UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA

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1 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA AÇÃO CIVIL PÚBLICA AMBIENTAL Por: Marcos César Cerqueira de Oliveira Orientador Prof. Francisco Carrera Rio de Janeiro 2012

2 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA AÇÃO CIVIL PÚBLICA AMBIENTAL Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada, como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Direito Ambiental. Por: Marcos César Cerqueira de Oliveira

3 AGRADECIMENTOS À minha família e aos meus amigos.

4 DEDICATÓRIA A Liliam, por tudo.

5 RESUMO O flagelo ambiental impressiona. Números expostos por diversas entidades ambientalistas, entre elas o Portal Ambiente Brasil, mostram que Km quadrados de florestas tropicais são destruídos anualmente, causando a extinção de mais de espécies de plantas e animais. A exploração do solo de maneira errada para criação de pastagens, causado pela utilização excessiva da camada fértil do solo, inutilizam o solo, levando a uma devastação permanente, desertificação. A organização ambiental ainda relata que o tempo necessário para a natureza formar cada 2,5 cm de terra fértil é de 200 a 1000 anos, dependendo da localização. Diante disse e de tantos outros danos e impactos causados ao meio ambiente, decorrentes da ação humana própria da sociedade capitalista e de risco, este estudo tem por objetivo investigar a Ação Civil Pública Ambiental, como meio hábil, efetivo e eficaz, à tutela do meio ambiente no ordenamento jurídicobrasileiro. Nesse contexto, analisam-se, entre outras coisas, as correntes jurídicas e princípios do direito, visão constitucional do Direito Ambiental, Lei de Política Nacional Ambiental - Lei 6.938/81, a Ação Civil Pública, tutela ambiental, medida liminar, coisa julgada, meios processuais para a defesa ambiental, nomenclatura da ação civil pública, legitimidade do Ministério Público, legitimidade ativa em geral e a do Poder Público, competência, Direito comparado e a avaliação e liquidação dos damos ambientais. Palavras-chave: Ação Civil Pública Ambiental, Direito Ambiental, Florestas.

6 METODOLOGIA Para que se consiga atingir os objetivos esperados em uma investigação científica, necessária se faz a utilização de procedimentos técnicos e intelectuais que possibilitem resultados positivos. Método vem do grego méthodos que significa o caminho para chegar a um determinado fim. Pode ser considerado um conjunto de regras básicas que possui como propósito desenvolver uma determinada experiência, produzindo um novo saber, um novo conhecimento. Este novo conhecimento pode complementar ou integrar os conhecimentos já existentes sobre uma questão ou corrigir os conhecimentos pré-existentes. Para Andrade (2001, p.35) o método científico nada mais é do que a lógica aplicada à ciência. Com intuito de definir os procedimentos metodológicos que serão utilizados nesta pesquisa, pela definição de Beuren et. all. (2003), esta pesquisa será, quanto aos objetivos, descritiva e exploratória; quanto aos procedimentos, bibliográfica e documental. Conforme Andrade, narrado por Beuren et.all (2003), a pesquisa descritiva preocupa-se em observar os fatos, registrá-los, analisá-los, classificá-los e interpretá-los e o pesquisador não interfere neles. Assim, conclui Bauren (2003), os fenômenos do mundo físico e humano são estudados, mas o pesquisador não manipula os resultados. No caso em questão, será descritiva, pois explorará as questões relacionadas à Ação Civil Pública Ambiental. Já a pesquisa exploratória visa proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses. Envolve análise de exemplos que estimulem a compreensão, no caso em questão referente à Ação Civil Pública Ambiental, além de exame bibliográfico, pois se baseará em livros, revistas, artigos, informações e outras publicações onde se entende ser relevante ao nosso estudo. De acordo com Beuren et. all., (2003, p.86) a pesquisa bibliográfica: Explica um problema a partir de referenciais teóricos publicados em documentos. Pode ser realizada independentemente ou como parte da pesquisa descritiva ou experimental. Ambos os casos buscam conhecer e analisar as contribuições culturais ou científicas do

7 passado existentes sobre um determinado assunto, tema ou problema. Ademais, envolve pesquisa documental, pois se baseará em análise de obras e documentos, relacionados a Ação Civil Pública Ambiental, sendo examinadas por meio do método comparativo, que consiste em investigar coisas ou fatos e explicá-los segundo suas semelhanças e suas diferenças. (BEUREN, 2003) Pela natureza do problema, esta pesquisa é classificada como qualitativa, pois este tipo de pesquisa tem como objetivo principal interpretar o fenômeno que observa, ou seja, observar, descrever, compreender e significar o problema, isto é, ela apresenta uma dinâmica que busca a melhoria dos processos e a interpretação dos fenômenos que se faz pelos resultados encontrados, a partir da atribuição de significados colocados pelo pesquisador. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O pesquisador é considerado o instrumento-chave por analisar os dados indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais de abordagem neste tipo de pesquisa. (GIL, 1999)

8 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 09 CAPÍTULO I - CORRENTES JURÍDICAS E PRINCÍPIOS DO DIREITO AMBIENTAL 11 CAPÍTULO II - DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 27 CAPÍTULO III - OUTROS ASPECTOS PERTINENTES 42 CONCLUSÃO 53 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 54 BIBLIOGRAFIA CITADA 56 ÍNDICE 58 FOLHA DE AVALIAÇÃO 59

9 9 INTRODUÇÃO A busca por uma sociedade mais justa, em que o desenvolvimento ocorra de maneira socialmente mais equilibrada e sustentável, tem levado o Estado e as empresas a darem maior atenção às demandas dos cidadãos. Esse movimento, usualmente denominado de Responsabilidade Social, surgiu a partir da década de 80, e, atualmente, devido ao aumento do movimento da Responsabilidade Social no Brasil e no mundo, cresce também sua importância para a gestão ambiental e para o desenvolvimento social e econômico. O flagelo ambiental impressiona. Números expostos por diversas entidades ambientalistas, entre elas o Portal Ambiente Brasil, mostram que Km quadrados de florestas tropicais são destruídos anualmente, causando a extinção de mais de espécies de plantas e animais. A exploração do solo de maneira errada para criação de pastagens, causada pela utilização excessiva da camada fértil do solo, inutilizam o solo, levando a uma devastação permanente, desertificação. A organização ambiental ainda relata que o tempo necessário para a natureza formar cada 2,5 cm de terra fértil e de 200 a 1000 anos, dependendo da localização. (PORTAL AMBIENTE BRASIL, 2012). Em relação à devastação ambiental causada pelas indústrias, os números impressionam ainda mais. Foi estimada pela Embrapa e Universidade Federal do Pará e divulgado também pelo Portal Ambiente Brasil que, em 2009, ocorreu a derrubada de hectares de florestas nativas na Amazônia, para industrialização de 3 milhões de toneladas de ferro-gusa do pólo siderúrgico de Carajás. Ocorre que a utilização deste carvão para produção siderúrgica na maioria das vezes é ilegal, ou seja, não cumpre a reposição florestal necessária. Comprovadamente, o IBAMA aplicou 500 milhões de reais em multas em um único mês (janeiro/2010) aos produtores de carvão da região. (PORTAL AMBIENTE BRASIL, 2012). É certo que, hoje, o meio ambiente é cada vez mais um tema em evidência. As grandes empresas estão repassando uma preocupação constante com os possíveis efeitos que cada uma provoca no meio ambiente, e

10 10 como eles são eliminados ou minimizados. As leis em relação ao ambiente estão mais rígidas, estabelecendo punições mais severas, o que provoca uma reação por parte dos empresários em demonstrar seus compromissos com o meio ambiente e a preservação ambiental. Com a crescente preocupação das empresas no que se refere à qualidade de vida populacional, acentua-se o tema em relação ao meio em que se vive. Neste contexto, passou-se a procurar, através de toda a evolução científica e tecnológica, melhores condições ambientais em prol de um melhor bem-estar, fatores fundamentais para a sobrevivência do ser humano na sociedade atual. Assim, a qualidade do ar, a ausência de contaminantes na água e no solo, a preservação da biodiversidade passaram a ser quesitos para os cálculos econômicos que representam a garantia da saúde e o bom desempenho do ser humano na realização de suas atividades. Esta nova visão atinge também as empresas, que são consideradas as principais responsáveis pelos impactos ambientais. Utilizando-se de recursos naturais, os processos produtivos corporativos transformam as matérias-primas em possíveis bens de consumo, que podem ocasionar danos ao meio ambiente. Assim, a sociedade passa a ser a maior detentora de tais prejuízos, uma vez que estes recursos são finitos e sua má utilização pode gerar efeitos que serão sentidos através dos anos. Para melhorar a imagem frente à sociedade, elas inserem um modelo de gerenciamento ambiental, ou seja, um método segundo o qual controlariam as consequências de suas atividades produtivas sobre o meio ambiente, minimizando então as consequências do impacto ambiental pelas atividades de produção. Ainda não se conseguiu uma contrapartida das consequências ambientais causadas. Este estudo tem por propósito de investigar a Ação Civil Pública Ambiental. Para isso, analisam-se, entre outras coisas, as correntes jurídicas e princípios do direito, visão constitucional do Direito Ambiental, Lei de Política Nacional Ambiental - Lei 6.938/81, a Ação Civil Pública, tutela ambiental, medida liminar, coisa julgada, meios processuais para a defesa ambiental, nomenclatura da ação civil pública, legitimidade do Ministério Público, legitimidade ativa em geral e a do Poder Público, competência, Direito comparado e a avaliação e liquidação dos damos ambientais.

11 11 CAPÍTULO I CORRENTES JURÍDICAS E PRINCÍPIOS DO DIREITO AMBIENTAL Castro (2002, p. 33) relata que são três as correntes em relação homem natureza, a saber: 1ª Antropocêntrica utilitarista: a natureza como a principal fonte de recursos para atender o homem; 2ª Antropocêntrica protecionista: - Equilíbrio - O homem continua no centro de forma a proteger mais os recursos. A natureza é tratada como um bem coletivo; 3ª Ecocêntrica: defende a ideia que todos seres vivos e não apenas o homem faz parte. Relata ainda Castro (2002) que a segunda corrente encontra-se na constituição Federal. Narra Fiorillo (2000, p.111) que os princípios do Direito Ambiental visam proporcionar para as presentes e futuras gerações as garantias de preservação da qualidade de vida, em qualquer forma que esta se apresente, conciliando elementos econômicos e sociais, isto é, crescendo de acordo com a ideia de desenvolvimento sustentável. Os princípios narrados por este autor são: Princípio do Direito Humano Fundamental: o direito ao meio ambiente protegido é um direito difuso, já que pertence a todos e é um direito humano fundamental, consagrado nos Princípios 1 e 2 da Declaração de Estocolmo e reafirmado na Declaração do Rio. Princípio do mínimo existencial ecológico: o mínimo tem que ser preservado e não pode retroceder. É o principio do não retrocesso. Princípio Democrático: assegura ao cidadão o direito à informação e à participação na elaboração das políticas públicas ambientais, de modo

12 12 que a ele deve ser assegurado os mecanismos judiciais, legislativos e administrativos que efetivam o princípio (a coletividade tem o dever de proteger o meio ambiente. (art. 225 caput CF). Esse Princípio é encontrado não só no capítulo destinado ao meio ambiente, como também no capítulo que trata dos direitos e deveres individuais e coletivos. Exemplos de participação: audiências públicas, integração de órgãos colegiados, como é o caso do COPAM em Minas Gerais, ação popular, ação civil pública, etc. Princípio da Precaução: estabelece a vedação de intervenções no meio ambiente, salvo se houver a certeza que as alterações não causaram reações adversas, já que nem sempre a ciência pode oferecer à sociedade respostas conclusivas sobre a inocuidade de determinados procedimentos, ou seja, evita que o dano aconteça quando for aplicado. Principio 15, da Declaração Rio, Princípio da Prevenção: é muito semelhante ao princípio da precaução, mas com este não se confunde. Sua aplicação se dá nos casos em que os impactos ambientais já são conhecidos, restando certo a obrigatoriedade do licenciamento ambiental e do estudo de impacto ambiental (EIA), estes uns dos principais instrumentos de proteção ao meio ambiente. Princípio da Responsabilidade: pelo princípio da responsabilidade, o poluidor, pessoa física ou jurídica, responde por suas ações ou omissões em prejuízo do meio ambiente, ficando sujeito a sanções cíveis, penais ou administrativas. Logo, a responsabilidade por danos ambientais é objetiva, conforme prevê o 3º do Art. 225 CF/88. Princípios do Usuário Pagador e do Poluidor Pagador: consubstanciados no Art. 4º, VIII da Lei 6.938/81, levam em conta que os recursos ambientais são escassos, portanto, sua produção e consumo geram reflexos, ora resultando sua degradação, ora resultando sua escassez. Além do mais, ao utilizar gratuitamente um recurso ambiental, está se gerando um enriquecimento ilícito, pois, como o meio ambiente é um bem que pertence a todos, boa parte da comunidade nem utiliza um determinado recurso ou, se utiliza, o faz em menor escala. O Princípio do Usuário Pagador estabelece que quem utiliza o recurso ambiental

13 13 deve suportar seus custos, sem que essa cobrança resulte na imposição de taxas abusivas. Então, não há que se falar em poder público ou terceiros suportando esses custos, mas somente naqueles que dele se beneficiaram. O princípio do poluidor pagador obriga quem poluiu a pagar pela poluição causada ou que pode ser causada. Princípio do Equilíbrio: este princípio é voltado para a Administração Pública, a qual deve pensar em todas as implicações que podem ser desencadeadas por determinada intervenção no meio ambiente, devendo adotar a solução que busque alcançar o desenvolvimento sustentável. Princípio do Limite: também voltado para a Administração Pública, cujo dever é fixar parâmetros mínimos a serem observados em casos como emissões de partículas, ruídos, sons, destinação final de resíduos sólidos, hospitalares e líquidos, dentre outros, visando sempre a promover o desenvolvimento sustentável. Principio da obrigatoriedade de atuação estatal: é dever o poder público preservar o meio ambiente. Exemplos: poder de polícia, aplicar multa, licenciamento ambiental. Arts. 225 Caput e art. 174, ambos da CF. 1.1 COMPETÊNCIAS Para Silva (2000, p.57), a Constituição, além de consagrar a preservação do meio ambiente, anteriormente protegido somente a nível infraconstitucional, procurou definir as competências dos entes da federação, inovando na técnica legislativa, por incorporar ao seu texto diferentes artigos disciplinando a competência para legislar e para administrar. Essa iniciativa teve como objetivo promover a descentralização da proteção ambiental. Assim, União, Estados, Municípios e Distrito Federal possuem ampla competência para legislarem sobre matéria ambiental, apesar de não raro surgirem os conflitos de competência, principalmente junto às Administrações Públicas. a) Competência Privativa da União: somente pode ser exercida pela União, salvo mediante edição de Lei Complementar que autorize os Estados a legislarem sobre as matérias relacionadas com as águas, energia,

14 14 populações indígenas, jazidas e outros recursos minerais, além das atividades nucleares de qualquer natureza. Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: IV- águas, energia, informática, telecomunicações e radiofusão; XII- jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; XXVI- atividades nucleares de qualquer natureza; Parágrafo Único: Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas a este artigo. b) Competência Comum: o Art. 23 concede à União, Estados, Municípios e o Distrito Federal competência comum, pela qual os entes integrantes da federação atuam em cooperação administrativa recíproca, visando alcançar os objetivos descritos pela própria Constituição. Neste caso, prevalecem as regras gerais estabelecidas pela União, salvo quando houver lacunas, as quais poderão ser supridas, por exemplo, pelos Estados, no uso de sua competência supletiva ou suplementar. Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: III- proteger os documentos, obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; IV- impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico e cultural; VII- preservar as florestas, a fauna e a flora; VIII- fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;

15 15 IX- promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico; X- combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos; XI- registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais e m seus territórios; Parágrafo Único: Lei complementar fixará normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem- estar em âmbito nacional. c) Competência Concorrente: implica no estabelecimento de normas gerais pela União, a serem observadas pelos Estados e Distrito Federal. Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: VI- florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção ao meio ambiente e controle da poluição; VII- proteção ao patrimônio histórico, artístico, turístico e paisagístico; VIII- responsabilidade por dano meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, turístico e paisagístico. 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.

16 16 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão competência legislativa plena, para atender suas peculiaridades. 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. d) Competência Municipal: a Constituição estabelece que, mediante a observação da legislação federal e estadual, os Municípios podem editar normas que atendam à realidade local ou até mesmo preencham lacunas das legislações federal e estadual (Competência Municipal Suplementar). Art. 30. Compete aos Municípios: I- legislar sobre assuntos de interesse local; II- suplementar a legislação federal e a estadual no que couber. 1.2 VISÃO CONSTITUCIONAL DO DIREITO AMBIENTAL Análise do art. 225, da CF/88 A Constituição Federal de 1988, em seu art. 225 define a proteção ambiental a nível constitucional, na qual estão definidos seus parâmetros no modo de efetivação à proteção do equilíbrio ecológico. Art Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para os presentes e futuras gerações. Silva (2000) entende o respeito ao meio ambiente como fundamental para preservar o direito à vida, dispondo sua concepção nos seguintes termos: é direito de todos e bem de uso comum do povo e essencial à qualidade de vida, protegendo-se a qualidade da vida humana, para

17 17 assegurar a saúde, o bem-estar do homem e as condições de seu desenvolvimento. E assegurar o direito fundamental à vida. Na visão de Sirvinskas (2012), o caput do artigo 225 trata do direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado para todos, que significa incluir nacionais e estrangeiros residentes em nosso país, consoante art. 5º da CF. A expressão meio ambiente ecologicamente equilibrado (art. 225, caput, da CF) versus desenvolvimento econômico (art. 170, VI, da CF) trazem consigo a problemática de conciliar um e outro, em que deverá achar um meio termo em suas aplicações, em que um irá até um ponto e a partir daí terá de ceder espaço ao outro, através de um planejamento contínuo. Ensina o mesmo autor que atendendo-se adequadamente às exigências de ambos e observando-se as suas inter-relações particulares a cada contexto sócio-cultural, político, econômico e ecológico, dentro de uma dimensão tempo/espaço. (Sirvinskas, 2012, p.81) Sirvinskas (2012) esclarece que a qualidade de vida está implícita no art. 5º da CF, pois se trata de um direito fundamental, de interesse difuso, a ser alcançado pelo Poder Público e pela coletividade e protegido e usufruído por todos. Portanto, todos os cidadãos têm o direito e o dever de preservar os recursos naturais, por meio de instrumentos colocados à disposição pela Constituição Federal e pela legislação infraconstitucional. Público: 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Verifica-se, aqui, que a Constituição Federal incumbiu ao Poder Público as tarefas abaixo elencadas. Tal regra deve ser combinada com os deveres comuns fixados no art. 23, III, VI e VII. Assim, União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios devem realizar as tarefas descritas dos incisos do 1º. O art. 225, 1º, pelo pensar de Sirvinskas (2012), arrola as medidas e providências que incumbem ao Poder Público tomar para assegurar a efetividade do direito reconhecido no caput, que são: impedir práticas que coloquem em risco sua função ecológica, que provoquem a extinção de

18 18 espécies ou submetam os animais a crueldade. E aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado. Como, por exemplo, o uso de animais silvestres em comerciais de televisão ou outdoors em lugares diferentes ao seu habitat natural, isso fere o regramento constitucional, com previsão específica infraconstitucional, pois não contribui para a tutela do meio ambiente. a) Inciso I preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas; Conforme Silva, processos ecológicos essenciais são aqueles governados, sustentados ou intensamente afetados pelos ecossistemas, sendo indispensáveis à produção de alimentos, à saúde e a outros aspectos da sobrevivência humana e do desenvolvimento sustentado. (SILVA, 2000, p.63) Sirvinskas afirma que:... a preservação e a restauração desse processo ecológico é fundamental para a perpetuação da vida no planeta Terra. Trata-se da interação integrada das espécies da fauna, da flora, dos microorganismos, da água, do solo, do subsolo, do lençol freático, dos rios, das chuvas, do clima, etc. (Sirvinskas, 2012, p.83) Prover o manejo ecológico das espécies é um planejamento quanto às espécies da fauna e da flora ameaçadas de extinção, como, por exemplo, transferindo-as de um local para o outro, evitando sua extinção em determinado ecossistema. b) Inciso II preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; Diversidade ecológica ou biodiversidade é a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas. (art. 2º, III, da Lei n.

19 /2000). Patrimônio genético compreende todos os seres vivos habitante da Terra. (SIRVINSKAS, 2012) Sirvinskas (2012) esclarece que esse inciso II foi regulamentado pela Lei n , de 5 de janeiro de 1995, estabelecendo sobre técnicas de engenharia genética e da liberação no meio ambiente de organismos geneticamente modificados, autorizando o Poder Executivo a criar, no âmbito da Presidência da República, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança. c) Inciso III definir, em todas as Unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; Sirvinskas (2012) pontua que esse inciso foi regulamentado pela Lei n /2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidade de Conservação da Natureza. Os espaços territoriais ou microecossistemas são denominados Unidades de Conservação, são legalmente instituídos limites de conservação com determinados objetivos. d) Inciso IV exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; todos terão que ser informados. Somente se os impactos significativos, para impacto pequeno não é o caso. e) Inciso V controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco de vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; Sirvinskas (2012) explica que controlar a produção e comercialização é exercer uma fiscalização efetiva dos recursos extraídos da natureza, até a sua transformação em matéria-prima para outras indústrias ou para o consumo final. Esse tipo de controle é feito por meio de auditorias, de modo preventivo. Esse inciso encontra-se disciplinado pela Lei n , de 11 de julho de 1989,

20 20 que trata dos agrotóxicos, e lei 8.974, de 5 de janeiro de 1995, já referida nos comentários do inciso II. f) Inciso VI promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente; Para Sirvinskas (2012) educação ambiental deve ser entendida como as atitudes e valores sociais, culturais que contribuem para a conservação da natureza, que alguns denominam de desenvolvimento sustentável. O inciso está disciplinado pela Lei n de 27 de abril de 1999, que dispôs sobre a educação ambiental e instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental. g) Inciso VII proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais à crueldade. 3º Tríplice responsabilização em matéria ambiental: a responsabilidade independe de reparar os danos, podendo ser penal, administrativa e civil - pode caber os três. Sirvinskas (2012) esclarece que a fauna são as espécies de animais que se encontram numa determinada região; flora é o conjunto de espécies de vegetais encontradas numa região, num país ou continente. Função ecológica trata da relação entre a fauna e a flora e as demais formas de vida que constituem um ecossistema. 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais. Obs: em caso de processo contra estes patrimônios a justiça será a Estadual. 5º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais. Na visão de Sirvinskas (2012, p. 86), terras devolutas são aquelas pertencentes ao Poder Público, não possuindo titulação, sendo indisponíveis

21 21 se houver proteção dos ecossistemas no seu interior, da mesma forma que as arrecadadas por ações discriminatórias. 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas. Sirvinskas (2012, p. 86) conceitua reator nuclear, como sendo qualquer estrutura que contenha combustível nuclear, disposto de tal maneira que, dentro dela, possa ocorrer processo auto-sustentado de fissão nuclear, sem necessidade de fonte adicional de neutros (art. 1º, V, da Lei n /77). será Federal. Vale lembrar que sempre que se falar em atividade nuclear a justiça 1.3 ÁREAS PROTEGIDAS ART. 225 INCISO III Para Sirvinskas (2012), as áreas protegidas são espaços territorialmente demarcados, cuja principal função é a conservação e/ou a preservação de recursos, naturais e/ou culturais, a elas associados. Art Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: III - definir, em todas as unidades da federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; Sirvinskas (2012) esclarece que as áreas protegidas são criadas por Decreto pelo Poder Executivo ou por Lei pelo Poder Legislativo, e somente alteradas e suprimidas por lei.

22 LEI DE POLÍTICA NACIONAL AMBIENTAL - LEI 6.938/81 Dentre as diversas normas a serem respeitadas, aparece-nos como base, até para a instalação da própria empresa, a necessidade de licenciamento ambiental, e, neste momento, normalmente aparecem as dúvidas: quem é competente para expedir a licença ambiental? Quais os cadastros que se terá de fazer parte? Quais licenças deverão ser retiradas? Primeiro se faz necessária entender a diferença entre o licenciamento e a autorização e sua aplicação pouco normal no que diz respeito ao Direito Ambiental. Para Cunha e Guerra (2003), autorização é um ato administrativo discricionário e precário, mediante o qual a autoridade competente faculta ao administrado, em casos concretos, o exercício ou a aquisição de um direito. Assim,com tal pronunciamento, avaliando os benefícios e malefícios do ato intentado, poderá ou não o administrador estatal conceder o efeito perseguido, podendo também a autoridade, após a concessão, suspender ou extinguir a dita autorização assim que pareça conveniente. Já licenciamento, na visão de Cunha e Guerra (2003), é um ato administrativo vinculado aos termos específicos da lei, donde, se existentes todos os pré-requisitos exigidos, torna-se obrigatória a sua concessão pela autoridade, perfazendo direito da parte se encontrados os requisitos autorizadores. A suspensão ou extinção da dita licença depende de descumprimento de requisito autorizador e não só do bel-prazer do administrador. Silva (2000, p. 91) esclarece que se o titular do direito a ser exercido comprova o cumprimento dos requisitos para seu efetivo exercício, não pode ser recusada, porque do preenchimento dos requisitos nasce o direito à licença. Em relação à licença ambiental, conforme a Resolução CONAMA 237/97 em seu art. 1.º, I, tem a licença como o "procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, consideradas efetiva e potencialmente poluidoras ou daqueles que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental,

23 23 considerando as disposições legais e regulamentares e as norma aplicáveis ao caso". (SILVA, 2000, p. 92) Em relação à instituição da Licença Ambiental, esclarece Silva (2000) que ela é uma obrigação legal prévia para instalação de qualquer atividade de produção que possa ser considerada potencialmente poluidora ou degradadora do meio ambiente. A Licença Ambiental é compartilhada pelos Órgãos Estaduais de Meio Ambiente e pelo IBAMA, como partes integrantes do SISNAMA - Sistema Nacional de Meio Ambiente. Cabe ao IBAMA o licenciamento de grandes projetos de infraestrutura que envolvam impactos em mais de um estado e nas atividades do setor de petróleo e gás na plataforma continental. Silva (2000) esclarece ainda que as principais diretrizes para a execução do licenciamento ambiental são expressas na Lei 6.938/81 e nas Resoluções CONAMA nº 001/86 e nº 237/97. Recentemente o Ministério do Meio Ambiente emitiu o Parecer nº 312, que discorre sobre a competência estadual e federal para o licenciamento, tendo como fundamento a abrangência do impacto. Silva (2000, p. 95) relata que outros conceitos ligados à Lei de Política Nacional Ambiental - Lei 6.938/81 são: AIA - Avaliação de Impacto Ambiental: é um instrumento de política ambiental, formado por um conjunto de procedimentos capaz de assegurar, desde o início do programa, que se faça um exame sistemático dos impactos ambientais de uma ação proposta (projeto, programa, plano ou política) e de suas alternativas, e que os resultados sejam apresentados ao público e aos responsáveis pela tomada de decisão, e por eles considerados. EIA - Estudo de Impacto Ambiental: é um dos elementos do processo de avaliação de impacto ambiental. Trata-se de execução, por equipe multidisciplinar, das tarefas técnicas e científicas destinadas a analisar, sistematicamente, as consequências da implantação de um projeto no meio ambiente, por meio de métodos de AIA e técnicas de previsão dos impactos ambientais.

24 24 RIMA - Relatório de Impacto Ambiental: é o documento que apresenta os resultados dos estudos técnicos e científicos de avaliação de impacto ambiental, constituindo-se como documento do processo de avaliação de impacto ambiental, devendo esclarecer todos os elementos da proposta, de forma que possa ser divulgado e apreciado. Silva (2000) afirma que o ato de Licenciamento Ambiental é ato único e complexo que sofre a intervenção de vários agentes. Ele deve ser precedido de Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental sempre que constatada a significância do impacto ambiental. A obtenção do Licenciamento Ambiental é obrigatória para a localização, instalação ou ampliação e operação de qualquer atividade objeto dos regimes e licenciamento. Esse licenciamento está regulado pelo Decreto nº /90, como já mencionado, que dá competência aos órgãos estaduais de meio ambiente para expedição e controle das seguintes licenças: A Licença Prévia - LP é pertinente à fase preliminar do planejamento do empreendimento e contém os requisitos básicos a serem atendidos nas fases de localização, instalação e operação, observados os planos municipais, estaduais ou federais de uso de solo. Já a Licença de Instalação LI autoriza o início de implantação do empreendimento, de acordo com as especificações constantes do Plano de Controle Ambiental aprovado. A Licença de Operação - LO autoriza, após as verificações necessárias, o início da atividade licenciada e o funcionamento de seus equipamentos e instalações de controle de poluição, de acordo com o previsto nas licenças prévias e de Instalação. Silva (2000) esclarece ainda que o Licenciamento Ambiental é concedido por prazo determinado, o que apresenta dupla função: por um lado dá segurança à empresa que o consegue, pois sabe que durante aquele prazo, salvo por fato extraordinário, terá direito a sua atividade sem maiores percalços. Por outro lado, é benéfico para o ente estatal, pois não fica adstrito eternamente às condições impostas inicialmente, podendo, desta forma, quando da renovação, fazer novas exigências necessárias à proteção do meio ambiente.

25 25 Em relação aos prazos, Silva (2000) relata que estes apresentam um parâmetro de ordem federal definido via Resolução CONAMA (Resolução 237/97), a saber: Licença prévia: não pode ter prazo superior a 5 anos; Licença de instalação: não pode ter prazo maior que 6 anos; Licença de operação: não poderá apresentar período maior que 10 anos. A Licença Ambiental concede ao seu possuidor um direito temporal à atividade, nada ad eternum. Este direito temporal pode sofrer várias influências de diversos fatores que podem resultar desde a modificação até a anulação. 2.5 ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE - APPS Felipe (2011) realta que as áreas de preservação permanente são áreas de grande importância ecológica, cobertas ou não por vegetação nativa, que têm como função preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem estar das populações humanas. Como exemplo de APPs cite-se as áreas de mananciais, as encostas com mais de 45 graus de declividade, os manguezais e as matas ciliares. Essas áreas são protegidas pela Lei Federal nº 4.771/65 (alterados pela Lei Federal nº 7.803/89). Para Felipe (2011), qualquer intervenção em APP deve requerer autorização do DEPRN. Caso contrário, será considerado crime ambiental, conforme dispõe a Lei Federal nº 9.605/98, passível de pena de detenção de um a três anos e multa de até R$ ,00 (cinquenta mil reais) por hectare danificado. O Código Florestal em seu art. 2º relata que Consideram-se de preservação permanente, pelo só efeito desta Lei, as florestas e demais formas de vegetação natural situadas: a) ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água desde o seu nível mais alto em faixa marginal cuja largura mínima será: 1 - de 30 (trinta) metros para os cursos d'água de menos de 10 (dez) metros de largura;

26 de 50 (cinquenta) metros para os cursos d'água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura; 3 - de 100 (cem) metros para os cursos d'água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura; 4 - de 200 (duzentos) metros para os cursos d'água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura; 5 - de 500 (quinhentos) metros para os cursos d'água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros; b) ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d'água naturais ou artificiais; c) nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos d'água", qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 (cinquenta) metros de largura; d) no topo de morros, montes, montanhas e serras; e) nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45o, equivalente a 100% na linha de maior declive; f) nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues; g) nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais; h) em altitude superior a (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetação. Parágrafo único. No caso de áreas urbanas, assim entendidas as compreendidas nos perímetros urbanos definidos por lei municipal, e nas regiões metropolitanas e aglomerações urbanas, em todo o território abrangido, observar-se-á o disposto nos respectivos planos diretores e leis de uso do solo, respeitados os princípios e limites a que se refere este artigo.

27 27 CAPÍTULO II DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA Para Ahrens (2003), a ação civil pública é a ação de caráter público que protege o meio ambiente, os consumidores e os direitos difusos e coletivos, entre outros. Esta ação é civil porque se processa perante o juízo cível, e é pública porque defende o patrimônio público, bem como os direitos difusos e coletivos. Ela tem por objetivo proteger o meio ambiente, o consumidor, bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico e qualquer outro interesse difuso ou coletivo e infração da ordem pública. Interesses difusos: indivisível, titulares pessoas indetermináveis. Interesses coletivos: indivisível, titulares são grupos, classes ou categorias. Ahrens (2003) esclarece que atualmente tem-se entendido que o objeto da ação civil pública é muito amplo, em vista do que dispõe o inc.iv do art.1º da Lei 7.347/85, quando diz rege a lei qualquer outro interesse difuso ou coletivo e o art.110 do Código do Consumidor. Em relação ao Foro, local do dano (art. 2º). Em havendo intervenção ou interesse da União, autarquia ou empresa pública federal e não houver Vara da Justiça Federal na Comarca, será competente o juízo estadual local, e, em segunda instância, o Tribunal Regional Federal da Região respectiva. A ação é imprescritível. Em relação à cautelar existe a possibilidade. Atualmente com a possibilidade do adiantamento da tutela pretendida (art. 273, CPC), pode ser pedida liminar no bojo da ação. (art.12º). A legitimidade ativa pertence ao Ministério Público, União, Estado, Município, empresas públicas, fundações, sociedades de economia mista e associações (art.5º). Já a legitimidade passiva, ao causador do dano. (AHRENS, 2003)

28 28 No que tange à ação popular ambiental, Ahrens (2003) esclarece que se encontra presente no texto constitucional, no caput do art O meio ambiente é de forma ampla mencionado como um direito de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida de todos, atribuindo à coletividade e ao Estado, mediante o exercício do Poder de Polícia, defendê-lo e preservá-lo. A Constituição Federal, em seu art. 5º inc. LXVIII, inovou em relação à Constituição anterior, ao abranger o meio ambiente como objeto de proteção jurídica pela ação popular constitucional, instituto que é regido pela Lei 4.717/65. O autor da ação popular ambiental contará com um forte aliado, o Ministério Público, que atuará como fiscal da lei. Ainda, o Órgão Ministerial produzirá e impulsionará a produção de provas, podendo, inclusive, vir a assumir a condição de titular da ação nos casos definidos em lei. 2.1 TUTELA AMBIENTAL Fiorillo (2000) acredita que a degradação da qualidade ambiental gera consequências graves que afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população. Ela ocorre geralmente para atender aos interesses de uma parte minoritária privilegiada da população que se apropria indevidamente dos recursos naturais. Para Milaré (2004) o processo de desenvolvimento dos países se realiza, basicamente, à custa dos recursos naturais vitais, provocando a deterioração das condições ambientais em ritmo e escala até ontem ainda desconhecidos. A paisagem natural da terra está cada vez mais ameaçada pelas usinas nucleares, pelo lixo atômico, pelos dejetos orgânicos, pela chuva ácida, pelas indústrias e pelo lixo químico. Por conta disso, em todo o mundo e o Brasil não é nenhuma exceção -, o lençol freático se contamina, a água escasseia, a área florestal diminui, o clima sofre profundas alterações, o ar se torna irrespirável, o patrimônio genético se degrada, abreviando os anos que o homem tem para viver sobre o planeta. (MILARÉ, 2004, p. 48) Na visão de Milaré (2004), o desequilíbrio ecológico passou a ser uma realidade concreta e a degradação ambiental sofre um aumento progressivo devido ao modelo econômico adotado pela sociedade. Isso leva à necessidade de um restabelecimento do equilíbrio ambiental através de ações que visam

29 29 diminuir as condutas que degradam o meio ambiente. A sociedade então passa a pressionar o Estado para que ele desenvolva mecanismos de preservação do equilíbrio do meio ambiente. Um desses mecanismos refere-se à elaboração de normas protetivas ambientais de direito interno e internacional. Reale comenta que antes recorríamos à natureza para dar uma base estável ao Direito e no fundo esta é a razão do direito natural assistimos hoje a uma trágica inversão, sendo o homem obrigado a recorrer ao Direito para salvar a natureza que morre. (REALE, 1987, p. 299) Fiorillo (2000) explica que a partir da década de 70 iniciou-se a adoção de normas para a proteção jurídica ao meio ambiente, onde surgiram os primeiros diplomas legais que tutelavam a qualidade ambiental. Em 1980, visando à proteção ambiental, foi editada a Lei nº 6.803/80, que nomeava as diretrizes básicas para o Zoneamento Industrial nas áreas críticas de poluição. Em 1981, foi editada a Lei nº 6.938/81, que instituía a Política Nacional do Meio Ambiente PNMA, com o objetivo da preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental, visando assegurar condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana. Milaré (2004) pontua que a Constituição de 1988 afirmou o direito de todos ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, impondo ao poder público e à coletividade o dever de defender e preservar a natureza para presentes e futuras gerações - o princípio intergeracional. O direito ao meio ambiente passou então a ser considerado direito fundamental de terceira geração, um direito de titularidade coletiva e difusa. Prevalecendo-se o coletivo sobre o individual, esse tipo de direito atribui à coletividade a tarefa essencial de manutenção das condições de existência humana, ou seja, direito fundamental que a todos, por igual, deve ser reconhecido, não apenas no plano formal, mas concreta e materialmente efetivado. Milaré (2004) explica que, ao incluir o meio ambiente como bem jurídico passível de tutela, delimitou-se a existência de uma nova dimensão do

30 30 direito fundamental à vida e ao próprio princípio da dignidade da pessoa humana. Jucovsky (2011) afirma que os instrumentos de tutela ambiental se encontram no texto constitucional. Para tal autor, existe o dever da coletividade e do Poder Público em relação à preservação e proteção do bem ambiental. A proteção do bem ambiental, na visão deste autor, tem natureza difusa, dada a sua indivisibilidade, pois os seus titulares estão interligados por razões eminentemente de fato. Ao cuidar da tutela dos direitos coletivos e da nova ordem procedimental, através da jurisdição civil coletiva, deve-se desconsiderar o caráter individualista para se conseguir dirimir os conflitos de massa. Fiorillo et al. relata que hoje, em sede de jurisdição civil, há a existência de dois sistemas de tutela processual: um destinado às lides individuais, cujo instrumento adequado e idôneo é o Código de Processo Civil, e um outro, destinado à tutela coletiva, na exata acepção trazida pelo art. 81, parágrafo único, do CDC. Assim, quando se fizer uso de qualquer ação coletiva para defender direitos, valores ou interesses ambientais, enquanto cada respectiva ação não possuir o seu devido e específico aparato instrumental-procedimental, é condição "sine qua non" que se utilize das regras de direito processual estabelecidas pela Lei nº 7.347/85 em sua atuação conjunta com o CDC, dada a perfeita interação-integração entre ambos (FIORILLO et all, 1996, p. 101). Sanches (1994) pontua que as ações coletivas que visam salvaguardar o ambiente devem ser, tendo em vista o princípio do due process of law, orientadas pelo CDC código de defesa do consumidor e pela LACP lei de ação civil púlbica, bem como por outros diplomas processuais. Também deve ocorrer por ação popular ambiental, aplicando-se a LACP e a Lei nº 4.717/65, a Lei de Ação Popular, de forma subsidiária, por se tratar de procedimento de jurisdição civil e coletiva. Vale lembrar que as ações coletivas que tem por base a LACP e o CDC sujeitam-se às suas normas de procedimento, e, em existindo lacuna, deve-se utilizar as regras insertas no estatuto processual civil, art. 90 CDC. Em relação às ações coletivas ambientais, Jucovsky (2011) acredita que pra ela é válida também essa sistemática. Por isso, devem ser aplicadas

31 31 as regras processuais do CDC, por imposição do artigo 21 da LACP, fazendo incidir à defesa dos direitos difusos, coletivos e individuais, no que couber, as disposições do Título III do CDC, consoante o artigo 117 do CDC, que acrescentou à LACP o retrocitado art. 21. Quanto aos meios judiciais para a defesa do ambiente, Jucovsky (2011) enfatiza que o CDC, em seu art. 81, III, atualizou a LACP, pois ampliou a proteção desse diploma legislativo não só em relação aos direitos coletivos e difusos, em consonância ao anteriormente estabelecido, mas também aos direitos ou interesses individuais homogêneos - estes devem ser compreendidos como os oriundos da mesma fonte. Mesmo que o bem ambiental seja de interesse ou direito difuso, art. 81, I CDC, e a ação para a reparação de um dano ambiental seja proposta por um indivíduo, não se pode desconsiderar sua índole tipicamente metaindividual. A sentença poderá exigir, para ser liquidada, o ressarcimento de dano individual, se ficar demonstrado o nexo de causalidade - art. 21 LACP e 103, 3º CDC. Nos artigos 81, único, III e 91 do CDC faz-se referência à adoção das class action do Direito norteamericano, ou seja, a ação coletiva para a proteção de direitos individuais homogêneos. Tendo formulado o pedido em juízo, esclarece Jucovsky (2011), este de um interesse difuso, coletivo ou individual homogêneo, a questão judicial deve estar voltada ao asseguramento do bem ambiental que tem por característica a difusibilidade, tendo em vista que é indivisível o respectivo objeto e indetermináveis os detentores da titularidade desse direito. Ajuizandose uma ação reparatória de dano ambiental sofrido individualmente, não há que se falar em busca de tutela a dano ao meio ambiente, por ser esse de interesse difuso, transindividual. Entretanto, a sentença de procedência do pedido de uma ação coletiva, já com trânsito em julgado, poderá servir para reparação de dano ambiental sofrido individual ou coletivamente, após regular liquidação do julgado. Jucovsky (2011) relata que é difícil de se estabelecer um valor indenizatório, tendo em vista as dificuldades em se demonstrar o

32 32 dimensionamento real do dano. Uma questão controversa nesse campo para o Judiciário é a quantificação ou valoração do dano ao meio ambiente. Grinover faz menção à questão, afirmando que é inquestionável, portanto, que a nova ação civil pública, no campo ambiental, pode visar à reparação dos danos pessoalmente sofridos pelas vítimas de acidentes ecológicos, tenham estes afetados, ou não, ao mesmo tempo, o ambiente como um todo. E a ação coletiva de responsabilidade civil pelos danos ambientais seguirá os parâmetros dos arts , do CDC, inclusive quanto à previsão da preferência da reparação individual sobre a geral e indivisível, em caso de concurso de créditos (art. 99, do CDC) (GRINOVER, 1993, p.249). Grinover (1993) discute alguns aspectos relevantes da LAC. Para esta autora, a Lei nº 7.347/85 aborda o âmbito de incidência, a legitimação ativa, as espécies de tutela possíveis, a amplitude subjetiva da coisa julgada e a competência. Em relação ao âmbito de incidência, ele alcança o meio ambiente, o consumidor, os bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico, além de qualquer outro interesse coletivo ou difuso. Esta Lei compreende a responsabilidade por danos já ocorridos, bem como a tutela de caráter preventivo à ocorrência da lesão, de forma provisória, mediante o deferimento de medidas liminares. Para Grinover (1993), a definição de meio ambiente, contida no artigo 225 da Lex, como bem de uso comum, deve ser classificado pelo artigo 81 do CDC, como bem difuso, por considerado passível de fruição por toda a coletividade. Na espécie de bem determina-se a classificação dos interesses jurídicos. O interesse público definido pela ação civil pública terá então os seguintes perfis: a) Os interesses gerais ou comuns, que pertencem a todas as pessoas; b) Os interesses difusos, transindividuais, indivisíveis, pertencentes a pessoas indeterminadas e vinculadas por certos fatos; c) Os interesses coletivos, transindividuais, indivisíveis, titularizados por grupo ou classe de pessoas com liames entre si o com a outra parte por determinada relação jurídica; d) Os interesses individuais homogêneos, resultantes de origem comum;

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