Customização do Ubuntu para uso hospitalar

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1 Customização do Ubuntu para uso hospitalar Diego Luiz Silva da Costa 1, Rafael Rodrigues² 1 Faculdade de Tecnologia SENAC Pelotas Rua Gonçalves Chaves, Pelotas RS Brasil 2 Faculdade de Tecnologia SENAC Pelotas Rua Gonçalves Chaves, Pelotas RS Brasil diegocosta@vetorial.net¹, rafiro@gmail.com² Resumo: este artigo apresenta a iniciativa de customizar uma distribuição GNU/Linux em um hospital universitário da região do sul do estado, onde com a instalação de novos equipamentos foi cogitada a hipótese de gerar uma distribuição com todos os programas já instalados. Com esta prática foi alcançada uma padronização institucional, mais rapidez na manutenção por parte de software e, também, um baixo custo, uma vez que se trata de um órgão federal, no qual os recursos são disponibilizados apenas ao hardware e ao Sistema Integrado de Gestão Hospitalar - SIGH. Abstract: this article presents the initiative to customize a GNU / Linux in a university hospital in the southern state where the installation of new equipment was contemplated the possibility of generating a distribution with all programs already installed. With this practice has achieved an institutional standardization, faster maintenance by software and also a low cost, since it is a federal agency, in which resources are allocated only to the hardware and the Integrated Management System hospital - SIGH. 1. Introdução O artigo busca mostrar como se deu a iniciativa de customizar uma distribuição GNU/Linux em um hospital universitário, da região sul do Rio Grande Sul, pois com a instalação de novos equipamentos, dentro da instituição, foi então cogitada a hipótese de Convenções utilizadas no projeto: os textos que representam comandos a serem executados estarão com formatação em itálico e após a digitação do comando, devemos pressionar a tecla <ENTER> para executá-lo, exemplo: apt-get update <ENTER> utilizei os caracteres '[' e ']' para delimitar um texto que deve ser substituído de acordo com o conteúdo do texto delimitado, exemplo: quando me refiro à pasta pessoal do usuário, utilizo o seguinte texto /home/[nome do usuário] no qual nome do usuário deve ser substituído pelo nome do usuário que estiver sendo utilizado para o usuário João, devemos utilizar /home/joão. Os caracteres '<' e '>' para delimitar as teclas que devem ser pressionadas em determinado momento, exemplo: execute o comando <ENTER>, onde informo que a tecla ENTER deve ser pressionada após a digitação do comando.

2 gerar uma distribuição com todos os programas já instalados, com isso visando uma padronização institucional, a rapidez da manutenção por parte de software e, também, visando o baixo custo, uma vez que se trata de um órgão federal, no qual os recursos são disponibilizados apenas ao hardware e no Sistema Integrado de Gestão Hospitalar - SIGH. Para este fim, foi utilizada uma distribuição GNU/Linux Ubuntu LTS, sua escolha deve-se ao fato de ter muita documentação em sites, fóruns, livros e também por ser uma distro com um longo tempo de suporte, com isto a customização ganha mais tempo, com atualizações de programas ficando mais tempo em uso. Os procedimentos de instalação, assim como todas as configurações necessárias para a customização da distribuição que serão abordadas neste projeto, são de fato padrões adotados para facilitar a utilização do sistema GNU/Linux no uso hospitalar, onde cada setor tem suas respectivas ferramentas de trabalho, passando então a ter um padrão institucional. Sobre a interface gráfica utilizada, foi adotado o Gnome 2, por conta de sua simplicidade e de sua fácil customização, ficando bem próximo aos sistemas Microsoft, facilitando a utilização por usuários que nunca estiveram contato com sistemas GNU/Linux, não se trata de uma cópia de desktop, mas de uma personalização para um melhor entendimento, sendo assim, ícones, botões e as características do sistema foram trocadas com a ajuda de um programa chamado XP Gnome, o qual tem a função de trocar as imagens do sistema em geral. Com esta ferramenta instalada poderão ser feitos os ajustes de cores, tipos de fontes do sistema, barras de menus, janelas e todas as suas opções. Outro software que ajudou bastante foi o Ubuntu Tweak, o qual tem a função de configurar a interface Gnome conforme a necessidade, adicionando os ícones na área de trabalho, habilitando recursos que são por padrão escondidos por questões estéticas e estratégicas do sistema GNU/Linux. 1.1 Hardwares dos equipamentos Esta seção é apenas para contextualizar o cenário proposto no projeto, devendo ser adaptado às necessidades de cada instituição, como o referido hospital recebeu, através do Ministério da Educação e da Cultura - MEC, equipamentos novos, contendo as especificações, conforme tabela 1, foi a partir de então, proposto pelo mesmo órgão, a instalação de sistemas operacionais não proprietários. Conforme apresentado nas figuras 1 e 2, também é possível ter uma visão do hardware em questão. Tabela 1 - Hardware Gabinete Itautec - Infoway/Desktop Placa Mãe - Itautec SM5230 Memória: 2x 1 GB 667 HD: Samsung 320 GB Placa de Rede sem Fio Dlink CPU AMD Atlhon X2 250 Leitor de Cartão Monitor Itautec Infoway 19 Wide LG Wide VGA/DVI

3 Figura Organização do Projeto Figura 02 Primeiramente foram analisadas as reais necessidades da instituição, assim como, foi adotado um método de instalação, após isto foi testada a distribuição GNU/Linux Ubuntu LTS, implantando as ferramentas necessárias para utilizar a padronização de desktop, assim como, suas limitações. Em seguida se deu a criação de shell script para a segurança através do firewall nativo no Linux, bem como a criação de shell script para a atualização do computador, facilitando a instalação de novas versões de softwares. A necessidade de remasterizar a distribuição em uma mídia instalável, para que se possa instalar em máquinas de hardware diferentes, foi indispensável, logo também foram feitos testes de segurança, testes dos softwares de uso diário e com os softwares de gestão hospitalar. A criação de uma imagem para instalação em máquinas com mesmo hardware, também foi desenvolvida, e por fim foi feita uma demonstração de como utilizar algumas ferramentas de administração e clonagem das máquinas através da rede. 3. A instalação do sistema A instalação do sistema foi feita com o CD adquirido do site Linux FURG, o qual é um mirror do site oficial do Ubuntu, depois de fazer o download da ISO de instalação foi então gravado, em uma mídia (CD), para fazer a devida instalação. Nenhum problema foi encontrado para tanto, pois as distribuições baseadas em GNU/Debian têm suas interfaces de instalações bem intuitivas e de fácil entendimento. O particionamento foi feito conforme a tabela 2: Tabela 2 Particionamento de discos Partição Tipo Tamanho Swap Area de Troca 2 GB / EXT4 80 GB /Home EXT4 186 GB

4 4. Personalização de temas Para um melhor entendimento da utilização do sistema, foi pensado o desenvolvimento ou ao menos tentar deixar a interface Gnome 2, com aspecto parecido aos sistemas Microsoft, para que usuários que tivessem dificuldades em utilizar um computador não desconhecessem por total a interface gráfica do Linux, já que para fazer um treinamento com todos os funcionários levar-se-ia muito tempo. Seguindo informações registradas no site ubuntued, o qual relata modificações nos desktops e telas de login do Ubuntu, então foi feita uma pesquisa sobre interfaces gráficas semelhantes, e depois de algum tempo testando a que teve melhor desempenho foi a XPGnome, cujo o download pode ser feito no site Super Downloads, e o mesmo é também de código fonte é livre. XpGnome é um pequeno script que muda a aparência do gerenciador de janela GNOME, assim o tornando semelhante ao Windows XP. XPGnome inclui: ícones, temas GTK, GDM tema, papel de parede e configuração Nautilus para se parecer com o Windows XP. 4.1 Instalação Para efetuar a instalação é necessário baixar o arquivo, clicar com o botão direito do mouse sobre o mesmo e escolher a opção 'Extrair aqui', assim será criada, automaticamente, uma pasta de nome 'XpGnome'. Abrindo a mesma, o arquivo InstallXpGnome.sh estará lá. A partir disso deve-se clicar com o botão direito do mouse sobre o arquivo InstallXpGnome.sh, escolher a opção 'Propriedades', e na aba 'Permissões' marcar a opção 'Permitir a execução do arquivo como um programa'. Na janela que aparecerá clicar no botão 'Executar em terminal'. Quando aparecer a janela de aviso informando que o Gnome irá ficar parecido com o Windows XP, deve-se clicar em 'Sim', e assim será possível observar as modificações que ocorrerão automaticamente. Encerrando deve-se clicar em 'OK', na próxima caixa de diálogo, depois em 'Fechar' no painel desabilitado que aparecerá. Embora o tema acima já faça bastante, foram necessárias algumas modificações, ainda no XpGnome, pois o mesmo apresenta uma interface, em inglês, com alguns itens totalmente diferentes do esperado. Pode-se citar, como exemplo, a barra de tarefas e o botão iniciar, pois estes dois itens foram incorporados após, nas pastas de temas do sistema, os quais foram tiradas de máquinas que executam sistemas Windows XP. 5. Programas padronizados Para a instalação padronizada também foi adotado um perfil, de programas adicionados como prioritários, e nele consta os softwares descritos na tabela 3:

5 Tabela 3 Software instalados Programa Finalidade Modo Instalação BrOffice Editor de Documentos e Planilhas Central de Programas Wine Executa Aplicativos MS Central de Programas SIGH Sistema Integrado de Gestão Hospitalar Manual Mozilla Firefox Navegador Central de Programas Emesene Similar ao MSN Central de Programas ThunderBird Cliente de Central de Programas Brasero Gravação de CD/DVD Central de Programas Digitalizador Simples Scanner Central de Programas F-Spot Visualizador de imagens Central de Programas Todos outros softwares, que não estão relacionados na lista acima, foram retirados ou bloqueados, apenas sendo possível sua utilização através da conta de root, para administrar remotamente ou localmente cada computador Instalação do SIGH (Sistema Integrado de Gestão Hospitalar) Este é o programa que faz toda a gestão do hospital, nele é possível inserir qualquer informação sobre pacientes, almoxarifado, medicamentos, exames, entre outras categorias. Para mais detalhes sobre o SIGH acesse o site da Hospidata, segundo informações obtidas através deste, o qual é seu fabricante, o sistema foi desenvolvido para rodar em plataformas Microsoft, portanto sua documentação oficial não trata de instalação/configuração em máquinas com GNU/LINUX. Para instalar nas máquinas foi utilizada a ferramenta Wine, facilmente adquirida no site do Winehq, o qual foi instalado no computador em questão através da central de programas Ubuntu. Sua configuração não foi nada fora do comum apenas editando as chaves corretas no registro. Pode-se instalar através de linha de comando, logado como root executar: apt-get install wine <ENTER> 5.2.Wine O Wine é uma camada de tradução (um lançador de programas) capaz de executar aplicações Windows em Linux e, também, em outros sistemas operacionais compatíveis com POSIX. Os programas Windows que rodam no Wine agem como se fossem nativos, executando sem as penalidades de desempenho ou uso de memória de um emulador, com um visual semelhante às outras aplicações do seu computador. Seguindo os métodos adotados no livro de Carlos E. Morimoto (2009), Linux Guia Prático, o mesmo mostra de maneira clara e simplificada a instalação e suas configurações para que este programa funcione corretamente.

6 5.3. Configurações Adicionais Apenas para que o sistema de gerenciamento funcione corretamente foi então preciso fazer uma comparação entre o registro do Wine com o registro de uma máquina Windows XP. Devendo ser modificados os parâmetros descritos na sequência deste trabalho, nos itens 5.4 e Segurança Para poder limitar a instalação de programas, bem como troca de papel de parede e outras operações, que não são de liberdade do usuário, foi criado o perfil de segurança, adaptados através dos sites Viva o Linux e Tchelinux, no qual se adotaram as seguintes limitações: * Bloqueando papel de parede Para evitar a troca constante de papéis de parede foi executado o comando abaixo, dando permissões apenas ao root para poder abrir as opções de papéis de parede do sistema. chmod 700 /usr/bin/gnome-appearance-properties <ENTER> * Bloqueando opções de menus Para evitar também a alteração de menus, assim como a instalação de aplicativos, foram então executados os comandos abaixo: chmod 700 /usr/bin/alacarte <ENTER> chmod 700 /usr/bin/gmenu-simple-editor <ENTER> * Tornando padrão Mesmo que se crie uma nova conta de usuário, no computador, o comando abaixo faz com que sejam executadas as limitações acima. rm /etc/gconf/gconf.xml.mandatory/%gconf-tree.xml <ENTER> * Script's Para que se tenha uma maior segurança em relação à rede/internet, foi adotado em cada máquina um script de firewall que é executado ao inicializar a máquina, o mesmo encontra-se no caminho /bin/ com o nome de proteção. Segundo Carlos E. Morimoto (2009), a criação de script, em seu livro sobre servidores Linux, mostra a eficiência de tal ferramenta. Para a criação foi editado o arquivo /bin/protecao. #!/bin/bash iptables -A INPUT -p tcp --syn -s / j ACCEPT iptables -A INPUT -p tcp --syn -s / j ACCEPT iptables -A INPUT -p tcp --syn -s / j ACCEPT iptables -A INPUT -p tcp --syn -j DROP

7 Com a utilização deste script no /etc/rc.local, garante - se uma maior segurança, pois apenas máquinas dentro da rede podem ser acessadas, via conexão segura (SSH). Para fazer atualização, também foi adotado um script que ajuda no momento de uma atualização, já que as máquinas estão com conta de usuário restrito, apenas o root poderá fazer as atualizações, então para este fim foi elaborado o script atualiza localizado na pasta /bin com o seguinte conteúdo: #!/bin/bash apt-get update -y apt-get upgrade -y apt-get dist-upgrade reboot Com este script é feita uma atualização, manualmente, uma vez por semana, para instalação de novos recursos que possam vir a surgir, como são em média duzentas e cinquenta (250) máquinas é utilizado um script no computador responsável pela atualização, onde o mesmo conecta via SSH em cada uma destas máquinas e executa o script acima Atualização do sistema Eventualmente são necessárias atualizações de softwares e do próprio sistema, incluindo também o Kernel e o Ubuntu, dispõe de uma ferramenta para esta finalidade citada no item 4.3, o qual se refere ao script de atualização, na realidade a ferramenta que atualiza o sistema é o comando APT ( Advanced Packaging Tool ), que é o sistema de gerenciamento de pacotes da distribuição Debian e distribuições baseadas nela, no caso Ubuntu. Como mostra Roberto Carlos Coutinho Seixas (2010), a utilização deste programa é essencial para manter o sistema atualizado e funcionando. * Comando de instalação de pacotes contidos nos repositórios apt-get install nome-do-pacote <ENTER> Com o parâmetro -y ao lado do comando, consegue se evitar que o sistema do APT pergunte se realmente queremos instalar, ficando da seguinte maneira. apt-get install nome-do-pacote -y <ENTER> * Comando de desinstalação de pacotes apt-get remove nome-do-pacote <ENTER> Com o parâmetro purge ao lado do comando, é possível remover o pacote assim como toda sua herança de pastas, configurações e qualquer outra relatividade com o pacote em questão, ficando da seguinte maneira: apt-get remove --purge nome-do-pacote <ENTER> Para a finalidade de atualização automatizada, então foi criado um script que se utiliza da ferramenta APT, e este mesmo é escrito na linguagem de ShellScript e chamado no Shell /bin/bash. A sequência de comandos dentro do script tem a seguinte função:

8 - apt-get update: com este comando passa - se a atualizar a lista de programas dos repositórios configurados no arquivo /etc/apt/sources.list - apt-get upgrade: com este comando começa - se a instalar os pacotes mais atuais dispostos na lista, anteriormente atualizado. - apt-get dist-upgrade: com este comando informa - se ao APT que queremos atualizar o sistema operacional, ao começar a executar ele percorre os repositórios e verifica se existem novos pacotes para o Kernel e para o sistema operacional. - Reboot: com este comando, ao final da atualização, o equipamento reinicia para que se apliquem todas as atualizações feitas, embora os sistemas GNU/LINUX não tenham a obrigatoriedade de reiniciar o sistema para aplicar as atualizações, mas mesmo assim é feito apenas para que não se tenha futuros problemas de pacotes truncados ou processos em modo zumbi, fazendo com que o sistema opere de maneira fora do comum. 6. Remasterizando a distribuição É uma ferramenta de backup para Debian e Ubuntu, que cria um sistema de backup full e adiciona para um live CD ou DVD e se pode criar cópias de distribuição. Como mostra na figura abaixo, a sua utilização se dá através de uma janela contendo as opções necessárias à criação de uma cópia de backup ou a remasterização completa do sistema com contas de usuário e suas configurações já realizadas. Figura 3 Geralmente uma remasterização é usada para gerar um CD ou DVD que pode ser instalado já tendo tudo que precisa - se e do jeito que costuma - se usar. Todos os pacotes desejados: programação, gráficos, BrOffice, plugins do Java e do Flash para o Firefox, fontes e, também, todas as personalizações que costuma - se usar como teclas de atalho, como atalhos no desktop, etc. E no caso da cópia do tipo backup, pode - se ter até impressoras, instaladas, histórico do navegador e, praticamente, todos os softwares que costuma - se usar e suas configurações como estavam antes da instalação.

9 Configurações do navegador, configurações da rede, configurações do BrOffice, configurações do Google, etc. 6.1 Instalando/Configurando o Remastersys A última versão está disponível no site do Remasterys, que consta nas referências deste artigo. Para instalar apenas dê dois cliques via Náutilus ou instalando com: sudo dpkg -i remastersys*.deb <ENTER> sudo apt-get -f install <ENTER> Configurações Também já é possível alterar seu script de configuração para deixar conforme o necessário. nano /etc/remastersys.conf <ENTER> 6.2 Usando o Remastersys Basicamente existem duas formas de uso do Remastersys: backup e dist. - Backup: é para efetuar um backup full do sistema, inclusive com a home. - Dist: é para efetuar um backup sem a home para distribuir a remasterização realizada. Tanto para backup quanto dist é muito útil adicionar personalizações ao /etc/skel que traz um modelo para a criação dos usuários. Em uma instalação do tipo dist, para manter as configurações desejadas no ambiente gráfico (papel de parede, tema, configurações de ponteiros de mouse, perfumarias diversas, etc), foi preciso copiar os arquivos para a pasta /etc/skel, e também fazer a limpeza dos arquivos temporários e cookies nos navegadores e nos programas que julgar necessários. Copiar os scripts de configuração do home do usuário: sudo nautilus <ENTER> No Náutilus teclando Ctrl+H mostrando os arquivos ocultos, após copie as pastas e arquivos de configuração desejados, podem ser todas. Copiando apenas os arquivos da pasta do usuário atual. Como root, cole na pasta /etc/skel. Importante: Depois de copiar os arquivos execute: sudo chown -R root /etc/skel <ENTER> Acessando o remastersys através dos menus: Sistema > Administração > Remastersys Backup

10 Ele recomenda fechar todas as janelas abertas. Sempre execute Clean antes de um novo backup para limpar anteriores. Também limpe seu /tmp e o cache do navegador. Clique em Modify e OK para alterar as configurações default, como diretório onde salvará nome do arquivo, etc. Para fazer uma remasterização full, somente para você, clique em backup e OK. Remasterização para distribuição clique em Dist e OK. E aguarde. Ele criará a ISO no diretório [/home/remastersys/remastersys] ou onde tenha indicado. Após esta etapa então se pode gravar esta ISO gerada em uma mídia de preferência DVD, pois ela ficará em torno de 1.5 GB, mas depende do que se foi adicionado dentro do sistema, para a customização em questão ficou 1.3 GB. 6.3 Possíveis problemas Geralmente se tem problemas quando é instalada em um computador com outras partições com conteúdo. Preferencialmente, instale em uma máquina virtual (Sugestão: Virtualbox) ou em um sistema limpo e sem outras partições ocupadas por outros sistemas ou de backup. Quando se instala em um computador cujo o HD já tem muita coisa instalada, ele tentará criar uma ISO com todo o conteúdo de todas as partições e, geralmente, levará a mensagem: The compressed filesystem is larger than the iso9660 specification allows for a single file. You must try to reduce the amount of data you are backing up and try again. Você pode conferir o tamanho das partições com: df -h <ENTER> É importante lembrar de fazer uma instalação limpa do Ubuntu para usar o remastersys. 7. Gerando imagem da distribuição Para facilitar, em máquinas de mesmo hardware, foi então utilizado um sistema de clonagem, também de código livre, com este processo a instalação de computadores é diminuída em mais de oitenta por cento (80%), economizando assim tempo e facilitando a reposição de equipamentos que venham a falhar durante a jornada de trabalho. 7.1 Clonezilla Segundo o site do desenvolvedor, o projeto clonezilla é uma ferramenta que se utiliza de distribuições Linux para fazer a criação de imagens ou a clonagem de discos através da rede ou em mídias removíveis.

11 7.2 Características e Funcionalidades Livre - Licença GPL Sistemas de arquivos suportados: ext2, ext3, ext4, reiserfs, reiser4, xfs, jfs do GNU/Linux, FAT, NTFS do MS Windows, HFS+ do Mac OS, UFS do FreeBSD, NetBSD, e OpenBSD, e VMFS do VMWare ESX. Portanto, pode clonar sistemas GNU/Linux, MS Windows, Mac OS baseados na plataforma Intel, FreeBSD, NetBSD e OpenBSD, não importa se o sistema usa 32 bits (x86) ou 64 bits (x86-64). Para estas partições, apenas os blocos usados na partição são salvos e restaurados. Para partições não suportadas é feita uma cópia setor a setor usando dd. Suporte para LVM2 sob GNU/Linux. LVM versão 1 não é suportado. Suporte para Grub versões 1 e 2 Multicast, para clonagem de múltiplos equipamentos é um recurso do Clonezilla SE. Você pode também usá-lo remotamente para salvar ou restaurar diversos computadores se PXE e Wake-on-Lan forem suportados pelos clientes. Baseado no software Partclone (default), Partimage (opcional), ntfsclone (opcional) ou dd para criar imagens ou clonar uma partição. Entretanto, Clonezilla, pode salvar e restaurar não apenas partições, mas também um disco inteiro. Usando outro software livre chamado drbl-winroll, o nome do computador, grupo e SID do sistema Windows clonado pode ser automaticamente alterado. 7.3 Limitações A partição de destino deve ser igual ou maior que a partição de origem. Backups incrementais e diferenciais ainda não foram implementados. Clonagem e criação online de imagens ainda não foram implementadas. A partição a ser copiada ou clonada precisa estar desmontada. RAID ou fake RAID por software não é suportado por default ele pode ser feito apenas manualmente, isto devido a limitações no formato da imagem, a imagem não pode ser explorada ou montada. Não podendo restaurar arquivos individuais a partir da imagem, entretanto existe uma maneira alternativa de se fazer isto. O processo de recuperação do Clonezilla a partir de múltiplos CDs ou DVDs ainda não foi implementado. No momento, todos os arquivos precisam estar em um único CD ou DVD, caso se queira criar uma imagem ISO de recuperação. 8. SIGH - Instalação Configurações e Soluções de Problemas Em algumas situações foi necessária a modificação de configurações do sistema, programas e utilitários para que funcionassem de maneira esperada, pois a configuração padrão em determinadas situações deixava modificar o sistema ou até mesmo deixava de funcionar na remasterização. Neste programa os erros foram desde a instalação até sua utilização, onde é possível exemplificar melhor os erros da seguinte maneira: Instalação Os arquivos, de instalação do SIGH, são separados em alguns arquivos.exe, dos quais se instala primeiramente o setupdll.exe, o setupsigh.exe e setuputil.exe após estes três instalados são necessários mais alguns devido a particularidade de cada um, a ênfase será dado apenas nestes citados acima. Setupdll.exe = arquivo responsável pela colocação dos arquivos.dll e suas dependências.

12 SetupSigh.exe = extrai na pasta destino os arquivos.exe, os mesmos são responsáveis pela interface gráfica e módulos do sistema. SetupUtil.exe = este instalador disponibiliza interface gráfica para questões de administrações, como updates do sistema entre outras funções, o mesmo não é utilizado por usuários, apenas o próprio SIGH.exe e o Administrador do sistema utilizará, mas por via de regra é instalado nas máquinas. Abaixo imagens das telas de instalação: Figura 04 Figura 05 Como o sistema do hospital não foi desenvolvido para sistemas GNU/Linux os passos de instalação serão um pouco diferentes, mas mantendo o mesmo padrão de telas e configurações, apenas são utilizados em cima do WINE. Configurações Nas telas apresentadas acima já aparecem as configurações necessárias para o devido funcionamento, porém, em alguns casos, pode ser preciso alterar as configurações, então deve-se modificar o arquivo de configuração dbconf.ini como mostrado abaixo. Figura 06

13 Soluções de Problemas Segundo o site Winehq, que é criador do WINE, em alguns casos ocorreu erro de configuração de time zone, por padrão o Linux trabalha de forma oposta ao Windows, então neste caso foram alterados nos arquivos [/home/usuario/.wine/system.reg], [/home/usuario/.wine/user.reg] o time zone para o aceito pelo sistema, sendo ele em formato brasileiro e o formato de data (dd/mm/yyyy), como mostrado nas imagens abaixo. 9. Upgrades Realizados Figura 07 Com a necessidade de manter atualizado o sistema, foram então feitas alterações no sistema, no qual foram adicionados o Kernel Ubuntu Linux Genérico, e a instalação de novos aplicativos para escritório, como a troca do pacote Office que, até o presente momento, estava sendo utilizado o BrOffice 3.0 e passou-se a utilizar o LibreOffice 3.4, contando com muitas melhorias na parte de tabelas. Alguns programas como firefox, chrome e adobe também foram atualizados para as versões mais recentes. Na parte de administração foi alterado o script de atualização, com base nas informações obtidas no livro de Carlos E. Morimoto (2009), Linux guia prático, foi reescrito o script, para um modelo com mais opções e com maior garantia de atualização, pois nesta nova versão o administrador é informado na tela em qual parte esta o processo de atualização, com isso fica mais fácil entender o processo de atualização. Novo Script em [/bin/atualiza] #!/bin/bash echo "Iniciando a Atualizacao... 0%" sleep 1 echo "Iniciando a Atualizacao... 50%" sleep 1 echo "Iniciando a Atualizacao...100%" sleep 3 # Atualização && Instalação apt-get update --fix-missing --force-yes -y apt-get upgrade --fix-missing --force-yes -y apt-get dist-upgrade --fix-missing --force-yes -y echo "Completando Atualizacao... 0%" sleep 1 echo "Completando Atualizacao... 50%" sleep 1

14 echo "Completando Atualizacao...100%" sleep 3 echo "Iniciando a Limpeza... 0%" sleep 1 echo "Iniciando a Limpeza... 50%" sleep 1 echo "Iniciando a Limpeza...100%" #Faz a Limpeza! apt-get autoremove --force-yes -y apt-get autoclean apt-get clean sleep 3 echo "Reiniciando o Sistema... 0%" sleep 1 echo "Reiniciando o Sistema... 50%" sleep 1 echo "Reiniciando o Sistema...100%" #Da uma rebootada echo "Rebootando" reboot Foram alterados os endereços de repositórios deixando apenas o repositório interno da instituição e este, por sua vez, atualiza todos os dias às 23h e às 06h, com isso as máquinas que iniciarem o processo de atualização não irão utilizar a conexão de internet, mas sim a conexão local fazendo uma economia no link externo. 10. Interfaces / Desktop Com o intuito de demonstrar o trabalho final, foi criado este tópico, mostrando a interface que é utilizada pelo usuário e a interface de administração root. Figura 08

15 Figura 09 Percebesse, nitidamente, a semelhança do desktop do sistema MS Windows XP, entretanto estamos utilizando GNU/Linux Ubuntu com características gráficas do sistema proprietário. 11. Subversões da Distribuição Com o intuito de padronizar outros setores da mesma instituição, que utilizam o sistema operacional em questão, foi então refeita uma nova customização em cima da plataforma GNU/LINUX - Ubuntu, onde o sistema customizado teve as mesmas características já mencionadas anteriormente, apenas deixando recursos para navegação na internet, e programas de escritório. Utilizando a distribuição Ubuntu LTS com a interface gráfica do utilizador (GUI), LXDE, onde é compatível com todas as modificações feitas na GUI Gnome2, esta subversão foi desenvolvida para laboratórios de informática, bibliotecas e para acesso a internet para estudantes da universidade, possibilitando assim os usuários a utilização de pendrives ou qualquer outro tipo de mídia, com segurança e praticidade. Figura 10

16 Figura Conclusão Com base no trabalho desenvolvido, em plataformas livres, é possível concluir a importância da resolução de problemas de licenciamento de máquinas, onde visando o baixo custo por parte do sistema operacional e todos os programas envolvidos, e também mostrando de forma legal a instalação e distribuição de uma versão Linux padronizada institucionalmente. Passando, o mesmo, a ser adotado como sistema operacional instalado em todos os setores dos quais sofriam com ataques, constantes, de vírus e de programas não autorizados pelo grupo gestor e, sendo assim, os mesmos equipamentos tinham sua vida útil reduzida. Não podendo ser reutilizados com sistemas mais rápidos, e que requerem menos hardware, como mostrado anteriormente em laboratórios de informática onde existe uma grande rotatividade de pessoas com dispositivos móveis infectando os equipamentos, pois não se tem controle de pendrives inseridos nos computadores. Desta maneira, a instituição consegue economizar recursos, sendo estes limitados, por ser um órgão dependente de verbas federais. Mesmo sendo uma ótima opção em relação ao seu custo beneficio é importante mostrar que é uma solução que demanda um tempo de migração grande, visto que, por se tratar de um hospital de ensino, em alguns setores a implantação demorou mais por parte de programas internos como, por exemplo, o controle de funcionários, manipulação e distribuição de medicamentos, faturamento de convênio SUS, entre outros dependentes de licenciamento e de liberação de órgãos terceiros a instituição. Visto que a instituição mostrou-se interessada no projeto e o mesmo foi executado na dentro da própria, foi elaborada uma projeção para futuras versões e adaptações deste mesmo projeto, tendo como foco salas de aulas na universidade que tem sofrido por falta de uma padronização institucional e a total legalização de softwares envolvidos no ensino de alunos da graduação e pós-graduação da universidade. Referências Clonezilla. < >. Acessado em 20 de abr Guia do Hardware. < >. Acesso em 20 de abr

17 Hospidata. < >. Acesso em 03 de jun Linux FURG. < /maverick >. Acesso em 01 de jun MORIMOTO, Carlos Eduardo. Linux - Guia Prático. Porto Alegre: Sul Editores, MORIMOTO, Carlos Eduardo. Servidores Linux - Guia Prático. Porto Alegre: Sul Editores, Remasterys < >. Acesso em 21 de jun SEIXAS, Roberto Carlos Coutinho. Como Criar Sua Própria Versão Customizada do Ubuntu Linux. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna LTDA., Super Downloads. < >. Acesso em 20 de jun Viva o Linux. < >. Acesso em 18 de abr Tchelinux. < >Acesso em 01 de jun Ubuntued. < >. Acesso em 18 de abr Winehq. < >. Acesso em 03 de jun