Radiografia. Este método de END é baseado em variações da absorção de radiação. eletromagnética penetrante (raios X e gama) devidas a alterações de

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Radiografia. Este método de END é baseado em variações da absorção de radiação. eletromagnética penetrante (raios X e gama) devidas a alterações de"

Transcrição

1 Radiografia Este método de END é baseado em variações da absorção de radiação eletromagnética penetrante (raios X e gama) devidas a alterações de densidade, composição e espessura da peça sob inspeção (figura 1). Figura 1: Inspeção radiográfica. A radiografia é realizada com raios X, os quais são gerados, pelo impacto contra um alvo metálico, de elétrons acelerados no vácuo por uma fonte de alta tensão. A gamatografia, por sua vez, utiliza radiação gama (raiosγ) resultante da reação nuclear em uma fonte de material radioativo. Como esta última, não necessita de energia elétrica para sua operação, ela é particularmente usada em inspeções de campo. Em qualquer caso, devido aos efeitos extremamente perigosos da radiação penetrante para Página 1

2 os seres vivos, são necessários cuidados especiais de segurança para a realização deste ensaio. A absorção diferenciada da radiação poderá ser detectada através de um filme, ou através de um tubo de imagem ou mesmo, medida por detectores eletrônicos de radiação. Essa variação na quantidade de radiação absorvida, detectada através de um meio, irá nos indicar, entre outras coisas, a existência de uma falha interna ou defeito no material. A radiografia industrial é então usada para detectar variação de uma região de um determinado material que apresenta uma diferença em espessura ou densidade, comparada com uma região vizinha. Em outras palavras, a radiografia é um método capaz de detectar com boa sensibilidade defeitos volumétricos. Defeitos como vazios e inclusões, que apresentam uma espessura variável em todas as direções, serão facilmente detectados desde que, não sejam muito pequenos em relação à espessura da peça. Por outro lado, a capacidade do processo de detectar defeitos com pequenas espessuras em planos perpendiculares ao feixe, como trincas, é muito limitada e, dependerá bastante da técnica de ensaio realizado. Os defeitos planares (trincas) normalmente só são detectados quando estão com orientação paralela a direção de propagação da radiação. Página 2

3 A figura 2 apresenta um esquema da formação de indicações numa inspeção radiográfica, sendo possível perceber o que foi mencionado no parágrafo anterior sobre a orientação de um defeito plano. Figura 2: Formação de indicações numa inspeção radiográfica. A capacidade de penetração em sólidos depende também do comprimento de onda da radiação, pois quanto menor for o comprimento de onda, maior será a capacidade de penetração da radiação. Na figura 3, estão sendo apresentados exemplos de radiografias com descontinuidades. Conforme pode ser visto, a radiação, após atravessar o material, irá impressionar um filme, formando uma imagem do material. Este filme é chamado radiografia. Note-se que ao atravessar as soldas, parte da radiação é absorvida. A quantidade de radiação absorvida Página 3

4 depende da espessura do material. Onde existe um vazio ou descontinuidade há menos material para absorver a radiação. Assim, a quantidade de radiação que atravessa o material não é a mesma em todas as regiões. Nota As áreas escuras observadas num filme radiográfico, indicam que uma maior quantidade de radiação passou por aquela região correspondente na peça ensaiada. Figura 3: Exemplos de radiografias de soldas com descontinuidades: (a) falta de penetração; (b) falta de fusão; e (c) porosidade agrupada. Página 4

5 Fontes de Radiação Raios-X São produzidos eletricamente sendo formados pela interação de elétrons de alta velocidade com a matéria. Quando elétrons de suficiente energia interagem com elétrons de um átomo, são gerados raios-x. Cada elemento, quando atingido por elétrons em alta velocidade, emite o seu raios-x característico. Quando elétrons de suficiente energia interagem com o núcleo de átomos, são gerados raios-x contínuos, que são assim chamados porque o seu espectro de energia é contínuo. As condições necessárias para a geração de raios-x são: - Fonte de elétrons; - Alvo para ser atingido pelos elétrons (foco) - Acelerador de elétrons na direção desejada. Os geradores de radiação X são aparelhos com dispositivos elétricos e eletrônicos fabricados pelo homem, portanto, não se constituem de uma fonte natural de radiação. Os mesmos podem ser portáteis ou estacionários, com unidade de comando variando em termos de características de ajustes e potência. Página 5

6 Os Raios X, destinados ao uso industrial e médico, são gerados numa ampola de vidro, denominada tubo de Coolidge, que possui duas partes distintas: o anodo e o catodo, conforme apresentado na figura 4. O anodo e o catodo são submetidos a uma tensão elétrica da ordem de milhares de volts, sendo o pólo positivo ligado ao anodo e o negativo no catodo. O anodo é constituído de uma pequena parte fabricada em tungstênio, também denominado de alvo, e o catodo de um pequeno filamento, tal qual uma lâmpada incandescente, por onde passa uma corrente elétrica da ordem de miliamperes. Quando o tubo é ligado, a corrente elétrica do filamento se aquece e passa a emitir espontaneamente elétrons que são atraídos e acelerados em direção ao alvo. Nesta interação, dos elétrons com os átomos de tungstênio, ocorre a desaceleração repentina dos elétrons, transformando a energia cinética adquirida em Raios X. Figura 4: Esquema de um tubo de raios - X industrial. Página 6

7 Requisitos Básicos para Produção de Raios-X Os Raios-X são produzidos quando alguma forma de matéria é atingida por elétrons em alta velocidade. Para isso são necessários três requisitos básicos: - Fornecimento de elétrons; - Movimento dos elétrons (acelerador); - Bombardeamento de elétrons em um alvo. Componentes e Propriedades de um Tubo de Raios-X A ampola de raios-x (Figura 4) tem em seu interior, o anodo (terminal positivo) e o filamento do catodo (terminal negativo), sob vácuo. Os tamanhos das ampolas ou tubos são em função da tensão máxima de operação do aparelho. A ampola possui uma alta resistência ao calor. O vácuo, por sua vez, reduz o problema das colisões dos elétrons com as moléculas de ar, absorvendo-as e fazendo uma isolação entre o anodo e o catodo. Do ponto de vista da radiografia, uma atenção especial deve ser dada ao alvo, contido no anodo. Sua superfície é atingida pelo fluxo eletrônico, proveniente do filamento, e denomina-se foco térmico. É importante que esta superfície seja suficientemente grande para evitar um superaquecimento local, que poderia deteriorar o anodo, e permitir uma rápida transmissão do calor (figura 5). Página 7

8 Figura 5: Corte transversal do anodo direcional, na ampola de raios-x. Ainda do ponto de vista construtivo, o material do alvo (anodo), conforme mencionado antes, é de tungstênio, e isso se deve, principalmente, ao seu elevado número atômico. O catodo consiste de um filamento, também de liga de tungstênio, emitindo elétrons quando aquecido a uma temperatura muito elevada. Dá-se o nome de ponto focal a área exata do alvo (anodo) bombardeada pelos elétrons. A qualidade da radiografia está relacionada ao tamanho do ponto focal, que quanto menor, produzirá melhores detalhes de imagem. Para obterem-se imagens com nitidez máxima, as dimensões do foco óptico (figura 5) devem ser as menores possíveis. As especificações de aparelhos geralmente mencionam as dimensões do foco óptico. Página 8

9 Unidade Geradora e Painel de Comando Os equipamentos de Raios X industriais se dividem geralmente em dois componentes: o painel de controle e o cabeçote, ou unidade geradora. O painel de controle consiste de uma caixa onde estão alojados todos os controles, indicadores, chaves e medidores, além de todo o equipamento do circuito gerador de alta voltagem. É através do painel de controle que se fazem os ajustes de voltagem e amperagem, além do comando de acionamento do aparelho. No cabeçote, está alojada a ampola e os dispositivos de refrigeração. A conexão entre, o painel de controle e o cabeçote, se faz através de cabos especiais de alta tensão. Na figura 6 estão sendo mostrados exemplos de aparelhos de raios-x. Figura 6: Aparelhos de raios-x industrial de até 300 kv. Página 9

10 As principais características de um equipamento de Raios X são: Tensão e corrente máxima; Tamanho do ponto focal, dimensões do foco óptico e tipo de feixe de radiação; Peso e tamanho. Esses dados determinam a capacidade de operação do equipamento, pois estão diretamente ligados ao que o equipamento pode ou não fazer. Isso se deve ao fato dessas grandezas determinarem as características da radiação gerada no equipamento. A voltagem se refere à diferença de potencial entre o anodo e o catodo e é expressa em quilovolts (kv). A amperagem se refere à corrente do tubo e é expressa em miliamperes (ma). Outro dado importante se refere à forma geométrica do anodo no tubo. Quando em forma plana, e angulada, propicia um feixe de radiação direcional, e quando em forma de cone, propicia um feixe de radiação panorâmico, isto é, irradiação a 360 graus, com abertura determinada (figura 7). Página 10

11 Figura 7: Equipamento de raios-x panorâmico. Exposição do Filme Como num filme fotográfico que é sensibilizado pela luz, o filme radiográfico será sensibilizado não somente pela luz, mas também pela radiação. Este processo consiste em proteger o filme contra raios de luz e permitir que incida sobre ele apenas a radiação durante a exposição. A exposição consiste em expor os filmes que possuem uma camada denominada emulsão, contendo sais de prata. As áreas escuras observadas num filme radiográfico, indicam que uma maior quantidade de radiação passou por aquela região correspondente na peça ensaiada. Página 11

12 Quando Utilizar o Ensaio Radiográfico - Quando a descontinuidade causar uma diferença detectável na sua espessura, na densidade ou na composição do material. - Quando o material for consideravelmente homogêneo, onde uma indicação de descontinuidade pode ser reconhecida. - Quando a configuração da peça a ser radiografada permitir o acesso aos dois lados. Um lado para posicionar o filme e outro a fonte. - Quando a descontinuidade a ser detectada estiver devidamente orientada em relação ao feixe de radiação. Raios-γ (Gama) Com o desenvolvimento dos reatores nucleares, foi possível a produção artificial de isótopos radioativos através de reações nucleares de ativação. O fenômeno de ativação ocorre quando elementos naturais são colocados junto ao núcleo de um reator e, portanto, irradiados por nêutrons térmicos, que atingem o núcleo do átomo, penetrando nele. Isto acarreta uma quebra de equilíbrio energético no núcleo devido ao excesso de nêutrons, e ao mesmo tempo, muda sua massa atômica, caracterizando assim o isótopo. Num isótopo, existe uma tendência espontânea de liberação de energia a fim de que haja o restabelecimento do equilíbrio energético do núcleo para uma configuração mais estável, ou seja, de menor energia (anterior a da ativação). A liberação de energia dá-se na forma de Raios Gama. Página 12

13 Um átomo que é submetido ao processo de ativação encontra-se com núcleo excitado passando a emitir radiação. Contudo, com o decorrer do tempo, o número de átomos capazes de emitir radiação diminui gradualmente. A esse fenômeno dá-se o nome de Decaimento Radioativo. As transformações nucleares são sempre acompanhadas de uma emissão intensa de ondas eletromagnéticas chamadas raios-γ, as quais possuem baixo comprimento de onda e apresentam as mesmas propriedades dos raios-x. Entre os isótopos radioativos, o Cobalto 60, o Irídio 192 e o Selênio 75, são os mais utilizados na radiografia industrial. Muitos átomos exibem uma propriedade chamada radioatividade, que é um fenômeno de desintegração espontânea, também denominado decaimento. Esta característica é causada pela instabilidade da complexa estrutura de um átomo sob a ação de forças elétricas, magnéticas e gravitacionais. O elemento rádio possui este desbalanceamento natural emitindo energia na forma de raios-γ para alcançar uma condição mais estável. Juntamente com os raios-γ, são emitidas as partículas α (alfa) e β (beta). Estas últimas são facilmente absorvidas, porém, os raios-γ,são mais penetrantes, pois sua energia é muito alta. Por causa do perigo de radiação sempre presente, as fontes radioativas devem ser manejadas com muito cuidado, sendo necessários aparelhos Página 13

14 que permitam guardá-las, transportá-las e, utilizá-las em condições de segurança total. Características Físicas dos Irradiadores Gama São aparelhos constituídos de uma blindagem ou carcaça protetora de chumbo, tungstênio ou urânio 238. Esta carcaça apresenta um furo axial, no interior do qual existe um estojo metálico, chamado porta-isótopo, fixado a um comando mecânico flexível munido de um pequeno volante ou manivela para manobras a distância (figura 8). Figura 8: Irradiador portátil. Página 14

15 O que mais diferencia um tipo de irradiador de outro são os dispositivos usados para exposição da fonte radioativa. Esses dispositivos podem ser mecânicos, com acionamento manual ou elétrico, ou ainda pneumático. A única característica que apresentam em comum é o fato de permitirem ao operador trabalhar sempre a uma distância segura da fonte, sem se expor ao feixe direto de radiação. A figura 9 mostra um exemplo de aparelho para gamagrafia industrial. Figura 9: Aparelho de gamagrafia industrial As fontes radioativas para uso industrial, são encapsuladas em material austenítico, de maneira tal, que não haja dispersão ou fuga do material radioativo para o exterior. A manipulação da fonte é feita através de um dispositivo denominado de Porta fonte, conforme representado na figura 10. O dispositivo permite a contenção, transporte e fixação da cápsula que contém a fonte radioativa selada, sendo esta solidamente presa através de uma ponta a um cabo de aço flexível, e na outra ponta a um engate. Página 15

16 Figura 10: Exemplo de dispositivo Porta-fonte. Comparação entre Raios-X e Raios-γ A diferença mais importante entre os raios-x e γ é o fato de se poder regular a tensão anódica e, em consequência, o poder de penetração dos raios-x, ao passo que não é possível de maneira alguma fazer variar o comprimento de onda dos raios-γ. Com os raios-γ, a única solução é mudar a fonte radioativa. Prefere-se o Irídio para as menores espessuras (de 10 a 60 mm para aços) e o Cobalto para as espessuras maiores (de 60 a 160 mm para aços). Do ponto de vista de qualidade, os raios-x são melhores que os raios-γ. Porém, existem, a favor dos raios-γ, diversas circunstâncias nas quais eles apresentam um interesse prático. Os raios-γ são emitidos espontaneamente, não necessitando de aparelhagem ou alimentação elétrica. Em locais onde não existe energia elétrica os raios-γ devem ser usados. Página 16

17 Para espessuras muito altas (acima de 90 mm) o poder de penetração dos raios-x não é suficiente. As instalações para uso de raios-γ são bem mais baratas que as dos raios-x. Certos casos particulares apresentam problemas de acesso, tornando o uso de raios-γ mais indicado. Para estes casos, as fontes radioativas são mais maleáveis, permitindo assim, posicionamentos corretos. Absorção da Radiação Todos os materiais absorvem radiação, alguns mais do que outros. Os materiais mais densos e os de maior número atômico absorvem maior quantidade de radiação do que, os materiais menos densos e os de menor número atômico. A espessura também contribui para a absorção, pois quanto maior a espessura maior quantidade de radiação absorvida. As figuras 11 e 12 ilustram estas regras. Página 17

18 Figura 11: Absorção de radiação em função do número atômico do material. Figura 12: Absorção de radiação em função da espessura do material. Página 18

19 Filme Os filmes radiográficos são compostos de uma emulsão e uma base. A emulsão consiste em uma camada muito fina (espessura de 0,025 mm) de gelatina, que contém, disperso em seu interior, um grande número de minúsculos cristais de brometo de prata. A emulsão é colocada sobre um suporte, denominado base, que é feito geralmente de um derivado de celulose, transparente e de cor levemente azulada. Uma característica dos filmes radiográficos é que, ao contrário dos filmes fotográficos, eles possuem a emulsão em ambos os lados da base. Os cristais de brometo de prata, presentes na emulsão, possuem a propriedade de, quando atingidos pela radiação ou luz, tornarem-se susceptíveis de reagir com produto químico denominado revelador. O revelador atua sobre esses cristais provocando uma reação de redução que resulta em prata metálica negra. Os locais do filme, atingidos por uma quantidade maior de radiação apresentarão, após a ação do revelador, um número maior de grãos negros que regiões atingidas por radiação de menor intensidade. Dessa forma, quando vistos sob a ação de uma fonte de luz, os filmes apresentarão áreas mais escuras e mais claras, que irão compor a imagem do objeto radiografado. Página 19

20 Em resumo, a exposição à radiação cria uma imagem latente no filme, e a revelação torna a imagem visível. A figura 13 mostra a estrutura de um filme radiográfico. Figura 13: Estrutura de um filme radiográfico. Quando o inspetor interpreta uma radiografia, ele está vendo os detalhes da imagem da peça em termos da quantidade de luz que passa através do filme revelado. Áreas de alta densidade (expostas a grandes quantidades de radiação) aparecem cinza escuro; áreas de baixa densidade (áreas expostas a menos radiação) aparecem cinza claro. A densidade é o grau de enegrecimento do filme. A densidade é medida por meio de densitômetros de fita ou densitômetros eletrônicos. A medição da densidade é feita no negatoscópio, que é o aparelho usado para a interpretação de radiografias. O negatoscópio é uma caixa Página 20

21 contendo lâmpadas, com luminosidade variável e, um suporte de plástico ou vidro leitoso onde o filme é colocado, conforme apresentado na figura 14. Figura 14: Negatoscópio. Indicadores de Qualidade de Imagem (IQI) Para que possamos julgar a qualidade da imagem de certa radiografia (sensibilidade) são empregadas pequenas peças chamadas Indicadores de Qualidade de Imagem (IQI), e que são colocadas sobre o objeto radiografado. Os IQIs são também chamados como penetrametros. O IQI é uma pequena peça construída com um material radiograficamente similar ao material da peça ensaiada, com uma forma geometricamente simples e que contem algumas variações de forma bem definidas tais como furos ou entalhes. Página 21

22 Os IQI s americanos mais comuns consistem em uma fina placa de metal contendo três furos com diâmetros calibrados. Os IQIs adotados pelas Normas ASME, Sec. V e ASTM E-142, possuem três furos cujos diâmetros são 4T, 2T, e 1T, onde T corresponde à espessura do IQI. Nesses IQIs, a espessura é igual a 2 % da espessura da peça a ser radiografada. Para avaliar a técnica radiográfica empregada, faz-se a leitura do menor furo, que é visto na radiografia. As classes de inspeção mais rigorosas são aquelas que requerem a visualização do menor furo do IQI. Dessa forma, é possível se determinar o nível de inspeção, ou seja, o nível mínimo de qualidade especificado para o ensaio. O nível de inspeção é indicado por dois números em que o primeiro representa a espessura porcentual do IQI e o segundo, o diâmetro do furo que deverá ser visível na radiografia. Esses IQI's devem ser colocados sobre a peça ensaiada, com a face voltada para a fonte e de modo que o plano do mesmo seja normal ao feixe de radiação. Quando a inspeção for feita em soldas, o IQI será colocado no metal de base, paralelo à solda e a uma distância de 3 mm no mínimo. É importante lembrar, nesses casos, que a seleção do IQI inclui o reforço, de ambos os lados da chapa. Portanto, para igualar a espessura sob o IQI à espessura da solda, deverão ser colocados calços sob o IQI feitos de material radiograficamente similar ao material inspecionado. Página 22

23 O IQI não é usado para julgar o tamanho das descontinuidades ou estabelecer limites de aceitação das mesmas. O IQI padrão adotado pelo código ASME ( American Society of Mechanical Engineers ) é um prisma retangular de metal com três furos de determinados diâmetros, e a sensibilidade radiográfica é definida em função do menor furo visível na radiografia, conforme apresentado na figura 15. Figura 15: Exemplo de penetrômetro ASME. O IQI padrão adotado pela norma DIN ( Deutsche Industrie Normen ) é composto de uma série de sete arames de metal e de diâmetros padronizados. A sensibilidade radiográfica é definida em função do menor arame visível na radiografia (ver figura 16). Página 23

24 Figura 16: Exemplo de penetrômetro DIN. Os Penetrômetros devem sempre ser de material idêntico, ou radiograficamente similar, ao material da peça ensaiada. Recentemente foram introduzidos no código ASME Seção V os IQIs de arame da norma ASTM. Telas Intensificadoras (écrans) As telas de chumbo, também chamados de telas intensificadoras, têm como finalidade, diminuir o tempo de exposição em ensaios radiográficos industriais, usam-se finas folhas de metal (geralmente chumbo) como intensificadoras da radiação primária emitida pela fonte. O fator de intensificação, além de ser função da natureza e da espessura da tela, depende do contato efetivo entre elas e o filme. Página 24

25 As funções das telas intensificadoras de chumbo, em radiografia industrial, devem ser as seguintes: - Gerar elétrons por efeito fotoelétrico ou Compton, produzindo fluxo adicional de radiação e diminuindo o tempo de exposição; e - Absorver ou filtrar a radiação secundária espalhada que pode atingir o filme radiográfico, borrando a imagem e empobrecendo a definição. Processamento do Filme Existem dois tipos de processamento: o automático e o manual, sendo este último, o mais utilizado na indústria do petróleo. O processamento do filme consiste basicamente em: - Revelação; - Banho de parada; - Lavagem intermediária; - Fixação; - Lavagem final; - Banho umectante; - Secagem. Proteção As radiações ionizantes dos tipos X ou γ têm uma ação nociva sobre o organismo humano. Os efeitos dependem da quantidade de raios que o corpo recebe. Os sintomas que se observa, na ordem de doses crescentes, são dores de cabeça, falta de apetite, diminuição dos glóbulos vermelhos Página 25

26 no sangue, esterilidade e destruição de tecidos. Um excesso de radiação pode provocar a morte de uma pessoa. Para se evitar qualquer problema, deve ser rigorosamente seguido o Plano de Radio proteção da empresa executante do serviço e previamente aprovado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN, o qual prevê, as áreas a serem isoladas e, os controles a serem efetuados. Desta maneira, os trabalhos podem ser desenvolvidos preservando-se a saúde dos que trabalham nos serviços de radiografia e nas imediações dos locais do ensaio. Sequência do Ensaio Etapa Descrição 1 Verificar o material, diâmetro (no caso de tubos) e espessura a ser radiografada; 2 Selecionar a técnica radiográfica; 3 Selecionar a quantidade e dimensões dos filmes; 4 Montar chassis (envelope, telas e filme); 5 Verificar atividade da fonte, no caso de radiografia com raios-γ, ou selecionar corrente e tensão, no caso de aparelho de raios-x; 6 Verificar a distância fonte-filme no procedimento qualificado e a densidade requerida; 7 Calcular tempo de exposição; 8 Selecionar IQI; 9 Balizar a área, para proteção; 10 Montar conforme o arranjo previsto e bater a radiografia; 11 Processamento do filme; 12 Laudo; e 13 Relatar os resultados. Página 26

27 Descontinuidades Internas em Juntas Soldadas Conforme mencionado anteriormente, são diversas as descontinuidades que poderão permanecer internas a solda ou não, durante a soldagem por fusão, estando cada uma associada a determinada(s) causa (s). As descontinuidades internas, na sua maioria, são detectáveis pelo ensaio radiográfico (Raios-X ou Raios-γ). Para ilustrar, na figura 17, são apresentadas algumas das mais frequentes. Figura 17: Exemplos de radiografias de juntas soldadas com indicações de descontinuidades. Página 27

28 Vantagens Registro permanente dos resultados. Detecta facilmente defeitos volumétricos, tais como: porosidades, inclusões, falta de penetração, excesso de penetração. Limitações e desvantagens Descontinuidades bidimensionais, tais como: trincas, duplaslaminações e faltas de fusão, são detectadas somente se o plano delas estiver alinhado ao feixe de radiação. É necessário o acesso a ambas as superfícies de uma peça para radiografá-la. Dependendo da geometria da peça, não é possível obter radiografias com qualidade aceitável, que permitam uma interpretação confiável. A radiografia afeta a saúde dos operadores, inspetores e do público e deve, por isso, ser criteriosamente utilizada. É necessária a interrupção de trabalhos próximos para a exposição da fonte. O custo do equipamento e material de consumo são relativamente altos. É um ensaio relativamente demorado. No caso de raios-x, o aparelho não é totalmente portátil, dificultando a execução de radiografias em lugares de difícil acesso. A interpretação requer experiência e conhecimento dos processos de soldagem, para identificação correta das descontinuidades. Página 28

29 Você estudou neste texto que o método da radiografia consiste basicamente no uso de radiação eletromagnética penetrante para se verificar a presença de descontinuidades internas. No caso da radiografia industrial sua utilização visa descobrir falhas presentes em áreas do material que apresentem diferenças de espessura ou densidade. Teste agora o seu nível de compreensão do texto respondendo às questões de revisão. Caso seja necessário releia o texto e/ou recorra aos tutores para resolver suas dúvidas. Questões de Revisão 1 Os ensaios não-destrutivos que utilizam a radiação eletromagnética para inspeção envolvem os processos de radiografia e gamatografia, realizados com Raios-X e Raios-Gama. Sobre esses ensaios responda: a) O que são e como são produzidos os raios-x e raios-gama? b) Que diferenças existem entre ambos os raios? c) Como se caracterizam os aparelhos que geram cada um desses raios? d) Quais são as vantagens e limitações relativas ao ensaio? Página 29

30 2- Os raios-x utilizados para fins industriais e hospitalares são gerados no tubo de Coolidge. Apresente o processo que ocorre dentro desse tubo para a transformação de raios-x, aproveitando para descrever os componentes existentes e suas respectivas propriedades. 3 Os equipamentos de raios-x industrial se dividem em dois componentes capazes de determinar o que o equipamento pode ou não fazer. Explicite quais são esses dois componentes juntamente com suas definições. 4 Sabe-se que quando o inspetor interpreta uma radiografia, ele está vendo os detalhes da imagem em termos de quantidade e luz que passa através do filme revelado. Explique o que os filmes radiográficos correspondem e como se analisam os resultados após a radiação. 5 Quando se deseja julgar a qualidade da imagem em uma radiografia utilizam-se os Indicadores de Qualidade de Imagem (IQI) também reconhecidos como Penetrametros. Indique no que consiste esses indicadores e como são utilizados para avaliar a técnica radiográfica. 6 Estabeleça a relação entre as Telas Intensificadoras (écrans) e os ensaios radiográficos industriais, ressaltando as funcionalidades das Telas Intensificadoras. 7 Descreva a sequência de etapas no qual envolve o ensaio radiográfico. Página 30

ENSAIO RADIOGRÁFICO Princípios e Tendências

ENSAIO RADIOGRÁFICO Princípios e Tendências Princípios e Tendências Princípio do ensaio Esta baseado: Capacidade dos Raios X e penetrar em sólidos Absorção da radiação Impressionar filmes radiográficos Princípio do ensaio fonte peça descontinuidade

Leia mais

Partículas Magnéticas

Partículas Magnéticas Partículas Magnéticas O ensaio por partículas magnéticas é utilizado na localização de descontinuidades superficiais e sub-superficiais em materiais ferromagnéticos, tais como, as ligas de Ferro e de Níquel.

Leia mais

Raios-x. Proteção e higiene das Radiações Profª: Marina de Carvalho CETEA

Raios-x. Proteção e higiene das Radiações Profª: Marina de Carvalho CETEA Raios-x Proteção e higiene das Radiações Profª: Marina de Carvalho CETEA Materiais Radioativos 1896 o físico Francês Becquerel descobriu que sais de Urânio emitia radiação capaz de produzir sombras de

Leia mais

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL CAMPUS RIO GRANDE INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL CAMPUS RIO GRANDE INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL CAMPUS RIO GRANDE INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL Aula 24 2 TERMÔMETROS DE RADIAÇÃO São medidores de temperatura sem contato. Os componentes

Leia mais

RAIOS X e GAMA PROCEDIMENTO DE END PR 007

RAIOS X e GAMA PROCEDIMENTO DE END PR 007 Página: 1 de 10 1. OBJETIVO Este procedimento estabelece as condições necessárias para a execução do ensaio radiográfico, através de Raios X e Raio Gama, para detecção de descontinuidades em juntas soldadas,

Leia mais

NOÇÕES DE RADIOLOGIA INDUSTRIAL

NOÇÕES DE RADIOLOGIA INDUSTRIAL Tradição em formar Profissionais com Qualidade NOÇÕES DE RADIOLOGIA INDUSTRIAL Sumário 1. Os Ensaios não Destrutivos... 4 2. Descrição Genérica do Método e Aplicações... 6 3. A Natureza da Radiação Ionizante...

Leia mais

NOÇÕES DE RADIOLOGIA INDUSTRIAL

NOÇÕES DE RADIOLOGIA INDUSTRIAL Tradição em formar Profissionais com Qualidade NOÇÕES DE RADIOLOGIA INDUSTRIAL Sumario Ensaios Não Destrutivos...01 Descrições Genéricas e Métodos de Aplicações...03 Estrutura da Matéria...05 Variação

Leia mais

Apostila de Química 03 Radioatividade

Apostila de Química 03 Radioatividade Apostila de Química 03 Radioatividade 1.0 Histórico Em 1896, acidentalmente, Becquerel descobriu a radioatividade natural, ao observar que o sulfato duplo de potássio e uranila: K2(UO2)(SO4)2 conseguia

Leia mais

QUÍMICA. Transformações Químicas e Energia. Radioatividade: Reações de Fissão e Fusão Nuclear, Desintegração Radioativa e Radioisótopos - Parte 1

QUÍMICA. Transformações Químicas e Energia. Radioatividade: Reações de Fissão e Fusão Nuclear, Desintegração Radioativa e Radioisótopos - Parte 1 QUÍMICA Transformações Químicas e Energia Radioatividade: Reações de Fissão e Fusão Nuclear, - Parte 1 Prof ª. Giselle Blois Reação nuclear: é aquela que altera os núcleos atômicos. * Importante lembrar

Leia mais

Depto. de Soldagem Edição JAN. / 2017

Depto. de Soldagem Edição JAN. / 2017 Guia de Aula Depto. de Soldagem Edição JAN. / 2017 T E C N O L O G I A E E N S A I O S D A Q U A L I D A D E I I E d. J A N. / 2 0 1 7 1 / 7 8 CONTEÚDO Capítulo 1... Ensaio Radiográfico Capítulo 2... Ensaio

Leia mais

POR QUE ESTUDAR O ARCO ELÉTRICO?

POR QUE ESTUDAR O ARCO ELÉTRICO? POR QUE ESTUDAR O ARCO ELÉTRICO? - É a fonte de calor, forma a poça de fusão e funde o eletrodo - As forças geradas no arco são as principais responsáveis pela transferência do metal - Projeto da fonte

Leia mais

2. Propriedades Corpusculares das Ondas

2. Propriedades Corpusculares das Ondas 2. Propriedades Corpusculares das Ondas Sumário Revisão sobre ondas eletromagnéticas Radiação térmica Hipótese dos quanta de Planck Efeito Fotoelétrico Geração de raios-x Absorção de raios-x Ondas eletromagnéticas

Leia mais

25/03/2009. Descoberta dos raios-x. Importância dos raios-x. Importância dos raios-x. Físico alemão Wilhem Conrad Roentgen ( )

25/03/2009. Descoberta dos raios-x. Importância dos raios-x. Importância dos raios-x. Físico alemão Wilhem Conrad Roentgen ( ) Descoberta dos raios-x INTRODUÇAO A RADIOLOGIA Físico alemão Wilhem Conrad Roentgen (1845-1923) Primeiras radiografias em animais Profª Drª Naida Cristina Borges (1896) Nobel da Física em 1901 Importância

Leia mais

SÓ EU SEI O QUE VAI CAIR NA PROVA! RADIOATIVIDADE. Prof. Gabriel P. Machado

SÓ EU SEI O QUE VAI CAIR NA PROVA! RADIOATIVIDADE. Prof. Gabriel P. Machado RADIOATIVIDADE Prof. Gabriel P. Machado DEFINIÇÃO Propriedade de núcleos instáveis, que emitem partículas e radiação de modo a atingir estabilidade. HISTÓRICO 1895: Wilhelm Konrad Roentgen conseguiu produzir

Leia mais

QUÍMICA. Transformações Químicas e Energia. Radioatividade: Reações de Fissão e Fusão Nuclear, Desintegração Radioativa e Radioisótopos - Parte 2

QUÍMICA. Transformações Químicas e Energia. Radioatividade: Reações de Fissão e Fusão Nuclear, Desintegração Radioativa e Radioisótopos - Parte 2 QUÍMICA Transformações Químicas e Energia Radioatividade: Reações de Fissão e Fusão Nuclear, - Parte 2 Prof ª. Giselle Blois As emissões gama, na verdade, não são partículas e sim ondas eletromagnéticas

Leia mais

Equipamentos e Técnicas de Pré, Pós-Aquecimento e Tratamento Térmico

Equipamentos e Técnicas de Pré, Pós-Aquecimento e Tratamento Térmico Equipamentos e Técnicas de Pré, Pós-Aquecimento e Tratamento Térmico Neste texto são apresentadas as técnicas e equipamentos utilizados nos processos de pré e pós-aquecimento e no tratamento térmico. São

Leia mais

Origens históricas dos raios-x. Tubos de Crookes

Origens históricas dos raios-x. Tubos de Crookes Origens históricas dos raios-x Tubos de Crookes http://www.answers.com/topic/crookes-tube Origens históricas dos raios-x Tubo de Raios-X http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/energianuclear/imagens/energia-nuclear99.jpg

Leia mais

Aula 02 Aplicação das Radiações

Aula 02 Aplicação das Radiações Aula 02 Aplicação das Radiações Após a descoberta dos raios X, em 1895, cientistas perceberam que esses raios poderiam ter grandes aplicações práticas. Durante 15 anos, os médicos trabalharam ativamente

Leia mais

Nome: Jeremias Christian Honorato Costa Disciplina: Materiais para Engenharia

Nome: Jeremias Christian Honorato Costa Disciplina: Materiais para Engenharia Nome: Jeremias Christian Honorato Costa Disciplina: Materiais para Engenharia Por propriedade ótica subentende-se a reposta do material à exposição à radiação eletromagnética e, em particular, à luz visível.

Leia mais

Sistemas Estruturais. Prof. Rodrigo mero

Sistemas Estruturais. Prof. Rodrigo mero Sistemas Estruturais Prof. Rodrigo mero Aula 7 Características dos aços Índice Perfis Estruturais Tipos de Perfis Perfil Laminado Perfil de Chapa Dobrada Perfil de Chapa Soldada Perfil Calandrado Cantoneiras

Leia mais

Algumas informações e propriedades do isótopo estável do tungstênio estão apresentadas na tabela.

Algumas informações e propriedades do isótopo estável do tungstênio estão apresentadas na tabela. UNESP 2016 1ª fase Questão 69 Leia o texto e examine a tabela para responder à questão. O ano de 2015 foi eleito como o Ano Internacional da Luz, devido à importância da luz para o Universo e para a humanidade.

Leia mais

15/08/2017. É a propriedade que os núcleos instáveis possuem de emitir partículas e radiações eletromagnéticas, para se tornarem estáveis.

15/08/2017. É a propriedade que os núcleos instáveis possuem de emitir partículas e radiações eletromagnéticas, para se tornarem estáveis. É a propriedade que os núcleos instáveis possuem de emitir partículas e radiações eletromagnéticas, para se tornarem estáveis. 1 Descoberta dos raios X No final do século XIX, o físico alemão Wilheim Konrad

Leia mais

NOTA: Os primeiros aparelhos emitiam radiação praticamente na faixa de Raios X duros, sendo extremamente perigosos, podendo causar danos biológicos.

NOTA: Os primeiros aparelhos emitiam radiação praticamente na faixa de Raios X duros, sendo extremamente perigosos, podendo causar danos biológicos. As colisões dos elétrons com alta energia cinética no tubo fluorescente provocam transições eletrônicas que envolvem orbitais internos. Raios X moles (de maior λ e fraco poder de penetração, e.g. λ=150å

Leia mais

FÍSICA DAS RADIAÇÕES. Prof. Emerson Siraqui

FÍSICA DAS RADIAÇÕES. Prof. Emerson Siraqui FÍSICA DAS RADIAÇÕES Prof. Emerson Siraqui DENSIDADE ÓPTICA O registro da absorção diferencial em um filme radiográfico é percebido através da densidade óptica (DO), que é o grau de enegrecimento em um

Leia mais

Oi, Ficou curioso? Então conheça nosso universo.

Oi, Ficou curioso? Então conheça nosso universo. Oi, Somos do curso de Física Médica da Universidade Franciscana, e esse ebook é um produto exclusivo criado pra você. Nele, você pode ter um gostinho de como é uma das primeiras aulas do seu futuro curso.

Leia mais

LOGO. Radioatividade. Profa. Núria Galacini

LOGO. Radioatividade. Profa. Núria Galacini LOGO Radioatividade Profa. Núria Galacini Radioatividade Breve Histórico: 1896: Antoine-Henri Becquerel percebeu que um sal de urânio sensibilizava o negativo de um filme fotográfico, recoberto por papel

Leia mais

END - ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS

END - ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS END - ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS Associação Brasileira de Ensaios não Destrutivos O que são os Ensaios Não Destrutivos? Os Ensaios Não Destrutivos (END) são definidos como testes para o controle da qualidade,

Leia mais

1896, : K2(UO2)(SO4)2,

1896, : K2(UO2)(SO4)2, RADIOATIVIDADE Radioatividade Histórico: Em 1896, acidentalmente, Becquerel descobriu a radioatividade natural, ao observar que o sulfato duplo de potássio e uranila : K 2 (UO 2 )(SO 4 ) 2, conseguia impressionar

Leia mais

ULTRASSOM - CHAPAS PROCEDIMENTO DE END PR 015

ULTRASSOM - CHAPAS PROCEDIMENTO DE END PR 015 Página: 1 de 10 1. OBJETIVO Estabelecer as condições mínimas do ensaio não destrutivo por meio de ultrassom para detecção de duplalaminação em chapas grossas de aço carbono e baixa liga, bem como para

Leia mais

SOS QUÍMICA - O SITE DO PROFESSOR SAUL SANTANA.

SOS QUÍMICA - O SITE DO PROFESSOR SAUL SANTANA. SOS QUÍMICA - O SITE DO PROFESSOR SAUL SANTANA. QUESTÕES Exercícios de Radiatividade 01) O que acontece com o número atômico (Z) e o número de massa (A) de um núcleo radiativo quando ele emite uma partícula

Leia mais

RADIOATIVIDADE E FÍSICA NUCLEAR

RADIOATIVIDADE E FÍSICA NUCLEAR RADIOATIVIDADE E FÍSICA NUCLEAR O começo... 1895 Wilhelm Conrad Roengten descobre a radiação X 1896 Antoine Henri Bequerel descobriu que determinado material emitia radiações espontâneas radioatividade

Leia mais

ULTRASSOM AUTOMÁTICO DE SOLDAS PROCEDIMENTO PR-042

ULTRASSOM AUTOMÁTICO DE SOLDAS PROCEDIMENTO PR-042 Página: 1 de 13 1. OBJETIVO Este procedimento fixa as condições para a execução dos ensaios por ultrassom automático para detecção e avaliação de descontinuidades em juntas longitudinais e helicoidais

Leia mais

Eletromagnetismo: radiação eletromagnética

Eletromagnetismo: radiação eletromagnética 29 30 31 32 RADIAÇÕES NUCLEARES Como vimos nos textos anteriores, o interior da matéria no domínio atômico, inacessível ao toque e olhar humano, é percebido e analisado somente através das radiações eletromagnéticas

Leia mais

QUESTÕES DE FÍSICA MODERNA

QUESTÕES DE FÍSICA MODERNA QUESTÕES DE FÍSICA MODERNA 1) Em diodos emissores de luz, conhecidos como LEDs, a emissão de luz ocorre quando elétrons passam de um nível de maior energia para um outro de menor energia. Dois tipos comuns

Leia mais

DISPOSITIVO PARA AVALIAÇÃO DA PROFUNDIDADE DE CORROSÃO LOCALIZADA POR INSPEÇÃO RADIOGRÁFICA

DISPOSITIVO PARA AVALIAÇÃO DA PROFUNDIDADE DE CORROSÃO LOCALIZADA POR INSPEÇÃO RADIOGRÁFICA DISPOSITIVO PARA AVALIAÇÃO DA PROFUNDIDADE DE CORROSÃO LOCALIZADA POR INSPEÇÃO RADIOGRÁFICA Maurício de Oliveira Marcos Rodrigues Técnicos de Inspeção de Equipamentos e Instalações da Refinaria Presidente

Leia mais

SEL PRINCÍPIOS FÍSICOS DE FORMAÇÃO DE IMAGENS MÉDICAS. Prof. Homero Schiabel

SEL PRINCÍPIOS FÍSICOS DE FORMAÇÃO DE IMAGENS MÉDICAS. Prof. Homero Schiabel SEL 397 - PRINCÍPIOS FÍSICOS DE FORMAÇÃO DE IMAGENS MÉDICAS Prof. Homero Schiabel Max Planck (1901): teoria dos quanta E depende da freqüência de radiação (ou de λ): E = h ν ν = c / λ E = h c / λ 4. PRODUÇÃO

Leia mais

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL CAMPUS RIO GRANDE INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL CAMPUS RIO GRANDE INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL CAMPUS RIO GRANDE INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL Aula 23 2 MEDIÇÃO DE TEMPERATURA COM TERMÔMETRO DE RADIAÇÃO CONTATO INDIRETO 3 INTRODUÇÃO

Leia mais

Aula 25 Radiação. UFJF/Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica. Prof. Dr. Washington Orlando Irrazabal Bohorquez

Aula 25 Radiação. UFJF/Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica. Prof. Dr. Washington Orlando Irrazabal Bohorquez Aula 25 Radiação UFJF/Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Prof. Dr. Washington Orlando Irrazabal Bohorquez REVISÃO: Representa a transferência de calor devido à energia emitida pela matéria

Leia mais

Análise de alimentos II Introdução aos Métodos Espectrométricos

Análise de alimentos II Introdução aos Métodos Espectrométricos Análise de alimentos II Introdução aos Métodos Espectrométricos Profª Drª Rosemary Aparecida de Carvalho Pirassununga/SP 2018 Introdução Métodos espectrométricos Abrangem um grupo de métodos analíticos

Leia mais

Lista 1 - Radioatividade

Lista 1 - Radioatividade 1. Para cada um dos radionuclídeos mostrados a seguir, escreva a equação que representa a emissão radioativa. Consulte a tabela periódica. a) b) c) d) e) 222 86 Rn, um alfa emissor presente no ar. 235

Leia mais

Como definir a estabilidade de um átomo? Depende. Eletrosfera. Núcleo. Radioatividade

Como definir a estabilidade de um átomo? Depende. Eletrosfera. Núcleo. Radioatividade Como definir a estabilidade de um átomo? Depende Eletrosfera Ligações Núcleo Radioatividade O que é radioatividade? Tem alguma ver com radiação? Modelos atômicos Átomo grego Átomo de Thomson Átomo de

Leia mais

CURSO DE RADIOPROTEÇÃO COM ÊNFASE NO USO, PREPARO E MANUSEIO DE FONTES RADIOATIVAS NÃO SELADAS

CURSO DE RADIOPROTEÇÃO COM ÊNFASE NO USO, PREPARO E MANUSEIO DE FONTES RADIOATIVAS NÃO SELADAS CURSO DE RADIOPROTEÇÃO COM ÊNFASE NO USO, PREPARO E MANUSEIO DE FONTES RADIOATIVAS NÃO SELADAS COORDENADORIA DE ADMINISTRAÇÃO GERAL DIVISÃO DE SAÚDE OCUPACIONAL SEÇÃO TÉCNICA DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA PROGRAMAÇÃO

Leia mais

MANUTENÇÃO MECÂNICA TÉCNICAS PREDITIVAS. João Mario Fernandes

MANUTENÇÃO MECÂNICA TÉCNICAS PREDITIVAS. João Mario Fernandes MANUTENÇÃO MECÂNICA TÉCNICAS PREDITIVAS João Mario Fernandes Manutenção Preditiva: É um conjunto de atividades de acompanhamento das variáveis ou parâmetros que indicam a performance ou desempenho dos

Leia mais

TEORIAS ATÔMICAS. Menor partícula possível de um elemento (Grécia antiga) John Dalton (1807)

TEORIAS ATÔMICAS. Menor partícula possível de um elemento (Grécia antiga) John Dalton (1807) TEORIAS ATÔMICAS Átomo Menor partícula possível de um elemento (Grécia antiga) John Dalton (1807) 1. Os elementos são constituídos por partículas extremamente pequenas chamadas átomos; 2. Todos os átomos

Leia mais

AS RADIAÇÕES NUCLEARES 4 AULA

AS RADIAÇÕES NUCLEARES 4 AULA AS RADIAÇÕES NUCLEARES 4 AULA Nesta Aula: Caracterização das radiações Nucleares Caracterização das radiações Nucleares UM POUCO DE HISTÓRIA... O físico francês Henri Becquerel (1852-1908), em 1896, acidentalmente

Leia mais

Processo de soldagem: Os processos de soldagem podem ser classificados pelo tipo de fonte de energia ou pela natureza da união.

Processo de soldagem: Os processos de soldagem podem ser classificados pelo tipo de fonte de energia ou pela natureza da união. Soldagem Tipos de Soldagem Soldagem Processo de soldagem: Os processos de soldagem podem ser classificados pelo tipo de fonte de energia ou pela natureza da união. Tipos de Fontes Mecânica: Calor gerado

Leia mais

RICARDO ANDREUCCI. Prefácio

RICARDO ANDREUCCI. Prefácio Ed. Jul./ 2014 A Radiologia Industrial - Ricardo Andreucci Ed. Jul./ 2014 1 RICARDO ANDREUCCI Prefácio Este trabalho apresenta um guia básico para programas de estudos e treinamento de pessoal em Radiologia

Leia mais

RICARDO ANDREUCCI. Prefácio

RICARDO ANDREUCCI. Prefácio Ed. Jul./ 2009 A Radiologia Industrial - Ricardo Andreucci Ed.Jul./2009 1 RICARDO ANDREUCCI Prefácio Este trabalho apresenta um guia básico para programas de estudos e treinamento de pessoal em Radiologia

Leia mais

FÍSICA DAS RADIAÇÕES 2

FÍSICA DAS RADIAÇÕES 2 FÍSICA DAS RADIAÇÕES 2 Diagnóstico por imagens Radiologia convencional/digital II Geradores de raios X 1 Transformadores de alta tensão Rede elétrica do hospital 420 V Tensão de aceleração para imagens

Leia mais

APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE TERMOGRAFIA ATIVA NA INSPEÇÃO NÃO-DESTRUTIVA DE TAMBORES DE REJEITO NUCLEAR

APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE TERMOGRAFIA ATIVA NA INSPEÇÃO NÃO-DESTRUTIVA DE TAMBORES DE REJEITO NUCLEAR APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE TERMOGRAFIA ATIVA NA INSPEÇÃO NÃO-DESTRUTIVA DE TAMBORES DE REJEITO NUCLEAR Aluno: Ivan Ramalho Tonial Orientador: Marcos Venicius Soares Pereira Introdução Inicialmente nas primeiras

Leia mais

Átomos. Retrospectiva do átomo de hidrogênio Estrutura eletrônica do átomo neutro Estrutura nuclear do átomo RMN

Átomos. Retrospectiva do átomo de hidrogênio Estrutura eletrônica do átomo neutro Estrutura nuclear do átomo RMN Átomos Retrospectiva do átomo de hidrogênio Estrutura eletrônica do átomo neutro Estrutura nuclear do átomo RMN Átomo neutro O átomo é constituido de um núcleo positivo com Z próton que definem o confinamento

Leia mais

Introdução aos métodos instrumentais

Introdução aos métodos instrumentais Introdução aos métodos instrumentais Métodos instrumentais Métodos que dependem da medição de propriedades elétricas, e os que estão baseados na: determinação da absorção da radiação, na medida da intensidade

Leia mais

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 112 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO A Figura 91 apresenta, esquematicamente, as descontinuidades lineares, circulares e irregulares, numeradas de 1 a 12, simuladas na amostra metálica, enquanto que na Tabela

Leia mais

Como definir a estabilidade de um átomo? Depende. Eletrosfera. Núcleo. Radioatividade

Como definir a estabilidade de um átomo? Depende. Eletrosfera. Núcleo. Radioatividade Como definir a estabilidade de um átomo? Depende Eletrosfera Ligações Núcleo Radioatividade O que é radioatividade? Tem alguma ver com radiação? Radiação eletromagnética Ampla faixa de frequência Modelos

Leia mais

Física Nuclear: Radioatividade

Física Nuclear: Radioatividade Física Nuclear: Radioatividade Descoberta da Radioatividade Becquerel, estudando fenômenos de fluorescência e raios-x Observava fluorescência no Urânio quando exposto ao Sol. Becquerel protegia uma chapa

Leia mais

Física Nuclear: Radioatividade

Física Nuclear: Radioatividade Física Nuclear: Radioatividade Descoberta da Radioatividade Becquerel, estudando fenômenos de fluorescência e raios-x Observava fluorescência no Urânio quando exposto ao Sol. Becquerel protegia uma chapa

Leia mais

Origens históricas dos raios-x. Tubos de Crookes

Origens históricas dos raios-x. Tubos de Crookes Origens históricas dos raios-x Tubos de Crookes http://www.answers.com/topic/crookes-tube Origens históricas dos raios-x Tubo de Raios-X http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/energianuclear/imagens/energia-nuclear99.jpg

Leia mais

Aula 25 Radioatividade

Aula 25 Radioatividade Aula 25 Radioatividade A radioatividade foi descoberta pelo físico francês Antonie Henri Becquerel, ele havia descoberto um minério de urânio que, ao ser colocado sobre uma chapa fotográfica envolta em

Leia mais

SEL FUNDAMENTOS FÍSICOS DOS PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE IMAGENS MÉDICAS. Prof. Homero Schiabel (Sub-área de Imagens Médicas)

SEL FUNDAMENTOS FÍSICOS DOS PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE IMAGENS MÉDICAS. Prof. Homero Schiabel (Sub-área de Imagens Médicas) SEL 5705 - FUNDAMENTOS FÍSICOS DOS PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE IMAGENS MÉDICAS Prof. Homero Schiabel (Sub-área de Imagens Médicas) 6. FORMAÇÃO DE IMAGENS POR RAIOS X A Radiografia 2 fatores fundamentais:

Leia mais

CURSO DE RADIOPROTEÇÃO COM ÊNFASE NO USO, PREPARO E MANUSEIO DE FONTES RADIOATIVAS NÃO SELADAS

CURSO DE RADIOPROTEÇÃO COM ÊNFASE NO USO, PREPARO E MANUSEIO DE FONTES RADIOATIVAS NÃO SELADAS CURSO DE RADIOPROTEÇÃO COM ÊNFASE NO USO, PREPARO E MANUSEIO DE FONTES RADIOATIVAS NÃO SELADAS Walter Siqueira Paes DIVISÃO DE HIGIENE, SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO SETOR DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA PROGRAMAÇÃO

Leia mais

Aula 7 INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM A MATÉRIA

Aula 7 INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM A MATÉRIA INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM A MATÉRIA Aula 7 META Neta aula o aluno aprenderá os mecanismos envolvidos quando a radiação eletromagnética ou corpuscular interage com a matéria. Os conceitos contidos nesta

Leia mais

PRODUÇÃO DE RAIOS X. Produção de raios X Tubo de raios X. Produção de raio x Tubo de raios X

PRODUÇÃO DE RAIOS X. Produção de raios X Tubo de raios X. Produção de raio x Tubo de raios X PRODUÇÃO DE RAIOS X Prof. André L. C. Conceição DAFIS Curitiba, 17 de abril de 2015 Produção de raios X Tubo de raios X Os raios X são uma das maiores ferramentas médicas de diagnóstico desde sua descoberta

Leia mais

05/04/2015. Ondas. Classificação das ondas. Qualquer perturbação (pulso) que se propaga em um meio. NOÇÕES BÁSICAS EM RADIOLOGIA PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

05/04/2015. Ondas. Classificação das ondas. Qualquer perturbação (pulso) que se propaga em um meio. NOÇÕES BÁSICAS EM RADIOLOGIA PROTEÇÃO RADIOLÓGICA NOÇÕES BÁSICAS EM RADIOLOGIA PROTEÇÃO RADIOLÓGICA Prof. Adriano Sousa Ondas Qualquer perturbação (pulso) que se propaga em um meio. Ex: uma pedra jogada em uma piscina (a fonte), provocará ondas na água,

Leia mais

Ensaios não destrutivos Os ensaios são utilizados para detectar e avaliar falhas nos materiais. Geralmente, são caracterizadas por trincas, inclusões

Ensaios não destrutivos Os ensaios são utilizados para detectar e avaliar falhas nos materiais. Geralmente, são caracterizadas por trincas, inclusões Ensaios não destrutivos Os ensaios são utilizados para detectar e avaliar falhas nos materiais. Geralmente, são caracterizadas por trincas, inclusões de materiais no cordão de solda ou ainda variações

Leia mais

O espectro eletromagnético

O espectro eletromagnético Difração de Raios X O espectro eletromagnético luz visível raios-x microondas raios gama UV infravermelho ondas de rádio Comprimento de onda (nm) Raios Absorção, um fóton de energia é absorvido promovendo

Leia mais

É a capacidade que certos átomos possuem de emitir radiações eletromagnéticas e partículas de seus núcleos instáveis com o objetivo de adquirir

É a capacidade que certos átomos possuem de emitir radiações eletromagnéticas e partículas de seus núcleos instáveis com o objetivo de adquirir RADIOATIVIDADE CONCEITO DE RADIOATIVIDADE: É a capacidade que certos átomos possuem de emitir radiações eletromagnéticas e partículas de seus núcleos instáveis com o objetivo de adquirir estabilidade.

Leia mais

O ÂTOMO TIPOS DE RADIAÇÕES. TIPOS DE RADIAÇÕES As radiações podem ser classificadas da seguinte forma: Quanto à composição

O ÂTOMO TIPOS DE RADIAÇÕES. TIPOS DE RADIAÇÕES As radiações podem ser classificadas da seguinte forma: Quanto à composição O ÂTOMO Prof. André L. C. Conceição DAFIS Curitiba, 27 de março de 2015 TIPOS DE RADIAÇÕES Radiação é energia em trânsito (emitida e transferida por um espaço). Do mesmo jeito que o calor (energia térmica

Leia mais

Sumário. Espectros, Radiação e Energia

Sumário. Espectros, Radiação e Energia Sumário Das Estrelas ao átomo Unidade temática 1 Radiação ionizante e radiação não ionizante.. E suas aplicações. APSA 5 Espectro eletromagnético.. Radiação não ionizante São radiações não ionizantes as

Leia mais

3B SCIENTIFIC PHYSICS

3B SCIENTIFIC PHYSICS B SCIENTIFIC PHYSICS Triodo D 17 Instruções de operação 1/15 ALF - 5 1 Apoio Pino de conexão de mm para ligar com o ânodo Ânodo Grade 5 Suporte com pino de conexão de mm para ligar com a grade Espiral

Leia mais

HISTÓRICO 1895 WILHEM ROENTGEN

HISTÓRICO 1895 WILHEM ROENTGEN Prof. Edson Cruz HISTÓRICO 1895 WILHEM ROENTGEN Investiga o fenômeno da luminescência; (emissão de luz por uma substância excitada por uma radiação eletromagnética). Tubo de raios catódicos emitiam uma

Leia mais

INSPEÇÃO DE SOLDAGEM. Qualificação de Procedimentos de Soldagem e de Soldadores

INSPEÇÃO DE SOLDAGEM. Qualificação de Procedimentos de Soldagem e de Soldadores INSPEÇÃO DE SOLDAGEM Qualificação de Procedimentos de Soldagem e de Soldadores e Soldadores Definições Peça de Teste Chapa ou tubo de teste Chapa ou Tubo de Teste Peça soldada para a qualificação de procedimento

Leia mais

Equipamentos geradores de radiação para radioterapia

Equipamentos geradores de radiação para radioterapia Equipamentos geradores de radiação para radioterapia Produção de Raios-X de Quilovoltagem: Tubos de raios-x Ânodo Cátodo Apenas 1% da energia dos elétrons é convertida em raios-x, enquanto 99% é convertida

Leia mais

ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS O QUE É PRECISO SABER? UMA DISCUSSÃO INICIAL SOBRE OS ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS E SUAS APLICAÇÕES DIRETAS ABRIL/2018

ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS O QUE É PRECISO SABER? UMA DISCUSSÃO INICIAL SOBRE OS ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS E SUAS APLICAÇÕES DIRETAS ABRIL/2018 ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS O QUE É PRECISO SABER? UMA DISCUSSÃO INICIAL SOBRE OS ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS E SUAS APLICAÇÕES DIRETAS ABRIL/2018 Equipe Técnica SGS Função - INDUSTRIAL, SGS RESUMO Este documento

Leia mais

Instituto de Física EXPERIÊNCIA 11. Deflexão de feixe de elétrons - razão carga massa (e/m) I. OBJETIVOS DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO

Instituto de Física EXPERIÊNCIA 11. Deflexão de feixe de elétrons - razão carga massa (e/m) I. OBJETIVOS DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO EXPERIÊNCIA 11 Deflexão de feixe de elétrons - razão carga massa (e/m) I. OBJETIVOS - Verificar a dependência da trajetória de um feixe de elétrons quando sujeito a diferentes potenciais de aceleração

Leia mais

Microscopia e o Espectro Eletromagnético

Microscopia e o Espectro Eletromagnético Microscopia e o Espectro Eletromagnético O limite de resolução inferior de um microscópio é determinado pelo fato de que, nestes instrumentos, se utiliza ondas eletromagnéticas para a visualização Não

Leia mais

ESCOLA SECUNDÁRIA 2/3 LIMA DE FREITAS 10.º ANO FÍSICA E QUÍMICA A 2010/2011 NOME: Nº: TURMA:

ESCOLA SECUNDÁRIA 2/3 LIMA DE FREITAS 10.º ANO FÍSICA E QUÍMICA A 2010/2011 NOME: Nº: TURMA: ESCOLA SECUNDÁRIA 2/3 LIMA DE FREITAS 0.º ANO FÍSICA E QUÍMICA A 200/20 NOME: Nº: TURMA: AVALIAÇÃO: Prof.. A energia eléctrica pode ser produzida em centrais termoeléctricas. Nessa produção há perdas de

Leia mais

Física das Radiações & Radioatividade. Tecnologia em Medicina Nuclear Prof. Leonardo

Física das Radiações & Radioatividade. Tecnologia em Medicina Nuclear Prof. Leonardo Física das Radiações & Radioatividade Tecnologia em Medicina Nuclear Prof. Leonardo ÁTOMO Menor porção da matéria que mantém as propriedades químicas do elemento químico correspondente. Possui um núcleo,

Leia mais

Oi, Ficou curioso? Então conheça nosso universo.

Oi, Ficou curioso? Então conheça nosso universo. Oi, Somos do curso de Radiologia da Universidade Franciscana, e esse ebook é um produto exclusivo criado pra você. Nele, você pode ter um gostinho de como é uma das primeiras aulas do seu futuro curso.

Leia mais

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA Prof. Carlos R. A. Lima CAPÍTULO 3 PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO Edição de novembro de 2011 CAPÍTULO 3 PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA RADIAÇÃO ÍNDICE 3.1- Efeito

Leia mais

Física básica das radiografias convencionais

Física básica das radiografias convencionais Física básica das radiografias convencionais Dra. Claudia da Costa Leite, Dr. Edson Amaro Júnior, Dra. Maria Garcia Otaduy Os princípios físicos dos raios-x foram descobertos por Wilhelm Conrad Roentgen

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Departamento de Química. CQ122 Química Analítica Instrumental II Prof. Claudio Antonio Tonegutti Aula 01 09/11/2012

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Departamento de Química. CQ122 Química Analítica Instrumental II Prof. Claudio Antonio Tonegutti Aula 01 09/11/2012 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Departamento de Química CQ122 Química Analítica Instrumental II Prof. Claudio Antonio Tonegutti Aula 01 09/11/2012 A Química Analítica A divisão tradicional em química analítica

Leia mais

Análise Instrumental ESPECTROSCOPIA NA LUZ VISÍVEL E ULTRAVIOLETA

Análise Instrumental ESPECTROSCOPIA NA LUZ VISÍVEL E ULTRAVIOLETA Análise Instrumental ESPECTROSCOPIA NA LUZ VISÍVEL E ULTRAVIOLETA ESPECTROSCOPIA NA LUZ VISÍVEL E ULTRAVIOLETA Introdução: Método aplicado na determinação de compostos inorgânicos e orgânicos, como por

Leia mais

Lista de Exercícios 3 Corrente elétrica e campo magnético

Lista de Exercícios 3 Corrente elétrica e campo magnético Lista de Exercícios 3 Corrente elétrica e campo magnético Exercícios Sugeridos (16/04/2007) A numeração corresponde ao Livros Textos A e B. A22.5 Um próton desloca-se com velocidade v = (2i 4j + k) m/s

Leia mais

Benefícios da Tecnologia de Grãos-T nas Películas de Radiografia Industrial

Benefícios da Tecnologia de Grãos-T nas Películas de Radiografia Industrial Benefícios da Tecnologia de Grãos-T nas Películas de Radiografia Industrial Luiz Castro Kodak Brasileira C.I.L., S.J.Campos, S.P. - Brasil 12240-420 e-mail: lcastro@kodak.com Outubro/2000 Introdução As

Leia mais

Aula 21 Física Nuclear

Aula 21 Física Nuclear Aula 21 Física 4 Ref. Halliday Volume4 Sumário Descobrindo o Núcleo; Algumas Propriedades Nucleares; Decaimento Radioativo; Decaimento Alfa; Decaimento Beta; Radiação Ionizante; Analisando os dados, Rutherford

Leia mais

PROVA DE SELEÇÃO 2016 Página: 1 de 7

PROVA DE SELEÇÃO 2016 Página: 1 de 7 Página: 1 de 7 1) Considerando as responsabilidades do Inspetor de Soldagem Nível 1, em relação à qualificação e certificação dos procedimentos de soldagem e às normas técnicas, identifique a única opção

Leia mais

AULA 21 INTRODUÇÃO À RADIAÇÃO TÉRMICA

AULA 21 INTRODUÇÃO À RADIAÇÃO TÉRMICA Notas de aula de PME 3361 Processos de Transferência de Calor 180 AULA 1 INTRODUÇÃO À RADIAÇÃO TÉRMICA A radiação térmica é a terceira e última forma de transferência de calor existente. Das três formas,

Leia mais

18/Maio/2016 Aula 21. Introdução à Física Nuclear. Estrutura e propriedades do núcleo. 20/Maio/2016 Aula 22

18/Maio/2016 Aula 21. Introdução à Física Nuclear. Estrutura e propriedades do núcleo. 20/Maio/2016 Aula 22 18/Maio/2016 Aula 21 Introdução à Física Nuclear Estrutura e propriedades do núcleo 20/Maio/2016 Aula 22 Radioactividade: Poder de penetração. Regras de conservação. Actividade radioactiva. Tempo de meia

Leia mais

A descoberta da radioatividade

A descoberta da radioatividade 10. Radioatividade Sumário Histórico da radioatividade Lei do decaimento radioativo Decaimentos alfa, beta e gama Séries radioativas Datação pelo Carbono-14 Fissão nuclear Fusão nuclear A descoberta da

Leia mais

Física Experimental C. Coeficiente de Atenuação dos Raios Gama

Física Experimental C. Coeficiente de Atenuação dos Raios Gama Carlos Ramos (Poli USP)-2016/Andrius Poškus (Vilnius University) - 2012 4323301 Física Experimental C Coeficiente de Atenuação dos Raios Gama Grupo: Nome No. USP No. Turma OBJETIVOS - Medir curvas de atenuação

Leia mais

APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE TERMOGRAFIA ATIVA NA INSPEÇÃO NÃO-DESTRUTIVA DE TAMBORES DE REJEITO NUCLEAR

APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE TERMOGRAFIA ATIVA NA INSPEÇÃO NÃO-DESTRUTIVA DE TAMBORES DE REJEITO NUCLEAR APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE TERMOGRAFIA ATIVA NA INSPEÇÃO NÃO-DESTRUTIVA DE TAMBORES DE REJEITO NUCLEAR Aluno: Igor Szczerb Orientador: Marcos Venicius Soares Pereira Introdução A termografia ativa é um método

Leia mais

Aplique uma porção de limpador num pano e remova o penetrante com ele. Ou lave com água.

Aplique uma porção de limpador num pano e remova o penetrante com ele. Ou lave com água. Ideal para aplicações onde a portabilidade é requerida. Disponível em aerossol ou em granel. A cor vermelha intensa facilita a inspeção sob luz branca. Atende às normas dos segmentos de Óleo & Gas e Energia.

Leia mais

Aplique uma porção de limpador num pano e remova o penetrante com ele. Ou lave com água.

Aplique uma porção de limpador num pano e remova o penetrante com ele. Ou lave com água. Ideal para aplicações onde a portabilidade é requerida. Disponível em aerossol ou em granel. A cor vermelha intensa facilita a inspeção sob luz branca. Atende às normas dos segmentos de Óleo & Gas e Energia.

Leia mais

Termo-Estatística Licenciatura: 22ª Aula (05/06/2013) RADIAÇÃO TÉRMICA. (ver livro Física Quântica de Eisberg e Resnick)

Termo-Estatística Licenciatura: 22ª Aula (05/06/2013) RADIAÇÃO TÉRMICA. (ver livro Física Quântica de Eisberg e Resnick) ermo-estatística Licenciatura: ª Aula (5/6/13) Prof. Alvaro Vannucci RADIAÇÃO ÉRMICA (ver livro Física Quântica de Eisberg e Resnick) Experimentalmente observa-se que os corpos em geral e principalmente

Leia mais

Lista de Exercícios 5 Corrente elétrica e campo magnético

Lista de Exercícios 5 Corrente elétrica e campo magnético Lista de Exercícios 5 Corrente elétrica e campo magnético Exercícios Sugeridos (13/04/2010) A numeração corresponde ao Livros Textos A e B. A22.5 Um próton desloca-se com velocidade v = (2 î 4 ĵ + ˆk)

Leia mais

SOLDAGEM DOS METAIS CAPÍTULO 6 SOLDAGEM A ARCO SUBMERSO

SOLDAGEM DOS METAIS CAPÍTULO 6 SOLDAGEM A ARCO SUBMERSO 37 CAPÍTULO 6 SOLDAGEM A ARCO SUBMERSO 38 SOLDAGEM A ARCO SUBMERSO (SAW) ARCO SUBMERSO é um processo de soldagem por fusão, no qual a energia necessária é fornecida por um arco (ou arcos) elétrico desenvolvido

Leia mais

As ondas ou radiações eletromagnéticas não precisam de um meio material para se propagarem.

As ondas ou radiações eletromagnéticas não precisam de um meio material para se propagarem. Radiação As ondas ou radiações eletromagnéticas não precisam de um meio material para se propagarem. O espetro eletromagnético é o conjunto de todas as radiações eletromagnéticas. Radiação A transferência

Leia mais

APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE TERMOGRAFIA ATIVA NA INSPEÇÃO NÃO-DESTRUTIVA DE TAMBORES DE REJEITO NUCLEAR

APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE TERMOGRAFIA ATIVA NA INSPEÇÃO NÃO-DESTRUTIVA DE TAMBORES DE REJEITO NUCLEAR APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE TERMOGRAFIA ATIVA NA INSPEÇÃO NÃO-DESTRUTIVA DE TAMBORES DE REJEITO NUCLEAR Alunos: Igor Szczerb e Ivan Ramalho Tonial Orientador: Marcos Venicius Soares Pereira Introdução Para

Leia mais

Questão 37. Questão 39. Questão 38. alternativa C. alternativa A

Questão 37. Questão 39. Questão 38. alternativa C. alternativa A Questão 37 Segundo a lei da gravitação de Newton, o módulo F da força gravitacional exercida por uma partícula de massa m 1 sobre outra de massa m,àdistânciad da primeira, é dada por F = G mm 1, d onde

Leia mais

Física D Extensivo V. 8

Física D Extensivo V. 8 Física D Extensivo V. 8 Exercícios 0) C f R X > f WZ 0) B 03) E 04) E raios X > luz Raios X são radiações eletromagnéticas com um comprimento de onda muito curto, aproximadamente de 0,06 até 0 Å. Formam-se

Leia mais