ANÁLISE EXPERIMENTAL SOBRE A ADERÊNCIA ENTRE O CONCRETO E O AÇO DE PERFIS TUBULARES COM COSTURA MISTOS PREENCHIDOS

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1 Tema: Estruturas de Aço e Mistas de Aço e Concreto ANÁLISE EXPERIMENTAL SOBRE A ADERÊNCIA ENTRE O CONCRETO E O AÇO DE PERFIS TUBULARES COM COSTURA MISTOS PREENCHIDOS Resumo Laura Beatriz Medina Duarte¹ Bruno Mendes Campolina 2 Francisco Carlos Rodrigues 3 Maria Teresa Paulino Aguilar 4 Rodrigo Barreto Caldas 5 Neste artigo é apresentada uma análise comparativa de resultados de ensaios experimentais de aderência química e atrito entre o concreto e o aço de perfis tubulares mistos preenchidos. O objetivo é estudar a influência do comprimento e das formas dos corpos de prova (quadrado, retangular e circular) na aderência entre esses materiais nos pilares mistos preenchidos, com base nos resultados de ensaios experimentais de cisalhamento direto (Push-out). Nos ensaios foram utilizados corpos de prova constituídos por perfis tubulares preenchidos com concreto confeccionados durante a pesquisa de Campolina [4]. Foram testadas três séries de corpos de prova, sendo uma sérire com corpos de prova com 150 mm de comprimento, outra com 250 mm de comprimento e outra com 350 mm de comprimento. Em cada série foi considerado um corpo com seção quadrada, outro com seção retangular e outro com seção circular, totalizando nove corpos de prova. Cada corpo de prova foi submetido a uma força axial de compressão aplicada ao núcleo de concreto, tendo sido adotado como apoio dos ensaios quatro bases de aço soldadas aos perfis dos corpos de prova para permitir o deslizamento relativo entre os dois componentes. Palavras-chave: Aderência Química; Aderência Mecânica; Atrito; Ensaio Push-out. Abstract This paper presents a comparative analysis of the results obtained from chemical bond and friction experimental tests which can describes the interface behavior between the concrete and steel of the Concrete - Filled Steel Tubes. The main goal of this study is to analyse the length and specimens shapes (square, rectangular, circular) influences in the adhesion between these two materials in concrete-filled tube columns, based on experimental results of push-out test. In the experimental program were used specimens composed by filled steel tubes profiles manufactured in Campolina [4] study. The specimens were divided in three series: the first one with 150 mm length, the second one with 250 mm length and the last one with 350 mm length. Each serie has a different shape: square, circular and rectangular (three specimens per series). These specimens were subjected to an axial load applied on the concrete core, and it was supported by four steel plates welded to the steel profile surface, in order to allow relative splip between these two components (concrete-steel). 1

2 Keywords: Chemical Bond; Mechanical Adhesion; Friction; Test Push-out. 1 Engenheira Civil, Estudante de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Construção Civil, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. 2 Mestre em Engenharia Civil, Gerente de Contas na Gerência-Geral de Vendas Construção e Infraestrutura - Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S/A. 3 Doutor em Engenharia Civil. Professor Titular do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Estruturas, Escola de Engenharia, UFMG. 4 Doutora em Engenharia Metalúrgica e de Minas, Professora Titular do Programa de Pós-Graduação em Construção Civil, Escola de Engenharia, UFMG. 5 Doutor em Engenharia Civil. Professor Adjunto do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Estruturas, Escola de Engenharia, UFMG. 1 INTRODUÇÃO A indústria da construção civil requer uma constante inovação devido ao seu amplo campo de ação e às mudanças das necessidades do ser humano. Dentre as soluções que podem ter caráter inovador destacam-se as estruturas constituídas por elementos de aço preenchidos por concreto (estruturas mistas), pois, aproveitam as características dos dois materiais proporcionando maiores resistências à compressão e à tração dos elementos estruturais, melhorando o desempenho dos sistemas construtivos, entre outras vantagens Aguiar [2]. Segundo a ABNT NBR 8800 [3], As estruturas mistas de aço e concreto [...] são aquelas formadas por componentes de aço e de concreto, armado ou não, trabalhando em conjunto. Os elementos estruturais de concreto caracterizam-se pela sua elevada resistência à compressão e pelas diferentes propriedades que podem adquirir graças aos diferentes aditivos do mercado. Da Silva [5] cita que o tubo de aço e o concreto apresentam três tipos de interações naturais: adesão ou aderência química, a aderência mecânica e o atrito. Segundo o mesmo autor, a adesão ou aderência química é considerada um mecanismo elasto-frágil que se manifesta nos estágios iniciais de carregamento, quando os deslocamentos na curva força x escorregamento do concreto ainda são pequenos e as tensões atingem valores máximos equivalentes a 0,1 MPa. A aderência mecânica está relacionada ao estado da superfície interna do tubo (rugosidade), sendo este mecanismo de transferência a resultante do engrenamento mecânico entre o concreto e as irregularidades superficiais internas do perfil. Seguindo Campolina [4], em perfis tubulares a presença do confinamento atuante no concreto e a compressão transversal externa do aço impedem a separação entre as partes, aumentando assim a parcela de aderência entre os materiais. Como resultado deste fenômeno surgem tensões normais resistentes ao escorregamento. Neste caso, a aderência mecânica pode ser considerada um mecanismo parcial de atrito. O atrito depende da força normal aplicada na interface do aço e o concreto e do coeficiente de atrito, μ, que está relacionado ao grau de rugosidade da superfície do perfil tubular e à condição da interfase dos materiais Da Silva [5]. Existe um quarto mecanismo de transferência denominado conector de cisalhamento, que são dispositivos mecânicos inseridos na superfície interna no perfil tubular, aumentando a resistência ao escorregamento Aguiar [1]. 2

3 Vários estudos, como o feito por Parsley [7], indicam que o atrito é o responsável pela maior parte da força de aderência existente entre o aço e o concreto. O estudo realizado por Campolina [4] afirma que a presença da oxidação superficial interna nos perfis metálicos contribui para o aumento da resistência ao deslizamento entre o aço e o concreto e que a transferência do carregamento do núcleo de concreto para as paredes do perfil metálico é maior nos perfis circulares do que nos perfis quadrados e nos retangulares. Neste contexto, este trabalho estuda o desempenho de perfis de aço tubulares preenchidos com concreto no que se refere à aderência do concreto ao aço, considerando diferentes condições do perfil metálico. 2 PROGRAMA EXPERIMENTAL Na presente pesquisa, os ensaios foram realizados em corpos de prova constituídos por perfis tubulares de aço preenchidos com concreto confeccionados durante a pesquisa de Campolina [4]. Foram testadas três séries de corpos de prova, sendo uma série com corpos de prova com 150 mm de comprimento, outra com 250 mm de comprimento e outra com 350 mm de comprimento. Em cada série foi considerado um corpo com seção quadrada, outro com seção retangular e outro com seção circular, totalizando nove corpos de prova. De acordo com o que informa Campolina [4], após a definição das seções transversais dos tubos de aço dos corpos de prova que seriam ensaiados em sua pesquisa, o procedimento experimental se iniciou pela formação da oxidação nas paredes internas dos tubos (pátina). Em seguida, foi desenvolvido o traço e confeccionado o concreto de alta resistência e autoadensável. Com esse concreto foi feito o preenchimento dos perfis tubulares, para que, após a cura do concreto, os corpos de prova fossem submetidos a ensaios de cisalhamento direto (do tipo de push out). Na pesquisa de Campolina [4], foram escolhidos perfis tubulares com costura e sem costura de geometrias diferentes (quadrada, retangular e circular). A opção da escolha se deu em função da semelhança entre os perfis de diferentes formas da seção transversal no tocante às dimensões das áreas internas, às espessuras de parede, aos comprimentos das amostras, ao tipo e resistência ao escoamento do aço. O método utilizado para acelerar a formação da pátina consistiu da aplicação de solução corrosiva, à base de percloreto de ferro, para ativar o processo oxidante. O sal FeCl 3 é também conhecido como cloreto de ferro III. O traço do concreto foi projetado para atender às características de auto-adensável e para altas resistências à compressão. Com essas características, não foi necessário vibrar o concreto no interior dos tubos de aço. Os corpos de prova utilizados nesta pesquisa apresentam um diferencial em relação ao efeito da idade do concreto e da corrosão do perfil tubular de aço, quando comparados com os modelos empregados na pesquisa de Campolina (2008). O concreto dos corpos de prova que foram testados na presente pesquisa apresenta uma idade aproximada de nove (9) anos. Este é o mesmo tempo que se passou após a formação da oxidação nas paredes internas dos tubos (pátina). 3

4 Visando à execução dos ensaios de verificação do deslocamento do núcleo de concreto no interior dos tubos de aço (deslizamento), os nove corpos de prova ensaiados na presente pesquisa foram obtidos a partir de cortes executados em corpos de prova remanescentes da pesquisa de Campolina [4], e que não foram ensaiados. Esses corpos de prova tinham comprimentos iguais a 800 mm, sendo 750 mm preenchidos com concreto e 50 mm sem o preenchimento para que o deslizamento do concreto pudesse ocorrer. De cada um desses corpos de prova, foram retirados três outros corpos de prova com comprimentos de 150 mm, 250 mm e 350 mm. Em todos os corpos ensaiados nesta pesquisa, foram considerados apenas os modelos fabricados por Campolina [4] com tubos com costura e com a formação da oxidação (pátina) em seu interior. Em dois ensaios foram utilizados um atuador hidráulico Enerpac com capacidade de 500 kn, um anel dinamométrico com capacidade de 500 kn e seu relógio comprador, um transdutor de pressão na linha hidráulica do atuador, placas de base e esfera de aço (para simular uma rótula espacial) e um transdutor de deslocamento com capacidade de leitura de 100 mm para registrar o deslizamento relativo entre o núcleo de concreto e os perfis tubulares. Durante os testes, foi utilizado um sistema de aquisição de dados da Lynx para o registro do tempo de duração de cada ensaio, do carregamento imposto e do deslizamento do concreto no interior dos tubos. Nestes casos, a aplicação de carga era feita em aproximadamente vinte (20) passos de carga, até ser alcançado um deslocamento de aproximadamente 50 mm entre o concreto e o aço. Em sete ensaios foi utilizado para aplicação de carga o Sistema MTS, constituído de um atuador hidráulico servo-controlado com capacidade de 1500 kn, com controle digital por computador, que permite a aplicação de forças por controle de força ou de deslocamento do cilindro do atuador, sendo este último o utilizado durante os ensaios. Durante os ensaios, foi também empregado o sistema Lynx de aquisição de dados, neste caso para gravar em tempo real somente os sinais do deslocamento relativo entre o aço e o concreto, o que foi feito com um transdutor de deslocamento com capacidade de leitura de 30 mm. Nestes casos, a aplicação de carga era feita de modo contínuo, até ser alcançado um deslocamento de aproximadamente 28 mm entre o concreto e o aço. Na Figura 1 apresenta-se o esquema utilizado para a aplicação da força no núcleo do concreto, tal como foi utilizado por Campolina [4] como parte da metodologia de ensaios de deslizamento do tipo push-out. 4

5 Figura 1 - Esquema do ensaio de deslizamento do pilar misto circular Campolina [4]. Figura 2 - Esquema ensaio utilizado. Para executar os ensaios de deslizamento, na presente pesquisa foi necessário que os corpos de prova apresentassem um espaço de no mínimo cinco centímetros entre a placa de base e a superfície inferior do núcleo de concreto (que se encontrava no mesmo plano da parte inferior do tubo de aço). Conforme mostra a Figura 2, isto foi possível com a execução de quatro pilaretes de aço na parte inferior do corpo de prova. Esses pilaretes, de seção quadrada com o lado de 30 mm, foram soldados ao tubo de aço, tendo sido uma adaptação necessária à realização dos ensaios. 5

6 Na Tabela 1 são apresentadas as características nominais físicas e geométricas dos perfis tubulares que foram utilizados para a construção dos corpos de prova ensaiados por Campolina [4] e nesta pesquisa. Tabela 1 Características dos perfis utilizados. Tipo de Seção Quadrado Retangular Circular Dimensões (mm) 100x x80 114,3 Espessura (mm) 6,4 4,4 6,4 Comprimento (mm) Material Aço Patinável Aço Patinável Aço Patinável Especificação do VMB 350 cor VMB 350 cor VMB 350 cor Aço Fy (MPa) > 350 > 350 > 350 Fu (MPa) Na Tabela 1, f y é a resistência ao escoamento do aço e f u é a resistência à ruptura do aço na tração. Para o preenchimento dos tubos foi utilizado um concreto autoadensável, cujas características são apresentadas na Tabela 2. Tabela 2 Características do concreto utilizado. Materiais Quantidade para 1 m 3 DURACEM AD 300 HOLCIM Areia Natural Irineu Areia Artificial Ical Brita 0 Gnaisse ADITIVO TEC MULT 562 ADITIVO GLENIUM 3010 Água Potável 420 kg 397 kg 604 kg 779 kg 3356 ml 3776 ml 189 l Foram testadas três séries de corpos de prova. A série 1 era constituída por corpos de prova com 150 mm de comprimento; a série 2 por corpos de prova com 250 mm de comprimento e a série 3 por corpos de prova com 350 mm de comprimento. Em cada série foi considerado um corpo com seção quadrada, outro com seção retangular e outro com seção circular, totalizando nove corpos de prova, conforme consta na Tabela 3. 6

7 Tabela 3 Dimensões e classificação das séries dos corpos de prova, com as dimensões médias medidas. Dimensões médias Série Tipo de Seção Corpo de Prova medidas (mm) Seção quadrada Seção circular Seção retangular Seção quadrada Seção circular Seção retangular Seção quadrada Seção circular Seção retangular CP CP CP CP CP CP CP CP CP Lado: 100,34 Lado: 100,62 Espessura do tubo: 5,23 Comprimento: 152,29 Diâmetro: 115,44 Espessura do tubo: 5,06 Comprimento: 156,21 Lado 1: 80,24 Lado 2: 120,26 Espessura do tubo: 5,24 Comprimento: 152,22 Lado: 100,34 Lado: 100,62 Espessura do tubo: 5,23 Comprimento: 259,05 Diâmetro: 115,35 Espessura do tubo: 5,06 Comprimento: 254,10 Lado 1: 80,24 Lado 2: 120,26 Espessura do tubo: 5,24 Comprimento: 255,15 Lado: 100,34 Lado: 100,62 Espessura do tubo: 5,23 Comprimento: 354,15 Diâmetro: 115,35 Espessura do tubo: 5,06 Comprimento: 353,83 Lado 1: 80,24 Lado 2: 120,26 Espessura do tubo: 5,24 Comprimento: 355,25 7

8 Na Tabela 3, as medidas de dois lados perpendiculares entre si e representativos do quadrado e do retângulo foram consideradas como a média de quatro medidas efetuadas nas duas seções de extremidade do tubo de aço. Para o tubo circular o diâmetro médio foi determinado a partir de quatro medidas do diâmetro realizadas em uma de suas seções de extremidade. A espessura foi determinada como a média de quatro medidas efetuadas nas duas seções de extremidade do tubo de aço. O comprimento foi determinado como a média de quatro medidas efetuadas, uma em cada dobra do quadrado e do retângulo e, nos tubos circulares, o comprimento foi determinado como a média de quatro medidas feitas diametralmente opostas no tubo de aço. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados dos ensaios realizados nesta pesquisa são apresentados na Tabela 4. A partir dos dados foi elaborado o gráfico carregamento versus deslizamento e carregamento versus tensão de aderência, conforme mostram as Figuras 3 a Série Tabela 4 Resultados dos ensaios experimentais. Comprimento do Tubo (mm) Tipo de seção transversal Atuador hidráulico Área Total (mm 2 ) Força máxima (kn) Deslizamento máximo (mm) Tensão de Aderência para a Força máxima (MPa) CP Quadrada ENERPAC 61206,39 204,48 28,16 3,73 CP ,21 Circular MTS 56650,16 490,23 28,55 9,48 CP ,22 Retangular ENERPAC 61038,22 321,11 27,62 5,87 CP ,05 Quadrada MTS ,00 303,93 25,88 3,38 CP ,10 Circular MTS 92153,29 624,73 23,2 7,41 CP ,15 Retangular MTS ,15 452,64 28,48 4,93 CP ,15 Quadrada MTS ,97 571,01 28,21 4,48 CP ,83 Circular MTS ,91 660,26 9,87 5,68 CP ,25 Retangular MTS ,00 164,71 26,55 1,29 A Figura 3 mostra a variação do deslizamento em função da força aplicada dos corpos de prova de seção quadrada. O comportamento dos três corpos de prova é muito similar, diferenciando um do outro praticamente apenas no que diz respeito à força máxima imposta para iniciar o deslocamento do concreto no interior do tubo. Pode-se observar a perda da aderência química no momento em que se apresenta o início do deslocamento relativo do concreto até a força máxima. Isto fica mais evidente para os corpos de prova CP e CP Depois de atingido este estágio, a aderência mecânica somada ao confinamento promovido pelo tubo define o que se pode chamar de mecanismo parcial de atrito, tal como definem Parsley [7]. Ainda com a presença da aderência mecânica e do mecanismo parcial de atrito, nota-se que o comportamento de cada corpo de prova é caracterizado por um ramo suavemente descendente até um nível praticamente constante, demonstrando diminuição da força aplicada com a diminuição da área de contato entre os materiais, exceto para o CP Neste caso, no limiar do final do ensaio ocorreu um pequeno aumento no valor da força aplicada. 8

9 Na Figura 4, que apresenta a variação do deslizamento com a tensão de aderência relativa do concreto para os mesmos corpos de prova da Figura 3, pode-se observar que quanto maior o comprimento do tubo maior é o valor da tensão de aderência ao longo do ensaio e, portanto, maior é a contribuição do tubo de aço. Figura 3 - Força versus deslizamento dos corpos de prova com seção quadrada. Figura 4 - Tensão de aderência versus deslizamento dos corpos de prova com seção quadrada. 9

10 A Figura 5 mostra a variação do deslizamento em função da força aplicada nos corpos de prova de seção circular, notando-se que os comportamentos dos três corpos de prova variam consideravelmente. No gráfico do CP pode-se observar a perda da aderência química quando se atinge o valor de força máxima igual a 624,73 kn, momento em que se apresenta o início dos deslocamentos do núcleo de concreto. Depois de atingido este estágio, a aderência mecânica somada ao confinamento promovido pelo tubo passa a atuar como um mecanismo parcial de atrito. Ainda com a presença da aderência mecânica e do mecanismo parcial de atrito, nota-se que o comportamento do CP é caracterizado por um ramo suavemente descendente até um nível praticamente constante. Quanto ao corpo de prova CP-150-2, a força foi aplicada sem evidenciar deslizamento do núcleo de concreto até atingir o valor de 490,23 kn. Assim que esse valor foi alcançado, ocorreu um deslizamento súbito do núcleo de concreto, denotando-se aparente perda da aderência química. Devido ao um problema ocorrido com a programação do ensaio com o sistema MTS de aplicação de carga, não houve o registro da variação da força a partir do valor de 3,66 mm registrado para o deslizamento do núcleo de concreto. No entanto, como a medição dos deslizamentos foi realizada com um sistema de aquisição de dados independente do Sistema MTS, pode-ser registrar os deslocamentos relativos do núcleo de concreto até o valor de 28 mm. Desta forma, pode-se afirmar que com a presença da aderência mecânica e do mecanismo parcial de atrito o corpo de prova apresentaria um ramo descendente até alcançar um nível praticamente constante. Um comportamento similar ao do corpo de prova CP foi apresentado pelo CP-350-2, com um deslizamento súbito ao se atingir o valor máximo de força aplicada igual a 660,26 kn. Observa-se que, depois de atingido esse valor máximo, ficou definido um patamar até ocorrer uma queda brusca da força aplicada, gerando impacto no corpo de prova e, consequentemente, no atuador hidráulico. Mantida a continuação do ensaio, o corpo de prova voltou a receber incrementos de força até ser atingido o valor de 657,97 kn, após o que voltou a ocorrer um deslizamento súbito. Observando-se o comportamento do corpo de prova, notam-se sucessivas quedas bruscas da força aplicada, retomada desta força e a ocorrência de patamares. O ensaio foi então interrompido para evitar danos ao sistema de aplicação de carga. Observando-se o gráfico até o momento da paralisação do ensaio, pode-se verificar que logo após a perda da aderência química passou a ocorrer pequenas e sucessivas perdas de aderência mecânica e do mecanismo parcial de atrito. 10

11 Figura 5 - Força versus Deslizamento perfis de seção circular. A Figura 6 mostra a variação do deslizamento com a tensão de aderência entre os materiais dos corpos de prova. Neste gráfico fica evidente a influência do comprimento dos modelos nos resultados obtidos. O CP foi o que obteve a maior tensão de aderência dos nove corpos de prova ensaiados. Figura 6 - Tensão de aderência versus deslizamento dos corpos de prova com seção circular. 11

12 A Figura 7 mostra a variação do deslizamento em função da força aplicada nos corpos de prova de seção retangular. Observam-se comportamentos similares aos dos gráficos da Figura 3. Os comportamentos dos três corpos de prova também são similares entre si, diferenciando um do outro no que diz respeito à força máxima imposta para iniciar o deslocamento do núcleo de concreto no interior do tubo. Pode-se observar súbita perda da aderência química nos corpos de prova CP e CP no momento em que se apresenta o início do deslocamento relativo do concreto ao se atingir o valor da força máxima. No CP a perda de aderência ocorreu de modo mais suave. Depois de atingido este estágio, em cada um dos corpos de prova a aderência mecânica somada ao confinamento promovido pelo tubo, atuam como um mecanismo parcial de atrito. Ainda com a presença da aderência mecânica e do mecanismo parcial de atrito, nota-se que o comportamento de cada corpo de prova é caracterizado por um ramo suavemente descendente, demonstrando diminuição da força aplicada com a diminuição da área de contato entre os materiais. Quanto ao corpo de prova CP-150-3, a perda da aderência química ocorreu ao atingir um valor de força máxima aplicada de 328,55 kn, com participação da aderência mecânica e do confinamento, apresentando um deslizamento súbito. No entanto, esses fatores têm influência cada vez menor, uma vez a área de contato entre o concreto e o aço vai diminuindo ao longo do ensaio. O que justifica o ramo descendente logo após ter sido atingida a carga máxima. O CP apresentou um comportamento atípico em relação à força máxima correspondente à perda de aderência química, que foi menor quando comparada às correspondentes forças dos corpos de prova CP e Devido a isto, ainda existem dúvidas em relação ao que resultou esse comportamento; essas dúvidas serão posteriormente sanadas. Figura 7 - Força versus Deslizamento perfis de seção retangular. 12

13 A Figura 8 mostra a variação do deslizamento com a tensão de aderência entre os materiais dos corpos de prova. Neste gráfico fica evidente a influência do comprimento dos modelos nos resultados obtidos. Figura 8 - Tensão de aderência versus deslizamento dos corpos de prova com seção o retangular. Os ensaios realizados nesta pesquisa seguiram em parte os procedimentos de cisalhamento direto (push-out) preconizados pela norma europeia EN :2004 [6], para a verificação do desempenho estrutural de conectores de cisalhamento no sistema de viga mista de aço e concreto. Nessa norma, um conector pode ser tomado como dúctil se a capacidade característica de deslizamento (δ uk) for pelo menos de 6 mm, δ uk é tomado como o valor mínimo de δ u obtido num ensaio, reduzido em 10%, conforme Figura 9. Assim sendo, fazendo uma analogia com o procedimento da norma europeia, procurou-se identificar nas Figuras 3 a 8 os deslizamentos iguais a 6 mm ocorridos entre o núcleo de concreto e o tubo de aço de cada um dos corpos de prova. Figura 9 - Determinação da capacidade de deslizamento Du. EN :2004 [6]. 13

14 A Tabela 5 apresenta uma comparação entre as tensões de aderência calculadas para a força máxima aplicada e as tensões de aderência correspondentes aos deslizamentos iguais a 6 mm obtidas na presente pesquisa. A Tabela 6 apresenta uma comparação entre as tensões de aderência obtidas na pesquisa de Campolina [4], tomando-se sempre os valores máximos de cada série dos corpos de prova ensaiados. Tabela 5 - Tensões de aderência obtidas nos ensaios de deslizamento nesta pesquisa. Série σmáximo (MPa) σ6 mm (MPa) Série 1 Série 2 Série 3 CP ,73 2,16 CP ,48 -- CP ,87 3,93 CP ,26 2,49 CP ,41 5,88 CP ,93 3,59 CP ,48 1,72 CP ,62 5,61 CP ,29 1,06 Tabela 6 - Tensões de aderência obtidas nos ensaios de deslizamento na pesquisa de Campolina [4]. Série σmáximo (MPa) σ6 mm (MPa) Quadrados 0,62 0,6136 Retangulares 0,95 0,9494 Circulares 1,55 1,4573 Verifica-se na Tabela 5 que, tanto para as tensões de aderência calculadas para a força máxima aplicada como para as tensões de aderência correspondentes aos deslizamentos iguais a 6 mm, os valores obtidos são bem superiores aos valores geralmente encontrados em outras pesquisas, incluindo a pesquisa de Campolina [4] cujos corpos de prova remanescentes e não ensaiados serviram para a fabricação dos corpos de prova ensaiados na presente pesquisa. A diferença entre os resultados desta pesquisa e de outros estudos pode ser devida a: a) O concreto dos corpos de prova que foram testados na presente pesquisa apresenta uma idade aproximada de nove (9) anos em relação ao concreto dos corpos de prova testados por Campolina [4]. b) Esse é o mesmo tempo que se passou após a formação da oxidação nas paredes internas dos tubos (pátina). Neste caso, podem-se observar efeitos da corrosão exacerbada pelo tempo nas paredes dos tubos, que deixou manchas nas faces do prisma de concreto durante a perda de contato desses materiais ao longo dos ensaios. 14

15 c) Execução de quatro pilaretes de aço na parte inferior do corpo de prova. Esses pilaretes, de seção quadrada com o lado de 30 mm, foram soldados ao tubo de aço, tendo sido uma adaptação necessária à realização dos ensaios. Com a solda dos pilaretes, pode ter havido introdução de tensões residuais no tubo de aço, colaborando com o acréscimo do efeito de confinamento promovido pelo tubo, o que se pode chamar de mecanismo parcial de atrito. d) Os perfis ensaiados nesta pesquisa e na pesquisa de Campolina [4] eram tubos com costura. 4 CONCLUSÃO A pesquisa ainda está em andamento. Mesmo assim, podem-se apresentar as seguintes conclusões preliminares: 1. Os comportamentos entre os corpos de prova de cada série estudada são similares entre si, diferenciando um do outro praticamente apenas no que diz respeito à força máxima imposta para iniciar o deslocamento do concreto no interior do tubo. Pode-se observar a perda da aderência química no momento em que se apresenta o início do deslocamento relativo do concreto até a força máxima. Depois de atingido este estágio, a aderência mecânica somada ao confinamento promovido pelo tubo define o que se pode chamar de mecanismo parcial de atrito, tal como definem Parsley [7]. 2. Ainda com a presença da aderência mecânica e do mecanismo parcial de atrito, notase que o comportamento de cada corpo de prova é caracterizado por um ramo suavemente descendente até um nível praticamente constante, demonstrando diminuição da força aplicada com a diminuição da área de contato entre os materiais. 3. Os perfis circulares apresentaram os valores mais elevados de força máxima aplicada nas três séries de corpos de prova. 4. Os perfis de seção quadrada apresentaram os valores mais baixos de força máxima aplicada quando comparados com os perfis de seções circulares e retangulares. Entretanto, houve uma exceção no corpo de prova CP-350-3, não havendo ainda explicações para esse fenômeno. 5. A tensão de aderência foi evidentemente influenciada pela área de confinamento do concreto. O perfil com menor área de confinamento foi o que apresentou a maior tensão de aderência. Os valores de tensão de aderência nos perfis quadrados apresentaram-se inferiores quando comparados com os perfis circulares e retangulares. Verificou-se que estes perfis foram os que possuíam menor área. 6. A influência do comprimento dos modelos experimentais foi mais expressiva nos corpos de prova de seção circular. Verificou-se que para os três comprimentos escolhidos (150 mm, 250 mm e 350 mm), o corpo de prova de menor comprimento foi o que apresentou maior resistência ao deslizamento. Entretanto, nos corpos de prova quadrados e retangulares, a influência do comprimento foi mais evidente nas resistências ao deslizamento dos modelos que possuíam 150 milímetros e 250 milímetros. A diferença entre os resultados desta pesquisa e de outros estudos com relação à tensão de aderência pode ser devida a: 15

16 7. O concreto dos corpos de prova que foram testados na presente pesquisa apresenta uma idade aproximada de nove (9) anos em relação ao concreto dos corpos de prova testados por Campolina [4]. 8. Esse é o mesmo tempo que se passou após a formação da oxidação nas paredes internas dos tubos (pátina). Neste caso, podem-se observar efeitos da corrosão exacerbada pelo tempo nas paredes dos tubos, que deixou manchas nas faces do prisma de concreto durante a perda de contato desses materiais ao longo dos ensaios. 9. Execução de quatro pilaretes de aço na parte inferior do corpo de prova. Esses pilaretes, de seção quadrada com o lado de 30 mm, foram soldados ao tubo de aço, tendo sido uma adaptação necessária à realização dos ensaios. Com a solda dos pilaretes, pode ter havido introdução de tensões residuais no tubo de aço, colaborando com o acréscimo do efeito de confinamento promovido pelo tubo, o que se pode chamar de mecanismo parcial de atrito. 10. Os perfis ensaiados nesta pesquisa e na pesquisa de Campolina [4] eram tubos com costura. Agradecimentos Os autores agradecem a CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e FAPEMIG (Fundação de Amparo à Pesquisa de MG) pelo apoio financeiro neste projeto de pesquisa. REFERÊNCIAS 1 Aguiar, O. Estudo do Comportamento de Conectores Crestbond em Pilares Mistos Tubulares Preenchidos com Concreto. Dissertação (Mestrado em Estruturas). Belo Horizonte: Escola de Engenharia, Universidade Federal de Minas Gerais; Aguiar. O; R. B. Caldas; H. M. S. Oliveira E R. H. Fakury. Estudo de conectores Crestbond em pilares mistos preenchidos com concreto. Revista da Estrutura de Aço. 2015; volume 4 (número 3):paginação Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 8800: Estruturas mistas aço-concreto: origem, desenvolvimento e perspectivas. Rio de Janeiro; Campolina, B. M. Estudo da aderência entre aço e concreto em pilares tubulares mistos preenchidos-uma análise experimental e computacional. Dissertação (Mestrado em Construção Civil). Belo Horizonte: Escola de Engenharia, Universidade Federal de Minas Gerais;

17 5 Da Silva, R. D. Estudo da aderência aço concreto em pilares mistos preenchidos. Dissertação (Mestrado). São Carlos: Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo; EN :2004.Eurocode 2: Design of Concrete Structures, Part 1.1: General Rules and Rules for Buildings. European Committee for Standardization. Brussels, Belgium; Parsley, M. A; Yura, J. A; Jirsa, James O. Push-out behavior of rectangular concrete-filled Steel tubes. Composite and hybrid systems. American Concrete Institute Paginação

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