JOSÉ MARIA PEDRO CONTABILIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DE CAPITAL CONHECIMENTO
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1 JOSÉ MARIA PEDRO CONTABILIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DE CAPITAL CONHECIMENTO Os Activos Intangíveis na Gestão de Conhecimento e nas Normas Internacionais de Contabilidade UNIVERSIDADE CATÓLICA EDITORA LISBOA 2009
2 Índice Lista de Figuras Prefácio Introdução Razões do estudo Importância dos activos intangíveis O que é Capital Humano? O que é conhecer? A relação entre Capital Humano e Capital Conhecimento O problema da avaliação do capital conhecimento A visão contabilística na avaliação dos Activos Intangíveis e Goodwill Emissores de normas contabilísticas na UE A identificação e valorização de intangíveis nas normas contabilísticas actuais O conceito de activo intangível nas normas internacionais de contabilidade O conceito de Goodwill na IFRS A Imparidade nos Activos Intangíveis e no Goodwill (IAS 36) Métodos tradicionais de avaliação do Goodwill Fontes de informação Técnicas de Cálculo do Valor Presente de um Activo Métodos mais divulgados no cálculo do Goodwill A visão da gestão nos Activos Intangíveis (Capital Conhecimento) O valor da empresa... 69
3 4.2. Propostas recentes de avaliação de intangíveis na teoria da gestão [Amaral & Pedro] Os Modelos de Valor de Mercado Os Modelos de Performance e Gestão de Conhecimento Os Modelos de Estratégia Os Modelos de Capital Cliente Os Modelos de Capital Estrutural Os Modelos de Capital Humano M1: O modelo MPM M2: O Rácio Market-to-Book (MtoB) no EURONEXT Lisboa O Mercado (Market Value) O valor Contabilístico da Empresa (Book Value) O primeiro significado do Rácio MtoB O outro significado do Rácio Market-to-Book A importância do conhecimento organizacional Desafios para o futuro M3: VIC Valor Intangível Calculado O processo de cálculo do modelo VIC O significado do modelo VIC Taxa de retorno dos activos da indústria (sector de actividade).. 98 M4: Benchmarking de Mercado e de Proveitos Diagnóstico de Activos Intangíveis (até onde podemos medir com objectividade?) Dados ou indicadores relevantes no cálculo de intangíveis Activo Activos Intangíveis Goodwill Situação Líquida (Activo-Passivo) Proveitos (Volume de Vendas) Resultados Antes de Impostos TRAI ou RoA da Eurocasas e do Sector Comércio Grosso e a Retalho Distribuição Capitalização Bolsista Cotação das acções na Bolsa Cálculos do Goodwill com base nos métodos tradicionais de avaliação Cálculos de capital conhecimento com base nas teorias recentes da gestão M2: Rácio MtoB (Importância relativa do Valor dos Activos Intangíveis) M3: VIC (Valor dos Activos Intangíveis da empresa)
4 DifMtoB (Valor dos Activos Intangíveis) M1: MPM (Valor dos Activos Intangíveis) M4: Rácio CoefPKnnnn = [Proveitos2006]/[VICMtoB0406] M4: Rácio CoefCBKnnnn = [CB2006]/[VICMtoB0406] Síntese do diagnóstico Desenvolvimento estratégico de Activos Intangíveis Concretizar a estratégia com Balanced Scorecard Perspectiva financeira Perspectiva cliente Perspectiva de processos internos Microestruturas organizacionais Macroestruturas organizacionais Perspectiva de Aprendizagem e Crescimento Capital Humano Capital Informação Capital Organização O nível de ambição do BSC Construção do Plano Estratégico de Recuperação Desenvolver a estratégia (estádio 1) Concretizar a estratégia em objectivos (estádio 2) Planear Operações Ligadas à Estratégia (estádio 3) Monitorizar e Aprender (estádio 4) Testar e adaptar a estratégia (estádio 5) Alinhamento de Activos Intangíveis com a Estratégia Prontidão estratégica do Capital Humano (CH) Prontidão estratégica do Capital Informação (CI) Prontidão estratégica do Capital Organização (CO) Os Activos Intangíveis em Organizações não Lucrativas Os meios para diagnóstico aplicáveis a organizações não lucrativas (sector público) Ensaio de diagnóstico de Activos Intangíveis em organizações não lucrativas Alinhamento estratégico de activos intangíveis em organizações não lucrativas e a utilização do BSC Conclusões
5 Anexo I Glossário de conceitos contabilísticos relevantes para avaliação do Capital Conhecimento Anexo II Uso de técnicas de valor presente para mensurar o valor de uso Anexo III Questionário de diagnóstico da capacidade de gestão de conhecimento Bibliografia
6 Lista de Figuras Figura 11 Quantos somos? Figura 21 Pressupostos da teoria cognitivista Figura 31 A formação do conhecimento organizacional Figura 41 Dimensões do conhecimento organizacional Figura 51 Que conhecimento podemos gerir? Figura 61 Problemas de gestão do conhecimento individual Figura 71 A geração de conhecimento organizacional em Ikujiro Nonaka Figura 81 Relação entre Goodwill, Activos Intangíveis e Capital Conhecimento Figura 91 A medição do capital conhecimento [Amaral & Pedro] Figura 10 Estrutura do modelo MPM Figura 11 Evolução do MPM nas empresas do Euronext Lisbon Figura 12 Rácio Market-to-Book Global nas Empresas Cotadas no Euronext Lisboa em 31 de Dezembro Figura 13 Rácios MtoB por Sector de Actividade das Empresas Cotadas no Euronext Lisboa Figura 14 Percentagem de Empresas do EURONEXT Lisboa com MtoB < Figura 15 Esquema de Cálculo do VIC Figura 16 VIC Global no EURONEXT Figura 17 Taxa de Retorno dos Activos por Sector de Actividade Figura 18 As 30 melhores empresas do Euronext Lisboa no CoefCBKnnnn em Figura 19 As 30 melhores empresas do Euronext Lisboa no CoedPKnnnn em Figura 20 Evolução do Activo Figura 21 Evolução da Situação Líquida Figura 22 Evolução do Volume de Vendas Figura 23 Evolução dos Resultados Antes de Impostos Figura 24 Taxa de Retorno dos Activos
7 12 Figura 25 Evolução da Taxa de Retorno dos Activos Figura 26 Evolução da Capitalização Bolsista Figura 27 Evolução da Cotação das Acções em Bolsa Figura 28 Goodwill pelos métodos tradicionais Figura 29 Evolução relativa do Valor dos Activos Intangíveis (MtoB). 113 Figura 30 Evolução dos Valor dos Activos Intangíveis (VIC) Figura 31 Evolução do Valor dos Activos Intangíveis (DifMtoB) Figura 32 Aplicação do modelo MPM Figura 33 Evolução do Valor dos Activos Intangíveis (MPM) Figura 34 Evolução do CoefPKnnnn Figura 35 Evolução do CoefCBKnnnn Figura 36 Situação actual da empresa Figura 37 Opções de visão estratégica em função da dimensão temporal Figura 38 Tipos de estratégias em Mintzberg Figura 39 Esquema Genérico do Balanced Scorecard Figura 40 Fontes de lucro na empresa Figura 41 Três opções estratégicas Figura 42 Importância dos atributos de cada tipo de estratégia Figura 43 Duas opções de orientação organizacional Figura 44 Microestrutura organizacional em grupo ou equipa (SET) Figura 45 Microestrutura organizacional em cadeia (CHAIN) Figura 46 Microestrutura organizacional em estrela (HUB) Figura 47 Microestrutura organizacional em rede (WEB) Figura 48 Opções de visão estratégica em função da dimensão temporal Figura 49 Profundidade da aplicação do BSC Figura 50 Estádios do sistema de gestão estratégica ligado às operações Figura 51 SWOT (Análise Externa) Figura 52 SWOT (Análise Interna) Figura 53 Desequilíbrios visíveis SWOT Figura 54 Esquema do modelo das 5 forças aplicado (Eurocasas) Figura 55 Proporção de alojamentos familiares de uso sazonal (2006). 147 Figura 56 A cadeia de valor de Michael Porter (aplicada) Figura 57 Opções estratégicas para a Eurocasas Figura 58 Ponto de partida no ciclo de opções estratégicas Figura 59 Requisitos diferenciadores na estratégia da Eurocasas Figura 60 Vectores e perspectivas Figura 61 Escolha de objectivos na perspectiva cliente Figura 62 Escolha de objectivos na perspectiva financeira Figura 63 Escolha de objectivos na perspectiva de processos internos.. 161
8 Figura 64 Escolha de objectivos na perspectiva de aprendizagem e crescimento Figura 65 Mapa estratégico proposto para a Eurocasas Figura 66 Síntese do Plano de Vendas Figura 67 Cálculo de necessidades de recursos humanos Figura 68 Encontros de revisão da estratégia Figura 69 Modelo de desenvolvimento de competências Figura 70 Prontidão do Capital Humano Figura 71 Opções de desenvolvimento de capital humano Figura 72 Programa para desenvolvimento do CH Figura 73 Prontidão do Capital Informação Figura 74 Prontidão do Capital Organização Figura 75 Modelo de Excelência EFQM (European Foundation for Quality Management) Figura 76 Common Access Framework (CAF) Figura 77 A Escada da Gestão de Conhecimento Figura 78 Estádios do sistema de gestão estratégica ligado às operações. 200 Figura 79 Ligação dos objectivos individuais aos instrumentos de planeamento na AP Figura 80 Balanced ScoreCard segundo a Moderna Gestão Pública Figura 81 O que é capital humano? Figura 82 Que conhecimento podemos gerir? Figura 83 Relação entre Goodwill e Capital Conhecimento Figura 84 A medição do capital conhecimento Figura 85 Rácio Market-to-Book Global nas Empresas Cotadas no Euronext Lisboa em 31 de Dezembro Figura 86 Estádios do sistema de gestão estratégica ligado às operações
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10 Prefácio A globalização dos mercados e da actividade empresarial a que assistimos hoje trouxe mais competição para todos os sectores de actividade económica. A banca, o turismo, a construção, a alimentação e bebidas, os têxteis, as tecnologias de informação, os transportes, os seguros, o desporto ou a cultura deixaram de ser indústrias nacionais e passaram a ser indústrias globais extremamente interligadas em algumas estruturas empresariais. Este fenómeno tornou a competição num exercício mais global onde os instrumentos de gestão tradicionais nem sempre funcionam bem porque o conhecimento e a informação que alimentam as decisões têm de ser mais amplos para que essas decisões orientem as empresas através das opções mais adequadas nesse espaço global. A produção teórica relacionada com a gestão de conhecimento tem evoluído muito nos últimos vinte anos e acompanhou aquela realidade empresarial mantendo-se a par das exigências do mercado. Surgiram novos conceitos como Capital Humano e Capital Conhecimento 1 orientados para o valor intangível das empresas porque os conceitos clássicos de capital ligados ao valor dos activos tangíveis (por exemplo, prédios, carros, terrenos e máquinas) não é suficiente para explicar totalmente o valor de mercado de uma empresa. Em regra, uma empresa comprada por outra, vale sempre mais do que os activos tangíveis que traz com ela. A este propósito, sugiro a leitura da obra O Capital Conhecimento publicado recentemente pela UCP Editora, onde se explica o conceito de forma exaustiva com apresentação de um conjunto de modelos de avaliação. Ao mesmo tempo, as novas normas internacionais de contabilidade tentam acompanhar essa evolução. A globalização está a forçar a adopção de normas contabilísticas globalmente compatíveis para que a expressão financeira do 1 Sugiro a leitura da obra O Capital Conhecimento publicado recentemente pela UCEditora, onde se explica o conceito de forma exaustiva com apresentação de um conjunto de modelos de avaliação. 15
11 Prefácio Paulo Cardoso do Amaral valor dos activos, dos custos de produção, de todos os recursos e produtos seja comparável nesse imenso espaço de actividade empresarial global. Por exemplo, os métodos de cálculo do lucro de uma empresa multinacional têm de ser consistentes independentemente da nacionalidade dos espaços geográficos onde actua. A União Europeia aderiu a este princípio com a publicação do Regulamento (CE) Nº 1725/2003 da Comissão, de 21 de Setembro de 2003, que adopta certas normas internacionais de contabilidade, nos termos do Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho. Uma das alterações mais interessantes das normas contabilísticas é a orientação para o mercado através do reforço do conceito do justo valor dos activos que deve ser obtido no mercado sempre que possível. O valor dos activos registado na contabilidade deve ser verificado periodicamente e colocado a par do justo valor de mercado nesses livros contabilísticos (chamase verificação de imparidade no valor dos activos). Esta tendência obriga as empresas a olharem regularmente com mais atenção para o valor dos seus activos tangíveis, intangíveis e para o valor residual designado por goodwill. A investigação científica deve acompanhar a realidade, deve estabelecer a ligação entre a construção teórica pré-existente e os fenómenos reais para que possa ser útil ao progresso da ciência e à humanidade. O estudo sobre Contabilização e Avaliação de Capital Conhecimento a que este texto se destina é um contributo extremamente oportuno, desenvolvido nesse espírito construtivo. 16
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