Jerónimo Martins, SGPS, S.A. Resultados do Ano 2007

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1 Jerónimo Martins, SGPS, S.A. Resultados do Ano 2007 Vendas consolidadas atingiram 5,3 mil milhões de euros (+21,4% em relação a 2006), beneficiando do forte desempenho das cadeias de retalho, especialmente da aceleração do crescimento de vendas da Biedronka EBITDA aumentou 10,2%, face a 2006, atingindo 351,4 milhões de euros Resultado líquido cresceu 13,0%, atingindo 131,3 milhões de euros o que corresponde a um resultado por acção de 0,21 euros Conselho de Administração propõe o pagamento de um dividendo bruto de 0,096 euros, +9,1% em relação ao ano anterior Para mais informações contactar: Cláudia Falcão claudia.falcao@jeronimo-martins.pt ( ) Hugo Fernandes hugo.fernandes@jeronimo-martins.pt ( ) investor.relations@jeronimo-martins.pt Próximos Eventos: Relatório e Contas para aprovação em AG disponível no site da CMVM ( e no site da Companhia ( Conference Call no dia 28 de Fevereiro às 10h Apresentação de resultados disponível no site de Jerónimo Martins ( no dia 28 de Fevereiro às 9h Assembleia Geral de Accionistas no dia 14 de Março, 2008 às 11h Jerónimo Martins, SGPS, SA Sociedade Aberta Sede: Rua Tierno Galvan, Torre 3, 9º Piso, Letra J Lisboa Capital Social: Eur ,00 Número comum de matrícula na C.R.C. de Lisboa e de Pessoa Colectiva:

2 1. Sumário As vendas líquidas consolidadas de Jerónimo Martins atingiram 5.349,7 milhões de euros, um crescimento de 21,4% (+19,6% excluindo o efeito cambial) em relação a O EBITDA consolidado cresceu 10,2% para 351,4 milhões de euros. O resultado líquido atribuível a Jerónimo Martins cresceu 13,0% para 131,3 milhões de euros. O desempenho de vendas é o resultado da execução do plano de crescimento orgânico do Retalho em Portugal, com 24 novos supermercados e 8 compactos, e na Polónia com 156 aberturas de loja no ano, mas também do forte crescimento, numa base like-for-like, registado pelo Pingo Doce (+8,7%) e pela Biedronka que, ao longo dos trimestres, registou uma aceleração do crescimento de vendas, terminando 2007 com um aumento de 21,1% numa base like-for-like. A margem EBITDA do Grupo atingiu 6,6% das vendas em Merecem relevo: i) o aumento em 60 pontos base da margem EBITDA da Biedronka, o que, em conjunto com o crescimento das vendas conduziu a um aumento de 55,9% (+50,9% em moeda local) do cash flow operacional (EBITDA) gerado pela Companhia; ii) os custos de pré-abertura e de remodelação em Portugal; iii) o peso das lojas (52 lojas) com menos de dois anos e com margens abaixo da média, numa fase de maturidade, a operar na área de retalho em Portugal, iv) o aumento do preço das matérias primas, que se sentiu principalmente a partir do terceiro trimestre do ano e que colocou alguma pressão sobre a margem de algumas categorias da área da Indústria, e v) o esforço contínuo de competitividade dos vários formatos do Grupo. Os resultados financeiros consolidados atingiram 59,2 milhões de euros no ano de 2007, reflectindo: i) o programa de investimento do Grupo, ii) o aumento do custo médio da dívida (de 3,8% em 2006 para 4,8% em 2007), resultante do aumento das taxas directoras, e iii) os custos das operações de hedging de taxa de juro que, em termos de cash outflow, estão a proporcionar protecção em relação à subida das taxas de juro nos mercados. Os resultados não recorrentes, no montante de 22,3 milhões de euros, incluem, entre outros, a mais valia na alienação de acções do BCP e na venda de terrenos não alocados às operações. O valor total investido em 2007 cifrou-se em 468,5 milhões de euros, dos quais 57,3% em Portugal e 42,7% na Polónia. Este valor espelha a execução do plano de expansão do Grupo, bem como o investimento realizado no parque de lojas existentes, por forma a manter a qualidade do mesmo. O plano de expansão das operações do retalho em Portugal e na Polónia continuou a ser a prioridade do Grupo, que alocou cerca de 70% do seu investimento total à execução do plano de aberturas em A dívida consolidada registou, no fim do ano, o valor de 579,3 milhões de euros e o gearing manteve-se ao mesmo nível do ano anterior a 67,0%. Embora se mantenha uma visão cautelosa no que respeita à evolução da envolvente macroeconómica e do consumo privado, o Grupo espera, para o ano 2008, uma sólida evolução de vendas e resultados. É intenção da Gestão iniciar a integração das lojas Plus assim que receber a autorização das Autoridades Competentes. Espera-se que as sinergias que advêm desta integração compensem, num curto período de tempo, os custos que se possa ter durante o processo. A força dos modelos de negócio de Jerónimo Martins, tanto em Portugal como na Polónia, fundamentam a expectativa da Gestão de conseguir superar o desempenho da concorrência em ambos os mercados onde opera. A execução do plano de expansão e a progressiva integração das lojas Plus vão contribuir para o fortalecimento das propostas de negócio. Os formatos do Grupo manterão a competitividade no preço e esperam progressivamente reflectir o aumento de vendas nos resultados. 2 / 9

3 Vendas Consolidadas (Euro Mio) Biedronka 38,9% +39,5% 44,7% Pingo Doce 21,9% +17,5% 21,2% Feira Nova 16,8% +8,3% 15,0% Recheio Indústria Outros 13,7% +4,0% 11,7% 5,7% -2,6% 4,6% Crescimento das vendas LFL ,2% 8,7% Pingo Doce -1,8% Feira Nova Hypers -4,3% 2,1% 0,7% Feira Nova - Mini Hypers 3,6% 3,6% Recheio 11,8% 21,1% Biedronka 3 / 9

4 2. Vendas O Pingo Doce, em 2007, registou um aumento de 8,7% das vendas like-for-like, prosseguindo a forte tendência de crescimento verificada desde o início do ano. O desempenho like-for-like, em conjunto com a abertura de 24 novas lojas (+13,9% de área de venda), levaram a um crescimento das vendas totais de 17,5%. Este desempenho permitiu um crescimento de 1,4 pontos percentuais da quota de mercado da Companhia, no universo APED 1. No Feira Nova o decréscimo de 4,3% das vendas like-for-like dos hipermercados reflecte as campanhas agressivas de todos os operadores no formato, enquanto o desempenho dos compactos (+0,7% de crescimento like-for-like no ano) mostra sinais positivos da estratégia que tem vindo a ser seguida, embora ainda seja demasiado cedo para se verem reflectidos os efeitos das alterações recentes de sortido, onde se destaca o forte aumento da penetração da Marca Própria. O desempenho da Biedronka, cujo crescimento de vendas registou uma aceleração ao longo do ano, superou o do sector na Polónia e permitiu à Companhia consolidar a sua posição de liderança naquela geografia. As vendas totais da insígnia aumentaram, em 2007, 35,0% em moeda local (+39,5% em euros), reflectindo o crescimento de 21,1% numa base de lojas comparável, mas também a concretização do plano de expansão com a abertura de 156 lojas (+18,5% de área de vendas). No Recheio, o ano de 2007 foi o primeiro em que o canal HoReCa teve o maior peso nas vendas da Companhia, sendo responsável por 43,3% das vendas totais. O crescimento de 7,6% das vendas a este segmento, registado em 2007, em relação ao mesmo período do ano anterior, reflecte o sucesso do reposicionamento da Companhia. Na Indústria, excluindo a alienação do negócio de ultracongelados em Novembro de 2006, as vendas atribuíveis a Jerónimo Martins registaram um crescimento de 0,7%, em relação a período homólogo de 2006, fruto de um desempenho diferenciado das categorias e das marcas. As marcas líderes de mercado do Portefólio da Companhia registaram um desempenho positivo, aumentando as suas quotas de mercado, embora algumas categorias tivessem tido o seu desempenho condicionado por vários factores. Destacam-se a queda do preço do azeite, que não permitiu que o crescimento a dois dígitos registado nos volumes se reflectisse em crescimento de vendas da categoria, e a maior agressividade competitiva especialmente no segmento de higiene pessoal. 1 APED Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição 4 / 9

5 3. Resultados Operacionais A evolução da margem EBITDA consolidada é explicada por um conjunto de factores: - No Retalho em Portugal a evolução da margem EBITDA reflecte i) a execução do plano de expansão abertura, em 2007, de 24 supermercados Pingo Doce e de 8 compactos Feira Nova com custos de préabertura relativos a rendas, pessoal e formação, ii) 52 lojas abertas nos últimos 24 meses ainda a operar com a margem abaixo do nível normal na maturidade; iii) a remodelação de 28 lojas Pingo Doce, que levaram ao encerramento das mesmas durante um período de 45 dias, implicando uma contribuição para custos sem as respectivas vendas; iv) o esforço contínuo para garantir a competitividade no mercado, e v) a decisão de acelerar o reposicionamento da cadeia Feira Nova, com o aumento significativo e num curto espaço de tempo da penetração da Marca Própria, levou a uma pressão sobre a margem devido à rápida alteração no mix de vendas: das marcas da indústria para Marca Própria. - Na Biedronka, o forte desempenho de vendas potenciou o aumento de 60 pontos base registado na margem EBITDA da Companhia, que atingiu 5,9% em Assim, a Biedronka registou um aumento de 55,9% do cash flow operacional gerado (+50,9% em moeda local), passando a sua contribuição para o EBITDA consolidado de 28,3% em 2006, para 40,0% em Na área do cash & carry, o Recheio manteve a margem EBITDA em 6,0%, beneficiando de uma estrutura de negócio eficiente e de uma oferta especializada para o canal HoReCa. - Na Indústria, o aumento do preço das matérias primas, que se sentiu principalmente a partir do terceiro trimestre do ano, colocou alguma pressão na margem de algumas categorias especialmente na área alimentar. O reposicionamento de preço de algumas marcas, em resposta à entrada de novos concorrentes e de Marcas Próprias da distribuição em novas categorias, também tiveram impacto na evolução da margem EBITDA. 4. Outras Informações 4.1. Factos Subsequentes No dia 2 de Janeiro de 2008, e na sequência do comunicado de 14 de Setembro de 2007 da Unilever PLC, a Jerónimo Martins chegou a acordo com este seu parceiro quanto à alienação, pela Unilever Jerónimo Martins, Lda., de parte do negócio de chá preparado (ready-to-drink tea) da marca Lipton, à Pepsi Lipton International (PLI), sociedade que representa a parceria entre a Unilever PLC e a PepsiCo. Na mesma data, a Unilever Jerónimo Martins, Lda. assinou, com a PLI um contrato para a distribuição dos produtos desta última em Portugal, tendo acordado o recebimento de 38 milhões de euros, como compensação pela redução estimada dos seus cash-flows futuros. Esta compensação deverá ter um impacto de cerca de 12 milhões de euros no resultado líquido do ano de 2008 de Jerónimo Martins. No dia 9 de Janeiro de 2008, o Recheio Cash & Carry, S.A. e a sua participada Imocash Imobiliário de Distribuição, S.A. assinaram um contrato de promessa de trespasse e de compra e venda de imóvel com a Sociedade Luta Comércio e Distribuição de Produtos de Consumo, CRL, com vista à aquisição de um estabelecimento comercial de venda por grosso e do imóvel onde este está instalado, detidos por esta última no Concelho de Cascais. A operação, que envolve um investimento (incluindo o valor do imóvel) de 15 milhões de euros, está sujeita, entre outras condições, à não oposição pela Autoridade da Concorrência. 5 / 9

6 4.2. Proposta de distribuição de dividendos O Conselho de Administração de Jerónimo Martins, SGPS, S.A. irá propor, na próxima Assembleia Geral de Accionistas, a distribuição de um dividendo ilíquido de 0,096 euros por acção, um crescimento de 9,1% em relação ao ano anterior. 6 / 9

7 5. Anexos 5.1. Balanço 5.2. Investimento 5.3. Dívida 7 / 9

8 5.4. Capital Circulante 5.5. Contribuição das Vendas para o Consolidado 5.6. Parque de Lojas 8 / 9

9 5.7. Demonstração de Resultados por Funções 6. Definições Vendas like-for-like: vendas das lojas que operaram sob as mesmas condições nos dois períodos. Excluem-se as lojas que abriram ou encerraram num dos dois períodos. As vendas das lojas que sofreram remodelações profundas excluem-se durante o período da remodelação (encerramento da loja). Cash Flow por acção: (Resultado líquido + Depreciações + Provisões Impostos diferidos Itens não recorrentes) / Número de Acções Gearing: Dívida Líquida / Fundos de Accionistas Lisboa, 27 de Fevereiro de / 9