ASPECTOS JURÍDICOS DA FRAUDE DE ENERGIA ELÉTRICA

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1 ASPECTOS JURÍDICOS DA FRAUDE DE ENERGIA ELÉTRICA Érika Wilza Brito de Assis 1 RESUMO A evasão de tributos, o comprometimento do resultado e indicadores das concessionárias, o impacto na tarifa, tudo isso faz com que as perdas de energia elétrica sejam uma preocupação nacional. Diante disso, o presente artigo busca abordar os diversos aspectos jurídicos que envolvem a fraude de energia elétrica, desde as formas de combate, até sua resolução no âmbito do Judiciário, passando por questões controversas que envolvem o tema. Também serão pontuadas as correlações existentes entre os diversos ramos do direito e o tema em estudo. Levantar esse debate fazer com que essa matéria seja difundida no meio jurídico é também uma das vigas mestras do presente estudo. A pesquisa desenvolve-se basicamente pela análise de diplomas legislativos e jurisprudências, com apoio na escassa doutrina existente sobre o tema. Palavras-Chaves: Concessão. Energia Elétrica. Irregularidade 1 INTRODUÇÃO As perdas não-técnicas de energia elétrica são um dos maiores desafios das empresas distribuidoras de energia elétrica do Brasil e do mundo. Estas perdas, que também são denominadas de perdas comerciais, repercutem sob os usuários de duas maneiras principais: uma quando é realizada a revisão tarifária 2, na qual a ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica permite que um percentual das perdas das concessionárias seja remunerado na tarifa seguinte 3 ; a outra quando a concessionária deve suportar o percentual não incluído na tarifa, o que provoca inevitável reflexo no serviço, uma vez que a concessionária terá que deixar de aplicar recursos na melhoria das atividades para direcioná-los ao combate as perdas. Dentre as várias origens de perdas não-técnicas destacaremos aqui o furto/fraude de energia elétrica. Nem sempre as variáveis que colaboram ou interferem na elevação do furto/fraude de energia elétrica estão associadas a fatores diretamente vinculados às concessionárias, muitas vezes eles são externos às organizações, tais como: baixo nível de renda da população, situação econômica do país, elevação da carga tributária, ocupação desordenada das cidades, taxa de 1 Concludente do Curso de Bacharelado em Direito do CEUT, Turma Trabalho apresentado para a obtenção do título de Bacharel em Direito. 2 As revisões tarifárias são feitas ordinariamente a cada 05 (cinco) anos e têm por objetivo restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro da concessão. As revisões também podem ser solicitadas extraordinariamente pelas Concessionárias sempre que algum evento provoque significativo desequilíbrio financeiro na concessão. Nesse caso, o Contrato de Concessão deve ser revisto e auditado para assegurar a justa remuneração. O objetivo é manter intacto o equilíbrio entre a prestação do serviço e a remuneração. 3 Conforme Resolução 456/2000 da ANEEL.

2 desemprego, elevação dos índices de criminalidade, inércia na ação policial, falta de agilidade da justiça, cultura da impunidade e percepção generalizada da população de que o furto/fraude de energia elétrica não é crime (cultura da fraude). Essa cultura, que existe em relação ao furto/fraude de energia elétrica, resulta do pouco conhecimento que a sociedade tem acerca dos prejuízos decorrentes dessas práticas, como: I- Risco de acidentes. Uma vez que, na maioria das vezes, o fraudador não possui conhecimento técnico e nem tampouco obedece aos procedimentos de segurança. II- Evasão de tributos, tais como: ICMS, COFINS, PIS, IRPJ, CSSL. O que acentua a falta de recursos para aplicação em educação, saúde, segurança pública, transporte, etc. A título de exemplo, durante o ano de 2006, somente no Estado do Maranhão, a União deixou de arrecadar R$ ,95 (cinqüenta e oito milhões, oitocentos e vinte e nove mil, setecentos e oito reais e noventa e cinco centavos); em 2007 esses valores foram de R$ ,57 (sessenta e três milhões, trezentos e vinte e um mil, oitocentos e trinta e cinco reais e cinqüenta e sete centavos) 4 ; III- Concorrência desleal no mercado, na medida em que o fraudador pode vender seu produto mais barato; IV- Elevação da tarifa, provocada pelo descompromisso do fraudador com a conservação e uso racional da energia elétrica, o que implica em perda de competitividade econômica do Estado, uma vez que os grandes empreendimentos migram para os locais onde seus insumos sejam mias baratos; V- Redução do faturamento das concessionárias, e conseqüentemente da arrecadação; o que implica em diminuição de recursos a serem investidos na manutenção e melhoria do parque elétrico. VI- Comprometimento dos indicadores de continuidade 5 das concessionárias, considerando que as ligações clandestinas, pela sua precariedade, provocam interrupções no fornecimento de energia elétrica; VII- Comprometimento do resultado das concessionárias de energia elétrica. Diante dessa realidade, faz-se necessário o desenvolvimento de ações de combate ao furto/fraude de energia, tais como: desenvolvimento de novas tecnologias de combate às perdas; desenvolvimento de ações de inteligência no combate ao furto/fraude de energia, através do diagnóstico das perdas e de melhores estratégias de detecção e combate; troca das melhores práticas de combate entre as empresas, buscando sempre constantes inovações; elaboração de campanhas 4 Dados estipulados em estudo realizado pela Gerência de Recuperação de Energia da Companhia Energética do Maranhão - CEMAR, no ano de Parâmetros que representam o desempenho de um sistema elétrico. São utilizados para mensuração da continuidade apurada e análise comparativa com os padrões estabelecidos através dos índices indicados pela ANEEL.

3 educativas de prevenção; desenvolvimento de programas de eficiência para comunidades de baixa renda; ação em conjunto com a Polícia; ação em conjunto com o Judiciário; entre outras. Nesse diapasão, podemos dividir as ações de combate ao furto/fraude de energia elétrica em três grupos: I- Solução social; II- Solução técnica; e III- Solução legal. Em face de tudo o que foi acima exposto, este trabalho busca abordar os aspectos jurídicos da fraude de energia elétrica, desde as soluções propostas para sua erradicação, sobretudo as soluções legais, passando por sua descoberta, através das inspeções/fiscalizações, até sua resolução no âmbito do judiciário, envolvendo ainda questões ainda não pacíficas sobre o tema. 1.1 Conceitos Para uma melhor compreensão do presente trabalho faz-se mister elencarmos alguns conceitos que são de fundamental importância para o tema em apreço. Perdas não técnicas - São aquelas que ocorrem no repasse aos usuários. Furto de energia elétrica - Ocorre o furto de energia elétrica quando há conexões clandestinas, auto-reconexões (ligado direto - LD) e desvios antes da medição 6. Fraude de energia elétrica - A fraude de energia elétrica é caracterizada pela manipulação dos equipamentos de medição, alterando o valor correto da sua precisão para valores inferiores aos reais 7. Inspeção - Chama-se inspeção a vistoria técnica realizada no padrão de entrada 8 da unidade consumidora visando detectar a precisão e possíveis defeitos dos equipamentos de medição, detectar fraudes e/ou desvios de energia e verificar erros de ligação. Consumo não registrado - Consumo que não foi faturado e, conseqüentemente, não foi pago, em razão de ter sido camuflado pelo consumidor. Tarifa - Preço público pago pelo usuário pela prestação do serviço. É fixada pelo valor da proposta vencedora da licitação e preservada pelas regras de revisão, previstas na lei, no edital e no contrato, que garantem o equilíbrio econômico-financeiro 9 da concessionária. As tarifas poderão 6 Tipificados no artigo 155, III do Código Penal. 7 Cumpre ressaltar que a fraude de energia elétrica também é um tipo de furto de energia. 8 Conjunto de instalações composto por caixa de medição, sistema de aterramento, condutores e outros acessórios. O mesmo deve obedecer a normas técnicas e de segurança. 9 É o direito à equivalência entre vantagens e encargos estabelecidos entre o Poder Concedente e a Concessionária, assegurando-se uma justa remuneração pela atividade desenvolvida. Trata-se de garantia dada pelo Poder Concedente

4 ser diferenciadas em função das características técnicas e dos custos específicos provenientes do atendimento aos distintos segmentos de usuários, sendo os critérios de preços correspondentes aos serviços prestados supervisionados e normatizados pela ANEEL. A concessão de qualquer benefício tarifário poderá ser atribuída a uma classe ou coletividade de usuários dos serviços, vedado, sob qualquer pretexto, o benefício singular. Matéria contida nos artigos 9 e 13 da lei 8.987/95 e parágrafo único do artigo 35 da lei 9.074/95. Unidade consumidora - Conjunto de instalações e equipamentos elétricos caracterizado pelo recebimento de energia elétrica em um só ponto de entrega, com medição individualizada e correspondente a um único consumidor. 2 DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS A princípio, realce salientarmos algumas disposições constitucionais que dizem respeito à competência para a exploração dos serviços de energia elétrica e a possibilidade de sua atribuição a terceiros, mediante concessão. A atividade econômica do Estado, só é admitida excepcionalmente, conforme art. 173 da Constituição Federal, reservando-se o exercício estatal para os imperativos da segurança nacional ou de relevante interesse coletivo, quando a administração atua diretamente, por reconhecer a essencialidade e necessidade para a coletividade e para o próprio Estado. Nesse contexto, dispõe o art. 20, inciso VIII da nossa Carta Magna, que os potenciais de energia hidráulica são bens da União. Logo em seguida, autoriza a delegação de serviços. É o que dispõe o art. 21, inciso XII, alínea b da Constituição Federal. In verbis: Art Compete à União: XII - explorar diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão: b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos. Cumpre observarmos que a exploração da energia elétrica envolve não apenas a sua produção, como também sua distribuição. Com a desverticalização 10, os serviços de energia elétrica foram divididos em três atividades distintas: geração, transmissão e distribuição, todas como atividades independentes e, por determinação legal, impedidas de serem prestadas pela mesma de que a concessão não sofrerá, por algum evento, o desequilíbrio na equação econômico-financeira, a ponto de ter a concessão abalada. Os reajustes tarifários oferecem à concessionária a perspectiva de que, no período entre as revisões tarifárias, o seu equilíbrio econômico-financeiro não sofrerá corrosão por processo inflacionário. 10 Conceito desenvolvido pelo RESEB (Projeto de Reestruturação do Setor Elétrico Brasileiro), em prática pelo Órgão Regulador ANEEL. Rege a matéria o 5 do artigo 4, da Lei 9.074/95, modificado pelo artigo 8 da Medida Provisória 144, de 10 de dezembro de 2003.

5 pessoa jurídica. Dessa forma, podemos concluir que a distribuição da energia elétrica é serviço delegado pela União mediante concessão. Ainda sobre as concessionárias de serviços públicos e suas características, assim estabelece o artigo 175 da Constituição Federal. In verbis: Art Incube ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. Parágrafo único: A lei disporá sobre: I- o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e da sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão; II- os direitos dos usuários; III- política tarifária; IV- a obrigação de manter o serviço adequado. Conforme podemos deduzir do citado artigo, lei infraconstitucional irá dispor sobre o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, caráter especial de seu contrato, condições de caducidade e fiscalização, direitos dos usuários, política tarifária, entre outros. É o que veremos mais adiante. 2.1 Princípios Constitucionais x Fraude de Energia Sabemos que muitos são os princípios insculpidos em nossa Constituição Federal de 1988, todavia destacaremos aqui apenas os que mais apresentam relevância para o tema em estudo. I- Princípio do acesso à justiça - art. 5, inciso XXXV da Constituição Federal. Dispõe que a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito. De um modo geral, poucos comentários temos a tecer sobre o referido princípio. Além de auto-explicativo, não há grandes controvérsias envolvendo o tema. Sempre que o consumidor de energia elétrica busca a Justiça por considerar que seu direito foi lesionado ou ameaçado, ainda que seja comprovadamente um fraudador terá o acesso à justiça garantido. II- Princípio da ampla defesa e do contraditório - art. 5ª, inciso LV da Constituição Federal. Estabelece que aos litigantes em processo judicial ou administrativo serão assegurados o contraditório e a ampla defesa. Nesse sentido, a ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica, delegatária da União na competência normativa técnica sobre o setor de energia elétrica, regulou o uso das inspeções pelas Concessionárias de Energia Elétrica, reconhecendo-lhes o direito de combater a maléfica prática de fraude, mas impondo-lhes uma série critérios a serem observados para a validade da inspeção. A inspeção realizada pela concessionária permite ao consumidor a ampla defesa e o contraditório. Destacaremos aqui alguns exemplos práticos, disponibilizados ao consumidor durante

6 o procedimento das fiscalizações e na formatação dos processos administrativos de consumo não registrado. Durante a inspeção, o consumidor poderá solicitar o acompanhamento de um técnico em eletricidade particular. Dessa maneira, o mesmo terá o respaldo de um técnico com conhecimentos específicos em energia elétrica, que irá acompanhar os inspetores da concessionária na realização da fiscalização. Apesar de não ser este um procedimento necessário, uma vez que os inspetores da concessionária realizarão todos os procedimentos conforme determina a ANEEL, independente do acompanhamento ou não, de um técnico particular, representa mais uma garantia para o consumidor. Após a formatação do processo administrativo de consumo não registrado - CNR, o consumidor é informado acerca da existência do referido processo, dessa forma, o mesmo tem a possibilidade de apresentar defesa administrativa (recurso) junto à concessionária, além de ainda poder recorrer à própria ANEEL, conforme artigo 78, parágrafos 1º, 2º e 3º da Resolução 456 da ANEEL. Ainda nesse sentido, caso não concorde com aferição realizada pela concessionária em seu medidor, poderá solicitar aferição 11 em Órgão Metrológico Oficial. É o que dispõe o 3º, do artigo 38 da Resolução 456 da ANEEL, in verbis: Art. 38- O consumidor poderá exigir a aferição dos medidores, a qualquer tempo, sendo que as eventuais variações não poderão exceder os limites percentuais admissíveis. (...) 3º- Persistindo dúvida o consumidor poderá, no prazo de 10 (dez) dias, contados a partir do recebimento da comunicação do resultado, solicitar a aferição do medidor por órgão metrológico oficial, devendo ser observado o seguinte: I- quando não for possível a aferição no local da unidade consumidora, a concessionária deverá acondicionar o medidor em invólucro específico, a ser lacrado no ato de retirada, e encaminhá-lo ao órgão competente, mediante entrega de comprovante desse procedimento ao consumidor; II- os custos de frete e de aferição devem ser previamente informados ao consumidor; e III- quando os limites de variação tiverem sido excedidos os custos serão assumidos pela concessionária, e, caso contrário, pelo consumidor. Em síntese, o contraditório é constituído por dois elementos: informação e reação. Sua configuração é que permite a ampla defesa. Dessa forma, atendidas as premissas estabelecidas pela regulação, não há que se falar que os procedimentos de inspeção realizados pelas concessionárias são unilaterais. Os direitos e garantias individuais são limitadores da atuação administrativa, uma vez que são automaticamente inconstitucionais todos os atos que atentem contra qualquer princípio previsto no art. 5 da Constituição Federal. Conclui-se, portanto, que o combate à fraude de energia não pode implicar em ofensa aos princípios do acesso à justiça e da ampla defesa e do contraditório, 11 Procedimento técnico realizado com a finalidade de verificar a precisão do equipamento de medição de energia elétrica, observando se o mesmo está em conformidade com os padrões definidos pela ANEEL.

7 assegurados constitucionalmente. Em sentido contrário, não pode o consumidor socorrer-se destes princípios para agir de forma não compatível com a adequada utilização do serviço. 2.2 Da Inviolabilidade do Domicílio Exposta no artigo 5, inciso XI da Constituição Federal, informa que a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial. A referida garantia constitucional traz à baila alguns questionamentos quando analisamos os procedimentos realizados durante as fiscalizações promovidas pelas concessionárias de energia elétrica nas unidades consumidoras. Em uma primeira análise, parece haver notória violação ao referido direito fundamental, quando da realização das inspeções, todavia, para que possamos melhor compreender as dúvidas que comumente são apresentadas, faz-se mister detalhar o funcionamento das mesmas. Após a seleção dos alvos, que, em síntese, podem ser aleatórios, automáticos ou determinados por um sistema de inteligência, os inspetores da concessionária se deslocam até a unidade consumidora 12 e lá realizam uma vistoria técnica no padrão de entrada, visando detectar a precisão e possíveis defeitos dos equipamentos de medição, fraudes e/ou desvios de energia e verificar erros de ligação. Não obstante a vistoria realizada no padrão de entrada, após a autorização do consumidor mediante assinatura na ficha de inspeção técnica, os inspetores podem ainda fazer verificações internas no imóvel, visando detectar possíveis problemas nas instalações internas e/ou desvios embutidos 13. Nesse diapasão, o artigo 37 da Resolução 456 da ANEEL informa que o consumidor deve assegurar o livre acesso dos inspetores aos locais em que os equipamentos de medição estejam instalados. In verbis: Art. 37- A verificação periódica dos medidores de energia elétrica instalados na unidade consumidora deverá ser efetuada segundo critérios estabelecidos na legislação metrológica, devendo o consumidor assegurar o livre acesso dos inspetores credenciados aos locais em que os equipamentos estejam instalados. Dessa forma, quando a vistoria está sendo realizada no padrão de entrada, não há que se falar em violação do direito fundamental da inviolabilidade do domicílio, posto que expressamente 12 Unidade consumidora é o conjunto de instalações e equipamentos elétricos caracterizado pelo recebimento de energia elétrica em um só ponto de entrega, com medição individualizada e correspondente a um único consumidor. 13 Desvios embutidos são aqueles não facilmente detectáveis, instalados antes da medição. São cabos que normalmente se encontram incrustados em paredes, teto ou solo. Os mesmos criam caminhos mais curtos para a passagem da energia elétrica, que desvia de seu percurso normal; dessa forma a mesma será consumida, mas não será efetivamente registrada pelos equipamentos de medição.

8 autorizado por legislação normativa do setor. Importante ressaltar que para chegar a essa conclusão foi considerado que os equipamentos de medição (padrão de entrada) estejam instalados na área externa da residência (externalização da medição), o que é recomendado pela ANEEL e que veremos com maior detalhe mais adiante. Por outro lado, o próprio dispositivo constitucional ressalva que ninguém poderá adentrar o domicílio do indivíduo, se, e somente se, não houver o consentimento do mesmo. Conforme anteriormente visto, os inspetores somente realizam verificações internas, quando há expressa autorização do consumidor. Conclui-se, portanto, que apesar de alguns poucos questionamento no sentido de colocar em xeque a atuação dos inspetores das concessionárias durante a realização das fiscalizações, desde que respeitado o direito de inviolabilidade do lar, não há qualquer irregularidade nas mesmas. 3 IMPLICAÇÕES NO DIREITO ADMINISTRATIVO Inicialmente, faremos algumas considerações sobre serviços públicos, serviços de utilidade pública, e sua possibilidade de delegação. Segundo a tradicional doutrina, serviços públicos, propriamente ditos, são os que a Administração presta diretamente à comunidade, por reconhecer a sua essencialidade e necessidade para a sobrevivência do grupo social, e do próprio Estado. Serviços de utilidade pública são os que a Administração, reconhecendo a sua conveniência para os membros da coletividade, presta-os diretamente ou aquiesce que sejam prestados por terceiros, podendo ainda se dividir em serviços uti singuli e uti universi. Os primeiros são aqueles prestados a usuários determinados, onde é possível dimensionar quem são os indivíduos que recebem os serviços e cada prestação, são os que têm por finalidade a satisfação individual e direta das necessidades dos cidadãos. Os segundos são aqueles onde não há possibilidade de individualização dos seus beneficiários, são os serviços públicos com caráter de generalidade. Os mesmos são prestados à coletividade, mas usufruídos apenas indiretamente pelos indivíduos. Dessa forma, em decorrência de sua própria natureza, os serviços uti universi são impassíveis de serem delegados. Nesse sentido, podemos concluir que a distribuição de energia elétrica é serviço de utilidade pública uti singuli delegado pela União mediante concessão. Neste sentido, cumpre salientarmos algumas características das concessões. Segundo doutrina majoritária, a concessão corresponde ao contrato administrativo pelo qual poder público concedente confere ao concessionário (particular ou outro ente público) os poderes e deveres que legalmente lhe cabem, para que estes os exerçam em seu lugar, como a

9 execução remunerada de serviço público, devendo fazê-lo pelo prazo e nas condições regulamentares e contratuais. A concessão de serviço público, em sua forma tradicional, é disciplinada pela lei 8.987/95 (lei de concessões) e sua remuneração básica, decorre de tarifa paga pelo usuário. Sua natureza jurídica é de contrato administrativo, sujeito a regime jurídico de direito público. Diante disso, e em decorrência da própria natureza jurídica das concessões, as concessionárias possuem prerrogativas e sujeições próprias do poder público, concernentes à finalidade, procedimento, forma, cláusulas exorbitantes, mutabilidade, etc.. Nesse sentido, possuem normas próprias, adequadas à situação específica, buscando sempre o equilíbrio dos contratos (art. 37, inciso XXI da Constituição Federal c/c arts. 5º e 29, inciso V da Lei 8.987/95). Cumpre observar que as prerrogativas da concessionária sub-rogam nas prerrogativas da Administração. Sob esta perspectiva, os atos da concessionária possuem presunção de legitimidade juris tantum (presunção relativa), uma vez que emanados de um ente que, embora não pertença à administração, está sob seu comando direto. A idoneidade é característica indispensável do prestador dos serviços públicos. Além disso, o fato da atividade está sendo exercida por um particular não a desvirtua de seu caráter público/administrativo, uma vez que está sendo regulada pela própria Administração, que continua como titular da atividade, pois o poder concedente só transfere ao concessionário a execução do serviço, continuando titular do mesmo. Corroborando esse entendimento, temos as jurisprudências que seguem abaixo: Apelação Cível n Apelante: Espírito Santo Centrais Elétricas S/A Apelados: Delson Luiz Barcelos e outra Relator: Arnaldo Santos Sousa Tribunal de Justiça do Espírito Santo PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. ENERGIA ELÉTRICA. FISCALIZAÇÃO. INDÍCIOS DE FRAUDE. PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO. DANO MORAL NÃO CARACTERIZADO. SENTENÇA REFORMADA. RECURSO PROVIDO. 1. A atuação regular da concessionária/recorrente no sentido de fiscalizar e notificar possíveis indícios de fraude no consumo de energia não caracteriza dano moral, já que tal atividade encontra respaldo na lei. 2. Uma vez que não constam dos autos provas efetivas das irregularidades alegadas pelos autores/recorridos, não há como desqualificar a presunção de legitimidade que reveste o ato administrativo. 3. Recurso conhecido e provido para reformar a sentença atacada, julgando improcedente o pedido constante da exordial e invertendo os ônus das sucumbências. Conclusão: À unanimidade, dar provimento ao recurso, nos termos do voto do relator. Apelação com Revisão n Relator: Des. Fábio Rogério Bojo Pellegrino 31ª Câmara de Direito Privado Tribunal de Justiça de São Paulo Pub. DJ em: 14/08/2008 ENERGIA ELÉTRICA - SERVIÇO PÚBLICO DELEGADO - CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO - AUTUAÇÃO ADMINISTRATIVA- PODER DE POLÍCIA - PRESUNÇÃO DE LEGALIDADE E LEGITIMIDADE

10 ADMINISTRATIVAS - INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - INAPLICABILIDADE - PERICÍA JUDICIAL, ADEMAIS, QUE COMPROVA FRAUDE 1. Os atos fiscalizatórios de concessionária de serviço público delegado gozam de presunção de legalidade e legitimidade administrativas. Tal presunção afasta a inversão do ônus da prova do Código de Defesa do Consumidor, por falta de verossimilhança. 2. A presunção de legalidade e regularidade das autuações administrativas no exercício do serviço público delegado à concessionária apenas é afastada com prova inequívoca, a cargo do autuado, de abuso de poder ou irregularidade da concessionária, até porque ao autuado é atribuída a prática de ilícito com lesão a interesse da coletividade. 3. Prova pericial judicial reforçou a presunção, tornando-a certeza, na medida em que comprovou a adulteração do medidor de energia, na forma do já constatado administrativamente pela concessionária. Não obstante essas prerrogativas, a concessionária possui algumas limitações, tais como: preço, condições de prestação, sujeição à fiscalização do Poder Concedente, sujeição a sanções e alteração unilateral dos contratos. Nesse sentido, cumpre observar que a ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica é o ente competente para fiscalizar as concessionárias de energia elétrica de todo o território nacional. 3.1 Relação Jurídica Concessionária x Concedente Trata-se de relação regida por um contrato administrativo, que goza de prerrogativas e sujeições (limitações), possuindo previsão expressa do direito de fiscalizar e aplicar sanções, sempre após aviso prévio. Nesse contexto, torna-se interessante a discussão acerca da prerrogativa do particular de exercer o poder de polícia visando à defesa do patrimônio concedido. Segundo a tradicional doutrina, o poder de polícia é a atividade da Administração consistente em limitar o exercício dos direitos individuais em benefício do interesse público, dessa forma, pressupõe o uso da autoridade estatal para impedir ações anti-sociais e garantir a manutenção do interesse coletivo. Segundo Mello 14 : A atividade conhecida entre nós como polícia administrativa - hoje estudada, preferentemente sob a designação de Limitações Administrativas à Liberdade e à Propriedade - corresponde à ação administrativa de efetuar os condicionamentos legalmente previstos ao exercício da liberdade e da propriedade das pessoas, a fim de compatibilizá-lo com o bem estar social. Compreende-se, então, no bojo de tal atividade, a prática de atos preventivos (como autorizações, licenças), fiscalizadores (como inspeções, vistorias, exames) e repressivos (multas, embargos, interdição de atividade, apreensões). O Art. 31 das leis das concessões (lei 8.987/95) informa que é encargo da concessionária cumprir e fazer cumprir as normas do serviço e cláusulas contratuais da concessão, bem como zelar pela integridade dos bens vinculados à prestação do serviço e segurá-los 14 MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Serviço Público e Poder de Polícia: Concessão e Delegação. In: Revista Trimestral de Direito Público, n 20. São Paulo: Malheiros, p. 23.

11 adequadamente. Dessa forma, não seria possível a execução dos serviços concedidos se não houvesse a possibilidade fática da concessionária de zelar pelos bens que lhe foram delegados. Conclui-se, portanto, que os atos de poder de polícia que podem ser exercidos pelo particular delegatário de serviço público devem estar legalmente autorizados e necessariamente vincular-se ao serviço que lhe foi concedido, sob pena de evidente inconstitucionalidade. Em contrapartida, são responsabilidades que o Poder Concedente tem perante suas Concessionárias, objetivando a adequação dos serviços concedidos: regulamentar o serviço concedido e fiscalizar permanentemente sua prestação; aplicar as penalidades cabíveis; intervir na prestação dos serviços; extinguir as concessões; homologar reajustes e proceder à revisão tarifária; cumprir e fazer cumprir as disposições regulamentares do serviço e as cláusulas contratuais da concessão; zelar pela boa qualidade do serviço; receber, apurar e solucionar reclamações e queixas dos usuários; estimular o atendimento da qualidade e produtividade; preservar e conservar o meio ambiente; incentivar a competitividade e estimular a formação de associações de usuários para defesa dos interesses relativos aos serviços. Tudo conforme disposição do artigo 29 da lei 8.987/95. Em face do que foi acima exposto, podemos concluir que ao poder concedente cabe legislar e fiscalizar a concessão, aplicando, quando necessário, as penalidades em que a delegatária incorrer. Por equivalência, à Concessionária cabe a prestação do serviço adequado e a estreita observância à regulação do setor. 3.2 Relação Jurídica Concessionária x Usuário O contrato que rege a relação jurídica entre concessionária e usuário não goza de prerrogativas que lhe revista a condição de instrumento administrativo. Tal contrato é regido pelo direito privado, uma vez que se trata de uma relação especial de venda de energia. Dessa forma, algumas características são peculiares a este contrato: embora de adesão, é também sinalagmático, uma vez que impõe obrigações recíprocas. A concessionária deve prestar um serviço adequado, disponibilizar informações aos usuários e responsabilizar-se por possíveis danos causados, por sua vez, aos usuários dos serviços públicos delegados cumpre a utilização adequada dos serviços, o pagamento da contraprestação tarifária, bem como a repressão ao uso irregular. Também deve o usuário ser responsabilizado civil e penalmente pela utilização indevida da energia elétrica. No que tange aos deveres dos usuários, a lei de concessões públicas acabou por incumbir os usuários no dever de cooperar com a fiscalização da atividade concedida, impondo-lhe

12 obrigações como a de observância às normas do poder concedente e a de contribuir para a preservação dos bens delegados. É o que dispõe o art. 7 da lei de concessões, in verbis: Art. 7 - Sem prejuízo do disposto na Lei n 8.078, de 11 de setembro de 1990, são direitos e obrigações dos usuários: (...) IV- levar ao conhecimento do poder público e da concessionária as irregularidades de que tenham conhecimento, referentes ao serviço prestado; VI- contribuir para a permanência das boas condições dos bens públicos através dos quais lhes são prestados os serviços. É bem interessante quando a própria lei de concessões estabelece como uma das obrigações do usuário cientificar o poder público e a concessionária, de irregularidades que tenha conhecimento. Quando estamos lidando com consumidores que fraudam ou furtam energia elétrica, é mais comum observamos no cotidiano a indiferença dos demais usuários. Estes costumam considerar que o problema do furto/fraude de energia é única e exclusivamente das concessionárias, sobretudo porque não têm conhecimento dos diversos prejuízos decorrentes dessas práticas. Acharmos, enquanto consumidores, que nada temos a ver com o vizinho que furta ou frauda a energia elétrica, é pensamento demasiadamente individualista, uma vez que, se o fraudador não paga pelo que consome, alguém paga. E esse alguém somos nós: eu, você e toda a coletividade. ANEEL, in verbis: Ainda sobre o dever dos usuários, assim estabelece o artigo 3 da Resolução 456 da Art. 3 - Efetivado o pedido de fornecimento à concessionária, esta cientificará ao interessado quanto à: I- obrigatoriedade de: (...) b) instalação, pelo interessado, quando exigido pela concessionária, em locais apropriados de livre e fácil acesso, de caixas, quadros, painéis ou cubículos destinados à instalação de medidores, transformadores de medição e outros aparelhos da concessionária, necessários à medição de consumos de energia elétrica e de demandas de potência, quando houver, e à proteção destas instalações. (...) Conclui-se, portanto, que é dever do consumidor de energia elétrica proteger as instalações (padrão de entrada) constantes em sua unidade consumidora, bem como manter as mesmas em locais apropriados e de livre e fácil acesso. Cumpre observar que a preferência por locais de livre e fácil acesso, também denominada de externalização da medição 15, faz parte de uma série de medidas adotadas com a finalidade de facilitar o processo de leitura e faturamento dos consumidores, além de possibilitar uma melhor fiscalização dos aparelhos de medição. 4 ASPECTOS REGULATÓRIOS 15 Vide Resolução 258/2003 ANEEL que trata especificamente do assunto.

13 O serviço de fornecimento de energia elétrica é regulamentado por algumas leis e resoluções, que, conforme anteriormente visto, irão dispor sobre o regime das empresas concessionárias de serviços públicos, caráter especial de seu contrato, condições de caducidade e fiscalização, direitos dos usuários, política tarifária, entre outros. Nesse sentido, é importante destacar que as agências reguladoras são instituições criadas por lei, normalmente sob a forma de autarquia em regime especial, que têm como objetivo regular e fiscalizar serviços concedidos pelo Poder Público, visando sempre à defesa dos interesses do consumidor para que receba serviços adequados, eficazes e com preço justo. Destacaremos aqui os dispositivos legais que são de maior relevância para o presente estudo. 4.1 Lei de Concessões - Lei 8.987/1995 A lei 8.987/95, que regulou o artigo 175 da Constituição Federal, trouxe em suas disposições um conjunto de preceitos que devem ser respeitados pelo particular executor do serviço público. A principal premissa estabelecida na lei de concessões é o conceito de que toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado, em conformidade com o que rege o art. 6, in verbis: Art. 6 - Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo contrato. 1 - Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas. 2 - A atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço. (...) Cumpre observar que o citado dispositivo encontra-se em perfeita harmonia com o Código de Defesa do Consumidor, o que nos leva a crer que, quando da redação do mesmo, tenha o legislador se voltado quase que exclusivamente ao consumidor. Não obstante isso, eles são de grande importância para o presente estudo, uma vez que revelam alguns dos limites a que está submetido o ente privado delegatário do serviço público: segurança, generalidade, cortesia, eficiência, etc.. Nesse sentido, será ilegal qualquer ato praticado pelo concessionário que não se coadune com as condições de prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários. De modo contrário, cabe ao usuário respeitar as normas do poder concedente e contribuir para a permanência das boas condições dos bens públicos através dos quais lhes são

14 prestados os serviços, obrigações que, conforme anteriormente visto, lhe foram impostas também pela Lei 8.987/95, em seu artigo 7. Ainda nesse contexto, vale à pena ressaltar que a modicidade tarifária é que enseja a efetiva possibilidade de acesso e utilização do serviço público de energia elétrica pela população, concorrendo para a universalização do serviço público de energia elétrica. 4.2 Resolução 456/2000 ANEEL A ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica tem natureza jurídica de autarquia sob regime especial, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, criada pela lei de 26 de dezembro de 1996, que tem, entre outras, as atribuições de regular e fiscalizar a geração, transmissão, distribuição e a comercialização de energia elétrica, defendendo o interesse do consumidor; mediar os conflitos de interesses entre os agentes do setor elétrico e entre estes e os consumidores; conceder, permitir e autorizar instalações e serviços de energia; garantir tarifas adequadas e justas; zelar pela qualidade dos serviços; adequar os investimentos necessários ao setor; assegurar a universalização dos serviços. A ANEEL substituiu o Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica - DNAEE, extinto pela lei 9.427/96. A lei 9.427/96, que instituiu a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, em seu artigo 2º assim estabeleceu: Art. 2º - A Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, tem por finalidade regular e fiscalizar a produção, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica, em conformidade com as políticas e diretrizes do Governo Federal. Aí está fixada a competência da ANEEL, como único órgão governamental com atribuições para definir as condições gerais de fornecimento de energia elétrica. Diante dessa missão, a ANEEL editou algumas Resoluções com a finalidade de regulamentar o setor elétrico, dentre elas, a que mais se destaca é a Resolução 456 de 29 de novembro de Nesse sentido, destacaremos aqui os artigos da Resolução 456/2000 que representam maior relevância para o presente estudo e que ainda não foram comentados neste trabalho. Assim dispõe o artigo 36, in verbis: Art. 36- Os lacres instalados nos medidores, caixas e cubículos, somente poderão ser rompidos por representante legal da concessionária. Parágrafo único. Constatado o rompimento ou violação de selos e/ou lacres instalados pela concessionária, com alterações nas características da instalação de entrada de energia originariamente aprovadas, mesmo não provocando redução no faturamento, poderá ser cobrado o custo administrativo adicional correspondente a 10% (dez por cento) do valor líquido da primeira fatura emitida após a constatação da irregularidade. Extrai-se do citado dispositivo legal, que somente a concessionária está autorizada a violar os lacres constantes nos medidores, quando o particular assim o faz, age de forma não

15 compatível com a adequada utilização do serviço, uma vez que deixa de observar determinações expressas na legislação competente. Nesse sentido, podemos caracterizar essa inobservância por parte do consumidor como procedimento irregular (de um modo geral, são procedimentos irregulares todos aqueles realizados em descumprimento de norma relativa ao setor). Cumpre observar que as obrigações pertinentes ao consumidor previstas na Resolução 456/2000 da ANEEL são transpostas ao contrato de adesão enviado ao usuário 16. Quando os lacres dos medidores, caixas e cubículos são rompidos por pessoa que não seja representante legal da concessionária, ainda que este procedimento não provoque redução no faturamento do consumidor, a concessionária esta autorizada a cobrar custo administrativo adicional na fatura emitida após a constatação da irregularidade. Não obstante isso, se o citado procedimento irregular ocasionar redução no faturamento, será gerado um processo administrativo de consumo não registrado. Aduz o artigo 72, in verbis: Art Constatada a ocorrência de qualquer procedimento irregular cuja responsabilidade não lhe seja atribuível e que tenha provocado faturamento inferior ao correto, ou no caso de não ter havido qualquer faturamento, a concessionária adotará as seguintes providências: I- emitir o Termo de Ocorrência de Irregularidade, em formulário próprio, contemplando as informações necessárias ao registro da irregularidade, tais como: a) identificação completa do consumidor; b) endereço da unidade consumidora; c) código de identificação da unidade consumidora; d) atividade desenvolvida; e) tipo e tensão de fornecimento; f) tipo de medição; g) identificação e leitura(s) do(s) medidor(es) e demais equipamentos auxiliares de medição; h) selos e/ou lacres encontrados e deixados; i) descrição detalhada do tipo de irregularidade; j) relação da carga instalada; l) identificação e assinatura do inspetor da concessionária; e m) outras informações julgadas necessárias; II- solicitar os serviços de perícia técnica do órgão competente vinculado à segurança pública e/ou do órgão metrológico oficial, este quando se fizer necessária a verificação do medidor e/ou demais equipamentos de medição; III- implementar outros procedimentos necessários à fiel caracterização da irregularidade; IV- proceder à revisão do faturamento com base nas diferenças entre os valores efetivamente faturados e os apurados por meio de um dos critérios descritos nas alíneas abaixo, sem prejuízo do disposto nos arts. 73, 74 e 90: (...) 2º Comprovado, pela concessionária ou consumidor, na forma do art. 78 e seus parágrafos, que o início da irregularidade ocorreu em período não atribuível ao atual responsável, a este somente serão faturadas as diferenças apuradas no período sob responsabilidade do mesmo, sem aplicação do disposto nos arts. 73, 74 e 90, exceto nos casos de sucessão comercial. 3º Cópia do termo referido no inciso I deverá ser entregue ao consumidor no ato da sua emissão, preferencialmente mediante recibo do mesmo, ou, enviada pelo serviço postal com aviso de recebimento (AR). 4º No caso referido no inciso II, quando não for possível a verificação no local da unidade consumidora, a concessionária deverá acondicionar o medidor e/ou demais equipamentos 16 Nos postos de atendimento da CEMAR, se encontra disponível ao consumidor, a Resolução 4456/2000 da ANEEL.

16 de medição em invólucro específico, a ser lacrado no ato da retirada, e encaminhar ao órgão responsável pela perícia. O retrotranscrito dispositivo estabelece os critérios e requisitos que devem ser obedecidos pelas concessionárias para a validade das inspeções, além de critérios que devem ser observados durante a revisão do faturamento, para o cálculo do consumo não registrado 17. Daí a extensão do artigo. Cumpre destacarmos o inciso III do citado artigo. Como exemplo prático de outros procedimentos adotados pelas concessionárias visando à fiel caracterização da irregularidade, temos a utilização de fotografias das irregularidades 18. Durante a inspeção técnica, ao ser constatado algum procedimento irregular, este é registrado através de fotografias, o que contribui para comprovação material do ilícito. Estas fotografias irão compor o processo administrativo e mais adiante, conforme seja o caso, servir como prova em processo judicial. Outro aspecto importante para destacarmos no presente estudo é referente à denominação que comumente é dada à cobrança de consumo não registrado, qual seja multa. Conforme estabelece o artigo 73 da resolução 456/2000, apenas um percentual de no máximo 30% poderia assim ser classificado. Uma vez que, como conceitua o próprio dispositivo legal, o mesmo é referente a custo administrativo 19. Art. 73- Nos casos de revisão do faturamento, motivada por uma das hipóteses previstas no artigo anterior, a concessionária poderá cobrar o custo administrativo adicional correspondente a, no máximo, 30 % (trinta por cento) do valor líquido da fatura relativa à diferença entre os valores apurados e os efetivamente faturados. Ainda sobre a cobrança de consumo não registrado realizada pelas concessionárias, cumpre destacarmos o período de cobrança retroativa. O mesmo poderá ser de, no máximo, cinco anos, conforme Ofício n 502/ DR/ANEEL (Ref. fls. 19 do Parecer nº 158/ PF/ANEEL), que informa que nas Condições Gerais de Fornecimento de Energia Elétrica constam rotinas, critérios e providências, no âmbito administrativo, conforme art. 72 da Resolução 456 de 2000, para a análise e caracterização da ocorrência de qualquer procedimento irregular cuja responsabilidade não lhe seja atribuível, ou seja, procedimento do consumidor (ação), mediante fraude, artifício, ardil (irregular), que tenha provocado (dano) e conseqüentemente faturamento inferior ao correto; ou não ter havido qualquer faturamento. Neste caso, o prazo máximo de cobrança retroativa será limitado a 05 (cinco) anos. 17 Vide anexo contendo exemplo de alguns documentos que compõem os processos administrativos de CNR das concessionárias de energia elétrica. Anexo A: Modelo de documentos utilizados pela CEMAR. 18 Vide anexo contendo exemplo de Processo de CNR. Anexo B: Modelo de Processo de CNR utilizado pela LIGHT. 19 Segundo a procuradoria jurídica da ANEEL, a natureza jurídica do custo administrativo é de cláusula penal, por trata-se de descumprimento das obrigações contratualmente assumidas pelo consumidor. No Judiciário, prevalece o entendimento de que o custo administrativo é multa e, por isso, necessita obedecer ao princípio do contraditório e ampla defesa.

17 O referido ofício é aplicado em analogia com o estipulado no artigo 76, inciso II da Resolução 456, que determina prazo prescricional de cinco anos conforme estabelecido no artigo 27 da lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor). Esse limitante também é utilizado em consonância com o Código Civil Brasileiro, que ao tratar da prescrição, limita em 05 anos o período de cobrança. Nesse sentido, recentemente a ANEEL sumulou o entendimento de que sempre que não for possível determinar o momento exato em que começou a irregularidade, o período de cobrança deve se limitar a seis meses IMPLICAÇÕES PENAIS Em conformidade com o Código Penal Brasileiro temos como qualificar duas formas de subtração de energia: furto simples e furto qualificado, também chamado de furto mediante fraude. Incorre no delito todo aquele que subtrair para si ou para outrem coisa alheia móvel, equiparando-se a energia elétrica a essa condição. O furto simples está previsto no art. 155, 3 do código Penal e ocorre quando há ausência de contrato e conexão direta. Tomemos com exemplo quando é detectada uma ligação direta sem passar pelo medidor de energia, a qual pode ser visualizada sem dificuldades. O furto qualificado ou furto mediante fraude está previsto no art. 155, 3 c/c 4, inciso II do Código Penal. Na prática, ele ocorre quando há uma infração contratual, quando o usuário frauda a concessionária. Utilizemos como exemplo quando é detectado um desvio embutido na parede, que não pode ser detectado com facilidade, sendo necessários exames detalhados por parte dos inspetores. Nesse contexto, cumpre observar que o furto/fraude de energia elétrica, não é apenas um delito penal, constitui também uma infração contratual e afronta os deveres impostos ao usuário, uma vez que implica na utilização inadequada do serviço e na falta de pagamento da contraprestação devida por ele. O indivíduo que furta energia elétrica não está lesando apenas a concessionária, ele está prejudicando toda a sociedade. Corroborando esse entendimento, temos as seguintes jurisprudências do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais: Apelação Criminal nº /001 Apelante: Roque Nunes Apelado: Ministério Público do Estado de Minas Gerais Relator: Des. Eduardo Brum 20 Súmula 09/2009 da ANEEL. Publicada no D.O. em

18 APELAÇÃO CRIMINAL. FURTO DE ENERGIA ELÉTRICA. CRIME CONFIGURADO. CONDENAÇÃO MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. O furto consiste na subtração de coisa móvel para si ou para outrem, com o fim de apoderar-se dela de modo definitivo. Toda energia economicamente utilizável e suscetível de incidir no poder de disposição material e exclusiva de um indivíduo pode ser incluída, mesmo do ponto de vista técnico, entre as coisas móveis. (...) Uma vez comprovada a alteração do relógio-medidor e a subtração, mostram-se despiciendas as comparações feitas pelo apelante referentes ao consumo de energia antes e depois da denúncia. (...) Vistos etc., acorda, em Turma, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, incorporando neste o relatório de fls., na conformidade da ata dos julgamentos e das notas taquigráficas, em negar provimento, à unanimidade. Apelação Criminal nº /001 Apelante: Henrique Viana de Araújo Apelado: Ministério Público do Estado de Minas Gerais Relator: Des. Eli Lucas de Mendonça PROCESSO PENAL. FURTO DE ENERGIA. AUTORIA E MATERIALIDADE COMPROVADAS. CONDENAÇÃO MANTIDA. O consumo de energia elétrica desviada do medidor é subtração tipificada como ilícito penal nos termos do 3º do art. 155 do CP. (...) Ao que se vê, o apelante praticou o crime descrito no 3º do art. 155 do CP. Isto porque consumiu energia elétrica sem registro no medidor, em prejuízo da companhia energética. Assim procedendo, subtraiu a energia fornecida pela concessionária em proveito próprio e em prejuízo para a CEMIG. Tal conclusão se extrai da prova técnica, indispensável para o reconhecimento do delito de furto de energia elétrica - art. 155, 3º, do CP, f. 10/11, que constatou ausência dos selos/lacres externos da tampa da caixa, bem como a adulteração dos selos/lacres de aferição do aparelho medidor de KWh. Ainda que assim não fosse, in casu, a prova pericial estaria suficientemente suprida pela prova oral colhida, especialmente as declarações do funcionário da CEMIG. (...) Vistos etc., acorda, em Turma, a 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, na conformidade da ata dos julgamentos e das notas taquigráficas, em rejeitar preliminar e dar provimento parcial. Apelação Criminal nº /001 Apelante: José Miguel Apelado: Ministério Público do Estado de Minas Gerais Relator: Desª. Beatriz Pinheiro Caires APELAÇÃO CRIMINAL. FURTO DE ENERGIA ELÉTRICA ("GATO"). AUTORIA E MATERIALIDADE COMPROVADAS. CONFISSÃO. (...) O consumo de energia elétrica desviada do medidor é subtração tipificada como ilícito penal, nos termos do 3º do art. 155, do CP. (...) Vistos etc., acorda, em Turma, a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, incorporando neste o relatório de fls., na conformidade da ata dos julgamentos e das notas taquigráficas, à unanimidade de votos, em negar provimento. Diante de tais fatos, policiais de alguns estados já estão recebendo treinamento contra o furto de energia. O curso de capacitação integra o Programa Nacional de Combate ao Furto de Energia Elétrica, desenvolvido pela ANEEL. O Rio de Janeiro foi o primeiro Estado a participar do Programa e terá o treinamento ministrado pelo Instituto de Segurança Pública do Estado e pela Secretaria de Energia, Indústria Naval e Petróleo, em convênio com a ANEEL e as concessionárias Light e Ampla, que operam no Estado. Esperamos que em breve, policiais de todos os Estados do território nacional possam contar com esse treinamento, o que garantiria uma melhor estrutura na fiscalização e combate ao furto/fraude de energia elétrica.

19 5.1 Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados - DDSD Criada em no Estado do Rio de Janeiro, a Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados tem como objetivo planejar ações contra adulteração de combustíveis e fraudes de energia e de telecomunicações. A Delegacia é pioneira no país e os profissionais trabalham em conjunto com laboratórios técnicos e órgãos fiscalizadores. Apesar da criação da especializada, as Delegacias Distritais continuam com a competência concorrente para atuar e proceder nos casos de registros de furto ou fraude de energia. Esperamos que a criação de Delegacias como essa seja disseminada por todo o país, o que possibilitará uma melhor fiscalização e conseqüente melhora dos serviços prestados ao consumidor. 5.2 Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado - DEIC Situado no Estado de São Paulo, o Departamento possui uma Delegacia especializada em investigar e combater crimes contra o patrimônio; trata-se da Terceira Delegacia da Divisão de Investigações sobre Crimes Contra o Patrimônio. Dentre suas atribuições podemos pontuar o combate ao furto de fios elétricos; combate ao furto de energia e outros que tenham como vítimas empresas concessionárias de serviço público; combate a outras fraudes relacionadas à prestação de serviços públicos concedidos. Sua estrutura é formada por delegados, escrivães e investigadores de polícia, com apoio policial do GARRA, helicópteros da Polícia Civil, Distritos Policiais, Polícia Militar e demais unidades da Divisão de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio. O Departamento possui uma metodologia de trabalho que busca inserir as empresas vítimas no processo de combate aos ilícitos, criando, junto com as mesmas, um grupo estável de combate às irregularidades. Procura, ainda, inserir outros órgãos públicos no processo, além de direcionar esforços para os ilícitos que causam maior impacto social e oferecer treinamentos específicos de policiais especializados junto às empresas afetadas. O ideal seria a existência do DEIC, especializado no combate a crimes contra o patrimônio, sobretudo no combate ao furto/fraude de energia elétrica, em cada um dos estados brasileiros, todavia apenas o Estado de São Paulo trabalha com essa estrutura. Nesse sentido, cumpre ressaltar que em decorrência da política de organização judiciária e policial ser feita em

20 nível estadual, de forma que cada Estado possui autonomia para organizar sua estrutura judiciária e investigativa, podemos encontrar em outros estados brasileiros órgãos com a sigla DEIC, tais como Rio Grande do Sul e Maranhão, todavia estes não possuem as mesmas atribuições e composição do Departamento de São Paulo. 6 CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - CDC Criado em 1990, o Código de Defesa do Consumidor surgiu, basicamente, da necessidade de obtenção de igualdade entre aqueles que eram naturalmente desiguais: consumidor e fornecedor. Com a Constituição Federal de 1988, que incluiu a defesa do consumidor no plano da política constitucional, aparecendo no texto maior, entre os direitos e garantias fundamentais (art. 5, inciso XXXII da Constituição Federal), ficou evidente a preocupação do legislador constituinte com as atuais relações de consumo e com a necessidade de tutelar o hipossuficiente (mais fraco). Sendo um dispositivo recheado de valores constitucionais, o Código de Defesa do Consumidor é considerado uma das leis mais democráticas editadas até os dias atuais no ordenamento jurídico brasileiro. A imperatividade de suas normas tem por escopo proteger o consumidor, na tentativa de alcançar uma realidade social mais justa, em conformidade com o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana, uma das vigas mestras do Código de Defesa do Consumidor. Nesse contexto, passaremos a analisar as relações e implicações do Código de Defesa do Consumidor e a fraude de energia elétrica, sobretudo no que diz respeito aos direitos e deveres do consumidor de energia. Inicialmente cumpre-nos ressaltar que o codex consumerista somente se aplica àqueles que se enquadram no artigo 2º do referido dispositivo legal. Dessa forma, apenas as pessoas físicas ou jurídicas que adquirem ou utilizam produtos ou serviços como destinatários finais estarão amparadas pelo Código de Defesa do Consumidor. É importante observarmos que o conceito de consumidor 21 adotado pelo Código foi exclusivamente de caráter econômico, ou seja, levando-se em consideração tão-somente o personagem que no mercado de consumo adquire bens ou então contrata a prestação de serviços, como destinatário final, pressupondo-se que assim age com vistas 21 Segundo disposição da ANEEL, em seu artigo 2º, inciso III, consumidor é toda pessoa física ou jurídica, ou comunhão de fato ou de direito, legalmente representada, que solicitar a concessionária o fornecimento de energia elétrica e assumir a responsabilidade pelo pagamento das faturas e pelas demais obrigações fixadas em normas e regulamentos da ANEEL, assim vinculando-se aos contratos de fornecimento, de uso e de conexão ou de adesão, conforme cada caso.

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