuidados médicos e ao nível da indemnização por perda de lucros e pretium doloris conduzem a diferenças substanciais, que se reflectem nos prémios de seguro; para além disso, o nível das taxas de juro, aplicado ao tempo decorrido desde a data do acidente tem efeito multiplicativo na própria indemnização;» a importância variável da ausência de seguro ou da fraude. Além disso, o clausulado da apólice do seguro de responsabilidade civil é estabelecido pela legislação do país em que o veículo está registado. Existem diferenças importantes, como, por exemplo, quanto ao valor mínimo de cobertura e às regras de responsabilidade civil da lei geral (principalmente no que respeita à protecção dos peões ou dos ciclistas). As saídas de mercado também desempenham o seu papel: as economias de escala podem ocorrer nos países maiores; em alguns países, a maior parte dos condutores só subscrevem seguro de responsabilidade civil, enquanto que, noutros, é prática corrente o seguro contra todos os riscos, o que provoca diferenças no grau de repartição de riscos, que se reflecte na tarifação. Finalmente, as bases e o nível das tarifas do seguro automóvel e outras contribuições parafiscais não são coordenados na UE e variam muito em toda a Europa. São calculados de acordo com a legislação do país em que o veículo está registado, e têm de ser cobrados pela seguradora, em benefício desse país. Todos estes aspectos explicam a razão pela qual as companhias de seguros, que operam num determinado país, têm de adaptar as tarifas às condições locais. O mesmo acontece com os grupos internacionais, que oferecem produtos em diversos Estados-Membros da UE. 6» A SEGURADORA ONDE TENHO O MEU SEGURO DE RISCOS MÚLTIPLOS HABITAÇÃO PODE TAMBÉM SEGURAR A MINHA RESIDÊNCIA DE FÉRIAS? Sim. Uma companhia de seguros de riscos múltiplos habitação tem de informar a respectiva autoridade de controlo da sua intenção de exercer a sua actividade de seguros de riscos múltiplos habitação transfronteiras. No entanto, na prática, a maior parte das seguradoras prefere aceitar seguros de riscos patrimoniais em países em que dominem completamente os riscos. A seguradora nacional pode, com razão, dizer aos segurados que seria preferível subscreverem a apólice numa seguradora estabelecida no país da sua propriedade de férias. As apólices que cobrem edifícios noutros países têm de obedecer aos regulamentos tarifários e, em alguns casos, aos requisitos determinados no conteúdo da apólice, tais como o seguro obrigatório de catástrofes naturais. Esta pode ser uma área em que o negócio transfronteiriço via Liberdade de Prestação de Serviços tem possibilidades de se desenvolver. Quanto maior for o número de cidadãos a possuírem habitação própria em outros países da UE, maior será o incentivo para as seguradoras desenvolverem este negócio. 7» SE EU MUDAR PARA OUTRO PAÍS POR MOTIVOS PROFISSIONAIS, OU SE ME REFORMAR NOUTRO PAÍS, QUE ACONTECE AO MEU PLANO DE PENSÃO PRIVADO? Existem alguns produtos de seguros, que ajudam a preparar a reforma: planos individuais e planos profissionais. Os primeiros (essencialmente seguro de vida e, cada vez mais, seguro de saúde a longo prazo) são contratos privados, que podem ser subscritos voluntária e individualmente. Dada a sua natureza contratual, o tomador de seguro goza de grande flexibilidade para decidir se quer continuar o contrato, cancelá-lo, resgatando o valor, ou receber o benefício no novo país de actividade ou de reforma. É do interesse do segurado recolher informações acerca dos requisitos administrativos e das regras específicas relativamente às vantagens de tributação e à tributação do capital ou anuidades. No entanto, quando um plano de pensão é contratado no contexto de emprego (pensões profissionais, financiadas unicamente pelo empregador ou pelo empregador e pelo empregado), a situação torna-se mais complicada. Embora seja teoricamente possível transferir para outro Estado-Membro os direitos adquiridos referentes a pensões, na prática, surgem barreiras administrativas, fiscais e legais (especialmente na legislação da segurança social) que, muitas vezes, impedem essa transferência. A UE publicou recentemente uma proposta de lei para desenvolver a portabilidade dos direitos adquiridos referentes a pensões. No entanto, enquanto a tributação competir ao Estado, será difícil uma saída ao nível da UE. A maior parte dos países tributam os prémios pagos no caso de planos com benefícios acrescidos e isenção de pagamento de capital ou anuidades (modelo taxed-exempt-exempt - TEE), enquanto que alguns só cobram taxas sobre o capital ou anuidades (modelo exempt-exempt-taxed - EET), ou sobre proveitos e lucros de investimentos (modelo exempt-taxed-taxed - ETT). Os tratados bilaterais ou multilaterais relativos a impostos procuram, normalmente, evitar dupla tributação no país de origem e no país de residência/reforma. Além disso, é importante que o tomador do seguro obtenha todas as informações para tomar uma decisão avisada. 8» QUAIS OS PASSOS A SEGUIR? Apesar de existir há décadas a legislação da UE, o Mercado Único de Seguros está longe de estar completo. É necessário agir nas áreas da divulgação financeira e do controlo prudencial, em que a UE tem projectos em preparação. A finalidade é desenvolver a comparabilidade e a transparência dos regimes financeiros, para garantir que a gestão de riscos das seguradoras lhes permite assumir os seus compromissos, e para facilitar o negócio transfronteiriço por meio da simplificação das práticas de controlo. No contexto da crescente mobilidade dos trabalhadores em toda a UE, também se torna urgente remover as barreiras sociais e fiscais relativamente à portabilidade das pensões profissionais (ver questão nº 7). O CEA está a trabalhar activamente nesse sentido, em estreita cooperação com a UE e outras instituições de relevo.

15 artigo de fundo SOLVÊNCIA II QUANTITATIVE IMPACT STUDIES (QIS1) 1» INTRODUÇÃO No âmbito do projecto Solvência II, e tal como já tinha acontecido com o projecto Basileia no sector Bancário, foi sentida a necessidade de fazer uma avaliação quantitativa do impacto que a introdução de novos métodos para o cálculo dos requisitos de capital terá para o sector segurador, sendo os estudos de impactos quantitativos (Quantitative Impact Studies QIS) os meios eleitos para fazer a referida avaliação. O primeiro destes QIS realizou-se durante o Outono/Inverno de 25, tendo como seu principal objectivo a identificação do nível de prudência existente nas actuais provisões técnicas. Os primeiros resultados deste estudo 1 foram recentemente divulgados pelo Comité das Autoridades Europeias de Supervisão dos Seguros e Pensões Complementares de Reforma (CEIOPS), entidade a quem a Comissão Europeia delegou as competências técnicas deste projecto. De acordo com o relatório do CEIOPS, houve uma significativa participação por parte das Seguradoras Europeias neste estudo, contabilizando-se em 272 o número de participantes no mesmo. Como se pode verificar pela Tabela 1, é de realçar a impressionante adesão das seguradoras sob supervisão do Instituto de Seguros de Portugal (ISP), sendo Portugal o país que apresenta, em termos de quota de mercado global, uma maior representatividade e o único que, em número, apenas foi ultrapassado pelos três maiores mercados seguradores europeus (Alemanha, França e Inglaterra). Uma análise crítica aos resultados deste relatório TABELA 1» Nº DE PARTICIPANTES NO QIS1 AT BE DE DK FI FR HU IS LU IT NL NO PL PT SE SI UK Q Nº de Companhias Vida Não Vida Total Vida Não Vida fonte: CEIOPS é recomendável uma vez que, em certas situações, amostras diferentes são utilizadas entre tabelas, e mesmo dentro de cada tabela, tornando difícil, senão mesmo impossível, a comparabilidade entre os resultados obtidos. O próprio CEIOPS admite que este primeiro QIS tem limitações, devido às restrições impostas em termos de tempo de resposta e à novidade de algumas das abordagens testadas.» 1 Disponíveis no site % 6% 63% 37% 5% 52% 15% 55% 66% 67% 82% 19% 55% 35% Quota de Mercado 85% 51% 58% 56% 57% 45% 77% 97% 24% 23% 35% 42% 91% 86% 2% 6% 47%

16 artigo de fundo 2» RESULTADOS DO ESTUDO Os resultados apresentados de seguida reportam-se apenas às responsabilidades totais brutas de resseguro. A apresentação apenas das responsabilidades totais justifica-se pela falta de homogeneidade na informação recolhida no que respeita aos grupos de risco reportados pelas companhias, cujo número variou entre 1 e 16 grupos de risco diferentes. A apresentação dos resultados brutos de resseguro é também justificada pelo CEIOPS com a escassez de informação no que a este dado respeita. No entanto, da informação recolhida retira-se a conclusão de que o impacto nas provisões líquidas é em tudo idêntico ao impacto observado nas provisões brutas de resseguro. 2.1» Ramo Vida Os dados que nos são apresentados na Tabela 2 representam médias, a nível de cada mercado, ponderadas pelo volume total de provisões actuais de cada um dos participantes. TABELA 2» VIDA RESUMO DAS RESPONSABILIDADES BRUTAS (% das Provisões Actuais) De acordo com o CEIOPS, os factores que podem ser determinantes para a avaliação das responsabilidades são a inclusão, ou não, dos bónus futuros e a forma adoptada para avaliar as garantias e opções financeiras inerentes aos contratos de seguro. De notar que, relativamente à questão das garantias e opções, foram reportadas muitas dificuldades no que respeita à sua avaliação através de técnicas mais avançadas (p.e., modelização estocástica), dificuldades estas que foram principalmente sentidas pelas pequenas e médias companhias não incluídas em grandes grupos internacionais. AT BE FR HU IE IT NL NO PL PT SE SI UK QI Base Actual ( milhões) Best Estimates Incluindo Bonus Futuros 9 11,6% 75,8% 97,7% 94,8% 98,2% 71,2% 96,% 89,1% 87,8% 1 Numa análise da tabela acima, e no que respeita a Portugal, verifica-se que, mesmo com a inclusão dos bónus futuros nas responsabilidades, existe, em média, uma prudência de cerca de 4% sobre as provisões actuais e que, embora baixando para cerca de 2%, esta prudência resiste mesmo quando se aplica uma Risk Margin ao nível do percentil 75. De notar, no entanto, que em dois importantes mercados europeus (França e Reino Unido) existem evidências de que as provisões técnicas actuais estão abaixo do valor Best Estimate e de que esta subavaliação das responsabilidades pode ser, em parte, atribuída à não inclusão, nos termos Excluindo Bonus Futuros 79,7% 73,4% 78,2% 88,6% 86,3% 87,9% 71,2% 89,1% 7 Percentil 75 91,6% 14,5% 84,6% 99,% 96,6% 95,9% 79,6% 98,1% 89,5% 88,6% 11,6% Responsabilidade Totais (incluindo Bonus Futuros) Percentil 9 93,9% 17,% ,3% 99,8% 87,% 1 89,6% 89,4% 12,3% Abordagens sugeridas pelas companhias 92,5% 85,2% 96,5% 96,8% 95,9% fonte: CEIOPS das regras actualmente em vigor, dos bónus futuros. Os resultados até aqui apresentados são médias e padecem de todos os defeitos que podem ser atribuídos a esta medida estatística. Para se ter uma melhor visão da variabilidade deste valores apresenta-se de seguida a Tabela 3 com os valores mínimos, máximos e o desvio padrão reportados por cada país ao nível do percentil 75.

17 artigo de fundo BE FR HU IT NL NO PL PT SE SI UK Percentil 75 das Responsabilidades Totais (como % das Provisões Actuais) Minímo Máximo Desvio Padrão 86,9% 11,7% 84,6% 96,5% 94,9% 95,9% -13,9% 56,2% 89,5% 62,4% 7,8% 94,5% 16,5% 84,6% 1,7% 99,1% 95,9% 129,1% 137,7% 89,5% 92,4% 18,% 4,1% 2,7% 1,7% 2,1% 72,6% 12,7% 15,% 35,8% fonte: CEIOPS TABELA 3» VIDA VARIABILIDADE DA PRUDÊNCIA AO NÍVEL DO PERCENTIL 75 AT BE FI FR HU IS IT NL NO PL PT SE SI UK BE FI FR NL NO PL PT SE SI UK Responsabilidades Totais depois do desconto TABELA 5» NÃO VIDA RESPONSABILIDADES TOTAIS Best Abordagens Percentil Percentil Desvio DESCONTADAS estimate sugeridas pelas 75 9 Padrão Companhias (% das Provisões Actuais) 74,2% 84,2% 81,5% 82,7% 79,% 64,2% 86,8% 88,7% 81,9% 89,7% Best estimates Provisões Prémios 94,1% 12,7% ,3% 76,7% 92,2% 95,1% 1 14,9% 86,7% Provisões Sinistros 73,% 86,4% 126,1% 88,3% 9 73,1% 96,3% 96,7% 11,5% 72,3% 9,8% 1 97,5% 91,5% 76,6% 86,9% 84,5% 84,6% 84,3% 67,6% 87,% 91,8% 12,3% Total 82,% 12 88,5% 77,8% 96,1% 88,9% 76,% 9,9% 1 86,% 12,2% 79,1% 89,6% 88,3% 87,8% 89,3% 71,9% 93,8% 99,3% 124,8% Provisões Prémios 97,6% 15,9% ,9% 84,7% 95,1% 95,8% 14,1% 9 Percentil 75 3,9% 4,8% 17,9% 5,3% 8,7% 6,7% 8,4% 4,6% 3 Provisões Sinistros 79,% 94,5% 131,5% 92,9% 97,4% 81,9% 11,7% 1,7% 18,8% 77,1% 97,7% 13,1% 14,6% 94,7% 117,3% fonte: CEIOPS 75,4% 99,8% 6,5% 84,3% Total 84,7% 125,4% 92,9% 85,2% 1 94,8% 8 97,6% 13,4% 99,5% fonte: CEIOPS TABELA 4» NÃO VIDA RESPONSABILIDADES NÃO DESCONTADAS (% das Provisões Actuais) 2.2» Ramo Não Vida Tal como para o Ramo Vida, na Tabela 4 e Tabela 5 apresentam-se as médias do valor de responsabilidades (antes e depois do seu desconto, respectivamente) apuradas, para o ramo Não Vida, como uma percentagem do valor actual das provisões.»

18 artigo de fundo «Da análise das duas tabelas anteriores podemos tirar duas conclusões: 1» É evidente, na generalidade dos mercados, uma prudência nas provisões técnicas decorrente do seu cálculo nos moldes actuais; 2» O desconto das responsabilidades no ramo Não Vida tem um impacto não desprezível na avaliação destas. Verifica-se, efectivamente, uma descida significativa do valor das responsabilidades caso seja permitido o desconto destas. Na maior parte das jurisdições, a redução situa-se entre os 5% a 15% sobre o valor das responsabilidades actuais, quer ao nível da Best Estimate quer ao nível do percentil 75. Em Portugal, em termos médios, identifica-se também alguma prudência nas provisões actuais (cerca de 1% do valor destas). No entanto, o desconto das provisões parece não ter um impacto tão significativo como tem noutras jurisdições (representa apenas 4,1% do valor das provisões actuais). Mais uma vez, recordamos que estamos a analisar médias e apresentamos de seguida a Tabela 6 que nos permite avaliar a dispersão existente nos resultados obtidos em cada um dos mercados no que respeita à prudência identificada nas provisões descontadas ao nível do percentil 75. 3» DIFICULDADES REPORTADAS Regra geral, os participantes tiveram menos dificuldades em responder ao exercício para o ramo Não Vida do que para o Ramo Vida e menos problemas no cálculo do Best Estimate do que no cálculo das Risk Margins com base na abordagem dos percentis. As maiores dificuldades reportadas pelos participantes foram as seguintes: 1» Falta da Informação / Dados necessários aos cálculos A quantidade de informação necessária para obter estimativas com alguma fiabilidade é elevada e muitas vezes não se encontra disponível em quantidades suficientes nas companhias mais pequenas. BE FI FR NL NO PL PT SE SI UK Percentil 75 das Responsabilidades Totais (como % das Provisões Actuais) Mínimo Máximo Desvio Padrão 8 75,4% 7,9% 82,7% 58,2% 58,8% 51,% 95,3% 69,1% 59,% 95,3% 88,2% 95,4% 88,7% 114,3% 12,6% 139,4% 95,3% 98,3% 18,2% 4,5% 5,9% 8,4% 4,3% 2 14,7% 11,5% 4,6% 14,6% 16,7% fonte: CEIOPS Este problema poderá ser colmatado com a recolha sistemática de informação do mercado, que deverá ser acessível a todas as companhias. 2» Falta de tempo e de Recursos Humanos com a compreensão necessária das metodologias a implementar O curto espaço de tempo que mediou o início e o fim do QIS 1 não permitiu a muitas das companhias dar a resposta apropriada a este desafio. Principalmente a nível das pequenas e médias companhias, sentiu-se a necessidade de investir uma quantidade significativa de tempo e de dinheiro para adquirir os conhecimentos e para desenvolver e implementar os sistemas necessários para a aplicação destas novas abordagens. 3» Desconhecimento/Incerteza da natureza da distribuição de probabilidade inerente a cada um dos riscos Apesar do natural desenvolvimento do conhecimento nesta matéria o certo é que as funções de distribuição teóricas para os riscos Vida e Não Vida são desconhecidas. Com isto, as companhias tiveram de assumir alguns pressupostos relativamente aos riscos para dar resposta a este exercício, bem como para outras exigências com que são enfrentadas. TABELA 6» NÃO VIDA VARIABILIDADES DAS PROVISÕES TOTAIS DESCONTADAS AO NÍVEL DO PERCENTIL 75 A inconsistência entre os pressupostos assumidos entre as diversas companhias pode necessariamente conduzir a resultados que não são comparáveis entre si. Por exemplo, e no respeita aos riscos Não Vida, a distribuição teórica mais utilizada foi a Lognormal mas foram também reportadas utilizações das distribuições Normal, Pareto, Gamma e Poisson. Estes argumentos levam as companhias a defender o desenvolvimento de Standards Actuariais que servissem como padrão de aplicação para todo o mercado. 4» Incapacidade de executar um modelo estocástico completo (para todos os factores de risco) Enquanto a utilização de modelos determinísticos para a projecção de cash flows é comum, a utilização de modelos estocásticos é relativamente rara. A utilização de métodos de simulação parece ser mais importante para os seguradores Vida do que para os Não Vida. A avaliação estocástica das opções, garantias e do bónus futuros inerentes aos contratos Vida é uma das possibilidades disponíveis para as companhias. No entanto, estas componentes

19 artigo de fundo apenas foram avaliadas por cerca de 1/4 das participantes no QIS1. Mais uma vez, verifica-se a existência de uma grande diversidade nos modelos utilizados pelas participantes e uma notória falta de calibração dos mesmos, bem como uma falta de análise dos erros dos modelos. Para efeitos de modelização foram reportadas, entre outras: a) Dificuldades na incorporação de expectativas no modelo; b) Dificuldades na definição dos parâmetros de volatilidade apropriados; c) Grandes sensibilidades aos pressupostos assumidos na modelização principalmente nos modelos adoptados para riscos financeiros. 5» Dificuldades na incorporação do resseguro no modelo A possibilidade de determinação de provisões líquidas de resseguro cedido variou significativamente entre os participantes no estudo sendo, como é natural, reportadas maiores dificuldades de incorporação do resseguro não proporcional. 6» Dificuldades na estimação das correlações existentes entre cada um dos riscos A utilização de matrizes de correlação foi a maneira mais utilizada para incorporar a diversificação entre os riscos do portfolio. No entanto, foram reportadas dificuldades no apuramento das correlações entre cada um dos riscos. Estas dificuldades tornaram necessária a adopção, por parte dos participantes, de várias abordagens e pressupostos sobre as correlações existentes. Os pressupostos assumidos variam significativamente entre participantes e foram desde assumir a independência entre os riscos até assumir correlação total entre os mesmos. Como seria expectável, esta diversidade de pressupostos conduz a resultados muito diferentes e que, muitas vezes, não são comparáveis entre si. 4» CONCLUSÃO Tendo em conta que o objectivo principal deste QIS1 era identificar o nível de prudência existente nas actuais provisões técnicas, dos resultados obtidos neste estudo retira-se a conclusão que uma abordagem de avaliação de responsabilidades baseada na Best Estimate adicionada de uma Risk Margin tende a conduzir a resultados inferiores às actuais provisões. De notar que foram também sugeridos pelos participantes métodos alternativos para o cálculo das Risk Margins (Ver Tabela 2 e Tabela 5), em grande parte baseados na abordagem Cost of Capital defendida pelo Comité Européen des Assurances (CEA) e pelo Chief Risk Officers Forum (CRO Fórum). No ramo Não Vida, a admissibilidade do desconto das provisões tem, como seria de esperar, um grande impacto nestas reduzindo significativamente o seu valor. Não espanta, portanto, a existência de divisões no CEIOPS relativamente a esta matéria. Já no que respeita ao ramo Vida, a incorporação dos Bónus Futuros (Participação nos Resultados Futura) é a componente com maior impacto nas provisões, ultrapassando inclusivamente o impacto da inclusão de Risk Margins. Em termos mais operacionais, pode concluir-se pela necessidade de maior formação dos Recursos Humanos nas metodologias adoptadas e pela necessidade de recolha de estatísticas mais detalhadas a nível do sector. Para além disto, seria recomendável a adopção de Standards Actuariais que permitam a comparabilidade entre as Companhias. Apesar de todas as dificuldades e incoerências identificadas, julgamos que este estudo nos permite tirar algumas conclusões sobre o estado-da-arte a nível do sector segurador Europeu nestas matérias e fazer já uma antevisão do que será de esperar do próximo estudo quantitativo (QIS 2) que se iniciará no próximo mês de Maio e cujas especificações técnicas já estão também disponíveis no site do CEIOPS 1. 1 Disponíveis no site SOLVÊNCIA II QUANTITATIVE IMPACT STUDIES

20 actividade seguradora PRÉMIOS DE SEGURO DIRECTO (Valores acumulados) Operações Capitalização PPR s Prod. Tradicional Prod. Financeiros Restantes Doença Riscos Multi. A.T. 1 Auto Dezembro 24 Dezembro 25 Dezembro 24 Dezembro 25 Vida Não Vida U» mil milhões de Euros EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DE SEGURO DIRECTO Janeiro a Dezembro de 25 Em 25, o sector segurador português cresceu 3 em volume de prémios de seguro directo, o qual ascendeu a mais de 13 mil milhões de euros, para uma amostra de 96% do mercado. Através de outra estatística a APS conhece os valores de produção de seguro directo para 25, para a totalidade do mercado, ressalva-se que os resultados apurados nesta estatística mensal estarão, por isso, a sobreavaliar a verdadeira evolução do sector. O segmento Vida, com um crescimento de perto de 5%, foi o principal impulsionador desta expansão da actividade, tendo alcançado, no total do ano, um volume global de prémios superior a 9 mil milhões de euros e uma quota de mercado perto dos 69%. Os produtos de capitalização apresentaram maiores índices de crescimento (67,4%) dentro deste segmento, envolvendo montantes na ordem dos 6 mil milhões de euros em prémios de seguro directo. Esta realidade vem reforçar o papel que o sector segurador tem na gestão das poupanças de longo prazo da nossa economia.

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