O MEU PASSO. Márcio Adão Pereira. Comp. RELATOR: Márcio Adão Pereira. Comp. Rito Escocês Antigo e Aceito

Transcrição

1 A G D G A D U A R G B L S ESTRELA DO RIO CLARO n 496 Federada ao GOB e Jurisdicionada ao GOSP Detentora da Cruz da Perfeição Maçônica Rua 4 n Fone (19) CX. POSTAL 153 CEP Rio Claro - SP estreladorioclaro@ig.com.br Reuniões: 6a. Feira 20h. O MEU PASSO Márcio Adão Pereira Comp RELATOR: Márcio Adão Pereira Comp Rito Escocês Antigo e Aceito 1

2 O Grau de Companheiro No Grau de Aprendiz Maçom, somos instruídos no trabalho de desbastar a Pedra Bruta, desvencilhando-se de nossos defeitos e paixões, para poder concorrer à construção moral da Humanidade, que é a verdadeira obra da Maçonaria. Para chegar ao domínio de nossos defeitos e de nossas paixões, praticamos viagens simbólicas que nos ensinaram a conduzir-nos sabiamente e a instruir nossos Irmãos. O aprendizado no Grau de Aprendiz que simbolicamente terminou, ao sermos admitidos no Grau de Companheiro, ainda não está concluído, porque onde quer que estejamos e em qualquer condição, não deixamos de ser aprendizes, porque sempre temos algo a aprender. Este desejo ou atitude para aprender é a condição permanente de toda possibilidade de progresso interior. Porém a qualidade de aprendiz deve agregar-se algo mais: a capacidade de demonstrar e colocar em prática, em atividade construtiva os conhecimentos adquiridos, e por meio desta capacidade realizadora é como se chega a converter-se em verdadeiros Companheiros. A capacidade de alcançar um estado mental de firmeza, perseverança e igualdade, não dispensa a necessidade de seguir esforçando-se para estar constantemente em acordo com nossos ideais, princípios e aspirações espirituais. A qualidade de Companheiro deve agregar-se a de Aprendiz de maneira que, sem que cesse o esforço de aprender e progredir, o Companheiro Maçom continue seu desenvolvimento com objetivo que suas atividades se façam fecundas e produtivas. No Grau de Companheiro Maçom, deixamos o estudo dos materiais de construção, o qual foi instruído no grau de Aprendiz, voltando nosso estudo para a instrução moral e para a instrução espiritual, contribuindo para o engrandecimento da alma pelos pensamentos e dedicações úteis ao progresso e ao bem estar da Humanidade e principalmente de nossa Sociedade. Através das viagens simbólicas que praticamos quando da elevação ao Grau de Companheiro, somos instruídos a determinar a direção e a regular a aplicação de nossos estudos. Continuamos combatendo todos os nossos defeitos e paixões, apurando as qualidades de nossa alma, mantendo sempre a prática de erguer templos a virtude e cavar masmorras ao vício. Neste momento nos dedicamos à direção e a prática, o que nos leva ao tema do Passo ou neste caso a Marcha de Companheiro. 2

3 A Marcha A Marcha de Aprendiz Maçom é indecisa, executando-se passo a passo, significando que a progressão em direção à Luz só é obtida após esforços sucessivos e prudentemente ampliados, ela é efetuada em três passos iguais, retilíneos, os pés em esquadro, que simboliza a retidão da conduta, sobre o caminho retilíneo que segue todo o Maçom. A Marcha começa com o pé esquerdo, esotericamente pelo fato de sua ignorância nativa, o primeiro passo é um ensaio, pela imperfeição da linguagem, o segundo passo assinala a prudência e o terceiro é realizado com toda a atenção, pois neste momento, o Aprendiz esta em situação de ver a Luz. Na Marcha de Companheiro acrescenta-se mais dois passos no final da Marcha do Aprendiz. O primeiro passo do qual se desvia para a região sul, abandonando o caminho reto, representa o estado de completa liberdade que se consegue uma vez que já domina os sentidos e as paixões inferiores, e o iniciado se abre para percepção de sua Luz Interior, simbolizada pela Estrela Flamígera, símbolo da Centelha Divina, que dá alma, inteligência e sentimento, ao homem. O segundo passo reconduz o Companheiro em linha reta, seguindo a retidão de seus caminhos, o significado simbólico é a liberdade peculiar caracterizada a esse grau, a conquista é a conseqüência da fidelidade na prática dos ensinamentos da Ordem e no livre arbítrio de continuar ou não na senda iniciática da Ordem Maçônica. Simbolicamente os passos da marcha, recordam ao Companheiro as cinco viagens de sua elevação, se repete nos cinco golpes de malhete, nas cinco pancadas da bateria, no toque de identificação, na idade do Companheiro e no número 5. Simboliza também o homem quíntuplo representado pela Estrela de Cinco Pontas. Por final o Companheiro tem uma jornada e por conseqüência uma caminhada, muito mais longa que a do Aprendiz; possui já as bases, mas deverá propagá-las, primeiramente entre seus companheiros de Grau, mantendo-os alertas, conscientes e recordando as promessas trocadas. Em uma outra visão o desvio para direita, com o passo lateral, significa que sua ação, deve deslocar-se no sentido da Beleza, da Geração, da Coletividade, pois, agora, atingida a puberdade, esta apto a exercer sua missão no mundo, dirigindo-se, em companhia de Vênus, que representa a mulher, para o Mundo profano, onde irá contribuir para o aperfeiçoamento, em todos os sentidos, de seu próximo. O aperfeiçoamento do Maçom, dentro dos ensinamentos do Grau 2, no mundo social, fora dos Templos, não dispensa em momento algum, a presença da mulher, seja como mãe, esposa, filha, irmã, e assim em qualquer grau de parentesco de sangue ou civil. 3

4 COMENTÁRIOS Definições: Passo: 1-Ato de avançar ou recuar um pé para andar, 14-ato resolução: passo acertado, mau passo, etc.. Como vemos o Passo recorre a uma atitude de movimentar, de sair, de buscar, mas o que? Neste contexto o tema O meu passo define uma vontade, uma expectativa em relação aos passos que estou dando hoje em busca de um Eu melhor amanhã, a utilização dos conhecimentos maçônicos, dos exemplos, da convivência, em alguns casos da advertência dos queridos Irmãos para o aprendizado continuo que todo o Maçom deve exercer em sua existência. Utilizar as ferramentas maçônicas para o desbaste tão difícil, mas infinitamente prazeroso de minhas imperfeições, meus vícios e minhas paixões inferiores, mas não só trabalhando meus pontos negativos, potencializando e acentuando minhas habilidades e sentimentos positivos, minhas virtudes. A busca do melhoramento do Eu Interior deve ser nosso propósito de vida, pois, só assim teremos por conseqüência seres humanos melhores, melhores famílias, melhores sociedades e uma melhor humanidade. Para terminar uma frase para refletirmos: "O verdadeiro, o puro, o virtuoso, a grandeza, a maravilha, a grande Obra, não ocorrem num relâmpago, num vislumbre, numa visão, num ato; são duradouros, são expressões de um rio, uma montanha, uma floresta, uma vida, mais um degrau da existência; quer dizer: vai se conquistando, conseguindo, recebendo, aos poucos, lentamente, até que, aí sim num repente, nós, em nossa lentidão, percebemos que foi rompida ou alcançada uma barreira, um limiar e, então, somos mais verdadeiros, puros, virtuosos, grandes, maravilhosos, estamos mais próximos, mais na Grande Obra!" Fonte Desconhecida E para nos transformar em Montanha, Floresta ou em um Mar sem fim devemos começar com um primeiro Passo. 4

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: RICARDO JOSÉ PEREIRA GOMES Passagem de Aprendiz Maçom para Companheiro Maçom - Internet. - O Companheiro Maçom e seus mistérios, Loja Maçônica Amor e Sacrifício II N Ivaiporã Paraná DR. JORGE ADOUM Grau de Companheiro e seus mistérios, Santos Dumont Minas Gerais RIZZARDO DA CAMINO Simbolismo do segundo grau Companheiro, Editora Aurora, Rio de Janeiro. - Manual del Companero, Ed. Kier Buenos Aires Argentina ASSIS CARVALHO Cadernos de estudos maçônicos Companheiro Maçom, Ed. A Trolha Londrina Paraná NICOLA ASLAN Comentários ao ritual de Aprendiz, Ed. Aurora Rio de Janeiro Rio de Janeiro. ANTÓNIO CARLOS GAMA Apostila Grau 1 Aprendiz, Augusta e Respeitável e Grande Benfeitora Loja Simbólica estrela do Rio Claro 496 Rio Claro SP. ANTÓNIO CARLOS GAMA Apostila Grau 2 Companheiro Maçom, Augusta e Respeitável e Grande Benfeitora Loja Simbólica estrela do Rio Claro 496 Rio Claro SP. CARLOS COSTA DE LIMA O Mestre Maçom Internet, portal Pedreiros Livres. MICHAELIS Moderno dicionário da língua portuguesa Ed. Melhoramentos São Paulo